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    CRÍTICA – Gotham Knights (2022, WB Games)

    Já se passaram alguns anos desde a ultima aparição do universo do cruzado encapuzado no universo dos games com a o título Batman Arkham Knight (2015), finalizando a trilogia dos jogos como um sucesso. Este ano temos Gotham Knights, agora expandindo o protagonismo para a Bat-Família que deverá proteger a cidade de Gotham de seu caos natural além de diversos vilões.

    Desenvolvido em conjunto pela Warner Bros. Games Montreal e QLOC, o game chega amanhã ao PlayStation 5, Xbox Series X | S e PC não sendo disponibilizado para a antiga geração.

    O jogo chega ao Brasil dublado por Bruna Matta (Batgirl), Lucas Gama (Robin), Heitor Assali (Asa Nortuna), Arthur Machado (Capuz Vermelho), Duda Ribeiro (Batman) e Ricardo Juarez (Pinguim).

    SINOPSE

    Batman está morto. Um novo e imenso submundo do crime tomou conta das ruas de Gotham. Agora depende da família Batman: Asa Noturna, Batgirl, Capuz Vermelho e Robin – proteger a cidade, trazer esperança para seus cidadãos, disciplina para seus policiais e medo para seus criminosos.

    Desde a resolução de mistérios, que conectam os capítulos mais sombrios da história da cidade, até a derrota de vilões notórios em confrontos épicos, você deve se tornar o novo Cavaleiro das Trevas e salvar as ruas do caos.

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    ANÁLISE

    Acredito que o contexto de jogo ideal para um tema como super heróis é um RPG de mundo aberto e isto funciona perfeitamente em Gotham Knights. Explorar a cidade e lutar contra o crime noite após noite é o mais próximo que se poderia ter da vivência deste universo heroico.

    Andar pela cidade em busca de pontos de interesse de cada personagem, salvar vítimas, proteger um cidadão abordado de forma suspeita pela policia de Gotham ou impedir um crime em tempo real são momentos divertidos para curtir neste novo título.

    A respeito da jogabilidade, o avanço de experiência é único; portanto, ao subir de nível todos crescem, mas o set de cada personagem só pode ser evoluído de forma individual, incentivando assim o player a jogar com todos os personagens proporcionando mais horas de gameplay.

    Mas não é apenas pelo motivo de evoluir cada personagem; você precisa ter cada um dos Cavaleiros de Gotham bem treinados. Cada missão exige as habilidades únicas de cada personagem para que a tarefa seja concluída com sucesso.

    Asa Noturna, Batgirl, Capuz Vermelho e Robin podem ser customizados através da montagem de equipamentos, existindo 15 estilos de uniformes diferentes com inúmeras opções de cor, que vale ressaltar, não sendo apenas itens cosméticos, já que cada servem para aumentar os seus atributos.

    Ainda na categoria de customização é possível utilizar diversos padrões de cor para o veículo da equipe, a Batmoto, um equipamento muito útil para se locomover rapidamente ao longo do extenso mapa da cidade Gotham que possuí diversos distritos conhecidos dos fãs de quadrinhos como Bludhaven.

    Em questões gráficas, um dos pontos mais polêmicos a serem discutidos antes do lançamento, se torna uma questão particular de cada player sentir a diferença, ou não, da qualidade em 30 FPS, porém não é um ponto de atenção tão significante  no contexto geral do jogo.

    Se tratando dos combates, lutar com cada um dos quatro protagonistas é um experiência de jogo diferente, apesar dos comandos serem iguais, cada personagem causa um efeito diferente em combate, assim como a sua resistência.

    Além de poder realizar a campanha offline é possível reunir um grupo de amigos online para realizar as missões, tarefas do jogo e desafios que podem ser acrescentados ao seu progresso individual caso não tenha concluído as atividades realizadas em party.

    Apesar de não ser um jogo diretamente sobre o Batman, a figura do cruzado encapuzado é sentida ao longo da história, seja como inspiração ou o ponto de vista que cada um dos personagens têm em relação ao Homem Morcego.

