Quem nasce em Bacurau é o quê? É GENTE! Esta é a premissa de uma das obras mais relevantes do cenário nacional. Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles nos entregaram um filme com um show de construção de personagem e também uma discussão de uma das precariedades do Brasil: a falta de consideração por cidades menores.
A estrutura do longa é um pouco diferente da usual. O primeiro ato é longo, com uma apresentação de todos os personagens da cidade, mostrando suas funções naquela sociedade e seu objetivo comum: o bem daquele povo.
Bacurau é como se fosse um feudo, esquecida pelas pessoas e subvalorizada pelos políticos. Nem mesmo nos mapas ela habita, algo que rende boas discussões filosóficas, pois é a realidade de muitos municípios brasileiros, principalmente das regiões Norte e Nordeste do país. A forma na qual essas pessoas sobrevivem é se abraçando e se unindo a uma causa própria, a sobrevivência, não só de sua existência como gente, e sim, como povo, lutando pelo seu espaço, seus recursos e sua cultura. Essa estrutura é muito parecida com o que vemos em Pulp Fiction, filme de Quentin Tarantino, pois parecem curtas com diversas histórias paralelas que vem se emaranhando e se tornando uma só até o ultimo ato. Outra referência que pode ser utilizada como exemplo é o filme Midsommar, uma vez que há um isolamento daquela sociedade e cultura, com seus próprios rituais e tradições. A diferença está na dificuldade da captação de serviços básicos, como água e medicamentos. Bacurau é a protagonista da trama e não seus habitantes, uma sacada excelente dos diretores e roteiristas.
Já que citamos Tarantino; quanta violência gráfica! O diretor certamente aplaudiria de pé o trabalho realizado no longa. Aqui ela não funciona para chocar, e sim, como uma catarse ao espectador que já está imerso naquela história. A forma que o ato final é desenvolvido é digno de todos os filmes Tarantinescos, com muito sangue e gore, algo que os amantes de filmes de terror vão adorar.
Sobre as atuações, destaques para Silvero Pereira (Lunga), Sônia Braga (Domingas), Wilson Rabelo (Plínio), Thardelly Lima (Tony Jr.) e Thomas Aquino (Pacote). Eles dão cor e uma cara à Bacurau.
Lunga é um justiceiro, destemido, forte e violento, um selvagem que a cidade precisa para se defender. Domingas é a médica, fria e indiferente, dando um ar badass para a personagem. Plínio é o homem sábio, despretensioso e empático. Pacote é o xerife, o homem que defende sua terra e seu semelhantes, mesmo que tenha que recorrer a métodos pouco ortodoxos. Por fim, mas não menos importante, Tony Jr. é o prefeito da cidade em busca de reeleição, assim como todo político mau-caráter, aparece apenas quando precisa de votos, deixando no resto do tempo Bacurau desamparada à mercê de todos os problemas de estrutura.
Como destaque negativo estão os vilões do filme. O grupo liderado por Michael (Udo Kier) é caricato demais, destoando muito da trama concisa e bem estruturada do filme. Acreditamos que a ideia da direção era mostrar de forma amplificada a vilania dos antagonistas, mas a execução não foi das melhores, sendo o único problema visível do filme.
Bacurau é um filme com qualidade e identidade, mostrando as mazelas da nossa nação sem ser piegas ou apelativo. As escolhas da história e da direção são certeiras e certamente o longa já está na prateleira dos melhores da história brasileira. Viva o cinema nacional!
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O primeiro TBT do anoé especial, por isso passei o dia 31 de Dezembro pensando em qual filme indicar, até lembrar de um dos meus filmes favoritos:Em Ritmo de Fuga (Baby Driver).
O filme foi recebido como uma incrível surpresa pelo grande público, e modéstia parte, se tornou um dos meus filmes favoritos da década. Tendo uma montagem surpreendente e uma trilha sonora, que aliada às sequências de ação, somos transportados juntos do jovem Baby (Ansel Elgort) para o que parecem ser as estreitas ruas de Atlanta. Dirigido por Edgar Wright, o longa apesar de ter um orçamento relativamente baixo, teve uma arrecadação satisfatória, tendo sido considerado um sucesso financeiro.
