Reação Nuclear é uma minissérie documental da Netflix criada por Kief Davidson que relata o maior acidente nuclear nos Estados Unidos, na Pensilvânia em 1979. A produção é dividida em quatro episódios de 40 minutos cada.
SINOPSE
A série documental acompanha o acidente nuclear na usina de Thee Mile Island, na Pensilvânia. Em 1979, houve um mal funcionamento no equipamento central fez com o que a radiação escapasse e causasse o maior acidente nuclear da história dos EUA. Mas mesmo sendo o acidente mais grave, por sorte, nenhum funcionário da planta morreu ou sofreu ferimentos graves.
ANÁLISE
A Netflix já é conhecida por produzir e distribuir ótimas séries documentais sobre os mais variados assuntos. Logo, em Reação Nuclear o caso do maior acidente nuclear dos Estados Unidos é reaberto e apresentado para um público que tem poucas noções do ocorrido. Com uma dramatização muito bem contextualizada e diferentes vozes que dão peso a série, essa é mais uma ótima produção documental da streaming.
Mesmo longe de ser uma Chernobyl, no qual as consequências da radiação serão sentidas por muito tempo, o acidente em Three Mile Island na cidade de Meltdown, ainda é um grande caso sobre os problemas que usinas nucleares podem causar. O documentário não tenta ser um alerta sobre a radiação, mas aborda de forma sóbria e sucinta o assunto.
Às quatro da manhã do dia 28 de março de 1979, houve um colapso parcial do reator Unidade 2 (TMI-2) resultando na libertação de até 481 PBq de gases radioactivos e menos de 740 GBq do particularmente perigoso iodo-131. O suficiente para alertar os técnicos no local e começar uma série de erros humanos que ameaçou uma comunidade inteira.
É evidente que os moradores de Meltdown tinham pouco ou nenhuma noção sobre os perigos que usinas nucleares representam. Nesse sentido, quando a imprensa começou a noticiar o acidente muitas pessoas ficaram apavoradas, além disso, as informações contradizentes entre veículos de comunicação, políticos e a empresa que gerenciava a usina levou a mais desinformação e pânico geral.
O documentário de Kief Davidson busca ser direto, a partir de perspectivas de moradores que viveram o ocorrido e relatos de cientistas e funcionários da usina, consegue recriar a tensão do momento. Outros fatores externos, como a Guerra Fria que ainda estava em pauta e o lançamento de um filme sobre um acidente nuclear – Síndrome da China (1979) de James Bridges, com Jane Fonda e Michael Douglas – no mesmo período contribuíram para o clima hostil.
Depois de alguns meses do acidente, vários moradores de Meltdown se tornaram ativistas antinucleares e reivindicam o fim das usinas no país. O então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, instaurou uma comissão para investigar o acidente e foi constatado uma série de erros humanos e administrativos na usina de Three Mile Island. Mas, mesmo assim, a indústria nuclear continuou a operar no país.
Consequentemente, Reação Nuclear é uma forma de relembrar esse acidente que ficou marcado na história americana e também trazer conforto aos moradores que precisaram sair de suas casas na evacuação. Felizmente não houve mortes ou perda de vegetação e animais, mas o medo de um inimigo desconhecido permanece até hoje.
VEREDITO
A minissérie documental utiliza de diversos recursos para contar sua história, desde de imagens de arquivos, entrevista e simulações a produção busca ser fiel aos acontecimentos. É um ótimo conteúdo para entender o que aconteceu em Three Mile Island e como a população foi impactada.
Nossa nota
4,0 / 5,0
Assista ao trailer original:
Reação Nuclear já está disponível no catálogo da Netflix.
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Omar Sy (Lupin) parece ter encontrado na Netflix uma das parcerias mais interessantes de sua carreira e o novo filme da gigante do streaming é tudo o que já vimos na carreira do ator francês e muito mais. Na continuação do filme de 2012, Os Opostos se Atraem, vemos uma divertida comédia investigativa, e como o ator sabe passear no gênero que definiu sua carreira.
O elenco além de Omar Sy, conta com Louis Leterrier e Sabrina Ouazani.
