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    Noites Sombrias #39 | 5 filmes originais da Netflix para assistir

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    A Netflix é uma opção de streaming presente em vários lares brasileiros, se tornando um canal bem importante de entretenimento para uma boa parte da população.

    Uma das características mais marcantes da vermelhinha é sua quantidade imensa de títulos, uma vez que sua estratégia é ter um catálogo vasto. Por isso, nós do Feededigno vamos selecionar cinco obras originais de terror para você, querido amigo, possa assistir do jeito que quiser, confira:

    1922 (2017, Zak Hilditch)

    netflix

    Abrindo a lista, temos 1922, uma obra adaptada do rei do terror e fantasia, Stephen King.

    Na trama, Wilfred James (Thomas Jane) é um fazendeiro casado com uma mulher abastada e os dois passam por uma crise no casamento. Junto com seu filho Henry (Dylan Schmid), os dois cometem um crime grave e agora a culpa os atormenta.

    1922 é o tipo de terror psicológico que foca pouco nos sustos, mas que apresenta muitas cenas agoniantes e que vão te fazer ter arrepios. As boas atuações, texto reflexivo e uma direção que sabe o que quer, o longa é poderoso e cheio de momentos de tensão.

    VOZES (2020, Angel Gómez Hernandez)

    Seguindo a lista de filmes originais da Netflix, temos Vozes, uma obra espanhola que deu muito medo em quem assistiu.

    O filme conta a história de Daniel (Rodolfo Sancho) um pai de família dedicado que passa por uma tragédia terrível. Para piorar, agora ele é atormentado por uma força maligna que o faz sofrer ainda mais, destruindo tudo que ele ama.

    Vozes é o tipo de obra que trabalha algo que normalmente é um ponto negativo no gênero de terror que é o recurso dos jump scares. A direção sabe o que faz e constrói bem suas cenas e conta com um ótimo elenco que segura muito bem as pontas aqui. Vale muito a pena!

    O QUE FICOU PARA TRÁS (2020, Remi Weekes)

    CRÍTICA - O Que Ficou Para Trás (2020, Remi Weekes)

    Trazendo mais um filme que o terror é especificamente psicológico, mas com toques muito importantes sobre racismo e xenofobia, temos aqui O Que Ficou Para Trás.

    Um casal do Sudão foge da guerra que assola seu país e agora tenta uma nova vida na Inglaterra. Entretanto, o lugar no qual agora eles moram não é o que parece, trazendo horrores tão terríveis quanto o do lugar do qual fugiram.

    O Que Ficou Para Trás é denso, pois tem em seu roteiro um argumento bastante convincente de como é incômodo não pertencer a um lugar. Com personagens bastante realistas, o longa é um tapa na nossa cara, todavia, ainda consegue assustar, além de fazer a gente refletir muito sobre uma situação bastante banal.

    TEM ALGUÉM NA SUA CASA (2021, Patrick Brice)

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    Agora um terrorzinho slasher bobo, pois ninguém é de ferro.

    Em Tem Alguém na Sua Casa, um assassino cruel começa a caçar pessoas com segredos obscuros, matando todos aqueles que não mostram sua verdadeira face.

    O novo longa da Netflix é um bom entretenimento, apesar de suas diversas falhas e problemas de direção. Por mais que o filme tenha seus defeitos, há aqui uma violência gráfica bastante visceral e que não deve nada para filmes de terror de grandes orçamentos. Quem busca muita sanguinolência, gore e inventividade nas mortes, veio ao lugar certo assistindo Tem Alguém na Sua Casa!

    TRILOGIA RUA DO MEDO (2021, Leigh Janiak)

    Rua do Medo - 1978 Parte 2 - netflix

    Por fim, mas não menos importante, uma dica três em um, já que Rua do Medo é um projeto que deve ser assistido de forma completa!

    A história começa quando um assassino começa a matar vários jovens, todavia, esses evento não é único na cidade de Shadyside que é assolada por massacres que ocorreram em diversos anos na linha do tempo daquele lugar.

