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    Marvel’s Avengers: Por que a Viúva Negra é subestimada no game?

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    Com os personagens Pantera Negra e Homem-Aranha atualmente em desenvolvimento pela Crystal Dynamics, a perspectiva do game pode mudar bastante. A dupla em breve se juntará à já grande galeria de heróis como Hulk, Capitão América, Homem de Ferro, Thor e Ms. Marvel. Com diversos tipos de gameplays, trajes, e uma grande popularidade, parece improvável que eles vão voar abaixo do radar da mesma forma que a Viúva Negra tem voado até agora.

    Em termos de força bruta e agilidade, Natasha Romanoff é a mais fraca da galeria de Marvel’s Avengers. Apesar disso, é extremamente divertido jogar com ela, com a Crystal Dynamics dando a ela uma enorme variedade de golpes, o game a mantém equiparada a personagens como um Super Soldado e um Deus do Trovão.

    Além disso, a história da Viúva Negra é brilhantemente contada, com o game a apresentando de forma incrível. Com uma performance forte e mais conteúdo da história da Viúva Negra a caminho, essa versão de Natasha Romanoff merece ser mais utilizada.

    VIÚVA NEGRA APÓS O DIA-A

    Viúva Negra

    Após a aparente morte do Capitão América, e o fracasso da equipe no Dia-A, os Vingadores se separaram. Thor assumiu grande parte da culpa pela tragédia, se escondendo e se tornando voluntário para ajudar quem precisasse como um humano comum. O Homem de Ferro desmoronou, perdendo sua tecnologia para a AIM e testemunhando enquanto as Indústrias Stark era tomada dele. E quanto ao Hulk, ele teve um importante papel na separação dos Vingadores, com Bruce Banner acreditando veementemente que os super-heróis eram poderosos demais para serem deixados em posição de poder. Com a maior parte do time desistindo, é muito mais impressionante que a Viúva Negra não tenha desistido.

    O único Vingador que continuou lutando após o Dia-A, foi a Viúva Negra que se infiltrou na AIM. Pelos eventos da história principal, ela ajudou Kamala Khan a distância, mantendo a futura Vingadora salva enquanto os membros da equipe tentavam se recuperar. Esse nível de determinação vindo da Natasha é incrível, e mostra o quão forte ela é. O game mostra que a personagem é a mais forte do que os outros personagens de um ponto de vista de saúde mental, e é bem divertido ver a Viúva Negra passar os membros mais poderosos dos Vingadores de alguma forma. Além disso, antes de descobrirem que Steve Rogers estava vivo, a Viúva Negra brevemente liderou a reunião da equipe – e ela fez um incrível trabalho.

    A icônica cadeia de Missões da Viúva Negra é outro ponto alto do game, pois ele mostra a heroína de forma única. E essencialmente, chega ao fim com a heroína roubando a AIM, ela devolve o dinheiro para as famílias e para os inumanos que sofreram durante o Dia-A. Um momento comovente mostra a personagem assumindo a culpa pelo fracasso de uma forma diferente, a cena se encaixa com o que esperamos da personagem dos quadrinhos e do Universo Cinematográfico Marvel.

    NOVO CONTEÚDO DA VIÚVA NEGRA

    Parece que a Crystal Dynamics percebeu o potencial da Viúva Negra, já que a heroína receberá o primeiro lançamento de um arco próprio pós-lançamento do game. A atualização foi revelada durante o último evento da Square Enix, Controle da Sala Vermelha será lançado no mês que vem. A atualização contará com novas salas de desafio HARM, assim como os esperados trajes do UCM, o mais interessante do evento Controle da Sala Vermelha será ver um pouco mais da história da Viúva Negra.

    Apesar da desenvolvedora estar mantendo a história da Viúva Negra em segredo, o nome do evento por si só, já sugere uma viagem ao passado da personagem. Com as salas HARM sendo transformadas na Sala Vermelha onde a Viúva Negra foi originalmente treinada, os jogadores podem ter a chance de ver o que fez a personagem mudar, até ela se transformar em uma assassina. Além disso, foi confirmado que Yelena Belova hackeou a sala HARM para dar vida à simulação da Sala Vermelha. Apesar de ser incerta sua motivação, ver as duas Viúvas Negras interagindo deve render um interessante arco no game.

    Marvel’s Avengers está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X.