SINOPSE
Reunidos depois de uma década, dois policiais muito diferentes investigam um assassinato em uma cidade dividida que é palco de uma grande conspiração.
ANÁLISE
Com uma cena inicial de tirar o fôlego, vemos que Ousmane Diakhaté (Omar Sy) é bem menos pragmático que o investigador Assane Diop da série Lupin, também da Netflix, vivido pelo ator. Em meio à crescente dinâmica de buddy cop presente no filme, vemos a trama nos encaminhar por um lado de uma amizade repentina do passado que se estabeleceu pela comodidade de uma relação, mas que chegou ao fim após a trama do primeiro filme. Pois assim como na vida real, os personagens seguiram caminhos diferentes.
Se distanciando do que foi estabelecido no primeiro filme, vemos o amadurecimento da dupla de policiais e testemunhamos as evidentes diferenças entre os dois quando analisamos suas vidas fora das câmeras. A relação de Ousmane e François Monge (Laurent Lafitte) se destaca não apenas pelos choques de realidade presentes na trama, mas também na realidade dos personagens. O cuidado que o diretor Louis Leterrier encaminha a trama, assim como o refinamento, transpondo as relações de Monge e Ousmane para uma época diferente – afinal, muito mudou em 10 anos desde o primeiro filme.
Com uma trama consciente de alguns dos mais relevantes problemas que o mundo enfrenta hoje, Os Opostos Sempre se Atraem se mostra como uma bela diversão +16, e abre as portas para que alguns problemas venham a ser resolvidos em um vindouro terceiro filme.
VEREDITO
Ver como o filme aborda a ascensão de regimes totalitários ultranacionalistas com uma ambientação divertida, dão ao mundo e aos espectadores, indícios de que regimes assim podem surgir do dia para a noite. A atuação de Omar Sy e Laurent Lafitte elencam elementos já tradicionais da dinâmica de filmes de buddy cop, mas inova com uma linguagem que precisa ser questionada nos filmes do gênero de hoje em dia. O filme apresenta uma quebra de um padrão que se repete desde que o gênero foi criado, em que o homem negro é sempre colocado como o alívio cômico.
Mudando completamente a perspectiva de tudo que havia sido mostrado no passado, a Netflix move a história para frente enquanto atualiza tramas datadas do primeiro filme.
Nossa nota
4,5 / 5,0
Confira o trailer do filme:
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A saga épica de vingança viking, O Homem do Norte (The Northman), longa dirigido por Robert Eggers é estrelado por Alexander Skarsgård e conta também com grandes nomes de Hollywood.
O visionário cineasta Robert Eggers (O Farol) roteirizou e dirigiu o imersivo épico viking jamais visto no cinema.
O Homem do Norte estreia no dia 12 de maio.
SINOPSE
O jovem príncipe Amleth (Alexander Skarsgård) está prestes a se tornar um homem quando seu pai é brutalmente assassinado por seu tio, que sequestra a mãe do garoto. Fugindo de seu reino insular de barco, a criança jura vingança. Duas décadas depois, Amleth tornou-se um guerreiro viking furioso, um autêntico berserker, invadindo aldeias eslavas impiedosamente.
Numa delas, uma vidente o faz relembrar seu juramento: vingar seu pai, salvar sua mãe, matar seu tio. A bordo de um navio de escravos rumo à Islândia, Amleth se infiltra na fazenda do tio com a ajuda de Olga (Anya Taylor-Joy), uma escrava eslava, e coloca em ação o plano para honrar seu juramento.
ANÁLISE
Robert Eggers é famoso por filmes densos, como A Bruxa (2015) e O Farol (2019) que fogem do entretenimento comum e em O Homem do Norte, o jovem diretor americano segue com suas características de direção e estética cinematográfica que tão bem o definem.
O mais novo longa do diretor é indiscutivelmente “o filme” viking; o filme viking definitivo e o mais historicamente preciso e fundamentado de todos os tempos. Eggers produziu através da sétima arte um mergulho profundo em uma cultura há muito perdida, cada take dos 196min do filme é cultura nórdica e represantação da Era Viking da mais pura e refinada qualidade. Robert Eggers cavou até as raízes de Yggdrasil e trouxe para os nossos olhos ritos de combate, ritos funerários, hábitos, costumes, crenças e vastas paisagens da selvagem Islândia representando a Escandinávia do século VIII.
