O curta-metragem Com Você é uma produção nacional independente, que conta com a direção de Gabriel Portella e Aline Sartor e com a ajuda de mais de 80 colaboradores.
SINOPSE
Após um ano da tragédia que separou Noah (Kaio Cereza) do seu melhor amigo Tony (Thiago Rios), este adolescente de 16 anos tenta seguir sua vida adiante em meio a um luto arrastado, o jovem afasta suas melhores amigas, Alice (Lívia Deitos) e Ana (Ellen Zschornack) e permanece em um crescente conflito com sua mãe Isis (Dalyla Pereira), até que conhece Levi (Luís F. Lippert), que sonha em se tornar jogador de futebol profissional.
PREMIAÇÕES
Em 2020 o curta-metragem recebeu oito indicações no BIMIFF (Brazil International Monthly Independent Film Festival), incluindo Melhor Média-Metragem Brasileiro, prêmio principal na categoria nacional; vencendo na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, pela performance do ator Luís F. Lippert.
No mesmo ano, o curta também recebeu duas indicações no Anatolia International FilmFestival, na Turquia e uma no SPORTFILM Liberec International FICTS Festival, na República Tcheca.
ANÁLISE
Precisamos falar sobre a nossa juventude. Você está preparado?
O curta-metragem Com Você quer te preparar, e deseja que seja lançado um olhar mais analítico e amoroso sobre os sentimentos dos nossos adolescentes que por muitas vezes, nós adultos ignoramos ou menosprezamos.
Com simplicidade e aptidão a obra nos traz aquela sensação de nostalgia, ao voltar aqueles tempos em que tínhamos tempo para sentar na varanda com o melhor amigo, das festinhas, de voltar da escola de mãos dadas… No mesmo ritmo que introduz temas importantes, uma pincelada com maestria em sentimentos complexos que não são respeitados pela sociedade.
Apesar da trilha sonora não estar em harmonia com o restante da produção, mesmo assim, em poucos minutos consegue passar a mensagem.
O filme manifesta a qualidade dos cineastas brasileiros que com poucos tijolos conseguem construir um castelo.
Nossa nota
4,0 / 5,0
Assista ao teaser trailer:
Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?
Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.
Cena do Crime: Mistério e Morte no Hotel Cecil é uma série documental dirigida por JoeBerlinger (Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy). A produção original Netflix conta a história da morte de Elisa Lam no famoso Hotel Cecil.
SINOPSE
Elisa Lam (Viveca Chow) era uma turista canadense de 21 anos que se hospedou no Cecil Hotel no centro de Los Angeles em 2013. Elisa desaparece sem deixar vestígios. Logo, semanas depois, seu corpo é encontrado na caixa d’água no telhado do hotel. No entanto, imagens das câmeras de segurança flagram o momento em que Elisa aparece sozinha, desesperada e desorientada, dentro do elevador do hotel, como se estivesse sendo perseguida por alguém – ou por algo.
ANÁLISE
Qualquer um que se interesse por casos insólitos já se deparou com a história de Elisa Lam ou ouviu falar dos mistérios do Hotel Cecil. Visto que é impossível falar de um sem citar o outro, o documentário de Joe Berlinger faz questão de apresentar uma narrativa minuciosa. Dessa forma, Cena do Crime: Mistério e Morte no Hotel Cecil vai do real ao absurdo.
Isso porque, o documentário em formato de série se propõe a dissecar todos os detalhes, teorias da conspiração e acontecimentos que levaram à morte de Elisa. Para isso, primeiro é preciso conhecer os corredores obscuros do Hotel Cecil. Construído no final de 1924, este grandioso hotel no centro de Los Angeles tinha tudo para ser um lugar luxuoso e admirável.
Contudo, com a Grande Depressão de 29, o Hotel Cecil caiu em desgraça e seus 700 quartos se tornaram um lugar para violência, assassinato e suicídio. A vizinhança também piorou a reputação do hotel, já que a poucos quilômetros está Skid Row, uma perigosa área que abriga desde sem tetos a consumidores de drogas.