    Com uma apresentação inovadora e usando como base diversos longas famosos do gênero como Pânico, A Bruxa e Sexta-Feira 13, Rua do Medo é um dos títulos mais legais e inventivos da Netflix. Com personagens legais, uma atmosfera sombria e descolada e boas sacadas da diretora Leigh Janiak, a trilogia fecha com chave de sangue a nossa lista.

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    CRÍTICA – Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano (2021, Alan Taylor)

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    Família Soprano é uma das melhores séries já feitas. Suas 21 estatuetas do Emmy e os cinco Globos de Ouro, entre outros prêmios, apenas confirmam isso. Esse drama criminal contou com seis temporadas em que acompanhamos Tony Soprano (James Gandolfini), um ítalo-americano membro de uma família de criminosos e que se torna o chefe da máfia em Nova Jersey, em suas visitas ao divã, já que sofre ataques de pânico motivados pelos problemas que enfrenta no trabalho e em casa com sua família.

    Depois de 14 anos do fim da série, é lançado Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano (The Many Saints of Newark), seriado que se passa no período da infância do protagonista da série, Tony Soprano. O foco, porém, é em Dickie Moltisanti, padrinho de Tony e um dos principais nomes da família de mafiosos de Nova Jersey.

    SINOPSE DE OS MUITOS SANTOS DE NEWARK

    O jovem Anthony Soprano (Michael Gandolfini) foi criado em uma das mais tumultuadas épocas da história de Newark, tornando-se um homem justamente quando gângsteres rivais começam a se erguer e desafiar o domínio da soberana família criminosa, os DiMeo, sobre a cidade cada vez mais racialmente dividida. Apanhado nos tempos de mudança está o tio que ele idolatra, Dickie Moltisanti (Alessandro Nivola), que luta para manter as responsabilidades profissionais e pessoais – e cuja influência sobre o sobrinho ajudará a transformar o impressionável adolescente no chefe da máfia todo-poderoso que mais tarde conheceremos: Tony Soprano.

    ANÁLISE

    A obra de Alan Taylor (O Exterminador do Futuro: Gênesis) fez ainda mais que isso, preenchendo a narrativa com alguns fan services para refrescar e confortar seu público fiel saudoso da série.

    Através de Michael Gandolfini conseguimos notar os primeiros traços de vulnerabilidade vistos na performance de seu pai, especialmente em alguns momentos chave da série de televisão, como quando não conseguiu conter as lágrimas ao lembrar dos patinhos que cuidou, e um dia resolveram voar para longe, abandonando o chefão da máfia.

    Temos aqui uma Vera Farmiga ligeiramente irreconhecível, pois está perdida em seu papel aqui. Ela é uma atriz brilhante, mas o roteiro não dá à sua personagem nenhuma cena verdadeiramente convincente. Além da cena em que ela questiona o progresso acadêmico de Tony, o resto de suas sequências não são verdadeiramente memoráveis, ​​e a atriz não tem culpa. É um problema de escrita que afasta um pouco os espectadores do resto do filme, que é mais direto.

    O que eleva as cenas do filme é o jovem do Tony com a atuação de Michael Gandolfini, que é surpreendente. Ele não imita o pai, não faz uma mera caricatura, mas consegue trazer de volta o Tony Soprano de uma forma que ainda não tínhamos visto, mais leve e vulnerável. O filme realmente parece ser o início de uma promissora carreira para o ator.

    Os Muitos Santos de Newark é a nova história da Família Soprano, lançada na HBO Max Brasil em 5 de novembro de 2021. Confira nossa análise!

    Existem algumas cenas intensas no final. Uma sequência particular ambientada em uma praia é totalmente absorvente, com o público questionando a capacidade de Dickie de aceitar uma revelação chave na trama sobre o personagem Giuseppina. Também há momentos mais leves, como quando Tony se envolve no sequestro de um caminhão do Mister Softee.

    Por consequência, o desfecho do filme e o paralelo que Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano tenta fazer entre as três figuras – Dickie, Tony e Chris – não atinge de maneira poderosa como deveria. Apesar disso, o encerramento até traz uma surpresa que modifica nosso entendimento sobre um personagem-chave da série.

