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    10 grandes diretoras que ajudaram a criar a história da Sétima Arte

    As dificuldades de fazer cinema sendo mulher são inúmeras. Desde chefiar equipes muitas vezes masculinas e em jornadas de trabalho de muitas horas até o desafio de conciliar essa carreira com trabalhos não remunerados. Nas premiações mais importantes do cinema, as mulheres não são maioria, nem mesmo representam a metade dos indicados. Talvez isso só ocorra quando houver uma paridade de gênero na composição dos votantes, na direção dos festivais e quando houver mais diretoras realizando longas-metragens com grande orçamento.

    Em quase um século de Oscar, apenas sete diretoras foram indicadas ao prêmio de Melhor Direção.

    A história do cinema é, como todas, também a história de grandes mulheres, que tiveram de lutar contra tal sistema engessado, a fim de poderem simplesmente criar, realizar seus filmes, oferecer seus pontos de vista peculiares enquanto realizadoras e diretoras. Assim, separamos aqui uma lista de algumas dessas mulheres brilhantes e lutadoras, que ajudaram, com sua arte, talento e força, a forjar a história do cinema, no Brasil e no mundo.

    Confira 10 diretoras que marcaram história no cinema:

    Agnès Varda

    A cineasta belga Agnès Varda influenciou de tal forma não só o cinema como a própria afirmação feminina nas artes, que não é exagero dizer se tratar de um dos maiores nomes do cinema e da arte no mundo hoje. Partindo de uma sensibilidade para a escolha de cenários reais e não-atores em seus trabalhos, e utilizando um experimentalismo estético de rara beleza e força, Varda trata, em sua obra, de questões fundamentais, como o feminino, as questões sociais e de classe, a vida real, as margens da sociedade, com um olhar documental, experimental e criativo sobre o que é ser mulher no mundo.

    Anna Muylaert

    São poucos hoje os nomes que se comparam, em prestígio e reconhecimento no cinema brasileiro, com o de Anna Muylaert. Depois de dirigir Durval Discos e É Proibido Fumar, Anna conquistou sucesso comercial, de crítica e prêmios em todo mundo com a obra-prima Que Horas Ela Volta?, de 2015. Tendo sensivelmente captado o espírito de uma conturbada época de erupção social e política no Brasil – da qual até hoje ainda não parecemos ter saído – , parece significar perfeitamente uma parte fundamental dos conflitos históricos que separam classes no país, e que até hoje dão o tom das relações pessoais, profissionais e sociais por aqui.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | #52filmsbywomen 19 – Que Horas Ela Volta? (2015, Anna Muylaert)

    Jane Campion

    A diretora neozelandesa é responsável pelo majestoso filme O Piano, de 1993, que a colocou numa lista pequena de diretora mulher indicada ao Oscar a tornou a primeira e única (até o momento) a vencer a Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes. O longa também rendeu a ela o Oscar de Melhor Roteiro Original. Jane se tornou a terceira mulher, em 94 anos de premiação da Academia, a arrebatar a estatueta. Ela venceu na categoria de Melhor Direção pelo filme Ataques dos Cães.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Ataque dos Cães (2021, Jane Campion)

    Greta Gerwig

    A americana de ascendência alemã Greta Gerwig, hoje também conhecida pela nova adaptação de Adoráveis Mulheres, concorreu ao Oscar em 2018 por Lady Bird: A Hora de Voar, seu primeiro trabalho solo de direção. O filme, estrelado pela atriz Saoirse Ronan, acompanha a vida de Christine McPherson em Sacramento, na Califórnia, e sua adolescência recheada de descobertas, turbulências e crises com os pais, namorado e consigo mesma.

