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    CRÍTICA – O Poder e a Lei (1ª temporada, 2022, Netflix)

    O Poder e a Lei é uma série baseada na saga literária de Michael Connelly sobre Michael “Mickey” Haller, um advogado de defesa. Uma adaptação do primeiro livro foi realizada em 2011 com Matthew McConaughey no papel principal. 

    Já a produção da Netflix criada por David E. Kelley é uma adaptação do segundo livro de Connelly.

    No elenco estão Manuel Garcia-Rulfo, Neve Campbell e Becki Newton

    SINOPSE

    Mickey Haller (Manuel Garcia-Rulfo) é um advogado que gosta de trabalhar do banco de trás do seu carro, após algum tempo longe do direito, Mickey está tentando encontrar um novo caminho na profissão. Quando retorna para Los Angeles, ele se depara com um mistério para resolver assim que inicia o novo negócio.

    ANÁLISE 

    Séries jurídicas tendem a cair no esquecimento por serem mais do mesmo: tramas arrastadas, longos monólogos que levam a lugar nenhum e várias cenas desnecessárias em tribunais. Por isso, é muito difícil criar algo tão memorável como Como Defender Um Assassino (How to Get Away With Murder) e Better Call Saul. Logo, O Poder e a Lei não chega a este nível, mas digamos que está no caminho. 

    Essa série baseada em uma franquia de sucesso do autor Michael Connelly acompanha um advogado de defesa recém reabilitado e ansioso para voltar ao mundo do direito. O que se sabe é que Mickey Haller sofreu um acidente enquanto surfava e por isso se viciou em remédios. Após um tempo longe dos tribunais, ele volta quando seu amigo é assassinado misteriosamente deixando todos os seus casos para ele.  

    Com ajuda de sua segunda ex-esposa e assistente Lorna (Becki Newton) e seu investigador Cisco (Angus Sampson), Mickey se prepara para defender pequenos e grandes casos de Los Angeles. O advogado faz isso no banco de trás do seu carro, enquanto Izzy (Jazz Raycole), uma das clientes de Mickey e também ex-viciada se torna sua motorista.   

    Já nos primeiros episódios, a série criada por Kelley estabelece um ótimo ritmo com cenas dinâmicas que alteram entre o escritório, os tribunais e as viagens de Mickey pela cidade. Ajuda muito que o protagonista precise correr de um lado para o outro sempre atrás de testemunhas, pistas e também tenha encontros tensos. Dessa forma, O Poder e a Lei mostra que sabe muito bem utilizar os aspectos jurídicos ao seu favor e afastar a burocracia chata da prática. 

    Para isso, as cenas de carro são essenciais, já que foge dos padrões e se parece muito com um road movie. Até mesmo as interações entre Mickey e Izzy servem para apresentar os casos ao espectador, na mesma maneira que também debate noções profundas do personagem principal. 

    O suspense e a tensão também são grandes aliados da série, visto que, Mickey precisa resolver um caso complexo deixado por seu amigo. Logo, à medida que a série avança é possível compreender a linha de raciocínio do personagem e como de fato o protagonista é um ótimo advogado. Boa parte do que sustenta a série é atuação sucinta de Manuel Garcia-Rulfo, o ator dá ao personagem carisma, mas também uma certa arrogância e agitação. 

    Seus colegas de cena crescem em tons mais discretos, mas a relação com sua primeira ex-esposa, a promotora Maggie McPherson vivida por Neve Campbell com a qual tem uma filha, mostra que a série consegue ir além dos tribunais e se envolver com tramas mais individuais do personagem. 

    É verdade que a série tem alguns atores um pouco mais exagerados ou que não conseguem acertar o tom dos diálogos. Mas mesmo assim, O Poder e Lei cria episódios atraentes e fáceis de compreender com uma estética limpa que ressalta a cidade jurídica que Los Angeles também pode ser.

    VEREDITO

    O Poder e a Lei é uma boa surpresa da Netflix com uma história envolvente, um roteiro rápido e uma direção assertiva, a série cativa o espectador facilmente. 

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – For Life (1ª temporada, 2020, ABC)

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    Cannes: 5 filmes cotados para dominar o festival

    Começou nesta terça-feira (17) a 75ª edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes e 21 filmes estão na disputa pela Palma de Ouro. O anúncio do prêmio máximo do festival será feito pelo júri presidido pelo ator francês Vincent Lindon, em 28 de maio.

