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    CRÍTICA – Fragmentos do Horror (2020, Darkside)

    Poucas coisas são tão apavorantes quanto aquelas que fogem a nossa compreensão. Nesse bolo do que é apavorante e incompreensível localizamos a obra do surpreendentemente simpático mangaká japonês Junji Ito. O mangáFragmentos de Horror” é uma coletânea de 8 contos do horror inominável característico do autor de Uzumaki, que trazem à tona as partes mais obscuras da nossa mente.

    Os contos de Junji Ito nos fazem questionar quase sempre o que está diante dos nossos olhos, assim como o rumo que aquela história está prestes a tomar.

    ANÁLISE

    Muito diferente das obras que se debruçam e dependem quase que inteiramente das ilustrações, a obra de Junji Ito parece funcionar simbioticamente não só com o que está descrito nos balões, mas também no que está presente nas ilustrações e o que é implícito.

    O desconforto de cada um dos quadros do mangá nos levam a lugares sombrios da nossa mente, lugares esses que parecem ter figurado apenas nos sonhos mais obscuros que alguém já teve.

    Com contos que trazem morais sobre o amor, sobre a loucura e até mesmo sobre a traição, Fragmentos do Horror nos deixam surpresos até sua última página. Os mais diversos sentimentos que o folhear de páginas provocam no leitor, vão desde a horripilante surpresa do aterrador inexplicável, até a acachapante sensação de impotência diante dos acontecimentos.

    VEREDITO

    Fragmentos do Horror

    Os traços e os curtos contos de Junji Ito provocam predominantemente desconforto em seus leitores, sejam esses desavisados ou não. Independentemente a isso, existe a atração causada pela qualidade de suas histórias, a precisão de sua arte, seus diálogos, seu universo e a forma como os traços do mangaká tornam tudo aquilo muito mais palpável e coloca um pé daquilo que há de mais bizarro no nosso mundo.

    A versão da Darkside é feita com brilhantismo e se destaca em seu acabamento, e apesar de não curtir muito mangás de capa dura, entendo a razão da editora fazê-lo assim. Os detalhes presentes na capa, que podem ser notados com sutileza, a tornam um negativo da contracapa, transformando a edição em uma peça de colecionador e algo realmente digno da obra do Mestre do Horror.

    A genialidade de Junji Ito está nas minúcias e no cuidado com os belos e terríveis detalhes de seu traço.

    Essa coletânea de 2014, foi um novo ponto de partida para Ito, que há muito focava apenas em história de gatos – sua verdadeira paixão. Suas dúvidas acerca da qualidade das histórias publicadas nessa coletânea o fizeram questionar por vezes se sua veia do horror havia desaparecido. E como um recém-descoberto fã de Junji Ito, eu posso garantir-lhes meus caros, o Mestre do Horror possui o título mais merecido da história dos mangás.

    Nossa nota

    5,0/5,0

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    Pokémon GO: Conheça os melhores ataques de cada tipo para o PvP

    É fundamental conhecer os melhores ataques para montar boas equipes e estratégias consistentes, que ajudem a vencer muito no PvP do Pokémon GO.

    Ao todo, são 18 tipos de Pokémon no jogo: Aço, Água, Dragão, Elétrico, Fada, Fantasma, Fogo, Gelo, Inseto, Lutador, Normal, Pedra, Planta, Psíquico, Sombrio, Terrestre, Venenoso e Voador.

    Para facilitar sua jogabilidade, selecionamos os melhores ataques para a Liga de Batalha GO e os separamos a seguir por tipo, informando quais são movimentos ágeis e quais são carregados.

    Melhores movimentos do tipo Aço

    Ataque Ágil: Soco Projétil (Bullet Punch)

    Ataques Carregados: Meteoro Esmagador (Meteor Mash) e Desejo Cruel (Doom Desire)

    Melhores movimentos do tipo Água

    Ágil: Bolha (Bubble)

    Carregados: Hidro Canhão* (Hydro Cannon) e Esfera Climática* (Weather Ball)

    *Obs: Ambos são os golpes carregados mais rápidos do tipo água e que, proporcionalmente, dão mais dano nos adversários. Priorize Pokémon que tenha um desses movimentos!

    Importante: O Esfera Climática é um movimento que possui variação em diversos tipos.

