Início Site Página 421

    CRÍTICA – The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade (2021, Amazon Prime Video)

    The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade é a adaptação da Amazon Prime Video para o livro homônimo de Colson Whitehead. Roteirizada e dirigida por Barry Jenkins, vencedor do Oscar pelo longa Moonlight: Sob a Luz do Luar, a produção traz Thuso Mbedu no papel principal.

    SINOPSE THE UNDERGROUND RAILROAD

    Uma jovem chamada Cora (Thuso Mbedu) faz uma descoberta surpreendente durante sua tentativa de se libertar da escravidão no extremo sul dos Estados Unidos.

    ANÁLISE 

    The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade é um livro fantástico. Vencedor do Pulitzer, a maior honraria literária, a publicação é instigante, envolvente e possui uma leitura fluida. Fazer uma adaptação de uma obra tão aclamada é sempre uma tarefa difícil, pois as comparações são inevitáveis.

    É uma grande sorte ter Barry Jenkins à frente dessa produção, pois ele é extremamente talentoso e se cerca de ótimos profissionais. Sua série possui uma beleza estonteante e consegue traduzir muito bem a história principal do livro para a tela.

    Todos os acontecimentos-chave do livro estão ali. Desde a fazenda Randall, quando conhecemos Cora, até o grande desfecho no décimo capítulo. A personagem principal mantém a mesma personalidade criada no livro: ingênua, mas forte e destemida. Cora luta o tempo todo por sua vida e é considerada especial por ter superado cada percalço de sua jornada na ferrovia.

    O que mais chama atenção na adaptação de Barry Jenkins é a beleza da série. Com nível de produção de cinema, a qualidade da obra é perceptível desde o primeiro trailer. Enquadramentos que remetem a elementos angelicais, como quando uma luz brilha por trás de Mabel (Sheila Atim) ao dar luz a Cora. A luz no fim do túnel representada pela chegada do trem na estação. A tristeza e a solidão nas paisagens cinzentas do Tennessee durante a grande epidemia de febre amarela.

    Visualmente a adaptação de The Underground Railroad é um espetáculo, seja pelo ótimo trabalho de fotografia de James Laxton, ou pelo design de produção liderado por Mark Friedberg.

    Há de se destacar também a excelente trilha sonora composta por Nicholas Britell. A parceria com Jenkins é de longa data: eles trabalharam juntos em Moonlight e Se a Rua Beale Falasse e, assim como os trabalhos anteriores, as composições são certeiras em seus momentos de grandiosidade.

    Britell consegue embalar momentos de tristeza, angústia e suspense, ao passo que mescla pequenas baladas com momentos contemplativos de alegria e resistência. Um trabalho esplêndido que merece todo o reconhecimento na temporada de premiações.

    Os atores escolhidos para a série cumprem bem seus papéis. Até Joel Edgerton consegue construir um bom Ridgeway com a ótima condução de Jenkins. Entretanto, o destaque fica nas atuações de Thuso Mbedu como Cora e Aaron Pierre, que interpreta Caesar. Ambos aproveitam muito bem o seu tempo de tela, assim como o garoto Chase Dillon, intérprete de Homer.

    CRÍTICA – The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade (2021, Amazon Prime Video)

    A verdade é que The Underground Railroad é uma ótima série. Sua parte técnica é impecável e invejável. Uma qualidade incrível e que merece todos os reconhecimentos possíveis. Não há nada questionável em nenhuma das escolhas criativas feitas nesses pontos.

    Entretanto, quando debatemos o roteiro adaptado, há certas ressalvas a serem feitas. Como eu mencionei anteriormente, fazer a adaptação de um livro extremamente premiado não é tarefa fácil, pois além do material base há também as vontades criativas de quem vai executar a tarefa.

    Mesmo a obra de Colson sendo sólida e de fácil entendimento, com um storytelling impecável, Jenkins optou por esticar acontecimentos e trabalhar alguns personagens que, na publicação original, não possuem tanto desenvolvimento. Mingo, Jasper, Homer e o próprio Rigdeway possuem mais espaço e background na série do que no livro.

    Entretanto, essa escolha faz com que outros detalhes importantes sejam suprimidos durante o desenvolvimento, além de prolongar acontecimentos que não são tão longos no material base. A história em si já é dolorosa o suficiente, mas com as adições feitas em algumas situações a trama se torna duas vezes mais triste.