    O festival acontece entre os dias 17 e 28 de maio, voltando ao seu calendário tradicional após dois anos com alterações geradas pela pandemia. Em 2020, ele foi cancelado. Já em 2021, o evento foi transferido para julho, quando foi realizado sob rígidos protocolos contra Covid-19.

    A influência do Festival de Cannes não deve ser subestimada. Em 2019, uma vitória na Palma de Ouro impulsionou Parasita, do sul-coreano Bong Joon-ho, ao Oscar na categoria de Melhor Filme, enquanto no ano passado – depois que a edição de 2020 foi cancelada devido à pandemia – o impressionante line-up incluiu o queridinho da crítica A Pior Pessoa do Mundo e o ganhador do Oscar de Melhor Filme Internacional, Drive My Car.

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    CRÍTICA – Parasita (2019, Bong Joon-ho)

    CRÍTICA – Drive My Car (2022, Ryusuke Hamaguchi)

    Com abertura nesta terça-feira, 17, selecionamos os 5 lançamentos mais badalados do festival de cinema francês para ficar você antenado:

    Crimes of the Future

    O diretor canadense David Cronenberg (Crash) volta à competição aos 79 anos com Léa Seydoux, Kristen Stewart e Viggo Mortensen como protagonistas. No filme de terror, do estilo corporal, profundamente perturbador – que o próprio autor espera provocar paralisações em Cannes -, Mortensen interpreta um artista performático cujos órgãos estão passando por uma metamorfose.

    Three Thousand Years of Longing

    Antes de retornar à franquia Mad Max (desta vez, com Anya Taylor-Joy no papel de Furiosa), George Miller dirigiu este épico de fantasia, escalando Tilda Swinton (Constantine) como uma acadêmica solitária e Idris Elba (O Esquadrão Suicida) como um gênio que lhe oferece três desejos. Será que ela vai escolher sabiamente?

    Decision to Leave

    Este mistério que seduz acompanha o detetive Hae-jun (Park Hae-il) que se apaixona pela principal suspeita de sua investigação de assassinato, Seo Rae (Tang Wei) marca o primeiro projeto da telona do mestre sul-coreano Park Chan-wook desde o arrebatador A Criada (2016).

    Espere por uma cinematografia pictórica, uma trilha sonora assombrosa, tensão sexual fervente e reviravoltas em abundância.

    Irma Vep

    Uma releitura de seu clássico cult de 1996 com o mesmo nome, a brilhante série de Olivier Assayas examina a estrela de cinema Alicia Vikander (Tomb Raider: A Origem) em crise. Ao mergulhar de cabeça em uma nova personagem, ela descobre que as linhas entre fato e ficção estão se tornando perigosamente confusas.

    Broker

    Song Kang-ho (Parasita), está no centro deste filme sentimental delicadamente construído por Hirokazu Koreeda, um vencedor anterior do Palma de Ouro por seu sensível e otimista Assunto de Família (2016). O tema de seu novo filme é o fenômeno das caixas de bebê na Coreia do Sul, lugares onde recém-nascidos podem ser abandonados anonimamente para serem cuidados por outros.


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    CRÍTICA | Cyber Hell: Exposing an Internet Horror (2022, Choi Jin-seong)

    Lançado em 18 de maio de 2022, Cyber Hell: Exposing an Internet Horror é um documentário original da Netflix que aborda a rede de crimes sexuais cometidos na Coreia do Sul utilizando o aplicativo de mensagens Telegram.

    A produção coreana foi desenvolvida em parceria com a INDIESTORY Inc. e retrata a investigação jornalística e policial do caso conhecido como Nth Room, ocorrido entre o terceiro trimestre de 2019 e o primeiro trimestre de 2020. Confira nossa análise a seguir.

    SINOPSE DE CYBER HELL: EXPOSING AN INTERNET HORROR

    Uma rede de salas de bate-papo online estava repleta de crimes sexuais. Para acabar com ela, foi preciso coragem e perseverança.

    ANÁLISE

    O documentário Cyber Hell: Exposing an Internet Horror inicia com avisos necessários sobre a descrição dos crimes cometidos e dos atos que as vítimas foram obrigadas a realizar, destacando que mesmo situações genéricas e as descrições podem afetar negativamente a audiência. A produção também acerta ao esclarecer que localizações foram alteradas e determinadas situações foram encenadas para melhor contextualizar sem prejudicar ainda mais as vítimas.