    E também é preciso ressaltar a atuação poderosa de Alessandro Nivola. Assim como Gandolfini nas suas cenas, Nivola é o centro poderoso do filme sempre que aparece. Ele o domina, e o seu retrato de Dickie é sempre verdadeiro. No fim das contas, o longa é elevado por essas duas atuações.

    VEREDITO

    Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano chega com uma carga de pressão em representar o prelúdio de uma das maiores séries televisivas de todos os tempos.

    Estética e personagens da narrativa foram bem representados e tem coerência com o universo. Porém, é possível notar que era necessário mais tempo para desenvolver todas as histórias que queria contar e explorar o contexto histórico no qual se passa. É possível notar que Alan Taylor dirige uma obra onde não encontra o ponto certo para contar a sua história.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano

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    TBT #150 | Homem-Aranha 2 (2004, Sam Raimi)

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    A trilogia do Homem-Aranha de Sam Raimi é considerada por muitos um dos grandes precursores do Universo Cinematográfico Marvel como o conhecemos hoje. Homem-Aranha 2 é não apenas um marco para o Amigão da Vizinhança, mas também para o cinema de heróis, como o filme mais bem avaliado de Sam Raimi, com 93% da crítica especializada no Rotten Tomatoes.

    Homem-Aranha 2 é um dos filmes mais marcantes e bem dirigidos e mesmo depois de 17 anos após seu lançamento é considerado por muitos fãs, como o melhor filme do Homem-Aranha já feito.

    SINOPSE

    Quando uma falha na experiência de fusão nuclear resulta em uma explosão que mata sua esposa, o Dr. Otto Octavius (Alfred Molina) é transformado em Dr. Octopus, um ciborgue com tentáculos de metal. Doutor Octopus culpa o Homem-Aranha pelo acidente e quer vingança. Enquanto isso, o alter ego do herói, Peter Parker (Tobey Maguire), perde seus poderes. Para complicar as coisas, o seu melhor amigo odeia o Homem-Aranha e sua amada fica noiva.

    ANÁLISE

    Após os acontecimentos de Homem-Aranha (2002) ainda repercutirem na vida de Peter Parker, o herói tenta conciliar sua vida dupla de herói e as durezas da vida adulta.

    Homem-Aranha 2

    Enquanto mergulha em um dos mais brilhantes aspectos do personagem nos quadrinhos, que é a sua paixão pela ciência, o filme brilha ao nos colocar diante do que virá a ser o grande antagonista do filme e a maior ameaça que Parker irá enfrentar em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa.

    O cuidado de Sam Raimi ao mostrar a transição de um Peter pós-colegial casa muito bem com o momento mais sério da vida do personagem, que precisa lidar com as consequências do filme anterior enquanto tenta conciliar trabalho, família, amigos e sua vida de super-herói.

    Um dos elementos que fazem do Homem-Aranha o herói mais brilhante já criado, é que além de suas habilidades aracnídeas, é seu altruísmo e até onde ele pode ir para evitar que algum mal aconteça aos cidadãos do Queens, ou de Nova Iorque como um todo.

    Ainda que enfrente algumas críticas por Tobey Maguire ser bem mais velho do que o personagem que ele interpreta, essa é uma das atuações em que se vê um destaque do quão emotiva uma história do Homem-Aranha pode ser, e como Maguire a faz ser.

    Nos levando por caminhos tão absortos da psique de Peter, vemos que mesmo quem tem em seu coração tal desprendimento, precisa encontrar dentro de si uma razão para proteger aqueles que não podem fazê-lo sozinhos. O segundo ato do filme, representa uma quebra na narrativa de ação. Trazendo o lado mais humano e pé no chão do personagem que precisa naquele momento decidir qual caminho tomar.

    O Doutor Octopus de Alfred Molina é de fato tão brilhante e trágico quanto um personagem de uma tragédia grega. Cuja ascensão e queda, são motivadas apenas por sua ganância.

