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    10 produções com temática viking

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    O Homem do Norte chegou recentemente aos cinemas, provando que a temática viking na cultura pop parece estar longe de estar saturada e com o lançamento do longa de Robert Eggers temos um forte indício do sucesso que produções sobre os guerreiros nórdicos ainda podem alcançar.

    As histórias e os mistérios que envolvem a Era Viking sempre despertaram o interesse do público, principalmente quando envoltos pela mitologia nórdica, poemas épicos e batalhas sangrentas.

    E para quem se interessa por essa temática, pode aproveitar todo a lista abaixo, com obras fictícias até próximas aos registros históricos, mas todas com guerreiros hábeis e paredes de escudos!

    Confira filmes, games e séries sobre vikings para você aproveitar enquanto não chega ao Valhalla!

    Desbravadores (2007)

    Apesar de abordar a temática viking, o longa dirigido por Marcus Nispel e estrelado por Karl Urban (The Boys) é possivelmente o mais fraco dessa lista. Com um roteiro fraco o longa não agradou o público e a crítica mas está na lista pois ajudou a mostrar que era possível produções sobre a Era Viking.

    SINOPSE:

    Em uma época em que os vikings tentavam conquistar a América do Norte, um garoto viking é acidentalmente esquecido, durante uma batalha contra os índios americanos. Criado pelos índios, ele passa a fazer parte da tribo como se fosse uma das crianças indígenas. Quando sua vila é mais uma vez ameaçada pelos vikings, nórdico agora adulto (Karl Urban) tem que lutar contra seu próprio povo.

    A Lenda de Beowulf (2007)

    Lançado no mesmo ano que o esquecível Desbravadores, a animação A Lenda de Beowulf foi um regozijo para os fãs dos vikings. O longa é baseado no poema épico anglo-saxônico Beowulf.

    Sem dúvidas a produção dirigida pelo cineasta Robert Zemeckis é uma das primeiras grandes produções do cinema na cultura nórdica; Além de contar com grandes nomes de Hollywood em seu elenco de dublagem como Antonhy Hopkins, Angelina Jolie e John Malkovick; a animação realizada com captura de movimentos tornou-se revolucionária.

    SINOPSE:

    Ilha de Sjaelland, perto do local onde hoje fica a cidade de Roskilde, na Dinamarca. O demônio Grendel (Crispin Glover) ataca o castelo do rei Hrothgar (Anthony Hopkins) sempre que é realizada alguma comemoração, já que não suporta o barulho gerado. Em seus ataques Grendel sempre mata várias pessoas, apesar de poupar Hrothgar. Com a população em pânico, Hrothgar ordena que o salão onde as comemorações são realizadas seja fechado. Até que chega ao local Beowulf (Ray Winstone), um guerreiro que promete eliminar o monstro.

    O Guerreiro Silencioso (2009)

    Um dos filmes mais dramáticos e intensos sobre esta temática, O Guerreiro Silencioso (Valhalla Rising, título original) é dirigido por Nicolas Winding Refn e é estrelado pelo ator dinamarquês Mads Mikkelsen.

    No longa, o misterioso guerreiro e seu jovem libertador estão estão a bordo de um navio viking, mas durante sua jornada o navio é logo engolido por um interminável nevoeiro que os levam a uma terra desconhecida.

    Dono de uma força descomunal, às vezes tida como sobrenatural, o personagem de Mikkelsen guia o público por uma história repleta de elementos nórdicos, principalmente o lado violento e sanguinário do povo viking. 

    SINOPSE:

    Ambientado no ano de 1000 a.C., o filme nos apresenta a um guerreiro mudo sem nome conhecido como One Eye (Mads Mikkelsen). Ele é conhecido como um lutador dono de uma habilidade ímpar, com um apetite voraz por violência. Ele é feito refém por anos, até que, com a ajuda de um garoto, consegue escapar. A partir daí, o guerreiro inicia uma jornada sangrenta que o ajuda a descobrir quem ele realmente é.