Logo, o Hotel Cecil já foi palco de inúmeros casos sinistros que ficaram marcados no imaginário popular e referenciados na cultura pop. Mas, nenhum caso foi tão infame ao ponto de criar uma histeria coletiva na internet como o mistério e a morte de Elisa Lam.
A estudante canadense de 21 anos se hospedou no Cecil em janeiro de 2013 em uma viagem pela costa leste. Elisa parecia estar em uma viagem de autodescobrimento e como todo jovem era muito ativa nas redes sociais. Mais especificamente no Tumblr, do qual fazia seu diário pessoal. Sua página chamada Nouvelle-Nouveau está disponível até hoje com imagens artísticas, pensamentos e até mesmo uma foto do Hotel Cecil capturada por ela mesma.
Através da internet, Elisa se expressava e criava seu pequeno mundo. Logo após seu desaparecimento em fevereiro de 2013 e tendo um vídeo seu de quatro minutos em um elevador como a única pista, a polícia de Los Angeles achou por bem pedir a ajuda dos internautas.
O vídeo em questão mostrava Elisa agindo de forma estranha no elevador, parecendo estar nervosa e fugindo de algo. Não demorou muito para que o vídeo se tornasse viral e uma comoção tomasse conta da internet, sendo até hoje um dos mistérios mais estranhos. Porém, após 19 dias de seu desaparecimento, finalmente o caso chega ao fim e Elisa é encontrada morta na caixa d’água do Hotel Cecil.
Cena do Crime aposta na dramatização
Teorias e mais teorias revelam que a internet não é lugar para amadores. Desse modo, Cena do Crime utiliza de entrevistas com funcionários do lugar, policiais da época e youtubers obcecados pelo caso para contar de forma dramática quem era e o que aconteceu com Elisa Lam.
Tal como um seriado, a direção de Berlinger quer que o espectador sinta cada momento de Cena do Crime. A direção aposta na dramatização para entregar cenas que fazem o público se aproximar de Elisa. Esse recurso já havia sido explorado pelo diretor em Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy (2019). Logo, transforma o documentário em uma produção muito mais fictícia.
Logo, cada episódio de Cena do Crime termina com um “gancho” para o próximo capítulo. Dessa forma, Joe Berlinger cria por vezes um senso de absurdo quando aposta em teorias da conspiração para explicar o mistério de Elisa Lam. Porém, a narrativa vai desfazendo os nós desse caso e deixando por terra qualquer alusão a assassinato, perseguição ou sobrenatural.
Ao fim, a série documental de Berlinger revela que Elisa tinha transtornos mentais, como bipolaridade e que sua morte, por mais misteriosa que pareça, foi somente um terrível acidente. Ainda que a história da morte de Elisa no Hotel Cecil tenha deixado para sempre uma marca na internet, resta ao telespectador conspiracionista aceitar os fatos. Elisa era uma jovem com problemas que assim como tantos outros precisava ser ouvida.
VEREDITO
Cena do Crime: Mistério e Morte no Hotel Cecil é um documentário que mais parece uma série dramática. O diretor JoeBerlinger cria uma imensa ambientação mostrando todos os detalhes e fatos dessa história que marcou a internet.
Apesar de sua duração de quatro episódios querer “forçar” certos aspectos da história, é uma ótima produção para tentar entender tanto o Hotel Cecil como Elisa Lam.
Nossa nota
4,0 / 5,0
Assista ao trailer legendado:
Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?
Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.
O músico e ativista armênio-estadunidense Serj Tankian, vocalista do System of a Down (SOAD), mostra ao mundo toda sua genialidade artística e sua história de ativismo através da música em seu novo documentário Truth to Power.
Dirigido e roteirizado por Garin Hovannisian (I Am Not Alone), Truth to Power narra a trajetória político-artística de Serj Tankian desde os anos 1990, antes mesmo da criação do System of a Down, até 2019, quando foi um dos expoentes da Revolução de Veludo, mobilização popular pacífica que destituiu o então governo autocrático e corrupto da Armênia.
SINOPSE
Milhões lotam estádios em todo o mundo ao som de Serj Tankian, vocalista vencedor do Grammy pelo System of a Down.
Com entrevistas exclusivas, aventuras e filmagens originais feitas pessoalmente por Serj, Truth to Power permite ao público acessar os bastidores de uma estrela do rock internacional cuja fé na música não só revolucionou o heavy metal, mas também eventos mundiais.