Em Ritmo de Fugaé estrelado por Ansel Elgort, Lily James, Jon Bernthal, Jamie Foxx, Jon Hamm, Eiza González e Kevin Spacey.
Edgar Wright é um dos diretores que ganhou um enorme destaque ao dirigir filmes de baixo orçamento, que atingiram o nível de adorado pelos fãs nos últimos anos.
Wright passou por longas como a trilogia do Cornetto – Todo Mundo Quase Morto (2004), Chumbo Grosso (2007), Heróis da Ressaca (2013) – e chegando até os grandes blockbusters que chamariam a atenção do público por seus cortes e transições de cenas dinâmicos, como na adaptação do quadrinho Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010), até brilhar com o lançamento de Em Ritmo de Fuga (2017); que contou com o segundo maior orçamento da carreira do diretor, US$ 34 milhões e dá espaço o suficiente para o diretor brilhar e colocar em cena o que faz de melhor.
O filme foi indicado a três categorias do Oscar 2018, sendo eles Melhor Montagem, Melhor Mixagem de Som e Melhor Edição de Som.
Sendo incrivelmente equilibrado nas sequências de ação, drama e romance, Wright coloca os holofotes no jovem Baby, que após um infortúnio precisa ser o piloto de fuga de um grupo que realiza uma sequência de roubos cidade afora. Entre esses roubos, Baby se vê envolvido em um romance inesperado, com a garçonete Debora (Lily James), que parece estar tão perdida quanto o jovem piloto.
Com sequências de tirar o fôlego, e montagens de deixar fãs do cinema com os olhos brilhantes, Edgar Wright se mostra como um dos diretores mais promissores e brilhantes da atual geração. Tendo explorado amplamente cortes de cena e efeitos de transição à exaustão em seus filmes anteriores, Wright usa os elementos de ambiente como a presença de certos personagens, com frases escritas pelas ruas e até mesmo pequenos botões de elevador acesos junto com a trilha sonora para criar uma atmosfera fluida.
A trilha sonora escolhida a dedo por Wright e Steven Price torna o filme uma obra única, que merece ser vista com cuidado, ou até mesmo de forma despretensiosa em um fim de tarde.
A trilha vai de The Beach Boys e Commodores até Queen. Se você assistir o filme algumas vezes, como eu fiz, vai notar alguns detalhes que você pode ter deixado passar da primeira vez. Como os tiros sincronizados às batidas da música e até mesmo o cantar de pneus com algum efeito sonora da música que provavelmente está quase que estourando os fones de ouvido do motorista que te guiará por essa divertida e bela película.
Edgar Wright combina seus pontos mais fortes e brilha no que poderia ter sido um ponto fraco, fazendo de Em Ritmo de Fuga um dos melhores filmes dos últimos tempos quando o assunto é montagem e trilha sonora – tá bem, até mesmo como uma boa dose de diversão.
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Confira o trailer do filme:
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Antes da estréia da HQ na próxima semana, a Marvel Comics lançou uma prévia oficial das páginas de abertura de Star Wars #1, o relançamento da principal série de quadrinhos da franquia em uma galáxia muito, muito distante.
Muito parecido com os de 2015 série Star Wars pegou onde Episódio IV terminou, e a nova série vai começar a partir do Episódio V – O Império Contra-Ataca. Agora que temos um primeiro olhar para o que vai acontecer na série agora temos uma ideia cânone sobre o que aconteceu com Luke Skywalker após seu confronto com Darth Vader em Cloud City.
Dê uma olhada nas páginas abaixo para ver o que George Lucas pensou para o personagem antes dele conseguir sua mão robótica apresentada nos minutos finais do filme Star Wars: O Despertar da Força!
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Escrito por Charles Soule, com arte de Jesus Saiz e com capas de RB Silva, Star Wars #1 estreará nas lojas de quadrinhos e plataformas digitais em 1º de Janeiro de 2020.