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    CRÍTICA – Adoráveis Mulheres (2020, Greta Gerwig)

    CRÍTICA – Lady Bird: A Hora de Voar (2017, Greta Gerwig)

    Adélia Sampaio

    A cineasta brasileira foi a primeira mulher negra a dirigir um longa no Brasil. Filha de empregada doméstica e de origem pobre, ela quebrou barreiras raciais no país com o longa Amor Maldito, em 1984. A quase inexistente presença de mulheres negras no próprio imaginário social a respeito do cinema brasileiro ilustra o injusto apagamento que a história cometeu contra Adélia Sampaio e tantos outros nomes, mas ao mesmo tempo sublinha a força de seu trabalho, que segue, hoje, carregando dezenas de curtas e longas metragens em sua carreira.

    Sofia Coppola

    Cineasta, roteirista, produtora e atriz ítalo-americana, Sofia Coppola é responsável por dramas marcantes de linguagem sensível e ousada, como Lost in Translation, que em 2010 recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Original. Foram os Encontros e Desencontros de uma estrela de cinema (Bill Murray) e uma mulher (Scarlett Johansson) acompanhando seu marido em Tóquio que renderam à cineasta ítalo-americana uma indicação ao Oscar de Melhor Direção, em 2004.

    Emerald Fennell

    Através da comédia ácida Bela Vingança (2021), a atriz Emerald Fennell faz sua entrada triunfal como diretora de cinema. A trama que manipula comédia, drama e suspense faz um retrato irônico e brutal sobre a violência contra a mulher. Não à toa, o longa fez sucesso no Festival Sundance. O longa também foi indicado a Melhor Filme, Montagem, Atriz e acabou levando a estatueta por Melhor Roteiro Original.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Bela Vingança (2021, Emerald Fennell)

    Chloé Zhao

    Roteirista, produtora e diretora chinesa, Chloé Zhao é responsável pelo aclamado longa Nomadland, garantiu o Oscar de Melhor Direção em 2021. O longa é baseado no livro Nomadland: sobrevivendo nos Estados Unidos no século 21, da jornalista Jessica Bruder, acompanha as viagens de Fern (Frances McDormand), uma mulher na casa dos 60 anos, pelo oeste dos Estados Unidos, e seus encontros com nômades modernos.

    Chloé também está por trás do roteiro, direção e produção do longa Eternos da Marvel Studios, lançado em 2021.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICA – Nomadland (2020, Chloé Zhao)

    CRÍTICA – Eternos (2021, Chloé Zhao)

    Laís Bodanzky

    Outro grande nome feminino do cinema brasileiro, Laís Bodanzky aborda temas centrados nos relacionamentos e ideias compartilhadas, com narrativas dramáticas focadas em assuntos mundanos e universais e como são experimentados de maneira única por cada pessoa.

    A última produção da cineasta, Como Nossos Pais, levou o prêmio de melhor filme da 45ª edição do Festival de Cinema de Gramado. Além de ser o grande vencedor, o longa recebeu outros cinco Kikitos: direção para Laís Bodanzky, atriz para Maria Ribeiro, ator para Paulo Vilhena, atriz coadjuvante para Clarisse Abujamra e montagem para Rodrigo Menecucci.

    Kathryn Bigelow

    O Oscar é hoje um prêmio com muito mais força comercial do que propriamente artística. Isso, porém, não diminui o tamanho do holofote político e crítico que a premiação oferece – e o impacto cultural que um filme pode alcançar através do prêmio. Por isso, a diretora americana Kathryn Bigelow afirma sua importância não somente por ter conquistado o espaço como um nome forte entre a maioria masculina a conquistar o sucesso em Hollywood, como também por ter se tornado a primeira mulher a ganhar, somente em 2009, o prêmio de Melhor Diretora pela Academia de Cinema Americano, com o filme Guerra ao Terror; o longa também levou a estatueta de Melhor Filme.


    São muitos os nomes de diretoras importantes no cinema, como Ava Duvernay, Olivia Wilde, Angelina Jolie, desde diretoras, atrizes, roteiristas, maquiagem, etc, mas fica aqui nossa homenagem a elas que fazem do cinema uma arte ainda mais linda.

