Início Site Página 330

    CRÍTICA – Um Match Surpresa (2021, Hernan Jimenez)

    Um Match Surpresa (Love Hard) é mais uma produção natalina original da Netflix. O streaming tem investido pesado nesse tipo de produção no fim de cada ano, trazendo ótimas opções de filmes e séries para o seu catálogo.

    Com roteiro de Daniel Mackey e Rebecca Ewing, e direção de Hernan Jimenez, a produção chegou ao catálogo no dia 5 de novembro.

    SINOPSE

    Depois de encontrar o match perfeito, uma escritora decide atravessar o país e surpreender o pretendente no Natal, mas quem leva uma surpresa é ela.

    ANÁLISE

    Um Match Surpresa possui uma trama bem comum. Natalie (Nina Dobrev) é uma garota bonita e solteira que quer muito arranjar um namorado. Desesperada por encontrar seu amor verdadeiro, ela se submete a diversos encontros desastrosos em um aplicativo de paquera.

    A personagem trabalha para um site e escreve artigos sobre seus encontros desastrosos, sendo uma celebridade nessa área. Tudo muda quando Natalie finalmente dá match com um rapaz que ela considera perfeito. Engraçado, com diversas referências e, claro, lindíssimo. Bom demais para ser verdade.

    Ao surpreender seu web namorado às vésperas do Natal, Natalie descobre que sofreu o famoso catfish. Por meses ela havia mantido contato com Josh Lin (Jimmy O. Yang), um homem visualmente diferente daquele que ela encontrou no aplicativo.

    CRÍTICA - Um Match Surpresa (2021, Hernan Jimenez)

    Percebendo que caiu num golpe, Natalie faz um acordo com Josh. Ambos vão fingir que são namorados até o Natal, para que a família dele fique orgulhosa. Em contrapartida, Josh irá ajudar Natalie a conquistar Tag (Darren Barnet), o carinha bonito da foto.

    Um Match Surpresa perde a chance de aplicar elementos da realidade para forçar um romcom que não entretêm. O roteiro de Daniel Mackey e Rebecca Ewing possui momentos até espirituosos, mas longe de nos manter motivados a torcer pelas resoluções apresentadas em tela.

    Nina Dobrev e Jimmy O. Yang são carismáticos, mas não conseguem levar o espectador a se apaixonar, junto com eles, pelo desdobramento da história. Quanto mais estranhas e vergonhosas as situações do longa se tornam, mais sentimos as problemáticas das escolhas criativas.

    Em um gênero de filmes tão saturados como o romcom, é até entendível como referências ao filme Simplesmente Amor são sempre utilizadas. Afinal, todos tentam marcar um espaço no imaginário dos espectadores da mesma forma que esse “clássico” do gênero conseguiu, mas poucos estão dispostos a criar cenas marcantes.

    CRÍTICA - Um Match Surpresa (2021, Hernan Jimenez)

    Um Match Surpresa infelizmente parece reciclar diversos outros filmes do gênero, mas deixa de lado o fator crucial para que essas comédias românticas deem certo, que é causar emoção. Sem promover risadas, nem momentos apaixonantes, a produção não atinge nenhum de seus objetivos.

    VEREDITO

    Um Match Surpresa é um desses filmes que infelizmente não trazem nada de novo, mas que podem servir de passatempo para o seu final de semana.

    Nossa nota

    1,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Exército de Ladrões: Invasão da Europa (2021, Matthias Schweighöfer)

    0

    O longa de Matthias Schweighöfer, Exército de Ladrões: Invasão da Europra (Army of Thieves) é o prequel de Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, de Zack Snyder; e chegou ao catálogo da Netflix no dia 28 de outubro.

    O elenco conta com Matthias Schweighöfer no papel principal, juntamente com Nathalie Emmanuel (Game of Thrones), Ruby O. FeeGuz KhanSturat MartinJonathan Cohen.

    SINOPSE

    A vida do bancário Ludwig Dieter (Matthias Schweighöfer) passa por uma reviravolta quando Gwendoline (Nathalie Emmanuel), uma mulher misteriosa, o recruta para se juntar aos criminosos mais procurados do mundo e roubar uma série de cofres superprotegidos na Europa.

