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    CRÍTICA – Attack on Titan (4ª temporada – Parte 2, 2022, Mappa)

    A segunda parte da quarta e última temporada de Attack on Titan chegou ao fim, mas ainda sem um final concreto. O anime produzido pela Mappa Studios ganhará uma terceira parte que deve chegar em 2023. 

    No ar desde 2013, o anime é uma adaptação do mangá de mesmo nome criado pelo mangaka Hajime Isayama e publicada pela primeira vez em setembro de 2009. No Brasil, é possível assistir ao anime nas plataformas Crunchyroll e Funimation

    SINOPSE

    Antigos inimigos se juntam na luta contra Eren Yeager e seu exército de titãs, decidido a destruir o mundo exterior para salvar Paradis. Segredos obscuros sobre as origens dos titãs são revelados e Mikasa precisará fazer uma escolha que definirá o futuro da humanidade. 

    ANÁLISE

    Talvez a maior surpresa dessa segunda parte da quarta temporada de Attack on Titan seja a continuação da saga por mais um ano. Ao longo dessa segunda metade, ficou mais do que evidente para os fãs do mangá que seria impossível terminar o anime em doze episódios. Dito e feito, no último episódio que foi ao ar com o título de “O Alvorecer da Humanidade“, o estúdio Mappa anunciou que em 2023 o anime voltará com uma terceira parte de encerramento (agora vai).

    O ano de 2023 também é simbólico para o anime, serão 10 anos no ar. Desde 2013, muita coisa mudou no anime, personagens importantes morreram; foi revelado os segredos sobre os titãs; o Esquadrão de Reconhecimento conseguiu finalmente ver o que existia além das muralhas. Mas, uma coisa não mudou e é sobre isso que Mikasa fala no último episódio da segunda parte. 

    Em uma espécie de recontextualização, ou simplesmente flashbacks, Mikasa relembra quando o Esquadrão chegou disfarçado em Marley (provavelmente entre o final da terceira temporada e o começa da quarta). As cenas são nostálgicas, não só pela presença de Sasha, mas por simplesmente passar a sensação de conforto e acolhimento com todos juntos mais uma vez. 

    Porém, a narração em voice off de Mikasa revela o que a mesma vem sentindo em relação a Eren. Mikasa fala algo que sempre esteve exposto no anime, mas que talvez, os fãs não quisessem ver: Eren sempre foi assim, um jovem teimoso, impetuoso e idealista ao extremo. Se na primeira temporada sua raiva estava direcionada aos titãs e todo mal que eles causam na Ilha Paradis, na quarta temporada descobrimos que seu alvo apenas muda para aniquilar toda a humanidade fora da ilha. 

    Logo, Attack on Titan faz uma das melhores reviravoltas da ficção mostrando como Eren se tornou o vilão de sua própria história, no maior estilo Walter White (Breaking Bad). Outro grande feito desta temporada foi contar a história através de outros personagens, durante a maior parte do tempo nem vemos Eren, mas sua sombra sobre essa trama é tão potente que constantemente sentimos sua presença. 

    Portanto, por mais que a maioria do público não aprove os atos de Eren em querer destruir a humanidade, compreendemos seus motivos porque seguimos esse personagem há mais de dez anos. Basta lançar um olhar para a vida que Eren passou para sentir empatia pelo personagem, mas suas ações só desencadearam mais sofrimento de forma a perpetuar o ciclo de violência que ele mesmo quer terminar.

    Personagens em destaque 

    Attack on Titan

    O afastamento de Eren das cenas de Attack on Titan possibilitou que outros personagens ganhassem mais destaques. Como Jean, que percebe que seu sonho de ter uma vida tranquila não irá acontecer e que ele precisa ser um líder para o grupo. Já Connie tem uma temporada mais tensa, sentindo a falta de Sasha, ele passa por algumas provações. 

    Da mesma forma que Eren se afasta da trama principal, Levi passa a temporada se recuperando de seu confronto com Zeke. A falta do personagem é sentida no momento em que o grupo precisa de uma mão firme, mas também compactua para dar mais ênfase ao caos da Ilha Paradis. Por outro lado, Mikasa e Armin ainda têm esperança em Eren, o que mostra o quanto esses personagens são na maioria das vezes passivos ao protagonista. 

    Ao Grupo de Reconhecimento se juntam alguns marleyanos, como Gabi, Falco, Pieck e Reiner que também desejam parar Eren. A volta de Annie também é um grande ponto dessa temporada, visto que, a Titã Fêmea passou duas temporadas fora das telas.

    Por último, o Mappa Studios vem fazendo um incrível trabalho de produção em Attack on Titan. A junção entre os 3D dos titãs e o 2D do cenário é essencial para criar a sensação de movimento e peso nas emoções dos personagens. A direção também se mostra um show à parte, com enquadramentos e movimentos de câmera de tirar o fôlego.

    VEREDITO

    Nas outras análises comentamos o quanto Attack on Titan têm se tornado um anime relevante e seus 10 anos apenas comprovam que essa história é uma das maiores da ficção de todos os tempos. Essa segunda parte da quarta temporada traz um tom mais sombrio ao anime que advém das grandes revelações que mudam para sempre nossas perspectivas sobre a franquia.

