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    CRÍTICA – No Ritmo do Coração (2021, Siân Heder)

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    No Ritmo do Coração (CODA, título original) está disponível na Amazon Prime Video; O longa dirigido e roteirizado por Siân Heder é uma adaptação americana do filme francês A Família Bélie (2014).

    No elenco estão Emilia Jones (Locke & Key), Troy Kotsur, Daniel Durant e Marlee Matlin.

    O longa chegou ao catálogo do serviço de streaming no dia 07 de janeiro.

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    SINOPSE

    Ruby (Emilia Jones) é a única pessoa que escuta em uma família com deficiência auditiva. A vida da jovem sempre foi ajudar o irmão e os pais nas tarefas do dia e no negócio de pesca da família, mas logo ela se envolve no coral da escola e se vê dividida entre seguir seu sonho na música ou ajudar a família.

    ANÁLISE

    Um filme sensível e cheio de bom humor, No Ritmo do Coração se baseia no dramédia para criar uma discussão profunda sobre família. A premissa pode até parecer batida, mas o longa de Siân Heder tem muito mais a oferecer.  

    Ruby é a única que escuta em sua família, seu irmão Leo (Daniel Durant), os pais Frank (Troy Kotsur) e Jackie (Marlee Matlin) são surdos, a responsabilidade de ser a intérprete da família recai sobre a jovem de 17 anos. Enquanto precisa lidar com os problemas familiares, Rudy também sofre bullying na escola, mas seu amor pela música a faz seguir seu sonho de cantar. 

    Os pais não compreendem a paixão de Ruby pela música e insistem que precisam dela para os negócios de pesca da família. Ao mesmo tempo Frank e Jackie têm medo que a filha fracasse, pois não sabem se ela é realmente boa. Dessa forma, a adolescente vive em dois mundos e precisa se desdobrar para atender as expectativas de seus pais e de seu professor de música, Bernardo (Eugenio Derbez). 

    Em um primeiro momento, o longa apresenta Ruby como a rocha da família sendo a responsável por todos, mas é quando a garota se desvencilha deles que Leo, Jackie e Frank mostram que podem se comunicar com as pessoas sem ajuda da filha mais nova. Existe uma dinâmica muito íntima e super protetora nessa família e a diretora sabe bem explorar essa relação a medida que entra cada vez mais na vida deles. 

    O filme conta com atores surdos para os papéis dos personagens surdos utilizando a língua de sinais praticamente como uma segunda língua no longa. Ruby é uma ótima intérprete para os momentos em família, mas as cenas em que o silêncio se faz presente e é preciso estar atento às conversas em sinais coloca o espectador realmente dentro daquele mundo, algo parecido com o que foi visto no vencedor de seis Oscars, O Som do Silêncio (2020), também da Amazon Prime Video.

    Em contraste, Ruby vai se distanciando cada vez mais da família e adquirindo desejos e sonhos próprios uma vez que entra em contato com a música. No Ritmo do Coração é um filme sobre sair do ninho e o quanto esse processo pode ser difícil, ainda mais para Ruby. O título do longa em inglês exemplifica esse sentimento, CODA – Children of Deaf Adults ou filha de adultos surdos – denota Ruby, mas a jovem é muito mais que isso, já que o título também pode significar a seção com que se termina uma música. 

    É nesse sentido que a roteirista e diretora propõe um olhar mais demorado para Ruby e é interessante perceber o quanto essa personagem cresce ao longo do filme. Interpreta genuinamente por Emilia Jones, a atriz se dedicou o máximo para o papel e por isso faz transições naturais entre as duas línguas, sabendo como se portar. 

    Dessa maneira, Troy Kotsur e Marlee Matlin estão divertidíssimos e carregam o tom cômico do filme. No Ritmo do Coração aposta bastante no dramédia e o que poderia sair errado se revela uma boa combinação para um filme comovente, daqueles que podemos chorar e rir ao mesmo tempo. 

    VEREDITO

    Siân Heder faz uma ótima adaptação em No Ritmo do Coração, um filme que poderia cair em clichês, mas é extremamente profundo e comovente. Emilia Jones faz uma atuação de nuances e está muito confortável com o seu papel, assim como Troy Kotsur, Marlee Matlin e Daniel Durant.

    Se o longa entrar no circuito de premiações será pelo incrível trabalho dessa produção.

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Arquivo 81: Final da série explicado!