Abaixo está a sinopse oficial da nova série:
“O que Leia, Luke e seu bando de combatentes da liberdade não percebem é que eles só trocaram uma armadilha imperial por outra!”
A principal série de quadrinhos de Guerra nas Estrelas não será a única coisa da Marvel ambientada na galáxia, muito distante, já que Star Wars: Bounty Hunters, uma série de quadrinhos em andamento do escritor Ethan Sacks e do artista Paolo Villanelli, deve estrear em Março 2020.
Esta série seguirá o caçador de recompensas ciborgue Beilert Valance, que foi criado para os quadrinhos de Star Wars na década de 1970. Valance estará buscando vingança contra seu mentor que virou traidor Nakano Lash. No entanto, também à procura de Lash existem outros mercenários como Bossk e Fett. Bounty Hunters também apresentará novos assassinos ao cânone de Guerra nas Estrelas.
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O ano de 2019 está no final e foi muito bom em relação ao que foi apresentado nos cinemas e streaming, contando com grandes obras que nos surpreenderam. Nós do Feededigno não poderíamos deixar “passar em branco” e listamos os 15 melhores filmes de 2019 – na nossa opinião. Confira abaixo:
Abrindo a lista temos Shazam!, um dos grandes acertos da parceria DC/Warner nos projetos pós-Snyder. Divertido, irreverente, com bastante ação e excelentes atuações de Zachary Levi e Jack Dylan Grazer cumpriu bem seu papel, superando as expectativas de uma audiência em dúvida sobre o futuro da DC nos cinemas.
Seguindo a linha de Superbad – É Hoje, Fora e Série é um filme divertidíssimo sobre duas garotas que eram CDFs e querem curtir ao máximo seu último dia no ensino médio. Olivia Wilde estreia com o pé na porta com uma comédia muito boa, iniciando seu legado como diretora já em 2019.
A reunião mais espetacular de super-heróis de todos os tempos foi feita depois de dez anos da Marvel Studios! Kevin Feige fez um trabalho brilhante e um construiu o universo mais rico e lucrativo da história do cinema, tendo recorde de bilheteria, superando James Cameron com Avatar. O filme dos irmãos Russo é épico e sem dúvida ficará no imaginário dos fãs por muitos anos. Vingadores: Ultimato foi a catarse dos nerds!
Ari Aster nos surpreendeu novamente com um terror psicológico que deixa até os fios do nariz em pé! Com um clima tenso, atuações sensacionais e ótimos recursos técnicos, Midsommar – O Mal Não Espera a Noite entregou uma trama digna, consolidando ainda mais a carreira do diretor de Hereditário.
Podemos dizer que Ari Aster é uma certeza em Hollywood e esperamos ver muito mais obras criadas por ele.
Tem filme brasileiro na nossa lista! 2019 teve três obras espetaculares que serão listadas aqui. Bacurau é uma delas. Ousado, destemido e com um texto afiado, o filme de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles já figura entre os clássicos do cinema nacional.
Fernanda Montenegro, apenas esse nome já símbolo de qualidade garantida! Ser mulher é difícil em qualquer época, ainda mais nos anos 50 no qual A Vida Invisível se passa.
Karim Aïnouz consegue nos passar a mensagem de forma real e tem muito mérito com seu filme sensível e duro ao mesmo tempo. Não é à toa que o longa recebeu críticas excelentes no Brasil e na gringa.
Duas visões, duas filosofias de vida, um objetivo: ser o papa, o escolhido de Deus entre os homens e liderá-los a partir de mensagens e desejos de fé.
Fernando Meirelles consegue contar uma história de dois homens com personalidade forte sem ser piegas, tampouco ser documental demais, colocando uma leveza na história.
As atuações de Anthony Hopkins e Jonathan Pryce são incríveis e certamente o longa receberá indicações ao Oscar para os títulos de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante. O filme recebeu quatro indicações ao Globo de Ouro.
Assim como A Bruxa, o primeiro filme do diretor Robert Eggers, O Farol têm seu próprio tempo para desenvolver a história, seus arcos e seus personagens, e prova que muitas das vezes, o perigo pode tanto vir dos outros, como até mesmo das profundezas de sua própria mente.