    Com uma segunda parte mais sóbria e intensa, o anime põe suas cartas na mesa e mostra as verdadeiras intenções de Eren. Agora, o tempo é crucial para os súditos de Ymir. A segunda parte também é tecnicamente melhor que a primeira e com a história finalmente se encaminhando para o fim, Attack on Titan denota ser uma obra atemporal.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    LEIA TAMBÉM:

    CRÍTICA – Attack on Titan (4ª temporada – Parte 1, 2021, Mappa)

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    CRÍTICA – B.I.O.T.A. (2022, Retrovibe Games)

    Aqui no site, não é segredo que temos uma admiração por bons jogos indie e B.I.O.T.A é mais um destes títulos. Produzido pelo Small Bros, um estúdio italiano de um homem só (Ivan Porrini), teve a parceria da Retrovibe Games, uma publisher polonesa dedicada a desbloquear novos níveis de diversão distribuindo jogos com alma retrô.

    B.I.O.T.A. teve seu lançamento em versão completa no dia 12 de abril de 2022 para PC.

    SINOPSE

    Um metroidvania de plataforma 2D repleto de ação ambientado em uma colônia de mineração infectada por uma praga alienígena. Em B.I.O.T.A. você estará inserido em um selvagem e perigoso ambiente sci-fi desenvolvido em uma bela pixel-art. Você pode escolher seu herói entre 8 opções desbloqueáveis, lutar contra monstros horrorosos e customizar sua experiência em 8 bits com quatro paletas de cores diferentes.

    ANÁLISE DE B.I.O.T.A.

    B.I.O.T.A. é um metroidvania de ação em 2D na sua mais pura essência. Com seus gráficos em 8 bits, sinta-se jogando os primeiros títulos que deram nome ao gênero. Ao contrário de Metroid, onde explorávamos o planeta Zebes, em B.I.O.T.A. somos enviados ao asteroide Fronteira do Horizonte no ano de 2177.

    Você controla uma equipe de mercenários, o Gemini Squad II, contratada pela V-Corp – uma empresa que controla uma colônia de mineração neste asteroide.

    Arte

    Um dos primeiros pontos que salta aos olhos em B.I.O.T.A. é o seu gráfico totalmente em 8 bits. Num primeiro momento, torci o nariz porque só parecia um jogo simples com gráficos que remetiam ao retro para tentar fisgar pela nostalgia.

    Imagens estáticas não nos permitem apreciar toda a maestria que 8 bits e paletas de 4 cores escondem. A dinâmica que temos jogando B.I.O.T.A. é linda, com animações agradáveis e gráficos muito bonitos, ainda que pouco detalhados.

    Um dos diferenciais em suas cores são justamente as opções. São 54 opções de paleta de cores (a maioria desbloqueáveis) que você pode escolher qual mais lhe agrada ou se parece adequada ao momento do game.

    Confira o que achamos de B.I.O.T.A., um metroidvania de ação em 2D na sua mais pura essência com lindos gráficos em 8 bits.

    Não bastassem os gráficos, as trilhas sonoras (por Maxim Tolstov) e efeitos são um primor, reproduzindo estilos chiptune e synthwave ricos em qualidade e detalhes. Os efeitos sonoros ajudam a dar peso às ações do personagem, tornando mais “palpável” a experiência.

    Jogabilidade

    Por se tratar de um metroidvania muito baseado nos clássicos da Nintendo, esperava uma dificuldade bastante elevada (lembrando dos perrengues que passei em Super Metroid). No entanto, o que experimentei foi muito diferente – ainda que cheio de semelhanças.

    Chegando no asteroide, podemos interagir com alguns dos sobreviventes do caos que lá se instaurou após a praga alienígena ter se espalhado pela colônia. Mas sem mais delongas, somos “convidados” a penetrar no recôndito do asteroide em busca de ajuda e respostas.

    Com acesso a um mapa ainda sem informações, começamos a exploração de maneira orgânica, conhecendo já de cara alguns monstros nada simpáticos. Apesar dos monstros, os maiores obstáculos são os desafios de plataforma. Morri algumas vezes nas primeiras partes do mapa.

    Sentindo o jogo

    Mas metroidvanias consistem exatamente nisto: exploração constante, tentativa/erro e revisitação de pontos. E após algumas mortes, entendi as mecânicas que aquele trajeto queria me ensinar. E o jogo vai evoluindo em meio a essa dinâmica de novidade, tentativa e aprendizado.

    Parece simples, mas eu me assustei quando comecei a testar “só por uma hora” e me vi preso em quase quatro horas de gameplay sem pausa. O level design e a fluidez do jogo são muito envolventes e te prendem de maneira quase imperceptível.

    Cada forma nova de combater os inimigos ou de suplantar desafios de plataforma instigam a querer tentar “só mais uma vez”. E assim vamos entrando cada vez mais fundo no asteroide e na trama que se constrói.

    Mas não era um metroidvania?

    O jogo não contente em te permitir desafios de plataforma muito instigantes, ainda oferece trechos e fases onde podemos pilotar um submarino, um mecha e uma nave espacial.

    Além destas fases que chamam a atenção por se distanciarem totalmente das mecânicas que foram construídas ao longo da gameplay, existem também trechos em que o jogo muda levemente seu mote para proporcionar novidade em meio ao já experimentado.