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    CRÍTICA – Heat 2 (2022, HarperCollins)

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    Heat 2 é a continuação do filme Heat (1995), escrito por Michael Mann e Meg Gardiner e publicado pela editora Harper Collins em 2022.

    SINOPSE

    Narrado um dia depois do desfecho de Fogo contra fogo – Heat, essa nova história leva os leitores de volta aos eventos do filme e vai além, apresentando novos personagens nos dois lados da lei, novos golpes de alto nível e cenas de ação cinematográficas de tirar o fôlego.

    Das ruas de Los Angeles, passando pela rivalidade de gangues no Paraguai e uma gigantesca operação de um cartel de drogas na fronteira do México, Heat 2 ilumina o funcionamento perigoso de organizações criminosas internacionais e dos agentes que as perseguem enquanto apresenta um retrato sanguinolento daqueles que habitam em ambos os mundos.

    ANÁLISE

    É indiscutível que Heat é um dos filmes mais icônicos da filmografia do diretor Michael Mann e que se encerra de forma magistral o conflito entre Neil McCauley (Robert De Niro) e Vincent Hanna (Al Pacino).

    Com isso em mente, eu jamais imaginei que um dia teríamos uma continuação desse filme em um épico romance de 464 páginas. Confesso que não me agradou quando soube que Michael Mann planeja um livro de seu brilhante filme. No entanto, logo nas primeiras páginas tive uma agradável surpresa com uma continuação que faz jus ao seu enredo original e expande o universo dos personagens.

    Em Heat 2, temos uma narrativa que acontece logo após o final do filme e que se passa entre os anos 1988, 1989 e 2000. Com isso, o enredo é baseado em uma narrativa de passado e presente. O livro é escrito por Michael Mann e Meg Gardiner. E ambos realizam um trabalho excelente e conduzem todo enredo dos personagens de forma coerente e respeitando a sua obra original.

    No entanto, o leitor terá que ter uma suspensão de descrença, visto que temos um assassino que conduz a trama e conecta o passado e presente de Vincent Hanna e Chris Shiherlis. Apesar dessa ressalva, o enredo é simplesmente incrível.

    Além de apresentar esse assassino que desenvolve a trama. O livro desenvolve de maneira fascinante todo o grupo de assaltantes de Neil McCauley e Chris Shiherlis antes dos acontecimentos do filme.

    Apesar de o livro ter essa narrativa de passado e presente, o enredo central é dedicado 100% a Chris Shiherlis (Val Kilmer) que é bem elaborado com sua redenção diante dos acontecimentos do assalto ao National Bank. Além disso, temos passagens de narrativa no Brasil, e que apresenta uma escrita com gírias de nosso país. É bastante interessante a

    preocupação que Michael Mann teve ao escrever essas passagens em outro país em localizar sua cultura, seja em gírias ou mesmo na ambientação.

    Em relação à narrativa, será inevitável durante a leitura e não imaginar os trejeitos dos atores que realizaram no filme. Parece que o livro já foi escrito para já ser adaptado para os cinemas com seus atores originais, mas é uma pena que talvez isso não venha acontecer diante do problema vocal de Val Kilmer.

    De fato, Heat 2 é uma continuação que achava que não havia necessidade, mas diante da excelente qualidade da obra será inevitável não desejar que esse livro um dia seja adaptado pela produção original.

    VEREDITO

    Heat 2 é uma obra fascinante, e que merece ser lida por todos os fãs do filme. Garanto que essa não é uma continuação caça-níquel e sim um projeto que respeita e expande a obra original de maneira brilhante.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Autor: Michael Mann e Meg Gardiner
    Editora: Harper Collins
    Páginas: 464

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    CRÍTICA – Wild Hearts (2023, Electronic Arts) 

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    Wild Hearts é um RPG de ação desenvolvido pela Omega Force e Koei Tecmo; e publicado pela Eletronic Arts sob o selo de EA Originals. O game foi lançado no dia 16 de fevereiro para PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC.

