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    CRÍTICA – Sandman (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Eu sou o arauto da inspiração, um mar infinito de palavras eu sou a própria poesia…

    Sandman é uma das histórias em quadrinhos mais importantes da história e, desde sua criação, fãs da trajetória de Morpheus e a sua família aguardaram ansiosamente ao longo dos anos por uma adaptação em live action apesar, como falado anteriormente em nossa crítica, muitas pessoas considerarem uma história inadaptável pelas suas nuances, o serviço de streaming Netflix encarou o desafio, lançando a primeira temporada de Sandman contendo 10 episódios e produzida por Allan Heinberg; Neil Gaiman e David S. Goyer.

    SINOPSE DE SANDMAN

    Existe outro mundo que espera por todos nós quando fechamos os olhos e dormimos – um lugar chamado Sonhar, onde Sandman, o Mestre dos Sonhos (Tom Sturridge), dá forma aos nossos medos e fantasias mais profundos. Mas quando Sonho é capturado de forma inesperada e feito prisioneiro por um século, sua ausência desencadeia uma série de incidentes que mudarão para sempre o Sonhar e o mundo desperto. Para restabelecer a ordem, Sonho precisa encarar uma jornada por diferentes mundos e tempos e reparar os erros que cometeu durante sua vasta existência, revisitando velhos amigos e inimigos; e conhecendo novas entidades cósmicas e humanas.

    ANÁLISE

    CRÍTICA - Sandman (1ª temporada, 2022, Netflix)

    A palavra que pode ser repetida a exaustão quando refletimos sobre a primeira temporada de Sandman é fidelidade. A cada cena do primeiro ao décimo episódios que adaptam os volumes Prelúdios e Noturnos e Casa das Bonecas do genial escritor Neil Gaiman podemos ter cenas retiradas diretamente das páginas do quadrinho, sem abrir mão de um roteiro consistente para apenas satisfazer o chamado “fanservice”, que se tornou um vício nas grandes produções do gênero.

    Em aspectos de narrativa, a série não apela para o tom nostálgico que atrai os leitores da obra, buscando intensidade na sua história, sendo assim, mais atrativa para os novos fãs que são bem-vindos a conhecer este universo tão rico, reflexivo e apaixonante. A riqueza em apresentar em live action detalhes que até então se encontravam apenas nas páginas das edições e encadernados é um convite também para este novo público que encontra um Morpheus com suas sutis mudanças para a versão da TV.

    O Sonho, interpretado por Tom Sturridge, traz um novo repertório emocional em relação ao que se conhecia dos quadrinhos, um personagem com mais carga emocional brilhantemente creditada a atuação do seu interprete. Conseguimos sentir a empatia em relação aos consecutivos infortúnios do primeiro arco como a sua captura, a perca de seu corvo e o roubo de suas ferramentas que não são apenas elementos do seu trabalho, mas de sua essência num todo.

    A jornada dos seis primeiros episódios por mundos etéreos como o Sonhar e o Inferno são um espetáculo gráfico aconchegante de se acompanhar, destacando a batalha entre Lúcifer, o Estrela da Manhã, de Gwendoline Christie, e Morpheus em um duelo que remete a própria grandeza destes seres antropomórficos como o lobo, o caçador, a serpente, a ave de rapina, o mundo, a supernova, o universo, a antivida e a esperança, que inclusive os dois últimos conceitos remetem a essência do universo DC mais conhecido do público geral nas figuras de Darkseid e Superman, respectivamente.

    O atrativo quanto ao mundo dos despertos personagens como Johanna Constantine, uma das adaptações para a série, remete a essência do próprio Hellblazer como conhecemos não é apenas um momento empolgante na jornada do Oneiromante na retomada de suas ferramentas mas uma referência ao John Constantine, a origem da adaptação desta nova personagem interpretada por Jenna Coleman e a sua personalidade tão marcante.