    Melhores ataques do tipo Dragão

    Ágil: Sopro do Dragão (Dragon Breath)

    Carregados: Garra de Dragão (Dragon Claw) e Pulso do Dragão (Dragon Pulse)

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Pokémon GO: Os melhores Anti-Meta para vencer na Grande Liga

    Melhores ataques do tipo Elétrico

    Ataques Ágeis: Trovoada de Choques (Thunder Shock) e Troca Elétrica (Volt Switch)

    Ataques Carregados: Ataque Selvagem (Wild Charge) e Relâmpago (Thunberbolt)

    Melhores movimentos do tipo Fada

    Ágil: Encantar (Charm)

    Carregados: Jogo Duro (Play Rough) e Explosão Lunar (Moonblast)

    Melhores ataques do tipo Fantasma

    Ataques Ágeis: Feitiço* (Hex) e Garra Sombria (Shadow Claw)

    *Obs: Feitiço atualmente é um dos ataques ágeis que mais gera energia para o uso de golpes carregados no PvP.

    Ataques Carregados: Soco Sombrio (Shadow Punch) e Bola Sombria (Shadow Ball)

    Melhores movimentos do tipo Fogo

    Ágil: Incinerar (Incinerate)

    Carregados: Queimadura Explosiva* (Blast Burn) e Esfera Climática* (Weather Ball)

    *Obs: Ambos são os ataques carregados mais rápidos do tipo fogo e que, proporcionalmente, dão mais dano nos adversários. Priorize Pokémon que tenha um desses movimentos!

    Melhores ataques do tipo Gelo

    Ágil: Neve em Pó (Powder Snow)

    Carregados: Esfera Climática (Weather Ball) e Avalanche (Avalanche)

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Pokémon GO: Os melhores Pokémon lendários para a Liga de Batalha GO

    Melhores ataques do tipo Inseto

    Ágil: Cortador de Fúria (Fury Cutter)

    Carregados: Estocada (Lunge) e Megachifre (Megahorn)

    Melhores ataques do tipo Lutador

    Ágil: Contra-atacar (Counter)

    Carregados: Golpe Cruzado (Cross Chop) e Explosão Focalizada (Focus Blast)

    Melhores golpes do tipo Normal

    Ataque Ágil*: Pancada (Pound)

    *Obs: Ataque ágil do tipo Normal é pouco usual no PvP. Em geral, mesmo os Pokémon desse tipo acabam utilizando movimentos ágeis de outros tipos.

    Ataques Carregados: Pancada Corporal (Body Slam) e Retorno** (Return)

    **Obs: Exclusivo de Pokémon purificados.

    Melhores golpes do tipo Pedra

    Ágil: Lançamento de Rocha (Rock Throw)

    Carregados: Gume de Pedra (Stone Edge) e Deslize de Pedras (Rock Slide)

    Melhores ataques do tipo Planta

    Ágil: Chicote de Vinha (Vine Whip)

    Carregados: Planta Mortal e Nó de Grama

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Como pegar o Ditto no Pokémon GO [ATUALIZADO]

    Melhores golpes do tipo Psíquico

    Ataques Ágeis: Corte Psíquico (Psycho Cut) e Confusão (Confusion)

    Ataques Carregados: Choque Psíquico (Psychock) e Psíquico (Psychic)

    Melhores movimentos do tipo Sombrio

    Ágil: Rosnado (Snarl)

    Carregados: Jogo Sujo (Foul Play) e Mordida (Crunch)

    Melhores golpes do tipo Terrestre

    Ágil: Tiro de Lama (Mud Shot)

    Carregados: Furação (Drill Run) e Terremoto (Earthquake)

    Melhores golpes do tipo Venenoso

    Ágil: Golpe Envenenado (Poison Jab)

    Carregados: Bomba de Lodo (Sludge Bomb) e Onda de Sujeira (Sludge Wave)

    Melhores movimentos do tipo Voador

    Ágil: Golpe de Ar (Air Slash)

    Carregados: Ataque do Céu (Sky Attack) e Pássaro Bravo (Brave Bird)

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Pokémon GO: Os melhores Anti-Meta para vencer na Ultra Liga

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    CRÍTICA – Godzilla vs Kong (2021, Adam Wingard)

    Godzilla vs Kong é um dos grandes blockbusters de 2021 e está disponível nos cinemas brasileiros. O longa é dirigido por Adam Wingard.

