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    Noites Sombrias #5 | A Caçada: Um retrato da sociedade branca norte-americana

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    O Noite Sombrias dessa semana é sobre um dos filmes mais polêmicos dos últimos anos no que diz respeito à conjuntura política estadunidense. A Caçada (The Hunt), dirigido por Craig Zobel e, roteirizado por Damon Lindelof e Nick Cuse, põe a sociedade branca norte-americana sob a perspectiva do terror social. 

    Para compreender as polêmicas que rondam essa produção é preciso entender sobre o que o filme trata. Aqui, um grupo de americanos tradicionalistas e adeptos do Partido Republicano acordam no meio de uma floresta, amordaçados. Logo, eles descobrem que são a caça de um jogo hostil, onde a elite liberal e democrata são os caçadores.

    O filme estreou em março de 2020 com um forte boicote pelo próprio ex-presidente Donald Trump que acusou A Caçada de “colocar lenha na fogueira e provocar o caos“. Somado a isso estão os massacres ocorridos em Ohio e no Texas em agosto de 2019, que criaram um clima sombrio para o lançamento de um filme com várias mortes com armas de fogo. Em resposta, a Universal Pictures suspendeu a campanha promocional do filme. 

    Em entrevista ao The Entertainment, o roteirista Damon Lindelof disse que o tuíte de Trump tornou o filme radioativo e explicou como a ideia para a história surgiu de uma conversa entre amigos sobre teorias da conspiração. Mais especificamente, sobre a popularização da teoria Pizzagate que foi difundida em meio às eleições estadunidenses de 2016. 

    O grupo propôs o desafio de criar uma teoria tão absurda que ninguém pudesse acreditar, mas que se tornaria real. Dessa forma, A Caçada é a prova do quão ridículo teorias da conspiração podem ser. Logo, o que colide diretamente com a proposta apresentada no longa são as contemporâneas sátiras sociais que filmes de terror estão criando. 

    Obviamente, essa nova onda é fruto de uma leitura artística sobre as questões políticas, históricas e sociais que estamos vivendo. Dessa forma, seguindo seus sucessores, como Corra! (2017) e Bacurau (2019), ambos extremamente perspicazes ao tratar do algoz que a sociedade se tornou, A Caçada faz um discurso polarizado que expõe lados extremistas. 

    Liberais vs Deploráveis

    De ficção, o longa só tem o jogo de caça e caçador (por enquanto). Mas, é real quando satiriza uma elite americana que se enxerga politizada e educada, indo contra o discurso antidemocrático de Donald Trump enquanto aproveita comidas chiques e champanhes caros. Para esses, o filme dá o nome de “liberais”. 

    Enquanto, na outra ponta estão os americanos classe média e tradicionais chamados de “deploráveis”. Esses são conspiracionistas, racistas, misóginos, homofóbicos e apresentam um discurso de ódio. Porém, são a caça da vez. 

    Logo, percebe-se a inversão de perspectivas propostas por Lindelof e o diretor Craig Zobel. Se nas eleições de 2016, tivemos o infame Pizzagate que não passava de um delírio coletivo, em A Caçada os liberais criam o Manorgate, a teoria conspiracionista sobre uma caça aos americanos republicanos que se torna real. Dessa forma, o filme retrata a rachadura que começa a se formar na supremacia branca norte-americana.

    E não somente pelo falso bipartidarismo americano, a sociedade branca estadunidense sente cada vez mais a culpa recair sobre seus terríveis atos que geraram genocídios ao longe de épocas. Dessa forma, existe uma espécie de crise de identidade acontecendo no país livre. Se eles não são os “mocinhos”, então quem são?

    Em A Caçada, os liberais não passam de hipócritas que não se preocupam realmente com pautas sociais e políticas do mundo. Eles buscam uma falsa sensação de “politicamente correto”.  Logo, é notável que o longa se esforça para fazer uma crítica a apropriação e distorção que as elites fazem sobre questões sociais.

    Contudo, o risco do discurso apresentado no longa ser interpretado como uma espécie de “deboche” sob as minorias, debates democráticos e progressistas é forte. Primeiro, por excluir personagens não brancos tanto do grupo caçador, como do grupo caçado sob a retórica de “racismo”. Segundo por não sustentar os personagens do grupo chamado de “deploráveis” como a outra metade da supremacia branca. 

