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    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Finalmente chegamos ao último episódio de Lovecraft Country. Intitulado Full Circle, a season finale traz as resoluções sobre o Livro dos Nomes e do ritual em Ardham.

    Esse texto terá spoilers do episódio. Leia por sua conta e risco.

    SINOPSE

    Depois de descobrir as origens do Livro dos Nomes, o grupo de heróis retorna a Ardham para lançar o feitiço final.

    LEIA TAMBÉM:

    Lovecraft Country: Análise e referências

    Episódio 9 Rewind 1921

    Episódio 8 – Jig-A-Bobo

    Episódio 7 – I Am

    Episódio 6 – Meet Me In Daegu

    Episódio 5 – Strange Case

    Episódio 4 – A History of Violence

    Episódio 3 – Holy Ghost

    Episódio 2 – Whitey’s on the Moon

    Episódio 1 – Sundown

    ANÁLISE

    Em Full Circle partimos exatamente do momento em que o episódio Rewind 1921 terminou. Tic (Jonathan Majors), Leti (Jurnee Smollett), Hippolyta (Aunjanue Ellis) e Montrose (Michael Kenneth Williams) retornam de sua missão em Mayfield em busca do Livro dos Nomes para salvar Dee (Jada Harris) da maldição de Lancaster (Mac Brandt).

    Logo quando eles entram na casa de Lyta, podemos observar que Dee está se transformando em Topsy, a menininha que a perseguiu durante o episódio Jig-A-Bobo. A maldição, então, está novamente em seu ápice e em breve será o fim para Dee.

    Eles colocam o Livro dos Nomes em cima de uma cômoda, e Tic conjura o feitiço entregue por Hattie (Regina Taylor) para Leti no episódio anterior. As palavras proferidas por Tic são:

    “Pelo derramamento de sangue, um voto e um decreto. Coagulo todos os poderes essenciais à nossa necessidade.”

    Assim que o livro é aberto, as páginas se movimentam, parando naquela que possui a marca de nascença de Tic. Nessa hora, tanto ele quanto Leti desmaiam, levando Lyta e Montrose ao desespero.

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Ambos acordam em locais distintos. Tic encontra Hanna (Joaquina Kalukango) na hospedaria de Ardham enquanto Leti acorda em Tulsa na casa de Hattie. Durante uma breve explanação, fica claro que o destino de Tic será salvar a todos por meio de seu sacrifício. Por sua vez, Leti ficará encarregada de cuidar do legado da família Freeman pelas próximas gerações.

    É interessante a força dos ancestrais neste arco final de Lovecraft Country. Hanna sempre apareceu pontualmente ao longo de toda a temporada, mas não havia ainda, de fato, adquirido voz e explicado o seu lado da história. 

    Durante todos esses anos, ela esteve em um local reservado, como um santuário para a sua família, estudando o Livro dos Nomes e criando um feitiço que pudesse acabar de vez com a maldição que os perseguia. 

    A marca de nascença herdada por Tic – e que também será herdada por seu filho – nada mais é do que um feitiço que os mantém invisíveis para os Braithwhite, pois essa família sempre irá atrás dos descendentes para finalizar seus planos e feitiços. Isso explicaria por que eles foram atrás de Montrose (já que não conseguiam encontrar Tic).

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Toda a explicação de Hanna sobre o fogo que os cerca nesse plano espiritual vai ao encontro do poema Catch a Fire utilizado no episódio 9. Tudo está amplamente conectado e podemos perceber o cuidado de Misha Green – junto com sua equipe – na construção do roteiro de cada capítulo.

    Há também símbolos escondidos em cada um dos cenários que Tic e Leti contemplam no santuário. De acordo com o roteiro da série (disponibilizado pelo HBO Extras), o fogo ancestral de Hanna cai pelas janelas, iluminando os símbolos de sangue, proteção e tempo feitos com giz na parede e nos pisos. Esses símbolos são a marca de nascença de Tic, o símbolo da Ordem do Antigo Alvorecer e o símbolo do tempo foi mostrado na cena de Lancaster no episódio 9.

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Logo após as explanações feitas por Hanna e Hattie, Tic é transportado para o apartamento de seu pai em Chicago. É lá que ele reencontra sua mãe, Dora (Erica Tazel), em uma cena extremamente emocional e profunda. O encontro com a sua mãe aflora seus sentimentos, mostrando pela primeira vez um lado mais vulnerável de Tic.

    Ele claramente não quer morrer, mas já sabe que essa não é uma escolha. Dora explica a ele que às vezes sacrifícios como esses são necessários. É um diálogo muito triste, mas a situação acaba sendo mais fácil quando se tem uma mãe ao lado para dar força.