    ANÁLISE

    Zack Snyder definiu o projeto como “comédia romântica encontra filme de assalto”. Como a trama se passa em diversos ambientes de bancos e hotéis, o longa pode ser filmado seguindo as restrições diante do Covid-19 e, ainda assim, manter sua qualidade.

    As filmagens aconteceram na Alemanha e na República Tcheca, e terminaram em dezembro de 2020.

    No início de 2021, Deborah Snyder descreveu o filme como semelhante a Um Golpe em Itália (2003) em um mundo onde existem zumbis. Aa produtora e esposa de Zack Snyder classificou o gênero como um filme de roubo de comédia romântica que canonicamente retrata os primeiros estágios da pandemia de zumbis retratada no filme anterior; afirmando:

    [a sequência de assaltos do filme] ocorre em um mundo onde esses zumbis existem na América e está causando instabilidade nas instituições bancárias. Eles estão movimentando dinheiro, então é a oportunidade perfeita para um assalto.

    VEREDITO

    Exercito de Ladrões: Invasão da Europa foge do gênero de zumbis e mergulha em filmes de assalto como Em Ritmo de Fuga (2017) e Oito Mulheres e Um Segredo (2018), do que filmes de terror propriamente dito.

    E, se o gênero escolhido pelo diretor não é algo inédito, seus personagens também ficam longe de ser, já que o grupo é formado pela ladra Gwendoline (Nathalie Emmanuel); o líder Brad Cage (Sturat Martin), a hacker Korina Dominguez (Ruby O. Fee), o piloto de fuga Rolph (Guz Khan) e o nerd Dieter (Matthias Schweighöfer), todos muito genéricos.

    Exercito de Ladrões não é o melhor longa lançado este ano e muito menos o melhor entre os originais da gigante do streaming, mas a qualidade visual e as referências ao filme de Zack Snyder, Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, fazem valer as 2h7min de entretenimento.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    5 filmes sobre poker no streaming para inspirar sua performance

    0

    Com elenco de peso com nomes como Daniel Craig, Jessica Chastain, Jake Johnson, Mel Gibson e Robert Duvall, estes filmes podem mudar a forma como você encara o jogo de poker.

    O poker é um jogo intrigante, pois vai muito além da sorte e da habilidade com as cartas do baralho – é uma metáfora para a vida – envolve a agitação, os desafios e os riscos do mundo dos negócios que todos, inevitavelmente, precisam ter coragem de encarar para progredir.

    Mas este jogo de cartas também pode ser um tema muito divertido, principalmente quando atores famosos incorporam personagens carismáticos – e não faltam filmes incríveis para contar essas histórias, pois o cinema sempre mostrou uma certa obsessão pelo poker.

    Algumas das melhores produções apresentadas nesta lista investigam as implicações sociais e psicológicas de quem se envolve profundamente no complexo universo do poker – e o que pode ser melhor do que assistir atores consagrados mostrando suas interpretações magníficas, seja nos fracassos ou nas vitórias das suas jogadas?

    Veja, então, cinco filmes com a temática poker que estão em cartaz nos serviços de streaming atualmente:

    MAVERICK (1994)

    O mais antigo título dessa lista, Maverick é uma atualização da antiga série de TV (1957-1962) homônima. O filme traz Mel Gibson, Jodie Foster e James Garner como um trio de jogadores do Velho Oeste que pretende usar o poker para melhorar suas posições na vida. Este sucesso de bilheteria do gênero western é dirigido por Richard Donner, conhecido por filmes de ação e aventura como Superman: O Filme (1978) e O Feitiço de Áquila (1985).

    No elenco também estão Alfred Molina no papel de Angel, um típico estereótipo de vilão mexicano; e James Coburn, na pele do traiçoeiro Comodoro.

    SINOPSE

    Bret Maverick (Mel Gibson) é um excelente jogador de poker – pistoleiro veloz, língua afiada e grande trapaceiro – que precisa de três mil dólares para poder se inscrever no Five-Card Draw Poker, famoso torneio em um barco a vapor, no Mississipi, com um prêmio de meio milhão de dólares. Depois de se meter em várias desventuras, inclusive com a sedutora e perigosa Annabelle Bransford (Jodie Foster), Maverick finalmente chega ao seu destino. Lá, o xerife Cooper (James Garner) fica encarregado cuidar do dinheiro de cada participante.