    VEREDITO

    Homem-Aranha 2

    Como a principal ameaça que Peter enfrentará em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, veremos o retorno de Molina como o adorado antagonista do Teioso, mas tudo aponta que ele não estará sozinho e Octopus, Duende Verde, Abutre, Homem-Areia, Electro devem se reunir para enfrentar o único herói que foi capaz de pará-los em seus filmes anteriores.

    Com os remakes, reboots e diversas versões do herói, a Marvel Studios viu nos personagens a oportunidade de abrir o multiverso e trazer os vilões como a maior ameaça que o Peter Parker de Tom Holland já enfrentou – e convenhamos, se os vilões estarão presentes no próximo filme do Cabeça de Teia, por que Andrew Garfield e Tobey Maguire não retornam também?

    Homem-Aranha 2 é um filme de herói necessário não apenas para entender o futuro da Marvel nos cinemas, mas também entender seu passado. Ver o caminho que foi trilhado até que a Marvel Studios pudesse ser o que é hoje, após 13 anos de Universo Cinematográfico Marvel.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer legendado:

    Homem-Aranha 2 pode ser assistido na Netflix e na Globoplay.

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    CRÍTICA – Não Devíamos Ter Crescido (2021, Yoshihiro Mori, Hayato Kawai)

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    Não Devíamos ter Crescido é um filme japonês e está disponível na plataforma da Netflix, escrito por Ryô Takada e com direção de Yoshihiro Mori e Hayato Kawai, possui um enredo melancólico que nos faz questionar sobre a vida adulta e as nossas antigas expectativas sobre essa fase.

    SINOPSE

    Sato (Mirai Moriyama) é um homem com cerca de 40 anos, que apesar de ter boas condições financeiras, se sente frustrado profissionalmente, para completar, uma solicitação de amizade em uma rede social, de um antigo romance faz com que entre em uma profunda reflexão sobre a vida adulta onde somos levados. 

    VOCÊ ESTÁ SATISFEITO COM SUAS ESCOLHAS?

    Esse é o grande dilema em que Não Devíamos ter Crescido joga em nosso rosto a todo instante, enquanto lentamente nos carrega pela vida de Sato, que reflete sobre suas antigas namoradas, as relações e suas escolhas.

    Não é uma produção com grandes acontecimentos, sua premissa é o espectador dê uma pausa nas grandes explosões, plots-twists e emoções mais abruptas, para assim como o personagem principal da trama, analise sobre si mesmo no embalo de um ritmo lento.

    O que é bem comum em filmes de dramas, porém, houve um excesso particularmente de conteúdo, porque possui muitas cenas que poderiam ser facilmente deletadas, seu primeiro erro foi não ser sucinto em sua narrativa.

    Ou seja, não haveria a necessidade de ser uma obra com duração de duas horas e quatro minutos, outro ponto que dificulta a darmos atenção total para o filme é o fato do personagem chave da narrativa não ter carisma, por isso fica praticamente impossível se emocionar mais intensamente e ter empatia.

    Mas, o que nos agarra nas mãos suaves de Não Devíamos ter Sofrido, é a capacidade visual que tem, são cenas lentas e com a beleza da delicadeza de uma fotografia que não recorre a grandes artifícios para encantar, aliás, nos deixa com gostinho nostálgico de fotografia analógica, e uma cena que foi o “click” na minha mente, responsável por me fazer questionar sobre a inspiração do filme.

    O TEMPO DESTRUIU OS SEUS SONHOS?

    Existe uma cena, em que aparece uma propaganda com vários relógios e o nome Chronos, se você não se lembra deste personagem da mitologia ou desconhece, saiba ser o Deus do Tempo.

    Em um quadro de 1964 considerado um clássico, Chronos corta as asas do Cupido, o responsável por despertar o amor, basicamente a mensagem que o artista Pierre Mignard quer passar, é que o tempo pode matar nossos sonhos, e assim, como os amores que carregamos com tanto afinco.

    O que explica os sentimentos de Sato, que perde conforme o tempo vai caminhando a paixão pelos sonhos, pessoas e tudo o mais que poderia cativar.