    A protagonista

    A medida que os filmes de terror social servem para falar da ansiedade interna e externa que o século XXI provoca. A Caçada se assemelha muito mais a uma frase de efeito que tanto a extrema direita quanto a extrema esquerda podem usar a seu bel prazer. Outro ponto, qualquer um que não seja norte-americano e branco, é capaz de assistir ao filme e sentir um sentimento de “mais do mesmo”.

    Porque, em certos aspectos, esse grupo não norte-americano e não branco já está acostumado com os discursos hipócritas e com os xingamentos preconceituosos. Logo, o que mais assusta no filme não são os grupos extremistas, mas a própria protagonista.

    Crystal interpretada por Betty Gilpin cai por engano naquela situação maluca e graças aos seus conhecimentos bélicos adquiridos no Afeganistão consegue sair viva dentre os dois lados.

    Dessa forma, Crystal não tem um “lado” e para sobreviver provoca uma verdadeira chacina. Logo, ela representa o discurso “isento” que mina as discussões políticas sob uma falsa visão de imparcialidade que visa garantir uma falsa sensação de segurança.

    Em A Divina Comédia, Dante Alighieri disse:

    “Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados aqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral.”

    Logo, quantas pessoas vivem sobre a falsa pretensão de não falar de politica e se autodeclaram “neutra”, mas nas urnas votam a favor dos seus próprios e já estabelecidos privilégios?

    Verdade seja dita: é melhor lutar com um inimigo conhecido que expõe seus pensamentos, do que com um inimigo calado que se diz em “cima do muro”.

    Esse artigo não representa a opinião do site e é de responsabilidade da autora.

    Assista nossa crítica em vídeo de A Caçada:

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    Gamer de 8 anos de idade apenas, assina contrato de US$ 33 MIL!

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    Fortnite é um dos jogos de maior sucesso da atualidade, arrecadando milhões de dólares todos os anos. E a prosperidade do título não tem trazido benefícios somente para sua desenvolvedora, a Epic Games, como também para os jogadores de maior destaque. Um deles, o jovem Joseph Deen, que tem somente oito anos, acabou de conseguir um contrato de US$ 33 mil (R$ 184 mil na cotação atual) para ser um pro-player do jogo. Joseph foi contratado em dezembro de 2020 para integrar o elenco da equipe americana de e-Sports Team 33. Em entrevista dada ao site da BBC, o jovem falou que seu sonho era ganhar a vida sendo jogador profissional de videogame, porém “ninguém me levou a sério até o Team 33 entrar em contato”.

    O jovem foi descoberto por um olheiro da Team 33, que logo que percebeu o talento de Joseph, entrou em contato com o fundador e diretor da equipe de e-Sports para contratar o jovem jogador. A única coisa engraçada por trás de toda negociata é que Fortnite é um game indicado para adolescentes, e os torneios oficiais com premiações em dinheiro restringem a participação dos jogadores para maiores de 13 anos. Dessa forma, a Team 33 contratou o garoto pensado no futuro, acreditando que Joseph é um talento bruto que ainda precisa ser refinado. E mesmo Fortnite sendo um game com grande popularidade, há diversas outras alternativas tão divertidas quanto, e dá para aproveitar os sites com bônus de cassinos online e conhecer diferentes modalidades de jogos ou até mesmo aumentar seu saldo sem ter que gastar muito com isso.

    Já o salário de Joseph pode parecer bastante impressionante, principalmente se levarmos em consideração a sua idade. Mas, há diversos outros gamers que faturam muito mais que o garoto, e as cifras são impressionantes. Alguns desses jogadores já se tornaram milionários, principalmente ao utilizar plataformas como a Twitch ou o YouTube para postar seus conteúdos ou fazer streamings. Dessa forma, separamos alguns gamers que arrecadaram uma grande quantia de dinheiro nos últimos anos.

    Tyler “Ninja” Blevins: Com somente 29 anos, Ninja é um dos jogadores mais proeminentes da internet. Ele começou a realizar streamings ainda em 2011 no seu canal da Twitch e logo se tornou um fenômeno do Fortnite, e sua popularidade é tão grande que chegou a jogar algumas partidas com o rapper Drake. E, somente no ano de 2019, Ninja conseguiu faturar US$ 17 milhões – o seu sucesso foi tanto que ele chegou a estampar a ESPN The Magazine.