    CRÍTICA – The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade (2021, Amazon Prime Video)

    Os episódios de The Underground Railroad duram em média 70 minutos, sendo que facilmente poderiam ter em torno de 35 ou 40 minutos – caso as cenas de transição fossem enxugadas. Esses excessos de exposição tornam os episódios cansativos e, como no caso do episódio 5, um pouco desnecessário. Não havia necessidade de dividir o capítulo do Tennessee em dois e isso fica bem perceptível quando assistimos à produção.

    Mesmo assim, não há espaço para dizer que a série é ruim ou mal adaptada. A base da história e acontecimentos-chave estão ali, seguindo cronologicamente os acontecimentos da obra original. Entretanto, sua execução é vagarosa, tornando alguns episódios lentos e cansativos.

    VEREDITO

    The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade é uma produção que respeita seu material base, adiciona mudanças satisfatórias e entrega um produto de qualidade impecável.

    A série deve aparecer nas principais premiações com indicações nas categorias técnicas de fotografia, design de produção e trilha sonora, além das categorias principais em melhor minissérie, direção, roteiro e atuação.

    Ouso dizer que o episódio 9 pode receber alguma indicação específica como melhor roteiro, pois sua execução é esplêndida e muito similar à idealização de Colson.

    Mesmo com a duração excessiva, o seriado é uma das melhores produções originais do catálogo da Amazon Prime Video.

    4,5/5,0

    Leia também | The Underground Railroad: Tudo que você precisa saber sobre a nova série da Amazon

    Assista ao trailer:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    CRÍTICA – Mortal Kombat (2021, Simon McQuoid)

    Mortal Kombat é o primeiro filme da carreira de Simon McQuoid e traz alguns nomes como Hiroyuki Sanada (Vingadores: Ultimato), Mehcad Brooks (Supergirl) e Ludi Lin (Power Rangers).

    SINOPSE DE MORTAL KOMBAT

    O Mortal Kombat é um torneio realizado há milênios e quem vencer dez vezes pode invadir a Terra, que precisa se defender.

    O feiticeiro Shang Tsung (Chin Han) trapaceia e manda seus lacaios para o plano terreno, pois quer acabar com os escolhidos de Raiden (Tadanobu Asano) antes do torneio. Será que os defensores da Terra conseguirão nos salvar?

    ANÁLISE: UM FATALITY EM NOSSAS EXPECTATIVAS

    Em 1995, o aclamado game de luta, Mortal Kombat, recebeu sua primeira adaptação no cinema. Entretanto, a falta de violência e canastrice de seus atores fez com que o longa fosse recebido de forma mista. Eis que em 2021 tivemos uma nova versão, contudo, ela é um desastre quase completo.  

    Começando pelos poucos pontos positivos, temos justamente a violência gráfica como valor principal do longa. Os fatalities estão soberbos, bem sangrentos, uma vez que são a marca do jogo. Os figurinos ficaram bem interessantes e três personagens tem boas cenas: Kung Lao (Max Huang), Kano (Josh Lawson) e Bi-Han/Sub-Zero (Joe Taslim).

    MORTAL KOMBAT: UM ROTEIRO BRUTALMENTE FURADO

    Iniciando pelo roteiro, escrito à varias mãos, por exemplo, os problemas do filme são inúmeros. Diversos conceitos são apresentados, mas mal explicados. O principais deles são as formas nas quais os poderes surgem e como são escolhidos os defensores da Terra.

    Na obra, Hanzo Hasashi/Scorpion (Hiroyuki Sanada) é brutalmente assassinado por Bi Han e seu espírito acaba sendo emanado aos escolhidos. Todavia, Kano é inescrupuloso e, mesmo assim, recebe a marca. Sonya Blade (Jessica McNamee) que é muito mais digna, não.

    Sobre o arcana, que é uma espécie de energia interna que produz os poderes, ele é desenvolvido de acordo com situações de urgência, entretanto, em momentos patéticos e de formas ruins ele é ativado, quase que aleatoriamente. Enfim, uma bagunça completa.

    TEMOS QUE FALAR SOBRE COLE YOUNG

    Mortal Kombat

    Cole Young, vivido pelo fraco Lewis Tan, é um bom exemplo do que Mortal Kombat é: um personagem desinteressante e que não temos empatia alguma.

    A produtora exigiu um personagem de fora dos games para ser os olhos e ouvidos da audiência. Entretanto, nem essa função ele consegue cumprir, pois Kano tem um papel muito mais relevante. Além disso, naturalmente Liu Kang (Ludi Lin), Kung Lao e Sonya ganham muito mais protagonismo do que nosso herói, mostrando que diversas escolhas foram equivocadas.  