    ONDE ASSISTIR

    Este clássico está em cartaz no catálogo da HBO Max.

    007: CASSINO ROYALE (2006)

    TBT #84 | 007: Cassino Royale (2006, Martin Campbell)Nenhuma lista digna de filmes de poker estaria completa sem uma menção à 007: Cassino Royale. Com direção de Martin Campbell e com Daniel Craig no papel de James Bond, essa belíssima produção mostra o glamour e a emoção de jogar poker em cassinos de luxo.

    Casino Royale recebeu muitos elogios da crítica de cinema e continua sendo um dos filmes mais populares da franquia 007 até hoje.

    O elenco do longa conta com estrelas como Eva Green, Mads Mikkelsen e Judi Dench.

    SINOPSE

    O espião britânico James Bond (Daniel Craig) encontra-se na missão de coletar informações e derrotar o financiador do terrorismo, Le Chiffre (Mads Mikkelsen), em um jogo de poker de alto risco no Cassino Royale. Bond demonstra toda a sua perspicácia ao avaliar as probabilidades enquanto a tensão pode ser percebida nos olhos dos dois principais rivais. Isso se torna ainda mais dramático quando do olho esquerdo de Le Chiffre escorrem lágrimas de sangue. Nesta missão, Bond conhece e se apaixona por Vesper Lynd (Eva Green), uma agente do Tesouro Britânico designada para proteger o buy-in de 10 milhões de dólares. Mas será que isso afetará suas habilidades para vencer Le Chiffre?

    ONDE ASSISTIR

    007: Cassino Royale está em cartaz na Amazon Prime Video.

    BEM-VINDO AO JOGO (2007)

    Com título original Lucky YouBem-vindo ao Jogo é uma das maiores referências às mesas de poker dos cassinos de Las Vegas. Inclusive, foi nesta famosa cidade americana que o filme foi gravado. Dirigido por Curtis Hanson, o elenco conta com estrelas como Eric Bana, Drew Barrymore, Robert Duvall e Debra Messing.

    Vale mencionar que Bana e Duvall tiveram que ser treinados por meses para mostrarem habilidades como as dos jogadores profissionais de poker.

    SINOPSE

    Em Las Vegas, o jogador de poker Huck Cheever (Eric Bana) precisa de 10 mil dólares para se inscrever no maior campeonato de poker do ano – o World Series of Poker, o qual está disposto a ganhar. Ao mesmo tempo, ele quer conquistar o carinho de Billie Offer (Drew Barrymore), que chega à cidade seguindo seus sonhos como cantora. Quando Huck começa a alcançar o sucesso, o retorno do seu pai (Robert Duvall) – uma lenda do poker – pode atrapalhar os seus planos. No final, a jovem cantora é quem vai lhe ensinar uma grande lição.

    ONDE ASSISTIR

    Bem-vindo ao Jogo está disponível na HBO Max.

    A GRANDE JOGADA (2017)

    Antes de dirigir Os 7 de Chicago, filme que recebeu seis indicações ao Oscar 2021, Aaron Sorkin assumiu o comando desta história tortuosa de Molly Bloom (Jessica Chastian), que coordenava jogos de poker de alto risco com a participação de celebridades, magnatas dos negócios e milionários.

    Jessica Chastain como Bloom está em excelente forma. O elenco de A Grande Jogada (Molly’s Game) conta ainda com Idris Elba, Kevin Costner e Michael Cera.

    SINOPSE

    A Grande Jogada foi baseado no livro de memórias de Molly Bloom, uma esquiadora olímpica que construiu um império milionário com as apostas de poker mais exclusivas do mundo. Por uma década, centenas de milhões de dólares foram movimentados em mesas de suítes palacianas com belas vistas e amenidades requintadas, antes da “princesa do poker de Hollywood” enfrentar uma investigação do FBI e acusações criminais. Seu único aliado foi seu advogado de defesa criminal Charlie Jaffey (Idris Elba), que descobriu que ela era muito mais do que os tabloides publicavam.

    ONDE ASSISTIR

    O filme está disponível na Amazon Prime Video.