    Personagens de B.I.O.T.A.

    Além do mecha e do submarino, precisamos destacar os personagens jogáveis de B.I.O.T.A. e suas características. Cada personagem possui armas únicas, tanto básicas quanto especiais, além de 3 atributos: velocidade do ataque, precisão e força.

    Dos 8 personagens jogáveis, 4 são desbloqueáveis. Os 4 iniciais, ou seja, os membros do esquadrão de mercenários são:

    • Ace, o veterano, um capitão do exército americano, empunhando uma submetralhadora e jogando granadas;
    • Zeed, o perseguidor, um soldado marciano, com sua escopeta, é mais propício para o combate de curta distância, oferece uma gameplay mais tática munido de seu escudo;
    • Kirill, o mutante, um tenente da CCCP, tem um estilo mais agressivo com sua thermo-gun e seu arsenal de C4s, e;
    • Flynt, o saqueador, um soldado brasileiro, munido de seu rifle de precisão, proporciona uma gameplay estratégica, graças a seus tiros de longa distância.

    Cada personagem é mais adequado para determinadas partes do jogo, fazendo com que analisemos as circunstâncias do ambiente pensando em qual a melhor estratégia para suplantar inimigos ou desafios.

    O jogo também conta com uma boa variedade de monstros e chefes, sem muita complexidade, mas oferecendo um bom adicional à diversão, principalmente em suas animações de ataque e dinâmicas de movimentação.

    VEREDITO

    Durante as quase 8 horas de gameplay do modo história, me senti sempre instigado em querer saber o que viria após. B.I.O.T.A. certamente foi um dos metroidvanias que mais captou minha atenção nos últimos tempos.

    Não digo que ele é perfeito. Possui pequenos pontos como alguns níveis que podem ser “pulados” por algum glitch (raras vezes). A música, às vezes, por compor níveis mais extensos ou mais difíceis que exijam muitas mortes para sua conclusão acaba saturando, mas são bem poucos os momentos em que isto ocorreu.

    Algumas das paletas de cores também não são das mais confortáveis e parecem ter sido adicionadas mais por preciosismo (ou para aproveitar todos os testes do desenvolvedor), pois não têm tanta funcionalidade. Entretanto, existem outras paletas de cores que se destacam e fazem a alternância valer a pena.

    Ainda assim, B.I.O.T.A. brilha e conquista. Por seus diálogos, suas divertidas animações, seus desafios, chefes e monstros caricatos e por ter uma história bem desenvolvida. Talvez não inesperada, mas ela envolve e conquista, fazendo com que queiramos viver o que já sabemos que está por vir.

    B.I.O.T.A. é um jogo bastante recomendado por mim, não só por ser um ótimo jogo, mas também porque possui menus e legendas em português, dando fácil acesso para que o público nacional possa também disfrutar deste game.

    Nossa nota

    4,7 / 5,0

    B.I.O.T.A. está disponível para PC via Steam e GOG.

    Confira o trailer de B.I.O.T.A.:

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    Deuses Egípcios: Do Egito Antigo à cultura pop

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    Muito provavelmente já deve ter ouvido falar de alguns deuses egípcios seja , Osíris e Anúbis; e nas últimas semanas com o lançamento da série Cavaleiro da Lua, do Disney+, já no primeiro episódio somos apresentados a enéade, Ammit e Khonshu, mas quem são esses deuses, suas origens e suas adaptações mais famosas na cultura popular?

    A ENÉADE DE HELIÓPOLIS

    Uma enéade era na mitologia egípcia um agrupamento de nove divindades, geralmente ligadas entre si por laços familiares. A palavra “enéade” é de origem grega; em egípcio usa-se a palavra “pesedjete“.

    Conhecem-se várias enéades, sendo a mais importante a da cidade de Heliópolis (Iunet Mehet, em egípcio antigo), que foi uma cidade do Baixo Egito, entre 13 mil e 10 mil anos a.C., e era localizada na região do delta do Rio Nilo, que estende-se da área entre o sul da atual Cairo ao Mar Mediterrâneo.

    De acordo com o mito elaborado pelos sacerdotes da cidade, no princípio existia apenas as águas de Nun, das quais emergiu a colina primordial e nesta colina o deus estava criando a si próprio tornando-se Atum-Rá. Através do sémen produzido pelo ato de masturbação do deus, nasceram outras divindades, Shu Téfnis. Deste casal surgem Geb Nut. Estes últimos geram quatro filhos: OsírisÍsisSet Néftis.

    Completando, assim, os nove principais deuses da mitologia egípcia.

    Entretanto, embora pareça estranho, nem todas as enéades egípcias eram constituídas por nove deuses. Diferente da Enéade de Heliópolis, a Enéade de Abidos era composta por sete deuses e a Enéade de Tebas por quinze. Isso acorreu devido a perda do sentido etimológico inicial da palavra “enéade” como um grupo de nove deuses; passando a ser um mero agrupamento de divindades.

    OS NOVE IMORTAIS

    Representados muitas vezes com cabeças de animal sobre corpos humanos, os antigos deuses egípcios faziam parte de todos os aspectos da vida no Egito, tanto da realeza quanto das pessoas comuns.

