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    Robert Eggers: A mente por trás de O Homem do Norte

    A saga épica de vingança viking, O Homem do Norte (The Northman), longa dirigido por Robert Eggers (O Farol), é estrelado por Alexander Skarsgård e conta também com grandes nomes de Hollywood.

    O Homem do Norte: Quem é o elenco do filme?

    O visionário cineasta, Robert Eggers, também roteirizou e dirigiu o imersivo épico viking jamais visto no cinema.

    O Homem do Norte chegou aos cinemas no dia 12 de maio.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – O Homem do Norte (2022, Robert Eggers)

    Leia a entrevista concedida pelo diretor:

    A ISLÂNDIA

    Eu nunca quis fazer um filme viking; achava que os vikings eram violentos, grosseiros e brutos, sem nada de interessante. Minha esposa, por outro lado, gostava das sagas islandesas, as adoradas histórias medievais da cultura viking e sabia que eu iria amá-las. Mas mesmo com toda a insistência dela, nunca abri um desses grandes livros. Quando fomos para a Islândia em 2015, as paisagens épicas e deslumbrantes me inspiraram completamente. Eu logo imaginei figuras solitárias a cavalgar destemidas por montanhas naturalmente coloridas, geleiras e sob um céu infinito.”

    A PESQUISA

    Então eu comecei a pensar sobre vikings, aprender o que realmente tinha existido nas primeiras séculos da Escandinávia da Era Viking e, ao mesmo tempo, ficar atento às reinterpretações e elementos inverídicos da cultura viking nos milênios que se seguiram. Encontrei uma civilização completa e complexa de belíssima arte, fusão cultural e religiosa, tecnologia avançada, hábitos arraigados e códigos de honra e justiça. Mas também era uma cultura de extrema violência e subjugo, onde ciclos horríveis de vingança pareciam intermináveis.”

    UM ALMOÇO

    Depois de um almoço com Alexander Skarsgård, a ideia de fazer um filme viking tornou-se real. Eu sabia que precisava tentar fazer o filme viking. Nós iríamos trabalhar com arqueólogos e historiadores, tentando recriar as minúcias do mundo físico, ao mesmo tempo em que tentaríamos captar, sem julgamentos, o mundo interior da mente viking: suas crenças, mitologia e seus rituais de vida. No senso comum, atualmente, um viking se parece mais com um rockstar da ficção científica do que com uma sacerdotisa nórdica, do campo, guerreiro ou rainha. Com nossa pesquisa devotada, tentaríamos redefinir essa imagem com algo tão fundamentado e elementar quanto as paisagens tão inspiradoras.”

    Skarsgård conclui dizendo:

    A atenção de Robert Eggers aos detalhes era diferente de tudo que eu já tinha visto.”

    A PRODUÇÃO

    As artes visuais da Era Viking, como sua poesia, são ricas, intrincadas e complexas – mas ao contrário da poesia, a atmosfera geral é abstrata e constante. Assim, visualmente, teríamos paisagens e elementos da natureza, acompanhados pelos sons dos instrumentos da Era Viking. O trabalho de câmera foi realizado com esmero para ser atemporal, bem como os efeitos visuais, a encenação, a atuação – precisos e nórdicos. Essa câmera sempre em movimento foi concebida para ser hipnótica e atuar como veículo – as longas tomadas dão à luz a um mundo e te levam a sentir essa era ancestral se revelar bem diante dos seus olhos.

    Essas extensas e densas tomadas, que pretendem contar a história ao mesmo tempo em que proporcionam uma experiência imersiva do público na cultura nórdica, demandaram muita disciplina e colaboração total.
    Toda a equipe de produção – atores, operadores de câmera, dublês, joalheiros, os artistas designers de figurinos, de objetos de cena, de próteses, carpinteiros, domadores de animais, músicos trompistas e flautistas, mesmo os executivos do estúdio – estava concentrada em se dedicar integralmente ao objetivo de fazer desse filme uma obra coesa, rigorosamente baseado na história.