    FINISH HIM!  

    Mortal Kombat

    Mortal Kombat é um poço de ideias ruins e que tem pouquíssimo carisma. Com uma direção até competente, mas que peca em diversos aspectos, o filme deixa muito a desejar, pois desagrada fãs, público em geral e crítica especializada. Uma pena para uma franquia que já sofreu muito em mãos sem talento.

    Fica aqui a torcida para que a franquia Resident Evil não sofra com as ideias e direção de Simon McQuoid. Que Deus tenha piedade de nós, pois iremos precisar e muito!

    1,8 / 5,0

    Confira o trailer de Mortal Kombat:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    TBT #125 | Star Wars: Guerras Clônicas (2008, Dave Filoni)

    Com o hype em torno do novo lançamento de Star Wars, Bad Batch, nada mais justo do que trazer o longa que impulsionou a animação de grande sucesso da franquia.
    Assistir o filme das Guerras Clônicas é relevante pra se ter uma base do que ocorre em Bad Batch? No máximo por apresentar Ashoka e destacar a relevância dos clones, mas nada muito profundo. Agora, o foco é matar a saudade deste querido (ao menos por mim) longa animado da gigantesca franquia de Star Wars

    SINOPSE

    Enquanto as Guerras Clônicas varrem a galáxia, Anakin Skywalker e sua nova Padawan, Ahsoka Tano, mergulham em uma missão perigosa para resgatar o filho sequestrado do senhor do crime Jabba, o Hutt. O renegado Conde Dookan está determinado a garantir que eles falhem, e com seu assassino mortal Asajj Ventress em perseguição, esta é uma missão com graves consequências.

    ANÁLISE

    Fãs de longa data da franquia deem conhecer a série homônima ao filme, um sucesso que ajudou a manter viva a produção e a atenção dos fãs durante o hiato de 10 anos entre o Episódio III – Vingança dos Sith e o Episódio VII – O Despertar da Força.

    O longa de animação tem relação com a série, com seus eventos ocorrendo entre o episódio 16 da primeira temporada e o episódio 1 da terceira. Dentro de aproximadamente 90 minutos, o filme consegue percorrer bem, apesar da maneira rasa, os arcos desenvolvidos nos 4 planetas principais em que se passa.

    Star Wars: A Guerra dos Clones

    Em seu início, temos já uma batalha em Christophsis com boas doses do que a série tem de melhor: efeitos especiais e diálogos divertidos (Obi-Wan Kenobi brilha neste quesito). Apesar dos destaques recém mencionados, o principal ponto deste primeiro momento é a apresentação de Ahsoka Tano. A relação entre a Padawan e seu Mestre, Anakin, é muito bem construída e apesar da rápida evolução, é honesta e geralmente bem assimilada.

    Os atos seguintes consistem em uma alternância entre 3 planetas com diferentes arcos que acabam se misturando com a evolução dos eventos. Com a missão de resgatar Rotta, o filho de Jabba, o Hutt, Anakin e Ahsoka vão com um esquadrão de clones até Teth. Enquanto isto, em Tatooine, somos apresentados ao ardil dos sith, enquanto Conde Dookan, junto ao clã dos Hutt, busca incriminar os Jedi pelo sequestro e possível morte do pequeno Rotta, com a ajuda de Asajj Ventress.

    As cenas de combate em Teth são excelentes e o desenvolvimento da relação entre Mestre e Padawan recebe o tempo certo neste ato.

    Apesar de terem conseguido resgatar o pequeno Hutt e escapar da embosacada criada pelos Sith em Teth, Anakin e Ahsoka voam direto para Tatooine buscando devolver o filho sequestrado do chefe do crime e garantir o apoio dos Hutt na rota de comércio. Mal sabiam eles que Conde Dookan já convencera Jabba e preparava mais uma emboscada para frustrar os planos dos Jedi.

    Sabendo disso, em Coruscant, a Senadora Padmé Amidala vai até um tio de Jabba, Ziro, o qual administra uma boate em Coruscant, esperando conseguir negociar mais tempo para Anakin. O arco de Padmé, apesar de breve, demonstra bem as capacidades diplomáticas e principalmente a coragem da Senadora, dando devido peso à personagem.

    Em Tatooine, Ahsoka acaba sendo responsável por salvar a pele de Anakin, bem como a reputação dos Jedi frente ao clã dos Hutt, revelando a armadilha criada pelos Sith e garantindo o acordo prometido.