    Nesta história, tanto o Batman quanto o Comissário Gordon faleceram e a força policial se tornou muito mais intolerante com os vigilantes, mas Barbara Gordon, Dick Grayson, Jason Todd e Tim Drake assumem a responsabilidade de proteger a cidade dos antigos vilões e um grande mal que esta a espreita.

    Cada um dos quatro vigilantes tem uma perspectiva própria a respeito desta responsabilidade e como lidar com ela, porém trabalharem juntos e acertarem as diferenças é um obstáculo; mas nada como o lado paternal de Alfred para intermediar as situações proporcionando ótimos momentos de interação entre eles.

    O que acredito ser o maior ponto negativo deste jogo está relacionado a não ser lançado para a geração antiga, mesmo com todas as mecânicas diferentes não existe nada tão complexo em Gotham Knights que fosse um impedimento de ser lançado para o PlayStation 4 ou Xbox One.

    VEREDITO

    Gotham Knights é um ótimo entretenimento para os fãs de jogos com a temática de histórias em quadrinhos, com diversas referências ao cânone destes personagens na nona arte, com uma jogabilidade dinâmica, um roteiro narrativo muito divertido e com a garantia de muitas horas de gameplay tanto solo como em equipe.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Gotham Knights chega amanhã ao PlayStation 5, Xbox Series X | S e PC.

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    CRÍTICA – Manifest (3ª temporada, 2021, NBC)

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    A 3ª temporada temporada de Manifest chegou à Netflix. Após a série ser cancelada pela NBC, ela foi comprada pela gigante do streaming a fim de encerrar a história da série, como a plataforma vermelha fez com Lúcifer após a série ser cancelada pela CW. O terceiro ano da série continua a trama dos passageiros do voo 828 enquanto percebem que seu retorno tem um fator muito mais fantástico e divino do que eles pensaram a princípio.

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    Com uma trama que finalmente deixa um pouco de lado os Stones, temos núcleos quase que inteiramente compostos por passageiros que podem “furar o bote” que pode evitar que o temido “Dia da Morte”, descoberto lá na primeira temporada.

    SINOPSE

    Após não ter mais objetos para estudar os acontecimentos do voo, o corpo científico do local decide começar os estudos com a própria cauda do avião. Mas isso faz com que alguns passageiros comecem a ter chamados sentindo seu corpo queimar, como se estivessem em chamas.

    ANÁLISE

    3ª Temporada

    Após passarem a acreditar que seu retorno se deu por algum tipo de intervenção divina, os Stone continuam tentando colocar os passageiros no caminho certo, a fim de evitar que o bote dos sobreviventes “fure” após alguns passageiros do voo 828 se recusarem a atender os chamados. Após encontrar uma nova forma de lidar com o retorno dele e dos outros passageiros, Ben Stone (Josh Dallas) vai até Cuba para recuperar a cauda do avião do voo 828, que ele descobriu ter sido retirada do fundo do mar. Isso mesmo, o mesmo avião que ele viu explodir diante de seus olhos ao fim do primeiro episódio da série.

    Enquanto a trama se desenrola, testemunhamos a participação de outros passageiros que veem a intervenção de Ben como algo que pode levar à morte de todos os outros, principalmente quando este passa a atuar ao lado da NSA e alguns dos sobreviventes passam a ter um chamado em que uma nuvem negra parece sair da instalação onde quase todo o avião é estudado.

    3ª Temporada

    Enquanto a série segue em frente e parece se apoiar quase que inteiramente em optar pro usar o divino como a explicação para seu retorno, ela deixa várias pontas soltas que provavelmente hão de voltar em alguma das duas partes da 4ª e última temporada da série.

    A presença de novos personagens coloca a urgência que a trama precisava ao longo da segunda temporada enquanto se apoiava quase que inteiramente em solucionar o dia da morte de Zeke, e enquanto falsos profetas e passageiros surgem, retornados que veem os Stone como uma ameaça podem colocar tudo a perder. Angelina (Holly Taylor) parece ter sido apresentada na temporada apenas para levar nossos personagens ao limite.

