A produtora mais conhecida do mundo do terror, a Blumhouse, está desenvolvendo uma sequência de O Exorcista, que deve ser dirigido por David Gordon Green, que também está por trás da nova trilogia de Halloween, que também será realizada pela produtora.
O Observer deu a notícia, relatando que a Blumhouse se juntou a Morgan Creek no projeto, que foi mencionado pela primeira vez em agosto como parte de uma história do Deadline sobre o diretor se unindo com a Amazon em um remake da série de Dead Ringers.
Além disso, Creek atuará como produtor ao lado de Jason Blum, James Robinson e David Robinson. Embora o Deadline tenha afirmado inicialmente que o novo filme do Exorcista estava planejando ser lançado em 2021, isso é um pouco otimista demais. Já que, Green ainda está em negociações, e o Observer diz que ainda não está claro se será o próximo filme do diretor após suas duas sequências de Halloween.
Dirigido por William Friedkin, o filme original de 1973 seguiu a possessão demoníaca de Regan MacNeil (Linda Blair), uma menina de 12 anos cuja mãe (Ellen Burstyn) recruta dois padres (Jason Miller e Max von Sydow) para lutar contra um entidade conhecida simplesmente como Pazuzu.
O Exorcista foi indicado para Melhor Filme e gerou quatro filmes subsequentes, e embora a franquia tenha arrecadado mais de US$ 520 milhões em todo o mundo, Friedkin não deve se envolver neste novo projeto.
O próximo filme de Michael Myers de David Gordon Green, Halloween Kill, vai chegar aos cinemas em 15 de outubro de 2021, enquanto Halloween Ends está programado para lançamento em 14 de outubro de 2022.
O primeiro filme da franquia, de 2018, arrecadou mais de US$ 255 milhões em todo o mundo, então é fácil ver porque a Blumhouse gostaria de voltar aos negócios com Green e por que Morgan Creek iria querer se unir a Blumhouse neste especifico projeto.
Se você pensava que o renascimento das propriedades dos anos 80 e 90 só se aplicava a produções de grande orçamento de Hollywood, pense novamente. Quase como se estivesse seguindo a deixa de Twin Peaks: The Return, Lars Von Trier estará retornando a um período anterior em sua carreira e fará uma terceira e última temporada de seu drama hospitalar The Kingdom.
Desde que chocou o público em Cannes com seu drama serial killerThe House That Jack Built em 2018 o diretor não havia anunciado um novo projeto, até agora. Conforme anunciado pela Zentropa Productions de Von Trier no Facebook, a série hospitalar cult que Lars Von Trier dirigiu entre 1994 e 1997 retornará com novos episódios em 2022.
The Kingdom se passa na ala de neurocirurgia de um hospital em Copenhagen. A nova e última temporada, apelidada de The Kingdom Exodus, deverá ser filmada no próximo ano e terá episódios de cinco horas de duração.
Von Trier falou sobre retornar ao The Kingdom desde os anos 90, mas o projeto nunca foi concluído em parte devido à morte dos membros do elenco Ernst-Hugo Järegård e Kirsten Rolffes.
Os produtores dizem que a nova temporada será uma mistura de personagens novos e antigos. Von Trier escreveu o roteiro com o retorno do colaborador Niels Vørsel e dirigirá todos os cinco episódios.
Lars Von Trier forneceu esta declaração no retorno do programa:
“As fronteiras vêm em muitas formas; podem ser linhas desenhadas com réguas em papel branco (muitas vezes invisíveis para quem tiver a chance de visitar as localizações geográficas reais). As linhas das fronteiras podem ser ilustrativas, para não dizer bastante fictícias e francamente mesquinhas; podem ser desenhados em uma cor vermelha suave, praticamente invisível, e talvez até como uma linha pontilhada, quase como se indicando um pedido de desculpas ou mesmo vergonha. No entanto, as linhas estão penduradas em números inconcebíveis e, juntas, constituem aqueles ‘territórios’ que os habitantes são fortes o suficiente para defender. Entrar e sair muitas vezes envolve violência, pois, é claro, espera-se que qualquer visitante retorne após encerrar seus negócios.
