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    CRÍTICA | A Liga Extraordinária – Século Integral (2020, Devir)

    A Liga Extraordinária – Século Integral é uma HQ criada por Alan Moore e distribuída no Brasil pela editora Devir.

    SINOPSE

    Liderados por Mina, a Liga Extraordinária está enfrentando uma ameaça de apocalipse na Terra nas mãos de Oliver Haddo. Agora o grupo tem que derrotá-lo antes que ele ache um herdeiro para seu terrível legado.

    ANÁLISE

    A Liga Extraordinária – Século Integral tem diversos pontos interessantes em seu sub-texto. Discussões relevantes como a nossa mortalidade e o que o tempo faz conosco estão sempre em destaque dentro das entrelinhas da trama fantástica.

    Na figura de Mina e Orlando, vemos dois contrapontos da mesma figura, pois os dois são praticamente imortais. O fato de Mina sempre tentar se atualizar perante uma nova geração é algo muito mundano.

    A HQ tem traços incríveis, com expressões fortes de seus personagens e cores que seguem muito bem os padrões de cada época retratada. A psicodelia dos anos 60 na era hippie merece um elogio á parte, pois salienta muito bem a Era de Aquário e o movimento hippie.

    O sexo também está muito presente, uma vez que a nudez e a liberdade sexual da época é retratada muito bem, assim como nos anos 80 com o movimento punk. A Liga Extraordinária – Século Integral traz uma forte mensagem política com misticismo, algo que é muito divertido.

    Com a música como um dos pilares, A Liga Extraordinária – Século Integral nos apresenta uma trama quase sensorial, pois é muito imersiva no estilo das obras de Sherlock Holmes de Arthur Conan Doyle com seus mistérios intrigantes e uma viagem no tempo.

    VEREDITO

    A Liga Extraordinária – Século Integral é divertida, envolvente e sabe muito bem a que veio. Com um texto irreverente e bons elementos, dá um novo fôlego para as histórias do excêntrico grupo.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Editora: Devir

    Autor: Alan Moore

    Páginas: 306

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    CRÍTICA | WandaVision: S1E2 – Não Mude de Canal

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    O episódio Não Mude de Canal de WandaVision se mostra tão incrível quanto o primeiro, Gravado ao Vivo com Plateia, e mergulha de cabeça nas referências a série A Feiticeira (Bewitched) de 1964. Enquanto conhecemos melhor a história de Wanda e Visão, acompanhamos as referências da série serem atualizadas para os anos 60.

    SINOPSE

    Em um esforço para se encaixar, Wanda (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) realizam um ato mágico em seu show de talentos da comunidade.

    ANÁLISE

    Assim como apresentado no primeiro episódio, muito do que era produzido nos anos 50 para a TV não contava com cenas externas – seja pelo valor da produção, ou pela qualidade das câmeras.

    Muito de WandaVision, e do mote da série, parece saber fazer bom proveito do que nossos pais e avós viam na TV nos anos 50, 60, ou até mesmo posteriormente, já que grande parte das produções norte-americanas chegavam ao Brasil com muitos anos de diferença. É uma homenagem direta aos programas de televisão antigos.

    CRÍTICA | WandaVision: S1E2 – Episódio 2

    Mergulhando mais profundamente na história de WandaVision, em Gravado ao Vivo com Plateia vemos que o mundo criado por Wanda tem evoluído lentamente, ganhando uma história com maior profundidade. Novos personagens mostram que o mundo de Wanda pode ser perfeito apenas para ela, que busca uma forma de escapar da sua dolorosa realidade.

    Sem “monstros da semana”, ou ameaças a serem enfrentadas prontamente, WandaVision se encaminha para uma série concisa que ao longo de seus episódios, deixa pistas por todos os cantos, de onde quer chegar.

    O fato de Wanda ser a criadora daquele pequeno universo em que está inserida, a faz ter “pleno” controle de sua bolha de realidade que parece aos poucos se desgastar, recebendo cada vez mais influência externa.

