O Urso do Pó Branco ganhou seu primeiro featurette com a diretora da adaptaçãoElizabeth Banks. Mas a história real acaba sendo por vezes, bizarra demais de acreditar. O longa estrelado por Ray Liotta, O’Shea Jackson Jr., Keri Russell, Jesse Tyler Ferguson e grande elenco é uma comédia sombria. Segundo Elizabeth Banks conta no último trailer liberado, ela tinha o intuito de colocar uma comédia dentro de um filme de terror, e segundo os atores presentes na história contam, isso é o que aconteceu. Conheça os eventos que fizeram um Urso-Negro consumir cerca de 40 quilos de droga.
Confira o featurette abaixo:
O INÍCIO
Andrew Carter Thornton, um ex-paraquedista, se torna um traficante de drogas e passa a contrabandear milhares de quilos de droga da Colômbia para os Estados Unidos e é com ele que essa história tem início. Quando um corpo aparece na estrada, descobre-se que esse era o corpo de Thornton. Em 11 de Setembro de 1985, a polícia encontra o corpo do traficante em uma rodovia no Tennessee. O que levantou alguns sinais vermelhos na cabeça dos policiais, não foi simplesmente o fato dele estar morto, ali no meio de uma rodovia super movimentada. Mas sim, o fato dele estar altamente armado, com um colete a prova de balas, milhares de dólares em espécie e mais de 30 quilos de cocaína. Essa quantidade mais tarde foi avaliada em cerca de US$ 14 milhões de dólares.
Segundo a perícia concluiu, ele morreu após tentar saltar com seu paraquedas que não abriu do próprio avião que pilotava. Foi descoberto mais tarde, que o avião que Thornton pilotava havia sido encontrado a cerca de 100km do local. Thornton havia direcionado o avião em direção ao Oceano Atlântico e ativado o piloto automático antes de saltar para a morte.
O URSO
Mas acontece que, nessa história Thornton não foi a única vítima. Em novembro de 1985, um caçador se deparou com um Urso-Negro de mais de 80 kg na Floresta Nacional de Chattahoochee. Próximo de onde a bolsa com cerca de 35kg de cocaína originalmente estava; o animal aparentemente, a encontrou, usou e teve uma overdose. Quando aí, os policiais muito tempo depois perceberam uma coisa: o urso foi encontrando exatamente no caminho por onde o avião de Thornton passou.
O caçador que havia encontrado o urso, deixou de fora dessa equação um importante detalhe: a polícia. A polícia só descobriu o urso cerca de 3 semanas depois, e ao redor do animal, haviam cerca de 40 pacotes de cocaína completamente vazios. O legista da região afirmara que o estômago do urso estava repleto de cocaína, mas ele estimou que o urso havia absorvido apenas 3 a 4 gramas da droga.
Os policiais então passaram a questionar o que havia acontecido com o resto da droga, se o urso havia dado uma de Scarface, ou se ele havia destruído tudo, ou se algum indivíduo que passou pelo local pode ter pego o que sobrou da droga. Algum tempo após fazer a autópsia do animal, o legista optou por empalhar o animal, ao invés de simplesmente descartá-lo, dada a sua história. O urso empalhado fica à mostra no Kentucky Fun Mall.
Na época, muitos mistérios rodavam esse caso, mas com o tempo, tudo ficou muito mais claro. O único mistério que resta é: o que o urso que cheirou 40 quilos de cocaína fez antes de morrer? O filme de Elizabeth Banks romantiza e satiriza o caso, tudo isso com muito humor sombrio, e parece colocar uma comédia dentro de um longa de terror.
Confira o trailer do longa:
O Urso do Pó Branco será lançado no Brasil no dia 30 de março.
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RE:CALL é um game independente do estúdio de desenvolvimento argentino maitan69, estúdio responsável pelo adorado Evan’s Remains. O game nos apresenta a princípio uma história confusa, que rapidamente cresce e se torna algo ainda mais confuso. Pouco antes de seus minutos finais, o game revela a história que quer contar, de maneira cuidadosa, com mecânicas interessantes, tudo isso enquanto nos permite controlar 10 diferentes personagens.
RE:CALL é um game feito inteiramente em pixel art, com uma identidade única e uma vasta gama de personagens jogáveis, ele se faz feliz em suas escolhas. Quando o game deixa de ser um game – visualmente – um game de 16 bits, ele se torna um belo visual novel, em que nossas escolhas influenciarão e mudarão o presente, enquanto descobrimos o que aconteceu no passado.