Na Terra, ‘a Máquina que faz tudo girar (quer dizer, toda a vida)’ depende dos conflitos que as linhas provocam, como que de propósito. Se Êxodo realmente significa ‘entrar’ ou ‘sair’ depende do ângulo a partir do qual a fronteira é observada, mas a palavra simplesmente descreve um grande número de indivíduos cruzando uma linha desenhada a lápis juntos.
Por quê?… Existe um desequilíbrio entre o bem e o mal! O limite foi atingido, pelo menos no Reino… Mas não posso testemunhar que será fácil e sem sangue arrancar as sete mechas astrais do mundo simultaneamente com o sangue do médico.”
A Zentropa Productions também lançou dois teasers enigmáticos:
Uma nova atualização para Ghost of Tsushima permite que você pegue algumas homenagens interessantes de outras franquias do PlayStation no modo multiplayer Legens.
Ghost of Tsushima recebeu uma atualização surpresa em homenagem a alguns jogos populares da Sony. A atualização 1.18 adiciona novas opções de pesquisa de Lendas, mas a parte mais atraente são os novos trajes de Lendas modelados a partir de God of War, Horizon Zero Dawn, Shadow of the Colossus e Bloodborne.
De acordo com a Sucker Punch, o patch também adiciona novas opções para procurar jogadores Legends. Você pode colocar parâmetros como objetivos de bônus e microfones enquanto procura combinações para completar seu grupo nas missões Nightmare Store/Survivale capítulos de Raid.
E graças aos trajes, você pode ficar elegante enquanto faz isso. Até 15 de janeiro você pode reivindicar as quatros roupas especiais. Você apenas tem que completar qualquer missão de História ou Sobrevivência com cada uma das classes, e você terá todas elas.
A Sucker Punch introduziu o modo multiplayerLegends para Ghost of Tsushima, que anteriormente era um jogo apenas para um jogador, em outubro. O anúncio foi uma surpresa porque o estúdio nunca havia mencionando que um modo multiplayer estava em desenvolvimento até pouco antes de ser lançado. Pouco depois, foi apresentado o Raids.
From now until January 15, 2021, unlock these #GhostOfTsushima: Legends outfits inspired by iconic PlayStation characters from God of War, Horizon Zero Dawn, Shadow of the Colossus and Bloodborne! Complete any Story or Survival mission with each class to unlock all four outfits! pic.twitter.com/xVhQGlAeMc
— Ghost of Tsushima 🎮 Director's Cut Out Now! (@SuckerPunchProd) December 18, 2020
Ghost of Tsushima foi um dos nomeados ao The Game Awards 2020. O que achou da atualização com os novos trajes? Deixe seus comentários abaixo!
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A Bandai Namco anunciou dois personagens como DLC para a terceira temporada de Dragon Ball FighterZ com um trailer oficial.
Como a terceira temporada de DLC para o popular jogo de luta se aproxima do fim, a Bandai Namco adicionou dois personagens jogáveis de Dragon Ball GT para completar o elenco expansivo.
Um trailer de anúncio apresentou Super Baby 2, a forma do vilão de DBGT depois que ele assumiu o controle total do corpo de Vegeta, em ação contra Gohan e Goku, recriando sua luta da série de anime. Enquanto o trailer confirma a chegada de Super Baby 2 em 15 de janeiro, um teaser mostra Gogeta Super Sayajin 4 entrando na luta.
Gogeta Super Sayajin 4 foi apresentado no final do DBGT, formado por Goku e Vegeta em suas formas Super Sayajin 4 realizando a Fusão durante sua luta contra Omega Shenron. Nenhuma jogabilidade ou janela de lançamento para a inclusão do personagem no Dragon Ball FighterZ foi revelada até o momento.
Tanto Super Baby 2 quanto Gogeta Super Sayajin 4 estarão disponíveis em 2021.
Os dois personagens completam o FighterZ Pass 3, que começou com a personagem Kefla Super Sayajin em fevereiro passado. A temporada de DLC mais tarde adicionou Ultra Instinct Goku e Mestre Kame à luta.