    APOSTANDO TUDO (2017)

    Apostando Tudo (Win It All) é uma comédia romântica dirigida por Joe Swanberg. Jake Johnson, coautor do roteiro ao lado de Swanberg, é uma das estrelas do filme que também conta com Aislinn Derbez, Joe Lo Truglio e Keegan-Michael Key.

    Apostando Tudo é um dos títulos recentes com a temática poker/apostas que agradou bastante o público e a crítica – com 85% de aprovação, segundo o site Rotten Tomatoes.

    SINOPSE

    O endividado jogador Eddie Garrett (Jake Johnson) concorda em guardar uma mochila para um conhecido que está indo para a prisão. Quando ele descobre que está cuidando de 50 mil dólares, não consegue resistir ao impulso de investir o dinheiro no jogo e pagar suas dívidas com os ganhos. Mas ele acaba perdendo tudo e, para piorar a situação, a pena do seu amigo é encurtada. Agora, Garrett precisa correr contra o tempo para tentar recuperar todo o dinheiro de volta. A sua única saída é participar do torneio High Stakes Poker, no qual ele terá que colocar suas habilidades à prova.

    ONDE ASSISTIR

    Apostando Tudo está em cartaz na Netflix.

    CRÍTICA – Yara (2021, Marco Tullio Giordana)

    0

    Yara é o filme europeu original da Netflix que acaba de chegar ao catálogo. O longa italiano dirigido por Marco Tullio Giordana (O Melhor da Juventude) foi lançado no streaming nesta sexta-feira (05/11).

    A produção italiana é um drama sombrio baseado em um crime real que chocou a Itália e, até hoje, é recheado de mistérios e polêmicas.

    SINOPSE DE YARA

    Uma promotora determinada é consumida pelo caso de uma menina de 13 anos desaparecida e faz de tudo para descobrir a verdade. Baseado em um caso real.

    ANÁLISE

    Yara conta a misteriosa história do assassinato da jovem Yara Gambirasio, ocorrido em 2010 na comuna de Bérgamo, e de toda a polêmica investigação desse caso chocante. A narrativa é construída a partir da atuação da promotora Letizia Ruggeri, interpretada pela atriz Isabella Ragonese.

    Logo no começo acompanhamos um avião de controle remoto sendo planado por um civil em um campo aberto. A ambientação mescla o ponto de vista do homem e uma visão em primeira pessoa do cockpit do aeromodelo, até que o avião eventualmente cai longe de seu dono.

    Isso é para mostrar o casual encontro de um corpo em decomposição e contextualizar que, aparentemente, o chocante assassinato de Yara estava sendo, de certa forma, esquecido pela população local.

    Os primeiros 15 a 20 minutos são um tanto confusos. Há essa contextualização, ao mesmo tempo que se apresenta a realidade da promotora Letizia e a rotina que Yara Gambirasio mantinha, e o que foi um pouco diferente no dia em que foi assassinada.

    Passado esse período, a narrativa do filme italiano de 1h36min de duração engrena melhor. Apesar de engrenar, há um retorno à cena no local onde o corpo foi encontrado, agora à noite, que ficou um tanto perdida na história e pode contribuir para uma breve confusão.

    O diretor Marco Tullio Giordana e o roteirista Graziano Diana conseguem desenvolver a atmosfera complexa e cheia de reviravoltas que são marcas do caso na vida real.

    Baseado em fatos reais, Yara é um filme original Netflix de suspense e drama que conta a história do assassinato da jovem Yara Gambirasio

    A construção do contexto de vida de Letizia Ruggeri também é relevante para o andar da história e bem desenvolvida. O fato de ser mãe solo de uma jovem menina, que regula de idade com Yara, e de trabalhar em um ambiente dominado por homens são informações importantes para entendermos as motivações pessoais da promotora frente ao caso.

    A produção também explica bem alguns detalhes técnicos relacionados ao trabalho da polícia científica, que foi acionada em momentos mais avançados da investigação. Uma contextualização relacionada ao DNA do acusado, já no terceiro ato durante uma cena do júri, é um exemplo desse acerto da obra.

