Início Site Página 437

    CRÍTICA | Falcão e o Soldado Invernal: S1E2 – O Herói Americano

    0

    O Herói Americano foi o segundo episódio de Falcão e o Soldado Invernal. Confira nossa análise de tudo que aconteceu.

    SINOPSE

    Somos apresentados ao novo Capitão América, John Walker (Wyatt Russell), um soldado destemido que agora assume o manto do herói.

    Enquanto isso, Sam (Anthony Mackie) e Bucky (Sebastian Stan) perseguem os Apátridas, pois há uma nova ação do grupo na Europa. Lá eles confrontam Karli Morgenthau (Erin Kellyman), uma poderosa antagonista que lidera o grupo.

    ANÁLISE

    Com um ritmo mais lento, o segundo episódio de Falcão e o Soldado Invernal denominado O Herói Americano cadencia mais a série, pois tem alguns pontos para serem abordados.

    Iniciamos vendo os dois lados da moeda, uma vez que somos apresentados de fato a John Walker e Karli Morgenthau, dois novos rostos do Universo Cinematográfico Marvel. O primeiro é determinado, de certa forma imponente e ameaçador, a segunda é uma líder nata que ainda não sabe de seu próprio potencial, mas que é uma rival à altura da nossa dupla de protagonistas.

    O roteiro nos deixa diversas pistas do que pode acontecer no futuro, visto que há aqui um teaser de suas personalidades fortes sendo mostrado no texto e os dois atores consegue entregar boas nuances dos dois personagens.

    Quanto à dinâmica de Sam e Bucky, há uma naturalidade e sinergia deles, pois existe uma química de Mackie e Stan. Os dois se complementam com o vigor e sarcasmo do Falcão e a forma rabugenta e sisuda do Soldado Invernal, apresentando um humor muito presente em filmes policiais dos anos 80 e 90, principalmente Máquina Mortífera.

    O HERÓI AMERICANO

    Contudo, o episódio também mostra um tom de seriedade ao abordar o racismo como o seu principal pilar. Na figura de Isaiah Bradley, vemos que houve uma tentativa de criar um Capitão América negro, mas que foi jogada no lixo pelo fato de que isso não poderia ser aceito. O peso da cena protagonizada por Carl Lumbly foi essencial para dar o início necessário de que Sam precisava para começar a se questionar como herói a favor do sistema.

    A cena em que o Falcão é abordado pela polícia reforça ainda mais a questão de que o sistema é contra as minorias e que o herói alado deve ser um símbolo de esperança dos oprimidos.

    VEREDITO

    Com um episódio introspectivo, Falcão e o Soldado Invernal continua se moldando aos novos tempos pós-blip, pois há muito o que mostrar.

    Ao abordar temáticas raciais e o sistema norte americano de lidar com símbolos, o episódio foi certeiro em sua proposta mais intimista que, por mais que tenha sido um pouco irregular em seu ritmo, entregou muita qualidade.

    Nossa nota

    4,8 / 5,0

    Confira todos os easter eggs da série clicando aqui.

    Falcão e o Soldado Invernal terá seis episódios e todos eles terão crítica no nosso site e no canal do YouTube. Se inscreva clicando aqui e acompanhe também nossa página especial da serie da Disney+.

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    Noites Sombrias #7 | 5 melhores filmes das obras de Stephen King

    Com mais de 70 obras publicadas, além dos 8 utilizando o pseudônimo Richard Bachman, Stephen King, não é só um rosto fofinho ele é simplesmente o mestre do terror e faz jus ao seu nome. Naturalmente, por conta de tamanho sucesso, King é multipremiado, e, em 2003, a National Book Foundation concedeu-lhe a Medalha por Contribuição de Destaque à Literatura dos Estados Unidos. Em 2015, SK recebeu a Medalha Nacional das Artes do National Endowment for the Arts, por suas contribuições para a literatura.

    Atualmente, os livros de Stephen King venderam mais de 400 milhões de cópias em mais de 40 países (é o nono autor mais traduzido do mundo). Além das versões impressas, várias de suas obras ganharam adaptações para filmes, séries de TV e quadrinhos.

