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    Conheça Albert Julian Rothstein, o Esmaga-Átomo

    Albert Julian Rothstein que é mais conhecido por seu alter ego Esmaga-Átomo (Atom Smasher, no original) é um personagem da DC Comics criado por Roy Thomas, Jerry Ordway e Mike Machlan.

    A primeira aparição do personagem como Albert Rothstein foi na HQ All Star Squadron #25 – The Infinity Syndrome!, publicada em setembro de1983, quando utilizava o alter ego Nuklon; como Esmaga-Átomo sua primeira aparição foi na HQ JSA Secret Files and Origins #1, publicada em agosto de 1999.

    ORIGEM

    Albert é neto do vilão Terrance Curtis, conhecido como Cyclotron, de quem ele herdou seus poderes e também é afilhado de Al Pratt, conhecido como Elektron, o Átomo da Era de Ouro da DC, fundador da Sociedade Justiça da América. Albert Rothstein sempre tentou manter os legados de seus familiares, já que ele tinha os superpoderes de seu avô e a moralidade de seu padrinho, com isso ele eventualmente se tornou um dos membros fundadores da Corporação Infinito, uma equipe de super-heróis composta pelos filhos e protegidos da SJA.

    Foi na Corporação Infinito que ele descobriu que seus poderes iam além de apenas super força, na época ele era reconhecido como Nuklon porém com o passar do tempo ele passou a ser chamado de Esmaga-Átomo ou apenas Átomo.

    PODERES E HABILIDADES

    Ainda jovem, Albert já tinha um corpo diferente dos outros jovens “normais”. Em seu DNA havia um elemento químico chamado Tório que lhe fornecia energia atômica e seu corpo era basicamente blindado.

    Quando começou a compreender melhor seus poderes, ele passou a ser considerado um dos heróis mais poderosos da Terra. Ele tem super força, consegue modificar a estrutura molecular do seu corpo e sua densidade corporal; além de ter sua velocidade e resistência aprimoradas, ele é poliglota e um aviador experiente.

    Albert também era capaz de atravessar paredes, mas esse poder foi usado apenas na época em que era o Nuklon.

    EQUIPES

    Quando ainda atendia pelo nome de Nuklon, Albert Rothstein fez parte da Liga da Justiça da América. Ele era retratado como um homem judeu muito religioso, que até mesmo evitava relacionamentos amorosos. Além de Nuklon, essa equipe era composta por Metamorfo, Manto Negro, Mulher-Maravilha, Flash, Fogo e Gavião Negro. Fazendo parte da Sociedade Justiça da América, Albert adotou o nome Esmaga-Átomo e passou por uma repaginada de visual. Ele passou a usar um capuz azul bem parecido com o do seu padrinho e formou amizades íntimas com dois outros membros; Sourtney Whitmore, a Stargirl, e com o Adão Negro, apesar de Esmaga-Átomo inicialmente suspeitar do ex-vilão e seus esforços para buscar redenção como membro da SJA.

    Entre outros grupos que o herói fez parte podemos mencionar: Corporação Infinito, Liga da Justiça da América, Esquadrão Suicida, O Conglomerado, entre outros.

    CURIOSIDADES

    Durante uma missão em Kahndaq, o país natal do Adão Negro, Esmaga-Átomo matou o ditador do país e ao voltar aos Estados Unidos foi julgado por suas ações e se declarou culpado de todas as acusações. Enquanto estava na prisão, ele foi abordado pela fundadora do Esquadrão Suicida, Amanda Waller, e recrutado como parte de uma nova formação da equipe.

    OUTRAS MÍDIAS

    Esmaga-Átomo em cena do trailer do filme Adão Negro.

    GAMES

    Apesar do herói não ser um personagem jogável, ele pode ser visto ao lado de fora do Salão da Justiça lutando no fundo contra Giganta no cenário do jogo Injustice: Gods Among Us.