    Como Treinar o Seu Dragão  (2010 – 2019) 

    Para os fãs de animação, Como Treinar o Seu Dragão é uma excelente opção. A franquia é uma das mais sólidas dos últimos anos. A franquia possui na bagagem três indicações ao Oscar e incontáveis críticas positivas, incluindo séries de TV e até um especial de Natal.

    SINOPSE:

    Soluço (Jay Baruchel/Gustavo Pereira) é o filho de Stoico (Gerard Butler/Mauro Ramos), o bravo líder da Ilha de Berk que está determinado a mostrar ao pai que é um verdadeiro viking durante suas aulas na escola de luta contra dragão. Pelo menos até encontrar um dragão ferido e fazer amizade com ele.

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    Vikings (2013 – 2020)

    Inspirada nas histórias da Escandinávia medieval, a série acompanha a saga do lendário líder viking Ragnar Lodbork (Travis Fimmel) e sua leal escudeira, Lagertha (Katheryn Winnick). Sucesso de público e crítica, a produção, criada por Michael Hirst, não poupa esforços quando o assunto são cenas brutais e sangrentas. Além dos eventos narrados ao longo das seis temporadas, que se baseiam tanto em tradição oral deste povo quanto em fontes históricas, Vikings traz uma boa dose de mitologia nórdica.

    SINOPSE:

    Ragnar Lothbrok, o maior guerreiro da sua era. Lider de seu bando, com seus irmãos e sua família, ele ascende ao poder e torna-se Rei dos vikings. Além de guerreiro implacável, Ragnar segue as tradições nórdicas e é devoto dos deuses. As lendas contam que ele descende diretamente de Odin, o Pai de Todos. 

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    The Last Kingdom (2015 – 2022)

    CRÍTICA - The Last Kingdom (5ª temporada, 2022, Netflix)

    No embalo do sucesso de Vikings, a Netflix lançou a série The Last Kingdom que levou para as telas uma adaptação da série de livros Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell que se inicia com O Último Reino e conta com mais 12 romances.

    SINOPSE:

    Com a chegada dos vikings, apenas o reino de Wessex continua a desafiar as probabilidades e se mantém em pé, graças ao Rei Alfredo (David Dawson). Em meio a este tempo turbulento vive Uhtred (Alexander Dreymon), filho de um nobre saxão que ficou órfão e foi criado pelos vikings como um dos seus. Forçado a escolher entre seu país de nascimento e as pessoas que o acolheram, sua lealdade é testada constantemente. Na jornada para recuperar o seu direito de nascimento, Uhtred deve lidar com os dos dois lados da moeda para cumprir seu papel no nascimento de uma nova nação.

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    Norsemen (2016 – 2020)

    A série norueguesa que aposta na comédia para falar sobre a temática viking de uma maneira diferente, Norsemen troca o drama das batalhas sangrentas por situações inesperadas, criando o seu humor a partir de situações absurdas envolvendo os moradores de uma vila. O resultado é uma produção bastante inovadora, que mostrar como seria enfrentar rivalidades políticas, mudanças sociais e inovações que alteram sua cultura e modo de vida, com os olhos do século XXI.

    SINOPSE:

    Em 790 d.C., os vikings de Norheim têm uma vida agitada que inclui pilhagem, fraude, escravização alheia e uso da violência para resolver os problemas.

    Assassin’s Creed Valhalla (2020)

    Assassin’s Creed Valhalla é o 12º game da franquia a ser lançado e continua a história dos Ocultos, e se passa algum tempo depois de Assassin’s Creed Odyssey. Aqui, o game retrata um importante período histórico, fruto de enormes elucubrações, mas também de fatos, como a exploração marítima por parte dos daneses que aportaram em terras ao leste de onde habitavam a fim de se estabelecer e sobrepujar qualquer força militar que os tentasse expulsar.

    Sabemos que a Ubisoft tem maestria em recriar cenários antigos e aqui não é diferente. Ao sairmos dos paradisíacos cenários no Mediterrâneo iluminados por um Sol quase que de verão ininterrupto vistos em AC Odyssey, nos saltam aos olhos os pássaros aquáticos em rios lodosos, charcos e cenários pantanosos, bem como as névoas e neve frequentes nas Ilhas Britânicas ou a Aurora Boreal na Noruega.