    SINOPSE

    Wild Hearts inova o gênero de caça com tecnologias ancestrais que possibilitam o combate contra feras temíveis transformadas pelo feroz poder da natureza. Enfrente essas criaturas por conta própria ou cace com suas amizades no modo cooperativo. Ninguém se lembra por que os Kemono começaram sua fúria na outrora próspera Azuma. Alimentados pelo desespero, eles utilizam o poder da natureza primitiva em suas formas mais destrutivas. Por algum tempo, parecia que ninguém poderia aguentar o seu poder avassalador. Mas uma pessoa que domina a caça chega e traz a esperança, armada com armas mortais e tecnologias antigas chamadas karakuri, que podem mudar o rumo da batalha.

    ANÁLISE

    Wild Hearts

    Sem sombra de dúvidas, Wild Hearts é um sucesso espiritual do aclamado Monster Hunter da Capcom; e de fato o game é uma sombra da franquia concorrente, mas que apesar da clara influência tem sua própria identidade.

    Aqui, temos um jogo com sistema de caça frenético e divertido que deixará os fãs de Monter Hunter World familiarizados. Além disso, temos uma grande variação de criaturas com design incríveis que fazem uma mescla de criaturas reais com criaturas fantásticas.

    Desse modo, o jogo apresenta um vasto arsenal de armas que vão se encaixar conforme o gosto do jogador na hora da caçada. Diferente de MHW as armas aqui apresentam uma melhor fluidez na hora do combate. Por exemplo, em MHW espadas gigantes são um problema, seja no peso ou quando você parte para luta com as criaturas. Em Wild Hearts esse tipo de armamento é bem melhor de ser utilizado e deixa o personagem com equilíbrio ideal no equipamento.

    Esse foi um dos pontos positivos da jogabilidade. No entanto, nem tudo são maravilhas no “Monster Hunter da Omega Force e Koei Tecmo”, o mesmo tem uma queda muito grande de frame rate. Com os bugs que atrapalham muito a diversão. Até o momento que escrevo a crítica ainda não saiu uma patch de correção para o mesmo, mas creio que com essas correções o jogo ficará muito mais fluido e divertido.

    Além disso, é possível coletar diversos recursos no mundo, seja para melhoria do desempenho do seu personagem ou para criar itens de cura e equipamentos.

    Em relação, a parte de aprendizagem o jogo tem uma curva de aprendizagem muito boa e acaba sendo perfeito para quem ainda não tem familiaridade com esse tipo de jogo. Apesar das comparações com sua maior fonte de inspiração. Wild Hearts é um jogo divertido, e que vai exigir muitas horas do jogador para ter um desempenho legal na hora da caçada.

    VEREDITO

    Wild Hearts não chega a inovar em um jogo de caçada, mas que ainda assim tem sua própria caraterística em um jogo frenético e divertido, mas que apesar dos pequenos problemas ainda assim vale ser conferido por novos caçadores.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA – Company of Heroes 3 (2023, Relic Entertainment)

    Para a alegria de muitos fãs do trabalho da Relic Entertainment, no dia 23 de fevereiro de 2023 foi lançado o tão aguardado Company of Heroes 3. A sequência da franquia de RTS em parceria com a SEGA já era aguardada há um tempo, tendo seu último título sendo lançado nos idos 2013.

    O ano já começa quente para a grande SEGA que, não só já tinha lançado Sonic Frontiers em novembro de 2022, como também entregou o grandioso Like a Dragon: Ishin! no dia 21 de fevereiro de 2023.-

    Company of Heroes 3 é um game atualmente exclusivo de PC via Steam, com lançamento previsto para Playstation 5 e Xbox Series X e S ainda sem data revelada.