    Apesar de nada ser perfeito naquele universo, alguns elementos apontam que Wanda não é a única responsável por aquilo, mas sim, pode estar sendo influenciada.

    O segundo episódio amplia as discussões, pois enquanto somos lançados em conflitos de um Visão que tem como intuito agir como um ser humano, Wanda parece ser a mulher perfeita, ou a dona de casa perfeita, de uma realidade ou passado que não mais condiz com o que ela viveu.

    Assim como grande parte do mundo, nós brasileiros somos consumidores de tudo o que é produzido nos Estados Unidos, e eu não duvido que parte dos moradores da nação fictícia de Sokovia fizesse o mesmo consumo de séries, filmes e afins.

    CRÍTICA | WandaVision: S1E2 – Episódio 2

    O fato de existir uma realidade que Wanda pode dobrar ao seu bel-prazer, a faz ser tanto uma deusa, como um diabo, que manipula todos os seres de acordo com sua vontade ou da forma como sua ilusão de mundo perfeito e deturpado a permite.

    VEREDITO

    CRÍTICA | WandaVision: S1E2 – Episódio 2

    Alterando o rumo para sempre do Universo Cinematográfico Marvel, WandaVision é uma das melhores surpresas do Disney+ e se aproveita do tempo que séries de TV tem para desenvolver tranquilamente seus personagens e enredo, dando mais um espaço para a série da Marvel ser tudo que ela não pôde ser enquanto se limitava à fórmula do cinema.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    Feiticeira Escarlate: Conheça mais de Wanda Maximoff

    Visão: Conheça o sintozoide da Marvel

    Assista ao trailer:

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    Conheça Yelena Belova, a segunda Viúva Negra

    Yelena Belova foi a segunda Viúva Negra da Era Moderna dos Quadrinhos; criada por Devin Grayson e J.G. Jones, apareceu pela primeira vez em Inhumans – Vol.2 #5 (Março de 1999). Porém seu histórico só foi detalhado em Black Widow: Pale Little Spider #1-3 (de Junho a Agosto de 2002).

    ORIGEM

    Aos 15 anos, Yelena Belova foi escolhida para o treinamento como uma potencial Viúva Negra. Sua antecessora Natalia Romanova não era mais leal à Rússia. 

    Yelena foi treinada por uma década na Sala Vermelha – uma academia para agentes de inteligência – pelos mesmos mestres que treinaram Natasha Romanoff, ela foi treinada para ser uma espiã e assassina amoral.

    Após a morte de seu treinador, Pyotr Vasilievich Starkovsky, ela é ativada como a nova Viúva Negra. Ao ser enviada em uma investigação, Yelena, apreende e elimina o assassino sem saber que tanto o assassinato quanto a investigação faziam parte de uma manobra para fazê-la se afirmar como a nova Viúva Negra.

    Natasha tem um grande afeto por Yelena e sempre se refere a ela como “pequenina” e “russkiya“, que significa “russa”, e a encoraja a encontrar o que a torna única e sua identidade pessoal, em vez de se dedicar cegamente à sua nação.

    Natasha Romanoff submete Yelena Belova a uma manipulação cruel, mas necessária, a fim de destruir suas ilusões sobre o título de Viúva Negra e ensiná-la a realidade da indústria da espionagem. Então Romanoff usa Belova para derrotar seu chefe, ela vai trabalhar com Nick Fury e a S.H.I.E.L.D. em uma missão.

    De um lado, Yelena lutava para manter sua identidade. Do outro, Natasha faz com que o superior de Yelena, Yuri Stalyenko, revele seus planos de roubar armas nucleares. E assim Natasha Romanoff mostra para Yelena Belova que ela estava sendo usada como um peão dispensável.