    ATUM-RÁ, O DEUS SOL

    No início havia apenas Nun (também conhecido como Nu ou Ny) – ou Neunet, sua contraparte feminina -, o deus que representa o líquido cósmico, ou Água Primordial, que deu origem ao universo. É o ser subjetivo, quando se transforma no ser objetivo, tornando-se Atum (também conhecido como Atom, Tem, Temu, Tum e Atem) e significa Abismo.

    Então Atum cria Nut (a Terra), Geb (o Céu) e (o Sol); e quando novamente “torna-se a si mesmo”, une-se a , e se transforma em único ser, que seria chamado de Atum-Rá.

    O Deus Sol é uma das mais importantes divindades egípcias e foi associado à construção de pirâmides e à ressurreição dos faraós, que o adoravam. Era reconhecido como um deus criador, responsável pela criação de todas as coisas, incluindo os seres vivos.

    Esse deus simbolicamente nascia todas as manhãs com o nascer do sol, e morria com cada pôr-do-sol, iniciando sua jornada para o submundo.

    Atum-Rá era muitas vezes associado a Hórus e, assim como ele, era geralmente retratado como um homem com cabeça de falcão. No entanto, em vez de uma coroa branca e vermelha, o Deus Sol possuía um disco solar em sua cabeça.

    SHU, O DEUS AR

    Shu (também conhecido como Chu) é o deus egípcio do ar, calor, luz e perfeição. Juntos, Shu e Téfnis geraram Geb e Nut. Os frutos gerados originados da relação dos irmãos não agradou seu pai, Atum-Rá que ordenou a Shu que ele separasse seus filhos.

    O Deus Ar empurrou Nut para cima e pressionou Geb para baixo; enquanto Nut se tornava o céu que cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos e Shu permaneceu entre os filhos, representando o ar que as pessoas respiram.

    Shu é normalmente representado como um homem usando uma grande pluma de avestruz na cabeça.

    TÉFNIS, A DEUSA NUVEM

    Téfnis (também conhecida como Tefenete ou Tefenute) é a deusa que personificava a umidade e as nuvens na mitologia egípcia. A Deusa Nuvem simbolizava generosidade e também as dádivas e enquanto seu irmão Shu afasta a fome dos mortos, ela afasta a sede.

    Irmã e esposa de Shu, formava com ele o primeiro casal de divindades da Enéade de Heliópolis.

    Sua forma mais comum era retratada como uma mulher, às vezes com cabeça de leoa que indicava poder, usando na cabeça o disco solar e a Serpente Ureu, o adorno em forma de serpente usado nas coroas de deuses e faraós do Egito Antigo como símbolo de soberania.

    GEB, DEUS DA TERRA

    Geb (também conhecido como Gebe) é o Deus Terra e foi pai de Osiris, Ísis, Set e Néftis e marido de Nut.

    É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas e estimula lhes assegura enterro no solo após a morte, umedecendo o corpo humano na terra e o selando para a eternidade no túmulo.

    Em pinturas e hieróglifos o Deus Terra é representado com um ganso sobre a cabeça.

    NUT, A DEUSA CÉU

    Nut (também conhecida como Neuth ou Nuit) é a deusa do céu na mitologia egípcia e simboliza toda a era tida como a mãe dos corpos celestes. Ela representava o céu; por isso seu corpo simbolizava a abóbada celeste, seu riso era o trovão e seu choro a chuva.

    Segundo a concepção mitológica, o corpo de Nut se estendia sobre a Terra para protegê-la; seus membros, que tocavam o solo, simbolizavam os quatro pontos cardeais.

    Uma das representações mais recorrentes mostra a deusa de perfil e nua, como se arqueasse seu corpo sobre o deus da terra, Gebe; às vezes ela aparece apoiada em seu pai, o deus do ar, Shu.

    Em pinturas e hieróglifos a Deusa Céu é representada usando o pote de água na cabeça.

    OSÍRIS, DEUS DOS MORTOS

    Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro faraó do Egito. Isso até ser assassinado por seu irmão Set. A partir daí, Osíris virou o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.

    De acordo com historiadores, primitivamente Osíris representava a da força do solo, que faz a vegetação crescer; o que o exaltam como o inventor da agricultura e consequentemente o propiciador da civilização, do qual tornou-se uma espécie de patrono. Mais tarde, seus mitos passaram a representá-lo como um mítico faraó que teria governado o Egito em tempos imemoriais, sendo traído por seu próprio irmão, Set, que o mata para obter o trono. Osíris, vencendo a morte, renasce no no submundo, tornando-se o Senhor da vida pós morte e juiz dos espíritos que lá chegam.

    Embora a trajetória de deus da vegetação para deus da vida após morte pareça desconexa e incoerente, o que há de comum nessas atribuições é o conceito de ciclos de vida e renascimento que tanto a vegetação quanto a passagem para o além carregam. Assim, pode-se dizer que, Osíris é o deus do renascimento.

    Osíris foi um dos deuses mais populares do Egito Antigo, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até a Era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.

    Sua representação mais comum é de um homem mumificado com uma barba postiça, com braços cruzados sob o peito segurando o cajado hekat e o açoite nekhakha. Na cabeça Osíris apresenta normalmente a coroa atef, uma coroa branca com duas plumas de avestruz.