    As recriações de construções sejam elas danesas ou saxãs são dignas de serem admiradas tamanha é a riqueza dos detalhes: casas, salões (casas comunitárias), dracares, igrejas, monastérios, ruínas romanas e muitas outras.

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    Em Vikings: Valhalla seguimos a jornada de novos nomes importantes da história escandinava, desta vez cem anos depois dos feitos lendários de Ragnar Lothbrok e seus filhos. Seguindo o sucesso das séries Vikikings e The Last Kingdom, a Netflix produziu mais uma série dos nórdicos, agora inspirada na saga dos groenlandeses.

    O elenco conta com Sam CorlettFrida GustavssonLeo SuterBradley FreegardJóhannes JóhannessonCaroline HendersonLaura Berlin e David Oakes.

    SINOPSE:

    O destino do explorador Leif Erikson (Sam Corlett), sua impetuosa e obstinada irmã Freydis Eriksdotter (Frida Gustavsson) e o ambicioso príncipe nórdico Harald Sigurdsson (Leo Suter) se unem em uma jornada épica após tensões entre o povo viking e a realeza inglesa; em paralelo as intensas desavenças entre crenças pagãs e cristãs. Agora, eles irão cruzar oceanos e campos de batalha, de Kattegat à Inglaterra e além, enquanto lutam pela sobrevivência e pela glória.

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    O Homem do Norte (2022)

    O Homem do Norte: 5 curiosidades sobre o filme

    A mais recente conquista dos vikings na cultura pop foi com O Homem do Norte, dirigido por Robert Eggers, diretor também de (O Farol); aqui seguimos uma trajetória de vingança viking.

    SINOPSE:

    O jovem príncipe Amleth (Alexander Skarsgård) está prestes a se tornar um homem quando seu pai é brutalmente assassinado por seu tio, que sequestra a mãe do garoto. Fugindo de seu reino insular de barco, a criança jura vingança. Duas décadas depois, Amleth tornou-se um guerreiro viking furioso, um autêntico berserker, invadindo aldeias eslavas impiedosamente.

    Numa delas, uma vidente o faz relembrar seu juramento: vingar seu pai, salvar sua mãe, matar seu tio. A bordo de um navio de escravos rumo à Islândia, Amleth se infiltra na fazenda do tio com a ajuda de Olga (Anya Taylor-Joy), uma escrava eslava, e coloca em ação o plano para honrar seu juramento.

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    Família Shazam! Conheça a família de heróis da DC

    A Família Shazam!, conhecido originalmente como Família Marvel, é um grupo de heróis da DC Comics que foi criada pelo escritor Otto Binder e pelo artista Marc Swayze na revista em quadrinhos Capitão Marvel #18, publicada em 1942.

    O grupo fez com que Shazam! (na época Capitão Marvel) fosse o primeiro herói a ter ajudantes “derivados”, que compartilhavam da sua aparência e poderes.

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    ORIGEM

    A Família Shazam! é formada por membros da família adotiva de Billy Batson que compartilham da aparência e poderes derivados de Shazam! e juntos são vistos como ajudantes para o herói. É possível ver várias versões desses heróis nas HQs da DC, porém a mais interessante e atual é a formação apresentada nos Novos 52, que também foi utilizada como base para o primeiro filme live action do herói.

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    INTEGRANTES

    Billy Batson é o mais conhecido e na versão dos Novos 52 ele é um garoto de 15 anos que já passou por diversos lares adotivos. Sua vida muda quando vai para a casa de Victor e Rosa Vázquez, onde conhece seus novos irmãos: Mary Bromfield, Freddy Freeman, Pedro Peña, Eugene Choi e Darla Dudley.

    Billy ao dizer a palavra mágica Shazam adquire a sabedoria de Salomão, a força de Hércules, a resistência de Atlas, o poder de Zeus, a coragem de Aquiles e a velocidade Mercúrio.