    VEREDITO

    Apesar de breve e talvez até mesmo raso, o longa Star Wars Guerras Clônicas é uma ótima introdução à série e vale sempre ser revisto por seus cenários agradáveis e bem feitos, belos efeitos especiais e a ótima mistura entre momentos engraçados e de tensão.

    Vale a pena até pra matar a saudade e reascender a vontade de maratonar a série, caso queira estar por dentro de todos os detalhes antes de assistir Bad Batch. Caso não queira investir tanto tempo, mas ainda assim pegar os pontos chave para não perder nada na nova série do Disney +, confere o artigo que vai ser lançado amanhã.

    3,0 / 5,0

    E você, o curtiu o Star Wars: Guerras Clônicas? Já assistiu a esta nossa indicação? Deixe sua avaliação e comentários e lembre-se de conferir nossas indicações anteriores do TBT do Feededigno. Tem bastante coisa bacana por lá.

    Star Wars: Guerras Clônicas está disponível no Disney+.

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Quem Matou Sara? (2ª temporada, 2021, Netflix)

    Com uma breve pausa entre a primeira e a segunda temporada, Quem Matou Sara? volta à Netflix provando seu sucesso na plataforma. A nova temporada estreia no dia 19 de maio e nós já temos as impressões dos três primeiros episódios.

    A série é uma criação de José Ignacio Valenzuela e no elenco estão Manolo Cardona, Carolina Miranda e Ginés García Millán.

    SINOPSE

    Depois de muitas revelações chocantes, a lista de possíveis responsáveis ​​pela morte de Sara (Ximena Lamadrid) não diminuiu.

    Elroy realmente manipulou o paraquedas da jovem em nome da ciumenta Mariana (Claudia Ramírez)? Ou será que César (Ginés García Millán), marido de Mariana, decidiu se livrar de Sara para impedir que a mesma denunciasse seu bordel clandestino? Em meio a tantas alegações, porém, não se pode descartar a opção de Sara ter acabado com a própria vida.

    ANÁLISE

    Depois de uma primeira temporada cheia de reviravoltas e revelações que deixaria até Agatha Christie com uma pulga atrás da orelha, Quem Matou Sara? volta para uma segunda temporada com ainda mais mistérios. O que se pode dizer é que estamos bem longe de descobrir quem de fato matou Sara (Ximena Lamadrid).

    Pelo menos, nos três primeiros episódios, a série consegue manter seu suspense interessante. São tantos personagens entre passado e futuro que é quase impossível não sentir uma ponta de curiosidade sobre os caminhos da trama. Esse ponto se dá em virtude ao criador da série, José Ignacio Valenzuela, que já trabalhou com novelas mexicanas.

    O enredo de suspense é cativante na medida certa e tal como uma novela, consegue prender a atenção do telespectador mesmo que seja extremamente clichê. Por sinal, a segunda temporada de Quem Matou Sara? não foge do convencionalismo. A série aposta em seus personagens excessivamente dramáticos e caricatos para tornar a trama relevante.

    Nesse mesmo sentido, a produção é bastante confusa em sua montagem, deixando muitos furos de roteiros escancarados. Talvez faça parte da construção da trama, mas o uso demasiado de flashbacks para contar quem realmente era Sara e sua relação com a família Lazcano é cansativo.

    Sem contar que Alex (Manolo Cardona) parece mais uma vez correndo em círculos para achar o culpado da morte de sua irmã. O que se revela um pretexto para manter a atenção do espectador que, já tão saturado da mesmice dos episódios, precisa ainda se atentar a outras narrativas não menos desinteressantes da trama.

    Contudo, se é preciso apontar motivos para continuar assistindo Quem Matou Sara? é o fato de ser uma boa série quando o intuito é apenas entretenimento puro, sem se preocupar com erros de roteiro, edição e atuações.

    Por outro lado, a fotografia da produção é algo que vale a pena ser ressaltada. Visto que evoca todo aquele sentimento de novela que os brasileiros e mexicanos já estão acostumados. Logo, se o espectador assistiu até aqui, vale a pena conferir até o final para saber quem matou a Sara e acima de tudo, quem realmente era ela.

    VEREDITO

    Os três primeiros episódios de Quem Matou Sara? conseguem prender a atenção e continuar seu principal mistério. Porém, a série peca em seus clichês do gênero sem ao menos se importar com seus erros.

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    Invasão Secreta: Tudo que você precisa saber sobre a saga da Marvel

    Invasão Secreta é uma das sagas mais importantes de todo o Universo Cinematográfico Marvel e recentemente teve a confirmação de uma série sobre o arco. Neste artigo, vamos apresentar tudo sobre a trama, confira!