    ÍSIS, DEUSA DA MAGIA

    Uma das principais divindades na religião do Egito Antigo cuja veneração espalhou-se também para a Era Greco-Romana, Ísis foi mencionada pela primeira vez no Império Antigo como uma das personagens principais do mito de Osíris, em que ressuscita seu marido, o rei Osíris e com ele gera e protege seu herdeiro, Hórus.

    A irmã-esposa de Osíris era tão popular que foi a última divindade egípcia a ser adorada na Europa antes da chegada do Cristianismo. De acordo com deus mitos, o rio Nilo nasceu das lágrimas que ela derramou quando Osíris morreu.

    Ísis era retratada artisticamente como uma mulher humana usando um hieróglifo no formato de trono em sua cabeça. Durante o Império Novo a deusa passou a ser retratada usando a touca da deusa Hator: um disco solar entre os chifres de uma vaca.

    A deusa continua a aparecer em crenças esotéricas modernas e neopagãs. O conceito de uma única divindade que encarna todos os poderes femininos, tornou-se um tema amplamente explorado na literatura do século XIX e início do XX. Grupos e figuras esotéricas influentes, como a Ordem Hermética da Aurora Dourada do final do século XIX e Dion Fortune na década de 1930, adotaram a deusa em seus sistemas de crenças.

    Esta concepção de Ísis influenciou a Grande Deusa encontrada em muitas formas de bruxaria contemporânea. Atualmente, a Irmandade de Ísis, uma organização religiosa eclética focada em divindades femininas, tem esse nome pois, segundo sua sacerdotisa M. Isidora Forrest, Ísis pode ser uma “deusa universal para todas as pessoas”.

    SET, DEUS DO CAOS

    Set (também conhecido como Seth) é o Deus do Caos, mas também da guerra, da seca e do deserto. Matou o irmão, Osíris, mas perdeu a supremacia do Egito para o sobrinho Hórus. Resumidamente Set é um deus complexo; em mitos, ele é o deus da confusão, da desordem e da perturbação, que é enfatizada pela escrita hieroglífica como determinante para conceitos negativos como autoritarismo, fúria, crueldade, crise, tumulto, desastre, sofrimento, doença, tempestade, entre outros.

    Seu poder desordenado, no entanto, contribui para o equilíbrio cósmico e de acordo com a visão egípcia, as forças destrutivas estão em constante luta contra as forças positivas. Nesse sentido, Set se opõe a seu irmão Osiris, símbolo de terra fértil, nutritiva e ordem. Consequentemente, após o assassinato de Osíris, seu sobrinho Hórus tornou-se seu rival eterno.

    Normalmente é retratado com a forma do porco-formigueiro, animal raro da África, mas às vezes é retratado como outros animais que incluem o javali, o antílope, o crocodilo, o burro e até com animais venenosos, como cobras e escorpiões.

    NÉFTIS, GUARDIÃ DOS MORTOS

    Néftis (também conhecida como Nebthet e Nephthys) que significa “senhora da casa”, entendida no sentido físico. Porém é muito difícil diferenciar Néftis de sua irmã Ísis, pois ambas são chamadas de Deusa Mãe e Deusa dos Céus, e ambas usam como símbolo a cabeça de abutre e o disco solar; e ambas distribuem vida plena e felicidade.

    Diferente de outras deusas, Néftis nunca teve fama de má ou infiel e após o assassinato cometido por seu marido, Set, o Deus do Caos, ela lamentou o assassinato de Osíris e junto com Ísis ela zelou pelo corpo do deus morto. Assim, quando é denominada guardiã dos mortos, é com o significado positivo. Ela preside aos momentos finais da vida e é associada ao luto, à noite, ao serviço aos templos, ao parto, aos mortos, à proteção, à saúde e ao embalsamamento.

    Existem confusões a respeito dos maridos: Néftis às vezes é citada como esposa de Osíris, enquanto Ísis é mencionada como esposa de Set; sendo o par Osíris-Néftis citado como os pais de Anúbis.

    Sua representação mais comum é de uma mulher com asas de falcão, geralmente estendidas como um gesto de proteção.

    OUTROS DEUSES EGÍPCIOS

    Anúbis, Bastet, Hator e Hórus.

    De acordo com historiadores, esta mitologia conta com mais de 2000 deuses egípcios que, segundo a crença eles explicavam a criação do mundo, representavam as formas da natureza e exerciam influência decisiva no dia a dia das pessoas.

    Entre eles podemos citar Amnut, Anúbis, Bastet, Hator, Hórus, Khonshu e Taweret, por exemplo.

    SIMBOLOGIA

    Como toda mitologia, a egípcia também conta com diversos símbolos que perduraram ao tempo e são conhecidos até hoje, mesmo que seus significados tenham mudado ao longo dos anos.

    Entre os muitos símbolos que fazem referência aos deuses egípcios, talvez o mais comum em tatuagens, pinturas e outras formas artísticas seja o Olho de Hórus.

    O Olho de Hórus, também conhecido como udyat, é um símbolo que significa poder e proteção; e foi um dos amuletos mais importantes no Egito Antigo, sendo usado como representação de força, vigor, segurança e saúde.

    Atualmente, o símbolo também é utilizado contra a inveja e o mau-olhado, além de proteção, e por isso é bastante usado sua imagem para fazer tatuagens, em diversas partes do corpo.