    Mary Bromfield é a irmã adotiva de Billy que fugiu de um lar abusivo e foi adotada pelos Vázquez. Ela descobre o segredo de Billy e também ganha poderes semelhantes aos de seu irmão e um uniforme vermelho ao gritar a mesma palavra mágica transformando-se em Mary Marvel.

    Na Era Dourada dos Quadrinhos ela tinha um conjunto diferente de patronos do Shazam, que contribuíram para seus poderes; eles eram a graça de Selene, a força de Hipólita, a habilidade de Ariadne, a rapidez de Zéfiro, a beleza de Aurora e a sabedoria de Minerva.

    Freddy Freeman antes dos Novos 52 era apenas um amigo de Billy Batson que na Era Dourada foi atacado e deixado inválido pelo vilão Capitão Nazista, e recebeu o poder de se tornar um Shazam para salvar sua vida. Sempre que ele fala a palavra mágica, Freddy se torna uma versão adolescente do Shazam! diferentemente de seus irmãos que se tornam adultos.

    Seu uniforme é azul e seus poderes são uma porção dos poderes de Billy.

    Eugene Choi que tem descendência coreana é um adolescente muito inteligente que demonstra ter afinidade com tecnologia e games. Em sua transformação veste um uniforme cinza.

    Ele possui uma porção dos poderes do Shazam! com uma habilidade adicional de controlar e manipular tecnologia com o pensamento.

    Pedro Peña é um garoto tímido, tem origem mexicana e possui todos os poderes do Shazam!, ele usa um uniforme verde e tem super força superior a força de seus irmãos.

    Darla Dudley é a irmã uma pré-adolescente afro-americana que foi abandonada pelos pais e adotada pelos pais adotivos de Billy. Darla ao contrário do resto da Família Shazam!, continua com a mesma idade em sua forma superpoderosa com seu uniforme roxo, tem suas habilidades de velocidade amplificadas; tornando-a mais rápida que os outros.

    CURIOSIDADES

    Antes de ser publicada pela DC Comics, as histórias da Família Shazam! eram publicadas pela Fawcett Comics. Como a Marvel Comics registrou sua própria revista em quadrinhos, chamada Captain Marvel, em 1967, a DC não poderia promover e comercializar títulos com esse nome. Desde 1972, a DC usa a marca registrada Shazam! para seus títulos de quadrinhos com os personagens da Família Marvel.

    Em 2011, a DC mudou oficialmente o nome do Capitão Marvel para Shazam!, tornando Família Shazam! o nome oficial da versão heroica dos irmãos adotivos de Billy Batson.

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    OUTRAS MÍDIAS

    A Família Shazam! aparece no desenho animado Shazam!, de 1981 e fazem uma aparição em um dos episódios de Batman: Os Bravos e Destemidos.

    Toda a Família Shazam! está presente no filme Shazam produzido pela New Line Cinema e pela Warner Bros. Pictures.
    O elenco do primeiro filme voltará em seus respectivos papéis em Shazam: Fury of the Gods (ainda sem título nacional), que tem data de estreia marcada para 16 de dezembro de 2022.

    As versões live action conta com os seguintes atores:

    • Asher Angel (Billy Batson) e Zachary Levi (Shazam!);
    • Grace Fulton (Mary Bromfield) e Michelle Borth (Mary Marvel);
    • Jack Dylan Grazer (Freddy Freeman) e Adam Brody (versão Shazam!);
    • Jovan Armand (Pedro Peña) e D. J. Cotrona (versão Shazam!);
    • Ian Chen (Eugene Choi) e Ross Butler (versão Shazam!);
    • Faithe Herman (Darla Dudley) e Meagan Good (versão Shazam!).

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    CRÍTICA – O Poder e a Lei (1ª temporada, 2022, Netflix)

    O Poder e a Lei é uma série baseada na saga literária de Michael Connelly sobre Michael “Mickey” Haller, um advogado de defesa. Uma adaptação do primeiro livro foi realizada em 2011 com Matthew McConaughey no papel principal. 