Tendo sido adiado algumas vezes, Eggers parece ter sido pontual no lançamento do filme, colocando-o na janela das premiações.
Com Robert Pattinson e Willem Defoe inspirados, O Farol é uma excelente pedida para os cinéfilos de plantão.
Democracia em Vertigem
Petra Costa mostra em uma visão diferenciada todo o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rouseff. A obra tem ambição e faz uma documentação histórica de um dos fatos mais marcantes da década. O projeto com certeza vale demais a pena para quem gosta de filmes do gênero.
Adam Driver não poderia ficar de fora da lista não é mesmo? Uma pena que não seja por causa de Star Wars: A Ascensão de Skywalker… Noah Baumbach nos entrega um filme pesado, cruel e realista, mostrando a história de Charlie (Adam Driver) e Nicole (Scarlett Johansson) um casal que está se divorciando e passa por diversas dificuldades no processo.
Com elenco de peso, atuações incríveis e um roteiro muito bem escrito, História de Um Casamento é um filme muito bem amarrado e inspirado, com cenas impactantes e um texto afiado. Já indicado ao Globo de Ouro, certamente teremos indicações ao Oscar para as categorias de Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante.
Jordan Peele nos surpreendeu com o incrível Corra! em 2017. Em 2019, se consolidou como um excelente diretor com o suspense Nós, um filme que tem uma crítica social forte, falando sobre privilégios de uma forma inovadora e sagaz, nos mostrando ser um dos novos talentos do cinema.
Homem-Aranha no Aranhaverso entra aqui como melhor animação disparada da Marvel e do ano! Miles Morales te que se provar como herói e ajudar diversos Homens-Aranha a voltarem para seus respectivos multiversos.
O filme é a essência do herói: humano, engraçado e emocionante, além de possui uma estética quadrinesca. Homem-Aranha no Aranhaverso é incrível e deixa no chinelo praticamente todos os outros filmes do herói, se igualando em qualidade apenas aos dois primeiros de Sam Raimi, um feito importantíssimo.
Vamos falar de crítica social? Bong Joon-ho nos deu um soco no estômago com o seu filmaço: Parasita; um longa que mostra a história de uma família pobre de canastrões que ao receber uma oportunidade se aproveita da ingenuidade de uma família rica.
A obra é cheia de metáforas e uma metalinguagem única, cheio de críticas por vezes sutis ou escancaradas na tela, nos mostrando como os dois lados da moeda podem estar errado.
O mais legal é ver que não há um mocinho, todos são pessoas comuns, os mais ricos são fúteis e perversos com a sua forma de tratar as pessoas, como se todos fossem descartáveis e os mais pobres se abusam do bom mocismo e ingenuidade dos mais privilegiados para cometer atrocidades, sem se importar com as consequências de seus atos. Certamente teremos indicações ao Oscar para melhor Filme Estrangeiro, Melhor Diretor e Melhor Filme.
Martin Scorcese + filme de máfia = sucesso absoluto! O Irlandês é uma obra-prima! Personagens bem construídos, uma trama envolvente e atuações de cair o queixo.
Joe Pesci e Al Pacino devem vencer em suas categorias no Oscar se indicados, pois estão imbatíveis. Se você é apaixonado por filmes, O Irlandês é uma parada longa e obrigatória, suas 03h30min são justificáveis, pois Scorcese construiu algo que só os gênios conseguem: um filme incrível que tem atores renomados e que utiliza de técnicas de filmagem e um roteiro afiado.
O Irlandês é cruel, surpreendente e esteticamente perfeito!
Essa lista não poderia ficar completa sem o palhaço Príncipe do Crime!
Coringa foi um cruzado no rosto de todos! Todd Phillips deu uma aula de construção de personagem com um protagonista psicótico, sem escrúpulos e sem nada a perder.
O diferencial de Coringa é sua crítica social, a batalha entre ricos e pobres, os privilegiados contra os humilhados. O Joaquin Phoenix com todo seu talento bateu de frente com Heath Ledger, igualando sua genialidade, ato que era considerado quase impossível.