Os vikings são famosos por serem grandes exploradores marítimos, guerreiros formidáveis e que encontram na morte em batalha a passagem para o Valhalla, mas com suas muitas representações recentes no cinema, TV e nos videogames a mitologia e cultura nórdica antiga foram romantizadas. Então, se você espera ver aqui o que já viu em séries de TV como Vikings, The Last Kingdomou Vikings: Valhalla, por exemplo, sinto lhe informar, mas essas produções se comparadas com O Homem do Norte, parecem uma piada infantil.
Tudo na produção é ímpar e digno de nota, mas é impossível mencionar tudo.
A trilha sonora criada por Robin Carolan e Sebastian Gainsborough é algo que soa dissonante e arcaica, onde faz-se ouvir elementos como o vento, a chuva, a lama, o fogo, para criarem a atmosfera do filme; além dos sons da natureza, os sons dos instrumentos da Era Viking completam uma combinação hipnótica, elevada, sedutora e muitas vezes, estrondosa.
Também é marcante a fotografia comandada por Jarin Blaschke; com uma paleta majoritariamente cinza, a escolha de cores faz com que a raiva e busca por vingança de Amleth seja algo tão poderoso que transcende seu corpo e preenche toda a tela. Isso dá a obra um peso, uma dor e melancolia que em conjunto com a trilha sonora e a atuação animalesca de Alexander Skarsgård faz com que O Homem do Norte não seja apenas mais um entre tantos filmes de vingança.
Por falar na atuação de Skarsgård, Amleth é brutal, visceral e um berserker/ulfhednar historicamente preciso. Desde os rituais que precedem o combate com os guerreiros entrando em uma espécie de transe onde libertam seus espíritos animais (normalmente ursos, lobos e até javalis), até o combate propriamente dito de peito nu, machado em punho e seu seax a alcance das mãos, mas que sem a disponibilidade de ambas as armas o viking em seu estado animal ataca até mesmo com unhas e dentes. É assustador e hipnotizante em igual escala.
Tão importante quanto os detalhes culturais, o sobrenatural é tão realista quanto o cotidiano neste filme – pois, para eles, era assim. E Odin, Freya, Fenrir, as Valquírias, as Nornas, Valhalla, Hel, Yggdrasil, jotuns são tão importantes como qualquer outro elemento e nenhum tem apresentação. Está tudo lá, caso você conheça ou não.
Robert Eggers contou com pessoas importantes para essa recriação histórica, incluindo Neil Price, o professor de Arqueologia e autor de “Vikings: A História Definitiva dos Povos do Norte”, precioso relato histórico da Era Viking; Terry Gunnell, professor de Folclore na Universidade da Islândia; e a historiadora Jóhanna Katrín Fridriksðóttir, autora de “Valkyrie: The Women of the Viking World” (Valkiria: As Mulheres do Mundo Viking) e autoridade em sagas e poesias vikings.
Eu sou um leitor voraz do que se refere à Era Viking e talvez por isso, assistir O Homem do Norte foi uma experiência excepcional tamanha a riqueza de detalhes na recriação de uma cultura que teve um impacto enorme em outras diferentes culturas, mas que nos deixou tão pouco para estudá-la.
Se você busca apenas entretenimento, O Homem do Norte pode não ser o melhor programa para você e pode até ser cansativo; mas se você busca um mergulho na cultura e mitologia da Era Viking: mergulhe de cabeça!
O Homem do Norte não é um filme para as massas. Ele é denso, hipnótico e brutal.
Nossa nota
5,0 / 5,0
Assista ao trailer legendado:
O Homem do Norte estreia no dia 12 de maio.
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Nossa Bandeira é a Morte (Our Flag Means Death) é uma série de comédia e aventura da HBO Max criada e roteirizada por DavidJenkins. Na produção da série está Taika Waititi, que também dirige alguns episódios e faz parte do elenco junto com Rhys Darby, Ewen Bremner, Joel Fry, Samson Kayo, Vico Ortiz e muitos outros.