Dragon Ball FighterZ é desenvolvido pela Arc System Works e publicado pela Bandai Namco Entertainment. O jogo está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
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Aqui está um mimo. Embora não chegue até agosto do próximo ano, Peter Jackson nos deu uma primeira olhada em seu próximo longa-metragem na direção, The Beatles: Get Back, em uma boa hora com a chegada do novo álbum de Paul McCartney.
Filmado em janeiro de 1969 e compilado a partir de mais de 60 horas de imagens inéditas (filmadas por Michael Lindsay-Hogg) e mais de 150 horas de áudio inédito, tudo restaurado, o primeiro sneak peek apresenta mais de cinco minutos de filmagem.
Apresentando John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr durante as sessões de gravação enquanto planejam seu primeiro show ao vivo em mais de dois anos, ele mapeia a composição e o ensaio de 14 novas canções, originalmente destinadas ao lançamento em um álbum ao vivo que o acompanha.
O filme também apresenta – pela primeira vez na íntegra – a última apresentação ao vivo d’Os Beatles como um grupo, o concerto no telhado em Londres, bem como outras canções e composições clássicas apresentadas nos dois álbuns finais da banda, Abbey Road e Let It Be.
O filme marca a próxima incursão de Jackson em documentários e no mundo das imagens de arquivo depois de They Shall Not Grow Old.
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A Voz Suprema do Blues é o novo filme da Netflix baseado na peça Ma Rainey’s Black Bottom de August Wilson. O longa tem George C.Wolfe como diretor e no elenco estão Viola Davis, Chadwick Boseman, Colman Domingo, Glynn Turman e Michael Potts.
SINOPSE
A Voz Suprema do Blues Voz acompanha Ma Rainey (Viola Davis) e sua banda em Chicago, 1927. Em uma tarde quente, Ma prepara-se para uma sessão de gravação de álbum. Contudo, os conflitos no local revelam a tensão entre Ma e seu ambicioso trompista Levee (Chadwick Boseman), como também com a gerência branca que está determinada a dominar a incontrolável “Mãe do Blues”.
ANÁLISE
Para entender o processo criativo e político de A Voz Suprema do Blues é preciso falar do dramaturgo August Wilson. O principal trabalho de Wilson inclui uma série de dez peças de teatro, The Pittsburgh Cycle, pelo qual recebeu dois prêmios Pulitzer de Teatro. Cada um é definido em uma década diferente, representando os aspectos cômicos e trágicos da experiência de vida dos negros na América do século XX.
Nesse sentido, A Voz Suprema do Blues é a única peça que não se passa no Hill District de Pittsburgh, o bairro economicamente deprimido onde Wilson nasceu em 1945 e passou seus primeiros anos. Esse fato é extremamente importante para dar luz às discussões tanto da peça como do filme de George C. Wolfe que se passa nos anos 20 na cidade de Chicago.
Chicago representava as ideias do Norte, uma região mais industrializada, defensora da liberdade, igualdade e principalmente antiescravagista. Com o fim da guerra civil, ex-escravos do Sul migraram para essa região em busca de empregos, onde fundaram vários bares tradicionais de blues.
Contudo, a tensão racial era predominante em todos os Estados Unidos e os artistas negros que ganharam estrelado, ainda era segregados e desqualificados. É nesse meio que o filme de Wolfe se encontra, às margens de uma época em que a exploração negra apenas tinha se adequado.
Logo, George C. Wolfe faz questão de colocar a peça no filme e não ao contrário. Felizmente, o espectador já havia presenciado tal feito em Um Limite Entre Nós (2016) que também é uma adaptação da série de peças de Wilson. Filme produzido, atuado e dirigido por Denzel Washington que rendeu um Oscar a Viola Davis. Só que desta vez, Washington está como produtor de A Voz Suprema do Blues.
Essa combinação entre o tratamento intenso de Washington e a direção densa de Wolfe cria um filme que denota às frustrações dos artistas negros frente a uma sociedade racista e injusta. A Voz Suprema do Blues consegue um estilo próprio que honra com maestria o material original, usufruindo do pouco cenário para lançar luz a atuações incríveis.