Ao longo de sua vida, o músico buscou justiça social, aproveitando o poder de suas canções e de ser uma celebridade para promover uma mudança política real. Os governos o odeiam. As pessoas o amam.
Saiba onde assistir a Truth to Power e mais detalhes do documentário no fim deste artigo.
ANÁLISE
Truth to Power inicia com a pergunta que conduz toda a narrativa, e que está presente na divulgação oficial do documentário: A música pode mudar o mundo? Tankian, então, respira fundo e contempla a câmera em silêncio por alguns segundos.
A produção é rica e funciona para todos os públicos. Entretanto, é importante destacar que sim, esse é um documentário político. Eu digo isso porque em 2020 muitas pessoas se revoltaram ao perceberem que o System of a Down fala sobre política.
Não tem problema se você gosta apenas das músicas do SOAD e da carreira solo de Serj Tankian, sem apreciar as visões políticas que as pautam. Se esse é o seu caso, talvez você não vá gostar de Truth to Power. Apesar disso, recomendo que assista, pois Serj faz uma analogia interessante sobre esse comportamento.
O fato é que o documentário possui registros inéditos de músicas, vídeos, poesias e pinturas de diversas etapas da vida de Serj. Desde sua primeira banda, Forever Young, passando por Soil (banda com Serj Tankian e Daron Malakian, guitarrista do SOAD), System of a Down, álbuns solo de Tankian, o musical Prometheus Bound, sinfonias e trilhas sonoras originais para filmes.
Tudo isso está contemplado e é um verdadeiro presente para os fãs de SOAD e Serj. Para completar, os registros antigos foram remasterizados.
Serj Tankian em videoclipe gravado para sua primeira banda, Forever Young. Frame compartilhado pelo artista durante a produção do documentário, antes do material ser remasterizado. Créditos: @serjtankian
Além disso, o vocalista relata diversas experiências pessoais em sua jornada. Muitas de alegria e redenção, mas algumas tensas que, conforme destaca, o amadureceram como artista.
Esses relatos são muito interessantes, pois há situações que poucos fãs no mundo conheciam até então.
Uma das histórias contadas por Serj comprova que ele é um ser humano muito fiel às causas que defende. Acredito que você vai ouvir o relato dele sobre reuniões com um CEO de uma famosa gravadora e perceber que, em um mundo repleto de celebridades que fingem se importar com diferentes causas, Serj Tankian certamente não faz parte desse grupo de hipocrisia.
Créditos: Reprodução Truth to Power / Oscilloscope Laboratories
Com 1h19min de duração, o documentário é objetivo e apresenta muito bem a carreira político-artística de Serj Tankian também para quem não o conhece a fundo.
Amantes das mais variadas expressões artísticas – em especial do rock’n’roll e de gêneros similares – bem como entusiastas de assuntos políticos também ficarão satisfeitos por conhecer a história de um dos artistas mais polivalentes da atualidade.
As entrevistas de Truth to Power
Embora as pessoas entrevistadas sejam incríveis e tenham muito a dizer sobre Serj, a objetividade de Hovannisian também prevaleceu. O uso das entrevistas é pontual para complementar o que Tankian está dizendo, ou a contextualização histórica que é mostrada.
O ótimo cast de entrevistados inclui:
Shavo Odadjian e John Dolmayan (baixista e baterista do SOAD, respectivamente);
Tom Morello (Rage Against The Machine e parceiro de Serj no Axis of Justice);
Rick Rubin (lendário produtor musical parceiro do SOAD desde o primeiro álbum);
David “Beno” Benveniste (CEO da Velvet Hammer e manager da banda).
Há mais pessoas entrevistadas, mas Daron Malakian não é uma delas.
Isso me causou estranheza durante a divulgação, pois quem acompanha o System sabe que algumas divergências entre ele e Serj se tornaram públicas por meio de entrevistas de ambos nos últimos anos.
Mas não se preocupe: Daron aparece à sua maneira, inclusive em um emocionante momento antes do histórico show da banda na Armênia em 2015. Ele apenas não se sentiu confortável para conceder entrevistas, eu acredito.
