O Sacrifício do Cervo Sagrado é uma obra dirigida pelo genial cineasta grego Yorgos Lanthimos (A Favorita) e faz parte do acervo de filmes da produtora A24.
SINOPSE DE O SACRIFÍCIO DO CERVO SAGRADO
Steven (Colin Farrell) é um cirurgião bem sucedido que possui uma família estruturada que vive um cotidiano tranquilo.
Contudo, após uma relação de amizade estranha com Martin (Barry Keoghan), a vida do pai de família começa a entrar em uma espiral de acontecimentos sinistros, com um perigo à espreita de todos que Steven ama.
ANÁLISE
Yorgos Lanthimos é um diretor que gosta de esquisitices e sua assinatura é deveras peculiar. Seus trabalhos costumam deixar o espectador inquieto e cheio de dúvidas quanto ao que se passa em tela.
Em O Sacrifício do Cervo Sagrado, ele consegue atingir seu ápice no que se refere a qualidade de enredo, direção e atuações, além de um texto que possui um ar nefasto de tensão.
O longa da A24 é uma história de vingança, uma vez que uma tragédia terrível acontece para Martin, o que ocasiona situações de tortura psicológica e até física para Steven.
O trabalho do elenco é muito bom, mas temos que ressaltar Barry Keoghan. O jovem artista consegue ser visceral e cruel, sendo falsamente ingênuo e cínico. A forma fria como Martin age é algo surreal e, ao mesmo tempo, muito crível para as características de um sociopata. Uma entrega sensacional dele no papel.
Quanto à direção, o encaixe da trilha sonora incômoda, com diálogos crus e com atitudes quase robóticas dos seus personagens, algo que remete à uma crítica de uma sociedade composta apenas de aparências, sem um propósito.
Além disso, o cineasta grego brinca com uma sugestão de bruxaria, algo que incrementa uma linha de fantasia na trama de O Sacrifício do Cervo Sagrado, deixando mais uma pulguinha atrás da orelha de quem consegue viver uma experiência diferenciada em cada segundo dessa obra-prima do horror.
VEREDITO
O Sacrifício do Cervo Sagrado é um filme difícil de digerir e que causa sensações estranhas em seu espectador. Se você está disposto a embarcar na história, terá uma experiência única e inquietante, algo tão incomum atualmente em longas tão formulaicos.
Nossa nota
5,0/5,0
Confira o trailer de O Sacrifício do Cervo Sagrado:
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Only Murders in the Building chega à segunda temporada após um primeiro ano muito bem avaliado por público e crítica. O seriado do Hulu, distribuído no Brasil via Star+, teve 100% de avaliação da mídia especializada no Rotten Tomatoes, e 93% na opinião da audiência.
A nova temporada chega ao Star+ em 28 de junho de 2022 com dois episódios e distribuição semanal do restante. Tivemos acesso antecipado aos dois primeiros capítulos. Leia a seguir o nosso review sem spoilers.
SINOPSE DA 2ª TEMPORADA DE ONLY MURDERS IN THE BUILDING
Após a chocante morte da presidente do Conselho da Arconia, Bunny Folger (Jayne Houdyshell), Charles (Steve Martin), Oliver (Martin Short) e Mabel (Selena Gomez) correm para desmascarar seu assassino. Agora, sendo assunto de um podcast concorrente, eles têm que lidar com um monte de vizinhos de Nova York, que pensam que eles cometeram o assassinato.
ANÁLISE
Iniciar uma nova temporada após um primeiro ano tão bem construído e aceito por público e crítica é sempre um grande desafio. Liderado por Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez, Only Murders in the Building sabe que carrega essa responsabilidade e, até aqui, parece saber como lidar com ela.
O primeiro episódio da segunda temporada faz muito bem a transição entre o assassinato de Bunny, as consequências contra o trio de protagonistas e como poderão manter vivo o projeto do podcast Only Murders in the Building.
A montagem é excelente e bastante dinâmica. Esse dinamismo entrega diversos pontos altos, entre eles os interrogatórios da polícia e a contextualização da atual situação do podcast concorrente, produzido pela personagem Cinda Canning (Tina Fey).
O segundo episódio cai um pouco em relação ao primeiro. O capítulo também é muito bom e divertido, mas com o desenrolar de uma história complexa, que ganha mais nuances, o roteiro se perde em uma situação específica e abre espaços para alguns questionamentos.