    Mark “Markiplier” Edward Fischbach: O gamer tem um dos canais de maior popularidade do nicho no YouTube, e em 2019 ele conseguiu angariar a bagatela de US$ 14 milhões. Logo no início do seu canal do YouTube, ainda em 2012, ele produzia conteúdos relacionados a jogos de terror indies e alguns outros sucessos como o Resident Evil 3 Remake, Five Nights at Freddy’s e Subnautica. Posteriormente, Markiplier passou a criar vídeos humorísticos e também transmitir streamings na Twitch.

    Felix “PewDiePie” Kjellberg: O sueco é um fenômeno do YouTube e começou sua trajetória na plataforma em 2010 – sendo que já foi o produtor de conteúdo com mais inscritos no YouTube, ultrapassando os 107 milhões. Em 2019, ele chegou a faturar US$ 15 milhões com seus vídeos e vlogs humorísticos e suas gameplays de jogos como Minecraft, Fall Guys, Ghost of Tsushima e PUBG Mobile.

    Seán “Jacksepticeye” William McLoughlin: O gamer irlandês faz sucesso em diversas plataformas, com seus vídeos com teor humorístico, além das gameplays de Minecraft, Doom Eternal, Sekiro: Shadows Die Twice, Among Us, etc. Além disso, ele tem uma marca de roupas própria que criou em parceria com Markiplier. Juntando todos os seus negócios, Jacksepticeye já conseguiu angariar mais de US$ 11 milhões em somente um ano.

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    Marvel’s Avengers: Veja tudo sobre a nova atualização

    Marvel’s Avengers ainda precisa fazer muito antes de se tornar tudo o que os jogadores esperavam que ele fosse e a próxima grande atualização parece seguir no caminho certo.

    A atualização Hawkeye terminará a história que teve início na DLC de Kate Bishop enquanto tornará Clint Barton um personagem jogável. Clint contará com diversas skins alternativas e um novo vilão para lutar contra; mas se você acha que a DLC do Gavião Arqueiro será a única que ficará disponível no dia 18, você está muito enganado. Pois algumas mudanças não relacionadas à DLC foram anunciadas!

    O game finalmente contará com algumas funções que foram pedidas pelos fãs há muito tempo na próxima atualização, com upgrades da próxima geração ficando disponível também.

    Apesar de não ser suficiente para trazer de volta os jogadores que deixaram o game de lado, essa é a maior atualização de Marvel’s Avengers que os fãs viram até agora.

    Se os jogadores estão interessados em dar uma segunda chance, ou até mesmo uma primeira chance, aqui está tudo que você pode esperar do game na próxima atualização, que estará no ar na próxima quinta.

    CLINT BARTON JOGÁVEL E DIVERSAS SKINS ESPECIAIS

    Marvel's Avengers: Veja tudo que será lançado na nova atualização

    A maior parte da atualização Hawkeye, é de fato o Gavião Arqueiro. O moveset do personagem no game conta com diversos tipos de flechas, incluindo flechas de cura, foguetes, flechas de rastreamento e até mesmo um lançamento de uma barragem de poderosas flechas.

    Clint também pode usar seu arco como forma de locomoção, permitindo uma velocidade incrível de movimentação nos mapas.

    O ataque corpo a corpo também permite portar sua espada, com as habilidades de curta distância fazem referência ao tempo em que o personagem foi o Ronin nos quadrinhos.

    Falando de Ronin, o alter ego ninja será uma das muitas skins de Clint Barton que os jogadores podem desbloquear. Pelo Passe de Batalha e na loja, os fãs poderão coletar algumas skins originais do Gavião Arqueiro assim como algumas referências aos quadrinhos.

    A camisa do traje na run dos quadrinhos de Matt Fraction estará no game, apesar de seu melhor traje fazer uma referência a versão Ultimate do personagem.

    Old Man Hawkeye é outra skin inspirada nos quadrinhos, apesar de seu traje padrão ser completamente original. A outra skin conhecida é chamada de “Olho de Ferro”, que mostra Clint com um traje futurista, com uma armadura que lembra muito a de Tony Stark.