VEREDITO
Afinal, a música pode mudar o mundo?
O trabalho de Hovannisian é proposital e bem executado. Fato é que a narrativa responde a pergunta. Cabe a Serj apenas dar seu toque de mestre ao respondê-la no começo do último ato, pois seu legado artístico e político não deixa dúvidas.
Truth to Power é um documentário objetivo e bem contextualizado. O ótimo trabalho de mesclar imagens gravadas pelo próprio artista com registros recuperados de fitas cassete e VHS engrandece a produção, encanta os fãs de Serj Tankian e proporciona uma experiência emocionante e enriquecedora.
Nossa nota
5,0 / 5,0
ONDE ASSISTIR A TRUTH TO POWER
Truth to Power será lançado globalmente por aluguel digital no dia 19 de fevereiro de 2021.
Você pode acessar diretamente a página para comprar Truth to Power clicando aqui. A produção estará disponível em inglês com as seguintes opções de legendas: português, alemão, armênio, espanhol, francês, japonês e russo.
O documentário de Serj Tankian também será exibido no Brasil em parceria com a loja Disconcert Record Shop, em São Paulo.
Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?
Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.
Você que é recém chegado aqui no Feededigno, saiba que: existe uma parcela da equipe muito fã dos nórdicos, sua cultura, mitologia e as várias histórias que remontam a Era Viking. Falando nisso, sabia que viking na verdade é um verbo, e que acabou sendo atribuído à um povo por causa de sua principal característica?
Viking, na verdade, era o ato de embarcar em uma exploração marítima em busca de terras e espólios. Quer saber mais? Segue lendo.
Sobre a edição
A Editora Pandorga trouxe para o Brasil uma compilação de contos de vários autores, entre eles Hans Christian Andersen e Snorri Sturluson. O primeiro, talvez o mais famoso escritor e poeta dinamarquês, responsável por inúmeras obras da literatura e muito conhecido por seus contos. Já o segundo foi um islandês que viveu no século XII, conhecido como um dos maiores historiadores e talvez o maior responsável pela perpetuação do pouco que se sabe sobre a cultura nórdica. Snorri foi responsável pela criação da chamada Edda em Prosa, a bibliografia mais completa escrita sobre as canções e lendas da cultura e mitologia nórdicas.
A tradução e organização do material para o português brasileiro foram feitas com maestria por pessoas especialistas no assunto. A Juliana Garcia, por sinal, tem contato com a cultura do norte europeu desde seus 12 anos de idade e tem muita propriedade para explicar sobre as nuances das variações de idiomas.
Sobre a encadernação e os detalhes
Além da qualidade especializada na tradução do material, o primeiro impacto que Nórdicos: Mitos e Sagas causa é visual. O livro de capa dura tem texturas que imitam uma capa de couro, e possui um hot stamping dourado que ajuda na ideia de a capa aparentar algo rústico e antigo. Da mesma forma, a pintura dá um tom dourado também à lateral das páginas e ressalta a preciosidade que está contida em suas pouco mais de 300 páginas.
Como se a impressão externa já não fosse suficiente, a obra está recheada de ilustrações lindíssimas alusivas à cultura nórdica, com detalhes riquíssimos e gravuras que ajudam a elucidar o que os contos e sagas nos trazem.
Tivemos ainda o privilégio de receber a Edição Deluxe do livro, a qual veio acompanhada de um belíssimo card da obra A luta de Thor com os gigantes (1872) do pintor sueco Mårten Eskil Winge, e em seu verso uma ilustração recheada de símbolos nórdicos e de um marcador de páginas exclusivo do livro, com a mesma ilustração presente no verso do card.
Agora, finalmente, deixarei de falar do que agrada aos olhos, e falarei à vocês do que apraz ao coração (de um fã dos nórdicos).
Sobre o livro
Particularmente, já tenho o costume de consumir alguns livros que abordam a mitologia, a cultura e os costumes nórdicos, tais como: Mitologia Nórdica de Neil Gaiman e as Crônicas Saxônicas e Crônicas de Arthur de Bernard Cornwell, além dos conteúdos presentes em jogos, filmes e outras mídias. No entanto, ainda que eu já possuísse algum conhecimento prévio, o livro ainda assim me surpreendeu e me ensinou muito.