    Mas não apenas isso, uma maior participação de Eagan (Ali Lopez-Sohaili) serve quase sempre como um contraponto, mas sobretudo, funciona como um personagem cujo papel ainda vai crescer e talvez melhore em alguma das duas partes da 4ª temporada.

    VEREDITO

    Ainda que a 3ª temporada de Manifest se dê de maneira preguiçosa e lenta, a aparição de novos personagens causam uma aceleração à trama que era necessária, algo que faltava à história desde o fim da primeira temporada. O desenvolvimento da história ainda é algo precário para esse que vos escreve, pois após usarem a carta de que o “divino” os trouxe de volta me parece muito simplista.

    Lançar por sobre a trama elementos de que o inexplicável e um milagre se deu, fazem com que tudo possa ser dito e feito. O perigo disso vem do fato da série chegar ao fim de sua 4ª temporada sem resolver mistérios lançados pela trama desde seu primeiro episódio, algo similar à Lost – que teve um final horrível.

    Quando a 3ª temporada chega ao fim, todo o panorama para os Stone e para os sobreviventes parece ter mudado. Precisamos entender como esse arco narrativo se desenrolará ao longo da primeira parte da 4ª temporada. E pra ser sincero, a série precisa mudar ao longo de sua primeira parte caso queira reter os fãs dos últimos anos.

    A 1ª Parte da 4ª temporada chega à Netflix no dia 4 de novembro.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer da 3ª temporada de Manifest:

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    CRÍTICA – Sorria (2022, Parker Finn)

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    Sorria ou Smile, no original, é um longa estadunidense que tem sido bastante elogiado pela crítica especializada e pelo público. O longa é dirigido pelo estreante Parker Finn e conta com Sosie Bacon e Jessie T. Usher no elenco.

    SINOPSE DE SORRIA

    Uma maldição está se espalhando por um grupo de pessoas, fazendo com que elas se matem com um sorriso no rosto. A psiquiatra Rose Cotter (Sosie Bacon) acaba se deparando com um desses casos e agora deve luta por sua sobrevivência tentando derrotar esse mal.

    ANÁLISE

    Sorria é uma obra que tem muitos acertos e erros em sua estrutura, o que me fez refletir bastante a respeito da análise do filme. Há méritos inquestionáveis do roteiro e direção, assim como eles também são o calcanhar de Aquiles do longa.

    Começando pela parte boa, Sorria tem uma alegoria extremamente interessante sobre como a depressão atinge as pessoas e um dos méritos é justamente ter uma profissional que lida com saúde mental diariamente como protagonista, reforça que qualquer pessoa pode estar enfrentando graves problemas em sua vida. Há um trabalho bastante intenso de Sosie Bacon nesse sentido, com algumas cenas bem tocantes e que devem, inclusive, gerar gatilhos em alguns espectadores. Bacon consegue passar a dor de ter um trauma pesado nas costas e que fez parte de todas as escolhas de Rose na vida.

    De positivo na direção, a atmosfera bastante sombria com auxílio de uma sonoplastia impecável na construção dos sustos e da tensão são fundamentais para que Sorria funcione muito bem, assustando até quem está acostumado com filmes de terror. Por mais que sua trama seja bem batida, o clima soturno é quase que uma presença constante, nos colocando dentro do filme assim como a sua protagonista.

    Outro ponto importante é que mesmo os fatos clichês como os entes queridos da pessoa que está com problemas agirem das forma mais artificiais possíveis, em vários momentos isso funciona, pois pessoas com depressão não conseguem passar o que estão sentindo para quem amam, o que faz com que fiquemos aflitos por Rose.

    Contudo, se por um lado os clichês funcionam, por outro, deixam Sorria extremamente previsível. De cara sabemos o que vai acontecer no final e mesmo que o roteiro mascare com escolhas baratas como alucinações, que funcionam aqui, a gente sabe como será o apagar das luzes do longa.

