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    CRÍTICA – Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X (2021, Marcus Clarke)

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    O documentário Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X é uma produção da Netflix baseada no livro homogêneo escrito por Randy Roberts e Johnny Smith, que também estão na produção do filme.

    Dirigido por Marcus Clarke, o documentário aborda a controvérsia amizade das duas entidades do movimento negro nos anos 60, o longa conta com entrevista de familiares e amigos de  Muhammad Ali e Malcolm X.

    SINOPSE

    Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X  é um documentário sobre a amizade improvável e relação entre o boxeador Muhammad Ali e o ativista americano Malcom X.

    ANÁLISE

    Irmãos de Sangue

    Quando o assunto é Muhammad Ali e Malcolm X muito se fala das diferenças entre ambos e como seria difícil surgir uma amizade dessa relação. Ainda assim, Muhammad Ali e Malcolm X eram homens negros em uma época extremamente difícil na América (por sinal ainda é uma época difícil) que encontraram um no outro a afirmação e a irmandade da comunidade negra.

    Nesse sentido, o documentário de Marcus Clarke prova que  tanto crenças religiosas, como divergências políticas não estão acima da cor da pele.  Muhammad Ali e Malcolm X podiam ser de mundos completamente diferentes, o primeiro um boxeador de fala provocativa, o segundo um revolucionário cheio de afirmações. Porém, eram homens negros na América e isso significa serem irmãos de sangue.

    Logo, Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X leva o espectador em uma viagem nos poucos anos em que a dupla esteve próxima. O documentário constrói a narrativa apresentando desde as primeiras aproximações do boxeador e do revolucionário, abordando com intimidade o trágico momento de separação e chegando com respeito ao fim da vida de ambos. Para isso, são ouvidos historiadores, os próprios autores do livro que deram origem ao documentário, mas principalmente familiares e amigos de Muhammad Ali e Malcolm X.

    E de fato, é essa singularidade que torna Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X tão intimista e intenso. Não apenas é visto os momentos bons e ruins da amizade de Muhammad Ali e Malcolm X, como é relato pensamentos compartilhados de ambos sobre a separação da dupla.

    O irmão mais novo de Muhammad Ali, Rahman Ali, e as filhas do boxeador lembram com veemência os arrependimentos do campeão dos pesos pesados após o rompimento de amizade com Malcolm X. Assim como, a filha de Malcolm, Ilyasah Shabazz, recita passagens da biografia do pai na qual ele dizia-se admirado com o jovem Muhammad Ali.

    A amizade de Muhammad Ali e Malcolm X ameaçava politicamente e religiosamente e aos poucos foi minada. Quando Elijah Muhammad e Malcolm X cortaram relações,  Muhammad Ali precisou escolher entre seu líder religioso e seu fiel amigo. No final da vida, Ali afirmou que amava Malcolm X, enquanto a ativista no tempo que esteve presente sempre lembrou que Ali era seu amigo quando perguntado pela imprensa.

    Sendo assim, o diretor Marcus Clarke é certeiro ao confrontar esses dois gigantes após suas mortes e mostrar que ambos sempre guardaram uma forte amizade. A escolha por arquivos em vídeo e fotos da dupla revela os olhares de cumplicidade, assim como, as pequenas cenas de animação e a edição mais criativa denotam que Clarke esteve muito à vontade dirigindo esse documentário.

    Até mesmo as inserções sobre a história do movimento Nação do Islã estão ali de maneira a completar a história e possibilitar mais contexto. Por fim, assistir Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X  para entender o que verdadeiramente foi a amizade de Muhammad Ali e Malcolm X é uma experiência intensa, informativa e admirável.

    VEREDITO

    Irmãos de Sangue

    Irmãos de Sangue: Muhammad Ali e Malcolm X é um documentário que cria aprendizado e conhecimento da vida e em especial da amizade de dois ícones do movimento negro nos Estados Unidos e também do mundo. De forma atenta e rápida, o documentário encanta e traz reflexões sobre quem foram   Muhammad Ali e Malcolm X enquanto amigos e irmãos.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do documentário:

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    Noites Sombrias #32 | 5 jogos de terror para celular

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    Os jogos de terror para celular estão entre os gêneros mais populares das lojas de aplicativos. Embora os exemplos mais conhecidos do gênero estejam nos consoles e computadores, celulares também contam com ótimas opções para quem quer sentir aquele frio na barriga jogando

    Se você é do tipo de curte jogos assustadores, confira essa lista!