Ao invés de me aprofundar no conteúdo das páginas, trarei aqui um breve relato sobre os capítulos. E aqui também cabe um elogio (mais um) à organização dos mesmos. Podemos ver já no início, em seu sumário a magistralidade do trabalho com a justa divisão da obra.
Ressalto, antes de que você comece a se deliciar pelos capítulos, que este não é um romance, mas um compilado de contos, história e muita informação.
Explicado isto, sem mais delongas, mergulhemos na vastidão de conteúdos que os capítulos de Nórdicos: Mitos e Sagas nos traz (e cuidado para não esbarrar em Jormungandr).
O (precioso) conteúdo
Os vikings: um capítulo que discorre sobre o povo em si, sua cultura, roupas, alimentação, organização da sociedade e muitas outras informações muito específicas e elucidativas que ajudam a compreender melhor até mesmos seus mitos e crenças;
Mitologia e imaginário: este capítulo nos traz um pouco sobre a cosmogonia nórdica e uma explicação sobre os seus nove reinos;
Os deuses e os mitos: o título deste é bastante autoexplicativo, e o capítulo comporta a maior parte do livro. Aqui temos histórias muito instrutivas não só sobre os principais deuses, mas também sobre muitas outras deidades do panteão nórdico;
As criaturas: brindando aos leitores com detalhes raramente vistos em outras obras, aqui o livro joga luz sobre muitas das criaturas tanto comentadas mas pouco explicadas, contando mais e melhor sobre o surgimento de gigantes, ogros, selkies, além de outras mais famosas como o Kraken, trazendo também a lenda de Beowulf;
Ragnarök: chegando ao fim do livro, temos um satisfatório detalhamento sobre o mitológico fim do mundo para os nórdicos, onde muitos batalham e poucos sobrevivem;
Sagas: neste capítulo somos apresentados à algumas sagas, que nada mais são do que contos e narrativas onde os escaldos misturavam história, mitologia e religião. Normalmente eram contadas sagas de reis, heróis, famílias ou lendas.
Outras curiosidades nórdicas: o título deste último capítulo talvez não capte sua atenção. No entanto, foi nele onde eu tive a sensação de que não era possível terminar de melhor forma uma obra de tamanha perfeição. Neste capítulo, podemos não só aprender sobre o surgimento de datas festivas e seus significados mas sobre as runas e os símbolos nórdicos. O minucioso trabalho sobre as runas, confesso, me deixou maravilhado.
VEREDITO
Em conclusão, acredito que vocês não esperem que eu avalie de forma negativa o primoroso trabalho da Editora Pandorga, não é mesmo? Nórdicos: Mitos e Sagas é um carinho aos admiradores da cultura nórdica. Seja você um profundo consumidor de conteúdos, nas mais variadas mídias, ou um novato que não sabe muito além do que Marvel conta (spoiler: eles mentem), o livro é uma forte recomendação para todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre esta antiga cultura que inspirou e inspira muitas obras da cultura pop.
Caso tenha se interessado e queira adquirir a obra, segue aqui o link para acessar a loja da Editora Pandorga e comprar o seu exemplar.
Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?
Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.
Lady Dimitrescu, um nome que faz o sangue de muitos jogadores ferver, pois ela traz um misto de medo e carisma em sua presença.
Confira agora tudo que sabemos sobre a bela e mortal vilã de Resident Evil Village.
ORIGEM
Tomonori Takano, diretor de arte de Resident Evil Village afirmou em uma entrevista concedida ao IGN que a nova vilã da franquia tem inspiração em Mortícia, interpretada por Anjelica Huston no longa A Família Addams, por exemplo, além de uma figura histórica chamada Isabel Bathory, Condessa da Hungria que viveu no século XVI, e tinha uma reputação de ser violenta com seus subordinados.
Entretanto, as inspirações não param por aí, pois Lady Dimitrescu também tem como base a lenda urbana japonesa Hasshaku-sama que teria incríveis oito metros de altura!