    HISTÓRIA DE INVASÃO SECRETA

    Publicado em 2008 e finalizado em 2009, Invasão Secreta foi escrita por Brian Michael Bendis e a arte foi feita por Leinil Francis Yu, com seis edições sendo realizadas pela dupla.

    Bendis preparou o terreno com antecedência, pois colocou Skrulls por toda parte, uma raça alienígena transmorfa. Na Marvel, os Skrulls são considerados vilões, entretanto, alguns nichos políticos podem ser vistos como anti-heróis dentro do grupo.

    A Rainha Veranke é exilada pelo Imperador Dorrek, uma vez que Veranke era uma religiosa fervorosa e incitava a violência e o extremismo entre os Skrulls. Após conseguir muitos aliados, ela parte para a Terra com um plano de dominá-la por dentro.

    O INÍCIO DA INVASÃO SKRULL

    A primeira grande revelação do plano Skrull foi quando Eco, que usava o manto de Ronin, derrotou a assassina Eléktra, matando-a em combate. Contudo, ela na verdade era uma Skrull disfarçada, algo que fez com que os Vingadores ficassem em alerta.

    Durante a super saga, alguns retornos foram ocorrendo de personagens que haviam morrido ou desaparecido, os mais emblemáticos foram Harpia e o Capitão Marvel, esse último havia morrido de câncer.

    Para que os planos fossem bem executados, os Skrulls fizeram lavagem cerebral em suas cobaias, pois assim não lembrariam que pertencem à raça alienígena e acreditariam ser os heróis caídos.

    O arco é fechado com uma grande batalha, onde vilões e heróis se juntaram para vencerem a ameaça alien que pairava sobre a Terra.

    CONSEQUÊNCIAS DE INVASÃO SECRETA NO UNIVERSO MARVEL

    Após os eventos de Invasão Secreta, tudo mudou dentro da Marvel. Novos grupos foram criados, uma vez que agora os vilões mudaram de lado e faziam parte dos defensores da Terra.

    O principal beneficiado foi Norman Osborn, o antigo Duende Verde, arqui inimigo do Homem-Aranha e que se tornou o Patriota de Ferro virando, em seguida, o secretário de defesa dos Estados Unidos, criando a organização MARTELO e, no futuro, liderando os Vingadores Sombrios.

    A grande perdedora acabou sendo a S.H.I.E.L.D., que ficou em xeque por conta do ataque e agora está em descrédito total.

    INVASÃO SECRETA NO UNIVERSO MARVEL FORA DOS QUADRINHOS

    O evento foi extremamente importante e por mais que a recepção da crítica e dos fãs não tenha sido boa, por exemplo, a Marvel adaptou para outras mídias.

    Nos games, Invasão Secreta foi adaptada em Marvel Heroes, assim como seria adaptado também em Marvel Avengers: Battle for the Earthcontudo, o jogo foi cancelado antes de ser lançado.

    A série animada Os Vingadores: Os Maiores Heróis da Terra, também adaptou Invasão Secreta, sendo o maior arco de toda a animação, que acabou aclamada pelos fãs.

    Por fim, Invasão Secreta agora terá uma adaptação extremamente importante, pois a Disney+ terá uma série live-action recheada de estrelas em seu elenco.

    Contando com Samuel L. Jackson e Ben Mendelsohn, que irão reviver seus papéis como Nick Fury e Talos, respectivamente, tivemos recentemente as confirmações de Olivia Colman (Meu Pai), Kingsley Ben-Adir (Uma Noite em Miami) e Emilia Clarke (Game of Thrones) no elenco. Há rumores de que os ex-colegas Clarke em GoT, Kit Harrington e Richard Madden se juntem ao cast, pois eles fazem parte dos atores de Os Eternos, novo filme da Marvel. 

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    CRÍTICA | Demon Slayer – Mugen Train: O Filme (2021, Haruo Sotozaki)

    O filme do anime que fez um enorme sucesso no mundo inteiro, finalmente chega no Brasil. Demon Slayer – Mugen Train (Trem Infinito) alcançou a maior bilheteria da história dos cinemas japoneses com receita de mais de R$ 1,9 bilhão.

    Nos Estados Unidos, o filme já arrecadou mais de 100 milhões de dólares, se tornando a melhor estreia para um filme de língua estrangeira na história do país. Esse reconhecimento tem dois nomes por trás, o diretor Haruo Sotozaki e o estúdio Ufotable, que juntos estão fazendo um incrível trabalho com Demon Slayer.