    DETENTION

    Baseada no videogame taiwanês de mesmo nome, Detention acompanha Yunxiang Liu (Ling-Wei Lee), uma adolescente que, nos anos 1990, é transferida para a Escola Greenwood. Quando, acidentalmente, Yunxiang entra numa área restrita do campus, ela se depara com o fantasma da ex-aluna Ruixin Fang (Ning Han).

    Compatibilidade: Android, iOS
    Preço: R$ 18,90 para Android e R$ 27,90 para iOS
    Tamanho: cerca de 660 MB para Android e 1,0 GB para iOS (versão 1.3)

    REST IN PIECES

    Rest in Pieces é um jogo no estilo “Corrida Infinita” que possui um visual sinistro. No game, você controla uma boneca de porcelana, presa em um pêndulo.

    O diferencial do game é essa mecânica de balançar. A boneca não se move rapidamente, e o jogador precisa levar isso em conta na hora de desviar dos obstáculos.

    Compatibilidade: Android, iOS
    Preço: gratuito (compras internas opcionais)
    Tamanho: cerca de 230 MB para Android e 340 MB para iOS (versão 1.6)

    AFTERMATH

    Presentes em diversos títulos de diversas mídias, os zumbis fazem parte importante da nossa cultura. Em Aftermath, o jogador precisa enfrentar as hordas entre os prédios com poucos equipamentos para sobreviver.

    Compatibilidade: Android
    Preço: R$ 28,99
    Tamanho: cerca de 20 MB (versão 3.2)

    UNDER: DEPTHS OF FEAR

    Encontre-se na mente de Alexander Dockter, um veterano traumatizado deixado por conta própria depois de ser abandonado em um transatlântico colossal que deveria ser sua passagem para casa. Certifique-se de estar ciente de seus ambientes, pois uma mente assombrada trará de volta as surpresas mais terríveis.

    Compatibilidade: Android, iOS
    Preço: R$ 3,90 para Android e R$ 4,90 para iOS
    Tamanho: cerca de 765 MB para Android e 2,4 GB para iOS (versão 0.1)

    LIMBO

    Limbo é um jogo obscuro e misterioso produzido em 2D no ano de 2010, o jogo teve muita repercussão mundial e trouxe um estilo único para os jogos.

    O jogo é todo em preto e branco e é um side-scrolling 2D que representa a história de um menino fugindo dos perigos de uma floresta que envolve várias ameaças.

    Compatibilidade: Android, iOS
    Preço: R$ 24,99 para Android e R$ 22,90 para iOS
    Tamanho: cerca de 140 MB para ambas as plataformas (versão 1.2 para Android e 1.1 para iOS)

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    CRÍTICA – Todos Estão Falando Sobre Jamie (2021, Jonathan Butterell)

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    Todos Estão Falando Sobre Jamie (Everybody’s Talking About Jamie) é o novo filme da Amazon Prime Video inspirado na história real de Jamie Campbell, protagonista de um documentário de 2011 chamado Jamie: Drag Queen at Sixteen e adaptado de uma peça teatral.

    Tanto o filme, quanto a peça possuem o mesmo diretor, Jonathan Butterell. No elenco estão Max Harwood, Sarah Lancashire, Richard E. Grant (Loki), Ralph Ineson (Jogador Número 1).

    SINOPSE DE TODOS ESTÃO FALANDO SOBRE JAMIE

    Jamie New (Max Harwood) é um adolescente britânico de 16 anos que se sente muito deslocado porque tem um sonho singular: ele deseja se tornar uma Drag Queen e fazer disso sua profissão. Jamie não sabe como será seu futuro, mas uma coisa é certa: ele será uma sensação!

    Incentivado por sua mãe, Margaret (Sarah Lancashir), e seus amigos maravilhosos, o jovem vai enfrentar inúmeros preconceitos, superar intimidações para finalmente sair das sombras e revelar ao mundo quem ele realmente é.

    ANÁLISE

    Os filmes LGBTQIA+ se tornaram uma sensação nos últimos anos e uma enorme fonte de renda para streamings como a Netflix. Logo, é surpreendente quando um filme do gênero traz novas percepções sem abandonar os costumeiros aspectos que fazem esses longas tão especiais. Por isso, Todos Estão Falando Sobre Jamie é um sucesso, pois têm a capacidade de ser sensível quando é preciso.