SINOPSE
Stede Bonnet (Rhys Darby), conhecido como o “pirata cavalheiro” nasceu em uma rica família inglesa na ilha de Barbados durante a colonização britânica. Depois de herdar a fortuna dos pais, ele decide que quer se aventurar pelo mundo do crime e juntar uma tripulação de piratas para explorar o oceano e roubar quem encontrassem pela frente. Porém, sem nenhuma experiência em navegação, Bonnet percebe que sua tarefa como capitão não será nada fácil, especialmente quando ele fica cara a cara com um dos maiores piratas de todos os tempos: o Barba Negra (Taika Waititi).
ANÁLISE
Histórias sobre piratas sanguinolentos e destemidos sempre encheram nossas imaginações, por isso, quando uma série se compromete em subverter o gênero e criar uma sátira sobre pirataria é preciso prestar atenção. É o caso de Nossa Bandeira é a Morte, essa comédia com piratas excêntricos vivendo aventuras em alto mar, carrega um humor escrachado. Mas, também sabe ser dramático quando precisa.
Sendo uma figura lembrada na história da pirataria é inusitado que não tenha existido antes uma produção com o Pirata Cavalheiro como protagonista. Stede Bonnet realmente existiu, em 1717, o aristocrata de 28 anos abandonou a esposa e os filhos para se tornar (com nenhuma noção) um pirata. Assim, como é apresentado nos primeiros episódios da série, sua tripulação não o respeitava e não o via como um Capitão. Para uma maior surpresa, o Pirata Cavalheiro realmente encontrou o Barba Negra e os dois navegaram juntos.
É uma história e tanto, que através do roteiro de David Jenkins e a produção reverberante de Taika Waititi ganha vida. Em um primeiro momento, assistir Rhys Darby como Stede Bonnet parece uma daquelas piadas idiotas já prontas. Bonnet quer ser um pirata, mas não abre mão de seu closet cheio de roupas, de seus livros e sua lareira. Logo, ele traz sua vida chique a bordo de seu navio Revenge.
Para mais, ele também paga seus funcionários, lê histórias para eles dormirem e tem uma grande intolerância a violência. É tudo estranho demais para ser verdade e sua própria tribulação parece, por vezes, não acreditar. Mas, Nossa Bandeira é a Morte é especialmente sobre a jornada de Bonnet em um auto conhecimento. Quem ele foi, quem ele gostaria de ser e quem de fato ele é. Por isso é tão fácil se apegar a esse personagem com ares bobo e ingênuo, que deseja encontrar sua felicidade e para isso percorre um caminho surpreendente. Ajuda muito que Rhys Darby seja um excelente ator de comédia, também sabendo trazer dramaticidade a seu personagem na medida certa.
Mas, de fato, é a partir do quarto episódio quando o espectador já se acostuma com o jeito paspalhão de Stede Bonnet e com as situações comicamente idiotas que Nossa Bandeira é a Morte cresce em narrativa. A tripulação se junta ao famoso e imperdoável Barba Negra, que está a beira de uma crise em relação a sua profissão.
Barba Negra ou Edward “Ed” Teach quer se aposentar da vida de pirata e viver na alta sociedade, enquanto Bonnet deseja se tornar um pirata de verdade. Taika Waititi acrescenta aqui uma atuação imponente ao seu personagem, mas que sabe ser comedida nos momentos de fragilidade e dúvida de Teach. Assim, os dois pretendem aprender um com o outro. Mas, logo uma relação mais íntima começa a surgir e disso nasce um romance fofo e meigo.
Nesse sentido, é a relação entre Bonnet e Teach que alavanca a série, a dinâmica entre Darby e Waititi é espantosa e cria os melhores momentos da produção. É evidente também que o humor de Taika Waititi traga para Nossa Bandeira é a Morte um charme a parte, não chega a ser tão nonsense quanto sua produção de comédia What We Do In The Shadows, mas é igualmente divertida.