    Arquivo 81 estreou no dia 14 de janeiro de 2022 na Netflix. Caso vocês tenham se perguntado qual a origem da mais nova série de suspense, suas dúvidas acabaram. Arquivo 81 é baseado em um podcast de terror americano. E agora, com certeza, o podcast ganhará muitos fãs para sua fanbase, graças a gigante do streaming. A série é dirigida por Rebecca Sonnenshine.

    Vale lembrar que esse artigo foi criado com base nas pesquisas do Google sobre a série. O final da mesma, trouxe diversas dúvidas e ganchos que serão bem interessantes de ser vistos em próximas temporadas.

    Caso você tenha chegado a esse artigo sem querer e sem assistir a série, recomendamos que você assista antes de continuar lendo. Mas deixe salvo nos seus favoritos para que você retorne aqui depois de assistir.

    E se você tem dúvidas se gostamos ou não da série, convido-os a ler a nossa crítica clicando aqui.

    ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS DE ARQUIVO 81!

    Após passar alguns episódios restaurando as fitas de Melody Pendras (Dina Shihabi), a ex-moradora do Edifício Visser, o episódio 8 mostra Dan (Mamoudou Athie) retornando até o complexo de Virgil Davenport (Martin Donovan) e o confronta em relação à verdade sobre as fitas.

    Davenport então revela que o pai de Dan era quem estava com as fitas, e então elas reapareceram um ano antes dos dias atuais.

    Ele queimaram a sua casa para destruí-las. Há pessoas que farão qualquer coisa para invocar esse demônio esquecido para esse mundo e há pessoas que farão qualquer coisa para impedir que isso aconteça. Seu pai fazia parte do segundo grupo e sua família pagou o preço. Sua fuga foi completamente acidental.”

    Apesar de admitir que gosta de Dan, Davenport puxa uma arma e aponta para seu ex-funcionário, mas Mark (Matt McGorry) resgata seu amigo e derruba Davenport. Eles descem até o porão, onde está a estátua de Kaelego em uma sala de ritual recriada igual à do Visser e da mansão Vos antes dele, apenas para serem surpreendidos por Bobbi (Jacqueline Antaramian) com a arma de Davenport. E é nesse momento em que que Bobbi revela que é na verdade a mãe de Melody e ela concorda e reencenar o ritual (pois é uma bruxa Baldung) para tentar libertar Melody da outra dimensão.

    Dan então vai para o Outro Mundo, e é tentado por Kaelego, encontra Melody e pouco antes de escapar, Samuel (Evan Jonigkeit) a pega. Melody chega a até os dias atuais, em frente de sua mãe, mas Dan acorda nos anos 90, aparentemente tendo viajado no tempo. E assim, a temporada chega ao seu final.

    VAI HAVER UMA 2ª TEMPORADA DE ARQUIVO 81?

    final

    Enquanto muitos fãs imaginam se Arquivo 81 vai ganhar uma segunda temporada, a Netflix ainda não revelou nada sobre isso. Em uma recente entrevista, a showrunner da série mostrou estar otimista em relação à uma nova temporada. Confira a entrevista abaixo:

    A ideia é que continuemos a história com esses personagens em uma nova temporada se tivermos a sorte de ter uma segunda temporada. A série não foi criada como uma série de uma só temporada. Eu acho que há mais histórias a serem contadas. Eu acho que nós terminamos com um ótimo gancho que seria muito interessante de abordar. Nós apresentamos diversos personagens que cercam Dan e Melody; e que têm vidas interessantes para que possamos explorar. Então sim, nós esperamos continuar.

    A showrunner revelou que ela e os roteiristas têm feito brainstorms e já possuem ideias sobre a segunda temporada da série.

    Os roteiristas estão muito animados em continuar contando essa história. Nós amamos nossos atores, nós amamos o mundo que criamos. Então estamos de dedos cruzados.”

    DAN VIAJOU NO TEMPO?

    A cena final da série mostra Dan acordando em um hospital e uma enfermeira revela ao personagem que ele foi o único sobrevivente do incêndio no Visser, com uma matéria na TV abordando a morte de Kurt Cobain. A câmera volta até Dan e foca no protagonista da série enquanto ele olha pela janela do quarto, e as Torres Gêmeas ainda estão de pé. A showrunner revelou o que aconteceu, não é uma história clássica de viagem no tempo.