Apesar disso, não há indícios de que a segunda temporada de Only Murders in the Building vá se perder na narrativa de investigação e criar furos de roteiro que comprometam a qualidade do seriado.
Novamente vemos em tela o trio Charles, Oliver e Mabel brilhar e divertir – especialmente Oliver, interpretado brilhantemente por Martin Short. A nova temporada também adiciona personagens já nos primeiros capítulos, em contextos que indicam que serão importantes para fazer a série avançar.
VEREDITO
Até aqui, Only Murders in the Building mostra que manterá a essência do excelente trabalho desenvolvido no primeiro ano. Isso significa mais uma temporada com muito bom humor mesclado com momentos de tensão em uma teia de investigação bem construída. Tudo isso liderado pelo talentoso e carismático trio de protagonistas.
Assista ao trailer da segunda temporada de Only Murders in the Building:
Hotel Oblivion, você deve ter ouvido falar desse lugar inóspito e que faz parte da história de The Umbrella Academy. Neste artigo vamos te apresentar a história e como funciona a prisão interdimensional criada por Sir Reginald Hargreeves.
O Hotel Oblivion foi título da terceira edição de The Umbrella Academy, lançada em 2019 e criada por Gerard Way e Gabriel Bá.
Na trama original, o lugar é uma mistura de Asilo Arkham e a Zona Fantasma, prisões icônicas da DC Comics, uma vez que abriga diversos criminosos perigosos, sendo uma prisão bastante peculiar em uma dimensão paralela, quase impossível de se escapar. O Hotel Oblivion possui um sistema de segurança altamente perigoso, com guardas que fazem torturas psicológicas e físicas aos aprisionados, demonstrando o quão cruel e sem escrúpulos o patriarca do grupo de heróis era e como ele destruía seus inimigos de todas as formas possíveis.
Um dos vilões mais poderosos, Perseus IX, acaba sendo aprisionado e se suicidando por conta das torturas diárias, levando seu filho a buscar vingança, tentando destruir tudo e todos.
Na série, os showrunners fizeram um mistério, utilizando o nome Hotel Obisidian, onde as pessoas mais esquisitas se hospedavam sem julgamentos. Perto do fim da temporada, vemos que ali existe um portal que leva a perigos terríveis, com adversários milenares e poderosos, causando graves danos em Klaus (Robert Sheehan) e companhia.
Os novos episódios de The Umbrella Academy já estão disponíveis no catálogo da Netflix. Confira outras publicações relacionadas:
Obi-Wan Kenobi, o tão aguardado spin-off de Star Wars, já possui todos seis os episódios disponíveis no Disney+. Ambientado entre os episódios 3 (A Vingança dos Sith) e 4 (Uma Nova Esperança) da franquia, o seriado mostra uma nova missão de Obi-Wan (Ewan McGregor) antes dele se tornar o lendário Jedi apresentado nos filmes clássicos.
Com o retorno de Hayden Christensen como Darth Vader, e a apresentação de uma nova vilã chamada Reva (Moses Ingram), o seriado se propõe a expandir a história live-action de Star Wars nos mesmos moldes de Rogue One, o primeiro spin-off de sucesso da Lucasfilm.
Confira abaixo a nossa crítica da série.
SINOPSE DE OBI-WAN KENOBI
Durante o reinado do Império Galáctico, o antigo Mestre Jedi Obi-Wan Kenobi embarca em uma missão crucial. Kenobi deve confrontar aliados que se tornaram inimigos e enfrentar a fúria do Império.
ANÁLISE
Obi-Wan Kenobi é uma série de oportunidades perdidas. Não há outra forma de dizer o quão decepcionante e pouco inventiva é a produção da Lucasfilm para um de seus personagens mais lendários.
Durante 17 anos os fãs esperaram um spin-off focado em Obi-Wan. Em 2018, quando Solo: Um História Star Wars foi lançado, todos os comentários na internet eram sobre por que Han Solo estava ganhando um projeto derivado e Obi-Wan, não. Apesar de Solo ser um grande ícone da franquia e ter um enorme apelo do público, as histórias de Obi-Wan nas animações já provavam à época que ter um projeto focado nele seria um acerto muito maior.
Após tanto tempo de espera, a Lucasfilm colocou em prática o projeto tão esperado.