    SINOPSE

    Assuma o comando no calor da batalha em tempo real e, em seguida, comande como um general guiando a campanha geral, onde cada decisão é importante. Subjugue seus oponentes com quatro facções únicas e novos grupos de batalha internacionais. Comande forças terrestres, aéreas e navais e construa linhas de abastecimento para esmagar os avanços inimigos no novo Mapa de Campanha Dinâmica – não há duas jogadas iguais! 

    Jogue no seu próprio ritmo nos modos de campanha e escaramuça antes de mergulhar na ação multijogador empolgante. Descubra as histórias não contadas de um impressionante teatro mediterrâneo com ambientes destrutíveis de última geração, todos movidos pelo Essence Engine proprietário da Relic.

    ANÁLISE DE COMPANY OF HEROES 3

    Quando tratamos de uma franquia tão adorada, é necessário cuidado para separar o carinho pelo título da análise mais técnica e focada em entregar informações válidas aos leitores. Company of Heroes 3 é uma sequência muito aguardada de uma das melhores RTS já produzidas. O game oferece tradução para PT-BR em todos os menus e legendas.

    O game oferece basicamente 2 modos: Campanha (dividida atualmente em duas modalidades) e Escaramuça (que pode ser experimentado tanto para um jogador quanto para multijogador). Ao longo desta análise, buscarei destacar relações entre os títulos anteriores da franquia e alguns detalhes específicos com opiniões pessoais sobre o game recém lançado.

    Company of Heroes 3

    TEMÁTICA

    Um ponto muito alto a se destacar, e que diferencia Company of Heroes 3 de seus antecessores é a precisão histórica e as narrativas construídas dentro de um cenário de Segunda Guerra Mundial. A inclusão de eventos reais e de histórias humanizadas ajudam a criar uma experiência mais envolvente e realista, ao contrário do feito nas edições anteriores do game.

    A proposta de trazer histórias de pessoas do front de batalha para o modo Campanha torna a perspectiva mais humanizada. A escolha de não contar histórias de epopéias bélicas, enaltecendo sim o esforço e o sofrimento de quem viveu a guerra sem as grandes glórias, foi um grande acerto da Relic.

    ARTE

    Graficamente, em comparação aos jogos anteriores, não identifiquei grandes evoluções. É evidente que isso se deve muito mais à alta qualidade dos anteriores do que a um demérito do novo. Company of Heroes 3 apresenta belos cenários e cinemáticas, com sprites (principalmente de veículos) muito detalhados e polidos. Talvez a grande qualidade gráfica seja um dos responsáveis por exigir tanto do PC, o que me gerou algumas longas esperas nas telas de loading.

    Company of Heroes 3

    A trilha sonora do jogo é incrível, dando o peso necessário às batalhas e agregando à narrativa com sua carga emocional. O design de som do jogo é cuidadosamente mixado, garantindo que os sons importantes não sejam perdidos. Apesar de não possuir dublagem em português, ela é muito bem executada e dá força à história dos personagens, permitindo uma melhor imersão.

    MECÂNICAS

    Nesta seção trarei alguns aspectos mais direcionados aos modos para apenas um jogador, destacando o modo Campanha, que é o que mais destoa dos anteriores. Vale ressaltar desde já que o modo multijogador, por compartilhar a maioria das mecânicas dos outros modos, oferece experiência similar, variando apenas em termos de dificuldade e tática.

    O game oferece duas Campanhas: uma sob a perspectiva do Eixo, com tropas nazistas no norte da África (mais semelhante aos títulos prévios), e a outra jogando a favor dos Aliados, com americanos e britânicos na invasão à Itália. Ambas têm seus méritos e divergem não só no lado em que o jogador assume.

    Campanha

    A primeira brilha por trazer não só a perspectiva das tropas do Eixo, mas as histórias dos habitantes da Líbia e o drama de todos os civis que estavam entre as trincheiras por uma escolha que nunca passou por eles. A segunda traz uma nova mecânica e uma modalidade mais estratégica e tática de jogar Company of Heroes.