    Para nós, isso é uma revisão das viagens no tempo. O que é meio que entrar em outra dimensão. Não é o que entendemos como viagem no tempo. Mas há muito nessa série sobre tempo e como ele se move e o que é isso. Será que o universo está se expandindo? É um outro universo? Nós não sabemos. Mas o fato de ter uma nova dimensão nos dá uma nova perspectiva. Eu acho que em termos de, bem, alguém foi para os anos 90 e alguém foi para os dias atuais. Isso significa que há outras formas de viajar? Então é mais ou menos essa ideia.”

    A showrunner esclareceu:

    Não é uma máquina do tempo. É algo diferente. É uma forma de dobrar o tempo através de uma dimensão alternativa.”

    Vale apontar que desde os primeiros episódios, fica claro que os roteiristas flertam com a possibilidade da viagem dimensional ser possível. E que esse era até mesmo um dos objetos de estudo do pai de Dan, Steven (Charlie Hudson III). Mas o roteiro não esclarece qualquer aspecto da viagem fora do ritual que envolve o demônio Kaelego.

    Esse que vos escreve, como um bom aficionado em sci-fi que é, chegou a supor a possibilidade de haver múltiplas realidades. Mas fico feliz pelo caminho que a série seguiu, mostrando que pessoas sensitivas como os Baldung, são os únicos capazes de abrir portas para diferentes dimensões, como o Outro Mundo é.

    O que podemos assumir que deve ter uma forma de voltar atrás. Esperamos que a série retorne para sua segunda temporada e esclareça os acontecimentos da primeira temporada de forma interessante.

    Confira o trailer da série:

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    Noites Sombrias #50 | O Grito: Saiba tudo sobre a franquia

    O Grito foi um filme que impactou muita gente, é impossível falar sobre obras de terror e não lembrar do frio na espinha que nos causou.

    Por diversos motivos O Grito conseguiu ser um dos favoritos para quem aprecia terror, portanto, não poderíamos deixar de fazer um baita artigo contando sobre a sua origem e com a linha cronológica completa dessa franquia.

    ORIGEM

    O cinema japonês utiliza bastante de recursos sobrenaturais para basear suas produções, no caso de Ju On (nome original), o tão respeitado Takashi Shimizu deu vida ao folclore japonês.

    Segundo a história nipo, existem espíritos denominados Onryō que vagam pelo plano físico em busca da sua vingança após passarem por uma morte violenta.

    Assim, a franquia traz o espírito de Kayako que passou por um casamento extremamente violento, nessas agressões sofridas pelo marido, o mesmo matou de forma brutal a esposa em frente ao seu filho, que era apenas um menino.

    Logo, Kayako e seu filho se tornam espíritos Onryō que desejam retaliar todos que passam pelo seu caminho, mas especificamente, aqueles que vivem na casa onde a família morou e onde os assassinatos foram cometidos.

    Especula-se que Takashi se inspirou no estilo de dança Butoh para construir o visual de Kayako, para quem não sabe, é uma dança considerada sombria japonesa que teve seu surgimento após a guerra, com seu ápice nos anos 70.

    KATASUMI e 4444444444 (1998)

    o grito

    Poucos sabem, mas antes de fazer muito sucesso e receber grandes quantias de investimento para a suas ideias, Takashi Shimizu começou a trabalhar em sua mais famosa franquia com pouquíssima verba.

    Isso resultou nesses curtas, apesar de em alguns momentos ficarem muito caricatos devido ao baixo orçamento, conseguimos ver o talento do diretor em nos deixar nos tremendo de medo.

    JU-ON (O GRITO) – A MALDIÇÃO PARTE 1 (2002)

    o grito

    Novamente escrito e dirigido por Takashi, aqui vemos a sua capacidade de trabalhar com um pouco mais de verba.

    Acompanhamos um professor que vai até residência de dois alunos que estão ausentes da sua escola, embalado pela preocupação com seus alunos, o professor fica ligado ao que tem de bizarro na casa.

    JU ON (O GRITO) – A MALDIÇÃO PARTE 2 (2003)

    o grito

    Nesta parte, além de detalhes sobre o macabro que foi apresentado na primeira parte, vemos aqueles caírem no mesmo destino que o professor, ao serem conectados com a casa em questão.

    O GRITO (2004) 

    o grito

    Ju On, é o nome original em japonês, já “O Grito” é o nome da produção estadunidense que felizmente conta com a direção do diretor Takashi Shimizu.