    UM NOVO BIOMA E UM NOVO VILÃO EM MARVEL’S AVENGERS

    A história do Gavião Arqueiro será uma continuação narrativa da expansão de Kate Bishop, levando Clint a um futuro pós-apocalíptico discutido ao longo da DLC.

    Os jogadores jogarão como Old Man Hawkeye, assim como um Clint mais jovem, com o cachorro Sortudo, fazendo uma aparição também.

    O futuro destruído será um enorme deserto onde costumava ter uma cidade, com corpos Kree espalhados pela área. Chamado de Wasteland, os jogadores explorarão a localização ao longo da história do Gavião Arqueiro.

    Os jogadores encontrarão um novo boss na expansão e missões do Setor do Vilão, com ninguém menos que Maestro se juntando a lista de personagens. Uma versão perturbada do Hulk de um futuro distante, esse vilão conta com a mente de Bruce Banner, mas nunca deixa sua forma do Hulk.

    Governando a Wasteland como um rei bizarro, esse antagonista é uma das versões mais interessantes do Hulk dos quadrinhos.

    SALAS HARM CUSTOMIZADAS E REPLAY DA HISTÓRIA

    Marvel's Avengers: Veja tudo sobre a nova atualização

    Apesar da DLC e Clint Barton ser a parte principal da próxima expansão, Marvel’s Avengers também dará aos fãs uma nova função da Sala HARM.

    Seguindo em frente, os fãs poderão customizar as missões baseadas em ondas, criando variações especiais e desafios próprios. Os jogadores poderão colocar determinados inimigos, AIM bots, e até mesmo um desafio mais complicado na forma de uma arena cheia de adaptóides.

    Os jogadores poderão aumentar o número de inimigos com facilidade, assim como aplicar buffs e perigos em cada luta. Apesar do layout da Sala HARM não poder ser alterado, esse é um começo interessante para a mais nova função do game.

    Apesar de alguns jogadores pedirem por mais conteúdos da Sala HARM, o número se comparada à aqueles que pedem por um replay na campanha. Felizmente, os fãs não precisam esperar mais por isso, já que a tão esperada função estará disponível junto do conteúdo do Gavião Arqueiro em 18 de março.

    Dando à personagem Kamala Kham uma incrível apresentação enquanto destaca personagens como Bruce Banner, o modo história é amplamente considerado uma das melhores coisas de Marvel’s Avengers. Assim sendo, os fãs do game devem ficar felizes por terem enfim a chance de recomeçar a campanha sem criar um novo salvamento e perdendo todo o conteúdo que deram tanto trabalho para conseguir.

    UPGRADE DA PRÓXIMA GERAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE SAVES

    Marvel's Avengers

    Finalmente, a saga Futuro Imperfeito  será acompanhada da atualização Hawkeye para a próxima geração. Atrasado em alguns dias, os jogadores estavam esperando pela atualização para PlayStation 4 e Xbox Series X há algum tempo.

    Felizmente, esses upgrades melhorarão o tempo de carregamento do game. Com o tempo de loading sendo um ponto negativo nas versões do game de PS4 e Xbox One, essa atualização é necessária.

    O game também contará com melhores texturas, modelagem dos personagens melhoradas, resolução 4K, e 60 FPS – tudo isso, fará o game parecer ainda melhor do que atualmente.

    Com essas melhorias para a próxima geração vem a transferência de saves. A Crystal Dynamics revelou que o processo será fácil.

    Sabendo que os jogadores vão manter seus salvamentos do PS4 e Xbox One, é uma grande vantagem, e isso permitirá que os jogadores pulem para os novos conteúdos com facilidade.

    Além disso, com as recentes mudanças controversas no XP, muitos jogadores experientes não ficariam muito felizes em começar uma campanha do zero.

    Com a chegada de muitos personagens novos no futuro, Marvel’s Avengers conta com uma nova atualização que pode ser extremamente importante para o futuro da Crystal Dynamics e do game que cresce a cada atualização.

    Marvel’s Avengers está disponível para PC, PS4, PS5, Google Stadia, Xbox One e Xbox Series X | S.