    Tic e Dora encontram Hattie e Leti. Tic explica a situação de Dee, e todos se unem para um grande feitiço que possa salvar a menina. As palavras proferidas por todos são:

    “Faça com que o seu domínio seja meu. A fonte da água e o poder do ar para controlar o tempo sejam meus.”

    No mundo real, Lyta e Montrose percebem que Dee está deixando de ser Topsy e voltando ao normal. Assim que a menina acorda, Tic e Leti também voltam de sua jornada espiritual. Leti sai correndo para anotar o feitiço, enquanto Tic explica para Montrose que encontrou Dora.

    Infelizmente, Dee retorna com sequelas. Devido ao tempo em que a maldição permaneceu em seu corpo, seu braço não voltou ao normal, mantendo a aparência cadavérica e não se movimentando mais da mesma forma que antigamente. Apesar de viva, Dee não está saudável nem física e nem mentalmente. 

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Aqui o arco de Dee e Lyta segue separado, durante um certo tempo, do resto do grupo. Enquanto isso, Montrose conversa com Tic e Leti na cozinha sobre o feitiço que eles terão que fazer para prender Christina (Abbey Lee) para fora da magia para sempre. Montrose é completamente contra o sacrifício de Tic, mas Tic mente que não irá morrer – e Leti sustenta o segredo.

    Leti e Tic se organizam para fazer a primeira parte do feitiço que impedirá Christina de se tornar imortal. Antes de pegarem o elevador da casa Winthrop e refazerem o caminho de volta ao museu de Boston – aquele trajeto do episódio A History of Violence – Tic dá um tchauzinho para seu Shoggoth que encontrou um abrigo seguro na casa. 

    No elevador, o casal tem um momento de emoção enquanto desce os andares rumo aos túneis repletos de água. Foi nesse elevador que eles firmaram seu compromisso nessa jornada e é através dele que eles começam o caminho para o grande fim.

    Chegando ao centro dos túneis, embaixo do museu de Boston, Tic e Leti desenham um círculo de sal e começam a conjurar a primeira parte de seu plano. Eles trazem de volta Titus Braithwhite (Michael Rose) e precisam retirar uma parte de seu corpo para o feitiço. Eles tentam na primeira vez e falham, permitindo que Titus saia do círculo, encontre Christina e conte que o grupo está com o Livro dos Nomes.

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Eles retomam o feitiço com a ajuda dos ancestrais e trazem Titus de volta. É nessa hora que Hanna encara Titus, seu grande demônio, o distraindo e permitindo que Tic o ataque, retirando uma parte de carne e pele necessária para o feitiço. Agora eles só precisam de pele e sangue de Christina e a única que pode ajudá-los a conseguir é Ruby (Wunmi Mosaku).

    Retornamos a casa de Lyta e a vemos conversando com Dee. Dee fala que foi abandonada por sua mãe, que estava sozinha e que ninguém a protegeu. O resultado é um braço sem vida e diversos traumas causados pelos acontecimentos das últimas semanas. Lyta tenta explicar para Dee onde estava e tudo o que aconteceu, mas ela não está muito para conversa.

    A rápida aparição de Titus para Christina é o suficiente para que ela vá até a casa de Lyta e faça um grande discurso para o grupo sobre as famílias “não estarem em guerra”. Claro que não estão! Os Braithwhite estão apenas matando e perseguindo os Freeman há anos, mas claramente não é uma guerra…

    O monólogo de Christina é tão ridículo que retrata muito bem a soberba e falta de bom senso da personagem. Ela fala para o grupo que não é nada “pessoal” ela querer matar Tic, é apenas uma consequência de um feitiço que ela quer fazer. Na cabeça de Christina, as pessoas precisam se curvar aos seus interesses e de sua família, afinal, são uma “raça” superior. 

    A loira sugere que o grupo entregue a ela o Livro dos Nomes, facilitando assim que ela encontre (talvez) uma outra solução que não a obrigue a matar Tic. Com a negativa do grupo, Christina retira a marca de Caim de Leti em uma atitude infantil e mimada, permitindo assim que Leti se torne vulnerável novamente.

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Para se proteger, o grupo se locomove para a casa Winthrop, que segue selada pelo sangue de cordeiro nas portas e janelas. É possível ver rapidamente as consequências do ataque ocorrido no episódio 8, quando o Shoggoth de Tic assassinou vários policiais no bairro: os brancos supremacistas que viviam na vizinhança se mudaram, dando espaço para famílias negras ocuparem a região.

    A partir daqui, tudo se torna uma grande sucessão de acontecimentos. Eu acredito que esse episódio poderia, facilmente, ser dividido em dois. No episódio 9 não se imaginava que o feitiço para impedir Christina de se tornar imortal seria tão trabalhoso e demandaria tantas ações a ponto de, literalmente, termos cenas que duram poucos minutos apenas para contextualização do que acontecerá mais pra frente.

