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    CRÍTICA – Dom (1ª temporada, 2021, Amazon Prime Video)

    Dom é a nova série brasileira da Amazon Prime Video. Criada por Breno Silveira (Dois Filhos de Francisco), a produção é baseada na história real de Pedro Dom, um dos bandidos mais famosos do Rio de Janeiro durante os anos 2000.

    Protagonizada por Gabriel Leone e Flávio Tolezani, o seriado possui oito episódios com média de uma hora de duração cada.

    Se você quiser saber mais sobre a produção, além da história por trás do projeto, recomendo a leitura deste nosso artigo sobre Dom.

    SINOPSE DE DOM

    Dom conta a história de um belo rapaz da classe média carioca que foi apresentado à cocaína na adolescência, colocando-o no caminho para se tornar o líder de uma gangue criminosa.

    Alternando entre ação, aventura e drama, Dom também acompanha o pai de Pedro, Victor Dantas (Tolezani), que, na adolescência, faz uma descoberta no fundo do mar, denuncia às autoridades e acaba ingressando no serviço de inteligência da polícia.

    ANÁLISE

    Dom é um projeto brasileiro extremamente ambicioso. Filmado em mais de 160 locações, a série de Breno Silveira possui um visual incrível, fator que fortalece e muito o storytelling da trama. É o tipo de produção que te encanta pelos detalhes e pela quantidade de informações organizadas pela trama.

    Breno Silveira, além de criador do seriado, roteirizou os episódios junto com Fábio Mendes, Higia Ikeda, Carolina Neves e Marcelo Vindicatto, e dividiu a direção com Vicente Kubrusly. Para criar a série, a equipe usou como base mais de 50 entrevistas, os livros de Tony Bellotto e Victor Lomba (pai de Dom), além de relatos do próprio Victor que não estão documentados em fontes públicas.

    O carinho de Breno pela produção é perceptível. Seja pela forma como ele fala do projeto, que levou mais de 10 anos para ser executado, ou em como Pedro e Victor são representados em tela. O ótimo resultado comprova que o longo tempo de desenvolvimento foi muito positivo para o seriado, e a possibilidade de distribuí-lo em um streaming como o Prime Video indica que esse era o momento certo para a produção ganhar vida.

    CRÍTICA - Dom (1ª temporada, 2021, Amazon Prime Video)

    Dom é uma série envolvente e que consegue transitar tranquilamente entre um thriller policial e um grande drama. Gabriel Leone cativa o espectador com seu sorriso largo, dando vida a um Pedro alegre e ao mesmo tempo sombrio. O personagem possui diversas camadas que necessitam de um ator competente para executá-las, e Leone faz isso muito bem.

    Victor Dantas, interpretado por Tolezani, além de fazer parte da narrativa do filho, também possui aventuras próprias. Seu núcleo é composto pelas histórias mais criativas e nos faz ter vontade de saber mais sobre ele. Seu personagem quando jovem, interpretado por Filipe Bragança, conduz o arco mais angustiante e interessante de todos os episódios, trabalhando muito bem o passado do personagem e sua trajetória até a integrar a Polícia Civil.

    Apesar de acompanharmos vários personagens na série, a trama de Silveira foca inevitavelmente no laço entre Pedro e Victor. O amor e companheirismo entre pai e filho é bonito e, ao mesmo tempo, doloroso, pois colocam ambos os personagens como antagonistas dentro de suas convicções.

    CRÍTICA - Dom (1ª temporada, 2021, Amazon Prime Video)

    Além da relação entre pai e filho, o roteiro encontra espaço para desenvolver questões como o vício em drogas e suas consequências para as famílias, inclusive mostrando como os métodos para tratar a dependência evoluíram ao longo dos anos.

    Silveira soube trabalhar muito bem os flashbacks da trama, usando determinados episódios para se aprofundar no passado dos personagens principais. A série faz ligações entre os anos de 1970 e 2000, casando acontecimentos com inteligência. Apesar de, em um primeiro momento, esses episódios parecerem fillers, os capítulos são importantes para a condução da trama.

    O que mais pesa em Dom é a duração de seus episódios. Com média de uma hora de duração, alguns capítulos se tornam um pouco lentos, principalmente pela repetição de acontecimentos na vida de Pedro. Entretanto, nada disso atrapalha a obra, que tem tudo para ser um grande sucesso não só no Brasil, como também internacionalmente.