SINOPSE
Em RE:CALL, os jogadores embarcam em uma aventura no estilo visual novel que destaca o poder da retrospectiva. O protagonista exerce o poder de alterar sua memória de eventos passados para afetar imediatamente o presente. O mundo ao redor dos personagens mudará com base em como os jogadores navegam por esses flashbacks. Um guarda pode estar parado perto da porta com um pequeno ferimento na cabeça, mas e se o protagonista se lembrasse de pegar uma arma em vez de uma pedra? Resolva quebra-cabeças, mude os corações e mentes de amigos e inimigos e remodele o futuro!
ANÁLISE
RE:CALL nos coloca no controle de 10 personagens únicos, mas mesmo com todos possuindo as mesmas habilidades no momento em que os controlamos, somos apresentados às histórias únicas que cada um deles tem a contar. O game conta basicamente uma mecânica de tentativa e erro, de modo que os mistérios do game só podem ser resolvidos de uma maneira específica.
O personagens com quem passamos mais tempo ao longo do game é Bruno Gallagher. Um jovem não tão popular que após ser tomado pelos “fantasmas”, passa a ver o mundo de uma maneira bem diferente. Como as histórias do game são baseadas inteiramente em memórias, o mesmo se aproveita do fato delas serem maleáveis, permitindo que nós as alteremos quando perguntados acerca de um determinado evento. Durante os momentos investigativos do game, ele muda completamente, tomando um tom de visual novel.
O game se baseia fortemente em games visual novel como Ace Attorney, Steins;Gate e até mesmo Digimon Survive. Mas ele inova com as novas mecânicas. O fato de as memórias funcionarem como puzzle, faz com que os jogadores testem diferentes dinâmicas e diferentes possibilidades a fim de chegar na resolução dos desafios. Ou seja, todos eles possuem uma resolução específica.
NARRATIVA, VISUAL E MECÂNICAS
O visual do game nos permite compreender como aquele mundo é diverso. Não apenas pelos personagens, mas também por suas histórias únicas. Um dos pontos mais interessantes do game, é mostrar como se dão as dinâmicas de poder daquele mundo. Não apenas pelas cores dos vilões vivas e chamativas dos vilões, mas também, por como os personagens que o game parece fazer questão de que nos apeguemos, quase sempre morrem. Não vou dizer que morrem de maneira difinitiva, mas suas interações naquele mundo, podem matar ou trazer indivíduos de volta à vida.
Uma das coisas mais interessantes do game, é como essas dinâmicas funcionam. O aspecto puzzle do game, vem da nossa habilidade de perceber as informações que nos são dadas à todo momento, e nas linhas de diálogos. Pois por mais que o game incentive a tentativa e erro, ele também te pune a cada vez que você volta no tempo e não obtém êxito.
Os game overs são um elemento corriqueiro do game, algo que os próprios personagens entendem como parte dos ciclos que vivem a fim de entender mais das histórias. E essas investigações, quase sempre tem um caminho pré-definido, ou seja, uma única solução a ser descoberta.
As soluções do puzzle em RE:CALL nos obriga à concluir e finalizar os ciclos diversas e diversas vezes, pois só por meio deles, conseguimos descobrir mais daquelas histórias.
A mecânica de mudar o passado e o presente ao mesmo tempo – no meio de um relato – é o que funciona como o charme do game desenvolvido pela maitan69. Ainda que o game tenha se apresentado para esse que vos escreve como um visual novel, ele me saltou e me surpreendeu muito positivamente ao se aprofundar e chafurdar em suas próprias dinâmicas e histórias.
VEREDITO
O que a maitan69 fez ao desenvolver RE:CALL, vai além da surpresa da beleza gráfica. RE:CALL funciona como um brilhante respiro do gênero visual novel e estabelece o estúdio indie como um dos que merecem receber toda nossa atenção daqui pra frente. Enquanto nos cativa por suas narrativas, ele nos pega de surpresa pelo brilhantismo de suas mecânicas.
Ao encontrar Bruno, nos emocionamos por como o game nos envereda por sua história, mas não apenas isso, causa nos jogadores um tipo de identificação. A habilidade do game de nos pegar na mão e nos cativar em seus diversos momentos o fazem ser algo único.