    E como relatei anteriormente, a direção acerta em alguns pontos, mas em outros, não conseguimos sacar as ideias de Parker Finn.

    O cineasta usa e abusa de jump scares desnecessários, é quase literal em cenas que poderiam ser mais sugestivas, além de filmar com firulas que são mera exibição estética, sem nenhuma serventia. Em vários momentos ficava sem entender o por quê o diretor fazia planos longos, giros de câmera ou filmagens bem do alto. O CGI também é uma falha de Sorria, pois além de desnecessário, é mal realizado, deixando as cenas bem artificiais. O uso de maquiagem seria bem mais interessante para o longa.

    Sobre o roteiro, ele percorre todas as fórmulas, desde a vítima desacreditada a investigação incessante em busca de uma solução para a problemática. Em dado momento, Sorria fica monótono e vai atrás de momentos forçados para gerar movimento à trama, já que se fosse mais natural, perderia tranquilamente uns 20 minutos de sua duração.

    VEREDITO

    Trazendo temas pertinentes e contando com boas sacadas, Sorria falha em justamente o que não deveria que é usar todas as muletas possíveis de terror de shopping center. O longa funciona para reflexão sobre saúde mental, ao passo que nos aspectos técnicos deixa a desejar por se ater muito a todo o formulismo de filmes do gênero.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Confira o trailer:

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    TBT #199 | Os Fantasmas Se Divertem (1988, Tim Burton)

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    Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice), um clássico do renomado diretor Tim Burton, completou 30 anos de lançamento em 2018. O filme estreou nos cinemas americanos no dia 30 de março de 1988 e, desde então, tornou-se uma referência dentre as inúmeras obras de Burton.

    O elenco conta com nomes como Geena Davis, Alec Baldwin, Jeffrey Jones, Catherine O’Hara, Winona Ryder e Michael Keaton.

    SINOPSE

    Após morrerem quando o carro deles cai em um rio, Barbara Maitland (Geena Davis) e Adam Maitland (Alec Baldwin) se veem como fantasmas que não podem sair da sua casa de campo na Nova Inglaterra, pois antes que possam ganhar suas asas têm que ocupar a casa como fantasmas pelos próximos cinquenta anos. A paz é rompida quando Charles (Jeffrey Jones) e Delia Deetz (Catherine O’Hara), um casal de novos-ricos, compra a casa. Mas os Maitland são inofensivos como fantasmas e os esforços para espantar os compradores acaba em fracasso. E se o casal não fica apavorado, Lydia Deitz (Winona Ryder), a excêntrica e dark filha deles, pode ver e falar com Barbara e Adam, que contratam os serviços de um Beetlejuice (Michael Keaton), um “bio-exorcista”, para apavorar os moradores, apesar de sentirem simpatia por Lydia. Mas logo a situação foge do controle.

    ANÁLISE

    Tim Burton dirige seu primeiro filme relevante para a indústria, que o cacifou a alçar grandes voos (Batman veio logo após). O elenco está em estado de graça (Alec Baldwin e Geena Davis estão perfeitos como o casal de fantasmas apalermado, enquanto que Jeffrey Jones e Catherine O’Hara encontraram o timing perfeito de comédia como os novos donos da casa). Contudo, o destaque vai para a jovem Winona Ryder como a filha gótica que é a única que vê os fantasmas e faz amizade com eles. Depois desse filme Winona se tornou uma atriz requisitada estrelando vários filmes de destaque como Edward Mãos de Tesoura (1990), Drácula de Bram Stoker (1992), Garota Interrompida (1999) e, mais recentemente, sucesso no streaming com Stranger Things (2016 – até o momento).

    O horror lúdico e as críticas sociais abraçam tudo ao seu redor, construindo dinâmicas interessantes que nunca cruzam a linha do grotesco, mas atinge em cheio o imaginativo do público. A trilha sonora, brilhantemente encabeçada por Danny Elfman, transborda com a figurativa excentricidade imaginada por Burton, trazendo uma mistura eclética que nos conquista a cada novo ritmo inserido.