    VEREDITO

    Dom é uma grata surpresa. Com um ótimo elenco e uma história instigante, a produção da Amazon Prime Video tem tudo para se tornar um hit.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Mass Effect: Legendary Edition (2021, BioWare)

    Após muito tempo de segredos e especulações, tivemos em Novembro de 2020 o primeiro teaser trailer que indicava o relançamento de uma das trilogias mais adoradas pelos fãs de sci-fi, Mass Effect. A Mass Effect: Legendary Edition foi lançada no dia 14 de Maio de 2021, e conta com o remaster dos três games principais da franquia.

    SINOPSE

    A franquia Mass Effect gira em torno de Shepard. Um (a) Comandante Shepard, cujo gênero, aparência, habilidades e histórico de pré-serviço são todos personalizáveis ​​e têm impactos na história. No meu save, uma humana recém-nomeada “Spectre” para uma importante missão. O desenrolar da trilogia leva Shepard por lugares surpreendentes, enquanto mostra que mesmo uma ameaça antiga, pode vir a assolar toda a galáxia mais uma vez, ainda que seja a cada 50.000 anos.

    ANÁLISE

    Mass Effect

    Alguns dos elementos que mais me cativaram ao me deparar com Mass Effect é notar que em 2007, o ano em que foi lançado, um RPG do tamanho de Mass Effect possuía um sistema tão complexo de classes, árvores de habilidades e o sistema “choices matter“.

    Diferentes aspectos da lore do game, como a característica nave de Shepard, a Normandy e as mais diversas raças de seres alienígenas como os Asari, os Turianos, os Salarianos e muitos outros, representam um grande trabalho por trás de tudo que a BioWare fez. Ao estabelecer a Cidadela, um enorme entreposto que é o quartel-general da aliança de planetas – que nos remete muito à uma federação da franquia Star Trek -, o game nos mostra que as mais diversas raças da galáxia podem viver em harmonia, mesmo sem concordar muito com o que uma raça ou outra pode representar.

    Como disse anteriormente, por ser o meu primeiro contato com a franquia, me surpreendi positivamente com diversos aspectos dos games. Mas acredito que algumas coisas poderiam ter sido melhores para tornar o game mais acessível a um público maior não só no Brasil, mas no mundo todo. O pouco suporte a idiomas (na versão de console) causa uma limitação imensa, mostrando que a BioWare talvez não tenha se dedicado tanto ao remaster como deveria. Esse fator nos remete rapidamente a como os games eram quando foram originalmente lançados no longínquo ano de 2007.

    Os mcguffins presentes em Mass Effect 1, se fazem presentes até mesmo no terceiro game da trilogia, quando nos deparamos com o verdadeiro inimigo que assola a galáxia por diversos ciclos de novo e de novo.

    A Mass Effect: Legendary Edition é verdadeira uma ode ao que a BioWare começou a produzir em 2007 e encerrou em 2012 – e eu acredito que podemos culpar a desenvolvedora por tornar quase todos os games sci-fis lançados desde então, irrelevantes se comparados à franquia Mass Effect.

    A profunda e antiga lore apresentada nos primeiros minutos do game, como as criações dos Protheans – a própria Cidadela e os Mass Relays, artefatos antigos que dão o poder necessário para que as naves possam viajar em hiperespaço – são definitivamente alguns dos pontos mais altos dos games.

    VEREDITO

    Se você é um aficionado por sci-fi como esse que vos escreve, verá que muito de Mass Effect foi retirado de grandes séries dos anos 70, 80 e 90. Star Trek parece ser a principal, mas a franquia da BioWare não para aí. Fazendo referência à Aliens – O Resgate, Star Wars V: O Império Contra-Ataca e até mesmo à Battlestar Galactica sem datar a franquia.

    O sistema de escolhas do game, nos mostra que muitas linhas de diálogo presentes em Mass Effect tem diferentes desenrolar não apenas para o game que você está jogando atualmente, mas também para o seguinte. Escolhas feitas em Mass Effect 2, terão alguma repercussão no 3º game, influenciando diretamente o fluxo da história e até mesmo da batalha final.

    Sim, o seu save de Mass Effect 2, influenciará o seu final em Mass Effect 3, mas não para por aí.

    Elementos de roteiro da franquia, ao nos apresentar diversas raças alienígenas nos fazem entender que no cerne, todos os seres desenvolvidos de consciência da galáxia são parecidos em alguns aspectos.

    Então seus interesses, seus conflitos, suas disputas podem ser mais humanas do que você poderia imaginar anteriormente – apesar de extremamente avançados, cientificamente falando, eles podem ser tão retrógrados quanto dois macacos que lutam com um pedaço de osso em punho.

    Mass Effect
    Imagem comparativa entre o game original e o remaster na Legendary Edition.