    SINOPSE

    Os protetores de Kong buscam um novo lar para o titã da Ilha da Caveira, pois seu habitat não pode mais controlá-lo. Entretanto, no meio do caminho, o gigantesco Godzilla não está para brincadeira e o enfrentamento dos dois é inevitável.

    ANÁLISE

    A narrativa histórica e social por trás de Godzilla e Kong

    Godzilla vs Kong é um longa que tem como principal e único objetivo trazer uma pancadaria desenfreada entre os dois monstros. Sua premissa é básica, pois logo somos apresentados à problemática de que os dois não podem ser controlados.

    O primeiro ato toma um bom tempo na construção da grande batalha, uma vez que explica lentamente tudo que está acontecendo na vida dos dois monstrengos, além do porquê deles se enfrentarem. A primeira batalha já nos dá o que está por vir, visto que é empolgante e usa de bons elementos visuais e criatividade. 

    Aliás, o CGI e as cenas de ação são muito bem executados, uma vez que o longa empolga e muito quem assiste cada minuto de porradaria entre Godzilla vs Kong.

    Contudo, o miolo do filme não funciona, pois os personagens coadjuvantes e sua história não importam, fazendo com que esperemos a próxima grande batalha dos titãs. Há tão pouco tempo de tela para alguns personagens do volumosos elenco que nem conseguimos avaliar direito os níveis de atuação, quiçá a sua importância, além de receberem os cachês para realizar sua participação.

    Se há algum destaque aqui, fica para Milly Bob Brown e Bryan Tyree Henry que são carismáticos e nós realmente nos importamos com o que pode acontecer com eles. Os demais são quase irrelevantes.

    Para os fãs dos personagens, há bastante fan service, pois diversos easter eggs estão disponíveis em tela.

    VEREDITO

    Godzilla vs Kong é um amontoado de personagens que estão ali para segurar os minutos enquanto os dois monstros não lutam uns contra os outros.

    Por mais que as cenas de ação e CGI funcionem muito bem, o pouco que resta não é o suficiente para trazer qualidade ao longa que carece de mais qualidade em seu texto e trama.

    Nossa nota

    2,5/5,0

    Confira o trailer de Godzilla vs Kong:

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    Fortnite: Como liberar a skin do Neymar na temporada 6

    Com o lançamento da atualização v16.00 em 16 de Março, chegou à Fortnite um enorme conteúdo novo no Capítulo 2 da 6ª temporada. Essa atualização conta com novos visuais para Jonesy, e logo durante o teaser da nova temporada, que ganhou o título de Primal, trouxe além de Lara Croft e Ravena, outras incríveis skins para o game.-neymar-

    A Epic Games está dando no passe de batalha o jogador Brasileiro do PSG, Neymar Jr. que chegou ao passe no dia 27 de Abril – mais de um mês depois do lançamento da temporada. Para liberar ele, você só precisará cumprir algumas diferentes missões.

    COMO LIBERAR A SKIN DE NEYMAR EM FORTNITE

    A skin de Neymar pode ser liberado ao cumprir diferentes desafios do passe de batalha. Como aconteceu com a skin do Predador na temporada anterior.

    Abaixo está cada um dos desafios, junto das respectivas recompensas:

    1. A primeira missão é falar com um jogador de futebol.

    Os jogadores de futebol estão espalhados pela ilha de Fortnite, mais especificamente nos campos de futebol disponíveis em Alameda Arborizada, Parque Agradável e Via do Varejo.

    Neymar

    • Recompensa: Emote de bola de Futebol de Brinquedo e um Banner do Neymar

    2. Complete 3 missões dos jogadores de futebol da ilha

    Os jogadores de futebol podem ser encontrados nas áreas citadas acima.

    • Recompensa: Tela de carregamento “Matador”.

    3. Complete 5 missões de jogadores de futebol nas ilhas

    Os jogadores de futebol nas respectivas localizações te dão diferentes opções de missões a cumprir. Completando 5 missões dos jogadores de futebol, você completará essa missão.

    Neymar

    • Recompensa: Skin do Neymar Jr.