    Estávamos todos unidos por esse compromisso, estimulando uns aos outros a dar o nosso melhor, superar nossos limites e ir além das nossas habilidades. Na ancestral história da criação nórdica, o mundo e seus elementos foram feitos das partes do corpo de um gigante morto. Éramos todos esses elementos, sangue, ossos, dentes e cérebros, que juntos – e somente todos juntos – fizemos este imperfeito gigante morto: O Homem do Norte.”

    Neil Price, professor britânico de arqueologia, autor especializado em magia, feitiçaria e religião na Era Viking, que atuou como consultor de O Homem do Norte, comentou:

    Esta é de longe a representação mais precisa da Era Viking que eu já vi. Eu estava no set durante a pré-produção, no processo de dar vida a tudo isso, e achei fascinante o trabalho dirigido por Robert Eggers; eu nunca tinha visto esse nível de atenção aos detalhes em um filme histórico antes.”

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | O Homem do Norte: 5 curiosidades sobre o filme


    Assista ao trailer legendado:

    O Homem do Norte chegou aos cinemas no dia 12 de maio.

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    CRÍTICA – O Soldado que Não Existiu (2022, John Madden)

    História sempre foi uma das matérias que sempre fui apaixonado na época da escola. Mas com o passar dos anos, aprendi que não apenas a História em si me cativava, mas sim, a forma como era contada. Com o passar dos anos, a Segunda Guerra Mundial se tornou motivo de fascínio para mim e conforme aprendo mais, essa fascinação só aumenta. O Soldado que Não Existiu é um dos filmes que esmiúça uma das operações que tinham como intuito enganar o exército nazista, e se tornou um dos pontos mais importantes para a retomada pelas Forças Aliadas da Europa.

    Entender que a Segunda Guerra Mundial foi não apenas o maior conflito armado da história, mas também um dos maiores genocídios da história mundial, bem como seus mais diversos aspectos históricos e filosóficos, nos ajudam a entender a problemática ligada à ascensão de governos ultranacionalistas e fascistas.

    SINOPSE

    Dois soldados britânicos criam uma estratégia bizarra para enganar os nazistas e alterar o curso da Segunda Guerra Mundial. Baseado em uma história real de desinformação.

    ANÁLISE

    A Operação Mincemeat, ou em tradução livre “Carne Moída”, é considerado até os dias de hoje como um dos planos de contrainformação mais bem sucedidos da história. Não apenas pela repercussão da operação, mas também pelo fato de um simples plano ter salvo a vida de dezenas de milhares de soldados na costa da Sicília.

    Ewen Montagu (Colin Firth) e Charles Cholmondeley (Matthew Macfadyen), bem como a jovem Jean Leslie (Kelly Macdonald) são um dos pontos mais altos do filme. Suas atuações dão ao longa um imediatismo necessário para a trama, e nos faz entender o quão perigoso um plano que não era nada promissor acabou sendo o único plano de enganação na manga do governo britânico.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | O Soldado que Não Existiu: Quem é o elenco do filme da Netflix?

    Os planos do filme, bem como as decisões criativas causam no espectador a ansiedade necessária para testemunhar o desenrolar daquela trama. E esse desenrolar é feito magistralmente.

    A forma como o diretor dirige não apenas Colin Firth, mas Matthew Macfadyen parece destoar em determinados momentos, pois Macfadyen parece exprimir uma gama muito mais vasta em sua atuação do que Firth, que parece se sentir mais à vontade no papel do que o desejado.

    VEREDITO

    O Soldado que Não Existiu conta uma história real, com o devido respeito de uma das mais bem sucedidas operações. Glyndwr Michael – o corpo usado na operação Carne Moída -, foi em sua morte um dos elementos mais importantes para a virada na Segunda Guerra Mundial, e foi o que deu início à uma retomada que parecia impossível.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    O Soldado que Não Existiu está disponível na Netflix. Confira o trailer do filme:

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    Xbox Game Pass: 8 jogos adicionados recentemente

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    O Xbox Game Pass é um serviço da Microsoft que oferece uma variedade de títulos para donos de Xbox 360, Xbox One, Xbox One S, Xbox Series X | S e PC, como se fosse um “Netflix dos jogos”. Há mais de quatro anos no mercado, ele se destaca por praticamente não possuir concorrentes no Brasil. Por causa disso, muitos jogadores têm levado em consideração o acesso à plataforma na hora de escolher em qual sistema jogar videogame.