    O redesign da Shepard é relevante e torna o design da personagem mais parecido com a personagem do 3º game da franquia, só que em Mass Effect: Legendary Edition, isso ocorre desde o primeiro game. A correção de luzes e correção de bugs, como o saving que não era lido em algumas decisões de Mass Effect 1 foram solucionados. Mas como citado acima, o que poderia tornar o game mais envolvente ainda seria uma localização PT-BR – fugindo dos tradicionais idiomas Inglês, Espanhol e Francês – trazendo um maior apelo e relevância ao game nos dias de hoje.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Mass Effect Legendary Edition está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series S/X e PC.

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    CRÍTICA – Panic (1ª temporada, 2021, Amazon Prime Video)

    Panic é a mais nova produção da Amazon Prime Video inspirada no livro homônimo de Lauren Oliver, a autora também é produtora executiva da série. No elenco estão Olivia Welch, Mike Faist, Jessica Sula, Camron Jones e Ray Nicholson.

    SINOPSE

    Em uma pequena cidade do estado do Texas, nos Estados Unidos, todo verão os estudantes do último ano do Ensino Médio participam de uma série de desafios e o vencedor ganha um prêmio. Mas esse ano as regras mudaram: a quantidade de dinheiro do prêmio é maior e o jogo se tornou ainda mais perigoso.

    Os jogadores irão enfrentar cara a cara seus maiores e mais sombrios medos. Logo, serão forçados a decidir até que ponto estão dispostos a correr riscos para ganhar.

    ANÁLISE DE PANIC

    Tanto o cinema, como a televisão estão cheios de histórias de adolescentes que arriscam a vida em desafios na busca de algo maior. Basta lembrar da franquia Jogos Vorazes, ou até mesmo do longa Nerve: Um Jogo Sem Regras (2016), ambos à sua maneira utilizam de ótima maneira a combinação “jovens e jogos perigosos”.

    Logo, a pergunta que fica é: como a nova série do Prime Vídeo poderia se diferenciar em meio a tantas produções da mesma premissa?

    A resposta não é fácil, porém, é imprescindível que Panic tenha mais a oferecer do que aparenta. Isso porque a série não utiliza apenas a fórmula de abordar conflitos adolescentes em uma cidade do Interior cercada de mistérios e adultos tolos.

    Pânico (Panic) é um seriado original da Amazon Prime Video do gênero Drama voltado especialmente ao público de Jovens Adultos

    O que realmente está em jogo em Panic são os relacionamentos que cada personagem construiu ao longo da vida, seja com amigos, pais e até mesmo com a cidade, chamada Carp. O interessante em séries que se passam em cidades pequenas é que a cidade sempre passa a ser uma personagem importante da trama, querendo o criador ou não.

    Dessa forma, é por ser considerado um fim de mundo que todos os adolescentes de Carp anseiam por ir embora do local. Sem oportunidades e cercado por uma mesmice, o jogo Panic é a única saída para muitos, inclusive para a protagonista Heather Nill (Olivia Welch).

    Após conflitos com a sua mãe e perdendo seu dinheiro para faculdade, Heather decide participar dos desafios. O objetivo da jovem é vencer seus medos para proporcionar uma vida melhor para ela e sua irmã mais nova.

    Para completar o quadro de coprotagonistas, somam-se a Heather sua melhor amiga, a audaciosa Natalie Williams (Jessica Sula), que deseja ganhar o jogo para tentar ser atriz em Los Angeles. Por sua vez, o misterioso Dodge Mason (Mike Faist) é um garoto novo na cidade que deseja vingança através do Panic.

    Ainda temos o caipira Ray Hall (Ray Nicholson) que também quer embolsar o dinheiro e Bishop Mason (Camron Jones), melhor amigo de Heather que não participa do jogo, mas esconde alguns segredos.

    Pânico (Panic) é um seriado original da Amazon Prime Video do gênero Drama voltado especialmente ao público de Jovens Adultos

    O elenco de adolescentes em Panic é o ponto central da trama. Nos primeiros episódios os personagens são apresentados através de seus comportamentos nos desafios. Logo, passamos a conhecer melhor cada um e suas motivações.

    No entanto, à medida que a produção avança, cada vez mais o jogo passa a ser um pano de fundo para contar uma história de mistério.

    Os adultos dessa trama têm pouca participação, ainda que sejam cruciais para alguns pontos da história. É através de relações entre pais e filhos que se entende um pouco mais sobre por que os jovens desejam tanto sair da cidade. Como são negligenciados e cercados por pais ruins, é como se o jogo Panic fosse a única saída.