    Com todo sucesso que King faz, poderíamos listar diversas adaptações para as telinhas e telonas, mas vou deixar aqui os 5 melhores filmes de terror baseado nas obras do mestre como indicação para maratonar e chutar o c# da ansiedade e do tédio nessa quarentena.

    CARRIE (1976)

    Carrie, a Estranha terá minissérie produzida pelo FXCarrie foi a primeira obra do gênero publicada pelo autor e a primeira adaptação para o cinema; com estreia em 3 de novembro de 1976. O filme se tornou um sucesso comercial e crítico, arrecadando mais de US$ 33,8 milhões contra seu orçamento de US$ 1,8 milhão.

    Recebeu duas indicações no 49º Oscar nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante. O filme é uma obra extremamente melancólica e dramática abordando temas atuais em nossa sociedade como o bullying.

    Sinopse: Carry White (Sissy Spacek) uma jovem que não faz amigos em virtude de morar em quase total isolamento com Margareth (Piper Laurie), sua mãe que é uma pregadora religiosa que se torna cada vez mais ensandecida. Carrie foi menosprezada pelas colegas, pois ao tomar banho achava que estava morrendo, quando na verdade estava tendo sua primeira menstruação.

    Uma professora fica espantada pela sua falta de informação e Sue Snell (Amy Irving), uma das alunas que zombaram de Carrie, fica arrependida e pede a Tommy Ross (William Katt), seu namorado e um aluno muito popular, para que convide Carrie para um baile no colégio. Mas Chris Hargenson (Nancy Allen), uma aluna que foi proibida de ir à festa, prepara uma terrível armadilha que deixa Carrie ridicularizada em público. Mas ninguém imaginava os poderes paranormais que a jovem possui e muito menos sua capacidade de vingança quando está repleta de ódio.

    O ILUMINADO (1980)

    O Iluminado terá sessões nos cinemas brasileirosO Iluminado é um filme de terror psicológico de 1980 produzido e dirigido por Stanley Kubrick e co-escrito com a romancista Diane Johnson. A adaptação foi lançada nos Estados Unidos em 23 de maio de 1980 pela Warner.

    A produção ocorreu quase que exclusivamente nos estúdios da EMI Elstree, com cenários baseados em locais reais. Kubrick costumava trabalhar com uma equipe pequena, o que lhe permitia fazer muitas tomadas, às vezes para o esgotamento dos atores e da equipe. Houve muita especulação sobre os significados e ações do filme por causa de inconsistências, ambiguidades, simbolismo e diferenças em relação ao livro de Stephen King.

    Em 2018, o filme foi selecionado para preservação no National Film Registry pela Biblioteca do Congresso como sendo “significativo culturalmente, historicamente ou esteticamente”. O Iluminado é amplamente aclamado pelos críticos de hoje e se tornou um ícone da cultura pop.

    Sinopse: Durante o inverno, um homem (Jack Nicholson) é contratado para ficar como vigia em um hotel no Colorado e vai para lá com a mulher (Shelley Duvall) e seu filho (Danny Lloyd). Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar problemas mentais sérios e ele vai se tornado cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo em que seu filho passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também foram causados pelo isolamento excessivo.

    IT: A COISA (2017)

    O roteiro adaptado é de Chase Palmer, Cary Fukunaga e Gary Dauberman. O filme conta a história de sete crianças na cidade de Derry, no Maine, que são aterrorizadas por um ser sobrenatural, que precisam enfrentar seus medos pessoais.

    O filme é estrelado por Jaeden Lieberher e Bill Skarsgård como Bill Denbrough e Pennywise, o palhaço dançarino, respectivamente, com Jeremy Ray Taylor, Sophia Lillis, Finn Wolfhard, Wyatt Oleff, Chosen Jacobs, Jack Dylan Grazer, Nicholas Hamilton e Jackson Robert Scott.