    Os personagens de apoio são extremamente competentes a nível de atuação como Caim (Sanjeev Bhaskar), Abel (Asim Chaudhry) e Lucienne de Vivienne Acheampong como o braço direito do monarca do sonhar, as perspicácia nos momentos importantes como a busca pelos pesadelos fugitivos.

    O segundo momento da série adapta o volume Casa das Bonecas, porém antes temos um dos momentos mais emocionantes da série com o episódio “O Som de Suas Asas” que nos apresenta a irmã mais velha de Sandman, a Morte (Kirby Howell-Baptiste), e somos brindados não apenas com o que considero o melhor episódio da série, mas uma das reflexões mais brilhantes sobre a própria existência humana em si com uma atuação maravilhosa da interprete da monarca das Terras Sem Luz.

    Além de Sandman e Morte conhecemos outros dois familiares dos Perpétuos: Desespero e Desejo, que manipula todos os eventos de ambos os arcos utilizando a sua influência sobre o desejo dos personagens envolvidos. Elu se destaca pela fidelidade na adaptação, assim como todos os personagens da série, uma atuação forte e tão marcante quanto a sua contraparte dos quadrinhos e a química com Donna Preston ao interpretar a sua irmã gêmea nos faz esperar ansiosos pelo retorno desta dupla nas temporadas seguintes.

    Os antagonistas também prendem a nossa atenção com o carismático pesadelo Coríntio (Boyd Holdbrook) ou o misterioso e assustador John Dee (David Thewlis), sendo um primeiro com um destaque maior por estar presente em toda a temporada e uma personalidade mais sedutora remetendo a assassinos em série conhecidos como Ted Bundy ou elementos sobrenaturais como Jack, o Estripador, o Coríntio em determinados momentos assume o papel de vilão principal da temporada.

    VEREDITO

    CRÍTICA - Sandman (1ª temporada, 2022, Netflix)

    A série é uma homenagem para os fãs do quadrinho ao mesmo tempo se torna uma convite para que um novo público conheça a história atemporal, contemplativa e emocionante, nos levando das lágrimas aos sorrisos ao longo de todos os seus episódios além da expectativa de uma segunda temporada que acredito ser totalmente possível dado o enorme sucesso e engajamento que este primeiro ano proporcionou.

    Nossa nota

    5,0/5,0

    Leia também:

    Johanna Constantine: Quem é a personagem de Sandman?

    Sandman: Quem é quem na série da Netflix?

    Sandman: Quem são os Perpétuos?

    Confira o trailer de Sandman:

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    TBT #189 | Beleza Americana (1999, Sam Mendes)

    Dirigido por Sam MendesBeleza Americana (American Beauty) é um filme norte-americano de drama, lançado em 1999, que arrebatou os corações do público. Um enorme sucesso entre os críticos, o longa-metragem venceu o Oscar de 2000 em diversas categorias, com destaque para Melhor Filme e Melhor Diretor.

    SINOPSE

    Acompanhando a rotina de um grupo de cidadãos comuns, a trama retrata uma família em processo de ruptura. O casamento de Lester (Kevin Spacey) e Carolyn (Annette Bening) é um mar de frieza e discussões. De repente, ele começa a se fantasiar com Angela (Mena Suvari), uma adolescente que é amiga da sua filha. Daí em diante, o protagonista faz grandes mudanças na sua vida que acabam de um modo trágico.

    ANÁLISE

    O grande mote do filme é a beleza que há na vida, e como nós não a percebemos. As vendas que impedem os personagens de verem a beleza que há no mundo são mantidas em todos os personagens, exceto em Lester e em Jane (Thora Birch) – e o único que entende o mundo é Ricky (Wes Bentley).

    No entanto, a primeira centelha que atinge o protagonista de modo a se propor uma mudança de vida é Angela, a amiga de sua filha. Ela se mostra ao mundo como uma garota sensual, muito segura de si e que sabe como lidar com o assédio masculino. No entanto, Ricky, ao se encantar por Jane, acaba por mostrar que Angela usa Jane como companhia para se sentir melhor sobre sua amiga “sombra”, ordinária.