    As duas se unem pra derrubar Stalyenko, mas Belova acaba sua parceria com Romanoff por estar ressentida. Mais tarde Yelena acaba se aposentado em Cuba, onde se torna uma grande empresária e modelo de sucesso.



    PODERES E HABILIDADES

    Como dito antes, Yelena Belova foi treinada na Sala Vermelha junto de Natasha Romanoff e as duas têm os mesmo tipos de habilidades.

    Yelena é uma ótima atiradora e hacker. Além de multilíngue, mestre em sedução, mestre em artes marciais e perita em espionagem.

    Tem grande habilidade acrobática e é especialista em táticas e alto condicionamento atlético.

    Seu traje de Viúva Negra é reforçado com Kevlar, dando-lhe alguma resistência a balas, embora o impacto ainda pudesse machucá-la, além de também utilizar os típicos braceletes das Viúvas Negras permitindo-lhe descarregar explosões elétricas como sua “mordida da viúva”.



    EQUIPES

    Um bom tempo depois, Yelena é chamada de volta a ativa e se envolve em uma mineração de Vibranium na Terra Selvagem, Antártica. Então os Novos Vingadores juntos da S.H.I.E.L.D. entram em confronto e Yelena sai de lá gravemente ferida. Neste momento Yelena é acolhida pela Hydra que tinha como promessa ajudá-la.

    Yelena Belova ainda lutou ao lado de uma equipe de super-heróis chamada Vanguarda.



    CURIOSIDADES

    A missão em que Natasha Romanoff e Yelena Belova atuaram junto com Nick Fury e a S.H.I.E.L.D. foi necessária uma cirurgia de troca de aparência. Isso mesmo, as duas trocam seus rostos cirurgicamente!

    Em New Avengers Annual #1 (Junho de 2006), Yelena apareceu mutada pela A.I.M. (Advanced Idea Mechanics, ou em português Ideias Mecânicas Avançadas) como  um novo super-adaptoide, aparentemente agindo sob os comandos da Hydra

    Como a super-adaptoide, Yelena Belova adapta os poderes dos outros ao seu redor. Os limites dos poderes que ela pode adaptar simultaneamente permanecem desconhecidos. O Super-Adaptoide original poderia adaptar os poderes de até oito indivíduos em suas primeiras aparições. Essa limitação acabou sendo abandonada à medida que sua memória cresceu em capacidade.

    Ela foi capaz de adaptar simultaneamente os poderes de Luke Cage, Homem de Ferro, Ms. Marvel, Sentinela, Homem-Aranha, Mulher-Aranha e Wolverine.

    Yelena pode adaptar poderes sobre-humanos, aprimoramentos tecnológicos e várias habilidades físicas.



    APARIÇÕES

    Yelena Belova já apareceu na série animada Vingadores Unidos e foi dublada por Julie Nathanson, além das animações Vingadores: A Revolução de Ultron e Vingadores Guerras Secretas.


    A personagem apareceu também em jogos de videogame, tais como The Punisher: No Mercy, Marvel Ultimate Alliance, Marvel Puzzle Quest e Marvel Heroes como traje alternativo para Natasha Romanoff.

    No cinema, Yelena irá estrear sua primeira versão live-action no filme solo da Viúva Negra, interpretada pela atriz Florence Pugh. O próximo filme do Universo Cinematográfico Marvel chega aos cinemas em 21 de Outubro.



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    CRÍTICA | WandaVision: S1E1 – Gravado ao Vivo com Plateia

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    WandaVision é a primeira série focada no Universo Cinematográfico Marvel original Disney+. Muitos podem apontar que Lendas da Marvel é a primeira produção original do streaming, mas Lendas não passa de recortes de filmes anteriores em que os personagens estão presentes.

    WandaVision teve dois episódios divulgados em sua primeira semana e os próximos serão liberados semanalmente.

    SINOPSE

    Wanda (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) lutam para esconder seus poderes durante o jantar com o chefe de Visão e sua esposa.