    Nesse sentido, o longa aborda Jamie, um jovem de 16 anos que quer ser uma Drag Queen em sua tradicional cidade. Para isso, o adolescente precisa lidar com o bullying dos colegas, um pai preconceituoso (Ralph Ineson) e suas próprias inseguranças em relação a si mesmo. Porém para amenizar, ele conta com sua melhor amiga Pritti (Lauren Patel), a mãe Margaret e seu mentor Hugo (Richard E. Grant).

    Diferente do que se espera, Todos Estão Falando Sobre Jamie não fala sobre aceitação. Jamie é um garoto gay e não esconde isso de ninguém. Contudo, como um jovem, ele precisa de orientação e coragem para revelar todo o seu potencial.

    Seu despertar vem ao longo do filme. Após o sucesso de sua primeira performance, Jamie precisa entender sua personalidade.

    O filme Todos Estão Falando Sobre Jamie (Everybody's Talking About Jamie) conta a história real de um jovem que sonha em ser Drag Queen

    Dessa forma, é significante quando Todos Estão Falando Sobre Jamie aborda os problemas pessoais e também a aceitação da comunidade com uma pessoa LGBTQIA+. Isso humaniza a luta e a representatividade, mostrando que nem tudo é um “mar de flores”.

    O longa também consegue ser fabuloso com um repertório de músicas divertidas e emocionantes que crescem à medida que o filme avança. Por isso, ainda que a direção de Jonathan Butterell seja tímida no começo, ele entrega grandes performances com diversas referências visuais e também com muita criatividade.

    VEREDITO

    Todos Estão Falando Sobre Jamie é um filme emocionante que consegue abordar os mundos LGBTQIA+ e Drag Queen de maneira gentil e gratificante. As músicas e performances são maravilhosas e mostram o potencial de Max Harwood como protagonista em seu primeiro trabalho.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Todos Estão Falando Sobre Jamie:

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    CRÍTICA – Lost in Random (2021, Thunderful)

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    Imagine um mundo regido pela aleatoriedade – ou pelo menos é o que a rainha com punho de ferro daquele universo quer que seus súditos acreditem – enquanto o destino dos habitantes de seus reinos é definido pelo simples jogar de um dado. Mas no passado, aquele mundo não era assim. Lost in Random é um game indie desenvolvido pela Zoink Games e pela Thunderful, publicado pela Electronic Arts. Ele está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X e PC.

    Cada habitante do mundo possuía seu próprio dado, e suas ações eram decididas livremente, sem qualquer diferença de castas e dando a entender que a liberdade daquele mundo era muito mais frágil do que é no momento em que nos deparamos com a história de Odd e Even.

     

     

    Mas no passado, aquele mundo não era assim. Cada habitante do mundo possuía seu próprio dado, e suas ações eram decididas livremente, sem qualquer diferença de castas e dando a entender que a liberdade daquele mundo era muito mais frágil do que é no momento em que nos deparamos com a história de Odd e Even.

    SINOPSE

    O reino de Random é dividido em seis regiões sombrias, governadas por uma rainha má, onde a vida é ditada por um dado preto amaldiçoado. Nessa história, uma menina desprovida numa maré de azar em uma missão sombria para salvar sua amada irmã. Com seu companheiro Dicey, um dado vivo pequeno e estranho, Even deverá aprender a aceitar o caos de Random, revelando uma história antiga com uma mensagem moderna.

    ANÁLISE

    Lost in Random

    Random, é um mundo dividido por castas. Definidas completamente pelo lançar de dados da Rainha, que é tão punitiva, quanto severa em relação à aleatoriedade dos indivíduos que habitam Random. O mundo repleto de mistérios e detalhes ocultos saltam aos nossos olhos, assim como o mundo que rapidamente ganha mais cores a cada curva que a história toma.

    Em uma missão para salvar sua irmã Odd, Even irá onde ninguém jamais esteve desde que a Rainha subiu ao poder. Com seu visual gótico, Lost in Random nos leva por caminhos obscuros, com uma história cativante e uma jogabilidade bem diferente.