    Aliás, Beleza Americana não se enquadra sequer nas definições de um melodrama clássico, como os que Hollywood tão bem produziu na metade do século passado. O melodrama tradicional tem certos modelos estruturais que vêm desde sua popularização na literatura. Opõe personagens que representam valores bem definidos, normalmente o vício e a virtude. Alterna momentos de desolação extrema com outros de euforia ampla, muito rapidamente, transformando a linha narrativa num eletrocardiograma constante, renovando também de forma constante a atenção da plateia.

    Por estar continuamente suprimindo o bem, o lado do mal costuma ser mais dinâmico – por isso, para muitos, mais interessante. Gira habitualmente entre dois temas: a reparação de uma injustiça ou a busca pela felicidade amorosa. Nenhum desses aspectos formulaicos conduz a narrativa escrita por Alan Ball.

    A beleza é a chave do filme, e as rosas a metáfora da mesma. Desde a Antiguidade, elas são consideras um símbolo de perfeição. No entanto, a rosa é uma flor traiçoeira, de aparência delicada e frágil pelas suas pétalas, que contrasta com a dureza do seu talo e espinhos. Do mesmo modo, as “famílias perfeitas” norte-americanas só são perfeitas na aparência.

    As pétalas das rosas têm conotações sexuais, por isso não é de se estranhar que estejam ligadas à personagem de Angela. Além disso, essas pétalas caem lentamente, deixando entrever a fugacidade da beleza.

    Ao mesmo tempo, Sam Mendes trata de aproximar o exotismo dessa nossa sociedade à suposta esquisitice de viver verticalmente a vida. Trata-se de um estudo realista sobre a podridão e vazio da falta de sentido na vida. A sua mensagem é densa e dramática decorrente do ódio calado, da agressividade contida e da mediocridade da classe média consumista que busca satisfação e não consegue ser feliz dentro deste paradigma imposto, raso e cruel.

    VEREDITO

    Sátira ao comportamento hipócrita e materialista do estilo de vida consumista da família tradicional norte-americana, o efeito bola de neve na trama que faz com que os personagens percam as rédeas da sua vida é o que chama mais atenção fazendo a gente se questionar várias vezes.

    Beleza Americana é um filme à altura de tudo que conquistou, fazendo críticas sociais e ao estilo de vida que, apesar de carregar o adjetivo “americana”, é muito mais universal do que podemos imaginar.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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    Predador: Como funciona a hierarquia dos yautjas?

    Os predadores são uma raça alienígena chamada yautja e certamente são um dos monstros mais clássicos do cinema desde os anos 80; e conseguiu se manter relevante até os dias de hoje. Com o recente lançamento de Predador: A Caçada (2022), no serviço de streaming do Star+, nada melhor que conhecer mais sobre a hierarquia dessa espécie guerreira.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – O Predador: A Caçada (2022, Dan Trachtenberg)

    Originários do planeta Yautja Prime, os yautjas vivem em uma sociedade que valoriza a honra e as habilidades de combate de seus membros. Por causa disso, esses alienígenas possuem diversos ritos de passagem que envolvem caçadas para que possam demonstrar o seu valor.

    Conheça a hierarquia dos yautjas:

    NÃO-SANGRADO

    Os Não-Sangrados são yautjas jovens que ainda não possuem muita experiência de combate e não realizou um Ritual de Sangue (caçada) memorável.

    Ao derrotar uma nova criatura em um caçada, os yautjas normalmente guardam um troféu como recordação. Isso pode ser tanto o crânio da caça quanto uma arma utilizada por ela.

    Ser derrotado em um Ritual de Sangue é motivo de grande desonra para um yautja. Caso não morra imediatamente em decorrência do combate, o mais comum é que o Não-Sangrado cometa suicídio, normalmente detonando um explosivo, que elimina totalmente qualquer evidência da presença do yautja no planeta.