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    TBT #121 – Mortal Kombat: O Filme (1995, Paul W.S. Anderson)

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    Mortal Kombat: O Filme é uma das melhores adaptações de games até o momento, título que não pode ser assim tão comemorado…

    SINOPSE

    O Mortal Kombat é um torneio brutal onde seu vencedor mantém a paz ou o caos nos reinos. Após nove vitórias de Outworld, Raiden reúne um time improvável de lutadores para vencerem o torneio e livrarem a Terra de ser dominada pelo temível Shang Tsung (Cary-Hiroyuki Tagawa) e seu mestre Shao Khan.

    ANÁLISE

    Mortal Kombat: O Filme é uma obra que recebeu muito carinho dos fãs em seu lançamento nos anos 90. Mesmo que não tenha a habitual violência do jogo, o carisma do longa é inegável, pois tem diversos méritos em sua concepção.

    O primeiro deles é o elenco desconhecido, capitaneado por Cristopher Lambert, talvez o único rosto famoso dos atores envolvidos. Por mais que sua atuação seja péssima, há um cuidado em estética e características de Raiden, uma vez que ele é o guia espiritual do grupo.

    Robin Shou é Liu Kang e, assim como Linden Ashby, traz a alma de Mortal Kombat. Shou inclusive foi o principal responsável pelas coreografias de luta, pois já foi coordenador de dublês. Aliás, as coreografias são muito legais, uma vez que os movimentos são bem executados e algumas lutas são incríveis. Os maiores destaques são o enfrentamento de Johnny Cage (Linden Ashby) vs Scorpion (Chris Camassa) e Liu Kang (Robin Shou) vs Réptil (Keith Cooke), que ficarão eternamente em nossas lembranças.

    Claro que há mais saudosismo do que de fato qualidade, uma vez que temos diversas falhas de roteiro, direção e atuações risíveis em muitos momentos. Contudo, o charme do longa supera tudo isso, fazendo de Mortal Kombat: O Filme uma obra memorável.

    VEREDITO

    Divertido e épico quando precisa ser, Mortal Kombat: O Filme é trash e, ao mesmo tempo, um ícone para quem gosta dos games da franquia.

    Por mais que a sanguinolência tenha sido cortada, a galhofice e momentos toscos, cheios de frases de efeito e momentos que ficam na linha tênue entre o ridículo e o épico funcionam, fazendo do filme um bom entretenimento para uma tarde de domingo.

    Nossa nota

    4,0/5,0

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    Pokémon GO: Os melhores Pokémon lendários para a Liga de Batalha GO

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    Não é necessário força bruta e investimentos altos para se dar bem na Liga de Batalha GO. No entanto, se você tem condições de investir muitos doces e poeira estelar, por que não optar pelos melhores, não é mesmo? Por isso, selecionamos os melhores Pokémon lendários para usar no PVP do Pokémon GO.

    Use esta análise para ter em mente quais Pokémon priorizar ao fazer raids. Tenha todos estes lendários como prioridade, para que assim que eles estiverem em destaque no Pokémon GO (seja em eventos, recompensas do PVP ou reide de nível 5) você dedique um tempo para pegar todos.

    Nesta lista estão inclusos apenas os lendários, não os míticos. Isso significa que não estão contemplados Pokémon como Mew, Jirachi, Deoxys e Melmetal, que também são úteis para o PVP.

    E lembre-se:

    • Grande Liga = limite máximo de 1.500 CP
    • Ultra Liga = 2.500 CP
    • Liga Mestra = Sem limite de CP
    • XL = Pokémon com nível superior ao 40 em que deve ser usado o Doce GG (XL Candy)

    Melhores Pokémon lendários para o PVP do Pokémon GO

    O critério que utilizamos para selecionar os melhores Pokémon lendários é a utilidade em diversas ligas. Isso não quer dizer que os Pokémon que não estejam neste artigo não sejam bons em uma determinar modalidade do PVP.

    Importante: a maioria dos Pokémon lendários são realmente bons na Liga Mestra. Por esse motivo, o foco do artigo é justamente destacar os que são úteis em mais de uma modalidade.

    Regirock

    Modalidades em que é mais útil: Grande Liga, Ultra Liga e Liga Mestra.

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    Modalidades em que é mais útil: Grande Liga, Ultra Liga e Liga Mestra.

    Lugia

    Lugia com Aeroblast é uma ótima opção para vencer no PVP do Pokémon GO

    Modalidades em que é mais útil: Grande Liga, Ultra Liga e Liga Mestra.

    Mewtwo (sombroso ou não)

    A Liga Mestra é a melhor modalidade para usar Mewtwo, um dos Pokémon mais poderosos de todo o jogo

    Modalidades em que é mais útil: Grande Liga (somente sombroso), Ultra Liga* e Liga Mestra.