    TV

    Esmaga-Átomo fez várias aparições na série animada Liga da Justiça Sem Limites como membro da Liga da Justiça; o personagem teve sua primeira versão live action na série de TV The Flash. Ele é um meta-humano da Terra 2 enviado por Zoom para matar Barry Allen. Aqui Albert Rothstein é interpretado pelo ex-lutador do WWE, Adam Copeland.

    CINEMA

    Albert estará no filme do Adão Negro que chegará aos cinemas em outubro de 2022, o filme protagonizado por Dwayne Johnson está sendo dirigido por Jaume Collet-Serra e o personagem será interpretado pelo ator Noah Centineo.


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    Noites Sombrias #71 | 5 filmes para embarcar no subgênero found footage

    O horror é um dos gêneros cinematográficos que mais possui subgêneros, a versatilidade e a criatividade dos cineastas que embarcam no cinema de horror criou ótimas ramificações que permanecem até hoje. É o caso do slasher, do trash, do body horror e também do conhecido found footage

    O termo found footage pode até soar estranho para alguns, mas com toda certeza você já viu um filme assim – uma câmera é achada contendo um gravações misteriosas ou uma pessoa utiliza uma câmera para filmar acontecimentos estranhos do cotidiano. Dessa forma, os found footage são filmes que combinam o formato documentário com ficção. 

    No cinema de horror, este subgênero se popularizou por seu realismo e capacidade de chocar o público. Bastante atrelado também a publicidade, não é difícil ver casos de found footage, onde os realizadores juram que as histórias são reais. Seja verdade ou não, separamos uma lista com cinco filmes found footage para você conhecer mais sobre esse subgênero tão fascinante para o Noites Sombrias de hoje, confira: 

    HOLOCAUSTO CANIBAL (1980)

    O filme de Ruggero Deodato é considerado o primeiro filme a levar o título de found footage. Isso porque, após as filmagens, os atores precisaram assinar um contrato para ficarem um ano fora das mídias. Tudo para que os espectadores acreditassem que os acontecimentos do filme tinham de fato ocorrido. Também é preciso ressaltar que o filme vai além da conta e algumas cenas contêm sacrifícios reais de animais.  

    Sinopse: O filme conta a história de quatro documentaristas de tribos que embrenham-se na selva para filmar indígenas. Dois meses mais tarde, depois que o grupo não retorna, o famoso antropólogo Harold Monroe (Robert Kerman) viaja em uma missão de resgate para encontrá-los. Ele consegue recuperar as latas de filme perdidas, que revelam o destino dos cineastas desaparecidos.

    A BRUXA DE BLAIR (1999)

    Talvez um dos mais famosos found footage e também um dos grandes filmes do cinema de horror. A Bruxa de Blair, de Daniel Myrick e Eduardo Sanchez, é um clássico do subgênero, já no início existe um aviso que “as fitas teriam sido achadas” um ano após o acontecimento. Na época em que o filme foi lançado até um um site contendo dados dos atores supostamente “desaparecidos” foi criado para que o público acreditasse na história. Dessa forma, A Bruxa de Blair também é lembrado pelo inteligente divulgação. 

    Sinopse: Três estudantes de cinema embrenham-se nas matas do estado de Maryland para fazer um documentário sobre a lenda da bruxa de Blair e desaparecem misteriosamente. Um ano depois, uma sacola cheia de rolos de filmes e fitas de vídeo foi encontrada na mata. As imagens registradas pelo trio dão algumas pistas sobre seu macabro destino.

    ATIVIDADE PARANORMAL (2007)

    found footage

    Outro clássico do found footage, Atividade Paranormal foi um sucesso desde de sua criação até sua pós produção. O diretor e roteirista Oren Peli nunca havia gravado um filme, mas teve a ideia após ouvir barulhos estranhos em sua casa – o local também foi o cenário do filme. Na pré-estreia, tanto o diretor, como os atores não compareceram e o marketing foi inteiro construído em reações de pessoas nas salas de cinema assistindo ao longa. 