    SANGRADO

    Assim que um yautja realiza com sucesso sua primeira caçada contra um oponente digno (preferencialmente um xenomorfo) e coleta um troféu, ele se torna um Sangrado. Essa transição de hierarquia é considerada um rito de passagem para a vida adulta.

    Ao serem elevados a Sangrados, esses predadores ganham acesso a novas armas e equipamentos antes restritos a eles.

    ELITE

    Predadores de Elite são bem mais raros e assumem uma função de liderança em seus grupos. Normalmente, para alcançar tal posição, o yautja deve mostrar ser extremamente habilidoso e tomar o crânio de uma Rainha xenomorfo como troféu.

    Uma característica típica de um Elite é a sua maestria com uma arma específica.

    LÍDER DE CLÃ

    Por seus requisitos altamente perigosos para se conquistar tal posto na hierarquia, o Líder de Clã é uma posição ocupada por poucos yautjas. O único modo para se tornar um Líder é exterminar completamente um ninho de xenomorfos cuja população seja de trezentos ou mais indivíduos, tendo no máximo a ajuda de outros dois yautjas.

    Líderes de Clãs possuem grandes poderes políticos dentro de sua sociedade, bem como possuem exclusividade de escolha sobre as fêmeas yautjas.

    ANCIÃO

    Um Ancião é algo ainda mais raro entre os Predadores, visto que o mais comum é que um yautja morra jovem e em combate. Anciões são indivíduos centenários que sobreviveram a muitas caçadas e, portanto, são muito respeitados e reverenciados dentro da sociedade yautja.

    Os Anciões supervisionam o Ritual de Sangue de longe, em suas naves; monitorando os Não-Sangrados à medida que se tornam Sangrados em suas caçadas (embora às vezes isso também seja feito por Líderes de Clã).

    Curiosidade: Em pelo menos 2 ocasiões, Anciões/Líderes de Clãs deram armas a humanos – que ajudaram ou derrotaram um yautja em combate – como símbolo de respeito.

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    Predador e suas melhores versões no cinema


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    Betty Ross: De namorada do Hulk à Harpia Vermelha

    Elizabeth Ross, mais conhecida como o grande amor de Bruce Banner, tornou-se a Harpia, mais tarde a Mulher-Hulk Vermelha e finalmente a Harpia Vermelha.

    • A primeira aparição de Betty foi na HQ The Incredible Hulk #1, publicada em maio 1962;
    • Como Harpia foi na HQ The Incredible Hulk #168, publicada em outubro de 1973;
    • Como Mulher-Hulk Vermelha na HQ Hulk #15 – Vol. 2, publicada em novembro de 2009 e
    • Como Harpia Vermelha na HQ Immortal Hulk #16, publicada em abril de 2019.

    Betty foi criada originalmente por Stan Lee e Jack Kirby; já a Mulher-Hulk Vermelha foi criada por Jeph Loeb e Ed McGuinness.

    ORIGEM

    Betty é a única filha do filha do maior inimigo do Hulk, o General Thaddeus Ross; e cresceu sendo vigiada pelo seu pai de forma rígida, onde após a morte de sua mãe durante a sua adolescência, Betty foi enviada para estudar em um internato. Após se graduar, a jovem Elizabeth Ross retornou para o lado do seu pai enquanto o mesmo estava encarregado de um projeto secreto que consistia na criação de uma super arma envolvendo radiação gama. O cientista chefe era o Dr. Bruce Banner que detona a bomba de radiação gama de forma acidental durante um teste e se transforma no Incrível Hulk.

    HARPIA

    Mais tarde o vilão M.O.D.O.K. sequestra Betty e a submete a experimentos com radiação gama em um nível mais alto que Banner foi submetido no passado e assim, a transforma em um híbrido de mulher e pássaro verde, e começa a ser chamada de Harpia.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA |M.O.D.O.K.: O Organismo Mental Designado Apenas para Matar

    Com o passar dos anos, Betty acabou se casando com Banner. No entanto, a exposição constante de Betty ao Hulk lhe causou uma doença originada da radiação gama; o envenenamento foi tão forte que ela quase morreu. Banner foi capaz de inventar uma cura usando seu próprio sangue.