    Se esse episódio fosse dividido em duas partes – com um gancho para os acontecimentos em Ardham se desenrolarem no último episódio – seria coerente e melhor aproveitado do que a forma como ele foi montado e executado. Fica ainda mais evidente essa deficiência da conclusão quando colocamos o episódio ao lado de Meet Me In Daegu, I Am e o próprio Rewind 1921.

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Comecemos então com o desenrolar de Tic telefonando para Ji-Ah (Jamie Chung). Descobrimos que Tic sabe que ela está hospedada no Hotel Drake, apesar de isso não ser mencionado em nenhum momento do seriado. Ele marca um encontro com ela no bar do hotel.

    Os ex-namorados se encontram e conversam sobre sua antiga relação. Tic pede desculpas e diz que o que eles tiveram foi sim real e que ele só tinha muito medo para admitir. Ji-Ah explica que sua mãe faleceu e ela ficou sem ninguém, sentindo que havia perdido todos os seus sentimentos. A conversa entre ambos é satisfatória dentro do contexto do seriado e serve para trazer Ji-Ah à missão em Ardham.

    Paralelamente, Ruby e Leti se encontram no cemitério, mais precisamente no túmulo de sua mãe. Como elas marcaram esse encontro nós não sabemos, visto que Ruby estava vivendo na casa de Christina durante os últimos episódios. 

    Leti explica que está com o Livro dos Nomes e que, para se salvarem de Christina, eles precisam conjurar um feitiço que utiliza sangue e pele da loirinha. Ela tenta apelar para o emocional de Ruby dizendo que a família deve permanecer unida, porém, a princípio, a irmã não aceita tão facilmente as resoluções de Leti e retorna para a mansão de Christina.

    Na casa Winthrop, Lyta entrega para Dee uma história em quadrinhos desenhada por ela e baseada na personagem Orythia Blue. Ela explica como aprendeu a desenhar tão bem em sua “uma semana” desaparecida e expõe algumas questões relacionadas ao tempo e espaço. Isso tudo acontece antes de Lyta mostrar a Dee algo que nós não conseguimos ver na cena (mas, mais pra frente, descobrimos se tratar de uma mesa de cirurgia com tecnologia avançada).

    Ruby retorna à mansão Braithwhite e encontra Christina trabalhando em seu feitiço. Elas conversam um pouco e Christina fala das diversas variáveis que podem fazer um feitiço funcionar ou falhar. Ela também monta a arapuca perfeita para Ruby: um frasco com suas unhas, pele e sangue. O desenrolar da situação toda é um momento romântico entre Christina e Ruby – sem William no meio desta vez.

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Leti pede a Tic que aceite ser batizado para que Deus possa protegê-lo durante sua jornada. Ele aceita e vemos um momento bem bacana entre os dois, algo que há muitos episódios não conseguimos presenciar. Ambos aceitam seu destino naquele momento, e a química de Jonathan Majors e Jurnee Smollett é potencializada em cena.

    O grupo (acrescido de Ji-Ah) se prepara para ir a Ardham quando tem uma surpresa: Ruby aparece com o item necessário para o feitiço contra Christina. As irmãs se abraçam e todos entram no carro. Durante aquele período de deslocamento, todos tentam deixar o clima o mais ameno, sem pensar no destino que espera por eles ao chegarem na hospedaria abandonada.

    Ao chegarem lá, Tic toma o sangue de Christina e come a parte que arrancou do corpo de Titus Braithwhite, enquanto Montrose coloca sal no chão da floresta. Lyta e Ji-Ah estão colocando símbolos de morte com o sangue de Tic no túnel na entrada de Ardham enquanto Ruby e Leti fazem o mesmo no topo da torre.

    Aqui ficam vários pontos em abertos. Por que esses símbolos estão sendo largados assim em vários pontos que não parecem ter proximidade com o local do ritual? O que representa marcar esses locais? Por que o sal é espalhado na floresta?

    Outro ponto sem grandes explicações está relacionado ao plot twist de que Ruby é, na verdade, Christina disfarçada. Normalmente a poção de transformação possui um limite de tempo e, obviamente, a viagem para Ardham leva um bom tempo de deslocamento. Sendo assim, quando Christina conseguiu retocar a poção sem ser vista pelo grupo dentro do carro?

    Christina e Leti lutam no topo da torre após Christina fazer a revelação de que Ruby está morta. Na verdade, nós sabemos que ela está apenas em coma induzido, pois William e Dell também estão dessa forma há algum tempo. Eles não podem morrer ou não haverá poção de metamorfose. O fato de Ruby estar em coma abre possibilidades para uma possível próxima temporada – ainda mais com o Livro dos Nomes em mãos.