    Abaixo uma lista com 8 jogos interessantes adicionados recentemente ao catálogo do Xbox Game Pass:

    7 Days to Die

    Desenvolvido pela The Fun Pimps, o jogo 7 Days to Die é ambientado em um implacável mundo pós-apocalíptico brutal invadido por zumbis onde em um mundo aberto com combinação única de tiro em primeira pessoa, survival horror, tower defense e RPG, você encontrará combate, crafting, saques, mineração, exploração e crescimento do personagem de uma maneira que é completamente nova para o gênero de jogo de sobrevivência.

    Citizen Sleeper

    Desenvolvido pela Fellow Traveller, no jogo Citizen Sleeper em meio as ruínas do capitalismo interplanetário, você viverá um trabalhador em fuga que foi parar em uma estação às margens de uma sociedade interestelar. Inspirado na flexibilidade e liberdade dos RPGs de mesa, explore a estação, escolha amigos, fuja do seu passado e mude seu futuro.

    Eiyuden Chronicle: Rising

    Desenvolvido pela 505 Games, o jogo Eiyuden Chronicle: Rising é um RPG de ação que se passa no mesmo mundo de Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes, apresentando uma mecânica de construção de cidades e combate rápido numa história pregressa do mundo de Eiyuden Chronicle: Hundred Heroes.

    Loot River

    Desenvolvido pela Straka.Studio S.R.O., o jogo Loot River explora labirintos gerados processualmente num dungeon crawler roguelike cheio de ação que combina um combate intenso em tempo real com deslocamento de blocos, fazendo com que enquanto desliza sobre os blocos o jogador precisará combater abominações monstruosas, lançar magias, saquear, explorar e subir de nível; mas se morrer voltará a despertar.

    Lost in Random

    Desenvolvido pela Eletronic Arts, o jogo Lost in Random é uma aventura de ação gótica inspirada em contos de fadas onde o destino de cada pessoa é determinado pelo resultado dos dados.

    This War of Mine: Final Cut

    Desenvolvido pela 11 Bit Studios, no jogo This War of Mine: Final Cut você não joga como um soldado de elite, mas como um grupo de cidadãos que está tentando sobreviver em uma cidade cercada; lutando contra a falta de comida e medicamentos e o constante perigo de franco-atiradores e saqueadores hostis.

    Trek to Yomi

    Desenvolvido pela Devolver Digital, o jogo Trek to Yomi um jovem samurai chamado Hiroki, prometeu ao seu mestre no leito da morte defender a aldeia e os residentes de qualquer ameaça. A braços com a tragédia e a promessa, o solitário samurai vê-se obrigado a viajar além da vida e da morte para meditar e decidir o rumo a tomar.

    Unsouled

    Desenvolvido pela NEOWIZ, no jogo Unsouled você assumirá o papel do Príncipe Caído em um RPG de ação 2D cheio de estilo e rápido. Lute em ambientes interativos e encontros cheios de adrenalina enquanto desvenda os mistérios por trás deste mundo repleto de mortos-vivos.


    O Xbox Game Pass possui mais de 100 jogos em seu catálogo com títulos que vão do Xbox 360 ao Xbox Series X e S, além de PC, permitindo que o jogador baixe os títulos ou até mesmo jogue-os na nuvem.

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    TBT #176 | Constantine: Cidade de Demônios (2018, Doug Murphy)

    Constantine: Cidade de Demônios é um filme que faz parte do Warverso e tem a direção de Doug Murphy e é o filme escolhido de hoje para relembrarmos no TBT.