    4. Dê um chute na bola de futebol de brinquedo de 500 metros como Neymar Jr.

    Com a skin de Neymar, o recomendável é ir até uma localização mais alta para completar essa missão. Uma vez em determinado local alto da ilha, chute a bola em uma direção que a bola possa ir rolando até completar a missão. Vale lembrar que a animação de Neymar chutando a bola será diferente do que se você estiver equipado com outro jogador.

    A habilidade da skin do Neymar no game te permitirá chutar a bola a uma longa distância com facilidade.

    • Recompensa: Picareta do Jaguar

    5. Faça um gol com a bola de brinquedo do Neymar

    Em uma das três localizações citadas no passo 1, você poderá chutar a bola de brinquedo ao gol. Ao fazer o gol, você pode aproveitar e pegar alguma missão que o jogador de futebol da área te oferecer. Podendo fazer as missões ao mesmo tempo.

    Uma das missões interessantes que o jogador te oferece, é “Chutar a bola no alvo do gol”.

    • Recompensa: Ao completar as missões, você ganhará não apenas barras de ouro, mas também um visual diferente da picareta do Jaguar.

    6. Elimine 3 oponentes como Neymar Jr

    Essa missão é tão fácil como nome. Com o visual do Neymar equipado, você só precisa eliminar 3 rivais.

    Neymar

    • Recompensa: Emote “shh” e um emote que desperta uma das formas primais.

    Caso você tenha dúvidas ou alguma dificuldade de como completar esses desafios, eles estão descritos na tela de desafios.

    Semanalmente o Feededigno faz lives sobre Fortnite, e caso esse artigo faça sucesso, traremos mais conteúdo sobre o game aqui no site. E caso você ainda não siga a gente no YouTube e Twitch, convido-os a seguir.

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    CRÍTICA – A Artista e o Ladrão (2020, Benjamin Ree)

    A Artista e o Ladrão é o documentário vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Sundance 2020 na categoria escrita criativa. Dirigido por Benjamin Ree, o longa conta a história de um roubo de quadros que aconteceu na Noruega em 2015 e como a vítima se aproximou do autor do delito. O documentário tem distribuição da Synapse Distribution e estará disponível para compra e aluguel nas plataformas digitais a partir do dia 7 de maio de 2021.

    SINOPSE

    Desesperada por respostas sobre o roubo de suas duas valiosas pinturas, a artista tcheca Barbora Kysilkova encontra o criminoso que os roubou e se aproxima dele. Depois de convidar o ladrão, Karl-Bertil Nordland, para posar para um retrato, os dois começam um relacionamento improvável que resulta em um forte vínculo que ligará para sempre essas almas solitárias.

    ANÁLISE

    A Artista e o Ladrão é um documentário que possui uma estrutura um pouco diferente, mas interessante. Sem buscar o caminho mais fácil para contar essa história, o cineasta Benjamin Ree cria um storytelling baseado em diversas passagens de tempo, mas sempre amarrando as pontas soltas antes de evoluir com a história.

    Em um primeiro momento é possível pensar que o documentário poderia ser apenas um curta, pois seu arco inicial termina perfeitamente e parece responder ao título da obra. É nesse arco que conhecemos os dois personagens principais, a motivação do roubo e acompanhamos ambos criarem um laço de amizade.

    Entretanto, conforme a história se desenvolve, podemos ver que o documentarista foi muito feliz na escolha de seu objeto de estudo. Filmado de 2016 até 2019, o documentário demorou 8 meses para ser montado e conseguiu extrair uma ótima história desse período de tempo contemplado.

    Mais do que retratar apenas o caso do roubo dos quadros, A Artista e o Ladrão nos apresenta uma sessão de terapia relacionada aos dois personagens principais. Conhecemos mais sobre Barbora e Karl-Bertil, analisando seus medos, as dificuldades que passam e, principalmente, seus traumas. Ree é muito feliz em colocar os protagonistas para apresentarem a história um do outro, pois passa uma imagem interessante de como esses improváveis amigos se enxergam.

    CRÍTICA – A Artista e o Ladrão (2020, Benjamin Ree)

    A história de Karl-Bertil é cheia de reviravoltas e rende ótimos momentos de reflexão. Em seu arco durante a prisão fica evidente o quanto a Noruega estimula a reinserção dele no mercado de trabalho, auxiliando no recomeço de sua vida. Uma realidade bem diferente da que vivemos aqui no Brasil.