    VEREDITO

    Não Deveríamos Ter Crescido

    Apesar da proposta de Não Devíamos ter Crescido diferir de Medianeras, para quem já assistiu diversas vezes (eu), pode ter lembranças sutis, devido a alumas cenas similares, mas, ao contrário do filme argentino, a produção em questão não conseguiu passar sua visão de um jeito que nos prendesse totalmente.

    O filme não é ruim, principalmente, considerando a sutileza de referência e a beleza da fotografia, mas poderia ter sido mais breve cortando diversas cenas que não foram essenciais para o objetivo da produção.

    Nossa nota

    3,7/5,0

    Confira o trailer de Não Devíamos Ter Crescido:

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    CRÍTICA – 7 Prisioneiros (2021, Alexandre Moratto)

    7 Prisioneiros é o novo filme brasileiro do catálogo da Netflix. Dirigido por Alexandre Moratto, o longa é produzido por Fernando Meirelles (Dois Papas) e Ramin Bahrani (O Tigre Branco), e possui em seu elenco principal os atores Rodrigo Santoro e Christian Malheiros.

    A produção foi apresentada nos festivais de Veneza e Toronto, e chega ao streaming no dia 11 de novembro.

    SINOPSE

    Para proporcionar uma vida melhor para sua família em casa, Mateus (Christian Malheiros), de 18 anos, aceita um emprego em um ferro-velho em São Paulo para seu novo chefe, Luca (Rodrigo Santoro), mas é apanhado no perigoso mundo do tráfico humano.

    ANÁLISE

    7 Prisioneiros retrata os horrores do trabalho escravo e do tráfico humano, uma realidade que é difícil de ser contada em tela. O roteiro de Alexandre Moratto e Thayná Mantesso acompanha a história de jovens que vão para São Paulo em busca de uma vida melhor. Cheio de sonhos e planos, os rapazes são enganados por um sequestrador, que os vende como mercadoria para Luca, interpretado por Rodrigo Santoro.

    Inicialmente acreditando que aquele será um trabalho como qualquer outro, os jovens se empenham sem parar, dando o seu melhor. Entretanto, a realidade logo bate à porta, e o que parecia uma chance de mudar de vida, se torna o maior pesadelo de todos.

    Com o desenrolar da trama, e do trabalho do grupo no ferro velho, conhecemos mais a fundo suas personalidades e histórias. Entendemos também as motivações por trás dos negócios de Luca e a rede de tráfico humano que se desenvolve na cidade.

    Em uma hora e 33 minutos de duração, 7 Prisioneiros possui tempo suficiente para estabelecer seu plot principal e desenvolver um suspense bem cadenciado em todos os seus atos. Mesmo boa parte do filme se passando dentro do ferro velho, a trama não é tediosa e nem arrastada, trazendo dinâmicas diferentes para demonstrar todas as situações vividas por aqueles jovens dentro daquela prisão.

    CRÍTICA - 7 Prisioneiros (2021, Alexandre Moratto)

    Esse é o segundo trabalho de Christian Malheiros com Moratto e Mantesso. Sua parceria anterior foi em Sócrates, filme lançado em 2018. Ambos os longas retratam os desafios da sobrevivência, cada um dentro de sua própria proposta. Em 7 Prisioneiros, a atuação de Malheiros complementa o ótimo trabalho de Santoro, um ator que dispensa elogios.

    Ao navegar pelo sistema que perpetua o a escravidão moderna, o personagem principal passa a ter entendimento sobre o que é necessário para sobreviver em meio a um mundo de opressores e oprimidos. Tanto Mateus quanto Luca são diferentes, mas, em certos momentos, iguais, e a produção de Moratto consegue construir esses paralelos de maneira inteligente, sem cair no clichê.

    O que mais chama a atenção em 7 Prisioneiros é a capacidade de impactar conduzindo uma trama simples, mas poderosa. Não há aqui inúmeras cenas de violência ou acontecimentos que beiram ao absurdo. O roteiro afiado de Moratto e Mantesso fornece o necessário para todos os atores brilharem em cena e emocionarem o espectador.