    SINOPSE DE CONSTANTINE: CIDADE DE DEMÔNIOS

    John Constantine é um jovem roqueiro que tem muito interesse no ocultismo. Depois de anos de um trauma, ele tem que salvar a filha de seu melhor amigo, enfrentando um inimigo do seu passado obscuro.

    ANÁLISE

    O mago mais canastrão do universo DC sempre contou com histórias incríveis e macabras no selo Vertigo ao longo dos anos, nunca recebendo uma boa adaptação fora do universo das hqs.

    Quando os Novos 52 foram lançados em animações, o jogo virou para o personagem, uma vez que muitos filmes foram lançados, com uma excelente qualidade. Constantine acabou se tornando o protagonista de várias histórias e dentre elas está Constantine: Cidade de Demônios.

    O longa animado consegue trazer a essência do anti-herói, pois diferente do live action estrelado por Keanu Reeves (Matrix Ressurections), John é muito mais incisivo em ludibriar seus inimigos, sendo um trapaceador de primeira.

    Aqui, além do texto ser incrível, aprofundando a vida desregrada e cheia de problemas dele, com muitas pessoas sendo prejudicadas o caminho. A casca dura dele na verdade é uma forma de se defender e isso é abordado na obra.

    A qualidade gráfica é interessante, além de ter uma classificação etária maior que os demais longas do Warverso, contendo cenas de extrema violência, linguagem chula e sexo, tudo que faz parte das infames histórias de Constantine.

    O mais legal do filme é ver que o grande inimigo são os valores deturpados de nós, seres humanos, que somos meros instrumentos de demônios que estão à espreita para se aproveitarem de nossos erros.

    VEREDITO

    Constantine: Cidade de Demônios é uma carta de amor aos fãs do personagem, uma vez que traz o melhor dele contra não só adversário comum, e sim, uma cidade inteira corrompida pela ganância e corrupção, além de mostrar o quão quebrado o mago é por dentro.

    Nossa nota

    5,0/5,0

    Confira o trailer de Constantine: Cidade dos Demônios:

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    Constantine: Saiba tudo sobre o Hellblazer da DC

    Constantine: Conheça as melhores histórias do Hellblazer

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    CRÍTICA – Relic Hunters Rebels (2022, Rogue Snail)

    Desenvolvido pelo estúdio brasileiro indie Rogue Snail, Relic Hunters Rebels (Relic Hunters: Rebeldes, em português) é o primeiro jogo da franquia exclusivamente para celulares Android e iOS.

    Lançado globalmente em 3 de maio de 2022, o jogo está disponível gratuitamente para assinantes da Netflix e pode ser baixado através do app mobile da gigante do streaming.

    SINOPSE

    Neste shooter/looter/RPG, atire e corra através de níveis coloridos enquanto cria e atualiza dezenas de armas. Derrote o Império Ducan e traga paz a um planeta dividido.

    Jogue como quatro dos amados caçadores da franquia (Jimmy, Ace, Pinkyy e Raff) enquanto cria e coleciona 44 armas diferentes, cada uma com qualidades, afinidades e efeitos elementares únicos! Você precisará dessas armas especializadas para ajudar a combater patos e tartarugas espaciais enquanto tenta derrotar o malvado Império Ducan.

    ANÁLISE DE RELIC HUNTERS REBELS

    A Netflix Games, vertente gamer dentro do app mobile da Netflix, começa a fortalecer seu catálogo de jogos com Relic Hunters Rebels, uma importante adição que é motivo de orgulho para nós, povo brasileiro. A criação da Rogue Snail chama atenção de cara pelo colorido e pela interessante mobilidade.

    De fato, esse shooter + looter + RPG mobile entrega uma experiência que garante um bom divertimento pelo celular, especialmente para aquela viagem no ônibus ou durante aquele longo tempo esperando para ser atendido em algum lugar. Uma vez baixado, o jogo fica disponível para ser curtido offline.

    Eu joguei usando um iPhone 7 que já tem uns anos de vida e está com a bateria bem comprometida. E o primeiro ponto que me chamou atenção foi justamente a ótima otimização de Relic Hunters Rebels.