    Sinopse: Desde criança Katie (Katie Featherston) ouve ruídos estranhos, sussurros e sente sensações inesperadas. Já adulta, ela mora com seu namorado Micah (Micah Sloat), que, meio cético quanto aos depoimentos, resolve usar uma câmera para gravar tudo o que acontece enquanto eles dormem e vivem dentro da casa. O que era para ser apenas uma forma de esclarecer o mistério torna-se uma experiência intrigante e assustadora.

    CLOVERFIELD – MONSTRO (2008)

    found footage

    Um dos filmes a trazer o gênero found footage para um panorama mais maximalista foi Cloverfield – Monstro. No filme dirigido por Matt Reeves e produzido por J.J. Abrams, os acontecimentos não são isolados, uma câmara constante filma um monstro que invade a cidade de Nova York. É um ótimo exemplo de se bem adaptado, o subgênero pode surpreender. Uma curiosidade é que os atores só tiveram conhecimento da história após assinarem o contrato para atuarem, já o trailer do filme foi passado antes das exibições de Transformers no cinema e não trazia o título do filme. 

    Sinopse: Rob Hawkins (Michael Stahl-David) mora em Nova York e está prestes a se mudar para o Japão. Ele reúne os amigos em uma festa de despedida. Entretanto, um forte solavanco assusta os convidados. Todos buscam notícias sobre o ocorrido na TV, que diz que a cidade sofreu um terremoto. O pânico toma conta de todos, o que aumenta ainda mais quando eles enfim conseguem chegar à rua.

    HOST (2020)

    found footage

    Dando um salto temporal chegamos a um filme que deu o que falar nos últimos anos. Host não só é um found footage e atualiza o subgênero para os tempos digitais, como também foi gravado durante a pandemia da covid-19. O diretor e roteirista Rob Savage comenta que a ideia surgiu do tédio do confinamento e após gravar uma chamada de vídeo com seus amigos para investigar barulhos em seu sótão. Os acontecimentos do filme são através do Zoom, sendo uma incrível forma de tornar o found footage relevante para os dias de hoje. 

    Sinopse: Seis amigos contratam um médium para realizar uma sessão espírita via Zoom durante o isolamento físico causado pelo coronavírus. No entanto, eles recebem muito mais do que esperavam, pois as coisas rapidamente dão errado. Quando um espírito maligno começa a invadir suas casas, eles passam a perceber que podem não sobreviver à noite.

    Menção honrosa: 

    BUSCANDO (2018)

    Buscando... | John Cho não estará de volta no novo filme

    A menção honrosa desta lista não poderia ser diferente se não um dos filmes que extrapolou os limites do found footage. Buscando, é o primeiro filme de Aneesh Chaganty e tem John Cho no papel principal, não é um horror, mas leva o gênero de suspense. O longa utiliza os recursos de câmeras, internet e redes sociais para contar uma história cheia de reviravoltas. É impressionante perceber que atualmente os dispositivos eletrônicos registram cada passo dado por nós, o que somente comprova que o futuro do found footage é promissor no cinema. 

    Sinopse:   Após uma jovem de 16 anos desaparecer, seu pai David Kim (John Cho) pede ajuda às autoridades locais. Sem sucesso, após 37 horas, David decide invadir o computador de sua filha para procurar pistas que possam levar ao seu paradeiro.

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    Spiderhead: Quem é quem no filme da Netflix?

    Spiderhead é um filme de ficção científica sobre uma penitenciária com regras pouco comuns. Sendo um grande experimento onde os detentos se voluntariam para serem cobaias, a instalação liderada por Steve Abnesti (Chris Hemsworth) parece ter objetivos obscuros por trás de seu funcionamento.

    A produção já está disponível no catálogo da Netflix! Confira abaixo o elenco estelar da produção.

    LEIA TAMBÉM: CRÍTICA – Spiderhead (2022, Joseph Kosinski)

    Chris Hemsworth (Steve Abnesti)

    Os espectadores estão acostumados a ver Chris Hemsworth como o mais divertido de todos os Vingadores, o deus asgardiano Thor. No longa, o ator australiano interpreta o empresário farmacêutico americano Steve Abnesti, o chefe e principal cientista das instalações do Spiderhead.