    Nessa versão, uma enfermeira norte-americana trabalha e mora no Japão, e em qual residência que ela passa a ter contanto? Essa mesma, a que tem os espíritos furiosos da mãe e seu filho.

    O GRITO 2 (2006)

    Os norte-americanos gostaram bastante do trabalho de Takashi e toda a potência dessa história, logo, percebendo também o sucesso de bilheterias, resolveram chamar o diretor para uma sequência.

    Na qual mostra a irmã da enfermeira que descobre que a mesma está internada no hospital no Japão, bastante intrigada, decide investigar o que aconteceu na casa.

    O GRITO 3 (2009)

    Dessa vez, o criador da franquia decidiu não participar, logo a responsabilidade de dirigir o filme ficou nas mãos do americano Toby Wilkins.

    Uma família amaldiçoada pelo espírito de Kayako encontra ajuda em uma jovem japonesa que diz que sabe o segredo para solucionar de vez o problema com esse espírito vingativo.

    JU-ON: WHITE GHOST/ JU-ON: BLACK GHOST (2009)

    Para homenagear e comemorar os 10 anos de criação da franquia, a cineasta Mari Asato criou esses dois spin-offs produzidos de forma totalmente independentes.

    JU-ON: OWARI NO HAJIMARI (2014)

    o grito

    Dessa vez, o diretor Masayuki Ochiai resolveu colocar a mão na massa dessa franquia, voltando a para a história de uma família amaldiçoada durante a história.

    JU-ON: A MALDIÇÃO FINAL (2015)

    Masayuki, nesta produção vemos uma visão sobre as origens e intenções dos espíritos, até mesmo uma alteração sobre a perspectiva de outra figura importante da história original.

    SADAKO VS. KAYAKO (2016)

    Com uma pegada bem trash, o diretor Kōji Shiraishi (Noroi) criou um certo duelo entre essas duas estrelas do terror.

    Nele uma família se muda para um apartamento ao lado da tão famosa casa amaldiçoada, enquanto duas jovens compram uma fita de videocassete e descobrem que é justamente a fita de Sadako.

    Logo, no desenrolar da trama, os dois espíritos vingativos se encontram nessa batalha quase cômica.

    O GRITO (2020)

    Em 2020, tivemos dois lançamentos da franquia, o primeiro é o filme que conta com a direção de Nicolas Pesce. A sua escolha foi mostrar uma mulher e um detetive que resolvem investigar um assassinato de uma família.

    O GRITO: ORIGENS (2020)

    O segundo é a série original da plataforma Netflix, que como se nome já anuncia, conta a origem dessa maldição. 

    Partindo de histórias de 2 mulheres atordoadas de formas diferentes, a primeira possui um passado tão violento e bizarro quando seu presente e segunda está sendo perturbada por sons estranhos, principalmente, enquanto dorme.

    É importante pontuar que não são todas as obras que possuem a qualidade que estamos acostumados, quando muitos possuem interesse na franquia, a sua qualidade de apresentar um terror surrealista e sem exageros, de forma bem crua, vai sumindo.

    Basicamente, as melhores obras são aquelas dirigidas e roteirizadas pelo Takashi Shimizu.

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    CRÍTICA – Neymar: O Caos Perfeito (Minissérie, 2022, Netflix)

    Dirigida por David Charles Rodrigues, Neymar: O Caos Perfeito é a mais nova produção original da Netflix que destaca uma personalidade brasileira. A série do Neymar será lançada no dia 25 de janeiro de 2022 exclusivamente no serviço de streaming.

    SINOPSE DE NEYMAR: O CAOS PERFEITO

    Aclamado e criticado no mundo todo, Neymar compartilha os altos e baixos de sua vida pessoal e da brilhante carreira no futebol. Esta série documental traz entrevistas com grandes craques, como Lionel Messi, Kylian Mbappé e David Beckham.

    ANÁLISE

    Bastante aguardada por fãs de futebol e, principalmente, do craque brasileiro, a série do Neymar possui três episódios com média de 50 minutos cada. A minissérie documental da Netflix pincela momentos da vida multifacetada do astro que já passou pelo Santos, pelo Barcelona e está atualmente no Paris-Saint Germain (PSG), além de ser uma das referências da Seleção Brasileira.