Elenco e produção
Além dos personagens principais é importante destacar também a tripulação do Revenge. Com um ótimo elenco de comédia, cada personagem consegue se destacar muito bem em suas excentricidades e enredos, embora alguns tenham mais destaques. É o caso de Oluwande (Samson Kayo), um pirata mais centrado e Jim (Vico Ortiz), um tripulante com um grande segredo, que tem seu romance explorado ao longo dos episódios.
Também sobra espaço para Lúcio (Nathan Foad), o escrivão de Bonnet, um dos melhores personagens que sem dúvida rouba a cena em muitos momentos, e outras participações incríveis, como Leslie Jones vivendo Spanish Jackie, uma temida pirata com 19 maridos.
Já em questões técnicas, a produção apresenta uma figuração impressionante que através das cores e tons busca mostrar como aqueles personagens estão se sentindo no momento. A ambientação foca mais nas cenas no navio ou quando em terra, em florestas e casas para não precisar criar grandes cenários que reflitam o século XVIII.
Chama atenção que a série tenha uma diversidade de personagens LGBTQIA+ criando base para debater temas como homofobia e masculinidade tóxica. Além disso, temas como racismo e machismo também aparecem entre as pautas dessa surpreendente série. Ter produções que se dão conta da comunidade LGBTQIA+ em diferentes narrativas, como em uma série de piratas, é importante para criar identificação e de certa forma criam também um “quentinho” no coração.
VEREDITO
Nossa Bandeira é a Morte surpreende por trazer novas roupagens ao gênero de pirata. Com um elenco diverso e extremamente divertido consegue ser emocionante e cômica. Uma série para relaxar e curtir, mas também para ter grandes insights sobre temas importantes.
Baseada em uma história real, a minissérie Clark reconta as verdades e mentiras presentes na autobiografia de Clark Olofsson (Bill Skarsgård), um sueco que ficou famoso por seus muito assaltos a bancos. O diretor Jonas Åkerlund apresenta os primeiros anos de Clark até os dias atuais, em seis episódios.
O elenco conta com Bill Skarsgård, Vilhelm Blomgren, Alicia Agneson, Adam Lundgren, Hanna Bjorn e outros.
A minissérie chegou ao catálogo da Netflix no dia 5 de maio.
SINOPSE
O notório bandido começou sua jornada criminosa em meados dos anos 1960 e se tornou uma das personalidades suecas mais controversas. Aqui, o assaltante de bancos e traficante de drogas reflete sobre suas aventuras criminais anteriores enquanto cumpre pena. Clark também planeja um futuro ainda incerto, porém, mesmo atrás das grades, ele se mantém uma figura popular. Apesar de ter cometido diversos crimes por toda a Suécia, com seu carisma ele foi capaz de enganar dezenas de pessoas e encantar multidões com seu charme e oratória. Já nos anos 1970, depois de um assalto a banco desastroso, Olofsson foi o responsável pela ideia por trás da Síndrome de Estocolmo.
ANÁLISE
Clark é egoísta, egocêntrico e hedonista – tem a busca pelo prazer como propósito de vida -; e o título do primeiro episódio “Ser o melhor em ser o melhor não era minha praia, então decidi ser o melhor em ser o pior” é a melhor forma de definir o icônico criminoso sueco que passou a maior parte de sua vida atrás das grades e deixou para trás uma trilha de traumas e devastação.
Com seis episódios com média de 60min a minissérie mostra-se muito parecida com o filme Prenda-me Se For Capaz (2002), porém muito mais divertida e absurda e mesmo tendo o detetive da polícia Tommy Lindström (Vilhelm Blomgren) em uma busca constante para prender Clark Olofsson, a trama é muito mais sobre as loucuras do bandido que uma perseguição de gato e rato.
Com um estilo visual eclético que reflete a loucura da vida do protagonista, sem dúvidas a montagem é o carro chefe da produção; que junto com a atuação magistral de Bill Skarsgård faz com que torçamos para que o criminoso tenha a famosa “jornada do herói”, por mais surreal que sua história possa ser; no entanto, ao final temos uma excelente contraperspectiva sobre tudo o que a minissérie nos mostrou até então.