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    CRÍTICA – The One (1ª temporada, 2021, Netflix)

    The One é a nova série original da Netflix que estreia no dia 12 de março. Baseada no livro homônimo escrito por John Marrs, a produção apresenta uma realidade onde os “matchs” entre casais são feitos via análise de DNA e garantem que você encontrará o seu único e verdadeiro amor eterno.

    SINOPSE

    Pesquisadores de DNA descobrem uma maneira de encontrar o parceiro perfeito, dando início assim a um revolucionário novo serviço de encontros.

    ANÁLISE

    Você trocaria um relacionamento feliz e saudável pela oportunidade de encontrar o seu verdadeiro e único amor? E você faria isso mesmo que significasse uma mudança completa na sua vida?

    Amor verdadeiro produzido por meio de estudo científico. Teria como dar errado? Aparentemente sim. Com consequências infernais para boa parte das pessoas que se inscrevem no programa, The One mostra a saga dos seres humanos em nunca estarem satisfeitos com nada e sempre empurrarem a culpa por suas frustrações para outras pessoas.

    Com a trama principal focada em Rebecca (Hannah Ware), a criadora da empresa de matchings científicos, o seriado nos conduz por uma jornada de suspense e drama a cada novo desdobramento. Em 8 capítulos, com média de 40 minutos cada, acompanhamos os primeiros estágios da pesquisa, e como Rebecca e James (Dimitri Leonidas) conseguiram transformar um sonho em uma empresa milionária.

    Além dessa primeira trilha, acompanhamos também tramas paralelas. Seja por meio da história de Kate (Zoë Tapper) ou com o drama de Hannah (Lois Chimimba), todas as situações estão conectadas ao sistema da The One, garantindo explicações sobre seu funcionamento e suas consequências nas vidas das pessoas.

    O que me chamou a atenção e me fez querer assistir ao seriado foi a sua premissa. A sua essência lembra muito o primeiro episódio de Weird City, produção original do YouTube, que também mostra um site de relacionamentos que usa material genético para criar as combinações. A ideia é extremamente interessante e abre diversas possibilidades de acontecimentos.

    O seriado possui um ritmo muito instigante até o quinto episódio. A partir daí, talvez para prolongar o ápice da trama até o oitavo, vemos uma repetição de cenas desnecessárias (deslocamentos de carro, cenas de transição em escritórios etc) e de situações que poderiam ser encurtadas, focando na trama principal. As voltas do roteiro de Howard Overman desembocam em um final cheio de ganchos, mas simplista.

    Talvez nada disso fosse um problema se os personagens fossem mais carismáticos. É difícil criar alguma identificação com o elenco, mesmo que haja todo tempo possível para que essa conexão aconteça. O mais perto de criarmos alguma empatia está nos personagens já mencionados de Chimimba e Leonidas, além do Matheus interpretado por Albano Jerónimo.

    CRÍTICA – The One (1ª Temporada, 2021, Netflix)

    Provavelmente temos essa sensação porque a Rebecca de Hannah Ware é muito aquém do esperado. Com o grande protagonismo da série voltado para si, a atriz não entrega nada de especial, desperdiçando oportunidades.

    Apesar desses pontos negativos, vale ressaltar as boas reviravoltas da trama e a grande diversidade dentre o cast de coadjuvantes. A série é bem inclusiva, trazendo personagens de diversas localidades, mesclando vários sotaques. A trilha sonora também auxilia em muitos momentos.

    VEREDITO

    The One é um bom entretenimento com uma proposta macabra estilo Black Mirror. Mesmo com uma primeira temporada um pouco morna, a série pavimenta o caminho para um possível segundo ano mais interessante e sólido.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer:

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    TBT #115 | Capitão América: O Soldado Invernal (2014, Joe e Anthony Russo)

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    Capitão América: O Soldado Invernal é o terceiro filme da Fase 2 da Marvel Studios e o segundo do Sentinela da Liberdade, trazendo novamente Chris Evans no papel principal e fazendo a estreia de Joe e Anthony Russo na direção (Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato).

    SINOPSE

    Steve Rogers/Capitão América (Chris Evans) está se habituando ao novo mundo do qual faz parte, visto que agora está realizando missões na S.H.I.E.L.D. e tentando viver sua vida. Entretanto, um vilão soviético faz nosso herói relembrar seu passado e trazer de volta memórias dolorosas.