    Vale destacar que Yara é um filme baseado em fatos reais. Ou seja, não se propõe a ser um documentário, pois investe em dramatização e utiliza pontualmente registros genéricos da cobertura midiática da época.

    No terceiro ato do filme, Yara começa a utilizar marcações temporais com mais frequência, o que pode frustrar a audiência que espera mais detalhes dos acontecimentos após o acusado ser levado ao júri. No entanto, considero esse uso satisfatório, bem como a breve explicação do andamento do caso após o fim do longa.

    Particularmente, não conhecia o caso de Yara Gambirasio e fiquei interessado, além de tenso com o suspense da complexa investigação, que por vezes beirou o arquivamento. Acredito que o novo original da Netflix é uma produção que irá interessar aos fãs de true crime, mesmo que o filme não esteja sendo divulgado dessa forma.

    VEREDITO

    De modo um tanto despretensioso no meio de um vasto catálogo em constante atualização, este novo filme original da Netflix apresenta um bom suspense baseado em um crime real que chocou a Itália.

    Yara é uma produção italiana bem feita que pode jogar luz a um caso complexo, ocorrido em 2010, e que contou com uma investigação ousada. O longa tem tudo para agradar fãs de histórias sobre crimes reais, mesmo não sendo um documentário, e sim uma produção dramatizada.

    Nossa nota

    3,2 / 5,0

    Assista ao trailer de Yara:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTube. Clique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Vingança & Castigo (2021, Jeymes Samuel)

    0

    Vingança & Castigo é um longa original da Netflix dirigido por Jeymes Samuel e que conta com um elenco estelar formado por Lakeith Stanfield (Judas e o Messias Negro), Jonathan Majors (Lovecraft Country), Delroy Lindo (Destacamento Blood), Regina King (Watchmen), Zazie Beetz (Coringa) e Idris Elba (Esquadrão Suicida).

    SINOPSE

    O bandido Nat Love (Jonathan Majors) quer buscar vingança, pois na sua infância, o cruel Rufus Buck (Idris Elba) matou seus pais. 

    Agora adulto, Nat quer acabar com tudo que Rufus acredita, indo atrás de sua gangue.

    ANÁLISE

    O gênero western sempre foi majoritariamente branco, uma vez que suas origens no cinema tem muito do euro centrismo. Entretanto, há estudos que mostram que os caubóis e sua maioria eram negros, algo que nunca foi retratado na sétima arte.

    Eis que Tarantino, em 2012, trouxe Django Livre e mudou um pouco isso. Todavia, agora em 2021, Jeymes Samuel, um diretor negro, tem em suas mãos um elenco talentosíssimo formado apenas por atores pretos, e isso é maravilhoso!

    A nova roupagem, com uma trilha sonora que aposta no ska e reggae, misturando com os sons clássico do western fazem uma homenagem, mas, ao mesmo tempo, traz um frescor. Há ainda trechos de como o racismo já funcionava naquela época e como os privilégios deixaram os negros à mercê dos brancos na sociedade.

    Um filme no modo Tarantinesco de ser

    Contudo, Vingança & Castigo não é apenas sobre pautas sociais, mas sim sobre uma sede de sangue de seu protagonista. A violência é bem aparente no longa e isso é algo bastante positivo. 

    Vingança & Castigo é sujo, sangrento e mostra o pior dos bandidos mais cruéis dos Estados Unidos. As atuações afiadas do elenco ajudam, e muito, para que compremos os personagens. 

    Majors, por exemplo, entrega um protagonista doído, raivoso, porém, que consegue ser carismático, astuto e falastrão. Já Elba tem um tom mais sério, contudo, bastante ameaçador. Regina King e Lakeith Stanfield são caricatos de forma positiva, pois se completam em cena. Ela é violenta e ele é canalha e sem escrúpulos.

    Por fim, mas não menos importante, a direção de Jeymes Samuel consegue ser muito próxima a de Quentin Tarantino, uma vez que aposta na violência, diálogos irreverentes e cenas de ação empolgantes. Fora um que outro diálogo enfadonho, a trama flui com tranquilidade, mesmo que seja bastante simples e objetiva. Há poucos rodeios aqui, mesmo que o filme tenha uns minutos há mais que o necessário.