    Já a produção da Netflix criada por David E. Kelley é uma adaptação do segundo livro de Connelly.

    No elenco estão Manuel Garcia-Rulfo, Neve Campbell e Becki Newton

    SINOPSE

    Mickey Haller (Manuel Garcia-Rulfo) é um advogado que gosta de trabalhar do banco de trás do seu carro, após algum tempo longe do direito, Mickey está tentando encontrar um novo caminho na profissão. Quando retorna para Los Angeles, ele se depara com um mistério para resolver assim que inicia o novo negócio.

    ANÁLISE 

    Séries jurídicas tendem a cair no esquecimento por serem mais do mesmo: tramas arrastadas, longos monólogos que levam a lugar nenhum e várias cenas desnecessárias em tribunais. Por isso, é muito difícil criar algo tão memorável como Como Defender Um Assassino (How to Get Away With Murder) e Better Call Saul. Logo, O Poder e a Lei não chega a este nível, mas digamos que está no caminho. 

    Essa série baseada em uma franquia de sucesso do autor Michael Connelly acompanha um advogado de defesa recém reabilitado e ansioso para voltar ao mundo do direito. O que se sabe é que Mickey Haller sofreu um acidente enquanto surfava e por isso se viciou em remédios. Após um tempo longe dos tribunais, ele volta quando seu amigo é assassinado misteriosamente deixando todos os seus casos para ele.  

    Com ajuda de sua segunda ex-esposa e assistente Lorna (Becki Newton) e seu investigador Cisco (Angus Sampson), Mickey se prepara para defender pequenos e grandes casos de Los Angeles. O advogado faz isso no banco de trás do seu carro, enquanto Izzy (Jazz Raycole), uma das clientes de Mickey e também ex-viciada se torna sua motorista.   

    Já nos primeiros episódios, a série criada por Kelley estabelece um ótimo ritmo com cenas dinâmicas que alteram entre o escritório, os tribunais e as viagens de Mickey pela cidade. Ajuda muito que o protagonista precise correr de um lado para o outro sempre atrás de testemunhas, pistas e também tenha encontros tensos. Dessa forma, O Poder e a Lei mostra que sabe muito bem utilizar os aspectos jurídicos ao seu favor e afastar a burocracia chata da prática. 

    Para isso, as cenas de carro são essenciais, já que foge dos padrões e se parece muito com um road movie. Até mesmo as interações entre Mickey e Izzy servem para apresentar os casos ao espectador, na mesma maneira que também debate noções profundas do personagem principal. 

    O suspense e a tensão também são grandes aliados da série, visto que, Mickey precisa resolver um caso complexo deixado por seu amigo. Logo, à medida que a série avança é possível compreender a linha de raciocínio do personagem e como de fato o protagonista é um ótimo advogado. Boa parte do que sustenta a série é atuação sucinta de Manuel Garcia-Rulfo, o ator dá ao personagem carisma, mas também uma certa arrogância e agitação. 

    Seus colegas de cena crescem em tons mais discretos, mas a relação com sua primeira ex-esposa, a promotora Maggie McPherson vivida por Neve Campbell com a qual tem uma filha, mostra que a série consegue ir além dos tribunais e se envolver com tramas mais individuais do personagem. 

    É verdade que a série tem alguns atores um pouco mais exagerados ou que não conseguem acertar o tom dos diálogos. Mas mesmo assim, O Poder e Lei cria episódios atraentes e fáceis de compreender com uma estética limpa que ressalta a cidade jurídica que Los Angeles também pode ser.

    VEREDITO

    O Poder e a Lei é uma boa surpresa da Netflix com uma história envolvente, um roteiro rápido e uma direção assertiva, a série cativa o espectador facilmente. 

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Cannes: 5 filmes cotados para dominar o festival

    Começou nesta terça-feira (17) a 75ª edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes e 21 filmes estão na disputa pela Palma de Ouro. O anúncio do prêmio máximo do festival será feito pelo júri presidido pelo ator francês Vincent Lindon, em 28 de maio.