    ANÁLISE

    Capitão América: O Soldado Invernal é o grande thriller de ação do Universo Cinematográfico Marvel, pois apresenta diversos elementos de obras de espionagem. Sua trama conta com reviravoltas mirabolantes, questões políticas muito bem elaboradas, visto que apresentam o medo exacerbado que os norte americanos tem do resto do mundo. Os contrapontos são Rogers, Natasha Romanoff/Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Nick Fury (Samuel L. Jackson) que estão verificando o que há de errado na S.H.I.E.L.D, embora não saibamos quem tem intenções reais de fazer o bem.

    O longa de 2014 é umas grandes reviravoltas do UCM, uma vez que vemos que a Hydra está infiltrada dentro da companhia. O fato afeta diretamente o universo inteiro de séries e filmes, algo corajoso e arrojado.

    As cenas de ação são o suprassumo de filmes de super-heróis, pois as coreografias de luta são de cair o queixo, algo que apenas foi igualado na cena de Batman em Batman vs Superman: A Origem da Justiça dois anos depois.

    O roteiro do filme é forte e tão bem estruturado que lembra muito A Identidade Bourne. Se não houvesse um super-herói, Capitão América: O Soldado Invernal funcionaria tranquilamente como um filme de espionagem de qualidade.

    Anthony e Joe Russo foram cirúrgicos em diversos momentos do longa, pois acertam em muitos detalhes e nas boas atuações, trazendo um clima bastante preciso em sua direção. O fato de apresentar pessoas que querem se encaixar num novo mundo foi bem realizado, além dos personagens que são mostrados de forma natural e fluída na história como Sharon Carter, Bucky Barnes/Soldado Invernal e Sam Wilson/Falcão, por exemplo.

    VEREDITO

    Capitão América: O Soldado Invernal é um excelente filme de ação e super-heróis, uma vez que funciona nos dois lados. 

    Com uma história envolvente, bons personagens e roteiro forte, por exemplo, Joe e Anthony Russo se superaram e nos deram o melhor filme do UCM.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer:

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    Máquina de Combate: Conheça James Rhodes, o parceiro do Homem de Ferro

    Máquina de Combate é o alter ego de James Rupert Rhodes, um super-herói do Universo Marvel que utiliza uma armadura de alta tecnologia construída por seu amigo Tony Stark, o Homem de Ferro.

    O personagem criado por David Michelinie e Bob Layton teve sua primeira aparição na HQ Iron Man #118, em janeiro de 1979; mas com sua armadura foi somente treze anos depois, em Iron Man #284, em setembro de 1992.

    ORIGEM

    James Rhodes nasceu na Filadélfia, Pensilvânia. Ele conheceu Tony Stark enquanto voava em missões de combate no Vietnã. O helicóptero de Rhodes foi abatido por foguetes vietcongues e, enquanto tentava colocar a aeronave no ar novamente, ele encontrou Stark em um volumoso protótipo de armadura motorizada. Naquele momento, os vietcongues atacaram e Tony, em sua armadura, ajudou a expulsá-los. Juntos, Rhodes e Stark fizeram o seu caminho para uma base inimiga próxima, onde roubaram outro helicóptero, voando de volta para as linhas americanas.

    Após o fim da Guerra do Vietnã, Tony Stark, que secretamente se tornou o super-herói chamado Homem de Ferro, ofereceu a James Rhodes um emprego como seu piloto pessoal, e Rhodes logo se tornou um dos associados mais próximos e confidentes de Stark, bem como oficial de aviação das Indústrias Stark. Como resultado, ele teve inúmeras aventuras com seu empregador, onde sua ousadia e suas habilidades eram bens valiosos.

    James Rhodes assumiu o manto do Homem de Ferro por algum tempo, e voltaria a usar este traje no futuro. Quando Stark voltou ao alcoolismo, Rhodes assumiu o comando do Traje de Batalha de Resposta a Ameaça Variável (Máquina de Combate).

    PODERES E HABILIDADES

    Rhodes serviu em várias viagens no sudeste da Ásia, estudando enquanto estava a serviço para se tornar um engenheiro de aviação.