Nossa nota
5,0 / 5,0
Confira o trailer do game:
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Já tem um tempo que eu não aparecia por aqui. Mas volto trazendo mais uma pérola do Studio Ghibli. Uma obra do genial Hayao Miyazaki lançada mais de 20 anos antes de Vidas ao Vento, Porco Rosso é ainda mais incrível do que seu sucessor espiritual.
Chamo de sucessor espiritual porque Porco Rosso é também um filme que aborda a paixão de Miyazaki por aviões, engenharia e história.
SINOPSE
Costa do Mar Adriático, início dos anos 30. Marco Porcellino, mais conhecido como Porco Rosso, é um aviador caçador de recompensas que luta contra piratas aéreos. Cansados de serem derrotados por Porco, os piratas se unem e contratam um piloto americano para duelar com ele.
ANÁLISE
Esta é mais uma obra Ghibli onde podemos ver a maestria de Miyazaki transbordando. À primeira vista, um filme sutil e bastante infantil onde um distinto herói porco enfrenta piratas aéreos em divertidos e bem ilustrados combates sobre o mar.
Mas esta é apenas a superfície. O longa nos permite mergulhar fundo em cada uma das camadas delicadamente postas para entender mais sobre quem e o que é Porco Rosso e contra quem é sua verdadeira guerra.
Camada um: a animação Ghibli
Crianças brincando enquanto são sequestradas por caricatos piratas, disputas infantis entre rivais, cores vivas e músicas leves. Porco Rosso entrega o entretenimento infantil que esconde bem a densidade de sua reflexão. Tal qual os títulos mencionados no parágrafo anterior, o filme consegue ser brilhante tanto para o público infantil quanto para o adulto.
Originária do ano de 1992, quase contemporânea de outros clássicos do estúdio como Meu Amigo Totoro (1988) e O Serviço de Entregas da Kiki (1989), a obra denota bastante as principais características desta fase de Miyazaki: a ludicidade e a sutileza.
Camada dois: a paixão de Hayao
Filho de Katsuji Miyazaki, diretor de uma fabricante de lemes para caças japoneses na Segunda Guerra Mundial, era natural para o pequeno Hayao que suas primeiras inspirações de design fossem aviões. Mas seu fascínio ia além do trivial.
Não eram apenas as máquinas que o impressionavam, mas o poder de voar que elas permitiam. A magia de fazer toneladas deslizarem nos céus como pássaros. E esta paixão é trazida nitidamente em Porco Rosso, seja na diversão do protagonista em se desafiar pelos céus com manobras plásticas ou simplesmente em flutuar pelo horizonte enquanto admira lindas paisagens que só podem ser admiradas dos céus.
Outro fator que facilita a identificação da paixão de Miyazaki pela engenharia dos aviões são as cenas detalhadas que destacam a mecânica de cada movimento exigido no ar. Alavancas sendo puxadas, manivelas e parafusos que são delicadamente inseridos para se ressaltar a complexidade e a beleza destas máquinas que tanto fascinam o diretor.
Camada três: a história nem sempre é linda
Ainda que repleta da graça e beleza já marca do Studio Ghibli, Miyazaki bem sabe que nem só disto é feita a história. Nascido em meio à guerra, ele fez questão de estudar para entender e jamais esquecer. E é esta camada mais densa e profunda de Porco Rosso.
À medida que avançamos no filme, percebemos que os verdadeiros inimigos não são os piratas. Em seu retorno à Milão, começamos a entender um pouco mais sobre o verdadeiro Marco – aquele antes de ser um porco. Um antigo companheiro da aeronáutica italiana o avisa que por ele ter abandonado seu posto, ele é considerado um desertor, devendo retornar ao trabalho ou ser preso.
Neste momento, a chave que praticamente define o filme é dita: “eu prefiro ser um porco do que ser um fascista”. Aqui Miyazaki localiza o filme na história, destacando o período em que Mussolini empreendia frequentes esforços através do Mar Adriático (quase que um personagem do filme) para conquistar a antiga Iugoslávia.