    VEREDITO

    Vingança & Justiça é um filme marcante, impactante e que mostra boas credenciais de seu diretor novato. Com um elenco estelar afiado, a nova aposta da Netflix já está colhendo os resultados, sendo o primeiro do top 10 no dia de hoje.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Confira o trailer de Vingança & Castigo:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    CRÍTICA – Efeito Flashback (2021, Christopher MacBride)

    O suspense Efeito Flashback (Flashback / The Education of Fredrick Fitzell), protagonizado por Dylan O’Brien (Amor e Monstros), estreou para compra e aluguel nas plataformas digitais neste dia 5 de novembro.

    Com distribuição da Synapse Distribution, o thriller de ficção dirigido e roteirizado por Christopher MacBride apresenta uma trama psicodélica e cheia de reviravoltas.

    SINOPSE

    Aos 30 anos, Fred (Dylan O’Brien) vive uma crise de identidade. Após cruzar casualmente com alguém que conheceu na adolescência, ele começa a ter assustadores flashbacks sobre uma garota da sua escola que desapareceu.

    Ele percebe que a resposta para este mistério pode estar em uma droga chamada Mercúrio e embarca em uma viagem ao passado pelas dimensões de sua memória.

    ANÁLISE

    Efeito Flashback é o segundo longa de Christopher MacBride, conhecido pelo documentário A Conspiração, lançado em 2012. MacBride não só dirige, como também roteiriza essa produção, que tenta trabalhar o conceito de livre-arbítrio utilizando elementos de uma ficção.

    Na linha de frente está Dylan O’Brien, ator que estrelou a franquia Maze Runner e fez parte do elenco de Teen Wolf. Dylan é uma promessa de Hollywood e, nos últimos tempos, vem experimentando diversas produções mais maduras, como o ótimo Amor e Monstros e o longa Infinite.

    Efeito Flashback pode até parecer um bom projeto no papel. Afinal, ele explora os elementos das memórias para reconstruir o passado de seu personagem principal, Fred, criando esse grande mistério em torno de sua vida. Ao tentar entender seu passado e se lembrar de sua ex-colega de escola, Fred entra numa espiral de conspirações que arrasta a todos junto com ele.

    Entretanto, em tela, o filme de MacBride sofre dos mesmos problemas de Bliss: Em busca da Felicidade. Assistindo ao início do filme, eu tive um “flashback” da produção da Amazon, que retrata essa confusão entre realidade e ilusão utilizando de uma droga como elemento condutor da trama.

    CRÍTICA - Efeito Flashback (2021, Christopher MacBride)

    Digo que ambos sofrem do mesmo problema porque, em alguns momentos, o roteiro se torna tão confuso e repetitivo que não se sustenta. Efeito Flashback faz jus ao nome, pois nos remete diversas vezes à mesma cena, incansavelmente, para tentar amarrar um plot que, sem esses recursos, não consegue se fazer entender.

    Absolutamente tudo depende da boa atuação de Dylan que, aqui, precisa transformar um personagem inexpressivo em um ser cativante – o que claramente não acontece. Nenhum dos esforços do ator em transitar por diversas emoções a cada nova memória, consegue maquiar os problemas de montagem e condução da produção.

    O restante do elenco causa tão pouco impacto que, ao final do longa, é quase impossível lembrar o nome dos personagens. Há uma clara discrepância de atuação entre o elenco, o que causa estranhamento em basicamente todas as cenas de interação entre personagens.

    CRÍTICA - Efeito Flashback (2021, Christopher MacBride)

    Apesar de um início promissor, Efeito Flashback se perde em suas próprias reviravoltas, fazendo o suspense se esvair aos poucos. Seu desenrolar se torna vagaroso, cansativo e um pouco entediante, principalmente quando toda ação se resume a apenas palavras.

    VEREDITO

    Com personagens inexpressivos e um roteiro pouco inspirado, Efeito Flashback perde a oportunidade de ser um bom filme sobre tempo e escolhas, e acaba se afundando em seu próprio looping temporal.

    Nossa nota

    2,0/5,0

    Assista ao trailer:

    Efeito Flashback está disponível para compra e aluguel nas plataformas digitais Claro Now, Amazon, Vivo Play, iTunes/Apple TV, Google Play e YouTube Filmes.

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!