    Conheça o shooter / looter / RPG brasileiro Relic Hunters Rebels, disponível exclusivamente para assinantes da Netflix

    O consumo de energia da versão de lançamento foi muito baixo. Imagine que eu abro o Safari, e a bateria cai 4% imediatamente. Entretanto, minha primeira experiência jogando Relic Hunters Rebels foi por aproximadamente uma hora direto, e a bateria caiu uns 15% no período. Imagino que em celulares com a bateria maia nova, a experiência deve ser ainda melhor.

    Espero que isso se mantenha sempre.

    Outro ponto positivo é a evolução dos personagens e o upgrade no armamento. Iniciamos a aventura com Jimmy e, pouco a pouco, liberamos nossos companheiros, à medida que abrimos novas áreas no mapa.

    O grind é bastante agradável e conta com o estímulo de bônus diários para agilizar o progresso dos mais aficionados ou facilitar um pouco a aventura de quem joga pontualmente. Relic Hunters Rebels oferece ainda uma área do mapa chamada Patrulhas, em que as missões se renovam diariamente e também são fonte de recursos para aprimorar suas armas.

    Vale destacar também o design gráfico e a interface de usuário. As cores chamam bastante atenção, assim como os personagens são bastante carismáticos e cheios de identidade.

    O graphic design me lembrou o de Moonlighter Mobile, que por sinal será uma das adição ao catálogo da Netflix Games ainda em maio. Leia nossa crítica aqui para saber o que esperar do jogo!

    O grande desafio dos jogos para celulares é condensar informações e menus para que caibam na tela sem atrapalhar a experiência. Relic Hunters Rebels não precisa se preocupar, pois o fez isso muito bem.

    A interface de usuário bem distribuída e com elementos essenciais possibilita uma boa fluência para atirar e se locomover em cada fase. Entretanto, ela poderia ser ainda melhor se fosse compatível com um controle.

    Tentei jogar com o meu GameSir T4 Mini, mas apenas é possível controlar o personagem, sem atirar. Vi um relato nos comentários da App Store detalhando o mesmo comportamento. Espero que o pessoal da Rogue Snail consiga adicionar essa compatibilidade, pois tende a melhorar a experiência, especialmente para quem vai jogar dentro de casa.

    Conheça o shooter / looter / RPG brasileiro Relic Hunters Rebels, disponível exclusivamente no app mobile da Netflix para assinantes

    Outro ponto que poderia ser melhorado é o uso da linguagem neutra. A dublagem é em inglês, um idioma que formalmente conta com termos em gênero neutro, e as legendas estão disponíveis em diversos idiomas, inclusive português. No entanto, eventualmente a neutralidade é usada sem critério, com momentos em que um termo neutro é usado, e na sequência o mesmo personagem se refere a algo atribuindo um gênero.

    Isso não estraga a experiência do jogo em si, que está ótima, mas é um aspecto que pode ser melhor trabalhado em futuras atualizações.

    VEREDITO

    Relic Hunters Rebels, ou Relic Hunters: Rebeldes, é um jogo que orgulha a comunidade gamer brasileira.

    O primeiro representante nacional no catálogo da Netflix Games se destaca pelo colorido e pela experiência fluida, garantindo boas horas de diversão e uma ótima opção de entretenimento principalmente para quem está em trânsito ou em filas de espera.

    A equipe da Rogue Snail está de parabéns pelo jogo e por ter conquistado a oportunidade de ter um produto conhecido globalmente por meio do catálogo da Netflix!

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Relic Hunters Rebels:

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    CRÍTICA – Weird West (2022, Devolver Digital)

    Das mentes geniais do indie Wolfeye Studios, impulsionadas pela excelente Devolver Digital, surgiu Weird West. Lançado no dia 31 de março de 2022, chegou até nós no fim de abril e desde então tem gerado um rebuliço neste redator.

    É engraçado como o título expressa muito bem o que se pode esperar do jogo. Weird West nos lança em um Velho Oeste muito estranho. Estranho, aqui, usamos para definir exatamente o quão incomum e inesperado é o ambiente deste game.