Marco não é um porco por uma maldição fantasiosa. A maldição que ele carrega é ter servido às forças fascistas e ceifado vidas para enriquecer ditadores. Apesar de ter se afastado (e por isto estar sendo perseguido), Marco ainda carrega este peso, e por isto, se considera um porco. Um diálogo que corrobora para este entendimento é o seguinte:
VEREDITO
Fico feliz de ter podido retornar à esta querida editoria com uma obra tão interessante. Porco Rosso não só é uma ótima opção para assistir com crianças como uma grande faísca para ascender um pavio de curiosidade que me fez pesquisar por horas sobre as histórias que inspiraram Hayao Miyazaki para compor esta bela obra.
Se quiser também buscar um pouco sobre alguns tópicos interessantes, vale a pena buscar sobre a série de contos Over to You, de Roald Dahl, ou mais especificamente o conto “They Shall Not Grow Old” (que veio a virar filme, também). Se houver curiosidade também, pode buscar por quem foi Bellini na história.
Um filme que permite descansar e ao mesmo tempo querer estudar mais sobre detalhes históricos merecia muito compor a nossa seleta lista do TBT, não é mesmo? Obrigado Sr. Miyazaki. Cada obra sua é uma aula.
Você pode assistir Porco Rosso: O Último Herói Romântico através do Netflix.
Nossa nota
5,0 / 5,0
Assista ao trailer legendado de Porco Rosso:
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Herança é o mais novo filme da Netflix. O longa estrelado por Lily Collins e Simon Pegg nos apresenta uma trama simples, uma promotora de destaque recebe de herança de seu pai o que parece ser um presente de grego. Quando as coisas se complicam, sua vida pessoal, profissional parecem ruim.
Simon Pegg e seu personagem no longa é algo que merece destaque. Ainda que o longa conte a história de uma família imensamente privilegiada e rica, testemunhar como as coisas se desenrolam na trama, bem como depois de chegar ao fim é algo muito interessante.
SINOPSE
Após a morte do pai, uma mulher herda as chaves de um bunker secreto e faz uma descoberta chocante que pode destruir a vida da família.
ANÁLISE
Com elementos que surpreendem, o longa nos deixa na beira do assento em seus mais diversos momentos. Conforme a história se desenrola, vemos as verdadeiras pretensões e intenções dos personagens. Uma delas é Lauren Monroe (Lily Collins), uma promissora promotora, que apesar de ir contra os planos que seu pai tinha para sua vida, o contradiz e se destaca, defendendo quem não pode se defender.
Já seu irmão, William Monroe (Chace Crawford) um deputado à caminho do Senado Americano parece ter muito a perder. Quando o patriarca da família, Archer Monroe (Patrick Warburton) falece repentinamente, a família parece rapidamente perder seu rumo, e tudo sai dos trilhos. Principalmente depois que Lauren recebe um presente de herança nada agradável.
O imediatismo da trama, vem da herança que Lauren recebe. Quando o testamento de seu pai é lido, ela descobre que é a única ciente de um dos mais obscuros segredos do seu pai.
Ao encarar esse segredo, ela descobre um homem que está preso há mais de 30 anos em um bunker abaixo da casa da família.
VEREDITO
O trabalho de Simon Pegg se destaca imensamente ao de Lily Collins. A forma como o roteiro é encaminhado, nos tira completamente do que esperamos normalmente de uma história assim. Ainda que o suspense nos engane firmemente em diversos momentos, ver como o diretor nos apresenta uma trama cujos personagens não parecem conseguir notar seus privilégios é um dos maiores problemas.
Tudo isso, aliado às quase 2 horas de filme, nos fazem perceber que os diretores não parecem mais saber como fazer filmes concisos e redondos com apenas 80 ou 90 minutos. O filme estrela no momento desta postagem no TOP 10 Brasil da Netflix e pode ser assistido na plataforma.
Nossa nota
3,5 / 5,0
Confira o trailer do filme:
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Os Banshees de Inisherin estreia amanhã (2) nos cinemas nacionais; o longa, situado em uma ilha remota na costa oeste da Irlanda, acompanha os amigos de longa data Pádraic (Colin Farrell) e Colm (Brendan Gleeson), que se encontram em um impasse quando Colm inesperadamente põe fim à amizade deles. Um atordoado Pádraic, auxiliado por sua irmã Siobhán (Kerry Condon) e o problemático jovem ilhéu Dominic (Barry Keoghan), se esforça para consertar o relacionamento, recusando-se a aceitar um não como resposta. Os esforços repetidos de Pádraic de reatar a amizade apenas fortalecem a determinação de Colm em pôr um fim à amizade. Quando Colm entrega um ultimato, consequências para ambos começam a acontecer.