    Por sua vez, Barbora possui traumas próximos relacionados à sua vida pessoal. Após fugir de Berlim devido a um relacionamento abusivo, ela passa a viver na Noruega, tendo que recomeçar do zero toda a sua vida. As histórias de Barbora e Bert se assemelham em alguns pontos e acabam estabelecendo um laço afetivo muito forte entre os dois.

    Há situações que o documentário deixa sem respostas, principalmente durante o período que Barbora e seu namorado Øystein passam por turbulências em seu relacionamento. Entretanto, a falta de informações é justificada, e Ree consegue finalizar muito bem a produção.

    VEREDITO

    A Artista e o Ladrão é um ótimo documentário que mergulha fundo no estudo das duas figuras principais da produção. Mais do que um filme sobre um roubo, o longa se propõe a analisar as motivações e sentimentos dessas duas pessoas aparentemente tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão parecidas.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Assista ao trailer:

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    Nouvelle Vague: Conheça um dos maiores movimentos cinematográficos

    A Nouvelle Vague começou devido à presença de duas pessoas especiais: um arquivista cinematográfico chamado Henri Langlois, cofundador da cinemateca francesa, e o crítico André Bazin, um dos fundadores da lendária revista Cahiers du Cinéma.

    Os futuros e principais diretores do movimento frequentavam a Cinémathèque e conheciam Langlois. Geralmente passavam madrugadas discutindo os filmes que assistiam, afinal, o lugar era uma espécie de cineclube. Dentre os cineastas que iriam escrever mais tarde para a revista citada estavam nada menos do que François Truffaut, Jean-Luc Godard, Eric Rohmer e Jacques Rivette.

     

    Jean-Luc Godard e François Truffaut (1965)Sendo assim, os críticos da Cahiers du Cinéma se juntaram com outros frequentadores da Cinemateca para justamente realizarem seus próprios filmes e, dessa forma, começou a surgir uma mudança total na estética e na linguagem cinematográfica.

    A Nouvelle Vague iniciou na França e revolucionou o cinema, deixando como legado o ideal de liberdade, de que tudo pode acontecer nos filmes

    Sendo assim, o avanço da tecnologia se mostrou favorável ao movimento, uma vez que com equipamentos mais modernos seria possível realizar gravações em ruas e em outros ambientes que não fossem necessariamente um estúdio cinematográfico.

    A ideia dos diretores franceses era romper com aquilo que o público estava acostumado, trazendo novidades na linguagem, como uma montagem bastante despreocupada com a linearidade da história, cenas filmadas na rua e sem ensaio que focam no psicológico dos personagens, suas relações cotidianas e banais. Takes com luz natural, som direto e os jump cuts (aquele corte rápido e abrupto) passaram a ser usados com mais frequência.

    ESTÉTICA DA NOUVELLE VAGUE

    A Nouvelle Vague iniciou na França e revolucionou o cinema, deixando como legado o ideal de liberdade, de que tudo pode acontecer nos filmes

    Suas principais características estéticas eram filmes fluidos, narrativas sem linearidade, histórias focando o psicológico de personagens, que eram seres imperfeitos, mais humanos e reais. Os filmes passam a ter mais apelo intelectual, e a figura feminina começa a fugir das divas de Hollywood.

    Na linguagem há a utilização de closes, cortes bruscos, montagem paralela, movimentos de câmera e câmera na mão, que acompanhava os personagens. Um exemplo da estética que seria adotada, carregando muito o estilo de seu diretor, está em Acossado (1960), de Godard. Linearidade e eixo são quebrados, a narrativa não tem o ritmo comum e passou-se a ver cortes bruscos. Esse é um exemplo clássico do estilo que pretendia ir contra as “regras” que tomavam conta da linguagem cinematográfica na época.

    VALORIZAÇÃO DO “CINEMA DE AUTOR”

    Foram muitas as novidades propostas por essa nova onda. Os artistas estavam interessados em fazer um cinema autoral, em que o roteiro e a direção fossem, de fato, valorizados, assim como a atuação.

    Foi nesse contexto que a expressão cinema de autor foi criada.

    FILMES ICÔNICOS E CINEASTAS DO MOVIMENTO

    La Pointe Courte (1954), de Agnès Varda

    A Nouvelle Vague iniciou na França e revolucionou o cinema, deixando como legado o ideal de liberdade, de que tudo pode acontecer nos filmes

    Esse foi o primeiro filme da fotógrafa Agnès Varda (1928-2019). Misturando documentário e ficção, a cineasta ousou em uma produção cheia de elementos peculiares, considerada como precursora da Nouvelle Vague.