    Neymar: O Caos Perfeito explora não apenas a imagem do mundialmente conhecido Neymar Jr., como também de seu pai, o Sr. Neymar. A minissérie é efetiva ao mostrar que, sem a gestão próxima do seu mentor, não existiria o craque e a máquina de marketing focada em deixar um legado respeitável em todas suas frentes de atuação. No entanto, Neymar: O Caos Perfeito é uma produção bastante irregular.

    No primeiro episódio, a série tenta contextualizar as diversas facetas da vida de Neymar Jr.: jogador de futebol, astro, baladeiro, garoto propaganda, fenômeno das redes sociais, propriedade intelectual, pai de família, querido por amigos e familiares… Porém não consegue se fixar em nenhum desses atributos, agravando a situação por usar um constante ir e vir temporal que só atrapalha a narrativa.

    O capítulo inaugural também peca por não apresentar nada de inédito e altamente relevante, perdendo uma chance de ouro de contar para a audiência global da Netflix muitas histórias do passado desafiador de Neymar, que certamente devem existir.

    Outro ponto negativo desse episódio é a escolha de vídeos de arquivo.

    Todo mundo que acompanha futebol brasileiro no milênio atual sabe que o Santos de 2010 e 2011 foi excepcional. Muito graças a Neymar, nesse período o time da Vila Belmiro conquistou a Copa do Brasil (2010) e a Copa Libertadores da América (2011). Ou seja, é um período que possui ricos registros das vitórias, e certamente deve haver materiais inéditos, mas a minissérie pouco aproveita isso.

    Além dos problemas de montagem, a impressão que o primeiro episódio de Neymar: O Caos Perfeito passa é que a produção ali não sabia bem o que seria importante contar para o público. Isso fica evidente já na abertura da minissérie, quando o documentarista pergunta a Neymar como ele iniciaria a produção. O único ponto positivo do primeiro episódio é uma entrevista com um profissional do futebol que se envolveu em polêmica com Neymar durante sua trajetória no Brasil.

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    O segundo e o terceiro episódios são melhores no quesito fluência da narrativa. Isso porque o foco na maior parte do tempo de ambos capítulos é a trajetória de Neymar Jr. na Europa – primeiro no Barcelona, depois no PSG. Neles, fica mais evidente que a equipe documentarista sabia que história queria contar. O ponto principal da minissérie no que diz respeito à trajetória de Neymar na França é mostrar as dificuldades enfrentadas pelo jogador nas primeiras temporadas no PSG, e a superação desses desafios.

    Apesar disso, mesmo contando com dezenas de entrevistados, Neymar: O Caos Perfeito apresenta poucos fatos e materiais inéditos que surpreendam tanto os fãs do jogador, quanto os amantes do futebol.

    Há também um breve espaço para algumas polêmicas extracampo ao longo da carreira do jogador, que no dia 5 de fevereiro de 2022 completará 30 anos. O destaque positivo vai para a sinceridade do pai, Sr. Neymar, que não esconde que trata Neymar Jr. tanto como filho, quanto como produto. Um dos pontos altos do pai gestor é justamente como ele disse que o craque santista deveria agir quando engravidou uma menina, orientando a reconhecer o filho, David Lucca.

    Leia mais publicações sobre futebol aqui no Feededigno.

    Particularmente acredito que a única surpresa que a produção me trouxe foi um relato do Neymar sobre uma conversa com Messi durante um jogo contra o Athletic Bilbao, quando ambos jogavam no Barcelona.

    VEREDITO

    Neymar: O Caos Perfeito perde a chance de mostrar mais sobre a carreira de Neymar Jr. tanto na infância, quanto no legado construído quando jogava pelo Santos. Por se tratar de uma minissérie documental sobre um jogador extraclasse e multifacetado, a produção se perde nas inúmeras possibilidades de retratar o craque brasileiro, e pouco acrescenta ao que é noticiado de modo recorrente na imprensa desde seu surgimento, além de não apresentar nada de bastidores que seja diferente do que o próprio jogador já mostra no dia a dia.

    Por conta da carreira do jogador de futebol ser misturada com muitas outras iniciativas, inclusive sua gestão enquanto marca por meio da sua empresa NR Sports, a minissérie também deixa claro de que se trata de um produto fruto da estratégia de comunicação e marketing de Neymar. E esse é o provável motivo pelo qual Neymar: O Caos Perfeito pincelou fatos, sem se aprofundar em nada, mas também sem trazer fatos históricos que pudessem aumentar a idolatria por Neymar.