    VEREDITO

    7 Prisioneiros é uma das melhores produções brasileiras da Netflix. É uma pena que esse filme não possa competir na corrida para o Oscar 2022, pois certamente teria muitas chances de ser selecionado.

    Faça um favor a você mesmo e assista ao longa na estreia, no dia 11 de novembro.

    Nossa nota

    4,5/5,0

    Assista ao trailer:

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    Sandy+Chef: Conheça o novo programa brasileiro da HBO Max

    Baseado no sucesso de Selena+Chef, a HBO lançará no Brasil seu novo reality show de culinária, Sandy+Chef. Uma produção Max Originals em parceria com a Boxfish. A série contará com seis episódios e tem data de estreia marcada para o dia 11/11.

    Sandy será desafiada a reproduzir receitas sofisticadas, auxiliada remotamente por Chefs reconhecidos nacional e internacionalmente. Presencialmente, contará com o apoio de familiares e convidados, o que vai deixar tudo com um clima mais aconchegante e divertido.

    O elenco de Chefs desta temporada contará com nomes como Paola Carosella, Murakami, Lili Almeida, Thiago Castanho, Renata Vanzetto e João Diamante. Ao final de cada programa, cada Chef é convidado a escolher uma ONG com fins gastronômicos para receber uma doação de R$ 25 mil.

    A intimidade de Sandy com a culinária

    Perguntada na coletiva de imprensa sobre sua familiaridade com a cozinha, Sandy comentou que gosta muito de assistir a realities e a programas de culinária em geral. Ainda assim, ela reconhece que por sua rotina ser bastante atribulada, não consegue muito tempo para se dedicar.

    “São raras as vezes em que eu vou para cozinha, mas quando eu vou, é com muito prazer e com muita alegria”, afirmou Sandy. E confessou, rindo: “sou um pouco estabanada”. Por não ter tanta prática e não ter muito conhecimento de técnicas para cortar os alimentos, ela assume que cozinha mais por intuição.

     

    Sandy+Chef: Conheça o novo programa brasileiro da HBO Max

    Ela ainda completou: “Eu sei temperar, quando tempero eu tenho mais ou menos uma noção. Sempre que eu faço uma comida, as pessoas elogiam, e eu fico feliz com isso. Eu acho que tenho uma intuição, uma percepção para a gastronomia, mas prática, zero”.

    Os desafios de Sandy no reality

    Durante os primeiros episódios, a cantora comenta sobre seu perfeccionismo, o que acaba deixando-a bastante ansiosa em vários momentos. A ambição pela perfeição se tornou ainda maior com a responsabilidade de não fazer feio na frente de grandes Chefs.

    Neste sentido, na coletiva, Sandy também revelou que tinha um pouco de receio em relação à Chef Paola Carosella. Ainda que a mesma tenha sido uma sugestão e solicitação da própria Sandy para a produção do reality, a protagonista assumiu estar nervosa para ser guiada pela renomada Chef, por saber de seu alto nível de exigência.

    Paola Carosella é uma das Chefs convidadas para a primeira temporada do reality show da Sandy

    Apesar de toda a expectativa quanto a essa situação, que se agravou no dia da gravação por terem havido alguns problemas de conexão de internet, ela comentou aliviada na coletiva sobre a postura de Carosella: “Apesar de ela ser muito simpática e querida, eu estava um pouco nervosa para ser guiada por ela. Mas ela foi maravilhosa e teve paciência […]. E a gente teve problemas na transmissão e na internet, e tivemos que esperar muito. E gerou um cansaço, mas ela foi muito maravilhosa e ficou lá até o fim”.

    A presença da família como ponto alto

    Muito do entretenimento em Selena+Chef vem da pouca familiaridade de Selena Gomez com a cozinha. Já na versão brasileira, como Sandy tem por característica o perfeccionismo e a alta exigência em relação a ela mesma, os pontos altos de Sandy+Chef ficam por conta dela se debruçando na bancada para conseguir assistir detalhadamente às instruções dos Chefs, além do nítido cuidado da família e convidados – e as brincadeiras que eles proporcionam.