E Obi-Wan Kenobi tinha tudo para dar certo: uma ótima diretora, que dirigiu incríveis episódios de The Mandalorian. O retorno de Ewan McGregor, um dos atores mais amados da franquia. O retorno de Hayden Christensen, algo inimaginável há 10 anos e a exploração de Darth Vader em um período ainda não retratado em live-action.
Some isso a um elenco de apoio talentosíssimo, com dois atores indicados recentemente ao Emmy (Joel Edgerton e Moses Ingram) e uma estrela mirim que possui força suficiente para se tornar um grande nome da próxima geração.
Absolutamente tudo estava ali. Mas, ao que tudo indica, mais uma vez Star Wars esbarrou nas decisões criativas de pessoas que, há muito tempo, vem errando com uma das franquias mais valiosas da história do cinema.
O argumento de roteiro criado por Joby Harold, instruído por Kathleen Kennedy a fazer uma série “esperançosa”, parece uma grande reciclagem de acontecimentos, e por vezes até de cenas, que já vimos em outras histórias.
Por se passar em um período de tempo sombrio, com o grande golpe orquestrado pelo Império em franca expansão, o seriado se vê em uma situação difícil para explorar momentos felizes, mas precisa fazê-lo para se encaixar em uma demanda que desconsidera o contexto vivido pelo personagem naquele período de tempo.
Durante quatro dos seis episódios, acompanhamos um Jedi exilado – que deveria explorar suas memórias, suas experiências e emergir como o Jedi que conhecemos na franquia clássica -, fugindo de um lado para o outro sem um objetivo concreto. Leia (Vivien Lyra Blair) é mal utilizada desde o segundo episódio e acaba se tornando uma muleta narrativa para atrasar o desenrolar da história entre Vader e Obi-Wan.
Além de reciclar situações, o seriado também recicla erros: Reva, interpretada por Ingram, é uma personagem extremamente interessante. Assim como outros personagens que foram mal desenvolvidos e descartados na nova leva de filmes encabeçados por Kennedy, Reva parece estar sempre no “quase”, não sendo aprofundada da forma que poderia e não ganhando um argumento sólido o suficiente para que o público se sinta comovido por seus traumas. Apesar da ótima direção de Deborah Chow nas cenas com Moses, o roteiro é fraco e previsível.
O que falar do Grande Inquisidor? Ou dos outros Inquisidores que surgem apenas quando é conveniente para a narrativa? Em determinado ponto da trama, todos os episódios parecem repetir os mesmos arcos, trocando apenas as locações. Com a dinâmica de episódio semanal, tudo fica mais complicado, pois parece que você passou semanas assistindo ao mesmo episódio e que a narrativa não avançou.
Os únicos momentos de Obi-Wan que realmente causam alguma emoção são aqueles que, inevitavelmente, envolvem seus personagens clássicos. Entretanto, até os embates entre Vader e Kenobi se veem afetados pela falta de espaço para o crescimento da narrativa. Ao se ver envolvido em uma sinuca de bico (pois nenhum dos personagens pode morrer), o seriado precisa dosar constantemente as consequências de suas escolhas para não afetar o cânone, tornando tudo calculado e tedioso.
Vale destacar que, além da excelente atuação de Moses, Ewan McGregor e Vivien Lyra Blair também estão incríveis em seus papéis. É um prazer rever McGregor como Obi-Wan, principalmente nos momentos mais emocionais, quando sua conexão com Anakin é explorada em tela. É nessas horas que fica quase impossível não pensar no resultado que essa série teria caso o roteiro fosse mais afiado.
Mesmo com o ótimo trabalho do elenco, o design de produção é o grande destaque de Obi-Wan Kenobi.
Ao manter a estética explorada nas prequels, resgatando até as lutas de sabre de luz performáticas, a série consegue moldar uma ótima identidade visual. O visual de Darth Vader e a maquiagem de Hayden Christensen, quando não está utilizando a armadura, funcionam muito bem e merecem grande reconhecimento. O mesmo podemos dizer da criação digital de Alderaan, do breve momento em Coruscant e da primeira cena de perseguição durante o ataque da Ordem 66. Momentos visualmente perfeitos e que merecem elogios.