CARACTERÍSTICAS
Lady Dimitrescu é uma mulher de boa aparência, uma vez que está sempre bem vestida e maquiada. Ela possui olhos da cor âmbar, um rosto expressivo, entretanto, não se deixe enganar pela bela personagem, pois ela possui garras afiadas que podem cortar suas vítimas ao meio, além de uma vasta sede de sangue. Sua altura diferenciada a torna ainda mais imponente.
Diferente de suas filhas que possuem uma aparência mais sombria, uma vez que estão com roupas escuras e lábios cheios de sangue, a matriarca é mais sutil em seus ataques. Contudo, Dimitrescu é muito mais mortal que suas sucessoras, visto que usa suas garras para esfaquear o jogador. Há indícios que a antagonista pode sofrer mutações e ficar ainda mais perigosa do que já é, algo muito normal em Resident Evil.
CURIOSIDADES
Lady Dimitrescu não foi confirmada ainda como vampira, visto que possui algumas características peculiares em relação aos monstros que estão no imaginário popular. A primeira delas é o reflexo no espelho, uma vez que ela possui, diferente dos vampiros tradicionais. Outro ponto importante é a utilização das garras como uma forma de ataque, e não os dentes nos pescoços alheios do vilarejo.
Na demo intitulada The Maiden, existem evidências que a vilã está se alimentando do vilarejo que dá o título ao jogo de uma forma bastante brutal: colocando-os em barris para virar poças de sangue e serem servidos como bebida, sinistro demais!
A personagem é a mais alta da história de Resident Evil, uma vez que Nemesis e Mister-X são mais baixos. As alturas são 2,90m, 2,20m e 2,21m respectivamente.
E aí, estão preparados para enfrentar a vilã? Comentem e compartilhem!
Resident Evil Village será lançado para PS4, Xbox One, PC, PS5 e Xbox Series X|S em 7 de maio. No Brasil, o game terá opção de dublagem em português, algo inédito na franquia da Capcom.
Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?
Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.
A Cidade dos Amaldiçoados, filme de 1995, dirigido por John Carpenter, é o conteúdo estreante do nosso novo projeto Noites Sombrias, que ocorrerá às sextas-feiras à noite.
SINOPSE
Numa cidade pacata dos Estados Unidos, Alan (Christopher Reeve) é um médico que luta contra crianças que tem poderes telepáticos. Agora ele deve salvar a população adulta de lá que está à mercê dos jovens habitantes, pois agora eles estão caçando seus semelhantes.
ANÁLISE
A Cidade dos Amaldiçoados é um longa que contém diversas alegorias interessantes referentes ao seu tempo, uma vez que tem assuntos muito complexos em sua trama.
Começando pela questão da gravidez indesejada, pois forçadamente as mulheres do vilarejo ficam gestantes de um dia para o outro. Além disso, há um quê de uma estrutura política ditatorial, uma vez que o governo intervém nas decisões dos cidadãos, dando um jeito de fazer estas mulheres terem essas crianças.
O fato dos jovens serem frios e cruéis é um reflexo da sociedade na qual os pais são reféns das vontades de seus filhos. O ponto aqui é abordar a dificuldade da paternidade e a imposição da juventude, ainda mais que os pais falham miseravelmente, por exemplo.
Sobre as atuações, Christopher Reeve é funcional, assim como o restante do elenco. A direção consegue utilizar muito bem os recursos técnicos, mesmo que o orçamento não fosse tão robusto. John Carpenter consegue chocar com muita violência em suas cenas.
As problemáticas de uma dicotomia de jovens versus adultos é algo que chama bastante a atenção e é muito corajosa naquele contexto.
VEREDITO
A Cidade dos Amaldiçoados é um longa forte e que traz diversas pautas para serem discutidas pelo público. Com uma direção competente, a obra é atemporal em muitos aspectos, sendo bastante divertida e que com certeza se tornou um clássico de terror dos anos 90.
Nossa nota
4,0 / 5,0
Confira o trailer de A Cidade dos Amaldiçoados:
https://www.youtube.com/watch?v=M2inVwL5dr4
Já aproveita e dê uma força para esta obra-prima do terror que está vindo para o Brasil no formato de livro. Confira abaixo a matéria sobre o assunto.
Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?
Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.