    Mas, o brilhantismo audiovisual parece não se estender a seu roteiro, trazendo uma crise existencial que é duramente sentida no segundo ato da trama. Se o primeiro ato consegue definir uma casa assombrada às avessas, partindo do ponto de vista dos recém-falecidos ao serem confrontados com a soberba dos novos inquilinos, o segundo larga a mão desse trunfo para dar voz aos Deetz, mudando assim o protagonismo do filme enquanto deixa os Maitland estranhamente ausentes de sua própria história.

    Beetlejuice

    Agora, não podemos deixar de mencionar a performance histriônica de Michel Keaton como Beetlejuice. Apesar de criticada por alguns na época, Beetlejuice é a alma (isso não é uma piada…) do filme. Quando ele aparece, o que já era ótimo se torna perfeito, tornando clássico um personagem detestável, mas tragicamente cômico.

    Com uma passagem musical brilhante, muita comédia e alguns sustos no meio do caminho, fica praticamente impossível não se afeiçoar a todos esses personagens, incluindo até os funcionários públicos do além, cuja admissão ao cargo é uma das muitas piadas que fizeram a história desse filme.

    O brilhante longa concorreu ao Oscar de 1989 na categoria Melhor Maquiagem e levou a estatueta. Também recebeu indicação ao BAFTA nas categorias de Melhor Maquiagem e Caracterização e também de Melhores Efeitos Visuais, mas perdeu na disputa. Já no Saturno totalizou sete indicações, mas ganhou o prêmio nas categorias Melhor Maquiagem, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Filme de Terror.

    Outra conquista de Beetlejuice foi na televisão, pois ganhou uma animação de mesmo nome com quatro temporadas de 1989 até 1991 e Tim Burton como diretor executivo. O desonesto do mundo dos mortos também chegou nos games e ganhou até musical na Broadway. Em contrapartida, muito foi especulada uma continuação do filme, mas as reescrituras dos roteiros sempre são arquivadas.

    VEREDITO

    Repleto de bizarrices e cenas memoráveis, o longa extrapola o nonsense e conquista o público com seu carisma palpável, trazendo um clássico instantâneo que combina com a morbidez lúdica de seu diretor, nos convidando a abraçar o diferente e tomar cuidado com certas palavras repetidas três vezes.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer original:

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    CRÍTICA – Exception (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Exception é o novo anime original da Netflix lançado no dia 13 de outubro de 2022. Confira nossa análise sem spoilers logo após a sinopse oficial.

    SINOPSE DA 1ª TEMPORADA DE EXCEPTION

    Em um futuro distante, a humanidade foi forçada a deixar a Terra. Uma nave com uma equipe de especialistas impressa em 3D é enviada para colonizar um novo planeta.

    ANÁLISE

    Em Exception, o anime segue uma tripulação procurando na galáxia um novo planeta para ser habitado, pois foram forçados a deixar o planeta Terra. Com isso, a tripulação possui uma impressora biológica 3D que cria uma equipe de exploração cada vez que um tripulante é morto.

    Dito isso, o anime é interessante, mas infelizmente tem personagens que não são cativantes e acabam sendo vazios. Além disso, há uma ameaça iminente à tripulação que causa todo um mistério e pânico.

    Com relação ao roteiro, o anime poderia ser mais pragmático e deixar de lado subtramas de personagens secundários que não causam nenhum impacto ao enredo central. Outro ponto que destaco é que temos uma sequência de plot twist nos últimos episódios, mas que não causam nenhuma surpresa no fim das contas.

    Talvez se o anime tivesse mais quatro episódios seria o ideal para desenvolver melhor a história e resolver de maneira mais adequada alguns pontos que ficam em aberto.

    Em relação à parte técnica, os personagens têm o design gótico e andrógino feito pelo lendário Yoshitaka Amano, que trabalhou em jogos da franquia Final Fantasy, como Final Fantasy III (1990) e Final Fantasy IV (1991), e em Vampire Hunter D. O traço de Amano é inconfundível, mas aqui infelizmente sua arte não se encaixa com a animação 3D.