    No fim, Christina arremessa Leti para fora da torre, devolvendo a ela (durante a queda) a marca de Caim e evitando sua morte. No roteiro citado no HBO Extras é dito que essa atitude de Christina se deve ao fato dela ter prometido à Ruby que não machucaria a sua irmã. Entretanto, acredito que possa ser também uma apólice de seguro caso o feitiço não funcionasse com Tic. Assim ela poderia utilizar outro Freeman no futuro…

    Paralelamente, os brancos extremistas que vivem em torno da hospedaria levam Tic até o local do sacrifício. Outros deles encontram Montrose, Ji-Ah e Lyta e começam um ataque desenfreado. Após apanharem muito, os três são levados ao mesmo local onde Tic está.

    Christina chega vestida de branco com o Livro dos Nomes embaixo do braço. Tic percebe que Leti não voltou junto com os outros capturados e começa a chorar. O ritual acontece, Tic é assassinado e Christina consegue a tão sonhada imortalidade.

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Nessa hora Leti acorda, sai correndo e enfrenta Christina. Ela começa o feitiço que aprendeu com os ancestrais para transformar Christina em mortal e selar todos os brancos para fora do universo da magia. Percebendo que o feitiço não está funcionando, Ji-Ah se coloca em meio ao caos, ativando suas caudas e conectando Christina a Tic

    Neste momento são exibidas memórias de Tic e Christina. Vemos Tic apresentando Shoggoth para Dee (o bichinho a salva de outro Shoggoth na floresta); Tic entregando a carta para Lyta; o batismo de Tic; Ruby sendo pega por Christina e depois em coma deitada em uma maca no porão; e aquela mesa cirúrgica que mencionamos anteriormente.

    O feitiço de Leti funciona, e Christina se torna mortal outra vez. Montrose acorda e vê que o filho mentiu para ele, já que havia dito que não morreria durante o ritual. É nessa hora que Lyta entrega a carta de Tic para Montrose – aquela que vimos em suas memórias.

    O grupo carrega o corpo de Tic de volta para o carro com um voiceover da carta acompanhando a cena. Posteriormente, Dee encontra Christina presa nos destroços e temos mais uma revelação: seu braço foi trocado por um braço mecânico. Ela e o Shoggoth resolvem finalizar Christina de uma vez por todas, evitando futuros problemas.

    A cena é extremamente tensa e poderosa, deixando uma grande brecha para o futuro de Dee no seriado – caso haja uma segunda temporada. Ela é muito jovem e passou por muitas coisas, mas um ponto é certo: ela não vai deixar mais ninguém a colocar em risco.

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Acho que o nome Full Circle, que significa círculo completo, faz todo o sentido dentro do contexto da temporada. Além de ser o fim do primeiro ano –  um fechamento -, nós vemos os personagens retornarem ao local de partida da jornada (Ardham), mas de uma forma completamente diferente de quando chegaram lá. 

    Tic deixa de ser apenas um ex-soldado com a missão de encontrar seu pai para se tornar um herói para o seu povo. Leti deixa de ser apenas uma rebelde para se tornar a detentora e protetora de toda a magia. 

    Outro ciclo fechado é o de Ji-Ah e Tic. O encontro dos dois em meio a tantas possibilidades obviamente não foi por acaso, além do fato de Ji-Ah só conseguir prever a morte dele. Todos os acontecimentos na vida de ambos levaram até aquele momento, onde ela ajudou a salvar a todos, mesmo sem impedir a morte de Tic.

    O ciclo também se fecha se pensarmos na perspectiva de Montrose. Ele não é mais o homem mesquinho e egoísta que conhecemos, ele verdadeiramente se tornou alguém melhor e mostrou amor e respeito por seu filho. E, assim como o próprio Tic fala em sua carta, Montrose agora tem a chance de ser o pai (e avô) que sempre sonhou, não repetindo os erros do passado. 

    Toda a questão de Tic ser batizado e se sacrificar por seu povo, tal qual Jesus fez nas histórias católicas, representa uma grande parte do final de Lovecraft Country, pois tudo começou com o sonho de Samuel de alcançar o Jardim do Éden e se tornar imortal. 

    Christina fez coisas terríveis, colocou seu bem-estar acima do de qualquer outra pessoa e não fez nenhum sacrifício para chegar onde chegou, sempre privilegiada por sua cor e suas riquezas. Seu destino não poderia ser outro além da ira divina, não é mesmo?

    REFERÊNCIAS

    Full Circle não tem lá muitas referências. Afinal, era um episódio de fechamento e foi extremamente corrido em seus acontecimentos. Mesmo assim, encontramos algumas coisas que podem ser de seu interesse!

    Na carta que Tic deixou para Montrose, o verso que ele cita é retirado de O Conde de Monte Cristo, livro que foi mencionado durante quase toda a temporada e que era o favorito de Montrose. A citação é a seguinte:

    “Não há felicidade ou miséria no mundo; existe apenas a comparação de um estado com outro, nada mais. Aquele que sentiu a mais profunda dor é melhor capaz de experienciar a suprema felicidade.”