    *Obs: Embora útil na Ultra Liga, a melhor versão do Mewtwo nessa competição é a de Armadura.

    Mewtwo (Armadura)

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    Modalidades em que é mais útil: Ultra Liga e Liga Mestra.


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    Suicune

    O Suicune é uma ótima opção Anti-Meta na Ultra Liga

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    Giratina (Forma Alterada)

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    Articuno

    Modalidades em que é mais útil: Grande Liga e Ultra Liga.

    Regice

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    CRÍTICA – Professor Polvo (2020, James Reed e Pippa Ehrlich)

    Professor Polvo é um dos documentários indicados ao Oscar 2021. Com direção e roteiro de Pippa Ehrlich e James Reed, é um original Netflix, e já venceu dois prêmios sendo um deles o BAFTA de Melhor Documentário.

    SINOPSE

    O documentário mostra como, em 2010, Craig Foster passou a praticar mergulho livre em uma floresta de algas subaquática, em uma área remota de False Bay na África do Sul. Com o tempo, ele desenvolveu um inesperado vínculo com um polvo.

    ANÁLISE

    O mar sempre teve uma enorme importância na vida do documentarista Craig Foster e isso parece ter se perdido com o passar dos anos. Após se distanciar de quem ele realmente era, até mesmo de sua família, Foster decidiu voltar a praticar mergulho como fazia na infância.

    Professor Polvo

    Com o passar do tempo, Foster começou a documentar seus mergulhos, mais especificamente, sua relação íntima com o mar. Em uma de suas atividades diárias, o documentarista notou ao longe um emaranhado de conchas e pedras. Para sua surpresa, esse emaranhado se movia lentamente.

    Surpreso, Foster seguiu aquele emaranhado para ter certeza de que não era um predador, e em algum tempo a estranha forma se revelou como um polvo.

    Foster retornou a aquele exato lugar e tentou uma aproximação com o cefalópode por quase um mês. Quando o polvo enfim se aproximou do mergulhador, a vida dele mudou para sempre.

    Professor Polvo conta uma íntima relação de crescimento pessoal, e mostra como a vida de alguém pode mudar quando dispostos a ver o mundo por uma diferente perspectiva, criando uma relação de identificação.

    “O que ela me ensinou foi sentir que você é parte deste lugar, não uma visita.”

    O cuidado da direção de Reed e Ehrlich na hora de retratar as mais diversas nuances desse encontro é incrível, trabalhando da melhor forma esse estudo em uma obra documental.

    A relação simbiótica que deveríamos ter com a natureza é explicitada no documentário em diversos momentos. Ainda que seja dolorido, a relação do protagonista com a natureza e o objeto de “estudo” é algo invejável.

    VEREDITO

    O relato documental apresenta como uma relação inesperada entre dois seres tão distintos pode mudar os rumos de uma vida de forma definitiva.

    A indicação do documentário à categoria de Melhor Documentário é merecida, e Professor Polvo se mostra como uma das grande surpresas da atual temporada de premiações.

    Nossa nota

    5,0/5,0

    Professor Polvo está disponível na Netflix.

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    CRÍTICA – À Espreita do Mal (2021, Adam Randall)

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    À Espreita do Mal é o mais novo suspense/terror da Netflix e é dirigido por Adam Randall, além de contar com Helen Hunt (Melhor é Impossível) no elenco.

    SINOPSE

    Um detetive (Jon Tenney) deve resolver um caso de desaparecimento de duas crianças no condado. Entretanto, em sua vida pessoal, ele deve resolver os problemas com sua esposa (Helen Hunt) que o traiu.

    ANÁLISE

    À Espreita do Mal é uma colcha de retalhos, pois tenta trazer diversos elementos dos filmes de terror e suspense dos anos anteriores.

    Utilizando de ideias de longas sobrenaturais e do subgênero slasher, a obra carece e muito de um roteiro bem construído e dinâmico.

    Começando por sua trama, a história principal tem dois plot-twists por exemplo, algo que já tenta fazer o filme ser diferente dos demais. Contudo, tudo vai por água abaixo, visto que o texto é fraco, batido e fora o protagonista e o antagonista, os demais personagens não tem nenhuma serventia para a história. Helen Hunt, que é o principal chamariz para À Espreita do Mal, sequer tem uma história que se conecte com a principal, uma vez que sua jornada não faz sentido dentro da proposta do longa. Judah Lewis tampouco acrescenta algo também.