    Além disso, as cenas de ação são horríveis e não tem nenhum impacto. Creio que se a direção de arte tivesse seguido o estilo de animação 2D teria sido muito mais assertivo, pois certamente causaria mais fluidez em toda a animação.

    VEREDITO

    Em suma, Exception perde uma excelente oportunidade com um enredo interessante, e acaba correndo contra o tempo para entregar mais um anime genérico de ficção científica.

    A produção original da Netflix serve como entretenimento, mas infelizmente acaba se tornando esquecível por não ter personagens envolventes em uma animação que é bem fraca.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Exception:

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    CRÍTICA – Dragon Ball: The Breakers (2022, Bandai Namco)

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    Dragon Ball: The Breakers é o mais novo título da adorada franquia criada por Akira Toriyama. Após Dragon Ball Z: Kakarot e alguns anos sem nenhum game ser lançado dentro da franquia, temos uma surpresa, o game de sobrevivência.

    Ambientado em uma realidade ligeiramente diferente da que conhecemos do universo principal de Dragon Ball, encontramos um jovem Patrulheiro do Tempo após despertar. Enquanto descobrimos mais sobre aquele mundo, entendemos que rupturas temporais têm se aberto, e para fechar, precisamos aprender e lutar contra vilões que os Guerreiros Z já enfrentaram no passado.

    SINOPSE

    Pego em um fenômeno temporal inesperado, sete cidadãos comuns se encontram presos em uma Costura Temporal: eles compartilham a prisão com o Invasor, um inimigo ameaçador de outra linha do tempo e que tem um poder esmagador.

    ANÁLISE

    The Breakers

    Enquanto precisamos aprender mais sobre a recém-descoberta Patrulha do Tempo, precisamos explorar áreas com o tempo em desarranjo e recolher chaves a fim de ativar as Super Máquinas do Tempo e enviar os Invasores para sua linha do tempo original. Funcionando imensamente bem como um game de ação assimétrico, The Breakers pode te colocar tanto no papel de herói, como de vilão. Atualmente, no roster de vilões estão Cell, Freeza e Majin Buu. Assim como no anime/mangá, esses vilões possuem três formas e precisam obter cada vez mais poder a fim de chegarem à sua forma perfeita.

    Quanto aos nossos heróis, temos uma variedade de personagens jogáveis graças às Transferas, mas mais adiante adentrarei nesse aspecto. Um ponto importante e divertido no game, é que The Breakers nos permite criar nossos personagens e personalizá-los com características que já conhecemos no game. Além de obter trajes meramente estéticos na loja do game, o game conta com um passe de batalha e será dividido em temporadas, com adições esporádicas ao meio e ao fim dessas temporadas.

    TEMPORADAS, TRANSFERAS E ESFERAS DO DRAGÃO

    The Breakers

    A temporada 1 teve início no dia do lançamento do game e terá a duração de 60 dias. Ao fim do passe de batalha da primeira temporada, está um outro personagem jogável que pode ser visto no lobby, o Fazendeiro que foi parar naquele mundo por um acaso. Ele pode ser visto no trailer como personagem jogável e obtê-lo, se tornou meta para alguns jogadores.

    Além do fazendeiro, nessa temporada, é possível jogar com Bulma e Oolong. Ambos os personagens possuem habilidades que podem ser usadas em outros personagens, como a transformação de Oolong, sendo possível que os jogadores se escondam do Invasor se transformando em algum objeto de cenário.

    As transferas são um elemento de extrema importância para a gameplay e podem mudar completamente a sua perspectiva e a sua forma de jogar, isso se houver alguma estratégia na tentativa de vencer o Invasor. As transferas são itens que possuem a essência dos Guerreiros Z que habitaram algum período de tempo em que os vilões viviam, mas não apenas isso. Além de nos conferir a aparência física, as transferas permitem que nossos personagens usem habilidades dos Guerreiros Z, como o Kamehameha de Goku, o Tayoken de Kuririn, o Dodonpa de Tenshinhan e muitas outras.