    Pointe Courte é o nome de uma vila de pescadores na França e foi o local escolhido para as gravações. Agnès, que além de diretora também criou o roteiro do longa, quis registrar o ambiente, seus personagens reais e suas nuances.

    A história fictícia de um casal também faz parte da trama, criando um filme que ultrapassa as barreiras do convencional.

    Nas garras do vício (1958), de Claude Chabrol

    A Nouvelle Vague iniciou na França e revolucionou o cinema, deixando como legado o ideal de liberdade, de que tudo pode acontecer nos filmes

    Nas garras do vício (Le beau Serge, no título original, que significa “O belo Serge”) é considerado por muitos como o primeiro filme, de fato, do movimento Nouvelle Vague.

    Realizado por Claude Chabrol (1930-2010), foi a estreia do diretor, que até então escrevia críticas de cinema para a revista Cahiers du Cinéma.

    A trama conta sobre um jovem que retorna a sua cidade natal em busca de descanso, mas depara-se com uma realidade bem diferente. Um filme sobre as mudanças que ocorrem nas pessoas e nos lugares à medida que o tempo passa.

    Acossado (1959), de Jean-Luc Godard

    A Nouvelle Vague iniciou na França e revolucionou o cinema, deixando como legado o ideal de liberdade, de que tudo pode acontecer nos filmes

    Um filme de destaque de Jean-Luc Godard (1930-) é Acossado, realizado em 1959. O primeiro filme do diretor é considerado uma obra-prima cinematográfica, causando surpresa por conta de sua inovação até hoje.

    A montagem do longa conta com recursos impensados para a época, como cortes e enquadramentos com finalidade puramente estética. A atuação do casal protagonista é também incomum, exibindo uma história que mistura romance e perseguição, diálogos banais e a agitação das ruas.

    Os Incompreendidos (1959), de François Truffaut

    Produção de estreia de François Truffaut (1932-1984), Os incompreendidos entrou também para a lista de filmes icônicos da Nouvelle Vague. Recebeu o prêmio de melhor diretor em Cannes e nomeação à Palma de Ouro.

    O enredo aborda a difícil relação familiar de um adolescente com seus pais, mostrando o ator Jean-Pierre Léaud interpretando, aos 15 anos, um garoto que é expulso de casa.

    Hiroshima, Meu Amor, (1959), de Alain Resnais

    A história começa com retratos da devastação causada pelas armas nucleares, seguida pela apresentação de uma personagem sem nome interpretada por Emmanuelle Riva, atriz francesa que foi ao Japão gravar cenas de um filme que fala sobre a paz. Ela se relaciona com um personagem também sem nome, interpretado por Eiji Okada, um arquiteto japonês, ao mesmo tempo em que relembra um grande amor de seu passado, enquanto vivia a tragicidade da Segunda Guerra Mundial.

    A INFLUÊNCIA DA NOUVELLE VAGUE

    A Nouvelle Vague realmente abalou as estruturas dentro do universo cinematográfico, trazendo um novo ânimo e soluções criativas na forma de contar as histórias. Por conta disso, muitos artistas do audiovisual beberam na fonte dessa “nova onda”.

    No Brasil, por exemplo, o movimento intitulado Cinema Novo foi bastante impactado tanto pela Nouvelle Vague quanto pelo neorrealismo italiano. Podemos citar Cacá Diegues e Glauber Rocha como diretores brasileiros de destaque dessa vertente.

    Nos EUA houve também grande inspiração na corrente francesa. Cineastas como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Steven Spielberg e Brian de Palma tiveram na vertente uma referência para muitos filmes.

    Foi a Nouvelle Vague que inspirou centenas de pessoas a pegarem suas câmeras e filmarem. E muitas delas tornaram-se grandes cineastas. Os cineastas desse movimento mostraram que vale a pena romper com os paradigmas. É o ideal de liberdade, de que tudo pode acontecer num filme, o maior legado desse movimento, que extrapolou as fronteiras da França para influenciar o cinema mundial como um todo, contribuindo assim para o grande quebra-cabeça da Sétima Arte.

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