    No entanto, o inimigo do Hulk, o Abominável, trocou sua amostra de sangue com seu próprio sangue antes da transfusão. A transfusão com o sangue radioativo não tratado, piorou a condição de Betty; fazendo com que ela parecesse morrer da radiação e assim foi colocada em suspensão criogênica.

    MULHER-HULK VERMELHA

    Por ordem do General “Thunderbolt” Ross, Samuel Sterns, conhecido como Líder e M.O.D.O.K. reviveram Betty e a submeteram a um processo que a transformou na Mulher-Hulk Vermelha, concedendo seu vasto poder sobre-humano.

    Anos mais tarde, após o fim do casamento do casal e recém chegada do funeral de seu pai, Betty encontra Bruce Banner sentado em sua varanda. Betty diz a Banner que está irritada por ter demorado tanto para procurá-la. Bruce pede desculpas e tenta explicar que foi por um instinto que ele teve que ficar longe dos entes queridos por enquanto. Este pedido de desculpas, no entanto, só irrita Betty ainda mais. Enquanto Bruce continua explicando, Betty começa a pensar em como o relacionamento deles tem sido instável ao longo dos anos.

    Betty começa a ver por que seu pai não gostava dele mesmo antes de se tornar o Hulk e, naquele momento, odeia Bruce ainda mais do que seu pai. Betty Ross está prestes a dizer algo a Bruce, antes de de repente levar um tiro na cabeça. o agente Burbank, incapaz de dizer quem era quem enquanto usava imagens térmicas, atira na esperança de acertar Bruce, mas mata Betty.

    Bruce se transforma no Hulk e ataca Burbank, que só consegue escapar devido à interferência de Dr. Samson. Depois que Hulk se acalma, os dois entram na casa e percebem que o corpo de Betty desapareceu e que há buraco do tamanho de um Hulk na parede da casa.

    HARPIA VERMELHA

    A notícia se espalhou sobre o desaparecimento de Betty. A repórter Jacqueline McGee aparece na cena do crime para entrevistar o detetive do caso. Ele diz a ela que Betty é oficialmente uma pessoa desaparecida, mas extraoficialmente eles encontraram fragmentos de crânio, respingos de sangue e uma pena vermelha gigante na cena do crime.

    Oculta pelas sombras e despercebida por ambos, Betty se transformou em um amálgama de sua forma de Harpia e de Mulher-Hulk Vermelha, e os observa.

    Oito dias depois, McGee revisita a cena do crime sozinha para ver se consegue detectar alguma coisa que tenha ficado despercebida. Betty aparece como Harpia Vermelha e diz para Jackie McGee que tudo foi esmagado, sua vida, ela mesma, por “ele”, significando Banner.

    Betty relembrou seu passado com Bruce e seu relacionamento tóxico. Ela desejava estar livre dele. E esta nova versão, ela diz: “Este sou eu“.

    PODERES E HABILIDADES

    Como Harpia, Betty tinha super força, estamina, velocidade aprimorada e grande durabilidade. Ela também tem um enorme par de asas verdes como de um pássaro gigante e também conseguia projetar rajadas de energia nuclear que surgiam de suas mãos.

    Como Mulher-Hulk Vermelha, Betty e era controlada por esses vilões para fazer a vontade deles, inclusive, sua primeira missão era assassinar Banner e seu próprio pai, agora na forma de Hulk Vermelho. Betty Ross, agora como Mulher-Hulk Vermelha ela tinha todos os poderes de Harpia, porém, aprimorados; além do fator de cura elevado iguais ao do Hulk.

    E como Harpia Vermelha, Betty Ross tem todos os seus poderes combinados.