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Presente na maioria dos principais browsers, o modo de navegação privada é uma funcionalidade que permite ao usuário alternar entre a tradicional navegação na internet e um modelo tido como “anônimo”, que promete certa privacidade na rede, uma vez que não grava o histórico de atividade usuário, não permite a instalação de cookies e apaga o cache automaticamente, após o término da sessão.
Muitas pessoas utilizam o recurso para acessar sites de conteúdo adulto, como também para evitar anúncios e pop-ups indesejáveis e, principalmente, para fazer busca por produtos e serviços sem que as empresas tenham prévio conhecimento de gostos e preferências e se aproveitem disso para manipular ofertas e valores. Plugins e extensões ficam automaticamente desabilitado no modo anônimo.
No intuito de esclarecer o que é realmente verdade e mito sobre a navegação privada e até que ponto você realmente está anônimo, seguro e suas atividades não estão sendo monitoradas ou registradas, é que decidimos elaborar esse artigo.
1) Utilizar o modo de navegação privada garante o anonimato na rede – MITO
Você definitivamente não vai navegar anonimamente ao utilizar o modo de navegação privada.
O browser irá excluir o histórico de sites visitados e os cookies instalados assim que a aba de navegação privada for fechada. Entretanto, durante sua navegação seu endereço IP fica visível, indicando sua localização e seu provedor de internet. Além disso, os sites que você visita conseguem facilmente identificar o seu acesso. Por fim, o administrador da rede que você está utilizando também mantém um registro da atividade online, seja ele seu empregador ou seu provedor de internet.
2) Navegar através do modo privado é mais seguro – MITO
Muita gente acredita que utilizar o modo de navegação privada é um recurso extra de segurança ao acessar o Internet Banking, o que não é verdade, pois como já dito anteriormente, a funcionalidade não esconde o seu endereço IP, não evitando o acesso de hackers ao seu dispositivo. Para garantir a privacidade ao acessar serviços bancários, principalmente em redes públicas, o ideal é fazer uso de um bom serviço de VPN (Virtual Private Network, ou Rede Privada Virtual).
3) Conseguir melhores ofertas em produtos e serviços – VERDADE
Algo que se tornou extremamente funcional e popular foi a compra de passagens aéreas baratas através do modo de navegação privada.
Viajar é o sonho de consumo da maioria dos brasileiros, segundo pesquisas. E, não é à toa que as empresas que disponibilizam passagens online têm sempre uma promoção imperdível, uma oferta de última hora, pois captam e armazenam seus registros de pesquisa e disponibilizam a você o que é interessante para elas – não necessariamente o preço mais barato -, em razão da instalação prévia de cookies em seu computador. O mesmo ocorre com os sites de reserva de acomodação e as grandes redes de comércio eletrônico.
Utilizando o modo de navegação privada, você elimina o histórico de buscas nos sites de passagens e evita que as empresas “customizem” resultados direcionados ao seu perfil, por vezes, inflacionando os preços.
Afinal, o que são os cookies?
De maneira resumida, os cookies são pequenos arquivos enviados a você, uma vez que visita determinado site. Eles não são vírus, não danificam seu computador. Eles servem para identificar o usuário e fornecer a melhor experiência de navegação possível, personalizando a página conforme seus interesses, bem como gravando um histórico de atividade online, para que você não precise repetir ações anteriormente executadas.
4) Desbloqueio de conteúdo restrito a assinantes de sites de notícias – VERDADE
“Você já leu todo o conteúdo gratuito deste mês”
Quem nunca se deparou com a mensagem acima, ao tentar acessar uma matéria importante num site de notícias conceituado?
Isso acontece porque eles estão tentando vender uma assinatura digital em troca da informação. E, através dos cookies que foram instalados em seu dispositivo na primeira vez que você visitou aquele site , conseguem mapear cada tentativa de acesso a quaisquer conteúdos, provenientes de sua página.
Ao utilizar o modo de navegação privada, não há registro prévio de navegação, nem tampouco cookies armazenados. Dessa forma, sempre que você quiser acessar um site passível de subscrição, basta abrir uma nova aba no modo anônimo e o site de notícias vai entender que você está consumindo a matéria pela primeira vez.