    No episódio Jig-A-Bobo, Montrose comenta que quem entregou o livro de Lovecraft Country para Tic foi uma criatura do futuro com um braço mecânico. Bem… quem tem um braço mecânico e aparece no final da temporada? 

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Nos primeiros episódios da série, Ruby fala mal da música Sh-Boom (The Chords), a mesma que o grupo canta durante a viagem de carro para Ardham. Parece que a resposta para a impostora Among Us estava na cara o tempo todo.

    No aplicativo HBO Extras é dito que, após Leti selar todas as pessoas brancas para fora da magia, magos e feiticeiros brancos espalhados pelo mundo começam a sentir seus poderes enfraquecerem. Essa cena não está no corte final da série, mas serve para sabermos que o feitiço serviu para todas as pessoas

    VEREDITO

    Lovecraft Country: Episódio 10 – Full Circle | Análise e referências

    Para uma temporada com diversos episódios impecáveis, Full Circle deixa um gostinho de que poderia ter sido melhor executado – ou com um tempo melhor aproveitado. Como já mencionado, se esse episódio fosse dividido em dois, talvez a sensação de “colcha de retalhos” fosse minimizada e tivéssemos ganchos interessantíssimos entre um episódio e outro.

    Mesmo assim, o episódio cumpre seu papel em encerrar uma ótima temporada, que teve episódios incríveis e de extrema qualidade. Minha opinião pessoal é que essa série possua uma única temporada, finalizando aqui essa ótima jornada.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

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    CRÍTICA – Não Vamos Pagar Nada (2020, João Fonseca)

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    João Fonseca – que foi diretor de espetáculos musicais como Tim Maia e Cazuza – tem sua estreia no cinema com Não Vamos Pagar Nada, uma adaptação da peça Non si paga! Non si paga!, de 1974, escrita pelo italiano Dario Fo, falecido em 2016.

    O longa da Globo Filmes chegou ao Telecine na última quinta-feira (15) e conta em seu elenco com nomes como Samantha Schmütz, Edmilson Filho, Flávia Reis, Leandro Soares, Fernando Caruso, Flávio Bauraqui, Paulinho Serra e o músico Criolo.

    SINOPSE

    Antônia (Samantha Schmütz) está desempregada e com dificuldades para comprar o básico. Quando vai ao mercado e descobre que os preços aumentaram, faz uma verdadeira revolução e todos levam os produtos sem pagar. Agora, ela precisa esconder o crime do marido João (Edmilson Filho) e da polícia (Fernando Caruso e Flávio Bauraqui), contando com a ajuda de sua melhor amiga Margarida (Flavia Reis) para resolver a confusão que causou.

    ANÁLISE

    Não Vamos Pagar Nada é um verdadeiro retrato da realidade de muitos brasileiros atualmente. Com o arroz e feijão se tornando “comida de rico” na vida real, todo o primeiro ato envolvendo o mercado e a revolução dos consumidores é envolto de um humor ácido que nos faz rir do absurdo. O clássico: “rindo pra não chorar” que muitos encaram em suas vidas.

    Por outro lado, o segundo e terceiro ato do longa são corridos e contam com personagens desinteressantes.

    VEREDITO

    Da esquerda para a direita: Edmilson Filho, Samantha Schmütz, Fernando Caruso e Flávio Bauraqui.

    Aqui temos uma boa dose de humor e Samantha Schmütz brilha em seu filme, mas o talento da atriz que já é conhecida pelo público por personagens marcantes como Juninho Play (Zorra Total) e Jéssica (Vai Que Cola) não é o suficiente para carregar o longa de João Fonseca por 1h25min.

    Os diálogos de Antônia com o investigador da Polícia Civil, vivido por Fernando Caruso dão a impressão de que todas as falas são no improviso; e o notório entrosamento dos atores muito provavelmente é graças aos muitos trabalhos que eles compartilham, incluindo Vai Que Cola.

    Por outro lado, os diálogos entre os atores João (Edmilson Filho) e o soldado da Polícia Militar (Flávio Bauraqui) beiram as dramatizações do finado programa de TV educacional Telecurso (1978-2014); o que é uma lástima e desperdício de talento, como o do premiado Bauraqui que possui um extenso currículo seja no teatro, cinema ou TV.

    Por falar em desperdício de talento, Paulinho Serra é outro nome que merecia mais tempo de tela e um roteiro melhor. O ator que dispensa apresentações, é o melhor açougueiro super coadjuvante que o longa poderia ter.

    Apesar de Leandro Soares me fazer reviver a época de quando eu assistia a série Morando Sozinho (2010-2012), do Multishow; seu personagem Luís, melhor amigo de João, não possui química com o colega de cena e não transmite veracidade. Uma pena.