    EQUIPES 

    Após se libertar do controle mental, Betty começou a atuar como uma anti-heroína e lutou ao lado da Mulher-Aranha, Ms. Marvel e Marvel Boy em uma missão no Brasil para lutar contra o Hulk que havia sido transformado em Nul: Destruidor de Mundos. Mais tarde, ela recebe uma espada asgardiana encantada do Homem de Ferro e se junta aos heróis na batalha final contra a Serpente e suas forças. Após a batalha, as armas Stark-Asgardianas foram devolvidas a Asgard para serem derretidas, mas a Mulher-Hulk Vermelha manteve sua espada.

    Betty também já atuou ao lado de equipes e organizações como os Defensores, a S.H.I.E.L.D. e o Código Vermelho.

    CURIOSIDADES

    No Universo Ultimate Marvel, Betty Ross ainda é filha do ex-chefe da S.H.I.E.L.D., General “Thunderbolt” Ross. Ela se formou em comunicação em Berkeley e namorou Bruce Banner até que suas tentativas fracassadas de resolver o problema dos super soldados o transformaram no Hulk.

    A contraparte Ultimate de Betty Ross é muito mais hostil do que sua contraparte do Universo 616. Ela é uma agente da S.H.I.E.L.D. e se mostra hostil com seu namorado Bruce Banner. Depois que ela o trai com o ator da vida real Freddie Prinze Junior, Banner se transforma no Hulk e mata 815 pessoas em um tumulto na cidade de Nova Iorque.

    Banner, portanto, recebe a pena capital, que é executada pela S.H.I.E.L.D. com uma bomba de um megaton. Isso não funciona e é revelado que o Hulk está morando no Tibete. Quando Nick Fury envia Wolverine para terminar o trabalho, Ross se opõe às suas ordens e rouba o soro do Hulk modificado desenvolvido por Jennifer Walters. Usando-o em si mesma, Ross se torna a Mulher-Hulk Ultimate e intervém na batalha entre Hulk e Wolverine. Fury então envia um míssil nuclear para a luta, mas não consegue matar nenhum dos três.

    OUTRAS MÍDIAS

    Jennifer Connelly (direita) e Liv Tyler (esquerda) como Betty Ross.

    TV

    A personagem já apareceu em vários desenhos animados, os mais conhecidos são O Incrível Hulk de 1982 e 1996, Hulk e os agentes da S.M.A.S.H., Hulk vs Thor, Ultimate Wolverine vs. Hulk, What If…?.

    GAME

    Ela tem presença marcada nos jogos O Incrível Hulk e aparece como Mulher-Hulk Vermelha em Marvel vs Capcom 3.

    CINEMA

    Betty Ross já foi interpretada pela atriz Jennifer Connelly no filme do Hulk (2008) e por Liv Tyler no longa O Incrível Hulk (2003), como o longa de 2003 faz parte do Universo Cinematográfico Marvel, alguns fãs especulam que a Liv Tyler e reprisará a personagem na série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis, que estreia no catálogo do Disney+ no dia 18 de agosto desse ano.


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    CRÍTICA – Cult of the Lamb (2022, Devolver Digital)

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    Cult of the Lamb chega para PC e consoles em 11 de agosto de 2022. O novo jogo lançado pela publisher Devolver Digital é produzido pelo Massive Monster, um estúdio independente inglês responsável por outros bons jogos como The Adventure Pals (2018) e Never Give Up (2019).

    Cult of the Lamb é um roguelite sarcasticamente fofo com elementos de gerenciamento de colônias, disponível para PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S. Confira nosso review a seguir.

    SINOPSE

    Cult of the Lamb coloca o jogador no papel de um cordeiro possuído, que é salvo da aniquilação por um estranho sinistro e precisa quitar sua dívida recrutando seguidores leais em nome dele.

    Crie seu próprio culto em uma terra de falsos profetas, aventurando-se por regiões misteriosas e diversas para criar uma comunidade fiel de Seguidores da floresta e para propagar sua Palavra e se tornar o único culto verdadeiro.