    A produção coreana da Netflix se desenvolve a partir dos relatos de jornalistas e policiais que atuaram no caso Nth Room entre 2019 e 2020. Podemos dizer que o documentário se divide em três partes:

    • Até a chegada ao primeiro criminoso preso;
    • a caçada para prender o dono de um dos grupos, o Baksa;
    • e como foi complexo prender o Godgod, dono do outro grande grupo no Telegram.

    De início, os relatos ficam sob responsabilidade dos jornalistas, que explicam como tiveram os primeiros contatos com a existência das salas no Telegram e quais foram seus primeiros passos para apurar as denúncias.

    Nessa parte, o documentário se vale muito da pós-produção para recriar conversas no Telegram, envio de fotos e vídeos, entre outras situações. Também cria uma atmosfera pesada, mas respeitosa, por meio de ilustrações e encenações um tanto artísticas. Sem dúvidas, a pós-produção é um dos pontos altos de Cyber Hell: Exposing an Internet Horror.

    No entanto, a mistura de tantos elementos gráficos distintos infla desnecessariamente essa primeira parte da produção. Tirando as animações que remetem à tecnologia para ilustrar a atuação dos criminosos, as demais vão sumindo com o avançar da produção, tornando confusas algumas escolhas criativas.

    Alguns detalhes compartilhados pelos jornalistas também contribuem para essa sensação arrastada do primeiro terço de Cyber Hell: Exposing an Internet Horror. A investigação, o modus operandi dos criminosos e o contexto cultural coreano são interessantes demais, mas não são plenamente explorados, pois há espaço excessivo para algumas explicações que pouco agregam ao documentário.

    A produção avança em um ótimo ritmo quando os relatos dos policiais passam a dominar a narrativa a partir da primeira prisão no caso – o usuário Rabbit. Estranhamente a identidade do criminoso não é revelada pela produção, sem qualquer justificativa.

    Embora a pós-produção seja muito bem feita e contribua efetivamente para a contextualização dos fatos, a montagem de Cyber Hell: Exposing an Internet Horror poderia ser melhor.

    Primeiro, porque há um afastamento entre os relatos dos jornalistas e dos policiais nas segunda e terceiras partes da produção. Isso é estranho, pois a etapa inicial indicava uma atuação próxima entre todos. Faltou uma conexão melhor entre o que cada um relatava a partir da caçada ao Baksa, problema que se acentua na perseguição complexa para prender o Godgod.

    Outro ponto negativo da montagem é não aproveitar os relatos de profissionais mulheres que contextualizam o cenário sociocultural da Coreia do Sul, o consumo de pornografia e esse mercado criminoso. A maior parte dessas entrevistas estão literalmente no fim do documentário, dividindo a tela com os créditos da produção. Uma grande chance perdida de inseri-las ao longo da narrativa.

    Aliás, algo muito estranho diz respeito a todos os profissionais que não são jornalistas. Embora os nomes e cargos estejam na tela, em coreano, as legendas em qualquer idioma não exibem essas informações. Isso prejudica a experiência da audiência, pois ficamos sem saber quem está falando e qual o papel na investigação, ou qual profissional está explicando os contextos que mencionei.

    Espero que a Netflix arrume isso. Caso contrário, somente quem sabe ler coreano irá compreender essas informações.

    VEREDITO

    Cyber Hell: Exposing an Internet Horror é um necessário documentário da Netflix que explica bem como se deu a atuação de uma rede de crimes sexuais executada via Telegram. A mensagem principal da narrativa é passada com êxito e, por isso, já vale a audiência.

    No entanto, há pontos que poderiam ser melhores, principalmente em relação ao aproveitamento de profissionais que contribuem para explicar o contexto sociocultural da Coreia do Sul, e de como provavelmente redes criminosas do tipo continuam atuando no país.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Cyber Hell: Exposing an Internet Horror

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    CRÍTICA – Quatro Amigas Numa Fria (2022, Roberto Santucci)

    Estrelado por Fernanda Paes Leme, Maria Flor, Micheli Machado e Priscila Assum, a comédia Quatro Amigas Numa Fria apresenta a história de um grupo de amigas de infância curtindo uma despedida de solteira em Bariloche. Porém, os planos não saem bem como elas imaginaram.