    Weird West está disponível para PC, Xbox e PlayStation. Esta crítica foi baseada em uma experiência através do PC, utilizando mouse e teclado.

    SINOPSE

    Sobreviva e desvende os mistérios do Weird West através dos destinos entrelaçados de seus heróis incomuns em um simulador imersivo dos co-criadores de Dishonored e Prey.

    Descubra uma releitura de fantasia sombria do Velho Oeste, onde homens da lei e pistoleiros compartilham a fronteira com criaturas fantásticas.

    Viaje pela história de um grupo de heróis atípicos, transformados em lendas pelas decisões que você toma em uma terra implacável.

    Cada jornada é única e adaptada às ações realizadas – uma série de aventuras de alto risco, onde tudo conta e o mundo reage às escolhas que você faz. Forme um pelotão ou aventure-se sozinho em um confinamento sobrenatural do Weird West e torne cada lenda sua.

    ANÁLISE DE WEIRD WEST

    Antes mesmo do famoso Red Dead Redemption (Rockstar Games) ser lançado em 2010, eu já me aventurava por histórias do velho oeste com Gun (2005), da Neversoft e Call of Juarez (2007), da Ubisoft. Mas apesar da experiência prévia, confesso que nunca vi algo tão estranho quanto Weird West (perdão pela redundância). Talvez o que mais se aproximou tenha sido a DLC Undead Nightmare do game da Rockstar.

    Mas, ainda assim, o que vemos nesta obra do Wolfeye Studios é algo muito mais denso e impressionante. A ousadia de misturar a temática sobrenatural no Velho Oeste com uma trama bastante imbricada e variável é de assustar qualquer desenvolvedor de jogos mais conservador.

    Temática

    Em um Velho Oeste tão problemático quanto diverso, em meio a cultistas, criaturas fantásticas, aberrações e muito sangue, somos inseridos em uma sala com cinco retratos. Cinco silhuetas que estão ligadas por uma marca. Cada uma destas figuras são os personagens que controlamos à medida que a história avança.

    E é embebido em mistério e uma estranha magia que o jogo se desenrola. A história frequentemente oscila entre o horror e a sátira, com um sistema de decisões que importam para o destino de tudo no mundo de Weird West, dando um peso maior para cada passo neste vasto cenário.

    Jogabilidade

    Misturando elementos de RPG tático com ação em tempo real, e apesar de ter cenários limitados espacialmente, Weird West convida e muito à exploração. Mas é sempre bom lembrar que toda a escolha tem um preço. Ainda que o jogo ofereça uma liberdade quase irrestrita por seu mapa e cenários, ele adiciona em alguns casos e missões a restrição de tempo. Desta forma, o senso de urgência lapida a exploração, geralmente limitando a coletar apenas o necessário para seguir viagem.

    Das mentes geniais do indie Wolfeye Studios, impulsionadas pela excelente Devolver Digital, surgiu Weird West. Confira nossa análise.

    Com uma significativa variedade de armas e formas de combate, desde o mais agressivo ao mais furtivo, o jogo pode ser aproveitado da maneira que mais lhe convier. As teclas e atalhos para ações ou habilidades especiais, por serem muitas, são um pouco confusas no início, mas o aprendizado é gradual e compensa no avançar do jogo (talvez jogando pelo controle seja mais intuitivo).

    O jogo consiste em duas formas de interação. Uma em cenários, outra pelo mapa.

    Os cenários variam entre localizações fixas e preestabelecidas (ganhando um marcador no mapa ao serem descobertas) e os cenários de encontros aleatórios. Esses últimos são gerados ao acaso e proceduralmente, ainda que seguindo uma base limitada de presets para essa geração. Vale ressaltar que, desde o início da minha experiência até o momento desta crítica, já houve alguns patches de atualização em que foram lançadas novas opções para estes tipos de encontros.