VEREDITO
A minissérie do diretor Jonas Åkerlund é extremamente envolvente e divertida; embora pareça um pouco demais fazer de Clark Olofsson um herói, a produção ainda é uma visão divertida de como o próprio Olofsson viu sua vida, sejam essas histórias verdadeiras ou não.
Ao trazer um estilo visual marcante, ritmo dinâmico e humor ácido, a produção da Netflix nos apresenta todos traços de personalidade e carisma de Clark Olofsson, que enganaram o povo sueco e fizeram se apaixonar por ele.
Nossa nota
5,0 / 5,0
Assista ao trailer:
Clark chegou ao catálogo da gigante do streaming no dia 5 de maio.
Nintendo Switch Sports é primeiro jogo esportivo autoral da Nintendo a trazer para o console híbrido a jogabilidade clássica de jogos esportivos desenvolvidos para o Nintendo Wii. Lançado em 29 de abril de 2022, o game está disponível nas versões digital e física – nessa edição, o produto vem com o acessório cinta para a perna, que permite dar uma experiência diferenciada ao jogar futebol.
A edição física do Nintendo Switch Sports foi lançada oficialmente no varejo do Brasil, e tanto o produto digital, como físico contam com tradução e dublagem para português brasileiro.
Nós recebemos a versão digital enviada pela Nintendo para produzirmos esse review. Leia nossa análise a seguir.
SINOPSE
Movimente-se ao jogar futebol, voleibol, boliche, tênis, badminton e chambara (espada) usando os controles Joy-Con! Os controles são intuitivos, então basta você chegar na quadra (ou pistas, campos e arena) e competir. Com movimentos controlados é possível dar o efeito de curva em uma bola de boliche, adicionar um giro na bola de tênis ou até usar um controle Joy-Con com o acessório incluído, cinta para a perna, ao bater pênaltis no futebol.
Amigos e familiares podem jogar com você no mesmo console ou online. Além disso, um sétimo esporte está previsto para ser adicionado em uma atualização gratuita em meados do segundo semestre deste ano. Prepare-se para jogar golfe!
Jogue online e enfrente adversários que estão próximos ou distantes para conseguir recompensas no jogo ou tentar chegar na liga Pro.
Enfrente adversários de outros lugares no mundo e esforce-se para chegar na liga Pro em todos os esportes. Ao jogar online com adversários aleatórios, troque os pontos obtidos por recompensas no jogo, como roupas, acessórios esportivos, equipamentos e muito mais para o seu avatar. A seleção de itens será atualizada a cada semana, então consulte-a frequentemente para conferir as novidades!
ANÁLISE DE NINTENDO SWITCH SPORTS
A experiência que ajudou especialmente o Nintendo Wii a se destacar no mercado global agora está completa também no Nintendo Switch. O jogo esportivo da Big N para seu console híbrido é uma sequência do Wii Sports (2006) e era a adição que faltava ao catálogo de jogos que fazem bom uso dos sensores de movimento dos Joy-Con.
Com seis esportes disponíveis atualmente, e a promessa de que o golfe será adicionado gratuitamente no segundo semestre de 2022, o ponto mais forte do Nintendo Switch Sports é justamente a fluidez dos movimentos. Tudo o que você faz na sala da sua casa é bem reproduzido no game, o que gera muita satisfação. Os tutoriais também são bons e contribuem para isso.
Os gráficos do Nintendo Switch Sports também merecem destaque. O jogo é visualmente muito bonito, principalmente o complexo olímpico Spocco Square e as quadras esportivas. Embora sem grande inovação além da fluidez de gênero, também é preciso dizer que a customização dos avatares – Sportsmate – oferece uma experiência satisfatória, com um toque nostálgico oferecido pela possibilidade de usar um personagem Mii, criado originalmente para o Nintendo Wii.
A customização do Sportsmate também tem um grau de desafio, que é algo interessante. Existem packs de recompensas que vão se alternando com o passar dos dias. Para recebê-las, você precisa pontuar a cada vez que joga até atingir 100 pontos, e então escolher um dos pacotes para que o jogo aleatoriamente escolha um item. Assim, pouco a pouco você vai progredindo e aumentando suas opções de customização.