    De positivo, temos apenas Jon Tenney e Owen Teague que tem boas cenas, além da segunda virada que ocorre do segundo para o terceiro ato.

    VEREDITO

    À Espreita do Mal é um filme que tenta apresentar boas ideias, mas que falha miseravelmente em sua proposta. 

    Com um roteiro fraquíssimo e uma direção extremamente confusa, nem o mais fã das tranqueiras habituais da Netflix vai gostar de assistir o longa, pois possui várias barrigas em suas 01h38min. Uma pena para quem é amante de boas obras de suspense e terror.

    Nossa nota

    1,5 / 5,0

    Confira o trailer de À Espreita do Mal:

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    CRÍTICA – Sombra e Ossos (1ª temporada, 2021, Netflix)

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    A nova produção de fantasia da Netflix chega ao streaming no dia 23 de abril. A série Sombra e Ossos é uma adaptação da trilogia Grisha, da autora Leigh Barbugo, com os livros:

    • Sombra e Ossos;
    • Luz e Tormenta;
    • Ruína e Ascensão.

    Porém, a obra televisiva que conta com Eric Heisserer (A Chegada, Bird Box) como showrunner também adapta outros livros do universo, como a duologia Ketterdam, formada pelos livros:

    • Six of Crows: Sangue e Mentiras;
    • Crooked Kingdom: Vingança e Redenção.

    No elenco estão Jessie Mei Li, Archie Renaux e Ben Barnes (Westworld).

    SINOPSE

    Sombra e Ossos conta a história do Reino de Ravka, que há milênios se encontra dividido em dois por uma tenebrosa barreira chamada de A Dobra. Nesse mundo vive Alina Starkov (Jessie Mei Li), uma órfã que foi recrutada pelo Primeiro Exército do Rei para acompanhar os Grishas. Esses são figuras com poderes responsáveis por combater as forças malignas dentro da Dobra e também os inimigos do reino. Para vencer a guerra contra o mal e unir seu país, a jovem vai aprender a controlar seus poderes e a confiar em si mesma.

    ANÁLISE

    A série pode ter a típica jornada do herói e o velho drama do triângulo amoroso, mas sua trama é extremamente fascinante e se destaca em meio aos personagens. Isso porque, esse universo fantástico tem como pano de fundo uma trama política e social que, inspirado por fatos históricos reais, servem para familiarizar o espectador e imergi-lo em um mundo atraente.

    Dessa maneira, a nova produção de fantasia da gigante do streaming se prova à altura das mais recentes, como The Witcher (2019), por exemplo. Até mesmo, existe uma semelhança com Game of Thrones (2010). Visto que, ambas as tramas tratam de confrontos políticos por trás dos agradáveis e interessantes personagens.

    Contudo, apesar dos esforços da Netflix em emplacar a nova série de fantasia e ficção do momento, Sombra e Ossos ainda precisa mostrar forças e fugir do convencional. Por isso, seu grande marco está na criação de um mundo que ao mesmo tempo que é mítico, também é pautado na ciência e tecnologia.

    Mas, de fato, a história da série se mostra bastante complexa nos primeiros episódios, tal como GoT são diversos nomes de lugares, eventos e nações para gravar. Além disso, Sombra e Ossos conta mais de uma história ao mesmo tempo.

    Enquanto a brava Alina traça sua jornada a fim de controlar seus poderes como a Conjuradora do Sol ao lado do General Kirigan (Ben Barnes), a trama também foca na história do trio de ladrões chamados de The Crow. Formado pelo calculista Kaz Brekker (Freddy Carter), o pistoleiro Jesper Fahrey (Kit Young) e a habilidosa Inej Ghafa (Amita Suman).

    O grupo, que é bastante conhecido e adorado dos fãs do universo, funcionam como uma espécie de “segunda trama” na série. Logo, por vezes, a trama heroica de Alina Starkov e o mundo sarcástico dos Crow não parecem fazer sentido e nem se relacionarem. E mesmo em certos momentos, onde ambas as histórias se cruzam ainda há a sensação de estranheza.

    O mesmo acontece com a terceira trama que Sombras e Ossos acompanha, Nina Zenik (Danielle Galligan) e Matthias Helvar (Calahan Skogman) são de povos diferentes e se encontram em meio a uma situação. Apesar da química entre o casal e dos momentos divertidos entre troca verbais, sua trama fica muito distante do foco principal.