    ANÁLISE

    O primeiro episódio da série faz referência as sitcoms de comédia dos anos 50, como Leave it to Beaver, I Married Joan, Father Knows Best, The Donna Reed Show e muitas outras, nos deixando abismados nos quesitos roteiro, edição e direção, pois facilmente parecem nos lançar para as produções da época.

    Como algumas pessoas podem apontar, WandaVision parece ter um toque de A Feiticeira, com seus efeitos práticos que na época deixavam nossas mães e pais de boca aberta. Entretanto, tenha em mente que A Feiticeira foi lançada apenas na década seguinte ao período ilustrado no primeiro episódio.

    CRÍTICA | WandaVision: S1E1 - Episódio 1

    Uma referência a I Love Lucy mostra a influência da série lançada em 1951 até mesmo no material produzido hoje, tendo servido como inspiração para séries contemporâneas como Will & Grace, American Gods (o livro e a série), assim como WandaVision.

    O episódio Gravado ao Vivo com Plateia nos deixa tão curiosos com o rumo que a produção tomará, ao ponto de ficarmos sabendo tanto quanto nossos personagens centrais; ou seja: nada.

    CRÍTICA | WandaVision: S1E1 - Episódio 1

    Wanda Maximoff, uma personagem estabelecida tanto nos quadrinhos, quanto nas animações, nos apresenta sua nova faceta no Universo Cinematográfico Marvel com seu poder de alterar a realidade a seu bel-prazer.

    Ok, ela não faz isso intencionalmente, mas assim como sua contraparte nos quadrinhos, nos lança em seu emaranhado de realidades, como uma fuga de uma realidade dolorosa e quase inaceitável.

    VEREDITO

    CRÍTICA | WandaVision: S1E1 - Episódio 1

    No episódio, Visão é o clássico paspalhão das sitcoms dos anos 50, que acaba por forçar uma identificação com o estereótipo do marido distraído, ou do androide que não faz ideia de como chegou onde está.

    Apesar do primeiro episódio não revelar muito sobre o que estamos testemunhando, no final dele, podemos ver algumas referências clássicas dos quadrinhos.

    Uma delas é a influência de uma organização já citada aqui no Feededigno, a E.S.P.A.D.A., agência de inteligência terrestre que tem como intuito impedir qualquer ataque alienígena, como aconteceu em 1995 no final do filme da Capitã Marvel com a invasão Skrull – que não foi bem uma invasão.

    O episódio Gravado ao Vivo com Plateia de WandaVision se mostra tão divertido quanto assustador. O seriado foge do esquema de câmeras fixas nos personagens apenas quando aquela realidade parece prestes a se quebrar ou quando são questionados acerca de sua história, e de como eles chegaram ali.

    Nesses momentos há uma quebra do molde dos anos 50, nos levando diretamente àquele ponto da história em que estamos descobrindo o que aconteceu com Wanda e Visão após os acontecimentos de Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato.

    Os dois primeiros episódios de WandaVision estão disponíveis no Disney+ e nos colocam no caminho para Doutor Estranho e o Multiverso da Loucura, enquanto mergulhamos na mente de Wanda e seu “mundo perfeito”.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

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    Zoey’s Extraordinary Playlist é a série que você não sabia que precisava

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    O ano de 2020 foi um desafio para a maioria das pessoas e também para as produções televisivas. Mas, há de se notar, o sucesso de algumas séries que tiveram a coragem de estrear durante uma pandemia. É o caso de Zoey’s Extraordinary Playlist que talvez por sorte ou pura estratégia ganhou prestígio ao falar de otimismo e bom humor em uma época tão desanimadora.

    A série que estreou sua primeira temporada em janeiro do ano passado não viu a pandemia em si, mas foi fortemente afetada de forma positiva. Agora em 2021, a estreia de sua segunda temporada revela um público fiel adquirido através da internet. Mas, o fato é que Zoey’s Extraordinary Playlist estava fora de radar. Visto que, os tempos de séries musicais haviam começado e acabado com Glee de Ryan Murphy.