    Além de um Engenheiro qualificado, James Rhodes é um piloto de helicóptero habilidoso e capaz de manobrar a maioria, senão todas as armaduras projetadas por Tony Stark.

    Graças ao intenso treinamento militar, Rhodes é um estrategista habilidoso, combatente corpo a corpo muito hábil, um atirador excelente e pode sobreviver em diversos ambientes considerados hostis.

    EQUIPES E AFILIAÇÕES

    O Tenente Coronel da Força Aérea dos EUA, já teve muitas funções ao longo dos anos, entre elas: Piloto das Indústrias Stark, membro fundador dos Vingadores da Costa Oeste e já participou de grupos como o Esquadrão Sentinela, a Legião de Ferro, dos Defensores Secretos, da S.H.I.E.L.D. e dos Vingadores.

    CURIOSIDADES

    Depois de ser ferido gravemente, Rhodes foi reconstruído como um ciborgue por Tony Stark. As atualizações de seu corpo incluíram membros artificiais feitos de vibrânio e ciberware de titânio, suporte de vida implantado cirurgicamente em sua cavidade torácica, olho substituto biônico e circuitos reguladores cerebrais implantados em seu cérebro. Juntas, essas cibernéticas forneceram a ele uma série de novos recursos. Como por exemplo:

    • War Machine Super-Armor: O traje agora é um exo-frame construído em torno dos componentes cibernéticos existentes em Rhodes. Em circunstâncias normais, pode parecer um conjunto normal de armadura Stark, disfarçando a extensão dos ferimentos de Rhodey, mas é muito mais que isso;
    • Memória Eidética: Rhodes possuía memória de armazenamento e recuperação de dados semelhante a um computador;
    • Technoforming: Jim Rhodes também foi capaz de assimilar máquinas e tecnologia, incorporando sistemas externos em sua estrutura de Máquina de Combate, sendo realizado por meio de bloqueios magnéticos e programas de computador invasivos para vincular física e ciberneticamente os sistemas aos seus;
    • Fonte de energia: Como o Homem de Ferro original, o James Rhodes dependia de sua armadura para sobreviver. O que restou de seu corpo orgânico dependia do suporte cibernético de vida, que por sua vez extraía energia do exo-frame do Máquina de Combate; ou seja, Rhodey precisava manter sua armadura carregada para manter sua saúde.

    OUTRAS MÍDIAS

    VÍDEOGAMES

    Rhodes é um personagem jogável nos games Marvel vs. Capcom (1998), Marvel vs. Capcom 2: New Age of Heroes (2000) e Marvel vs Capcom 3: Fate of Two Worlds (2011); além dos games:

    • Homem de Ferro (2008);
    • Marvel Ultimate Alliance 2 (2009);
    • Marvel Super Hero Squad (2009);
    • Homem de Ferro 2 (2010);
    • Marvel: Avengers Alliance (2012);
    • LEGO Marvel Super Heroes (2013);
    • Disney Infinity: Marvel Super Heroes (2014);
    • Marvel Heroes (2015);
    • Marvel Contest Of Champions (2015);
    • Marvel Future Fight (2015) e
    • LEGO Marvel’s The Avengers (2016).

    TV

    James Rhodes já apareceu nas séries animadas dos X-Men, Homem de Ferro e Homem-Aranha, The Super Hero Squad Show; além das minisséries O Incrível HulkO Invencível Homem de Ferro

    CINEMA

    Terrence Howard e Don Cheadle.

    A aparição de Rhodes acontece já no primeiro filme da Fase 1 do Universo Cinematográfico Marvel, em Homem de Ferro (2008), onde é interpretado por Terrence Howard; mas o personagem não veste a armadura de Tony Stark (Robert Downey Jr).

    Em Homem de Ferro 2 (2010), o ator Don Cheadle substitui Terrence Howard no papel de James Rhodes, que começa a ser mais ativo na nova vida de Tony como Homem de Ferro. E aqui conhecemos o Máquina de Combate da Marvel Studios.

    O personagem retornou ao UCM em mais 5 filmes:

    Don Cheadle irá novamente interpretar James Rhodes, o Máquina de Combate, na série original do Disney+: Falcão e o Soldado Invernal que estreia no dia 19 de março de 2021.

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