Não só eu, como toda a comunidade nintendista no Brasil ficamos felizes pela localização do Nintendo Switch Sports para português brasileiro. Isso também foi bem feito nos textos do jogo, e a dublagem é importante, mas não serve como condutora para a diversão, pois ocorre de modo pontual.
No geral, a experiência no Nintendo Switch Sports é satisfatória, sem quedas de FPS nem problemas gráficos.
O principal ponto fraco do Nintendo Switch Sports é a falta de clareza em relação às ligas Pro de cada esporte. Não há nenhuma informação sobre o que é preciso fazer para liberar essa opção. Também não há indicação de que progresso está sendo feito para que o recurso seja habilitado. Eu espero que uma atualização futura possa trazer melhorias de experiência do usuário para que as ligas Pro se tornem mais atraentes e fáceis de entender.
Outro ponto que poderia ser melhor explicado diz respeito às diferenças nos modos de jogo de cada esporte quando jogados online contra oponentes aleatórios, em multiplayer local ou multiplayer com grupo fechado de amigos e familiares.
Tive a oportunidade jogar a primeira e a segunda opção, não tendo a experiência de grupo fechado contra oponentes online, e acredito que avisos em telas de loading ou alguma informação nas telas dos esportes poderia informar que uma experiência diferente está disponível para ser curtida em outro modo de jogo.
Chama atenção também que algumas telas de carregamento dão a entender que é possível circular pela Spocco Square. Por exemplo: uma tela diz que a biblioteca está cheia de livros que contam a história do futebol. Mas até agora não é possível ir até ela. Tomara que essa possibilidade se concretize em um futuro update, pois senão não fará sentido se o jogo não contar com essa mecânica.
Leia a seguir uma breve análise de cada esporte individualmente.
Badminton
Muito similar ao tênis, mas particularmente acho o esporte menos atrativo em comparação ao anterior. A experiência jogando badminton é agradável.
Boliche
Um dos meus favoritos no Nintendo Switch Sports. Jogar boliche é uma das experiências mais imersivas e prazerosas do jogo. O aspecto competitivo é um ponto que torna o esporte ainda melhor no console.
Chambara (espada)
Meu outro favorito. A luta com espadas possui três modalidades e, em todas, a experiência é incrível! Os movimentos são bem fluidos e precisos nesse esporte que ocorre numa pequena arena circular, onde você deve derrubar o adversário para fora. Jogar chambara é bem desafiador e satisfatório!
Futebol
Curti jogar futebol, considero interessante a forma como o esporte foi trazido para o Nintendo Switch Sports, mas por vezes não é a melhor experiência. Um fator determinante para isso é a forma para passar a bola, que exige que o movimento com o Joy-Con seja feito enquanto pressiona o botão ZR, para então a bola ir para próximo do companheiro que estiver na sua reta. Isso é um pouco truncado.
Aliado a isso, diversos jogadores parecem não saber disso (embora seja bem explicado no tutorial) ou têm dificuldade de usar o recurso. Então, se você não joga em uma equipe fechada, o futebol acaba sendo difícil de vencer, pois exige que você seja muito individualista, o que não é simples na pequena quadra do Nintendo Switch Sports.
Tênis
Jogar tênis é uma boa e agradável experiência. É um esporte que combina perfeitamente com os movimentos do Joy-Con.
Voleibol
Curti também o vôlei, mas creio que é o esporte mais comum de ocorrer algum problema na mobilidade do Sportsmate. Isso acontece principalmente quanto ao timing que você deve ter para fazer movimentos como manchete e levantamento. Apesar disso, eu considero uma boa experiência.
VEREDITO
Nintendo Switch Sports aproveita o melhor dos Joy-Con para oferecer experiências dinâmicas e, em esportes como boliche e chambara, com uma boa dose de imersão. Longe de ser inovador como seu antecessor e com espaço para melhorias necessárias, mesmo assim é um jogo que merece ser conferido por amantes do Nintendo Switch, especialmente se você tem uma ou mais pessoas em casa para jogar no multiplayer local.
Nossa nota
3,7 / 5,0
Assista ao trailer de Nintendo Switch Sports:
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