    O festival acontece entre os dias 17 e 28 de maio, voltando ao seu calendário tradicional após dois anos com alterações geradas pela pandemia. Em 2020, ele foi cancelado. Já em 2021, o evento foi transferido para julho, quando foi realizado sob rígidos protocolos contra Covid-19.

    A influência do Festival de Cannes não deve ser subestimada. Em 2019, uma vitória na Palma de Ouro impulsionou Parasita, do sul-coreano Bong Joon-ho, ao Oscar na categoria de Melhor Filme, enquanto no ano passado – depois que a edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia – o impressionante line-up incluiu o queridinho da crítica A Pior Pessoa do Mundo e o ganhador do Oscar de Melhor Filme Internacional, Drive My Car.

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    CRÍTICA – Parasita (2019, Bong Joon-ho)

    CRÍTICA – Drive My Car (2022, Ryusuke Hamaguchi)

    Com abertura nesta terça-feira, 17, selecionamos os 5 lançamentos mais badalados do festival de cinema francês para ficar você antenado:

    Crimes of the Future

    O diretor canadense David Cronenberg (Crash) volta à competição aos 79 anos com Léa Seydoux, Kristen Stewart e Viggo Mortensen como protagonistas. No filme de terror, do estilo corporal, profundamente perturbador – que o próprio autor espera provocar paralisações em Cannes -, Mortensen interpreta um artista performático cujos órgãos estão passando por uma metamorfose.

    Three Thousand Years of Longing

    Antes de retornar à franquia Mad Max (desta vez, com Anya Taylor-Joy no papel de Furiosa), George Miller dirigiu este épico de fantasia, escalando Tilda Swinton (Constantine) como uma acadêmica solitária e Idris Elba (O Esquadrão Suicida) como um gênio que lhe oferece três desejos. Será que ela vai escolher sabiamente?

    Decision to Leave

    Este mistério que seduz acompanha o detetive Hae-jun (Park Hae-il) que se apaixona pela principal suspeita de sua investigação de assassinato, Seo Rae (Tang Wei) marca o primeiro projeto da telona do mestre sul-coreano Park Chan-wook desde o arrebatador A Criada (2016).

    Espere por uma cinematografia pictórica, uma trilha sonora assombrosa, tensão sexual fervente e reviravoltas em abundância.

    Irma Vep

    Uma releitura de seu clássico cult de 1996 com o mesmo nome, a brilhante série de Olivier Assayas examina a estrela de cinema Alicia Vikander (Tomb Raider: A Origem) em crise. Ao mergulhar de cabeça em uma nova personagem, ela descobre que as linhas entre fato e ficção estão se tornando perigosamente confusas.

    Broker

    Song Kang-ho (Parasita), está no centro deste filme sentimental delicadamente construído por Hirokazu Koreeda, um vencedor anterior do Palma de Ouro por seu sensível e otimista Assunto de Família (2016). O tema de seu novo filme é o fenômeno das caixas de bebê na Coreia do Sul, lugares onde recém-nascidos podem ser abandonados anonimamente para serem cuidados por outros.


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    CRÍTICA | Cyber Hell: Exposing an Internet Horror (2022, Choi Jin-seong)

    Lançado em 18 de maio de 2022, Cyber Hell: Exposing an Internet Horror é um documentário original da Netflix que aborda a rede de crimes sexuais cometidos na Coreia do Sul utilizando o aplicativo de mensagens Telegram.

    A produção coreana foi desenvolvida em parceria com a INDIESTORY Inc. e retrata a investigação jornalística e policial do caso conhecido como Nth Room, ocorrido entre o terceiro trimestre de 2019 e o primeiro trimestre de 2020. Confira nossa análise a seguir.

    SINOPSE DE CYBER HELL: EXPOSING AN INTERNET HORROR

    Uma rede de salas de bate-papo online estava repleta de crimes sexuais. Para acabar com ela, foi preciso coragem e perseverança.