    Consequentemente, Panic constrói de maneira satisfatória sua teia de enigmas. Cada episódio aumenta ainda mais a tensão e mostra que a criadora, Lauren Oliver, fez um ótimo trabalho.

    Além disso, a série encaminha muito bem seus personagens, são poucos os que parecem sobrar na trama. De modo que, ao acompanhar Heather e as aprovações que a jovem precisa passar, o espectador consegue sentir o peso de suas ações.

    Por isso, Panic é realmente uma série digna de maratona.

    Seus erros básicos de narrativa, com a extrema exposição para detalhes que por si o espectador já entenderia, não atrapalham por completo a experiência com a série. Mas, são de certa forma irritantes e desnecessários. Contudo, a revelação do mistério final é até agradável, visto que a série tenta apontar para outros lados, na tentativa de pegar o espectador de surpresa.

    Sendo assim, Panic se configura como uma série teen que aborda algumas duras questões, como o abandono parental, suicídio, maturidade precoce, classes sociais, etc. Sem ser demasiado aprofundado ou clichê, apenas, na medida certa. Algo que combina perfeitamente com mistérios, aventura e um bom drama.

    VEREDITO

    Panic é uma produção Amazon Prime Video que chegou sem grande alarde no streaming. Porém, consegue se manter ao longo dos seus dez episódios com mistérios envolventes, personagens interessantes e alguns desafios perigosos. O final mostra que nem tudo está resolvido. Se a série obter sucesso, uma segunda temporada é possível pela Amazon Studios.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Verão de 85 (2020, François Ozon)

    Verão de 85, longa de François Ozon, chegará aos cinemas do Brasil no dia 3 de junho. Baseado na obra de Aidan Chambers e protagonizado por Félix Lefebvre e Benjamin Voisin, o filme conta a história de um casal apaixonado e o desenrolar de sua relação.

    SINOPSE

    O que você sonha quando tem 16 anos em um resort à beira-mar na Normandia na década de 1980? Um melhor amigo? Um pacto adolescente ao longo da vida? Sair em aventuras em um barco ou moto? Viver a vida a uma velocidade vertiginosa? Não. Você sonha com a morte. Porque você não pode dar um chute maior do que morrer. E é por isso que você o salva até o fim. As férias de verão estão apenas começando, e essa história relata como Alexis (Félix Lefebvre) cresceu em si mesmo.

    ANÁLISE

    François Ozon possui uma vasta carreira no cinema. Responsável por longas como 8 Mulheres e Dentro de Casa, Ozon é considerado por muitos um diretor ousado e corajoso, sempre recebendo algum reconhecimento por seu trabalho nas grandes premiações internacionais. Verão de 85, seu filme mais recente, concorreu a diversas categorias no Cesar Awards de 2021, incluindo melhor direção e melhor ator.

    Contando a história de um casal adolescente que se apaixona em uma paisagem lindíssima da Normandia, Verão de 85 é o típico filme coming age que explora as angústias e dúvidas dos jovens protagonistas com os desafios da vida adulta. Entre as milhares de dúvidas sobre seu futuro, Alexis – ou Alex, como ele prefere ser chamado – conhece David (Benjamin Voisin), um garoto rebelde e livre.

    Em um passeio de barco, David salva a vida de Alex e, a partir deste ponto, acompanhamos as investidas de David para ganhar o coração de Alex. O relacionamento dos dois se desenvolve tão rapidamente que, obviamente, se desencadeia em uma série de eventos inesperados.

    Verão de 85 possui um bom ritmo durante seus primeiros 40 minutos, mas começa a se perder na recapitulação de acontecimentos após um certo evento específico da trama. A força do relacionamento juvenil fica de lado, e os voiceovers de Alex, usados para contextualizar diversos acontecimentos da trama, acabam tomando conta de todo o restante do tempo.

    Verão de 85 (2020, François Ozon)

    Apesar de ter apenas 90 minutos de duração, o longa de Ozon parece se arrastar para finalizar a história do casal principal, prolongando o suspense e encontrando espaço até para criar um plot entre Alex e Kate (Philippine Velge), fato que fica completamente deslocado.

    Entretanto, mesmo com o desenrolar lento, a trama consegue captar bem o romance entre Alex e David, e os atores possuem uma ótima química. Benjamin e Félix entregam ótimas atuações, transitando entre a montanha-russa de emoções que é a adolescência. Destaque também para Valeria Bruni Tedeschi, que interpreta a Sra. Gorman. Mesmo com pouco tempo de tela, a atriz consegue esbanjar simpatia com uma personagem um tanto quanto excêntrica.