    Além de termos a experiência usual de comandar os batalhões, direcionando tropas e veículos no campo de batalha, podemos também comandar o direcionamento da guerra, tomando uma visão mais macro. Aqui, o RTS dá lugar à uma estratégia por turnos, trazendo uma gameplay mais próxima de títulos como Iron Hearts e Humankind.

    As curvas de aprendizado e de dificuldade que o modo campanha oferece, em ambas as modalidades, denotam um equilíbrio que desafia ao mesmo tempo que permite entender melhores formas de progredir. Aqui podemos aprender melhor sobre cada tropa, veículo e habilidade oferecida pelo jogo, entendendo com qual melhor nos adaptamos para após nos aventurarmos no modo escaramuça (contra a IA ou no multijogador).

    VEREDITO

    Company of Heroes 3 segue o costume da franquia e entrega um marco na história dos RTS. Seu principal ganho em relação aos predecessores é o seu aspecto mais tático que não prejudica a dinâmica – pelo contrário, à melhora – combinado à otimização do que já era muito bem aplicado.

    Os principais contras do game são a alta exigência de hardware e o preço. A alta qualidade gráfica pode acabar se tornando um empecilho para PCs com configurações não tão avançadas. Ainda que eu não tenha presenciado grandes stutters ou crashes, os peso impactou mais nas telas de loading que acabaram sendo mais demoradas do que o esperado. Além disto, os altos preços, principalmente aqui no Brasil (R$ 299,99), podem acabar afastando muitos players, principalmente não conhecedores da série.

    Ainda assim, a jogabilidade fluída e com uma ótima dinâmica, as variedades táticas e estratégicas permitidas e a excelente narrativa do modo campanha tornam este game uma grata aquisição para este início de 2023, além do alto valor de rejogabilidade proporcionado.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer de Company of Heroes 3:

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    Cammy: Saiba tudo sobre a musa de Street Fighter

    Sendo a última personagem a ser confirmada no aguardadíssimo Street Fighter 6, a lutadora Cammy White provocou um rebuliço no fandom da franquia da Capcom no último trailer de anúncio de elenco de seu futuro lançamento. O vídeo trazia o veterano Zangief, a novata Lily e a assassina; agora com um visual totalmente reformulado.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Street Fighter 6: Tudo sobre o novo título da franquia

    Cammy, também conhecida pelo codinome Killer Bee, foi criara pelo ilustrador japones Akira Yasuda, conhecido pelo nome Akiman. A personagem do game de luta Street Fighter, apareceu pela primeira vez em Super Street Fighter II: The New Challengers, em 1993.

    Sendo a segunda lutadora da série, ela já foi uma assassina mortal que trabalhava para a Shadaloo antes de se libertar e se tornar uma agente do MI6 para o governo britânico.

    ORIGEM

    Cammy é uma agente da força-tarefa do comando Delta Red, operando no Serviço de Inteligência Secreta da Grã-Bretanha (MI6). Como uma clone aprimorada do líder da Shadaloo, M. Bison (para atuar como seu sucessor caso ele morra), ela já trabalhou como assassina para a organização criminosa sob o codinome de “Killer Bee” (como visto em X-Men vs. Street Fighter e Street Fighter Alpha 3). No final de SF Alpha 3, ela se rebelou contra Bison, perdeu suas memórias e foi levada para a Grã-Bretanha; foi lá que ela se juntou à unidade de forças especiais Delta Red.

    Cammy participou do torneio Super Street Fighter II para aprender sobre seu passado; ela aprendeu a chocante verdade com o próprio M. Bison, mas conseguiu lidar com a revelação graças ao apoio de seus camaradas Delta Red.

    Em Street Fighter IV, ela é enviada para investigar a conexão do SIN com a Shadaloo e para adquirir dados sobre o Projeto BLECE. Cammy também está lá por um motivo pessoal: Juri Han, um membro do SIN, deu uma surra brutal nas Shadaloo Dolls, que ela considera suas irmãs mais novas.