Ao apresentar uma tarde quente de verão em Chicago, Ma Rainey e sua banda vagam por um estúdio de gravação. Hora discutindo sobre o papel dos negros na sociedade, hora fazendo música, o que cria uma imersão até os minutos finais. Consequentemente, adaptar uma peça para o cinema não é um trabalho fácil, mas Wolfe tem como resultado um tom teatral que cativa com suas cores vivas, intensidade musical e flashes ocasionais.
Quem é a voz suprema do blues?
O blues originalmente é uma música sobre o sofrimento do povo negro frente a escravidão. O gênero surgiu no século XIX nas fazendas de algodão, onde durante o percurso, escravos cantavam melodias lentas e chorosas para expressar suas tristezas. Porém, assim como toda cultura afro, o blues foi sendo apropriado pela sociedade branca.
Sendo assim, a Mãe do Blues não o inventou, mas foi a primeira mulher a fazer sucesso com o estilo musical. Em A Voz Suprema do Blues, Viola Davis interpreta Ma Rainey em todo o seu esplendor. Ainda que, outros artistas e gêneros musicais estivessem surgindo, Ma tinha a música dentro de si.
Ao longo do filme, Ma tem uma personalidade implacável, faz inúmeras exigências ao seu agente e ao dono da gravadora, nunca satisfeita com o que lhe é oferecido. Essa impetuosidade é uma forma de manter seu valor perante aos que a rodeiam. Como mulher negra, Ma sempre foi subjugada e mesmo com o estrelato, nunca deixou de ser vista sob maus olhos.
Outro fato, é que Ma é fruto do seu tempo. Ser uma mulher negra (e provavelmente bissexual) com atitude e coragem nos anos 20 deveria ser extremamente cansativo. E ela sabe bem disso, suas atitudes elevam sua figura perspicaz, mas também demonstram sua capacidade de ser protetora e amorosa.
Por outro lado, temos Levee vivido pelo incrível Chadwick Boseman. O ator que nos deixou em 2020, apresenta seu último trabalho como um legado de sua genialidade, sensibilidade e leveza. Levee não só rouba a cena em A Voz Suprema do Blues, como representa todo tolo jovem sonhador.
Logo, Ma sente que tem uma ameaça na figura de Levee, mas o embate entre ambos nunca chega as vias de fato. O que não é um problema, dada toda comoção que esses personagens conseguem passar sem ao menos entrarem em grandes discussões. Levee, por si só, carrega todos os seus sonhos, mas também a impaciência da juventude.
Além disso, os monólogos de Boseman põem em xeque um personagem que com certeza sofreu demais e não aceitará menos do que merece.
Levee em um estado de fúria atrelado a tristeza, diz:
“Vocês não sabem nada sobre mim. Nem o sangue que corre nas minhas veias! Como é o coração que bate no meu peito!”
É essa complexidade de personagem que parece carregar todas as frustrações e sonhos do mundo que fazem de Levee com seu trompete um supremo do blues, tanto quanto Ma. Mas, ambos estão com as garras da indústria fincadas em suas peles. Logo, Ma tem total consciência disso:
“Eles não se importam comigo. Só querem a minha voz.”
O trágico é que Levee por ser um sonhador, não enxerga tais prisões.
Ainda que por suas próprias lutas, eles cheguem onde merecem, no fim do dia não passam de acessórios para uma sociedade eurocêntrica. A obra de August Wilson transmite com singularidade e maestria, as dores e alegrias das vidas negras em uma sociedade que insiste em inviabilizados.
VEREDITO
A Voz Suprema do Blues é um filme essencial para entender a conjuntura dos negros na América nos anos 20. Além disso, vale ressaltar as incríveis atuações de Colman Domingo e Glynn Turman que elevam o filme ao seu máximo. Com isso, ressalto que Chadwick Boseman é gigante e faz a atuação que lhe entregará um Oscar póstumo.
Nossa nota
5,0 / 5,0
Confira o trailer de A Voz Suprema do Blues:
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