    Existe uma lenda que conta que durante uma luta, Set arrancou o olho esquerdo de Hórus; que acabou sendo substituído por um amuleto, dando então origem ao que hoje é conhecido como o Olho de Hórus.

    GAMES

    A mitologia egípcia antiga pode ser vista em todos os tipos de mídia, mas sem dúvidas os games são onde podemos visualizar o maior potencial para nos aprofundarmos na complexa temática do Egito Antigo e seus deuses.

    Muitas mitologias foram inspirações para games, mas a egípcia é uma fonte rica e atraente da qual muitos jogos se inspiram; e títulos como Smite, Lara Croft and the Temple of Osíris, Age of Mythology e Civilization 5 são obrigatórios para os fãs.

    Um título específico merece uma atenção especial: Assassin’s Creed Origins.

    No game da Ubisoft controlamos o protagonista Bayek pelas movimentadas vilas e mercados do Cairo, navegando pelo Nilo e descobrindo os mistérios das pirâmides e mitos esquecidos numa aventura de mundo aberto que transforma a gameplay em uma experiência extraordinária para jogadores e fãs de egiptologia.

    Assassin’s Creed Origins deu aos jogadores uma visão tão realista do Egito Antigo, que os egiptólogos até o usaram para ensinar história egípcia.

    QUADRINHOS

    DC COMICS

    Em 1945, surgia nas páginas da HQ The Marvel Family #1, o personagem Teth-Adam, o Adão Negro. O famoso vilão da DC Comics como o seu rival, Shazam, precisa dizer a mesma palavra para utilizar o poder dos deuses, porém diferente do herói que invoca os poderes de deuses gregos, Adão Negro invoca os poderes dos deuses egípcios, que são:

    • Resistência de Shu;
    • Velocidade de Hórus;
    • Força de Amon;
    • Sabedoria de Zehuti;
    • Poder de Aton;
    • Coragem de Mehen.

    MARVEL COMICS

    Já nas páginas da Marvel Comics, os deuses egípcios possuem mais espaço do que na editora rival. Apesar dos deuses nórdicos terem maior fama entre os fãs.

    Em 1966 quando surgiu o Pantera Negra temos a deusa Bast (uma versão de Bastet) que dá a força e agilidade a T’Challa; e em 1975 vimos Khenshu em Cavaleiro da Lua, utilizando Marc Spector como seu avatar na Terra.

    CINEMA

    O Egito Antigo teve diversas adaptações no cinema, desde Cleópatra (1963) até o esquecível Deuses do Egito (2016), que foi estrelado por Brenton Thwaites, Gerard Buttler, Nikolaj Coster-Waldau, Chadwick Boseman, Elodie Yung e Geoffrey Rush.


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    Shuma-Gorath: O Lorde do Caos da Marvel Comics

    Um Senhor do Caos e Mestre dos Deuses Extradimensionais conhecidos como os Antigos, Shuma-Gorath governa centenas de dimensões. Além de ser um dos adversários mais poderosos e aterrorizantes do Doutor Estranho.

    O personagem da Marvel Comics criado por Steve Englehart e Frank Brunner é classificado como um demônio e Senhor do Caos, a primeira aparição de Shuma-Gorath foi na HQ Marvel Premiere #10, em setembro de 1973.

    ORIGEM

    Durante a pré-história do planeta Terra, Shuma-Gorath governava o mundo e exigia de seus “seguidores” sacrifício humano até ser banido pelo feiticeiro e viajante do tempo Sise-Neg. Após ser banido, a entidade retorna na Era Hiboriana mas dessa vez é aprisionada pelo deus celta Crom em uma montanha e mais tarde retorna a sua dimensão natal forçado por Crom que o via como uma ameaça para a Terra.

    Na tentativa de retornar a Terra, Shuma-Gorath invade a mente do Ancião e como forma de prevenir seu retorno, Doutor Estranho é forçado a matar seu mestre para que a criatura não retornasse. Mais tarde, Stephen Strange luta contra o Senhor do Caos em sua dimensão natal e mesmo vencendo a luta, Strange acaba se tornando uma versão do vilão e comete suicídio para proteger a humanidade; posteriormente o Mago Supremo é ressuscitado por aliados.

    PODERES E HABILIDADES

    Shuma-Gorath é uma antiga força do caos, o governante imortal, quase invencível e é classificado como um Deus em quase uma centena de universos alternativos. Ele é capaz de fazer projeção de energia, mudar de forma, se teletransportar, levitar, alterar a realidade, entre muitas outras habilidades.

    O vilão é descrito como sendo muito mais poderoso do que outros poderosos inimigos demoníacos, como Satannish e Mefisto; e é capaz de destruir automaticamente várias galáxias apenas através da pressão de sua aura.

    Aparentemente é impossível destruir permanentemente este deus maligno.

    EQUIPES

    O feiticeiro Nicholas Scratch, filho da feiticeira Agatha Harkness, convoca a entidade para a Terra, mas o Senhor do Caos é repelido pelos esforços combinados do Doutor Estranho, do Quarteto Fantástico, dos Sete de Salém e do vilão Diablo. Em certo momento nas páginas dos quadrinhos da Marvel Comics é revelado que Shuma-Gorath faz parte de um grupo formado por quatro divindades imortais conhecidos como Os Muitos Ângulos, seres extradimensionais que guiam uma invasão metafísica de uma dimensão chamada “cancerverso”.