    2,5 / 5,0

    Assista ao trailer de Neymar: O Caos Perfeito

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    CRÍTICA – Arquivo 81 (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Até onde ir à procura pela verdade? Arquivo 81 é a mais nova série de suspense da Netflix. A série que nos apresenta um mundo não tão diferente do nosso, nos leva por relações tão humanas e profundas quanto possível. E nos lança em meio à uma história que a cada episódio ganha cada vez mais camadas e se torna cada vez mais intensa e profunda.

    Tendo sido lançada no dia 14 de janeiro de 2022, a gigante do streaming vai precisar se esforçar muito a fim de apresentar pelo resto do ano uma narrativa que seja mais bem sucedida do que esta trama de apenas 8 episódios.

    SINOPSE

    Um arquivista é contratado para recuperar fitas de vídeo danificadas e fica obcecado em resolver um mistério envolvendo a diretora desaparecida e uma seita demoníaca.

    ANÁLISE

    Arquivo 81

    Arquivo 81 nos apresenta à história do jovem curador/restaurador de filmes antigos, Dan Turner (Mamoudou Athie), que é contratado para um serviço aparentemente sem muitos desafios, com uma recompensa boa demais para ser verdade. Repleto de traumas por um passado dolorido, que recentemente foram revividos, Dan precisa ficar isolado no que parece ser um antigo bunker a fim de restaurar as fitas de gravação que foram retiradas de um prédio após um misterioso incêndio.

    Ambientada em dois e até três períodos de tempo diferentes, a série nos lança por uma Nova York de 2022, 1994 e 1924. Sei que você pode estar imaginando algo parecido com Dark, mas Arquivo 81 se destaca e se distancia do drama alemão de viagem temporal, e nos lança junto de Dan no ano de 2022, em uma misteriosa trama a fim de descobrir mais sobre a história da aspirante a cineasta Melody Pendras (Dina Shihabi) em 1994 e o que causou o incêndio do Edifício Visser.

    Com uma narrativa concisa e que sabe exatamente onde quer chegar, a série coloca nos espectadores não apenas a semente de múltiplas possibilidades narrativas, mas nos faz questionar o que está diante dos nossos olhos. Fazendo-nos duvidar por vezes dos personagens que acompanhamos desde o primeiro episódio, e que vimos a trama se desenrolar por seus pontos de vistas.

    Vale lembrar, que a série que conta com a produção executiva de James Wan (Sobrenatural, Invocação do Mal, Aquaman), foi criada por Rebecca Sonnenshine (The Boys, Entre Dois Mundos, Outcast), tem todos seus episódios dirigidos por Rebecca Thomas. O mais brilhante elemento da série, não é ver como os protagonistas em épocas diferentes funcionam de forma coesa, mas ver como a trama consegue trabalhar imensamente bem todos seus arcos.

    A participação de Matt McGorry, Evan Jonigkeit e da jovem Ariana Neal dão aos mais diversos núcleos da série autonomia pela força e potência de suas atuações, podendo esses núcleos funcionar separadamente do todo. Mas a forma como a direção guia essas histórias, de maneira consistente e as une, dão a Arquivo 81 o que é necessário para que a trama se desenvolva de maneira condizente com a história que a série tem intenção de contar.

    VEREDITO

    Arquivo 81

    Os 8 episódios da primeira temporada de Arquivo 81 funcionam de forma coesa e levam a primeira temporada a um brilhante lugar. Tendo sido assistida por esse que vos escreve em apenas uma noite – o desenvolvimento da série nos faz não apenas ficar ansiosos com o que pode acontecer ao longo do episódio seguinte, mas nos faz questionar se o que vemos no canto de cada um dos frames – ou nas telas que Dan parece estudar minuciosamente – é real. Enquanto nos lança em uma espiral de intrigas e mistério junto de Dan, Melody e dos habitantes do Edifício Visser, explorando assim o passado, o presente e o futuro daquele mundo.

    Ao final da primeira temporada, a série nos leva por um caminho inesperado, e as possibilidades que o fim traz – de uma possível segunda temporada -, são incrivelmente inventivos e nos fazem questionar como aquele mundo funcionará daquele momento em diante.

    Arquivo 81 estreou na Netflix no dia 14 de Janeiro de 2022.