    ANÁLISE

    O documentário Cyber Hell: Exposing an Internet Horror inicia com avisos necessários sobre a descrição dos crimes cometidos e dos atos que as vítimas foram obrigadas a realizar, destacando que mesmo situações genéricas e as descrições podem afetar negativamente a audiência. A produção também acerta ao esclarecer que localizações foram alteradas e determinadas situações foram encenadas para melhor contextualizar sem prejudicar ainda mais as vítimas.

    A produção coreana da Netflix se desenvolve a partir dos relatos de jornalistas e policiais que atuaram no caso Nth Room entre 2019 e 2020. Podemos dizer que o documentário se divide em três partes:

    • Até a chegada ao primeiro criminoso preso;
    • a caçada para prender o dono de um dos grupos, o Baksa;
    • e como foi complexo prender o Godgod, dono do outro grande grupo no Telegram.

    De início, os relatos ficam sob responsabilidade dos jornalistas, que explicam como tiveram os primeiros contatos com a existência das salas no Telegram e quais foram seus primeiros passos para apurar as denúncias.

    Nessa parte, o documentário se vale muito da pós-produção para recriar conversas no Telegram, envio de fotos e vídeos, entre outras situações. Também cria uma atmosfera pesada, mas respeitosa, por meio de ilustrações e encenações um tanto artísticas. Sem dúvidas, a pós-produção é um dos pontos altos de Cyber Hell: Exposing an Internet Horror.

    No entanto, a mistura de tantos elementos gráficos distintos infla desnecessariamente essa primeira parte da produção. Tirando as animações que remetem à tecnologia para ilustrar a atuação dos criminosos, as demais vão sumindo com o avançar da produção, tornando confusas algumas escolhas criativas.

    Alguns detalhes compartilhados pelos jornalistas também contribuem para essa sensação arrastada do primeiro terço de Cyber Hell: Exposing an Internet Horror. A investigação, o modus operandi dos criminosos e o contexto cultural coreano são interessantes demais, mas não são plenamente explorados, pois há espaço excessivo para algumas explicações que pouco agregam ao documentário.

    A produção avança em um ótimo ritmo quando os relatos dos policiais passam a dominar a narrativa a partir da primeira prisão no caso – o usuário Rabbit. Estranhamente a identidade do criminoso não é revelada pela produção, sem qualquer justificativa.

    Embora a pós-produção seja muito bem feita e contribua efetivamente para a contextualização dos fatos, a montagem de Cyber Hell: Exposing an Internet Horror poderia ser melhor.

    Primeiro, porque há um afastamento entre os relatos dos jornalistas e dos policiais nas segunda e terceiras partes da produção. Isso é estranho, pois a etapa inicial indicava uma atuação próxima entre todos. Faltou uma conexão melhor entre o que cada um relatava a partir da caçada ao Baksa, problema que se acentua na perseguição complexa para prender o Godgod.

    Outro ponto negativo da montagem é não aproveitar os relatos de profissionais mulheres que contextualizam o cenário sociocultural da Coreia do Sul, o consumo de pornografia e esse mercado criminoso. A maior parte dessas entrevistas estão literalmente no fim do documentário, dividindo a tela com os créditos da produção. Uma grande chance perdida de inseri-las ao longo da narrativa.

    Aliás, algo muito estranho diz respeito a todos os profissionais que não são jornalistas. Embora os nomes e cargos estejam na tela, em coreano, as legendas em qualquer idioma não exibem essas informações. Isso prejudica a experiência da audiência, pois ficamos sem saber quem está falando e qual o papel na investigação, ou qual profissional está explicando os contextos que mencionei.

    Espero que a Netflix arrume isso. Caso contrário, somente quem sabe ler coreano irá compreender essas informações.

    VEREDITO

    Cyber Hell: Exposing an Internet Horror é um necessário documentário da Netflix que explica bem como se deu a atuação de uma rede de crimes sexuais executada via Telegram. A mensagem principal da narrativa é passada com êxito e, por isso, já vale a audiência.