    CURIOSIDADES

    Durante uma invasão em Manhattan, Shuma-Gorath possui uma horda de civis, fazendo com que tentáculos saiam de suas bocas, mas é derrotado pelos Vingadores. Em outro momento o vilão também conseguiu possuir até mesmo heróis.

    Shuma-Gorath é um personagem muito parecido com Starro, da DC Comics, e assim como a estrela-do-mar-alienígena, quanto maior os seus poderes, maior fisicamente ele se torna.

    OUTRAS MÍDIAS

    É notável a presença de Shuma-Gorath nos games da Marvel; o personagem aparece em títulos como:

    • Marvel Super Heroes;
    • Marvel vs Capcom 2;
    • Marvel vs Capcom 3;
    • Marvel vs Street Fighter;
    • X-Men vs Street Fighter.

    No cinema o personagem será apresentado ao Universo Cinematográfico Marvel em Doutor Estranhos no Multiverso da Loucura, porém veremos uma adaptação do Mestre dos Deuses Extradimensionais e será rebatizado como Gargantos.

    Gargantos, que apareceu pela primeira vez na HQ Sub-Mariner #13, é um monstro marinho bem inferior a Shuma-Gorath e até um pouco diferente visualmente e por conta dos direitos autorais, infelizmente, o vilão bem conhecido dos fãs não poderá ter seu nome original no UCM.

    A nova produção da Marvel Studios tem data de lançamento para o dia 05 de maio.


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    House of the Dragon: Conheça Sor Criston Cole

    Sor Criston Cole era um cavaleiro da Casa Cole que se tornou Senhor Comandante da Guarda Real do Rei Viserys I Targaryen; seu relacionamento com a filha de Viserys I, a princesa e herdeira Rhaenyra Targaryen, foi primeiro amigável e depois contraditório já que Cole convenceu o filho de Viserys I, Príncipe Aegon, a reivindicar o domínio dos Sete Reinos após a morte de seu pai.

    Esta ação de Criston levou à Dança dos Dragões, uma guerra civil entre Aegon II e sua meia-irmã mais velha, Rhaenyra, que havia sido preparada para ser a sucessora de seu pai, como o falecido rei desejava.

    O cavaleiro ficou conhecido como Criston, o Fazedor de Reis.

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    RELACIONAMENTOS

    Criston Cole não teve relacionamentos dignos de nota, mas rumores dentro de Porto Real diziam que o jovem cavaleiro e a ainda criança, princesa Rhaenyra tinham um caso.

    FEITOS

    Filho de um mordomo de Lorde Dondarrion, Cole teve uma ascensão meteórica de plebeu à cavaleiro juramentado da Guarda Real e atingindo o segundo mais alto posto na corte, Mão do Rei.

    Em 104 d.C. (Depois da Conquista), Criston ganhou um combate corpo a corpo no torneio em Lagoa da Donzela para celebrar a ascensão do Rei Viserys I Targaryen ao Trono de Ferro, chamando a atenção da corte real ao derrubar a espada valiriana Irmã Negra das mãos do Príncipe Daemon Targaryen com sua espada Estrela da Manhã.

    Ele deu o louro do vencedor para a Princesa Rhaenyra, de sete anos, cujo favor ele usou enquanto desmontava Daemon nas justas, bem como os gêmeos Sor Arryk e Sor Erryk Cargyll, ambos da Guarda Real. Porém, Cole não foi páreo para Lorde Lymond Mallister.

    Ao final do torneio, o Rei Viserys I cedeu a Rhaenyra nomeando Criston Cole seu cavaleiro pessoal juramentado.

    Em 105 d.C., Criston, de 23 anos, tornou-se membro da Guarda Real, tomando o lugar do lendário Sor Ryam Redwyne.

    A DANÇA DOS DRAGÕES

    Em 129 d.C., o Rei Viserys I Targaryen morreu e Cole junto da Rainha Alicent Hightower reuniram o pequeno conselho para discutir a sucessão, mantendo a morte do rei em segredo do público. Criston Cole se opôs a Rhaenyra Targaryen, Princesa de Pedra do Dragão, ou seu marido, o Príncipe Daemon Targaryen e também repetiu o boato de que os filhos do primeiro casamento de Rhaenyra com Sor Laenor Velaryon eram bastardos.

    Com isso, o pequeno grupo em Porto Real queriam coroar o meio-irmão mais novo de Rhaenyra, o Príncipe Aegon, indo contra os desejos do recém finado Rei Viserys I.

    Todos na corte que se opuseram e declararam apoio para Rhaenyra foram levados sob custódia. Quando Criston foi até Aegon para convencer o príncipe a subir ao Trono de Ferro, o principal argumento era de que ele e seus irmãos seriam mortos por Rhaenyra se ele não reivindicasse o Trono de Ferro.

    Durante a coroação de Aegon no Fosso dos Dragões, Cole colocou a antiga coroa de Aegon, o Conquistador, na cabeça do jovem rei. Criston Cole nomeou Aegon com Aegon II e ficou conhecido como o Fazedor de Reis após o golpe da coroação.