Com um elenco composto por artistas renomados, Os Banshees de Inisherin vem sendo aclamado pela crítica internacional e destaque nas principais premiações da indústria cinematográfica, como Globo de Ouro, Critics Choice Awards, BAFTA e Oscar o qual foi indicado em 9 categorias, incluindo: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante (2 indicações) e Melhor Atriz Coadjuvante.
Conheça, agora, mais sobre os personagens da produção:
Colin Farrell e Brendan Gleeson como Pádraic Súilleabháin e Colm Doherty
O diretor Martin McDonagh queria reunir novamente os atores Colin Farrell e Brendan Gleeson desde 2008 quando a dupla participou do seu longa-metragem de estreia, Em Bruges. Esse filme é lembrado com carinho pelo artista que amou os dois atores em conjunto.
Quando surgiu a ideia de produzir Os Banshees de Inisherin, McDonagh idealizou os personagens protagonistas pensando exclusivamente em Farrell e Gleeson. Isto porque a familiaridade e a amizade da vida real entre os atores tornam a história mais verdadeira.
O produtor Graham Broadbent comentou:
“Você olha para eles e acredita absolutamente em sua história. Você acredita que eles podem ter sido amigos por muitos e muitos anos e isso torna tudo ainda mais triste.”
Desde suas primeiras aparições em Tigerland: A Caminho da Guerra (2000), O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017) e Batman (2022), Farrell, indicado ao Oscar de Melhor Ator, sempre foi único na tela. Entretanto, o ator irlandês comenta acreditar que os projetos de McDonagh são diferentes de qualquer outro. O DNA comum entre Em Bruges, Sete Psicopatas e um Shitzu (2012), e agora Os Banshees de Inisherin, é a articulação de pensamentos, ideias e emoções do diretor, incluindo o ponto de encontro entre comédia e tragédia.
Gleeson, indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, também natural de Dublin, é um dos atores de maior sucesso da Irlanda. Além de Em Bruges, ele é reconhecido também por seu papel como Alastor Moody na franquia Harry Potter, e nos filmes Coração Valente (1995), O Guarda (2011) e Calvário (2014), dirigidos – inclusive – pelo irmão de Martin McDonagh, John Michael McDonagh.
O diretor de Os Banshees de Inisherin, descrevendo-o como destemido e com uma voz extraordinária:
“Como ator, você procura alguém que tenha uma voz única, uma forma original de articular pensamentos e sentimentos e criar personagens e mundos inteiros. É adorável quando você se depara com um escritor que estabelece um mundo que tem seu próprio tipo de ordem e senso estético.”
Ele comenta também que tem uma grande admiração por Colin:
“Eu o amo como ser humano. Seus instintos e sua integridade são brilhantes. Eu o considero um amigo muito querido. Ele tem o coração na manga e traz isso para o processo.”
Farrell retribui:
“Eu amo Brendan. Tenho muita admiração e respeito por ele – ele é ativo, engajado, brilhante, decente, forte, vulnerável, tudo isso. O pêndulo oscila amplamente com Brendan, desde a ternura de que ele é capaz até a ira divina que ele pode exalar se necessário.”
Kerry Condon como Siobhán Súilleabháin
Em Os Banshees de Inisherin, Pádraic vive com sua irmã mais nova, Siobhán. Eles são irmãos próximos, então quando Colm evita Pádraic no início do filme, ela fica perturbada. A personagem é, talvez, a voz mais sábia da ilha. Ela percebe as limitações desta comunidade e tem ambições que vão além da ilha, mas também tem plena consciência de que Pádraic precisa dela.
A atriz Kerry Condon explica:
“Siobhán passou por muita coisa e então há essa tristeza e solidão. Ela está presa, Pádraic a deixa um pouco louca, como um irmão faria, mas ela é maternal com ele.”
O produtor Graham Broadbent continua:
“Ela chama as coisas de uma maneira que provavelmente só uma mulher pode fazer. Sua voz, sabedoria e coração enorme levam o espectador além da ilha e em uma nova direção. Ela ama o irmão, mesmo que ele não seja a pessoa mais inteligente.”