    It estreou em 7 de setembro de 2017 no Brasil. Após o lançamento, atingiu números recordes de bilheteria e faturou US$ 185 milhões em todo o mundo nos primeiros dias. Bateu recorde ao ser o longa-metragem de terror mais visto de todos os tempos. Na receita interna, Estados Unidos e Canadá, arrecadou mais de US$ 327 milhões, desbancando os recordistas O Sexto Sentido e O Exorcista, que faturaram US$ 293 e US$ 232 milhões, respectivamente. Mundialmente, também ultrapassou O Sexto Sentido, quando fizera US$ 700 milhões, contra pouco mais de US$ 672 milhões da produção estrelada por Bruce Willis.

    Sinopse: Um grupo de sete adolescentes de Derry, uma cidade no Maine, formam o auto-intitulado “O Clube dos Perdedores”. A pacata rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos. Logo, os integrantes do Clube dos Perdedores acabam ficando face a face com o responsável pelos crimes: o palhaço Pennywise.

    CEMITÉRIO MALDITO (2019)

    trailer Cemitério MalditoCemitério Maldito é um filme dirigido por Kevin Kölsch e Dennis Widmyer e escrito por Jeff Buhler; e a segunda adaptação após o filme de 1989. No elenco estão Jason Clarke, Amy Seimetz e John Lithgow e segue uma família que descobre um cemitério misterioso na floresta atrás de sua nova casa.

    O filme arrecadou mais de US$ 113 milhões em todo o mundo e recebeu críticas mistas dos críticos, que elogiaram o tom sombrio, a atmosfera e as performances, mas não gostaram do ritmo lento. A crítica e o público ficaram divididos quanto às mudanças entre o filme e o livro, embora muitos o considerassem melhor do que a adaptação de 1989.

    Sinopse: A família Creed se muda para uma nova casa no interior, localizada nos arredores de um antigo cemitério amaldiçoado usado para enterrar animais de estimação – mas que já foi usado para sepultamento de indígenas. Algumas coisas estranhas começam a acontecer, transformando a vida cotidiana dos moradores em um pesadelo.

    Leia também:

    #52filmsbywomen 29 – Cemitério Maldito (1989, Mary Lambert)

    DOUTOR SONO (2019)

    Doutor Sono: Filme baseado na obra de Stephen King ganha seu primeiro trailerA adaptação é uma sequência do consagrado O Iluminado, dirigido e editado por Mike Flanagan e se passa várias décadas após os eventos do original e combina elementos da obra de 1977.

    Estrelado por Ewan McGregor como Danny Torrance, um homem com habilidades psíquicas que luta contra traumas na infância. Rebecca Ferguson, Kyliegh Curran (em sua estreia no cinema) e Cliff Curtis completam o elenco.

    O filme recebeu elogios dos críticos por suas performances, mas foi criticado por sua longa duração. Tendo arrecadado apenas US$ 71 milhões em todo o mundo, seu desempenho nas bilheterias foi considerado uma decepção devido ao sucesso de recentes adaptações de Stephen King, como It: Capítulo 2 e Cemitério Maldito. Mas ainda assim, é um excelente filme!

    Sinopse: Na infância, Danny Torrance conseguiu sobreviver a uma tentativa de homicídio por parte do pai, um escritor perturbado por espíritos malignos do Hotel Overlook. Danny cresceu e agora é um adulto traumatizado e alcoólatra. Sem residência fixa, ele se estabelece em uma pequena cidade, onde consegue um emprego no hospital local. Mas a paz de Danny está com os dias contados a partir de quando cria um vínculo telepático com Abra, uma menina com poderes tão fortes quanto aqueles que bloqueia dentro de si.

    Agora que você conheceu esses cinco longas adaptados das obras de Stephen King, aconselho a pegar sua pipoca, ligar o ar condicionado no 15, apagar a luz e se distrair dessa loucura em que o mundo está vivendo.

    Conta pra gente nos comentários quais filmes você mais gostou da minha lista! Leia também:

    Stephen King: As 10 melhores adaptações para TV

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    CRÍTICA – Meu Pai (2021, Florian Zeller)

    Meu Pai (The Father) dirigido por Florian Zeller chega às plataformas digitais no dia 9 de abril. Baseado na peça Le Père do próprio Zeller, o filme traz os multipremiados Anthony Hopkins e Olivia Colman no elenco principal, e está concorrendo a seis categorias no Oscar deste ano (incluindo Melhor Filme).