    Por meio de partidas, reinos, mapas e objetivos muito bem delimitados, viajaremos por reinos que parecem ter sido inspirados nas criações em stop motion góticas como Vincent (1982), O Flautista de Hamelin (1986) e O Estranho Mundo de Jack (1996).

    Enquanto brilha por seu visual, o game inova nos elementos narrativos que são utilizados como elementos de batalha enquanto nos cruzamos o mundo bizarro e obscuro de Random. Em meio a toda a brinca de sorte ou azar, pode ser que a sua vez de jogar não seja tão engraçada.

    COMBATE E AMBIENTAÇÃO

    Enquanto progredimos e andamos por Random, encontramos e podemos comprar os mais diversos tipos de cartas que nos darão certas vantagens no combate.

    Você pode montar seu baralho de formas que você talvez tenha uma vantagem, mas caso deixe passar algo ao montá-lo, você vai se arrepender. Entre as categorias de cartas, temos as de Weapon, Damage, Defense, Hazard e Cheat.

    • Weapon: a carta invocará uma arma que você pode usar para atacar seus inimigos. Tenha em mente que essas armas têm um número de golpes limitados e desaparecerão após um certo tempo.
    • Damage: Invocará aliados ou objetos que podem infligir danos à inimigos.
    • Defense: Te darão habilidades defensivas tal como invocação de um escudo, ou até mesmo podem curar Even.
    • Hazard: Criarão armadilhas nos campos de batalhas que podem ser usadas por Even para derrotar seus inimigos.
    • Cheat: Essas cartas mudarão como Even pode lutar, mudando suas habilidades ou reduzindo o custo de cartas.

    Tenha em mente, que para que essas cartas sejam usadas, você precisará coletar Energias de Dados.

    Não sou uma daquelas pessoas adeptas de estrangeirismos, mas tenha em mente que o game não possui localização PT-BR, e isso seria crucial para jogadores que não tem uma familiaridade com inglês. Com tradução não apenas de legenda, mas uma dublagem em português Lost in Random perde uma chance de se destacar em meio à games do mesmo gênero – e se beneficiaria, pois grande parte do segundo mundo do game, é baseado em um “duelo de rimas”.

    Em uma entrevista, o Chefe de Desenvolvimento da Zoink Games, Klaus Lyngeled revelou que como quase todo mundo, é um grande fã de O Estranho Mundo de Jack, e em especial, se inspirou na obra de Shaun Tan que tem um quadro intitulado “Garota Segurando um Dado” para dar tom ao mundo.

    Com intenção de produzir algo mais sombrio que seus games anteriores, eles se inspiraram não apenas na obra de Tim Burton, como também no que a Laika Studios vêm fazendo nos últimos anos citando até mesmo Coraline e o Mundo Secreto (2009) e Os Boxtrolls (2014).

    VEREDITO

    Lost in Random

    Ao abordar uma história (não apenas) de amadurecimento, Lost in Random nos leva por caminhos tão macabros quanto belos. Enquanto descobrimos detalhes que estavam diante dos nossos olhos todo o tempo, o game se torna uma autorreferência ao desenvolver um protagonismo de Dicey – que não é apenas um artifício de roteiro, como também o que nos permite entrar em combate e dar início à nossa aventura atrás de Odd.

    Brilhando desde seus primeiros momentos, Lost in Random inova em sua jogabilidade aventuresca e nos incentiva a explorar a fim de conhecer mais do mundo de Random. Sendo tão belo quanto divertido, o game é desafiador e punitivo caso você seja um jogador mais distraído que não se importa muito com seu baralho antes de um conflito começar.

    Lost in Random conta com um mundo hostil, então esteja preparado para viajar por Random e se frustrar com o rolar de dados.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Lost in Random foi lançado no dia 10 de Setembro.

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    TBT #142 | O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001, Peter Jackson)

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    O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring) é um épico de fantasia dirigido por Peter Jackson, que foi baseado no primeiro volume do romances homônimo de J. R. R. Tolkien, publicado em 1954.

    O elenco conta com Elijah Wood, Ian McKellen, Liv Tyler, Viggo Mortensen, Sean Astin, Cate Blanchett, John Rhys-Davies, Billy Boyd, Dominic Monaghan, Orlando Bloom, Christopher Lee, Hugo Weaving, Sean Bean, Ian Holm e Andy Serkis.