Assim como McDonagh escreveu explicitamente os papéis de Pádraic e Colm para Farrell e Gleeson, ele também idealizou Siobhán para Kerry Condon. A atriz irlandesa, indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, é conhecida por seu trabalho em As Cinzas de Angela (1999), Better Call Saul (2015), Ray Donovan (2013), Capitão América: Guerra Civil (2016), Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017) e Dreamland: Sonhos e Ilusões (2019).
O diretor comenta:
“Kerry e eu trabalhamos juntos no teatro, então nos conhecemos há anos. Eles se entendem mais do que qualquer outra pessoa na ilha pode entendê-los. Brendan e Kerry sentiram isso lendo o roteiro.”
Já Farrell descreve o desempenho de Kerry como brilhante.
“Ela é tão comovente e ardente e ao mesmo tempo tão emotiva. Ela, como Siobhán, carrega uma dor que não demonstra – essa necessidade, esse desejo que está dentro dela. Alguma parte de sua alma não está sendo cuidada.”
Barry Keoghan como Dominic Kearney
McDonagh também tinha Barry Keoghan em mente quando estava escrevendo o personagem. O ator, indicado ao Oscar também na categoria de Melhor Ator Coadjuvante, trabalhou com Farrell em O Sacrifício do Cervo Sagrado e em Batman. Outros trabalhos de Keoghan incluem Dunkirk (2017), de Christopher Nolan, e Eternos (2021), de Chloé Zhao.
Ele queria tanto trabalhar com McDonagh que tinha uma foto do roteirista-diretor na página inicial de seu smartphone. Quando eles se encontraram pela primeira vez em NY, ele pensou:
“É melhor eu tirar isso, ele vai pensar que sou uma espécie de esquisito.”
O diretor explica que no filme, Dominic não tem um relacionamento feliz com seu pai abusivo Peadar Kearney.
“A mãe dele desapareceu e não sabemos para onde ela foi. Seu pai, que é o policial da cidade, não é nem de longe a pessoa mais legal do mundo. Então Dominic carrega muito dessa tristeza e horror, como muitas crianças na Irlanda no século passado. Há uma integridade em Dominic e algo cinematográfico que eu queria explorar. Ele é meio que o melhor amigo de Pádraic, além de Colm, e provavelmente não é a centelha mais brilhante da ilha. Ou ele é? Devemos julgar as pessoas quando não conhecemos suas vidas interiores ou como elas realmente são?“
Gleeson descreve o personagem de Keoghan como “um pouco” como o bobo de Shakespeare ou o bobo da corte, mas sua sabedoria e abordagem da verdade da situação são as mais claras de todas. Ele é desajeitado e um pouco confuso, além de ser trágico em alguns aspectos. Ele é o tipo de cara que é facilmente descartado pela comunidade, que também os vê pelo que são. Condon complementa que Dominic é “inteligente em seu jeito inocente e infantil. Ele tem sentimentos por Siobhán, afinal, ela é a única garota em quilômetros.”
Também completam o elenco os atores: Gary Lydon interpretando Peadar Kearney, Pat Shortt interpretando Jonjo e Sheila Flitton como Senhorita McCormick.
Os Banshees de Inisherin estreia em 02 de fevereiro, exclusivamente nos cinemas.
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Segundo cientistas, a velocidade máxima que um ser humano é capaz de alcançar é cerca de 64 km/h, sendo que essa marca nunca foi alcançada. Atualmente, o recorde de maior velocidade alcançada pertence a Usain Bolt, que chegou a impressionantes 44 km/h.
De posse dessas informações, a equipe do Feededigno realizou uma pesquisa acadêmica intensa e compilou uma lista com os personagens mais velozes de todos os tempos.
Confira abaixo:
Sonic
Sonic é um personagem bastante conhecido dos fãs da SEGA. O famoso porco-espinho azul já apareceu em quadrinhos, séries de TV, vídeogames e filmes. Quem conhece o personagem sabe que ele é um dos personagens mais velozes da cultura pop. Porém, a sua velocidade pode variar muito dependendo da versão do personagem.
Para esta lista vamos nos concentrar no Sonic da Paramount. Em Sonic: O Filme (2020), o policial Tom, sem saber, registra a velocidade do personagem em dois momentos: primeiro a 476 km/h, e depois a 483 km/h.
Darla Dudley é um dos cinco irmãos adotivos de Billy Batson. Ela possui a velocidade do deus romano Mercúrio, que faz parte das seis habilidades concedidas a Shazam. É importante lembrar que Darla apareceu nas telas muito antes do lançamento do filme Shazam, na animação da DC entitulada Flashpoint: Paradox.