    Cammy retorna em Street Fighter V ainda em sua encarnação Delta Red, mas com um visual atualizado. Durante o ínterim entre SF IV e SF V, ela continuou investigando a Shadaloo enquanto cuidava de sua companheira Doll, Juni, que agora está amnésica e se acostumando mais uma vez a uma vida normal.

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    HABILIDADES

    A personagem é um clone geneticamente modificado de M. Bison e, como tal, tem altos níveis de agilidade, força, destreza e resistência. Ela é capaz de realizar feitos acrobáticos sobre-humanos, conforme exibido em seus ataques especiais característicos; o Cannon Spike, Spiral Arrow e a Combinação Hooligan, para citar alguns.

    Ela também recebeu treinamento das Forças Especiais e treinamento em técnicas de assassinato pela Shadaloo. Seu corpo também contém vestígios de Psycho Power que ela herdou de Bison.

    ALIADOS E INIMIGOS

    Após se libertar do controle mental da Shadaloo, Cammy acaba desenvolvendo relacionamentos com figuras importantes da franquia, como: Chun-Li, Ryu, Guile, Dhalsim; bem como algumas de duas ex-companheiras Shadaloo Dolls: Decapre, Juni e Juli.

    Consequentemente, direcionando todo sua raiva e busca por vingança contra: M. Bison, Juri, C. Viper e Vega.

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    CURIOSIDADES

    Cammy é uma personagem que foi projetada com o que parece ser o propósito de mostrar sua figura. Ela é conhecida por usar um collant verde militar que é justo e bastante revelador. Por ser uma dos personagens mais populares de Street Fighter, Cammy White conseguiu uma participação especial no filme Detona Ralph (2012) da Disney e no sempre popular videogame Fortnite como uma skin de personagem.

    Devido a ambas as coisas serem comercializadas principalmente para crianças, ela usa leggings ao em vez do collant mencionado anteriormente, deixando-a bem menos sexualizada.

    OUTRAS MÍDIAS

    A personagem aparece em diversas mídias, principalmente da Capcom, como:

    GAMES

    • Final Fight: Streetwise;
    • Marvel vs. Capcom;
    • Capcom vs. SNK;
    • Cannon Spike;
    • Namco x Capcom;
    • Street Fighter × Tekken;
    • Blood Brothers 2;
    • Shadowverse;
    • Power Rangers Legacy Wars;
    • Fortnite.

    FILMES

    Além do cameo em Detona Ralph, Cammy apareceu em:

    No live action Street Fighter (1994), interpretada pela cantora australiana Kylie Minogue; e também no filme animado Street Fighter II: The Animated Movie, lançado no mesmo ano.

    TV

    A personagem também apareceu em algumas produções televisivas da franquia, como: Street Fighter, do canal USA Network’s Cartoon Express, que foi ao ar entre 1995 e 1997, com um total de 26 episódios. E na excelente animação Street Fighter II V, série que foi exibida pela primeira vez no Japão em 1995, de 10 de abril à 27 de novembro, na YTV.

    No Brasil, Street Fighter II V foi exibida pelo canal SBT durante a década de 1990 e no começo dos anos 2000 pela Cartoon Network. Em 2001, o anime foi transmitido em pelo canal SIC Radical, de Portugal. Já em 2017, o anime foi adquirido pela Netflix e em 2022, a animação foi adicionada ao catálogo do SBT Vídeos.

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    Noites Sombrias  #106 | 5 filmes sobre Battle Royale para todos os gostos

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    O subgênero de Battle Royale se popularizou nos jogos de vídeo game, logo, consiste em um grupo de jogadores que estão no mesmo local e precisam lutar até a morte para ser os últimos sobreviventes.

    Recentemente, produções como Round 6 e Alice in the Bordeland chamam a atenção por abordar esse subgênero tão ameaçador e hipnotizante. Mas, o que poucas pessoas sabem é que o termo surgiu através de um livro japonês de 1999, que foi adaptado no ano seguinte para as telonas. E de lá para cá, o cinema também embarcou nos famosos jogos de sobrevivência.