    ANÁLISE DE CULT OF THE LAMB

    A indústria indie neste ano vem demonstrando sua força, lançando bons títulos com potencial de entretenimento e durabilidade, brigando de frente com grandes players do mercado. O Massive Monster não fugiu dessa tendência, entregando trama, gráficos, jogabilidade e áudio de alta qualidade.

    Tentando traçar comparações, consegui relacionar Cult of the Lamb com Don’t Starve (2013), por sua temática funesta e por seu humor peculiar, e também com Nobody Saves the World (2022), pela aparente inocência satírica e as vivas cores.

    Trama

    O básico da trama já foi explicado na sinopse. Iniciamos nossa jornada como o simpático cordeiro que caminha moribundo rumo ao seu fim. Ao ser julgado pelos quatro deuses antigos, que justificam seu sacrifício como necessário para impedir que uma profecia seja cumprida, damos nossos primeiros passos para a criação do culto.

    Ressuscitado pelo ser que se denomina Aquele Que Espera, o cordeiro retorna armado da Coroa Vermelha, que pode se transformar em armas e maldições, para construir um culto em nome de seu benfeitor para pagar a dívida que nem entende por que contraiu.

    A história vai crescendo com nuances e tramas secundárias que aumentam o apelo por explorar cada vez mais as terras da Antiga Fé em busca de respostas. Outro grande acerto do jogo é a ironia de um cordeiro fofo ser o receptáculo de tanto caos, espalhando a carnificina por onde passa, aconselhado por seres tão imorais quanto sádicos.

    Arte

    Como disse, não só a trama colabora para o frequente sarcasmo em contraste ao aspecto amável do pequeno cordeiro. O design e a música também dão a impressão de estarmos em um jogo infantil.

    Cores alegres e vivas. Animações suaves e com bastante destaque. Canções agudas e animadas. O jogo é um eterno contraponto, porque enquanto num momento estamos aproveitando este banho de fofura, no outro somos lançados em um ritual de sacrifício cthuliano.

    Leia o review de Cult of the Lamb, um roguelite sarcasticamente fofo com elementos de gerenciamento de colônias lançado pela Devolver Digital

    O trabalho do Diretor de Áudio, conhecido pelo nome de River Boy, foi excelente. Ele conseguiu envolver todos os sentidos nesta montanha russa de incoerências que Cult of the Lamb propõe. Ele não só criou músicas que te levam do terror ao parque de diversões, mas também compôs efeitos sonoros que permitem sentir cada movimento, ataque e ação que ocorre em tela.

    Mecânicas

    Falando em sentir o que está em tela, um dos primeiros pontos que me impressionou em Cult of the Lamb foi a responsividade de seus movimentos. Com mecânicas básicas e bem apresentadas, o jogo permite um controle adequado do personagem, sentindo cada ação executada por movimentos de câmera, sons ou vibração do controle.

    Outro grande acerto relacionado à jogabilidade é sobre o flow do jogo (conceito que aprendi na entrevista com Ben Esposito, criador de Neon White. O flow, em português, equivale à cadência na experiência. O jogo oferece uma proposta dinâmica durante o modo de exploração roguelite, com vários combates em pequenas salas repletas de itens, inimigos e objetos quebráveis.

    Para equalizar as possíveis 12 horas de jogo, existe um balanço com os momentos em que o foco é a manutenção do seu culto. Nestas etapas, a experiência se volta para um conceito semelhante a jogos de gestão de colônias e sobrevivência.

    Armas e cenários

    Como em outros roguelikes, a aleatoriedade também tem papel de destaque em Cult of the Lamb.

    Primeiramente, por meio das armas e magias (chamadas de maldições no jogo), as quais são ofertadas randomicamente ao início de cada nova masmorra. Além disso, os cenários também são gerados proceduralmente e oferecem desafios diferentes a cada reinicio – o que pode ser facilitado por um dos outros fatores.