    O que torna evidente que o showrunner, Eric Heisserer, optou por mostrar diferentes perspectivas do mesmo mundo. O intuito é apresentar um universo vasto com personagens complexos. Essas narrativas são amplamente melhor aproveitadas nos livros, onde contar histórias em diferentes espaços e tempos se torna fundamental. Porém, em uma série, no qual o visual é o essencial se torna por vezes desconexo.

    Entenda o mundo de Sombra e Ossos

    CRÍTICA - Sombra e Ossos (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Um dos pontos que chama atenção em Sombra e Ossos é que a série não se interessa em explicar de imediato seu mundo complexo. Aos poucos os espectadores entendem como a trama funciona e quais as suas regras. Por isso, vale a pena comentar a história desse universo fantástico.

    Aqui, a nação de Ravka foi dividida por uma enorme barreira de sombra chamada de A Dobra, o local que abriga criaturas terríveis e outros mistérios. Com a nação dividida, Ravka começa a lutar contra outros povos ao redor como Fjerda e Shu Han. Vale ainda ressaltar que a nação de Ravka foi baseada e inspirada pela Rússia czarista do início do século XIX. Enquanto, Fjerda é baseado na Escandinávia e Shu Han é baseado na Mongólia e na China.

    Consequentemente, a nação de Ravka é o lar dos Grisha que são pessoas que nascem com habilidades de manipular o fogo, metal, ar e até mesmo, o sangue. Os Grisha são motivo de perseguição por outras nações, já que seus poderes podem ser considerados extremamente perigosos. Eles são chamados de bruxos e demônios, mas seus dons advêm da arte de manipular matéria chamada de Pequena Ciência.

    Sendo assim, em guerra, a nação de Ravka treina seus Grisha para o chamado Segundo Exército, já os jovens que não detém os poderes são soldados do Primeiro Exército. É nesse contexto que surge Alina Starkov, uma órfã que junto com o melhor amigo, Maylen Osetven (Archie Renaux), cresceu em um orfanato após a guerra matar seus pais. Ambos vão para o Primeiro Exército, Alina se torna cartógrafa e Maylen um soldado.

    A trama avança quando Alina revela ter poderes raros, ela é a Conjuradora do Sol. Logo, ela se junta ao General Kirigan que é um Grisha. Juntos, eles almejam destruir A Dobra e unir a nação de Ravka novamente. É claro que ao longo dos oito episódios de Sombra e Ossos muitas reviravoltas acontecem o que torna a série mais interessante à medida que os perigos e desafios são revelados.

    Personagens e Ambientações

    CRÍTICA - Sombra e Ossos (1ª temporada, 2021, Netflix)

    Como dito antes, a narrativa de jornada do herói está presente em Sombra e Ossos na trajetória da protagonista. De uma órfã a salvadora do mundo, Alina Satarkov começa a traçar um caminho difícil que lhe dá poucas opções de escolha. Além disso, na série, a jovem é metade Shu e metade Ravka, sendo constantemente alvo de xenofobia pelas suas características asiáticas.

    Apesar da personagem ser praticamente arrastada de um lado para o outro ao longo da série com poucos momentos de tomadas de decisões independentes, a atriz Jessie Mai Li consegue se sair muito bem. Salve lá alguns clichês, onde as protagonistas femininas precisam se mover apenas por seus interesses românticos, Alina é uma boa protagonista.

    Ainda assim, um dos grandes destaques da série é Ben Barnes como General Kirigan, apesar de ser um personagem bastante sério evoca simpatia e medo em todos os momentos certos. Já Archie Renaux como Maylen traz o equilíbrio a série e torna a relação com a Alina uma mistura de amizade e ternura.

    Quanto aos The Crow, Kaz e Inej, embora não tenham tanto tempo de tela, são personagens atraentes. O destaque com certeza é Jasper que além de ser o alívio cômico é esperto e encantador.

    Por último, a ambientação de Sombras e Ossos é hipnotizante, desde dos trajes militarizados ao uso de cenários diversos, a série de Heisserer mostra que teve uma boa quantia para gastar. Até mesmo os efeitos são bem utilizados e mostram que a Netflix não pretende poupar esforços para dar o devido reconhecimento a essa maravilhosa série.

    VEREDITO

    Sombra e Ossos evoca fantasia atrelado a questões políticas, sociais e jogos de poderes. Uma narrativa que chama atenção e desperta curiosidade. A produção que tem um grande investimento também conta com personagens carismáticos e um enredo extremamente interessante. Uma grande aposta da Netflix que com certeza dará bons frutos.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    A primeira temporada de Sombra e Ossos chega à Netflix no dia 23 de abril.

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