    Miles Teller (Jeff)

    Miles Teller protagoniza Spiderhead junto com Hemsworth e dá vida ao personagem Jeff, um preso na penitenciária de alta tecnologia. Teller – que estourou com The Spectacular Now, Whiplash e Project X – também está em Top Gun: Maverick.

    Jurnee Smollett (Lizzy)

    Assim como Teller, Jurnee Smollett interpreta uma prisioneira do Spiderhead. Sua personagem, Lizzy, está envolvida nos crescentes conflitos existentes na instalação. Você pode conferir o trabalho de Smolett na aclamada série Lovecraft Country, como Letitia “Leti” Lewis, e como Canário Negro em Aves de Rapina.

    Mark Paguio (Mark Verlaine)

    O thriller psicológico é o primeiro grande projeto da carreira de Mark Paguio. Ele interpreta Mark Verlaine, o assistente calmo e atencioso de Steve que, como grande admirador de seu trabalho, acredita fielmente na visão de seu chefe. Paguio anteriormente teve um pequeno papel na produção The Unusual Suspects.

    Tess Haubrich (Heather)

    Tess Haubrich aparece em Spiderhead como Heather e compartilha algumas das cenas mais memoráveis ​​do filme com Teller. A atriz australiana apareceu em vários projetos de ficção científica, incluindo Alien: Covenant, mas os fãs da Netflix podem se lembrar dela da série original Pine Gap, um thriller de espionagem.

    Confira o trailer da produção:

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    CRÍTICA – Spiderhead (2022, Joseph Kosinski)

    Spiderhead é o novo lançamento original da Netflix. Baseado em um conto de George Saunders publicado no The New Yorker, e dirigido por Joseph Kosinski, o longa é protagonizado por Chris Hemsworth, Miles Teller e Jurnee Smollett.

    O longa já está disponível na plataforma de streaming.

    SINOPSE

    Em uma penitenciária de última geração, um detento participa de um experimento com drogas que controlam as emoções para um gênio da indústria farmacêutica.

    ANÁLISE

    2022 parece ser o ano de Joseph Kosinski. Com o lançamento de Top Gun: Maverick e Spiderhead, o diretor possui dois grandes títulos circulando, basicamente no mesmo período, em grandes mídias. Com roteiro de Paul Wernick, Spiderhead é considerado um dos grandes lançamentos da Netflix para este ano, principalmente por conta do grande elenco envolvido na adaptação.

    Na história, Abnesti (Chris Hemsworth) é um gênio responsável por desenvolver novos produtos em um projeto chamado Spiderhead. Suas cobaias são detentos que optam por participar desses estudos, sendo movidos para uma instalação isolada no meio do oceano.

    Jeff (Miles Teller) é uma das cobaias mais antigas de Abnesti, tendo participado do desenvolvimento da droga Darkenfloxx (I-26), que causa efeitos aterrorizantes nos pacientes. Para que os testes sejam realizados, no entanto, é necessário que as cobaias deem uma autorização verbal, o que acaba se tornando um problema para Abnesti em um futuro próximo.

    Apesar da ótima premissa, o roteiro de Wernick toma a liberdade de modificar diversos acontecimentos do conto original. Essas mudanças significativas apresentam um resultado narrativo muito aquém do esperado, tornando a experiência de Spiderhead extremamente morna e pouco impactante.

    Mesmo com um ótimo elenco envolvido, que possui talento de sobra para brilhar nas mãos de Kosinski, o desenrolar da história é vagaroso e nenhum pouco atrativo, entregando um terceiro ato confuso e bagunçado. Quando parece que a história chegará no grande ápice, trazendo uma revelação importante ou criando um plot instigante, o roteiro de Wernick dá passos para trás e não apresenta nada de novo.