    Árvore de habilidades, sistema de níveis e loot

    Ao contrário da maioria dos jogos de RPG, onde existe um sistema de experiência com base em eliminações ou conquistas, em Weird West ele está atrelado muito mais à exploração. O aumento de nível se dá através do encontro em Relíquias de Nimp e Ases Dourados. Cada uma influencia uma árvore diferente de habilidades.

    As Relíquias de Nimp, quando acumuladas, permitem o desbloqueio de habilidades específicas do personagem (classe) ou de armas. Estas só são aplicadas nos personagens de maneira isolada, ou seja, se mudarmos os personagem, estas habilidades não são transferidas.

    Por sua vez, os Ases Dourados, ou Ases de Espada Dourados, servem para desbloquear habilidades passivas, como velocidade enquanto agachado, quantidade de vida, altura do salto, e outras características semelhantes. Estas, ao contrário das anteriores, são compartilhadas com todos os personagens.

    A variedade de itens e suas qualidades é bastante vasta e podem influenciar bastante na sua gameplay. Neste caso, habilidades e itens convergem pelo fato de que tanto Relíquias ou Ases, como boas armas ou outros itens valiosos, podem ser encontrados nos lugares mais inusitados do Weird West. Desde um caixote jogado no meio da rua até a mesa de cabeceira de um sacerdote da igreja de uma pequena vila.

    O convite à exploração está feito.

    Arte da árvore de habilidades de Weird West

    Arte

    Com um estilo gráfico bastante arrojado, Weird West se destaca em seus traços cartunescos e com sua paleta de cores vivas, utilizando do improvável para criar combinações muito chamativas. O jogo de sombras e o trabalho de iluminação (que inclusive influencia na gameplay) colaboram com a trama densa para tornar o jogo ainda mais imersivo.

    Além disto, na medida exata, a trilha e os efeitos sonoros são fundamentais para dar o tom certo ao jogo. Como Weird West oscila muito entre o terror e o cômico, o que prepara para cada momento é justamente a trilha. Com elementos característicos de westerns, ela nos faz passear pelos vastos desertos com a tranquilidade de estarmos sozinhos no meio do nada, trazendo a sensação de que talvez não estejamos tão sozinhos assim.

    VEREDITO

    Trouxe em minha análise vários aspectos positivos na minha experiência em Weird West, mas não trouxe nenhum ponto negativo. Não digo que não houve (inclusive citarei alguns na sequência), mas nenhum deles conseguiu ter magnitude suficiente para ser tão relevante quanto os demais pontos da análise.

    O fato de mais um jogo indie ter uma boa tradução para o português brasileiro já dá muitos pontos a Weird West na minha lista (vocês sabem o quanto isso mexe comigo). Digo boa porque justamente um dos deslizes do game são alguns problemas de programação das variações idiomáticas, o que gera respostas de erro de console surgindo em meio ao texto da narrativa.

    Algumas vezes também me deparei com alguns bugs da inteligência artificial. Seja ela me identificando através de paredes sem janelas enquanto andava furtivamente ou também eu no meio de um tiroteio passando totalmente despercebido.

    São situações bastante estranhas, mas é o Weird West, não? Brincadeira. Não vou passar esse pano assim. Mas esses bugs não atrapalham tanto porque depois do primeiro, comecei a usar mais seguido o salvamento automático e sempre que rolava algum problema, resetava e seguia.

    Os vários bugs poderiam ser um problema e derrubar bastante a minha avaliação para este game. Porém, perceber que a equipe está empenhada em trazer atualizações e otimizações, buscando ouvir a comunidade e manter o jogo vivo, renova as esperanças.

    Enfim, Weird West é um jogo com qualidade muito acima da média, oferecendo uma gameplay de pelo menos 15 horas, podendo chegar tranquilamente ao dobro caso queira explorar bem o mundo e suas missões secundárias.

    Em termos de valores, o jogo em seu preço cheio beira os R$ 100 em suas versões para o PC, e chega a variar entre R$ 150 (Xbox) e R$ 200 (PS) nos consoles. Vale lembrar que atualmente existem promoções no Steam para o game, além do mesmo estar também disponível no Game Pass.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer de Weird West:

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