    O longa estreia no dia 19 de maio nos cinemas de todo o Brasil. Confira nossa crítica sem spoilers da produção.

    SINOPSE DE QUATRO AMIGAS NUMA FRIA

    A produção apresenta Daniela (Maria Flor), Karen (Fernanda Paes Leme), Ludmila (Micheli Machado) e Josie (Pri Assum), quatro amigas de infância que viajam a Bariloche para a despedida de solteira da Dani, esperando uma viagem tranquila e divertida. Ao chegarem na cidade argentina, no entanto, as coisas não saem exatamente como elas planejaram.

    Entre chalés sem aquecedores, esquis e muita neve, a viagem se torna uma oportunidade para revelações do passado e mágoas do presente que vão alterar para sempre o futuro das amigas.

    ANÁLISE

    Quatro Amigas Numa Fria apresenta um grupo interessante de personagens femininas lidando com suas inseguranças, ao mesmo tempo que redescobrem um elo de amizade há muito balançado pelas consequências da vida adulta.

    Daniela, interpretada por Maria Flor, é a personagem que todas as outras pessoas invejam. Com a vida dos sonhos, ela é admirada por todos e está prestes a se casar com um cara bacana. As outras três amigas, por outro lado, dificilmente conseguem alcançar o “nível” de vida de Daniela, já que cada uma delas possui particularidades bem distintas.

    Karen é a mais misteriosa do grupo e possui uma personalidade mais volátil, Josie é a criança que esqueceu de crescer e Ludmila é a mãe de família sobrecarregada e que abre mão de cuidar de si mesma em prol da família.

    Esse grupo de amigas de infância se reencontra nessa fase adulta após anos sem terem um tempo juntas. Ao fazerem uma viagem para Bariloche, elas começam a entender melhor umas às outras, retomando seu laço de amizade fragilizado. No entanto, o roteiro de Paulo Cursino e Taisa Lima acrescenta outros personagens ao longo da história, dividindo a trama em núcleos e afastando o público da relação entre as amigas.

    CRÍTICA - Quatro Amigas Numa Fria (2022, Roberto Santucci)

    Apesar do drama de Karen ser interessante, não há tempo suficiente para desenvolvê-lo de forma eficiente. O mesmo podemos dizer da história de Daniela e seu noivo, mesmo Maria Flor tendo um grande tempo de tela.

    Josie é a mais negligenciada da produção, pois além de ser o alívio cômico, alguns plots que a envolvem são um tanto problemáticos. Quem acaba se valendo do enfraquecimento narrativo das outras personagens é Ludmila, que possui a trama mais divertida e tocante.

    A reflexão da personagem sobre não ser uma mulher que as amigas admiram, afinal ela não é rica, “bem-sucedida” e é mãe de três filhos; acaba sendo uma das mensagens mais interessantes que o longa apresenta, pois gera um debate pertinente sobre a imagem da mulher considerada inspiradora.

    Apesar de se passar em uma locação bonita como Bariloche, poucas são as cenas em que a paisagem realmente causa algum impacto. Devido às diversas tramas paralelas e à duração do filme, tudo parece um pouco corrido, o que acaba pesando na experiência final.

    VEREDITO

    Quatro Amigas Numa Fria busca apresentar uma história simples, mas se enrola em suas subtramas e perde o ponto da trama onde a reaproximação das amigas deveria ser o foco principal. Com algumas “piadas” problemáticas (e um tanto caricatas), a produção perde algumas oportunidades.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Drácula: As mais marcantes adaptações nos games

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    Prestes a completar 125 anos, mesmo quem nunca tenha lido o romance de Bram Stoker, você certamente conhece o Drácula e mesmo que sejam raras as adaptações totalmente fiéis com sua versão literária, essas mesmas adaptações são numerosas e multimídias.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Drácula: Dissecando a criatura mais popular da cultura pop

    O Conde vampiro é detém no Guiness Book – O Livro dos Recordes dois importantes recordes:

    • Personagem Literário Mais Adaptado para o Cinema
    • Personagem de Horror Mais Adaptado para o Cinema

    LEIA TAMBÉM:

    Noites Sombrias #66 | Drácula: As mais marcantes adaptações no cinema

    Mesmo sendo um recordista no que diz respeito ao cinema, o vampiro mais famoso de todos também teve sua parcela de adaptações para o mundo dos games; vamos à lista!