    Não Vamos Pagar Nada é mais uma tentativa de fazer paródia com a realidade do país, infelizmente o filme escorrega em alguma casca de banana nas cenas finais do mercado e desanda.

    Nossa nota

    Assista ao trailer:

    E você, já assistiu ao lançamento do Telecine? Deixe seus comentários. E lembre-se de não desistir do cinema nacional! Por isso, leia também:

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    Vingadores: Outra heroína se torna o Punho de Ferro

    Em “A Era de Khonshu”, o Cavaleiro da Lua ajudou seu deus a controlar o mundo e refazê-lo a sua própria imagem. Tudo começou quando o Cavaleiro da Lua lutou contra alguns dos super-heróis mais poderosos como o Punho de Ferro, Doutor Estranho e Motoqueiro Fantasma. Ele roubou um pouco de seus poderes e os transferiu para ankhs que ele então deu para Khonshu. Apesar da deidade ter feito tudo isso em uma tentativa distorcida para salvar o mundo de Mephisto, os Vingadores tem lutado para evitar que Khonshu pegue o resto do poder que ele precisa do filho do Estigma.

    Agora, em Vingadores #37, “A Era de Khonshu” conta a história enquanto os heróis mais poderosos finalmente se reúnem para derrotar o Deus da Lua. Seu sucesso é em grande parte, graças a um power-up que transforma Jennifer Walters, também conhecida como She-Hulk, na nova Punho de Ferro da Marvel.

    Punho de Ferro

    No fim de “A Era de Khonshu”, o poder do deus da lua é alimentado pelos três ankhs em seu pescoço, que o dá a habilidade combinada do Mago Supremo, do Punho de Ferro e do Espírito de Vingança. Apesar de inicialmente o termos visto indo atrás do filho do Estigma, ele é rapidamente derrubado para a Terra por um Cavaleiro da Lua com o poder da Força Fênix. Então, pouco depois de seu retorno, Khonshu enfrenta novamente o Pantera Negra.

    O Rei de Wakanda tem uma conexão com os poderes aprisionados dentro do ankhs de Khonshu, que o permite roubar um dos colares da deidade.

    Com Khonshun derrotado, o Pantera Negra reagrupa com Capitão América, Blade e She-Hulk e agora está nas mãos deles derrotarem o exército do Deus da Lua de uma vez por todas. E para ajudar nisso, o Pantera Negra dá a Blade e She-Hulk os ankhs de Doutor Estranho e Punho de Ferro.

    Com o colar, Blade se transforma no Mago Supremo enquanto Jennifer Walters se torna a Punho de Ferro.

    Punho de Ferro

    O Punho de Ferro é uma energia mística que normalmente pertence a Danny Rand. Com esse poder, Danny é capaz de canalizar sua energia interna para lançar poderosos golpes que podem atravessar objetos sólidos. O poder é tão antigo quanto a própria Terra, já que o Punho de Ferro original foi membro dos Vingadores 1.000.000 aC. O poder do Punho de Ferro teve muitos portadores ao longo dos anos, e agora a She-Hulk se tornou a última.

    Com o ankh do Punho de Ferro ao redor de seu pescoço, a She-Hulk ganha um novo visual: o símbolo do Punho de Ferro brilha dourado em seu peito, e seus punhos esmeraldas agora possuem o poder de Shou-Lao. A She-Hulk por si só, já é uma personagem poderosa que se mostra quase imparável. Na verdade, socar coisas é sua especialidade – a gora, com as habilidades do Punho de Ferro, seus socos se tornaram ainda mais poderosos.

    A Hulk Punho de Ferro luta ao lado de Blade, como o Mago Supremo e juntos, eles lutam contra o exército de Khonshu. Quando a luta acaba, a She-Hulk descarta o ankh, e ela então retorna a seu estado normal. É uma transformação breve, mas é incrível vê-la utilizando o poder milenar.

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    Vixen: Warner está desenvolvendo um projeto para a personagem da DC

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    De acordo com o The GWW, a Warner Bros. está no início do desenvolvimento de um projeto de filme com Vixen como personagem principal. No entanto, o filme pode acabar na HBO Max devido ao atraso atual de filmes da DC por conta da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19).

    Uma fonte adicional afirma que a Warner Bros. Pictures está procurando replicar o sucesso do Pantera Negra da Marvel Studios, acreditando que Vixen pode ter um impacto semelhante.

    Criada por Gerry Conway e Bob Oksner, Mari McCabe/Vixen estreou na Action Comics #521 em 1981. A personagem possui o Totem Tantu, que foi passado de geração em geração por seus ancestrais e permite que seu usuário domine os espíritos – e habilidades – dos animais.

    Vixen atuou em várias encarnações da Liga da Justiça, incluindo Justice League Detroit e Justice League International.