    SINOPSE

    Tanjiro (Natsuki Hanae), Nezuko (Akari Kito), Zenitsu (Hiro Shimoto) e Inosuke (Yoshitsugu Matsuoka) são enviados para ajudar o Hashira das Chamas, Kyojuro Rengoku (Rikiya Koyama), em sua investigação de um trem onde pessoas estão desaparecendo durante o trajeto. Nessa viagem, o grupo de Caçadores de Demônio encontram Enmu (Daisuke Hirakawa), o Lua Inferior 1 do Rei Demônio Muzan, que pretende matar o grupo e todos os 200 passageiros do trem.

    ANÁLISE

    É fato que Demon Slayer caminha para ser um dos animes mais memoráveis da história, sua narrativa mistura os elementos de shonen a um clima mais sério e atraente. Longe e ao mesmo tempo perto dos grandes sucessos de animes, como Naruto, o título do estúdio Ufotable prova que consegue fugir dos clichês sem perder sua magnitude.

    Isso se dá, em parte, a sua perspicácia em situar a história do anime no período Taisho no Japão. O que somado a um protagonista extremamente carismático e uma trama que exacerba sentimentalismo, cria uma obra madura, intrigante e acima de tudo, divertida.

    Mas, para falar necessariamente do filme de Demon Slayer é preciso salientar que o principal problema do longa é não abranger quem não viu o anime. Isso porque, Trem Infinito é uma continuação direta dos últimos acontecimentos do anime que foi ao ar em 2019 e está disponível na Netflix.

    E se na primeira temporada vemos todo o arco de Tanjiro, que busca ser um Demon Slayer para salvar sua irmã. No longa, temos nosso protagonista se colocando à prova e descobrindo que ainda precisará percorrer um longo caminho para alcançar seus objetivos.

    Ainda que todo esse papo de superação faça parte dos animes shonen, é interessante como o diretor usa justamente o filme para alavancar o personagem principal. Mais do que isso, em Trem Infinito, é a primeira vez que Tanjiro contempla o que de fato aconteceu com sua família e entende que precisa superar essa perda por seus amigos e irmã, mas principalmente, por si próprio.

    Além disso, o filme adapta um arco pequeno no mangá que não ganharia muitos episódios na série, mas serve perfeitamente para um filme. A proposta de aprofundar um personagem que ganhou bastante notoriedade no anime é realmente muito boa. Logo, a partir do momento que conhecemos as motivações e vida de Kyojuro Rengoku, o personagem ganha peso e se torna importante para o espectador, tal como é para Tanjiro.

    Consequentemente, Demon Slayer continua a surpreender com sua incrível animação que consegue criar ótimos cenários e cenas de luta em 2D. Porém, o CGI no vilão Enmu parece desconexo com todo o visual da animação e em certos momentos, como a cena dos tentáculos dentro do trem, perde sua significância.

    Contudo, não é o CGI, no mínimo estranho, que carrega todos os pontos negativos do longa. Quem acompanha o anime sabe que os vilões de Demon Slayer são realmente célebres, seja o demônio que manipula a casa ou o que tem habilidades de aranha, todos parecem um oponente mais poderoso que Tanjiro.

    O que não é sentido aqui em Trem Infinito, é que Enmu não tem o mesmo efeito que seus colegas no anime e para piorar, parece bem menos interessante. Mas esse detalhe não estraga o longa por completo, já que consegue superar suas barreiras e entregar uma obra que ganha por seus discursos poderosos de superação, amizade e perda.

    O conceito de limitar o longa a um único lugar e fazer com os que os personagens se movam a partir disso, cria uma sensação de urgência, o conflito está no aqui e agora. Dessa forma, o diretor consegue trabalhar muito bem os personagens e também aproveitar cada espaço do ambiente.

    Nesse sentido, Demon Slayer – Mugen Train é um longa espirituoso que evoca toda comoção do anime e de sobra, desenvolve personagens. Por fim, vemos um Tanjiro transformado por suas dores querendo se provar cada vez melhor para proteger aqueles que ama. Logo, um longa essencial para essa saga que ainda promete e muito.

    VEREDITO

    Poucos são os pontos negativos de Demon Slayer – Mugen Train, apesar do CGI que beira o vale da estranheza, o longa é divertido, emocionante e belo. De forma a encantar o espectador com personagens interessantes e carismáticos, criando discursos valorosos para a trama.

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.