    SINOPSE

    Um homem recusa toda a ajuda de sua filha à medida que envelhece. Ao tentar entender as mudanças em sua vida, ele começa a duvidar de seus entes queridos, de sua própria mente e até mesmo da estrutura de sua realidade.

    ANÁLISE

    Que felicidade é viver em uma época em que Anthony Hopkins e Olivia Colman existem. Assistir à atuação desses dois grandes profissionais é um alento ao coração em um momento tão conturbado como o que vivemos.

    É difícil descrever a imersão que sentimos quando assistimos ao filme Meu Pai. Com uma dinâmica interessante no que tange à abordagem do tempo, a obra nos prende em seus loopings temporais, nos fazendo questionar a realidade o tempo todo junto com seu protagonista.

    O trabalho de direção de Florian Zeller é consistente, tirando o melhor de seus atores principais. Colman entrega uma das atuações mais sensíveis de toda a sua carreira, ao passo que Hopkins se consagra em seu papel, carregando a trama com todo o drama necessário.

    Os personagens secundários são inseridos como elementos de confusão, mas são trabalhados com inteligência e se justificam conforme nos aproximamos do desfecho da obra. Sua duração de 1h37min provê fluidez para a narrativa, deixando uma vontade de assisti-la novamente para captar todos os detalhes.

    A direção de arte é outro ponto que precisa ser destacado. A dinâmica de troca de cômodos e cenários é parte importante da história. O trabalho de troca de itens, mudanças de objetos e móveis conforme acompanhamos os pensamentos e atitudes do personagem Anthony (Hopkins) é impactante e funciona muito bem.

    Por se tratar de um tema de fácil identificação, o drama consegue tocar em pontos importantes da vida adulta sem ser superficial. Com uma história simples e de pouca duração, nos conectamos rapidamente aos dramas de Anne (Colman) e Anthony, sendo natural nos colocarmos no lugar de ambos.

    Assim como O Som do Silêncio, a boa condução dos diálogos por parte dos atores principais, e a experiência imersiva na realidade que estamos presenciando fazem de Meu Pai uma produção tão impactante, merecendo todas as indicações ao Oscar deste ano.

    VEREDITO

    Meu Pai é uma grata surpresa dentre os filmes desta temporada de premiação. Trabalhando não só o drama de Anthony com sua doença, mas também retratando o impacto que a situação promove na vida de todas as pessoas ao redor, o longa se consagra como um dos melhores filmes do ano. Uma experiência devastadora, mas brilhante, que deveria ser assistida por todo mundo.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Meu pai estará disponível para compra e aluguel nas plataformas NOW, iTunes, Google Play, Sky Play e Vivo Play a partir do dia 9 de abril.

    Assista ao trailer:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    CRÍTICA | Incorruptível: A Última Linha de Defesa – Vol. 4 (2021, Devir)

    Finalmente a editora Devir está publicando o último volume dessa saga épica de Incorruptível com o Vol. 4: A Última Linha de Defesa. Esse volume reúne as edições #27 à #30.

    SINOPSE

    O caos tomou conta de Coalville, uma das poucas cidades habitáveis dos EUA, e ela agora é controlada por um supervilão. Outra tentativa de deter o Plutoniano falhou, resultando numa nuvem de radiação letal que se espalha vagarosamente pelo planeta. Mas, apesar de ter perdido amigos e aliados, Max não está sozinho… e ele ainda tem um último truque na manga!

    ANÁLISE

    Em Incorruptível: A Última Linha de Defesa – Vol. 4 temos o final desse quadrinho repleto de ação e reviravolta, mas que apresenta um desfecho bem medíocre para a saga.

    Aqui, ao longo da trama temos uma fluidez na narrativa, apesar das batalhas abaixo do esperado se compararmos ao que foi apresentado nas edições anteriores.

    No entanto, a leitura desse volume continua divertida, mas teria sido bem melhor se o autor não tivesse tanta pressa para finalizar a história.