    Como último fator de aleatoriedade, o jogo oferece um baralho de tarô. A cada nova masmorra, o jogador encontra Clauneck, um personagem arquetipicamente sábio que te oferece uma carta a cada encontro, além de frequentes pílulas de conhecimento. As cartas podem conceder ao jogador algumas vantagens, sendo uma delas, como mencionei, poder visualizar todas as salas do mapa da masmorra sem tê-las explorado.

    VEREDITO

    Cult of the Lamb sabe muito bem gerenciar expectativa e execução, entregando uma experiência divertida, leve e que pode muito bem te prender por horas a fio. Em uma jornada simples, sem se apegar a sidequests ou muito à exploração, o jogo pode levar aproximadamente 15h.

    Não só por sua duração o jogo merece elogios, mas por te manter engajado em todas estas horas. Apesar de parecer possível, em nenhum momento me senti entediado ou aborrecido por causa da repetitividade, porque ao contrário do que acontecia na demo, na versão completa o ritmo do jogo é muito bem balanceado.

    Eu fico muito feliz com a alta qualidade que a indústria de games indie tem atingido em seus últimos títulos. Quero acreditar fortemente numa reedição deste mercado, onde jogadores e empresas valorizem cada vez mais estes pequenos e geniais produtores de jogos.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Cult of the Lamb, em seus valores em pré-venda no Brasil, custa:

    Confira o trailer de Cult of the Lamb:

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    CRÍTICA – O Despertar das Tartarugas Ninja: O Filme (2022, Netflix)

    O Despertar das Tartarugas Ninja: O Filme continua da animação homônima que foi ao ar originalmente entre 2018 e 2020. O filme da Netflix dirigido por Ant Ward e Andy Suriano conta com o elenco original e expande sua lore e apresenta personagens já clássicos do original, os Krang.

    Isso mesmo. Ainda que na animação original, dos anos 80, Krang fosse um vilão, em O Despertar das Tartarugas Ninja: O Filme, somos apresentados à personagens de sua raça, que tem como intuito adentrar o mundo humano e dominá-lo.

    SINOPSE

    Os poderes místicos das tartarugas ninja são colocados à prova quando criaturas impiedosas de outro universo tentam instaurar o caos.

    ANÁLISE

    Tartarugas Ninja

    A belíssima animação tem início no futuro, quando os Krangs tentam sua última ofensiva para derrotar a resistência liderada pelas últimas Tartarugas Ninja. Em uma tentativa desesperada de evitar que esse futuro se concretize, Michelangelo envia Casey Jones para o passado para evitar que o início daquele caos se instale.

    Casey Jones foi apresentado na animação pela primeira vez ao longo do filme, o personagem tem um papel importante na animação e tem um importante papel na tentativa de evitar que aquele futuro ocorra de fato.

    Ao chegar no presente, em meio à uma época em que as Tartarugas Ninja se comportam de maneira bem diferente daquelas que ele conhece – no futuro -, Jones percebe que sua missão será bem mais difícil do que imaginara.

    A animação entrega algumas das mais divertidas e sombrias aventuras das Tartarugas. Apresentando o Clã do Pé – uma importante organização daquele universo -, como os lacaios dos Krang, dão um foco e um maior destaque a quem não teve tanto destaque assim ao longo dos 72 episódios da animação O Despertar das Tartarugas Ninja.

    Enquanto aprofunda incríveis elementos apresentados no passado, como as habilidades mágicas de nossos heróis, esses elementos são aumentados até a enésima potência.

    VEREDITO

    Tartarugas Ninja

    Além de divertida, o longa animado nos lança pelo divertimento que só a interação entre o curioso grupo composto agora não apenas pelas quatro tartarugas e seu mestre Splinter, mas também por April O’Neil e agora, Casey Jones.

    As sequências de ação e o cuidado dos animadores, bem como da Netflix nos lançam em uma aventura única e elevam drasticamente o nível das ameaças.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer da animação:

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