    NOSFERATU THE VAMPYRE

    Plataformas: PC

    Lançamento: 1986

    Nosferatu the Vampyre é um jogo de ação baseado no filme do diretor alemão Friedrich Wilhelm Murnau e rodava nos computadores Amstrad CPC, Commodore 64 e ZX Spectrum. O game foi desenvolvido pela Design Design e publicado pela Piranha Software.

    O filme de F. W. Murnau é conhecido por ser a primeira adaptação cinematográfica de Drácula, apesar de mudar os nomes de seus personagens e a ação judicial de violação de direitos autorais por parte da viúva do autor, Florence Balcombe.

    E o mais curioso é que mesmo o game levar o título do filme alemão, na gameplay jogamos com personagens clássicos do romance de Bram Stoker como Jonathan Harker, Lucy e Van Helsing.

    LEIA TAMBÉM:

    TBT #170 | Nosferatu (1922, Friedrich Wilhelm)

    Nosferatu: Conheça a origem do vampiro e suas principais adaptações

    CASTLEVANIA

    Simon (E) e Drácula (D)

    Plataformas: Nintendo

    Lançamento: 1986

    Os jogadores controlam Simon Belmont, descendente de um lendário caçador de vampiros, que entra no castelo do Conde Drácula para destruí-lo quando ele reaparece de repente 100 anos depois que o ancestral de Simon o derrotou.

    Castlevania é o primeiro título da que é hoje uma das mais famosas franquias da desenvolvedora Konami.

    MASTER OF DARKNESS

    Plataformas: Master System e Game Gear

    Lançamento: 1993

    Desenvolvido pela SIMS e publicado pela SEGA, o game Master of Darkness é um jogo de plataforma, muito parecido com Castlevania e em sua trama controlamos um psicólogo chamado Dr. Ferdinand Social.

    Estamos no século XIX em plena Era Vitoriana em Londres, quando nosso jovem herói recebe avisos de seus guardiões espirituais através de uma tábua Ouija, dizendo que horríveis assassinatos aconteceriam, a menos que a fonte desse mal fosse eliminado: Drácula, o Príncipe das Trevas.

    A caçada se inicia nos arredores do famoso Rio Tâmisa em Londres onde ele enfrentará o assassino Jack, o Estripador, passando por outros 13 cenários até o seu confronto final com o senhor dos vampiros.

    BRAM STOKER’S DRACULA

    Plataformas: Mega Drive e Super Nintendo

    Lançamento: 1993

    Baseado no filme do diretor Francis Ford Coppola, provavelmente este seja o game que mais se aproxime do romance, mesmo que no longa o diretor tenha utilizado de algumas liberdades criativas. Aqui o jogador controla um jovem advogado chamado Jonathan Harker que deve se libertar da captura de Drácula, segui-lo até Londres e acabar com seu reinado de terror.

    LEIA TAMBÉM:

    TBT #17 | Drácula de Bram Stoker (1992, Francis Ford Coppola)

    CASTLEVANIA: SYMPHONY OF THE NIGHT

    Alucard (E) e Drácula em seu trono infernal (D).

    Plataformas: PlayStation

    Lançamento: 1997

    Este talvez seja um dos títulos mais famosos da série e na minha humilde opinião: o melhor de todos os muitos títulos da franquia. Em Castlevania: Symphony of the Night, o caçador de vampiros Richter Belmont retorna, mas é usado por Shaft para reviver Drácula. Cabe então ao próprio filho de Drácula, Alucard, derrotar seu pai.

    No estilo metroidiviana que influenciou diversos outros títulos subsequentes da franquia, o título de 1997 garante muitas horas de gameplay incluindo um final falso, onde poucos chegaram ao fim verdadeiro após enfrentar Drácula em seu trono maligno no coração de seu infame castelo amaldiçoado.

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    EU CURTO JOGO VÉIO #16 | ‘Castlevania: Symphony of the Night’ é um marco inesquecível da franquia

    DRACULA: RESURRECTION

    Plataformas: PlayStation e PC

    Lançamento: 1999

    Situado na Transilvânia de 1904, o jogo serve como uma continuação do romance de Bram Stoker, onde sete anos após a morte do Conde Drácula, a esposa de Jonathan Harker, Mina, se vê misteriosamente atraída de volta à Transilvânia. Jonathan posteriormente viaja para o local em um esforço para resgatá-la.