    Nessa última edição temos a resolução de diversas pontas soltas, mas esses desfechos apresentam velocidade no desenrolar de toda a trama. Fiquei com a impressão de que Mark Waid já estava desgastado com todo esse universo e queria dar logo um ponto final em sua obra.

    Com relação à arte de Marcio Takara e Damian Couceiro ambos os artistas apresentam artes bem tradicionais. Parece que o desenho foi feito as pressas e não houve uma preocupação com detalhes. Contudo, a colorização de Nolan Woodward é excepcional e deixa a arte menos desagradável.

    Desse modo, esse último volume pode acabar não agradando a todos os leitores que preferem uma história com final mais clichê. 

    VEREDITO

    Incorruptível: A Última Linha de Defesa – Vol. 4 poderia ter tido um ótimo final, mas com que certeza vai deixar uma enorme saudade a todos os fãs que acompanharam toda trajetória de Max contra o Plutoniano.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Editora: Devir

    Autor: Mark Waid

    Páginas: 112

    Leia também:

    CRÍTICA – Incorruptível: Justiça a Qualquer Preço (2019, Devir)

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    CRÍTICA – A Semana da Minha Vida (2021, Roman White)

    0

    A Semana da Minha Vida é o mais novo musical da Netflix com estreia prevista para o dia 26 de março. A direção fica por conta de Roman White, roteiro original de Alan Powell e músicas escritas por Adam Watts (High School Musical). No elenco estão Kevin Quinn, Bailee Madison e Sherri Shepherd.

    SINOPSE

    Will Hawkins (Kevin Quinn) é um adolescente rebelde e depois de mais um confronto com os tribunais, ele tem duas opções: ir para a detenção juvenil ou participar de um acampamento cristão de verão. Contrariado, ele escolhe ir para o acampamento. Durante o verão, Will começa a mudar seu comportamento, descobrindo, no processo, o que é o amor.

    ANÁLISE 

    O subgênero “musical adolescente” ainda não morreu e A Semana da Minha Vida é a prova disso. Com uma pegada totalmente leve, divertida e sincera sobre o que deseja apresentar, o filme é pura nostalgia aos fãs órfãos de clássicos como High School Musical (2006) e Camp Rock (2008).

    Porque além de retomar com força o sentimento de coletividade que os acampamentos adolescentes transmitem, o longa também conta com um arsenal de músicas sobre o bendito “drama adolescente”. São canções que trazem os dilemas juvenis do primeiro amor, das decepções e principalmente, como se encontrar nesse mundo gigante.

    Mas, as comparações com os clássicos da Disney Channel param por aí. Apesar de A Semana da Minha Vida ser um suspiro em meio a tempos tão complicados, o filme assume ser extremamente piegas sem de fato entregar emoções. Não que tudo no longa seja exagerado, mas certamente existe uma forçação de barra para que o espectador “compre” os personagens.

    Desse modo, a narrativa do filme é fraca, apresentando poucos conflitos que realmente fazem efeitos na trama. Na história, Will, um adolescente problemático é forçado a ir para um acampamento de verão na tentativa de consertar sua vida. Logo, ele conhece George (Jahbril Cook), o garoto tímido e engraçado que vira seu melhor amigo; e Avery (Bailee Madison), a menina determinada e bonita que vira seu par romântico.

    Sendo assim, o longa utiliza dos diferentes clichês para contar uma história de amor e descobertas adolescentes, a qual já estamos saturados. Talvez, a única originalidade do longa sejam suas músicas. O filme aproveita do enorme sucesso que as canções gospels são atualmente, para falar dos jovens cristãos.

    CRÍTICA - A Semana da Minha Vida (2021, Roman White)

    A maioria das músicas buscam tratar do amor de Deus sobre as pessoas ou das dificuldades da vida adolescente. Porém, nem esse singular aspecto parece tornar o filme emocionante, as canções são batidas e nada atrativas, na mesma medida, as coreografias despertam uma pontinha de “vergonha alheia”. Apesar de tudo, o filme deverá fazer sucesso entre o seu público-alvo, já que traz uma identificação pouco vista no cinema.