    No entanto, há pontos que poderiam ser melhores, principalmente em relação ao aproveitamento de profissionais que contribuem para explicar o contexto sociocultural da Coreia do Sul, e de como provavelmente redes criminosas do tipo continuam atuando no país.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Cyber Hell: Exposing an Internet Horror

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    CRÍTICA – Quatro Amigas Numa Fria (2022, Roberto Santucci)

    Estrelado por Fernanda Paes Leme, Maria Flor, Micheli Machado e Priscila Assum, a comédia Quatro Amigas Numa Fria apresenta a história de um grupo de amigas de infância curtindo uma despedida de solteira em Bariloche. Porém, os planos não saem bem como elas imaginaram.

    O longa estreia no dia 19 de maio nos cinemas de todo o Brasil. Confira nossa crítica sem spoilers da produção.

    SINOPSE DE QUATRO AMIGAS NUMA FRIA

    A produção apresenta Daniela (Maria Flor), Karen (Fernanda Paes Leme), Ludmila (Micheli Machado) e Josie (Pri Assum), quatro amigas de infância que viajam a Bariloche para a despedida de solteira da Dani, esperando uma viagem tranquila e divertida. Ao chegarem na cidade argentina, no entanto, as coisas não saem exatamente como elas planejaram.

    Entre chalés sem aquecedores, esquis e muita neve, a viagem se torna uma oportunidade para revelações do passado e mágoas do presente que vão alterar para sempre o futuro das amigas.

    ANÁLISE

    Quatro Amigas Numa Fria apresenta um grupo interessante de personagens femininas lidando com suas inseguranças, ao mesmo tempo que redescobrem um elo de amizade há muito balançado pelas consequências da vida adulta.

    Daniela, interpretada por Maria Flor, é a personagem que todas as outras pessoas invejam. Com a vida dos sonhos, ela é admirada por todos e está prestes a se casar com um cara bacana. As outras três amigas, por outro lado, dificilmente conseguem alcançar o “nível” de vida de Daniela, já que cada uma delas possui particularidades bem distintas.

    Karen é a mais misteriosa do grupo e possui uma personalidade mais volátil, Josie é a criança que esqueceu de crescer e Ludmila é a mãe de família sobrecarregada e que abre mão de cuidar de si mesma em prol da família.

    Esse grupo de amigas de infância se reencontra nessa fase adulta após anos sem terem um tempo juntas. Ao fazerem uma viagem para Bariloche, elas começam a entender melhor umas às outras, retomando seu laço de amizade fragilizado. No entanto, o roteiro de Paulo Cursino e Taisa Lima acrescenta outros personagens ao longo da história, dividindo a trama em núcleos e afastando o público da relação entre as amigas.

    CRÍTICA - Quatro Amigas Numa Fria (2022, Roberto Santucci)

    Apesar do drama de Karen ser interessante, não há tempo suficiente para desenvolvê-lo de forma eficiente. O mesmo podemos dizer da história de Daniela e seu noivo, mesmo Maria Flor tendo um grande tempo de tela.

    Josie é a mais negligenciada da produção, pois além de ser o alívio cômico, alguns plots que a envolvem são um tanto problemáticos. Quem acaba se valendo do enfraquecimento narrativo das outras personagens é Ludmila, que possui a trama mais divertida e tocante.

    A reflexão da personagem sobre não ser uma mulher que as amigas admiram, afinal ela não é rica, “bem-sucedida” e é mãe de três filhos; acaba sendo uma das mensagens mais interessantes que o longa apresenta, pois gera um debate pertinente sobre a imagem da mulher considerada inspiradora.

    Apesar de se passar em uma locação bonita como Bariloche, poucas são as cenas em que a paisagem realmente causa algum impacto. Devido às diversas tramas paralelas e à duração do filme, tudo parece um pouco corrido, o que acaba pesando na experiência final.

    VEREDITO

    Quatro Amigas Numa Fria busca apresentar uma história simples, mas se enrola em suas subtramas e perde o ponto da trama onde a reaproximação das amigas deveria ser o foco principal. Com algumas “piadas” problemáticas (e um tanto caricatas), a produção perde algumas oportunidades.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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