Entretanto, é necessário dizer que, apesar do ótimo trabalho com os painéis de LED para construção dos cenários de Obi-Wan Kenobi, é quase impossível enxergar alguma coisa nas cenas que se passam durante a noite. Há falta de luz nas cenas que se passam à noite em Tatooine e em outros planetas, fato que se assemelha visualmente às desastrosas cenas de ação no deserto de O Livro de Boba Fett.
Com as portas mais do que abertas para um segundo ano, trazendo um final de temporada extremamente morno, é torcer que Obi-Wan consiga construir uma próxima temporada com algum propósito interessante. Afinal, o período conturbado com o Império permanece e existem outras formas de explorar o personagem, que possui muitos arcos relevantes nos livros, animações e quadrinhos. Talvez envolver Dave Filoni como roteirista principal, um profissional que conhece e já trabalhou com Kenobi anteriormente, possa resolver todos os problemas.
Caso se mantenha em apenas um ano, Obi-Wan Kenobi é uma daquelas experiências esquecíveis, que não acrescentam absolutamente nada de relevante no universo de Star Wars. Para uma fã que esperou anos para um reencontro com seu personagem favorito da franquia, e que sabe que existem possibilidades muito melhores de storytelling, é uma pena ter que ver um projeto como esse se desenrolar desta forma.
VEREDITO
Infelizmente, essa não é a série que eu estava procurando. Com um roteiro inacreditável e diversas chances perdidas, Obi-Wan Kenobi é um projeto muito abaixo do esperado. Se uma segunda temporada realmente se concretizar, é torcer que a equipe criativa trate com mais carinho um dos melhores personagens dessa franquia e o coloque no terreno mais alto novamente.
Julho já está chegando e nada melhor que ficar por dentro dos próximos lançamentos Netflix: Veja os filmes, séries, documentários e animes que chegarão ao catálogo da gigante do streaming.
Veja abaixo a lista completa com os lançamentos Netflix de julho deste ano:
SÉRIES
Dia 1 – Stranger Things – T4 Parte 2
Separados, mas sempre determinados, nossos heróis têm um futuro assustador pela frente. Mas esse é só o começo. O começo do fim.
Animado com o lançamento Netflix mais aguardado do ano? Veja o que achamos na primeira parte da 4ª temporada da queridinha dos assinantes da plataforma:
Sofia, Javi e os amigos tentam seguir em frente no último ano, mas atividades hackers de uma conta conhecida atrapalham os planos.
Dia 8 – Boo, Bitch – T1
É o último ano da escola, e duas amigas estão prontas para curtir a vida ao máximo! O único problema é que agora uma delas é um fantasma… Com Lana Condor
Dia 13 – Sintonia – T3
Doni se preocupa com o preço da fama, Rita pensa em mudar de carreira e Nando reflete sobre o caminho que escolheu. Tudo está em jogo.
Dia 13 – Uma Advogada Extraordinária – T1
Recém-contratada por um escritório de advocacia, uma jovem brilhante no espectro autista enfrenta desafios dentro e fora do tribunal.
Dia 14 – Resident Evil: A Série – T1
Quase três décadas após a descoberta de um vírus mortal, um surto revela os segredos obscuros da Umbrella Corporation. Baseada na franquia de terror.
Um avião aterrissa misteriosamente cinco anos depois da decolagem, levando os passageiros a viverem a estranheza de retornar a um mundo que seguiu a vida sem eles.
Dia 20 – Virgin River – T4
Mel encara sua nova realidade, o passado de Jack ameaça o futuro e chega gente nova em Virgin River.
Esta série para jovens adultos está de volta com uma nova temporada.
Dia 29 – Uncoupled – T1
Abandonado depois de 17 anos de namoro, um corretor de imóveis encara a vida de solteiro, gay e quarentão em Nova York. Estrelado por Neil Patrick Harris.
FILMES
Dia 6 – Olá, Adeus e Tudo Mais
Clare e Aidan combinam de terminar a relação antes da faculdade, sem mágoas. Mas o encontro de despedida promete ser inesquecível. Com Jordan Fisher
Dia 8 – A Fera do Mar
Uma menina entra escondida no navio de um grande caçador de monstros marinhos. Juntos, eles iniciam uma jornada épica por águas desconhecidas. Com Karl Urban, Jared Harris e Dan Stevens.