    A jornada dos protagonistas é interessante e divertida, além da direção de Ozon ser precisa, tirando o melhor dos momentos de silêncio e reflexão deixados para os atores em cena. A ausência de diálogos é sentida inúmeras vezes, sendo preenchida pela boa atuação do elenco principal.

    Vale destacar também a ótima fotografia de Hichame Alaouie, além do ótimo trabalho de edição do longa. É notório que Verão de 85 foi gravado em poucas locações, mas suas cenas possuem uma identidade estética poderosa, trabalhando muito bem os detalhes de roupas, cabelos, maquiagens e músicas típicas dos anos 1980.

    VEREDITO

    Verão de 85 não é o verão memorável que eu esperava. Entretanto, é um bom filme.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Aqueles Que Me Desejam a Morte (2021, Taylor Sheridan)

    Aqueles Que Me Desejam a Morte é o novo longa de Taylor Sheridan e está disponível nos cinemas brasileiros.

    SINOPSE

    Connor (Finn Little) presencia o assassinato do seu pai nas mãos de dois assassinos de aluguel. Agora ele deve fugir das garras deles e sobreviver a esse terrível pesadelo.

    ANÁLISE

    Aqueles Que Me Desejam a Morte é um filme extremamente confuso, pois temos algumas lacunas graves em seu roteiro. A primeira delas é a falta de conexão da protagonista, Hannah (Angelina Jolie) com o arco principal, visto que ela cai de paraquedas na trama de Connor. O segundo grande furo está na motivação dos vilões, pois sabemos que eles tem que matar o garoto e seu pai, mas em nenhum momento é explicado o porquê disso.

    Em diversos momentos temos a sensação de que falta algo no filme, pois temos poucas informações e o roteiro em nenhum momento quer nos explicar o que está acontecendo. Além disso, existem diversos diálogos expositivos sobre os traumas da personagem de Angelina Jolie, além dos excessivos clichês e sacadas batidas que deixam a trama rasa e previsível.

    As atuações são ok, sem nenhum destaque aparente, uma pena, pois o elenco possui qualidade. Nomes como Aidan Gillen, Nicolas Hoult e Jon Bernthal são desperdiçados completamente.

    VEREDITO

    Aqueles Que Me Desejam a Morte é um filme confuso e esquecível, mas que até entrega alguma diversão. Sua estrutura genérica com um roteiro fraco deixam o potencial do filme lá embaixo, todavia, nada muito diferente do que esperávamos no início de tudo.

    Nossa nota

    2,0/5,0

    Confira o trailer de Aqueles Que Me Desejam a Morte:

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    CRÍTICA | The Boys – Vol. 12: Metendo o Pé na Porta (2020, Devir)

    The Boys: Volume 12 ou The Boys: Metendo o Pé na Porta é a edição final das hqs de Garth Ennis e Dareck Robertson. A distribuição no Brasil é realizada pela editora Devir.

    SINOPSE

    Após vencerem de vez Os Sete, os Rapazes agora tentam viver uma vida mais “normal”. Entretanto, um aliado agora está os caçando e as coisas não são mais como eles imaginavam e eles correm um grande perigo. Será que eles vão sobreviver?

    ANÁLISE

    Em 2006, a primeira hq de The Boys trazia um grupo totalmente doido e brutal, uma vez que seu principal objetivo era aniquilar super-heróis de todas as formas possíveis. Eis que 14 anos depois essa página se fecha, de uma forma bem polêmica, assim como lá no início.

    Os fãs podem ficar perplexos com tudo que foi apresentado ao longo dos anos, pois, de fato, houve uma subversão. Todavia, esse fechamento com um jogo de gato e rato nada usual é algo que faz muito sentido na trama.

    The Boys

    Mais uma vez a brutalidade de Billy Butcher é mostrada de forma bem visceral. Seu caráter canalha é apresentado no ápice no décimo segundo volume da hq. Os dois últimos volumes de The Boys são bastante sangrentos, pois trazem batalhas épicas que colocam o máximo da violência para fora. 

    As reviravoltas mirabolantes do texto trazem um sentimento de satisfação, contudo, um sabor agridoce fica no ar, pois nossos heróis vão encontrando finais não tão satisfatórios para quem os acompanhou por tanto tempo.

    VEREDITO

    The Boys: Volume 12 é um final sangrento, polêmico, mas com tudo a ver ao que foi apresentado ao longo de 14 anos.

    Com uma trama violenta, complexa e que une muito bem o sadismo de seus atores com uma trama política complexa que nos deixa com um sorriso de satisfação no rosto em seu encerramento.

    Nossa nota

    4,5/5,0

    Editora: Devir

    Autores: Darick Robertson e Garth Ennis

    Páginas: 192

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