    Um dos principais defeitos de Spiderhead é o personagem Mark Verlaine (Mark Paguio), parceiro de Abnesti nos estudos farmacêuticos. Ao tentar criar um arco para o personagem, a produção leva o desenrolar da história a um caminho sem volta, tornando seu fechamento digno de risadas, como um efeito causado aos usuários de Laffodil.

    Dentre as atuações, quem mais possui espaço para aproveitar seu tempo de tela é Chris Hemsworth, que aqui é tão protagonista quanto Miles Teller. As interações entre Hemsworth e Telles, tiradas quase que integralmente do conto de George Saunders, figuram como os melhores momentos da produção.

    Além das oportunidades narrativas, Spiderhead também perde oportunidades na sua construção visual. Ao ser visualmente similar a estética de Homecoming do Prime Video, Legion do FX e até Maniac da própria Netflix, a produção deixa de criar uma identidade visual própria e marcante, elemento muito importante em produções do gênero.

    VEREDITO

    Spiderhead não é uma produção ruim, mas tinha espaço para ser – e fazer – mais, o que acaba tornando a experiência muito aquém do esperado.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Árvores da Paz (2022, Alanna Brown)

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    Árvores da Paz é um filme independente, escrito e dirigido por Alanna Brown e distribuído pela Netflix. O longa aborda o Genocídio de Ruanda em 1994, através de uma história comovente sobre sobrevivência. No elenco estão Eliane Umuhire, Charmaine Bingwa, Ella Cannon e Bola Koleosho.

    SINOPSE

    Durante o Genocídio contra os Tutsis de 1994 em Ruanda, quatro mulheres de diferentes origens e crenças são presas e buscam esconderijo. A luta por sobrevivência une essas mulheres em uma irmandade inquebrável. Este filme explora o sofrimento e sobretudo, a resiliência dessas quatro mulheres presas durante este período sombrio da história humana.

    ANÁLISE

    Árvores da Paz é um filme de muitas camadas e cada qual expressa um sentimento diferente no espectador. O longa se passa em um momento horrível da história da humanidade, o Genocídio de Ruanda em 1994 foi uma massacre contra a etnia tutsis pela etnia hutus.  Durante cem dias, mais de 800 mil pessoas foram mortas no país, sem que a Organização das Nações Unidas (ONU) interviesse no conflito. 

    A perseguição aos Tutsis e aos Hutus moderados tomou o país, qualquer um que opusesse aos Hutus era morto, dessa forma muitas pessoas precisaram se esconder. O filme de Alanna Brown se passa durante o conflito, com Annick (Eliane Umanugire) grávida de cinco meses precisando se esconder na dispensa de sua cozinha. Junta-se a ela a freira Jeanette (Charmaine Bingwa), uma estadunidense voluntária no país Peyton (Ella Cannon) e a jovem Mutesi (Bola Koleosho). 

    Com o marido de Annick,  François (Tongayi Chirisa) indo até as mulheres esporadicamente e levando quando possível água e comida, elas passam cerca de 90 dias no esconderijo. É um filme potente que retrata um acontecimento que marcou para sempre Ruanda, mas que pouco se é falado em outros países. 

    Dessa forma, a diretora e roteirista têm o cuidado ao abordar o tema. Entre os diálogos das personagens, entendemos como a guerra civil na Ruanda foi criada a partir dos colonizadores que impuseram segregações entre as etnias do país. Há o debate étnico e colonizador, mas o filme se propõe a ir além.

    A partir das protagonistas, diferentes histórias de vida são contadas, cada qual com suas particularidades e ressentimentos do mundo, mas é justo na dor que essas personagens se encontram e conseguem conforto uma das outras. Durante o tempo que passam no quarto pequeno, elas fazem brincadeiras, aprendem novos idiomas e criam um laço de amizade, resiliência e sobrevivência. 