    Consequentemente, algumas atuações se saem melhor que outras. É o caso do ator de primeira viagem, Jahbril Cook, que consegue segurar o time cômico e ser uma dupla melhor para o protagonista do que o próprio par romântico. Falando no casal, Kevin Quinn com toda certeza já assistiu muitas vezes High School Musical, sua atuação lembra um Troy (Zac Efron) genérico. Já Bailee Madison é esforçada, mas não consegue arrancar momentos significativos.

    Nesse sentido, A Semana da Minha Vida aborda assuntos que poderiam ser melhor explorados e aprofundados, mas prefere ficar no raso sendo um longa ordinário. Apesar de tudo, é um filme para se assistir em momentos que a vida pede algo mais leve.

    VEREDITO

    A Semana da Minha Vida revive os clássicos musicais adolescentes de acampamento e até evoca sentimentos alegres e divertidos. Mas, falha em sua narrativa cheia de clichês superficiais e esquecíveis.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    CRÍTICA – Os Irregulares de Baker Street (1ª temporada, 2021, Netflix)

    O mais famoso detetive do mundo, viciado em opioides e enigmas ganhou mais uma adaptação. Dessa vez para a Netflix na forma da série Os Irregulares de Baker Street. Muito diferente do que muitos pensavam, a série não adapta a história de Sherlock Holmes, mas usa a vida do personagem como pano de fundo para uma história não tão grandiosa quanto à escrita por Arthur Conan Doyle.

    SINOPSE

    Baseada nos lendários personagens criados por Arthur Conan Doyle, Os Irregulares de Baker Street acompanha um grupo de jovens marginalizados que, na Londres do século XIX, soluciona crimes sobrenaturais em nome do sinistro Dr. John Watson (Royce Pierreson) e seu enigmático parceiro, Sherlock Holmes (Henry Lloyd-Hughes). À medida que os casos se tornam aterrorizantes e que um poder sombrio surge em meio à sociedade vitoriana, a gangue deve se unir para derrotar forças maiores que a vida e que, inclusive, ameaçam dizimar a humanidade.

    ANÁLISE

    Diferente das histórias escritas por Doyle ao final do século XIX, em que víamos o inteligente e bem peculiar detetive solucionando casos que até então tinham um tom sobrenatural, Os Irregulares de Baker Street abraça tudo que o tradicional Sherlock Holmes fazia questão de desmascarar – o terror absoluto e incompreensível do sobrenatural.

    Os Irregulares de Baker Street

    A série tem início quando os jovens marginais Bea (Thaddea Graham), Jessie (Darci Shaw), Billy (Jojo Macari) e Spike (McKell David) são contratados por um conturbado John Watson para investigar o desaparecimento suspeito de 4 recém-nascidos. O desenrolar da série se mostra bem diferente do que foi mostrado no material fonte de Doyle, e coloca os protagonistas da série mergulhando de cabeça nos mistérios de uma Londres tomada por males que surgem a cada esquina. 

    Alguns mistérios e a descarada falta de Sherlock Holmes à trama, é sentida a todo momento. Mas é compreensível, pois narrativamente falando, um personagem estabelecido em tantas mídias diferentes, não precisa estar presente em uma trama em que ele não é o protagonista.

    VEREDITO

    Alguns dos mistérios da série e o desenvolvimento dos personagens se dão de maneira fluida, mostrando que alguns dos mistérios de Londres podem ser sim mostrados de maneira sobrenatural e profunda, com personagens que apresentam um novo tom à história de Sherlock Holmes.

    Ver os hábeis investigadores Holmes e Watson em meio à criaturas e ameaças sobrenaturais é um tanto interessante, apesar de não ser a praia deles. Elementos que foram apresentados nas histórias originais ainda estão presentes na série, que conta com um Sherlock Holmes mais caricato, mas mantém seu John Watson estoico e ainda mais misterioso do que nos livros originais. 

    A série uma ótima opção do gênero investigativo young adult, e tem tudo para agradar o público que se encantou com Enola Holmes, outro sucesso da gigante do streaming.

    Os Irregulares de Baker Street estreia hoje, 26 de março, na Netflix

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.