    “Com eles (a família) ali, facilita bastante a vida. Fora que eles acabaram deixando mais prático para mim. Se eu estou concentrada no que o Chef está explicando, um vai limpando a bancada, o outro vai lavando a faca para eu poder usar de novo”.

    Conheça Sandy+Chef, o novo reality show da HBO que estreia no dia 11/11 e poderá ser assistido através do HBO Max.

    Além deste apoio prático, é impossível não reparar e não se apaixonar pelo carinho familiar que existe no ambiente, o que torna o clima muito mais leve.

    Existem inclusive momentos bem caseiros em que a mãe de Sandy, Suely, dá uns puxões de orelha em Xororó, um dos pontos altos no entretenimento do reality. “Fica mais divertido e mais gostoso. Dá uma descontraída. Um solta uma piada aqui, o outro dá uma risada ali. E tudo fica mais leve e mais gostoso”, Sandy comentou.

    A relação entre música e culinária

    A qualidade e intimidade de Sandy com a música já são amplamente conhecidas e admiradas. Perguntada sobre a possibilidade de haver uma relação entre a música e a gastronomia, ela prontamente apontou ambas como artes:

    “Eu acho que tudo é arte. Música, incontestavelmente, é uma forma maravilhosa de arte. Eu amo me expressar através da música. E eu identifico muito isso na culinária. Eu acho que a culinária é uma forma de se expressar. E é uma arte. São tantos processos. É uma mágica o que acontece. Não é qualquer pessoa, fazendo de qualquer jeito, que faz dar certo”.

    A cantora e produtora ainda complementa, enaltecendo pontos mais técnicos de semelhança, dizendo que “tem que ter um estudo, um foco, uma atenção, um olhar, uma percepção. Tem que ter muitas coisas […]. E querendo ou não, a gastronomia, ela vem também de um lugar de inspiração”.

    Além dos aspectos técnicos, ela também pontuou fatores mais sentimentais e culturais, comentando que a culinária traz um conforto físico: “A arte faz as pessoas se unirem […] A gente tem datas comemorativas que giram em torno de uma certa refeição especial. Então, a comida é uma coisa muito agregadora, que denota união, amor, harmonia […] Eu fico emocionada em falar da relação destas duas artes”.

    Segunda temporada de Sandy+Chef e a descoberta de uma nova paixão

    Durante a coletiva, houve alguns indícios de que poderá haver uma segunda temporada de Sandy+Chef. A própria Sandy, ao ser questionada sobre sua expectativa, declarou que gostaria muito de novos desafios, inclusive salientando seu desejo por mais receitas na área da confeitaria.

    Durante o reality, Sandy comenta com o Chef Murakami que seus hobbies atualmente são aromaterapia, yoga e reiki. Nós do Feededigno conseguimos, na coletiva, fazer uma pergunta para a estrela, se por acaso a culinária tinha ganhado um espaço neste seleto grupo de atividades de lazer.

    O Chef Murakami é um dos Chefs convidados para o reality show da Sandy na HBO Max

    A protagonista confessou que ainda não teve tempo para pôr os aprendizados em prática. Ainda assim, afirmou: “eu, que já era apaixonada por cozinha e culinária, fiquei ainda mais apaixonada. Então, vou dizer que eu pretendo que isso vire mais um hobby – e dos principais, mesmo. Quero muito”.

    Sandy+Chef vai ao ar no dia 11 de novembro de 2021 através da HBO Max e já estamos ansiosos por descobrir quais os outros pratos que Sandy cozinhou e quais outros desafios surgiram nesta temporada.

    A HBO ressalta que as gravações foram realizadas em uma locação em Campinas, seguindo todos os protocolos de segurança da WarnerMedia e da OMS.

    Sandy+Chef faz parte das mais de 100 produções locais Max Originals na América Latina previstas para estrear na HBO Max nos próximos dois anos. Todos esses novos títulos serão exclusivos para a plataforma.

    Confira o trailer:

    Descubra mais títulos do HBO Max já assistidos pelo Feededigno aqui neste link.

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