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    10 casais mais fofos de Hollywood

    Sabemos que Hollywood tem diversos casais que facilmente entrariam nessa lista de casais mais fofos, mas como essa semana surgiram rumores de que os atores Anna Kendrick (Scott Pilgrim Contra o Mundo) e Bill Hader (IT – A Coisa) estão namorando em segredo há mais de um ano, resolvi listar alguns casais de longa data.

    Kendrick de 36 anos e Harder de 43, que estrelaram o filme Noelle, se reuniram bem depois de filmar o longa do Disney+.

    O mais novo casal já se conheciam a algum tempo, a notícia do romance secreto do casal chega mais de um ano depois que Bill Harder e Rachel Bilson (The O.C.) terminaram. Bill e Rachel apareceram juntos na comédia romântica de O Diário de Uma Virgem (2013), dirigida pela então esposa de Bill, Maggie Carey, que foram casados de 2006 a 2018 e têm três filhos juntos.

    Seguindo o caminho oposto desse novo romance, conheça alguns casais mais fofos de Hollywood que contam com algumas décadas de relacionamento!

    Neil Patrick Harris e David Burtka (18 anos)

    Neil Patrick Harris (E) e David Burtka (D).

    Em entrevista para a revista Out, o casal de atores diz ter duas lembranças muito diferentes de seu encontro na 9ª Avenida entre as ruas 44 e 45 em Nova Iorque. Neil Patrick Harris (Matrix Resurrections) se lembra de conhecer um “tipo James Dean em uma jaqueta de couro” que mal lhe dava a hora do dia, enquanto David Burtka se lembra de ser amigável e vagamente familiarizado com o trabalho de Harris. 

    Mais tarde, eles foram a um encontro para ver o filme Roubando Vidas em 2004 e o resto é história. O casal deu as boas-vindas aos gêmeos Harper e Gideon em 2010 e se casaram em 2014.

    O primeiro dos casais mais fofos dessa lista mostrou um pouco do lar deles na série sobre organização, The Home Edit, da Netflix.

    Amy Adams e Darren Le Gallo (21 anos)

    O artista americano contemporâneo Darren Le Gallo é bem conhecido por suas pinturas oníricas que mergulham nos estados emocionais e na mente subconsciente, já a atriz Amy Adams dispensa apresentações.

    O casal se conheceu em 2001 e finalmente se casaram 15 anos depois.

    A Lois Lane do Universo Estendido DC comentou durante uma entrevista para a revista britânica The Times:

    Sempre tivemos o compromisso, mas agora ele está preso a mim e eu posso realmente agir [risos]. Estou brincando. A verdade é que sinto um senso de família mais forte, um senso maior de permanência, o que é bom para mim.” 

    Viola Davis e Julius Tennon (22 anos)

    A maravilhosa Viola Davis e Julius Tennon se conheceram no início dos anos 2000 e se casaram em 2003. Eles adotaram um filho juntos e são um casal poderoso. Ela é uma atriz vencedora do Oscar, e ele também atua. Na verdade, ele foi o primeiro estudante negro a se formar no programa de teatro da Universidade de Tulsa. 

    De acordo com uma entrevista para a Us Weekly, em 2013, Davis revelou que ela tem uma oração para agradecer por seu querido marido. 

    Eu era a mulher mais solitária do mundo, e alguém disse: ‘Você deveria orar por um marido’. Eu disse que queria um grande homem negro do Sul que parecesse um jogador de futebol, que já tivesse filhos, que talvez já tivesse se casado antes; e três semanas e meia depois, conheci meu marido.”

    Hugh Jackman e Deborra-Lee Furness (26 anos)

    O nosso eterno Logan/Wolverine, Hugh Jackman e sua esposa Deborra-Lee Furness, que é 13 anos mais velha do que ele, se conheceram no set de seu primeiro trabalho em 1995. Eles se casaram um ano depois e desde então não se desgrudaram mais. 

    Durante uma entrevista no programa Ellen DeGeneres, o ator comentou:

    Estou muito grato por tê-la conhecido antes de qualquer coisa acontecer. Tudo o que aconteceu na minha carreira, na tela e fora dela, sempre fizemos juntos.”

    Will Smith e Jada Pinkett Smith (27 anos)

    O ator Will Smith (King Richard: Criando Campeãs) e Jada Pinkett Smith (Matrix) se conheceram em 1995, quando ela fez um teste para interpretar uma das namoradas de Will na série Um Maluco no Pedaço. Eles se casaram em 1997 e são pais das estrelas adolescentes Jaden e Willow.