    A produção é a primeira parte da trilogia O Senhor dos Anéis, que foi seguida pelas continuações As Duas Torres (2002) e O Retorno do Rei (2003).

    SINOPSE

    O futuro da civilização está no destino do Um Anel, que está perdido há séculos. Forças poderosas são implacáveis ​​em sua busca. Mas o destino o colocou nas mãos de um jovem hobbit chamado Frodo Bolseiro (Elijah Wood), que herda o Anel e se torna uma lenda. Uma tarefa assustadora está à frente para Frodo quando ele se tornar o Portador do Anel – destruir o Um Anel nas fogueiras do Monte da Perdição, onde foi forjado. Ao seu lado para o cumprimento desta jornada ele poderá contar com outros hobbits, um elfo, um anão, dois humanos e um mago, totalizando 9 pessoas que formarão a Sociedade do Anel.

    ANÁLISE

    O primeiro título da trilogia O Senhor dos Anéis teve um orçamento de US$ 93 milhões e obteve uma arrecadação mundial de US$ 897 milhões.

    Com 13 indicações ao Oscar, A Sociedade do Anel venceu em 5 categorias, sendo elas:

    • Melhor Cinematografia;
    • Melhor Maquiagem;
    • Melhor Partitura Original;
    • Melhor Canção Original e
    • Melhores Efeitos Visuais.

    Além de indicações ao Globo de Ouro, SAG, BAFTA entre outros.

    VEREDITO

    Poucos são os filmes baseados em obras literárias que são tão bons quanto suas obras originais, como Jogador Nº1, por exemplo e claro, a brilhante trilogia O Senhor dos Anéis.

    A produção de Peter Jackson apesar de longa – 178min – é uma obra de arte feita de fã para fã. Aqui o diretor neozelandês, que escreveu o roteiro com Fran Walsh e Philippa Boyens, trabalha com tensão dramática, efeitos especiais impecáveis e cenários grandiosos para nos sustentar por quase 3h de filme.

    Para um TBT nada melhor que rever a este incrível épico de fantasia, se possível em sua versão estendida.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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    Cara Gente Branca: Veja os principais acontecimentos da série até agora

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    Cara Gente Branca está indo para seu quarto e último ano. Foram diversos acontecimentos marcantes da trama, visto que a polêmica série mostrou personagens complexos e temas pesados que foram destrinchados de infinitas maneiras.

    Vamos aqui neste artigo tentar apresentar os fatos mais significativos que fizeram a série ter diversas discussões relevantes. Confira!

    A FESTA BLACKFACE

    Tudo se inicia com uma grande polêmica em Cara Gente Branca, uma vez que uma festa com a temática “negro” agita o campus da Winchester, uma renomada faculdade.

    Sam (Logan Browning) é uma estudante negra que possui um programa de rádio denominado “Cara Gente Branca” e que aborda a agenda racial. Ao ver que a festa estava sendo um sucesso, ela vai até o local e luta para que acabe logo, escancarando o racismo da universidade. 

    AS DIFERENTES FORMAS DE RACISMO NO EPISÓDIO DA COCO

    Um dos momentos mais marcantes de Cara Gente Branca foi no episódio de Coco (Antoinette Robertson) no qual descobrimos que há uma denominação descrita como colorismo, onde há um racismo ainda maior de acordo com o quão escura sua pele é. 

    Negros que tem um tom de pele mais claro e características mais próximas dos brancos são mais facilmente aceitos, pois sofrem menos preconceito. A cena mais marcante acontece em uma festa em que Coco é a única de suas amigas a não ser escolhida por nenhum homem, visto que sua cor de pele era mais preta que as das outras meninas.

    O episódio além de mostrar um ponto muito importante de discussão também nos faz refletir sobre a solidão das mulheres negras que ficam à margem nos relacionamentos, sendo hiperssexualizadas, todavia, para namorar elas não servem, algo que ocorre com certa frequência na sociedade, infelizmente.

    LIONEL PERDENDO A VIRGINDADE

    Lionel (DeRon Horton) é o personagem mais carismático da série e tem um dos arcos mais significativos, pois é o rosto da representatividade do elenco principal. 

    Sua jornada de descobrimento e aceitação é uma das mais bonitas de Cara Gente Branca e um dos momentos incríveis é de quando ele perde a virgindade. A construção cômica e de drama é intensa, uma vez que a trama se desenvolve de forma bastante orgânica e é um passo importante para a construção de Lionel.