    Ainda que outras séries, como Crazy Ex-Girlfriend e Empire, por exemplo, cantassem aos quatro ventos, nada mais seria como a esplêndida Glee. Contudo, 2020 foi um ano atípico em todos os sentidos e um desconhecido Austin Winsberg criou uma produção que ninguém esperava, mas todos precisavam.

    Dessa forma, Zoey’s Extraordinary Playlist é um alento, uma luz no fim do túnel em um mundo que insiste em ser duro com as pessoas. A série começa quando Zoey (Jane Levy) faz uma tomografia, o médico do exame sugere que ela escute música durante o procedimento. Mas, uma espécie de terremoto no lugar é o motivo para que várias playlists façam download em seu cérebro.

    Austin Winsberg cria uma ótima desculpa para soltar a imaginação e criar um show musical poderoso em suas palavras e movimentos. De uma hora para outra, Zoey começa a ouvir pessoas cantando sobre o que estão sentindo (o que ela chama de “Heart Songs”). E se não bastasse a cantoria, há também incríveis performances no maior estilo Broadway.

    Para Zoey, o dom recém adquirido é uma terrível invasão de privacidade. A programadora não quer saber sobre o que as pessoas estão sentindo, mas os momentos engraçados, constrangedores, românticos e tristes fazem com que Zoey se interesse mais pela vida dos amigos e familiares. Consequentemente, a música funciona como um pedido de ajuda na maioria das vezes, o que leva Zoey a ajudar todos a sua volta para que a narrativa mude.

    Logo, a música que quase sempre começa de forma despretensiosa é acompanhada de uma dança contemporânea em plano sequência. De repente, uma casa ou um escritório se transforma em um palco para uma única pessoa. Não à toa, a coreógrafa Mandy Moore (responsável pela belíssima cena de abertura em La La Land) que também é produtora executiva da série ganhou um Emmy pelas performances.

    Heart Songs 

    Ainda que Zoey faça algumas caretas quando começa a ouvir alguém cantar é extremamente empolgante ver o que vem a seguir. Todo o elenco da série tem um timing perfeito que contribui para que as cenas sejam uma sucessão de esplendor.

    Na primeira temporada acompanhamos os últimos momentos do pai de Zoey, Mitch (Peter Gallagher), que sofre de Paralisia Supranuclear Progressiva o que faz com que ele perca todos os seus movimentos, inclusive a fala. Mas, é na música que Zoey reencontra o pai e Gallagher dá um show ao cantar sobre como sua família precisa superar depois que ele se for.

    Por outro lado, Zoey’s Extraordinary Playlist também tem um triângulo amoroso entre Zoey, Max (Skylar Astin) e Simon (John Clarence Stewart). Max é o típico melhor amigo que está sempre ao lado de Zoey, suas músicas do coração expressam seus sentimentos românticos pela amiga. Já Simon está mais próximo da moça por dividir o mesmo luto por seu próprio pai que morreu e também por uma forte atração em ambos. 

    Da esquerda para a direita: Max, Zoey e Simon.

    Consequentemente, Skylar e John são as melhores performances do show. Sylar já é conhecido por A Escolha Perfeita (2012). Mas John que viu a série como um desafio consegue carregar uma grande dramaticidade em seus movimentos na primeira temporada.

    Com tantos talentos fica até difícil dizer qual a melhor voz. Por isso, Alex Newell como Mo, amiga de Zoey que a ajuda com o seu dom musical, é uma das vozes mais potentes. O papel foi escrito para Alex, que também esteve em Glee e Unique. Contudo, é impossível não falar de Lauren Graham (Gilmore Girls) como Joan, apesar de seus movimentos e alcance musical não serem dos melhores, sua presença no show é divertidíssima. 