    Aqui, o jogador assume o papel de Jonathan e usa uma interface de apontar e clicar para resolver quebra-cabeças e navegar pelo mundo do jogo, muitas vezes com a ajuda de um objeto chamado Dragon Ring.

    O game de aventura desenvolvido pela Index+ foi o primeiro game tradicional da empresa; a equipe já havia criado um software com ênfase no turismo educacional e cultural, um estilo que influenciou o design de Drácula: Resurrection. Construindo a partir de mitos, lendas, romance de Bram Stoker e filmes sobre vampiros, os criadores procuraram criar uma continuação da história de Stoker que estivesse imbuída da mesma atmosfera de pavor das páginas do livro.

    CASTLEVANIA: LAMENT OF INNOCENCE

    Leon Belmon (E) e Mathias Cronqvist (D).

    Plataformas: PlayStation 2

    Lançamento: 2003

    Situado em 1094, ele se concentra nas origens da premissa da série – o eterno conflito entre os caçadores de vampiros do clã Belmont e o vampiro imortal Drácula. Aqui acompanhamos Leon Belmont enquanto ele procura o castelo do vampiro Walter Bernhard; que raptou sua noiva, Sara.

    Castlevania: Lament of Innocence é cronologicamente o primeiro jogo da série Castlevania, além de ser o primeiro da série para o PlayStation 2 e o terceiro a fazer uso de um estilo de jogo 3D.

    Infelizmente, Leon não chega a tempo e descobre que o amor da sua vida havia sido transformada numa vampira. Com o seu sacrifício, sua alma é absorvida pelo chicote de seu amado que se transforma no lendário Vampire Killer Whip, que é visto ao longo da franquia.

    Ao menos Leon consegue sua vingança e derrota Bernhard, mas a alma corrompida do vampiro é usada pelo até então amigo de Belmont, Mathias Cronqvist, que rejeita a própria humanidade e se transforma no Drácula! O mais conhecido e poderoso de todos os vampiros se torna, assim, o inimigo mortal da família Belmont para sempre.

    VAN HELSING

    Plataformas: PS2, Xbox e Game Boy Advance

    Lançamento: 2004

    Seguindo a mesma trama do filme Van Helsing: O Caçador de Monstros estrelado por Hugh Jackman no papel principal, o jogador controla Van Helsing depois de uma batalha que resulta na morte de Mr. Hyde em Paris, o caçador de monstros é enviado pelo Vaticano para proteger a cigana Anna Valerious e caçar Drácula, na Transilvânia.

    Apesar do game tentar recriar as feições de Hugh Jackman e Richard Roxburgh (Drácula), atualmente é impossível disser que essa tarefa foi um sucesso, mas na época certamente era algo incrível controlar personagens que retratava pessoas reais.

    LEIA TAMBÉM:

    TBT #113 | Van Helsing – O Caçador de Monstros (2004, Stephen Sommers)

    CASTLEVANIA: LORDS OF SHADOW 2

    Plataformas: PlayStation 3, Xbox 360 e PC

    Lançamento: 2014

    Acordado após séculos de repouso, enfraquecido e ansiando libertar-se das amarras da imortalidade, Drácula deve recuperar seus poderes e fazer um pacto com a Morte para derrotar Satã e ganhar o descanso eterno. O sangue significará tudo nesta dramática batalha final entre o bem e o mal, na qual Drácula enfrenta seu nêmesis e a incessante busca por vingança de seus descendentes.

    Apesar de Castlevania: Lords of Shadow 2 não ter agrado aos fãs da franquia como seu antecessor, aqui temos uma aventura ambientada em um vasto mundo moderno e o retorno de figuras marcantes como o Alucard.

    Apesar do sexto título da franquia, Castlevania: Lamment of Innocence (2003), ser o primeiro no cânone e apresentar Mathias Cronqvist se tornando Drácula, no reboot da franquia em Castlevania: Lords of Shadow (2010) temos Gabriel Belmont se tornando o Príncipe das Trevas.

    FURY OF DRACULA

    Plataformas: board game e PC

    Lançamento: 2015

    O ano é 1898. Há oito anos, o maligno Conde Drácula viajou até Londres para espalhar sua maldição vampírica. Ele foi detido por um pequeno grupo de caçadores que conseguiram arruinar seus planos e destruí-lo às sombras do seu castelo.  Pelo menos era isso que eles achavam… Em Fury of Dracula, um jogador assume o papel do Conde vampiro, movendo-se às escondidas pela Europa, criando vampiros e armando emboscadas para os seus perseguidores. Os oponentes de Drácula são os Caçadores, que devem descobrir a localização do monstro antes que seus servos dominem a noite.