    Em 2020, os dois revelaram que, enquanto Pinkett Smith havia se envolvido em um relacionamento com August Alsina, eles resolveram seus problemas e estavam mais fortes do que nunca.

    Elizabeth Banks e Max Handelman (28 anos)

    O produtor Max Handelman e a atriz se conheceram no primeiro dia de Elizabeth Banks na Universidade da Pensilvânia em 1993, mas Banks disse à revista Allure:

    Eu não conheci meu marido e pensei: ‘Conheci o homem com quem vou me casar’. Eu estava tipo, ele é fofo. Eu vou transar com ele, porque eu tenho 18 anos e estou na faculdade.”

    Mas é claro que ela finalmente se casou, 10 anos depois, em 2003. Eles têm dois filhos juntos, Felix e Magnus

    Kevin Bacon e Kyra Sedgwick (34 anos)

    Pra mim esse é um dos casais mais fofos de todos!

    A atriz, produtora e diretora Kyra Sedgwick, também conhecida como a megera Madeline Wuntch de Brooklyn Nine-Nine e Kevin Bacon (Footloose: Ritmo Louco) se conheceram no set de Lemon Sky no final dos anos 80 e se casaram logo depois em 1988. Mais tarde, ele revelou que eles realmente se conheceram quando Kyra tinha 12 anos. 

    No The Late Late Show with Craig Ferguson, Bacon disse que tinha acabado de fazer uma apresentação de uma peça de matinê e estava em uma lanchonete quando se conheceram. 

    Tinha uma garotinha que tinha acabado de ver a matinê, e seu irmão disse: ‘Você gostou daquele ator, vá dizer a ele que gostou dele’, e era Kyra. Ela era uma garotinha, sim, ela tinha 12 anos.”

    Kavin Bacon, é sete anos mais velho que Kyra Sedgwick.

    Michael J. Fox e Tracy Pollan (34 anos)

    Michael J. Fox (De Volta Para o Futuro) e atriz Tracy Pollan se conheceram no set do seriado dos anos 80, Family Ties, no qual Fox interpretou o personagem Alex P. Keaton e Pollan se juntou ao programa para interpretar uma das namoradas de Alex, Ellen.

    Mas os dois não começaram a namorar imediatamente – na verdade, Tracy Pollan estava namorando outro ícone dos anos 80, Kevin Bacon, e Michael J. Fox estava namorando a estrela de Facts of Life, Nancy McKeon.

    Em entrevista para a revista People, Fox comentou:

    Eu sempre pensei que [Pollan] era legal, mas era como um casal de pessoas casadas que trabalhavam juntas e gostavam uma da outra.”

    Cada um tinha terminado com seus respectivos em 1987 – e Michel J. Fox fez o pedido depois de apenas sete meses de namoro, em dezembro daquele ano. Eles se casaram em julho de 1988 e têm quatro filhos juntos.

    Tom Hanks e Rita Wilson (34 anos)

    O vencedor do Oscar, Tom Hanks conheceu sua esposa em 1988 no set de Voluntários. Ele tinha acabado de se divorciar de sua primeira esposa quando eles se conheceram e levou apenas um ano para Rita Wilson dizer “sim”.

    Em uma conversava com a apresentadora da BBC Kirsty Young, em 2016, Hanks comentou:

    Acho que nunca mais me sentirei sozinho… foi assim que me senti quando conheci minha esposa.

    Meryl Streep e Don Gummer (44 anos)

    A diva Meryl Streep, a atriz mais indicada ao Oscar de todos os tempos, conheceu o escultor americano Don Gummer, em 1978, apenas seis meses depois que seu primeiro marido faleceu de câncer de pulmão.

    Streep e Gummer tiveram quatro filhos juntos. Eles não discutem seu casamento com muita frequência, mas ele recebeu uma mensagem especial quando Meryl levou para casa o Oscar de Melhor Atriz em 2012. 

    Primeiro vou agradecer a Don porque quando você agradece ao seu marido no final do discurso, eles nos cortam com a música… e eu quero que ele saiba que tudo o que eu mais valorizo ​​em nossas vidas, você me deu.”


    E para você, qual dos casais mais fofos de Hollywood já conhecia e acompanhava? Caso não esteja na lista, complemente através dos comentários!

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