    Zoey’s Extraordinary Playlist ganha os públicos em seus pequenos detalhes, até mesmo os colegas sem noção de Zoey têm seus momentos, assim como sua família que a cada música impacta a vida da protagonista. A série carrega um roteiro inteligente, engraçado e dramático quando deve ser.

    Em tempos onde o público por muitas vezes esquece o sentido da música, Zoey’s Extraordinary Playlist resgata emoções e implanta uma sensação sentimentalista, eufórica e também nostálgica. Assim como Zoey, todos têm a música dentro de si.

    Assista ao trailer legendado:

    A segunda temporada de Zoey’s Extraordinary Playlist está no ar pela NBC. A primeira temporada está disponível no Globo Play.

    CRÍTICA – Pai em Dobro (2021, Cris D’Amato)

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    Já faz algum tempo que Maisa Silva vem flertando com a gingante do streaming, e no fim do ano passado a ex-apresentadora do Bom Dia & Cia participou de painéis online do Tudum Festival e também esteve presente no almanaque que a Netflix enviou gratuitamente para os fãs. Já era esperado que algo vinha por aí; e amanhã (15) estreia o mais novo filme da menina que encantou Raul Gil Silvio Santos no longa de Cris D’Amato: Pai em Dobro; que também ganhou o livro homônimo pelas mãos da autora Thalita Rebouças.

    SINOPSE

    Em Pai em Dobro, após passar toda uma vida junto de sua mãe em uma comunidade hippie, uma jovem (Maisa Silva) de 18 anos aproveita a maioridade para tentar realizar um de seus grandes sonhos: conhecer o pai. Ela, então, abandona a comunidade e parte em uma jornada para tentar encontrá-lo.

    ANÁLISE

    Antes que você pense: “Afff, filme nacional?“, leia:

    25 filmes para você assistir e parar de criticar o Cinema Nacional 

    9 filmes de Fernanda Montenegro

    5 bons filmes sobre musicos nacionais

    5 filmes para entender a nova Era do Horror no Cinema Nacional

    Voltando para Pai em Dobro, aqui temos a história de Vicenza Shakti Pravananda Oxalá Sarahara Zalala da Silva (Maisa) que ao completar 18 anos, se aproveita da maioridade e uma oportuna viagem de sua mãe, Raion (Laila Zaid) à Índia para ir em busca do seu suposto pai.

    No elenco, além de Maisa, temos Eduardo Moscovis, o humorista Marcelo Médici, a cantora Fafá de Belém e o veterano Roberto Bonfim.

    VEREDITO

    CRÍTICA - Pai em Dobro (2021, Cris D'Amato)Sim, o longa é mais um para renovar o catálogo da Netflix; é será mais um filme no meio de tantos. Pai em Dobro possui roteiro repleto de diálogos ingênuos e situações irreais, uma direção relapsa, além de contar com personagens desinteressantes.

    A edição final é tão falha que se os abruptos cortes de cena sem respeitar a passagem de tempo fossem os únicos problemas, até seria aceitável; mas, ao incluir uma criança em duas cenas em que a primeira ele está com uma super conjuntivite e na segunda com um óculos escuro (obviamente para tapar o olho vermelho) é lamentável.

    Os destaques aqui é o jovem humorista Pedro Ottoni que dá vida a Cadu e a revelação Thaynara Og, que são extremamente carismáticos e naturais.

    Outro destaque (negativo) é para Roberto Bonfim que é como um “Jason Momoa da terceira idade” – que em todos os papéis parece fazer o mesmo tipo de personagem – saído direto dos estúdios da Globo.

    Por falar na emissora da Família Marinho, Pai em Dobro é basicamente uma Malhação só que da Netflix: Conta com bons atores, tem uma mensagem importante, mas não aproveita o potencial do elenco e escorrega na parte técnica.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Pai em Dobro chega ao catálogo da Netflix nesta sexta-feira, 15 de janeiro.

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