    Vixen também já apareceu em algumas animações, especialmente Liga da Justiça Sem Limites, onde foi dublada por Gina Torres, na versão americana.

    Megalyn Echikunwoke retratou Vixen em uma minissérie animada e mais tarde reprisou o papel em live action para Arrow, com Maisie Richardson-Sellers interpretando sua avó Amaya em Legends of Tomorrow.

    LEIA TAMBÉM:

    DC Comics: 10 personagens femininas que merecem um filme solo



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    CRÍTICA | The Third Day: Episodio 5 – Tuesday – The Daughter

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    Com o penúltimo episódio de The Third Day intitulado Tuesday – The Daughter sendo exibido na última segunda-feira (16/10), a série da HBO caminha para o seu final. A direção fica por conta de Philippa Lowthorpe com criação de Dennis Kelly.

    SINOPSE

    CRÍTICA | The Third Day: Episodio 4 - Monday - The MotherHelen (Naomie Harris) pergunta por Sam (Jude Law) aos ilhéus, no entanto, todos mentem dizendo que ele não esteve em Osea. Enquanto isso, Jess (Katherine Waterston) entra em trabalho de parto e a única que pode ajudar é Helen. Ellie (Nico Parker) é levada por Kail (Freya Allan) a conhecer os mistérios da ilha.

    ANÁLISE

    No quinto episódio de The Third Day, Naomie Harris brilha e garante o estrelato da série ao lado de Jude Law.

    Que a HBO sabe escalar seus atores não é segredo para ninguém, sendo assim, o que impõe o peso desses personagens é o fato dessas atuações serem totalmente auto suficientes. Ou seja, em Tuesday – The Daughter,  Harris e Katherine Waterston poderiam muito bem fazer um monólogo de suas personagens que seria de bom grado.

    Dessa maneira, ao longo do episódio vemos Helen ter diferentes reações à medida que vai interagindo com os habitantes da ilha. Após ajudar Jess que está em trabalho de parto, Helen foca em sua missão de achar Sam perguntando aos Martins (Emily Watson e Paddy Considine).

    No entanto, o casal novamente mente dizendo que Sam nunca esteve na ilha e depois desmente relatando que Sam esteve no local, teve um relacionamento romântico com uma mulher e foi embora. Chega a ser cansativo todas as mentiras contadas em Osea, mas a situação colabora para provocar os mais diversos sentimentos em Helen.

    Logo, Helen quase desiste de achar Sam, mas eis que Jess foge da casa dos Martins e todos na ilha precisam procurar pela mulher que está prestes a dar a luz. Nesse sentido, a divisão entre os ilhéus cresce a todo instante, Sam parece ter aberto uma cratera na pequena comunidade abalando o sistema da ilha. Quando Osea está mal, o mundo inteiro está mal.

    Helen e um homem misterioso chamado Cowboy (Paul Kaye) saem em busca de Jess. Já exausta de Osea (Helen não tem a mesma paciência que Sam) e pressionada pelo homem para falar sobre Nathan, seu filho “assassinado” que o homem insiste em chamar de “anjo”, Helen explode em uma mistura de tristeza e frustração. Imaginem quanta pressão deve sentir uma mulher com três crianças e um marido com surtos psicóticos, para ser a mãe e a esposa perfeita.

    Mas, Helen é crua e direta: Nathan era uma criança difícil, raivosa e violenta. O garoto não era um anjo como a mídia noticiou e Helen tão pouco é a mãe perfeita, já que ela havia perdido seu filho. Para piorar, em sua última conversa com Nathan, Helen desejou que ele nunca tivesse nascido. É um enorme peso para se carregar e não existe nenhum lado bonito nisso.

    Sendo assim, um pouco antes de deixar a ilha, Helen encontra Jess tentando entrar no mar. Sempre excitante, pois Helen quer manter sua palavra de não se envolver nos problemas de Osea, ela decide ajudá-la por pura benevolência. A cena do parto revela o porque esse episódio ser um dos melhores, até então.

    Fortes atuações

    CRÍTICA | The Third Day: Episódio 3 - Sunday - The GhostJess dá a luz a um menina que segundo a mãe irá reconciliar a ilha. A sequência é emocionalmente com ambas chorando pelo nascimento, porém, ao Jess revelar que Sam é o pai e que ele está na casa grande da ilha há uma mudança de sentimentos.

    É nesse momento que a câmera da diretora Philippa Lowthorpe utiliza um close-up para mostrar o exato momento em que as lágrimas de alegria de Helen pela cena do parto se transformam em lágrimas de choque e tristeza. Seu sorriso se contrai e os olhos, antes cheios de amor e felicidade, ficam vazios com toda traição e raiva girando em sua mente.