    Algumas habilidades podem ser equipadas também aos personagens quando os temos em nossa party. Caso equipemos a Androide 18, por exemplo, podemos chutar a parede, não sendo tão necessário escalar, com Yamcha na party, nossa velocidade de corrida é aumenta significativamente.

    As Esferas do Dragão podem ser coletadas ao longo das nossas gameplays nas fases que visitamos. Ao coletar as 7, Shenlong será invocado concedendo a quem o invocou, um desejo. Os jogadores que invocam o grande dragão podem escolher ficar mais fortes, ou aumentar o poder de sua equipe.

    ESTRATÉGIA, ITENS COSMÉTICOS E PARTIDAS

    Ainda que seja possível ganhar as partidas contando inteiramente com a sorte, o game parece querer incentivar o fator cooperativo, mesmo sem oferecer ferramentas para isso. Sem um chat de texto, ou até mesmo de voz, trabalhar cooperativamente apenas com emojis de personagens, parece bem difícil – ou quase impossível. Nas partidas que tive a sorte de jogar, infelizmente, a equipe optou por roubar os baús abertos por outros jogadores com Poder de Mudança, bem como itens.

    Sem qualquer tipo de planejamento, ou sem delinear um plano de ação para atacar os invasores, a chegada e a tentativa de impedir que fôssemos atacados enquanto tentávamos fazer a Super Máquina do Tempo funcionar quase sempre resultou em falha. Um plano que deu certo foi agir como os jogadores que se preocupam com eles mesmos.

    Ao longo da fase de defesa, é importante tentar concentrar os esforços em impedir que o vilão ataque e destrua as áreas. Para ativar a Super Máquina do tempo, precisamos obter as 5 chaves escondidas ao longo das 5 áreas do mapa. As áreas A, B, C, D e E são repletas de baús com itens para melhoria de nossos personagens, radares de dragão (para localizarmos pessoas, esferas e chaves), e até mesmo personagens que podemos salvar.

    The Breakers

    Ainda que os itens cosméticos do game não possuam qualquer efeito no status dos personagens, eles podem ser obtidos na loja de cosméticos no lobby do game. Em uma das lojas do lobby, podemos obter itens que podem ser usados ao longo das partidas. Desde radar de inimigos, armadilhas, tirolesas, até planadores, podem ser equipados em seu arsenal a fim de te garantir uma forma de escapar do Invasor do seu mundo.

    Um elemento que me deixou imensamente triste ao entrar no mundo do game, foi a instabilidade dos servidores. Ao adentrar em partidas, que o game estima acontecer em cerca de 1 minuto, levava de 5 a 10 minutos em dias da semana. E quando partidas eram encontradas, o game travava, talvez por alguma instabilidade do servidor, ou problemas de ping e pareamento.

    Mas grande parte do meu desânimo e da nota, vem do fato dos servidores da América do Sul do game serem extremamente precários – o que não acontece quando testemunhamos gameplays de jogadores de outros países pela Twitch e até mesmo pelo Youtube.

    VEREDITO

    The Breakers

    O game te permite progredir de maneira rápida ao realizar as missões diárias e semanais, te garantindo XP e até mesmo itens após subir o nível de seu personagem e do passe de batalha. E isso é tão bom quanto ruim.

    Enquanto entramos em algum lobby, testemunhamos disparidades gritantes, o que mostra que o matchmaking é precário e lança na mesma partida jogadores no nível 1 e no nível 45 no mesmo time. Estragando quase sempre a experiência dos novos jogadores, que sem qualquer tipo de familiaridade com o game, acaba se tornando boi de piranha de algum invasor.

    Ainda que a gameplay seja fluída, e as possibilidades sejam muito diversas, é possível um mesmo personagem morrer e vencer o invasor numa mesma partida. E isso é o que torna The Breakers interessante, apesar dos pontos negativos citados.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Dragon Ball: The Breakers foi lançado no dia 14 de Outubro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S, PC e Nintendo Switch.

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