Darla é extremamente rápida. No filme Shazam! (2019), ela é capaz de desviar de um raio acidental de seu irmão, Eugenie, bem como de tirar as pessoas do perigo em velocidades imperceptíveis para qualquer um.
Bem, sabendo que Supergirl tem as mesmas habilidades que o Superman, nada mais justo do que também colocá-la nesta lista. Na série de TV Smallville, quando Clark (Tom Welling) encontra Kara (Laura Vandervoort) pela primeira vez, ambos se atacam em supervelocidade. Enquanto Clark é arremessado pela explosão, Kara mal se move, mostrando seu perfeito equilíbrio entre força e velocidade. Vale lembrar que nesta época, Kara possuía muito mais controle sobre suas habilidades que Clark.
Na série de TV Supergirl, da CW, vemos sua velocidade quase igualando-se ao Flash. A kriptoniana (Melissa Benoist) também é extremamente rápida enquanto voa, conforme mostrado na animação Batman/Superman: Apocalypse, onde ela foi capaz de redirecionar os raios ômega de Darkseid de volta para ele.
Superman
O Superman é a joia da DC Comics. Portanto, ele é feito para ser especial em quase todos os aspectos. O super-herói foi apresentado pela primeira vez em Action Comics #1, de 1938, tornando-se o primeiro herói da DC. Desde então, ele está na vanguarda de vários quadrinhos, jogos, filmes e séries de TV.
Na maioria de suas representações, o herói demonstrou ser mais dependente de sua super força e habilidades de voo do que de sua velocidade. No entanto, na série de TV Smallville, Clark mostrou ser mais rápido que uma bala em alta velocidade, que se move a aproximadamente 2.740 km/h.
Mercúrio
Infelizmente, o Pietro Maximoff de Aaron Taylor-Johnson (Vingadores: Era de Ultron) morreu antes que pudéssemos ver todo o seu potencial. No entanto, ainda temos o Mercúrio de Evan Peters (X-Men) que é simplesmente de tirar o fôlego! Ao longo dos anos, ele se tornou o favorito dos fãs porque também mostra o lado divertido e descontraído do herói.
Mercúrio é tão rápido que consegue reorganizar sem esforço os eventos que estão ocorrendo em um segundo ou menos. Ele mostrou essa habilidade ao libertar Magneto (Michael Fassbender) em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014) e ao evacuar todos da mansão em X-Men: Apocalipse (2016).
Makkari (Lauren Ridloff) possui a habilidade da hipervelocidade, tornando-a a mais rápida dos Eternos. Sua velocidade é mostrada algumas vezes no filme Eternos (2021), mas nada melhor do que quando Phastos (Brian Tyree Henry) a envia para localizar o ponto de emergência. Em segundos, ela é capaz de se mover entre os continentes e rastrear a área.
Nos quadrinhos, Makkari é igualmente rápida e usa um capacete vermelho e branco equipado com uma viseira vermelha. Ao contrário do filme, ela é capaz de se comunicar telepaticamente com um Celestial adormecido.
Uma lista de personagens mais velozes estaria incompleta sem a inclusão do velocista mais notável da DC. Flash é considerado o epítome da velocidade. Embora várias pessoas tenham assumido o manto do Flash em algum momento, vamos nos concentrar em apenas duas: Wally West e Barry Allen.
Wally West apareceu várias vezes na TV (Teen Titans Go, Young Justice, Flash, Legends of Tomorrow, Superman: The Animated Series,Batman: The Brave And The Bold e Justice League Unlimited). Enquanto ele era rápido em todas as suas versões, Justice League Unlimited, em particular, nos mostrou o quão rápido ele pode ser. No episódio, “Divided We Fall“, Wally correu tão rápido que simplesmente desapareceu na Speed Force. Ele se moveu pelos continentes em questão de segundos para gerar energia suficiente para enfrentar um inimigo.
Barry Allen também apareceu em vários filmes e séries. Na Liga da Justiça de Zack Snyder, vimos Barry entrar na Speed Force e conseguir manipular o tempo, salvando não só a Liga, mas o mundo. Para fazer isso, ele teve que correr muito além da velocidade da luz (300.000 km/s), deixando todos os demais personagens desta lista comendo poeira.
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