Judy Garland foi uma das atrizes mais jovens a atingir o estrelato na Hollywood do século XX. É interessante ver como o diretor do filme, Rupert Goold, optou por explorar a história de Judy ao adaptar a peça criada com o objetivo de contar os últimos anos de vida da atriz, “Rainbow’s End” de 2012.
Ao roubar a cena em Pigskin Parade, Garland – que apesar de não ter sido a atriz principal do filme, atraiu para si a atenção dos holofotes com apenas 13 anos na comédia-musical -, a atriz já se mostrava uma das cantoras mais proeminentes e com maior extensão vocal de sua geração. Mas antes mesmo de seu papel mais marcante, Garland viveu a personagem Esther Blodgett em 1937, na segunda versão de Nasce Uma Estrela.
Apenas dois anos depois, a atriz ficou conhecida como o rosto de Dorothy Gale e foi responsável por uma das versões mais marcantes de Somewhere Over the Rainbow ao estrelar O Mágico de Oz em 1939.
Por nascer no início do cinema falado, em 1922, Judy Garland fez parte de uma cultura do cinema que visava apenas o lucro e a beleza, quase sempre, não se importando com o bem-estar ou com a saúde dos atores.
Garland foi uma das atrizes dessa mesma “safra” que sofria nas mãos de diretores e produtores exclusivamente homens, visto que Hollywood apesar de ostentar belos rostos em seus cartazes, era machista demais, para colocar uma mulher em cargos de importância dos grandes estúdios – vale lembrar que a primeira diretora a assumir um filme foi Dorothy Emma Arzner em 1943, muitos anos depois de inúmeras jovens atrizes terem sofrido nas mãos de diretores que visavam o lucro e belos rostos.
Tendo sido viciada em barbitúricos desde muito jovem, Judy vem de uma família disfuncional e foi, de certa forma, abandonada por sua mãe, que tinha em mente apenas o lucro que a carreira da filha podia trazer. Judy Garland depositou na carreira e em seu público o afeto que parecia querer receber daqueles mais próximos a ela.
O filme de Rupert Goold coloca Renée Zellweger no papel que parece ser o de sua vida. Onde dá espaço para a atriz brilhar, se afastando de comédias galhofas e insistentemente dramáticas, como a franquia O Diário de Bridget Jones, que tornou a atriz mais conhecida.
No palco em que dá a vida à Garland, Zellweger parece ser possuída por uma entidade como o que Judy Garland era e tem uma enorme facilidade para soltar sua voz, e mostrar de forma nua e crua, o papel que pode vir a dar o terceiro Oscar à atriz inglesa.
Por se cercar frenquentemente por homens e relacionamentos tóxicos, Goold têm o intuito de mostrar uma das razões de Judy se manter viciada até mesmo depois de sair dos holofotes das telonas.
Ao resolver por deixar em tela grandes dilemas de infância/adolescência da atriz, como distúrbios alimentares e adicções, o diretor parece brilhar ao dirigir com esmero Renée Zellweger, com apenas aqueles enormes olhos expressivos – agora escuros e quase sem brilho.
Zellweger se mantém fiel ao pouco que sabemos da vida privada de Garland, e ganha uma proporção colossal ao escalar para as confusões e motivos do afastamento da atriz dos palcos, mas não se afastando das outras facetas da atriz e da mulher, como mãe preocupada, uma mulher carente, um desastre, mas também uma lenda – ao ser mostrada entorpecida por diversas vezes diante de parte de seus fãs.
Judy Garland foi responsável pelo imaginário coletivo das crianças das gerações que se seguiram após o lançamento de O Mágico de Oz. A atriz carregou esse estigma até pouco antes de partir de forma prematura aos 47 anos.
Judy: Muito Além do Arco-Íris estreia no dia 16 de Janeiro de 2020 e conta com um retorno brilhante de Renée Zellweger às telonas em um incrível papel dramático, que pode ser o mais marcante da carreira da atriz.
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