Dia 13 – O Sol de Amalfi
Vincenzo e Camilla colocam o amor à prova em uma viagem para a Costa Amalfitana. Seus amigos Furio e Nathalie também vivem grandes paixões.
Dia 15 – Persuasão
Oito anos após ser persuadida a não se casar com um homem de origem humilde, Anne Elliot tem uma segunda chance no amor.
Dia 22 – Agente Oculto
Um agente oculto da CIA descobre segredos da agência e é caçado mundo afora por um dissidente sociopata que coloca sua cabeça a prêmio. Com Ryan Gosling, Chris Evans e Ana de Armas.
Dia 29 – Continência ao Amor
Apesar das diferenças e contra todas as probabilidades, uma cantora (Sofia Carson) e um militar (Nicholas Galitzine) se apaixonam perdidamente.
DOCUMENTÁRIOS
Dia 12 – O Assassino da Minha Filha
Depois de lutar durante décadas para levar o assassino da filha à justiça na França e na Alemanha, um pai toma medidas extremas. Documentário sobre um crime real.
Dia 13 – D. B. Cooper: Desaparecimento no Ar
Em 1971, um homem sequestrou um avião, saltou de paraquedas com o dinheiro roubado e saiu impune. Décadas depois, sua identidade ainda é um mistério.
Dia 26 – Street Food: EUA
Esta temporada de Street Food destaca cozinheiros, churrasqueiros, taqueros, loncheros e heróis da culinária nos Estados Unidos.
ANIMES
Dia 4 – O Tio de Outro Mundo
Após ficar em coma por 17 anos, um homem de meia-idade acorda falando uma língua desconhecida e exibindo poderes mágicos.
Dia 29 – Detetive Conan: O Dia a Dia de Zero
Um detetive que também é policial e criminoso tenta equilibrar as três identidades neste spin-off de Detetive Conan.
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo é o novo longa da produtora A24 e conta com Michelle Yeoh (Shang Chi) em seu elenco. O filme está disponível nos cinemas brasileiros.
SINOPSE DE TUDO EM TODO O LUGAR AO MESMO TEMPO
Evelyn (Michelle Yeoh) é uma mulher pacata que vive de forma infeliz com sua lavanderia e problemas de relacionamento com seu esposo, Waymond (Ke Huy Quan), e sua filha Joy (Stephanie Hsu).
Entretanto, seus problemas ficam ainda maiores quando ela descobre que todo o multiverso está em perigo e ela é a única pessoa que pode salvar todos.
ANÁLISE
Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo é o tipo de longa que pode pegar os desavisados completamente de surpresa, pois conta com uma trama completamente alucinante e que nos suga para um multiverso de opções e reviravoltas mirabolantes extremamente divertidas.
O trabalho realizado pelos Daniels foi sensacional com tão pouco dinheiro investido no projeto, cerca de 25 milhões de dólares, o que é considerado troco para grandes franquias como, por exemplo, Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura, que não tem metade da criatividade e ousadia da obra da A24.
O filme possui um monte de qualidades, uma vez que tem personagens carismáticos, ideias malucas, um texto que ora é filosófico, ora entra com tudo na galhofice de uma comédia pastelão, algo muito positivo para a dinâmica incrível apresentada aqui.
Michelle Yeoh, Ke Huy Quan e Jamie Lee Curtis dão um show de atuação com muita fisicalidade e intensidade em seus diversos papéis dentro de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, visto que precisam entregar uma variação múltipla de personalidade dentro de situações bizarras que envolvem muita ação, drama e comédia. As atuações conseguem se destacar num contexto excelente de uma direção que mostra toda a sua competência com puro nonsense e referências deliciosas sobre cultura pop que estão por toda parte.
De negativo, temos apenas talvez, e um talvez bem evidente aqui, a duração do longa, que nos deixa cansados em dado momento por conta da sua intensidade absurda. Em algumas cenas o longa poderia terminar, mas os Daniels optam por continuar mais um pouco, o que prejudica um pouco a experiência frenética de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo.
VEREDITO
Com um roteiro simples, mas interessante, além de muita inventividade em sua execução, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo é um dos filmes mais legais e inovadores dos últimos anos, mostrando que a A24 é sim uma referência em obras indie.
Quem ainda não viu, dê uma chance, pois vale demais a pena!
Nossa nota
4,5/5,0
Confira o trailer de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo: