Sabemos que nas plataformas de streamings mais populares há poucos filmes da década de 50. Então, como os anos 1950, década na qual a televisão se popularizou e os estúdios buscavam atrativos para trazer o público de volta para as salas de exibição, resolvi fazer essa breve e importante lista.
Vale lembrar que foi nessa década que passou a se usar com frequência a técnica de filmagem em widescreen, passando pelo Cinemascope, pelo VistaVision e pelo Cinerama, além de termos os primeiros trabalhos com a utilização do 3D com Museu de Cera (1953), o primeiro filme em três dimensões a cores e com som estéreo.
Produções épicas, históricas ou fictícias passaram a ter muita popularidade, como os clássicos Os Dez Mandamentos (1956) e Ben-Hur (1959); a lista poderia ser bem maior, mas infelizmente tive que deixar de fora outros filmes igualmente importantes para a sétima arte.
RASHOMON (1950)
Rashomon, de Akira Kurasawa, recebeu o Leão de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Veneza em 1951. Além disso, foi indicado ao Oscar de Melhor Direção de Arte e ao BAFTA e por ser um filme não-hollywoodiano, abre essa lista dos filmes da década de 50.
Com roteiro de Shinobu Hashimoto e do próprio diretor, o longa é baseado em dois contos do escritor Ryūnosuke Akutagawa (“Rashomon” e “Yabu no Naka“).
No elenco estão Toshirō Mifune, Machiko Kyō, Masayuki Mori, Takashi Shimura, Minoru Chiaki e Kichijiro Ueda.
SINOPSE
Durante uma forte tempestade, um lenhador (Takashi Shimura), um sacerdote (Minoru Chiaki) e um camponês (Kichijiro Ueda) procuram refúgio nas ruínas de pedra do Portão de Rashomon. O sacerdote diz os detalhes de um julgamento com quatro testemunhos distintos.
Existe uma frase clichê no cinema que diz mais ou menos “um filme não vira clássico à toa”. Esse é exatamente o caso de A Malvada (All About Eve), uma obra prima do cinema mundial.
Dirigido e roteirizado por. Joseph L. Mankiewicz e estrelado por Betty Davis, Anne Baxter, Georgie Sanders e Gary Merrill. No elenco também temos Marilyn Monroe fazendo uma pequena participação.
SINOPSE
Na noite de entrega do prêmio Sarah Siddons, todas as atenções se voltam para Eve Harrington (Anne Baxter). Utilizando o flashback, a vida de Eve é revelada, desde quando conheceu e foi contratada como secretária de Margo Channing (Bette Davis), uma grande estrela da Broadway, até ela mesma alcançar o estrelato.
Lançado em um período turbulento para a cultura dos Estados Unidos, o filme Sindicato de Ladrões (On The Waterfront) foi vencedor de 8 Oscars, incluindo Melhor Filme, Diretor e Ator (Marlon Brando); o longa que é dirigido pelo controverso Elia Kazan, é um marco importantíssimo ao discutir os direitos fundamentais do homem e a luta para fazer o que é certo sendo tratados de um ângulo ainda pouco explorado, a corrupção nos sindicatos.
SINOPSE
Terry Malloy (Marlon Brando), um ex-boxeador que era considerado promissor mas por conta de alguns imprevistos, teve a sua carreira comprometida ao entrar para a gangue exploradora de Johnny Friendly (Lee J. Cobb).
A década de 1950 testemunhou o renascimento do cinema nórdico, que esteve na vanguarda das realizações cinematográficas durante a era dos filmes mudos; e durante sua trajetória, o diretor Ingmar Bergman passou por fases românticas e melancólicas, até chegar as suas outras características mostrando um lado mais alegórico e existencial em O Sétimo Selo.
Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.
“A única forma de me livrar de meus medos é fazer filmes sobre eles.“, foi com esse pensamento que Alfred Hitchcock criou o filme Um Corpo que Cai (Vertigo) durante sua famosa entrevista-ensaio com o cineasta e crítico de cinema François Truffaut. Pode parecer uma ideia radical, mesmo saindo da mente fértil do maior aficionado pelo suspense do cinema, mas a verdade é que se trata de um dos filmes mais corajosos de Hitchcock, por uma série de razões e por isso finaliza nossa lista dos filmes da década de 50.
Em São Francisco, o detetive aposentado John ‘Scottie’ Ferguson (James Stewart) sofre de um terrível medo de alturas. Certo dia, encontra com um antigo conhecido, dos tempos de faculdade, que pede que ele siga sua esposa, Madeleine Elster (Kim Novak). John aceita a tarefa e fica encarregado da mulher, seguindo-a por toda a cidade. Ela demonstra uma estranha atração por lugares altos, levando o detetive a enfrentar seus piores medos. Ele começa a acreditar que a mulher é louca, com possíveis tendências suicidas, quando algo estranho acontece nesta missão.
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Os três primeiros episódios de Iluminadas (Shining Girls), nova série de suspense da Apple TV+, já estão disponíveis na plataforma. A produção é uma adaptação do livro de romance homônimo de Lauren Beukes.
Em desenvolvimento há sete anos, a série conta com Silka Luis (Strange Angel) como showrunner, ela também atua como roteirista ao lado de Beukes e produtora junto com Elisabeth Moss e Leonardo DiCaprio. Na direção estão Daina Reid, Moss e Michelle MacLaren. Já o elenco principal apresenta Moss no papel principal, Wagner Moura, Jamie Bell e Phillipa Soo.
SINOPSE DE ILUMINADAS
Kirby (Elisabeth Moss) é uma jovem com um futuro promissor vivendo em Chicago na década de 1980. Um dia, ela é atacada por Harper (Jamie Bell), um homem misterioso culpado pelo desaparecimento e morte de inúmeras mulheres. Diferente das outras vítimas, Kirby sobrevive e decide caçá-lo. Na busca por respostas, ela recebe a ajuda de Dan (Wagner Moura), um jornalista tentando desvendar o mistério por trás da morte das outras vítimas de Harper.
ANÁLISE
A narrativa arrastada e a revelação do assassino no primeiro episódio de Iluminadas pode até enganar alguns espectadores que esperavam uma série de crimes para desvendar mistérios. Mas, o fato é que a nova série da Apple TV+ protagonizada por Elisabeth Moss pretende ser mais profunda e intensa que a simples premissa do “Quem matou?”.
Com tantas produções sobre serial killers reciclando velhas fórmulas para prender o público, Iluminadas mostra-se uma série intrínseca e original na medida que traz novos ares ao gênero. O assassino, as mortes, a investigação ainda estão ali, mas o suspense toma nova forma à medida que a série busca focar na vida conturbada de Kirby, vivida genuinamente por Moss.
Nos anos 90, após sofrer uma tentativa de assassinato, a jovem passa a ter lapsos de memoria e começa a se perder na propria realidade. Kirby que trabalha como arquivista em um jornal em Chicago conhece Dan, interpretado por um Wagner Moura com aspecto cansado, um jornalista que está investigando sobre um crime parecido com o qual Kirby sofreu.
É óbvio que os dois juntam forças para desvendar o tal assassino, ainda que o público saiba desde o primeiro episódio de quem se trata. Sendo, um recurso corajoso, Harper é um homem misterioso que tem uma ligação além do tempo e espaço com suas vítimas, Jamie Bell consegue causar medo e desconforto apenas com sua presença em cena.
Ainda que seja um pouco fora do comum, Iluminadas apresenta um teor sobrenatural, mas que em nenhum momento é visto com maus olhos ou bengala de roteiro. Quando Iluminadas precisa, seus mínimos detalhes fazem total sentido. Isso pode ser visto na falta de percepção de realidade de Kirby, um dia ela descobre que tem um cachorro e não um gato e ainda que mora com o marido e não com sua mãe. A confusão que assola a personagem é extremamente caótica, o que leva o próprio espectador a duvidar de tudo que gira em torno da jovem.
Já, a essência noventista e o roteiro desenvolvido aos poucos tornam essa série um pouco fora do ritmo das produções atuais. O que pode ser um ponto positivo ou negativo, dependendo do espectador, visto que é preciso engajar na série e aceitar suas características peculiares. Mas, também chama atenção que Iluminadas traga a figura da investigação jornalística e não policial para uma série de suspense, algo que estava em desuso nas produções televisivas pode ser um grande chamariz a essa série.
Acerca da produção, Lauren Beukes e Silka Luis como roteiristas são excepcionais construindo uma narrativa que dá espaço para Moss brilhar e seus companheiros de tela, Moss e Bell crescerem. A direção também é sucinta e aposta em características da época com roupas, aparelhos e lugares muito bem datados. Dessa forma, é fácil se prender em Iluminadas, ainda que haja dúvidas acerca de suas intenções, é uma série que caminha a passos lentos para conclusões grandes.
Os primeiros episódios de Iluminadas mostra que esta é uma série atípica sobre serial killers. Com o assassino sendo revelado desde o começo, a série busca trazer o suspense nas investigações e buscas por Harper. Outro ponto a ressaltar são as incríveis atuações do elenco principal, com destaque para Elisabeth Moss que com certeza está no seu melhor momento.
Tokyo Vice é a mais nova série da HBO Max produzida e dirigida por Michael Mann que estreou no dia 07 de abril e encerrou sua 1ª Temporada no dia 29 de abril, totalizando 08 episódios.
SINOPSE DE TOKYO VICE
Inspirado no relato de Jake Adelstein (Ansel Elgort), este drama criminal acompanha o jovem jornalista americano enquanto ele mergulha no submundo do final dos anos 90 em Tóquio, onde nada e ninguém é o que parece.
ANÁLISE
Tokyo Vice é uma série baseada no livro homônimo, escrito pelo jornalista Jake Adelstein originalmente em 2009 e foi publicado no Brasil pela Companhia das Letras, em 2011.
Com isso em mente, a série conta com a direção e produção do diretor americano Michael Mann, que dirigindo apenas o piloto. Em Tokyo Vice acompanhamos o jornalista americano Jake Adelstein entrando para a redação de um jornal japonês e assim fazendo parte da coluna investigativa.
Dessa forma, Jake passa a explorar o submundo criminoso do Japão que envolve uma conspiração com a Yakuza, a máfia japonesa. Contudo, ao longo de sua jornada descobrirá que para ser jornalista investigativo terá que suportar a xenofobia do país. Tokyo Vice é uma série excepcional que vai agradar a todos que estavam com saudades de um novo trabalho de Michael Mann que não dirigia nada desde 2015.
O ritmo da série é lento, mas foca no desenvolvimento profundo dos personagens de modo excelente. Dando tempo para o espectador entender as motivações de cada um, apresentando tudo ao longo dos 08 episódios. Além disso, a série tem uma estética neo noir, se passando nos anos 90, o que torna tudo maravilhoso e que acaba tornando tudo grandioso sob a estética japonesa.
Todo o elenco apresenta excelentes atuações, mas o meu destaque vai para o ator Ansel Elgort que é fluente em japonês. Além de passar a essência de um jornalista inquieto que está disposto a fazer qualquer coisa para conseguir sua grande reportagem.
Outro destaque vai para Ken Watanabe, que interpreta o detetive Hiroto Katagiri, da polícia de Tokyo de forma brilhante, misteriosa e carismática. Seu personagem foi inspirado em um detetive real que influenciou o jornalista Jake Adelstein a escrever o livro Tokyo Vice.
Por fim, Tokyo Vice é uma série que constrói de forma satisfatória e intensa um thriller que vai ganhando várias camadas no desenvolvimento de seus personagens e de sua trama sombria e que tem um grande potencial para uma futura 2ª temporada.
VEREDITO
O novo show da HBO Max tem tudo para estar na lista de muitos entres as melhores séries de 2022. Estou ansioso para um novo ano! Tokyo Vice é intensa e sabe contar uma história de suspense como ninguém.
The Wilds: Vidas Selvagens retorna ao Prime Video dois anos após o lançamento da primeira temporada. Nessa nova trama, a produção inicia seus acontecimentos a partir do gancho deixado na última temporada, introduzindo um novo grupo de adolescentes na história.
The Wilds é criada e produzida por Sarah Streicher ao lado da showrunner e produtora executiva Amy Harris. Nós tivemos a oportunidade de assistir aos oito episódios antecipadamente e trazemos nossa crítica sem spoilers sobre a produção. A segunda temporada estreia no dia 6 de maio.
SINOPSE DA SEGUNDA TEMPORADA
A sobrevivência está em jogo para um grupo de adolescentes presas em uma ilha deserta, após a descoberta explosiva de que o que está acontecendo com elas é um elaborado experimento social. A segunda temporada aumenta o drama e mantém você curioso, com a introdução de mais cobaias – uma nova ilha de adolescentes – que também devem lutar pela sobrevivência sob o olhar atento do mestre de marionetes do experimento.
ANÁLISE
The Wilds retorna em seu segundo ano com uma proposta mais ampla, abrangendo não só o grupo feminino de adolescentes (apresentado na primeira temporada) como, também, um grupo de meninos.
Kirin (Charles Alexander), Rafael (Zack Calderon), Josh (Nicholas Coombe), Seth (Alex Fitzalan), Ivan (Miles Gutierrez-Riley), Henry (Aidan Laprete), Bo (Tanner Rook) e Scotty (Reed Shannon) são os azarados que caem no experimento da ilha deserta. Assim como na primeira temporada, a trama cria seus ganchos para manter o espectador interessado no plot dramático ocorrido na ilha durante as semanas em que o grupo permanece no local.
Se no primeiro ano The Wilds tirou o tempo necessário para explorar e se aprofundar nos traumas de seu grupo principal, agora a produção peca pelo excesso. Ao manter mais de uma linha cronológica que desenvolve histórias paralelas de 15 personagens, o seriado se enrola em seus acontecimentos, perdendo a profundidade criada no ano um.
Na temporada inaugural, a estrutura de The Wilds era simples, mas eficaz: o público teve a oportunidade de conhecer cada personagem em um episódio específico, acompanhando paralelamente o que aconteceu na ilha e os depoimentos delas no tempo presente.
Nessa nova temporada, por outro lado, tudo é multiplicado. A trama precisa apresentar cada um dos oito novos personagens, desenvolver os acontecimentos em aberto da ilha das meninas, mostrar a situação da ilha dos meninos e apresentar os acontecimentos no tempo presente.
Nesse meio tempo, a série de Sarah Streicher ainda encontra espaço para explorar um pouco mais dos devaneios de Gretchen (Rachel Griffiths) e seus assistentes Daniel (David Sullivan) e Dean (Troy Winbush).
Os roteiros dos episódios, que possuem em seus créditos os nomes de Streicher, Harris, Leon Chills, A. Rey Pamatmat, Melissa Blake e Franklin Hardy, começam a acelerar os acontecimentos a partir do meio da temporada, tentando encaixar as diversas pontas soltas existentes. Todo esse esforço só entrega uma trama pouco inspirada e, de certa forma, vazia, mesmo com alguns momentos corajosos e desafiadores.
Confesso que a primeira temporada me surpreendeu positivamente, pois trouxe além do ímpeto pela sobrevivência, um estudo aprofundado de cada uma das personagens. Nesse ano, por outro lado, poucas são as histórias do grupo masculino que você consegue realmente se conectar. Destaco os personagens Kirin, Seth e Ivan como os que trouxeram debates interessantes e, por vezes, polêmicos. Foram também as atuações que mais me chamaram a atenção. Josh e Rafael também são bem relevantes, mas o restante acaba passando despercebido.
Os melhores momentos da segunda temporada são, de fato, quando a trama se volta para o núcleo feminino. Os arcos de Shelby (Mia Haley), Toni (Erana James) e Rachel (Reign Edwards) são os mais sentimentais e profundos deste ano.
Entretanto, assim como o grupo masculino sofreu com o restrito tempo de tela, Dot (Shannon Berry), Fatin (Sophia Ali) e Martha (Jenna Claue) também ficaram em segundo plano. Sarah Pigeon segue sendo o grande fio condutor de The Wilds, mantendo seu protagonismo intacto.
É fato que nos conectamos mais com essas personagens porque, além de conhecermos suas histórias e entendermos seus traumas e características, realmente nos importamos com o que irá acontecer a cada uma delas durante o experimento. Queremos saber se elas vão descobrir a verdade, se encontrarão suas famílias novamente e se conseguirão seguir em frente apesar de todo o terror da ilha.
De fato, é muito triste ver o declínio dessa narrativa, pois o seriado era realmente cativante e instigante. As personagens tinham motivações reais, a história fazia sentido e a season finale do primeiro ano trouxe momentos eletrizantes. É difícil encontrar séries adolescentes que sejam diferentes e consigam mesclar estilos e ideias realmente criativas, e The Wilds era realmente uma exceção nesse sentido.
VEREDITO
Com um início interessante, mas um desenrolar apressado, a segunda temporada de The Wilds deixa muito a desejar. Em comparação ao seu ano anterior, a produção criada por Sarah Streicher peca pelo excesso não só de personagens, mas de situações vazias.
Nossa nota
2,9/5,0
Assista ao trailer da segunda temporada de The Wilds:
O visionário cineasta Robert Eggers (O Farol) roteirizou e dirigiu um imersivo épico viking jamais visto no cinema.
O Homem do Norte estreia no dia 12 de maio.
NAVIOS
O designer de produção Craig Lathrop também supervisionou a produção de dois típicos navios vikings, bem como a grande variedade de armas que dá à O Homem do Norte elementos adicionais de autenticidade, terceirizando seus designs para artesãos do ramo.
Os navios, um dracar ou langskip, navio longo de guerra com uma vela alta, e um knörr, navio mercante mais pesado, foram construídos à mão na República Tcheca, no prédio de uma antiga escola. Em seguida, o departamento de produção teve que transportá-los, pela Europa, durante o bloqueio da pandemia de Covid-19.
Em consonância com o modo tradicional de trabalho de Robert Eggers e Lathrop, tudo nos navios tinha que ser autêntico. Os rebites foram aprovados por um estudioso viking.
O ator Alexander Skarsgård, comentou:
“Assistindo ao filme, você nunca saberá a diferença, mas Rob sabe. Basta olhar para A Bruxa ou O Farol, e você pode perceber isso. Ele quer que tudo dentro de um quadro seja autêntico, sem se importar se será uma tomada em primeiro plano ou em segundo plano com o fundo embaçado.”
Para as cenas marítimas adicionais, a produção utilizou navios de um museu na Irlanda, e vários outros do Museu de Construção Naval de Roskilde, na Dinamarca, embarcações construídas à mão com ferramentas típicas da Era Viking.
Ralph Ineson, que interpreta Volodymyr, o capitão que dirige o navio knörr para a Islândia, comentou:
“Como ator, o grau de autenticidade da construção naval nos ajuda muito mais do que podemos até imaginar. Sentir esse barco, a madeira maciça, as cordas, de uma forma tátil, colaboram muito para a qualidade do seu desempenho, mas também cria essa atmosfera assustadora – especialmente com Anya Taylor-Joy na frente do navio convocando os deuses do vento, como Olga.”
ARMAS
O mestre de armas Tommy Dunne, que também trabalhou em Game of Thrones, encontrou parte de seu trabalho já muito bem encaminhado quando passou a integrar a equipe de O Homem do Norte, já que Craig Lathrop e o departamento de arte tinham feito uma extensa pesquisa sobre armas vikings.
Todas as armas de O Homem do Norte foram feitas à mão, e Dunne confirmou com historiadores as armas específicas que cada personagem usaria e por quê. O trabalho de Tommy Dunne incluiu pesquisar as dimensões de espadas, escudos e machados, fornecer madeira para as alças das armas, e garantir que cada arma estivesse adequada à época. Usando ferreiros para executar os designs em sua própria fundição, em Dublin, Dunne garantiu que as armas fossem forjadas no estilo apropriado, eslavas ou islandesas. Eram réplicas dignas de figurar em museus.
As armas berserker, por exemplo, tinham que refletir a preferência dos guerreiros por combate corpo-a-corpo em pequenos cantos durante furtivos e rápidos ataques. Os vikings eslavos eram mais propensos a usar espadas e lanças de longa distância, para manter os inimigos o mais distante possível.
Tommy Dunne explica a diferença dos berserkers de um viking eslavo:
“Os berserkers tinham ombros grandes e menos amplitude de movimento com os braços, então eles usavam seaxes, semelhante a uma faca de lâmina longa, machados curtos e um escudo ocasional. Os berserkers gostavam de ser bárbaros, lançando-se em cima do inimigo, com mordidas, arranhões e até arrancando a sua pele; já os eslavos lutavam de longe.”
Em várias das cenas de luta, duplicatas de armas metálicas foram feitas de borracha ou bambu para garantir a segurança no set, mas um cuidadoso e detalhado trabalho de pintura fez com que as armas falsas parecessem reais. O coordenador de dublês C.C. Smiff (Game of Thrones) trabalhou com os atores, inclusive Alexander Skarsgård, na orquestração das cenas de batalha, mais uma vez com o foco na autenticidade dos movimentos e do manejo de espadas, escudos e machados durante as pesadas sequências de ação.
FIGURINOS
A figurinista Linda Muir foi encarregada de criar o guarda-roupa de três mundos cinematográficos distintos em O Homem do Norte, que representavam culturas e tradições diferentes, para o elenco principal e centenas de figurantes.
O filme também marcou a primeira experiência da figurinista com a criação de capacetes e armaduras.
A figurinista também fala sobre a quantidade de figurinos necessários para o longa:
“O volume de trajes foi um grande desafio. Nosso supervisor de figurinos compilou os números: 158 provas com as quais fizemos 918 trajes principais costurados à mão. Só a Rainha Gudrún usa 20 variações do mesmo design, cada uma servindo a propósitos diferentes.”
A exaustiva pesquisa da figurinista sobre a Era Viking começou com a leitura das Sagas dos Islandeses, uma coletânea da literatura medieval que retrata as vidas e os atos dos homens e mulheres nórdicos que se estabeleceram pela primeira vez na Islândia, por volta do ano 870. Mas as Sagas foram escritas 200 anos após o período do filme, o século X. Ou seja, os figurinos que ela queria pesquisar, simplesmente não existiam.
Depois de consultar livros sobre o corte e a estrutura de roupas medievais primitivas, Linda Muir vasculhou sites online que projetam e vendem roupas para performers ou eventos vikings. Através desta comunidade, ela encontrou tecelões de twill e lãs, com tecelagem simples, além de outros trajes e acessórios.
Para conferir mais modelos de inspiração medieval, visitou o Museu Britânico e, logo depois, lojas de aluguel de roupas em Londres, Roma e Madri, onde encontrou poucas peças que poderia usar na telona. Para O Homem do Norte, a figurinista teria mesmo que criar designs originais de tudo, incluindo armaduras.
Depois dessa extensa pesquisa, a figurinista criou 120 figurinos originais. Para a multidão de figurantes, desenhou cerca de 750 trajes masculinos e 430 roupas femininas para aldeões e aldeãs eslavos, escravos e escravas do Báltico, trabalhadores domésticos e homens e mulheres vikings de status alto e baixo.
A produção foi dividida em três mundos cinematográficos distintos, cada um com trajes variados segundo a riqueza, o status e a posição social do personagem.
O primeiro mundo, um reino insular, pedia roupas vikings sofisticadas, condizentes com a realeza, além dos trajes de menor status para o grupo de assassinos a cavalo. O segundo, um dos mais elaborados do filme sob a perspectiva dos figurinos, dada a variedade de trajes criados por Linda Muir, é a Terra de Rus, onde Amleth (Alexander Skarsgård) e seus berserkers invadem uma vila eslava durante o verão.
Essas cenas pediam designs influenciados pela Europa Oriental, incluindo túnicas de linho, trajes de batalha de pele, alguns até com cabeceiras de animais, vestidos bordados para as mulheres eslavas dos aldeões, e um figurino de tirar o fôlego para a misteriosa bruxa vidente, interpretada por Björk.
“O bordado era um ato espiritual neste tipo de aldeia e, também, um meio de comunicação. Assim, seu traje reflete seu status de comunicadora, tanto com os aldeões como com os deuses. Se cada mulher borda suas esperanças benevolentes para seus familiares em suas roupas, então a vidente escreve para toda a comunidade. Eu digo escreve porque, na época, aparentemente a palavra eslava para bordado é a mesma palavra que atualmente significa escrever.”
No filme, Björk veste a mesma roupa de linho que os aldeões eslavos, incluindo Olga, personagem de Anya Taylor-Joy, mas os acessórios que usa em sua breve aparição a elevam a um plano de outro mundo que exala poder e temor: seu longo vestido shift é todo coberto de motivos bordados; a saia dianteira aberta foi feita de cintos de tecidos costurados à mão verticalmente, e ornamentados com sinos feitos sob medida; as braçadeiras de casca de bétula são mantidas no lugar graças a engenhosas finas faixas de sustentação; e o cocar da personagem é a versão de um cocar de casamento ucraniano tradicional. Afinal, ela é “casada” com os deuses.
“Robert tinha uma imagem de Björk em um cocar feito de trigo, mas nós o fizemos de cevada com uma faixa de linho bordado na testa, na qual penduramos anéis do tempo dourados e fios de conchas que obscurecem seus olhos perdidos. Fizemos dezoito colares diferentes só para a Bruxa Eslava.”
Para as cabeceiras de animal, usadas durante o bestial ataque dos berserkers, a figurinista recorreu a uma famosa dupla italiana de design de criaturas, um escultor e um especialista em peles, que fizeram as cabeças de animais em Roma. No total, foram criadas treze peças de cabeça, lobos e ursos, e um cocar único feito para Skarsgård, porque seu espírito animal durante o ataque é um híbrido dos dois.
O terceiro mundo cinematográfico do filme é a fazenda da família de Fjölnir na Islândia. Para ele, Linda Muir criou os figurinos dos personagens de status elevado basicamente com tecidos de lã, mas sem grande ostentação, mesmo para os quatro principais membros da família. Foram confeccionados mantos de lã felpuda para Fjölnir, shifts longos para a Rainha Gudrún, e roupas de linho simples para seus dois filhos mais novos: cada um transmitindo um ar de prosperidade através de linhas claras e belas. Um mundo distante do mundo mágico dos eslavos.
Em parceria com o designer de armaduras Giampaolo Grassi, Linda Muir aprendeu a dominar os estilos de armadura para O Homem do Norte, recorrendo ao ilustrador da Era Viking, Andrew Cefalu para ajudá-la, por sua experiência com os vários estilos da época.
“Os exércitos vikings muitas vezes se vestiam de acordo com o status, então precisávamos ter uma variedade de trajes. O soldado de grau mais baixo pode ter proteção mínima de couro, enquanto os vikings de alto grau de status usavam elaboradas camisas de corrente e capacetes de metal.”
Eggers tinha solicitações muito específicas para os capacetes do filme O Homem do Norte, o que resultou em mais dedicação de Linda Muir e sua equipe.
“Ele queria um ajuste confortável, e para os capacetes com sobrancelhas de metal ou máscaras, as aberturas dos olhos e o comprimento do protetor do nariz tinham que ser precisos e exatos.”
TRILHA SONORA
Para dar vida sonora à Era Viking, Robert Eggers convidou Robin Carolan e Sebastian Gainsborough, baseados atualmente na Inglaterra, dedicados à música eletrônica, para embarcar na sua primeira composição para trilha sonora de cinema. O cineasta conheceu Carolan quando ambos moravam no Brooklyn, antes ainda de conquistar prestígio internacional com A Bruxa. Carolan conhecia Gainsborough por seu projeto musical Vessel, lançado pela gravadora cult de Carolan, Tri Angle. Muito familiarizado com o trabalho da dupla, Eggers sabia que eles topariam o desafio.
Carolan conhecia bem a natureza meticulosa do trabalho de Eggers, ele leu os roteiros de todos os seus filmes, incluindo O Farol, em várias fases da produção:
“Os roteiros anteriores eram peças de câmara, duas pessoas em uma sala dialogando uma com a outra. Já O Homem do Norte tinha uma enorme variedade de personagens em vários locais – a escala dele era intimidadora.”
Para a partitura, Eggers queria instrumentos da Era Viking – principalmente instrumentos de sopro e cordas, com algumas poucas concessões feitas para tambores, um ponto de discórdia entre historiadores que ainda debatem seu uso entre as culturas nórdicas na Era Viking.
Carolan e Gainsborough tiveram que conhecer instrumentos obscuros como o tagelharpa, uma lira com cordas feitas de pelos de cavalo, e o langspil, uma cítara islandesa, além de tubos de chifres de madeira, osso e chifre animal.
“Nunca usamos esses instrumentos antes e tínhamos que encontrar uma maneira de tirar o que precisávamos deles. Estilos hipotéticos de canto viking também foram integrados ao som, desde o canto da garganta até o canto inspirado em kulning, uma espécie de iodelei nórdico.”
Carolan e Gainsborough consultaram o musicólogo dinamarquês Poul Høxbro, especializado em tentar recriar a música da Era Viking – que apresentou os compositores a atores e cantores especialistas nessas tradições.
“Inicialmente, íamos evitar violinos e violoncelos – qualquer coisa usada nos últimos 500 anos. Com as texturas dissonantes e arcaicas de O Homem do Norte, não queríamos que nada soasse muito suave. Ficamos o mais perto possível, musicalmente, da Era Viking.”
No final, os instrumentos vikings foram acompanhados de cordas sinfônicas e coro. Carolan e Gainsborough criaram uma partitura hipnótica, elevada, sedutora e, muitas vezes, estrondosa.
FOTOGRAFIA
O Homem do Norte é o primeiro filme de ação de Robert Eggers, que em circunstâncias normais teria permitido que seu diretor de fotografia, Jarin Blaschke, expandisse o acesso a equipamentos de câmeras 35 mm, que possibilitam mais margem de movimento e de manobras no estilo da fotografia. Mas Eggers queria manter a filmagem de câmera única que a dupla vem desenvolvendo desde sua primeira colaboração, há 13 anos, no curta-metragem The Tell-Tale Heart, baseado no conto homônimo de Edgar Allan Poe.
“Estou acostumado a trabalhar com Robert nesse esquema muito contido de duas mãos e quatro mãos [referindo-se a produções de menor escala com o mínimo de personagens em locais e espaços mais contidos]. Nós não estávamos tentando fazer Birdman ou 1917 aqui. Tem mais a ver com reduzir os elementos ao essencial, o que pode ser enganoso, porque você tem que pensar sobre isso por um longo tempo. Como você compõe todas essas imagens com todos esses personagens e as ideias abstratas em fluxos de informação claros e agradáveis?“
Como O Homem do Norte é um filme de ação com sequências de luta meticulosamente coreografadas, elenco de centenas de figurantes, várias locações e aldeias representando diferentes países, culturas e regiões, a decisão de filmar em câmera única – resultando em menos cortes na sala de edição – foi controversa.
Robert Eggers explica:
“O tipo de cinema que Jarin e eu gostamos é feito por cineastas que contam histórias com simplicidade e franqueza, e que tentam encontrar imagens essenciais para contar suas histórias. Eu sei por que as pessoas fazem filmes como este com várias câmeras e muitas imagens adicionais, porque é difícil fazê-lo de outra maneira. A pressão de planejar tudo nos mínimos detalhes para filmar uma única câmera é frustrante, e certamente deixou o estúdio exaltado.”
O Farol tinha uma estética distinta, criada com uma fotografia primitiva, e A Bruxa usou pinturas da época como inspiração visual e tonal, mas apesar de um elaborado look-book (bíblia do visual) concebido por Eggers, e o bônus da pesquisa meticulosa do cineasta, Blaschke não tinha referências visuais específicas para O Homem do Norte:
O Homem do Norte possibilitou a Jarin Blaschke a utilização de novas ferramentas e técnicas, incluindo planos em movimento, câmeras em carros, guindastes e coordenadores de dublês e coreógrafos comprometidos a fazer com que as cenas de ação fluíssem suavemente, de modo a permitir que ele e Robert Eggers captassem todos os movimentos com uma única câmera.
Uma das cenas mais difíceis de filmar foi o ataque berserker, a segunda grande sequência de ação no filme, após a decapitação do Rei Aurvandil. O desafio para Blaschke era enquadrar não apenas o ataque, mas tudo o que estava acontecendo na periferia da cena:
“É simples assistir por 90 segundos na tela. Mas levamos quatro dias para filmar a cena – a abordagem de múltiplas câmeras teria sido um pesadelo. Acertar cenas como essa é muito difícil. Quando você assiste a grandes filmes de ação e aventura, ficamos tão acostumados com dezenas e dezenas de cortes, porque os cineastas usaram várias câmeras e captaram vários ângulos diferentes em cada cena. Espero que nosso filme seja diferente, se mova de forma diferente, porque não há tantos cortes. Espero que seja mais imersivo.”
O ataque berserker consiste em uma tomada longa, complicada e coreografada à exaustão com mais do que algumas peças em movimento, tornando-se uma das cenas mais emocionantes do filme.
Para Alexander Skarsgård, filmar as cenas de luta sob a estética de câmera única foi muito desafiador, porque exigia que os atores e dublês repetissem a mesma cena várias vezes:
“Filmar essas cenas foi mental e fisicamente desgastante, porque tivemos que fazer algumas delas 25 vezes. Se um único soco não sai como deveria, você tem que fazer tudo de novo. Espero que o público sinta algo diferente com a filmagem em câmera única, porque há mais fluidez nas cenas de luta, justamente porque há menos cortes. Parece mais imersivo e real, como se você estivesse dentro da cena.”
O mau tempo também se revelou um desafio para a equipe de filmagem, mas muitos dos atores o receberam bem.
Para diz Wilhem Dafoe:
“Nos filmes de Robert, o clima importa. Tempo bom é ruim para as filmagens. Queríamos tempo ruim e tivemos.”
O ator Claes Bang concorda:
“Filmamos em encostas na Irlanda do Norte com lama até os joelhos, era quase impossível até caminhar nas locações. Teve chuva, vento, tudo isso, mas tinha também aquela crueza que precisávamos para dar à história algo a mais. Trabalhar lá foi um desafio, com todas as tomadas individuais, sets grandiosos, cavalos, figurantes, lama.”
A atriz Anya Taylor-Joy se diverte lembrando:
“Não foi necessário imaginar nada para entrar no estado de espírito viking das filmagens na Irlanda do Norte, onde filmamos, Robert daria um grito, com um olhar frio e miserável, e você diria: ‘Eu estou com frio e me sentindo miserável’, sem precisar se preocupar com a atuação.”
Assista ao trailer legendado:
O Homem do Norte estreia no dia 12 de maio.
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Após a morte de Helen (Janet McTeer), os Byrdies agora são os donos de toda a operação do cartel Navarro, contando com a confiança completa do chefão do grupo, Omar Navarro (Felix Solis).
Entretanto, o sobrinho de Omar, Javi (Alfonso Herrera), não tem o mesmo olhar sobre Marty (Jason Bateman) e Wendy (Laura Linney), fazendo da vida deles um inferno.
ANÁLISE
Ozark é uma série que me surpreendeu por sua incrível qualidade e pouquíssimo hype por parte do público, uma vez que conta com um elenco espetacular e uma equipe técnica dedicada e que sabe exatamente o que está fazendo.
Temporadas finais costumam ser um tormento para showrunners, visto que muitas vezes não entregam o prometido ao público, o que felizmente não ocorre com Ozark, que tem em sua quarta e última temporada o melhor que o show tinha a apresentar.
Começando pelas atuações, o seriado da Netflix será extremamente injustiçado se não contar com diversas indicações nas premiações anuais. O trabalho magnífico de Laura Linney e Julia Garner é de fazer cair o queixo de qualquer espectador. A quarta temporada de Ozark contou com muitos momentos marcantes e as duas se consolidaram como duas das melhores personagens da história da TV.
Quanto ao roteiro e direção, tivemos muitos destaques aqui, principalmente nos episódios 7, 8 e 11, esse último dirigido por Laura Linney, que tem muito amor e técnica envolvidos. O enfoque na fisicalidade de Marty e principalmente, de Ruth (Julia Garner), além de decisões chocantes e que movimentaram a série sempre foram extremamente cruciais, além de unir muito bem as técnicas de filmagem com poucos cortes e uma trilha sonora que encaixava muito bem nas cenas.
Cada personagem teve um final perfeito, digno de um programa que soube parar quando era necessário e entregou tudo que os fãs queriam assistir. Ozark é obra-prima e deve ser lembrada como a melhor série do catálogo da Netflix.
VEREDITO
Com episódios de tirar o fôlego, excelentes personagem e uma luta incessante por poder, mostrando a corrupção do ser humano, Ozark se consolida como um dos melhores shows de todos os tempos na TV. Sua qualidade inegável mostra que Jason Bateman e companhia acertaram em cheio em criar um produto tão marcante que soube terminar de forma memorável. Que venham os prêmios!
Nossa nota
5,0/5,0
Confira o trailer de Ozark:
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