    REGGIE E A POLÍCIA

    Cara Gente Branca

    Essa aqui sem dúvidas é cena que mais nos deixa arrepiados no seriado: o dia em que Reggie (Marque Richardson) é confrontado pela polícia.

    O episódio focado no jovem e introspectivo estudante da Pastiche é o mais pesado e com certeza o que nos faz sentir uma revolta absurda. 

    Tudo acontece por conta de um confronto entre ele e um aluno branco que usa a palavra “nigga” ou criolo numa música. Por mais que os alunos negros cantem a palavra, ela fica muito ruim na boca de uma pessoa branca. Os dois acabam discutindo e a segurança do campus chega para apartar a situação, dando um enquadro apenas em Reggie, isentando o garoto branco. Depois de questionar o por quê de só ele sofrer as consequências do conflito, o segurança saca uma arma de fogo e aponta para o jovem negro, causando revolta em todos que estão ali.

    Os fatos do episódio são muito reais, pois a violência policial assola a comunidade negra todos os dias. Por mais que os conflitos e ocorrências por vezes surjam de forma iniciada por brancos, a truculência normalmente é realizada apenas de um lado e Cara Gente Branca exemplificou de forma muito cruel.

    GABE E A PERSPECTIVA DE UM BRANCO EM CARA GENTE BRANCA

    Cara Gente Branca

    Um dos aspectos mais interessantes da série está no episódio em que Gabe (John Patrick Amedori) é o protagonista.

    Há aqui uma perspectiva muito interessante, uma vez que ele é branco e convive diariamente apenas com pessoas negras, ouvindo todas as suas revoltas e reclamações sem ter um lugar de fala. De fato, muitos dos questionamentos inseridos ali são no mínimo importantes para um diálogo rico e Cara Gente Branca faz isso muito bem. A questão da meritocracia e a inversão de não pertencimento são, por exemplo, coisas bem legais que o seriado da Netflix apresenta e muito bem aqui.

    TROY SE REVOLTA

    Outro episódio de revolta acontece com Troy (Brandon P. Bell) o filho do Reitor Fairbanks (Obba Babatundé) que é conhecido por ser muito brando com seus pares brancos. Ele é um dos personagens mais complexos e interessantes, pois luta de uma forma bastante diferente que os demais personagens da série, na base do diálogo e política. 

    Entretanto, após diversos atos por conta da violência sofrida por Reggie e outros conflitos, Troy busca de forma mais radical a atenção de seu pai, quebrando vidraças e causando muita confusão.

    Ao ver que seu filho seria baleado pela polícia do campus, o reitor impede que eles hajam, fazendo com que Troy fosse preso e expulso da principal agremiação. Foi um final de arrepiar da primeira temporada!

    REGGIE E COMO LIDAR COM O TRAUMA

    Cara Gente Branca

    Na segunda temporada vemos que muitos dos acontecimentos da primeira continuam dando o que falar no campus. 

    Um dos fios mais interessantes, contudo, é o de Reggie que agora tenta lidar com o seu trauma após o evento com a polícia da universidade.

    De fato, as sequelas foram muito marcantes para o rapaz, pois agora ele possui um medo gigantesco dos brancos e a forma de lidar com isso é se afundando em drogas e álcool. 

    Um dos pontos altos é a interação entre Reggie e o Reitor Fairbanks, uma vez que os dois são extremamente parecidos, mas o pai de Troy teve que mudar suas perspectivas por causa de um mundo racista e dividido.

    JOELLE E O HOTEP

    Cara Gente Branca

    Joelle (Ashley Blaine Featherson) é uma das personagens mais queridas pelo público, uma vez que é divertida e poderosa. A primeira temporada a deixou com pouco destaque em relação aos demais, mas na segunda, as coisas mudaram. 

    Em um dos momentos mais interessantes do seriado, Joelle conhece Trevor, um homem atencioso e que dá o devido valor à ela.

    Entretanto, as coisas não são como parecem, pois Trevor é um Amon-Hotep, que são homens negros que fazem colorismo e apenas saem como mulheres pretas “da essência”, ou seja, com a cor de pele mais escura. O seu pensamento é de que mulheres e homens negros com tom de pele mais claro deve ser subservientes a eles, além de serem misóginos, homofóbicos e possuir intolerância religiosa com diversas outras pessoas. Obviamente Joelle lhe dá um glorioso pé na bunda, ficando com Reggie mais para frente.