    Nesse sentido, a direção de Brown é  especialmente fascinante. Como o filme se passa inteiro em um pequeno quarto abaixo da casa, a diretora aposta em planos médios que no ambiente claustrofóbico denotam as personagens. O trabalho de som é o que dá peso ao filme, a diretora tem o cuidado de nunca mostrar demais e deixar que as reações das personagens sejam o norte do espectador, visto que, o esconderijo contém uma janela no nível da rua que traz os acontecimentos de fora para dentro. 

    O roteiro em discursos e diálogos demorados também engrandecem o filme à medida que vamos conhecendo mais daquelas mulheres que estão trancadas ali. Dessa maneira, Árvores da Paz pouco perde o seu ritmo, ainda que algumas cenas de time jump estejam mal encaixadas no decorrer do filme. 

    Sendo assim, este é um filme para compreender um pouco sobre o que foi as atrocidades cometidas em Ruanda em 1994 e como após os acontecimentos, as mulheres do país conseguiram restabelecer a nação através de uma campanha de paz. Atualmente, Ruanda tem mais mulheres ocupando cargos governamentais que qualquer outro país no mundo. 

    VEREDITO

    Um filme extremamente emocionante que nunca apela demais. É fato que atualmente filmes que tratam de resiliência e sororidade podem cair em certos clichês, mas Árvores da Paz sabe medir bem suas intenções e, ao contextualizar suas personagens em um fato histórico, dá peso à narrativa. 

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – The Umbrella Academy (3ª temporada, 2022, Netflix)

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    The Umbrella Academy chega em sua terceira temporada, chegando no dia 22/06 no catálogo da Netflix. A série conta com Elliot Page no elenco (Juno).

    SINOPSE DE THE UMBRELLA ACADEMY

    Após salvar o mundo do apocalipse, o nosso grupo de heróis viaja no tempo e acaba voltando ao presente. Contudo, as coisas estão diferentes, com o Sir Reginald Hargreeves vivo e pior, com um novo grupo chamado The Sparrow Academy.

    ANÁLISE

    The Umbrella Acdemy

    The Umbrella Academy é um título bastante peculiar em uma nova linha de adaptações de heróis. A série da Netflix, juntamente com The Boys, trouxe uma nova forma de fazer conteúdo no gênero, trazendo muita qualidade.

    Entretanto, o terceiro ano é o mais inconstante, uma vez que demora muito para entrar nos trilhos, ficando realmente boa em seu terço final, próximo ali do seu sétimo episódio.

    A trama que tenta trazer um ar de rivalidade entre os dois times montados pelo Senhor Hargreeves se torna cansativo já no terceiro episódio, visto que os problemas juvenis, o roteiro expositivo e os embates sonolentos entre eles é algo que nos faz até perder a paciência. Os poderes dos 14 personagens são muito interessantes, mas são mal utilizados pela direção. Fora um que outro momento criativos, falta objetividade em muitos outros, fazendo com que se pense que a série poderia ter uns quatro episódios a menos. A história não tem mais fôlego e The Umbrella Academy precisa se reinventar se quiser contar com mais uma nova temporada.

    Artigo relacionado – Sparrow Academy: Ranking dos membros mais poderosos do grupo

    O ponto mais alto da série é o show de atuação e de texto de Emmy Raver-Lampman, a Alisson, que tem o melhor arco. Sua indignação é legítima e o trabalho da atriz é excelente, ouso dizer que se ela for indicada a alguma premiação, não seria nenhum absurdo. O drama de Alisson é legítimo e é o melhor de ser acompanhando, com o espectador torcendo e entendendo cada passo dela.

    Outro destaque é o design de produção que reproduz de forma bastante fidedigna o caos que temos nas histórias de Gerard Way e do brasuca Gabriel Bá, contando com muitas referências e uma trilha sonora impecável, além de uma química incrível do elenco.

    VEREDITO

    Sparrow

    Em tom de despedida, The Umbrella Academy fecha vários arcos importantes de forma inteligente e satisfatória, mesmo que sua terceira temporada seja bastante irregular. Está nas mãos da Netflix agora uma improvável renovação.

    Nossa nota

    3,6/5,0

    Confira o trailer:

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