    Rhaenyra Targaryen, que estava em Pedra do Dragão na época da coroação de Aegon II Targaryen, ao descobrir o golpe recusou-se a apoiar seu meio-irmão, iniciando o grande conflito armado que engoliu os Sete Reinos e ficou conhecido como a Dança dos Dragões. Muitos dos lordes dos Sete Reinos estavam cientes do desejo do Rei Viserys I de que Rhaenyra a sucedesse como a primeira rainha governante da Casa Targaryen, e deram seu apoio à princesa.

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    MORTE

    Após muitas batalhas sangrentas entre os Negros e Verdes, Sor Criston Cole marchou para o sul com seu exército de Verdes, apoiadores do Rei Aegon II, encontrando apenas morte e o fogo diante de si. Seus batedores encontraram cadáveres pendurados em árvores e espalhados por todo o caminho, além de contaminando poços com água potável.

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    Quem são os Negros?

    Quem são os Verdes?

    Os Negros finalmente se reuniram sob a liderança de Lorde Roderick Dustin e enfrentaram Criston, que desafiou os líderes do exército Negro a enfrentá-lo em combate singular, mas isso lhe foi negado.

    Numa das batalhas mais decisivas da Dança dos Dragões, após a morte de Cole, os homens do exército Verde começaram a fugir e consequentemente foram assassinados aos montes.

    O massacre se tornou conhecido como Baile dos Carniceiros.

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    A Casa do Dragãospin-off de Game of Thrones, chegará ao HBO Max no dia 21 de agosto de 2022 e Sor Criston Cole será vivido pelo ator Fabien Frankel.

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    CRÍTICA – Metal Lords (2022, Peter Sollett)

    Metal Lords é a mais nova produção adolescente da Netflix. Dirigido por Peter Sollett e roteirizado por D.B Weiss, o longa traz no elenco principal os atores Jaeden Martell, Adrian Greensmith e Isis Hainsworth.

    O filme conta com produção executiva musical de Tom Morello, lenda do rock e integrante dos grupos Rage Against the Machine e Prophets of Rage.

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    SINOPSE DE METAL LORDS

    Dois amigos tentam formar uma banda de heavy metal com um violoncelista para uma Batalha de Bandas.

    ANÁLISE

    Metal Lords é um projeto que possui uma equipe de peso. Na produção temos os premiados D.B Weiss (Game of Thrones), Greg Shapiro (A Hora mais Escura), e Tom Morello. No elenco, os conhecidos Jaeden Martell (Em Defesa de Jacob), Brett Gelman (Stranger Things) e Joe Manganiello (Liga da Justiça).

    O filme conta a história de dois amigos de infância que sofrem bullying na escola. Hunter (Adrian Greensmith) entende que o metal é a única salvação para ambos, sendo o caminho para eles se tornarem populares e respeitados. Kevin (Jaeden Martell), por outro lado, só quer ser um garoto comum e conseguir uma namorada.

    Em meio ao turbilhão de dúvidas e sofrimentos providos pela adolescência, os dois precisam superar seus problemas para tornarem a SkullFucker uma banda conhecida. Em sua busca por um baixista, eles conhecem Emily (Isis Hainsworth), uma menina muito talentosa e que arrasa tocando violoncelo.

    Metal Lords tem apenas uma hora e 38 minutos, mas parece durar muito mais do que o tempo previsto. A sensação se deve ao fato do roteiro de Weiss se perder no segundo ato da história, tornando a trama arrastada e pouco criativa. Entretanto, o longa retoma o gás em seu último arco, entregando um final interessante.

    O ponto central da trama é a amizade entre Kevin e Hunter, mas é difícil comprar o laço que teoricamente deveria existir entre os dois. Os debates em torno dessa relação estranha, entretanto, são o que movimenta a trama. Os assuntos abordados perpassam não só os problemas da juventude como, também, as causas que levam bandas de rock a terminarem prematuramente. O roteiro de Weiss busca navegar por esses tópicos, ao mesmo tempo em que tenta construir um background interessante para os personagens principais.

    O grande destaque de Metal Lords são as atuações. Jaeden, mesmo que extremamente jovem, é um ator com grande currículo em Hollywood. Seu talento é notável e ele é a grande estrela “guia” desse filme. Adrian Greensmith, mesmo sendo um iniciante, rouba a cena e entrega os momentos mais divertidos e inspirados da produção.

    A trilha sonora é um elemento vivo e pulsante em Metal Lords. Músicas de grandes nomes do cenário do rock e do metal embalam cada acontecimento da história, tornando a produção extremamente viva e um pouco nostálgica. Iron Maiden, Megadeth, Judas Priest, Metallica, Black Sabbath e até Avenged Sevenfold: a trilha de Metal Lords é uma série extraordinária de hits.

    Assim como Fita Cassete e Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta, Metal Lords é mais uma produção que tenta mostrar a importância do rock para movimentos sociais e revolucionários, aproximando as músicas de uma geração que há muito não se conecta com esse estilo. Mesmo sendo muito mais nostálgico para os adultos, o filme é uma comédia leve e divertida para o público adolescente.

    VEREDITO

    Com uma excelente trilha sonora e ótimas atuações, Metal Lords é mais uma interessante adição ao catálogo da Netflix.

    Nossa nota

    3,0/5,0

    Assista ao trailer

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