    COCO E UMA DECISÃO DIFÍCIL

    O episódio focado em Coco da segunda temporada é um dos mais marcantes de toda a série, pois ela fica grávida e o roteiro é incrível.

    Na trama, a personagem imagina como seria a vida como mãe, vendo sua filha realizar todos os seus sonhos de vida. Todavia, ao fim de tudo, Coco pensa o seguinte “por que ela e não eu?” e acaba abortando a criança, fazendo uma escolha chocante e que faz muito jus a ambição dela.

    A RESSURREIÇÃO DE TROY

    Cara Gente Branca

    Troy, assim como Reggie, passou por experiências traumáticas na primeira temporada. Após passar um tempo em reclusão, ele agora deve retomar sua vida de bom mocismo.

    Contudo, o que vemos no episódio focado nele é uma busca por aceitação e uma forma bastante peculiar de afogar as mágoas com encontros casuais e sequelas bem fortes em seu caráter. Por mais que tenha sido muito afetado pelos fatos anteriores, Troy agora se torna um novo homem por meio da comédia, uma mudança significativa em sua personalidade polida e política.

    O PAI BRANCO DE SAM

    Um dos pontos mais interessantes a serem levantados em Cara Gente Branca é a origem de Sam. A protagonista que é uma das mais revoltadas contra o sistema e quer ver os negros em uma posição de destaque tem uma questão controversa em sua linhagem: seu pai é branco.

    Por mais que não pareça ser nada demais, a trama de Sam ganha mais força, uma vez que o fato de ser namorada de um homem branco, ser mais clara que suas semelhantes e ter um pai branco a faz muito diferente e por um viés ideológico radical até hipócrita. De fato, a história da personagem ganha camadas e a ideia de que há uma culpa por isso é algo que é uma cartada de mestre do texto da série.

    UMA SOCIEDADE SECRETA

    A segunda temporada acaba de forma bastante enigmática para os fãs. Lionel e Sam se veem envoltos em uma teia de informações que os levam direto à Ordem, uma sociedade secreta da faculdade Winchester.

    Os dois descobrem que a universidade possui segredos estarrecedores e que há uma conspiração poderosa envolvendo as questões raciais. Por mais que seja algo muito diferente para o rumo da trama, essa nova proposta se mostrava interessante, mas, infelizmente, o roteiro decaiu muito na terceira temporada.

    SILVIO: O TROLL

    Silvio (DJ Blickenstaff) é o chefe de Lionel na redação do jornal do campus. Com a língua afiada e sacadas inteligentes, ele é um dos personagens mais marcantes da trama, pois tem bastante complexidade em sua personalidade.

    Na segunda temporada a rede de ódio e fake news é bastante importante importante na trama, pois elucida muito bem o que ocorria na época com a corrida eleitoral de Trump. E, de fato, a série aproveitou muito bem o hype, colocando Silvio como o grande troll que estava por trás de todos os ataques a Sam e seus amigos. Essa reviravolta foi bem legal para o seriado da Netflix.

    UM MUNDO DE DESCOBERTAS DE LIONEL

    Cara Gente branca

    A terceira temporada é a mais fraca em termos de acontecimentos e esperamos que a quarta seja melhor. Todavia, há dois momentos interessantes e um deles, sem dúvidas, é entrada de D’Unte (Griffin Matthews). 

    Lionel acaba sendo inserido em um novo mundo, no qual a homossexualidade não é um tabu e a sexualidade flui, sendo uma boa escolha de roteiro dos roteiristas da série. D’Unte é o oposto de Lionel, descontraído, se ama e vive de forma leve, sendo uma das melhores adições de elenco de Cara Gente Branca. 

    CARA GENTE NEGRA

    Um dos momentos mais divertidos da série foi quando no início do último episódio da terceira temporada houve uma subversão imaginária dos brancos sendo oprimidos pelos negros em “Cara Gente Negra”, uma espécie de What If? do seriado.

    A acidez cômica da série veio com tudo aqui e essa foi uma das melhores sacadas da terceira temporada.

    Estão ansiosos para o último ano de Cara Gente Branca? Comentem!

    Confira o trailer da quarta e última temporada da série:

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