    Lançado originalmente em 1987 pela Games Workshop, a 4ª edição lançada pela Fantasy Flight Games, o board game – que também tem uma versão digital para PC – permite um número de 2 a 5 jogadores e conta com:

    • 70 Cartas de Local;
    • 28 Cartas de Encontro;
    • 75 Cartas de Evento;
    • 38 Cartas de Item;
    • 13 Cartas de Combate do Drácula;
    • 12 Cartas de Combate de Caçador;
    • 5 Cartas de Poder;
    • 4 Cartas de Referência de Caçador.

    Além das cartas o board game também conta com miniaturas, diversos marcadores, tabuleiro com o mapa da Europa, fichas de personagens e livro de regra.

    Vale ressaltar que o game é um dos poucos a se aproximar da versão original de Drácula publicada por Bram Stoker.


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    Maldivas: Quem é quem na série brasileira da Netflix?

    Conheça as protagonistas de Maldivas, série brasileira da Netflix, que estreia dia 15 de junho!

    Se não fossem Milene (Manu Gavassi), Kat (Carol Castro), Rayssa (Sheron Menezzes) e Verônica (Natalia Klein), talvez o condomínio Maldivas, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, não fosse tão agitado. Que o diga Liz (Bruna Marquezine), recém-chegada de Goiás.

    Nas reuniões de condomínio ou à beira da piscina, as quatro moradoras viram um furacão quando se juntam. Até mesmo na privacidade de seus apartamentos, onde as aparências não enganam, elas são marcantes e cheias de nuances como seus drinks preferidos.

    Se estiver pensando em morar no Maldivas, melhor conhecer mais a fundo as futuras vizinhas! Saiba quem é quem:

    MILENE (Manu Gavassi)

    É a mulher do corpo perfeito graças ao marido “perfeito”, o cirurgião-plástico Victor Hugo (Klebber Toledo). Ela está sempre impecável e instagramável. É também a síndica que faz de tudo pelo bem-estar dos moradores do Maldivas, só que à base de movimentos misteriosos, como uma boa caipirinha importada de lichia… sem açúcar!

    RAYSSA (Sheron Menezzes)

    É sexy sem fazer esforço, uma mulher solar e extravagante como uma Piña Colada. Ex-dançarina de axé dos anos 2000, conseguiu se reinventar e virar uma empresária de sucesso junto ao marido Cauã (Samuel Melo), vocalista da ex-banda. Mas seu casamento é uma marca que sustenta seus negócios – por isso, eles precisam manter os segredos da relação a sete chaves.

    KAT (Carol Castro)

    Com uma vida conjugal feliz, ela é conhecida por ser uma mãezona, não apenas para seus filhos, como também para as amigas. Mas quando acoberta as falcatruas do marido Gustavo (Guilherme Winter), não se sabe se é por ser apaixonada ou pelo risco que correm as finanças da família. Afinal, dinheiro não pode ser problema para ela. Tão óbvia, porém companheira como uma taça de Rosé.

    VERÔNICA (Natalia Klein)

    Se destoa das demais por ser um tanto gótica e de humor afiado. É do tipo Bloody Mary – ou você ama, ou odeia. Está sempre no pé de Milene, tentando descobrir os segredos da síndica, e era a melhor amiga de Léia (Vanessa Gerbelli). Mas quem disse que isso a torna menos suspeita do incêndio que matou a mãe de Liz?

    LIZ (Bruna Marquezine)

    Ah, e claro… como não falar de Liz. Abandonada pela mãe aos 5 anos depois de um evento traumático, ela sai de Goiás e muda-se para o Maldivas com a missão de descobrir o que aconteceu com Léia, morta no fatídico incêndio do condomínio. Só que Liz não vai conseguir descobrir nada sem se envolver com as Maldivers – e quem sabe até virar uma delas com seu gin tônica na mão.


    A primeira temporada da série Maldivas chega à Netflix no dia 15 de junho e contará com 7 episódios. Produzida pela O2 Filmes e criada por Natalia Klein, com direção geral de José Alvarenga e direção de Daina Giannecchini.

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