    Jess, então, pede a Helen para chamar Sam na casa, para ver sua filha recém nascida. Helen se contém e com toda serenidade diz que irá atrás do pai. Logo, ela deixa Ellie e Lu (Charlotte Gairdner Mihell) encarregadas de cuidar de Jess. Seria no mínimo estranho que Helen abandonasse suas filhas, mas seu empenho de encontrar Sam se torna uma obrigação.

    Deixar as meninas para trás não foi a melhor escolha. Ellie é levada por Kail, a filha mais velha de Jess, para conhecer uma caverna subterrânea. A jovem misteriosa conta a Ellie que o local era um refúgio para os ilhéus perseguidos que vinham fazer seus ritos religiosos.

    Assim como os habitantes de Osea, Kail relata que a ilha é o coração do mundo e que ela está em grande desequilíbrio. Kail tem claras intenções de seduzir Ellie com histórias dos antigos deuses. Já que além de se sentir deslocada em seu mundo, a garota tem um grande interesse pela religião.

    Para Lu que ficou com Jess há momentos de aproximação por conta da recém nascida. Mas, o ambiente amistoso logo fica assustador. Após Lu, deixar escapar que Nathan era seu irmão (Helen havia pedido que as meninas não falassem nada), Jess vê uma ameaça a linha de sucessão de sua filha e saca uma faca. Sua expressão antes de condescendente se transforma em um sorriso psicótico para uma criança de nove anos. No entanto, Lu consegue escapar do lugar.

    O quinto episódio de The Third Day termina com Helen caminhando pela praia e ao ver a Casa Grande ouve alguém chamar. Sam está no cais, com roupas brancas similar às usadas pelo Pai da ilha e com o cabelo grande e desgrenhado. Sua expressão é de alguém sem perspectiva e totalmente inerte. A jornada de Helen finalmente termina.

    VEREDITO

    Helen ainda tem muitas questões e mistérios pela frente, no entanto, Tuesday – The Daughter se consagra como um episódio sucinto e com uma ótima narrativa.

    O roteiro tem todo o trabalho de levar os personagens de um ponto à outro, enquanto a direção faz um ótimo trabalho para mostrar todo o potencial das atrizes.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICAS – The Third Day

    Episódio 5 – Tuesday – The Daughter

    Episodio 4 – MondayThe Mother

    Episódio 3 – Sunday – The Ghost

    Episódio 2 – Saturday – The Son

    Episódio 1 – Friday – The Father



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    CRÍTICA – Paul Está Morto (2020, Comix Zone)

    Sem sombra de dúvidas Os Beatles foram a maior banda de rock n’ roll que mundo já teve. A evolução do quarteto de Liverpool dentro e fora do cenário musical é algo que transcende até os dias de hoje e em Paul Está Morto temos muito mais que isso.

    A trajetória da banda não foi feita apenas de paz e amor, pois como toda banda de rock; John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr se envolveram em diversas polêmicas e até em teorias da conspiração que cercaram uma suposta morte de Paul.

    Com essa premissa, lhes trago a graphic novel Paul Está Morto escrita por Paolo Baron e desenhada por Ernesto Carbonetti; o título foi publicado pela editora Comix Zone.

     ANÁLISE

    Em Paul Está Morto acompanhamos a maior teoria da conspiração que envolveu Os Beatles com uma suporta morte de Paul MacCartney em um acidente de carro em 09 de novembro de 1966 e que o mesmo teria sido substituído por um sósia.

    A trama se passa ao após o lançamento do álbum Revolver e acompanhamos John, Paul, George e Ringo no início do processo de gravação no Estúdio Abbey Road com o álbum mais aclamado da banda Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.

    Contundo, certo dia Brian Epstein empresário que descobriu e lançou Os Beatles dá a triste notícia de que Paul McCartney está morto, devido a um acidente de carro. Com isso, resta a John a difícil tarefa de passar essa péssima notícia para George e Ringo.

    Com roteiro de Paolo Baron, a HQ transmite de forma excelente toda a teoria da conspiração que envolveu a suposta morte de Paul McCartney. Baron trabalha de forma excepcional a personalidade de cada integrante ao longo de toda trama.

    Além disso, temos a arte fotorealista e psicodélica de Ernesto Carbonetti que casa perfeitamente com tom mágico da banda. A colorização dessa HQ é tão linda que dá vontade de ter um pôster de cada página.

    VEREDITO

    Paul Está Morto é uma HQ fortemente recomendada para todos os fãs d’Os Beatles.

    Baron e Carbonetti transpõem com paixão toda a magia da melhor banda de rock do mundo.

    Em Paul Está Morto também temos a presença de outra banda bastante famosa em seu início de carreira e deixará qualquer fã de rock surpreso.

    Editora: Comix Zone

    Autores: Paolo Baron e Ernesto Carbonetti

    Páginas: 120

    Nossa nota



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