    Por isso, separamos uma lista de cinco filmes sobre Battle Royale, que muito antes das super produções da Netflix já trazia a luta pela própria vida como tema:  

    Batalha Real (2000)

    Battle Royale

    Um dos longas que consagrou o subgênero, Batalha Real é um filme japoneses dirigido por Kinji Fukasaku. Um filme que explora bem os temas ligados a sobrevivência, tratando também sobre a que ponto uma sociedade precisa chegar para criar um jogo até a morte com seus cidadãos.  

    Sinopse: Num futuro próximo, os alunos do colégio de Shiroiwa são levados para uma ilha deserta por um exército misterioso. Assustados, são informados pelo ex-professor Kitano de que irão participar de um jogo cuja a regra é matar para sobreviver. Apenas a última pessoa viva poderá retornar para sua casa. Cada aluno recebe uma garrafa de água, um pouco de comida e uma arma. O jogo tem a duração de três dias.

    Jogos Mortais (2004)

    Battle royale

    Um dos filmes de terror mais clássico dos anos 2000, Jogos Mortais foi dirigido por James Wan e ganhou mais seis filmes. Além de ser um vilão super icônico, o filme também é lembrado por suas mortes e charadas agoniantes.

    Sinopse: Jigsaw é um assassino que possui uma marca registrada: ele deixa em suas vítimas uma cicatriz em forma de quebra-cabeças, que faz com que elas cometam atos horríveis para se salvar. O detetive David Tapp (Danny Glover) é designado para investigar os assassinatos, bem como a capturar seu autor. Porém o caminho evasivo seguido por Jigsaw leva o detetive a desenvolver uma obsessão por capturá-lo.

    Os Condenados (2007)

    Dirigido por Scott Wiper, Os Condenados mostra como a indústria televisiva pode ser cruel quando o assunto é entretenimento. O filme mistura muito bem ação com suspense, e apesar de já estar bem datado, sua forma de abordar o subgênero de Battle Royale merece um lugar nessa lista.

    Sinopse: Jack Conrad (Steve Austin) está no corredor da morte de uma prisão corrupta da América Central. Ele foi “comprado” por um produtor de TV, que planeja um programa de reality show ilegal. Levado para uma ilha deserta, Conrad se encontra preso em uma luta mortal com outros 9 assassinos condenados à morte, vindos de diversos países. O combate entre eles é transmitido ao vivo, com o vencedor sendo aquele que sobreviver aos demais.

    Jogos Vorazes (2012)

    Battle Royale

    O subgênero de Battle Royale serve muito bem para mostrar sociedades disruptivas, no qual a sobrevivência vira cotidiano. É o caso de Jogos Vorazes, um das sensações dos anos 2010, tanto os filmes, como os livros. A trilogia aborda de forma coesa o tema, mas o primeiro filme certamente tem as cenas mais marcantes.

    Sinopse: Num futuro distante, boa parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual – e mortal – entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando com a companhia de Peeta Melark (Josh Hutcherson), desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes.

    Escape Room (2019)

    Battle Royale

    Na mesma pegada de Jogos Mortais, porém mais atualizado. Escape Room são salas ou eventos imersivos no qual você e seus amigos precisam descobrir os mistérios do ambiente para serem liberados, uma brincadeira totalmente controlada e bastante interessante. Mas, imagine transformar esse jogo em uma luta pela sobrevivência, é justamente o que propõe o filme de Adam Robitel.

    Sinopse: Passando por momentos complicados em suas respectivas vidas, seis estranhos acabam sendo misteriosamente convidados para um experimento inusitado: trancados em uma imersiva sala enigmática cheia de armadilhas, eles ganharão um milhão de dólares caso consigam sair. Mas quando percebem que os perigos são mais letais do que imaginavam, precisam agir rápido para desvendar as pistas que lhes são dadas.

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