As novidades do mundo do terror não param e a queridinha da vez é a série Yellowjackets da Showtime que chega no Brasil pela Paramount+. Por isso, o Noite Sombrias desta sexta traz as primeiras impressões dessa série de mistério e terror.
SINOPSE DE YELLOWJACKETS
Talentosas jogadoras de futebol do ensino médio transformam-se em um clã de selvagens após seu avião cair em uma região inóspita. Anos depois, elas descobrem que o que começou na natureza selvagem está longe de acabar.
ANÁLISE
Todo fã de horror gosta de um bom mistério que tenha segredos obscuros e personagens profundos. Logo, Yellowjackets é o tipo de série ideal para quem deseja mergulhar em um enredo enigmático com um pesado terror psicológico. Criada por Ashley Lyle e Bart Nickerson, produtores e roteiristas de Narcos e The Originals, Yellowjackets é inteligente e provocador ao subverter o gênero terror adolescente apresentando um thriller totalmente feminino.
Sendo assim, é apresentado a dinâmica do time feminino de futebol do ensino médio de Nova Jersey em 1996. As jovens que são a sensação na escola foram classificadas para as Nacionais e por isso irão jogar em Seattle . Porém, ao sobrevoar o Canadá, o avião acaba caindo no deserto de Ontário, o que faz com que essas jovens precisem sobreviver ao frio extremo e sem comida por quase dois anos.
Após 25 anos do resgate das sobreviventes, os traumas do passado voltam a perturbá-las e segredos do acidente estão prestes a serem revelados. Dessa forma, a série volta entre passado e presente para acompanhar as atletas isoladas e suas vidas atuais. Já no primeiro episódio tem-se a introdução de algumas personagens bem importantes, como:
Shauna Sheridan, interpretada por Sophie Nélisse na versão adolescente e por Melanie Lynskey na versão adulta, quando adolescente Shauna tem um jeito mais inseguro e é melhor amiga da popular e líder do time, Jackie (Ella Puernell). Quando adulta, Shauna se torna uma dona de casa solitária;
Taissa Turner, Tawny Cypress interpreta a versão adulta e Jasmin Savoy Brown retrata a versão adolescente, é uma jovem forte e determinada. Já adulta, ela vira uma importante senadora americana queer;
Natalie, Juliette Lewis interpreta a versão adulta e Sophie Thatcher a versão adolescente, Nat é a rebelde do grupo e quando adulta acaba de sair da reabilitação e está prestes a rever as velhas amigas;
Misty, Ricci Chistina interpreta a versão adulta Sammi Hanratty retrata a versão adolescente, Misty é a peculiar ajudante do time. Já adulta, ela se torna uma enfermeira em uma casa de passagem.
O primeiro episódio que foi dirigido por Karyn Kusama (Garota Infernal) apresenta uma estética sombria e uma paleta de cores geladas combinando com o clima tenso da série. As cenas do passado servem para contextualizar o presente e como essas personagens eram antes do acidente. Com um tom bem visceral, Yellowjackets não poupa o sangue em tela e não tem medo de ser grotesca, visto que existem cenas de canibalismo.
Além disso, o começo da série já dá algumas pistas da dinâmica do show, pretendendo mostrar como as personagens sobreviveram ao deserto gelado e como isso irá influenciar suas vidas no presente, visto que uma mulher misteriosa surge fazendo perguntas. Longe do que terror convencional adolescente, Yellowjackets trata-se de um série com grande convicções no feminino explorando o comportamento humano e o psicológico dessas adolescentes frente a uma terrível situação
VEREDITO DE YELLOWJACKETS
Com uma boa recepção na crítica, Yellowjackets cativa ao apresentar um elenco e produção em maioria feminina com roteiro e direção a altura de grandes produções de terror contemporâneas. O sucesso é tanto que uma segunda temporada já foi confirmada e mais mistérios estão por vir. Em breve analise da primeira temporada completa.
Nossa nota
5,0/5,0
Confira o trailer de Yellowjackets:
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Pacificador está chegando perto de sua reta final e Suave Na Nave foi o quinto episódio do seriado da HBO Max em parceria com a DC Comics.
ANÁLISE DE SUAVE NA NAVE
Suave Na Nave talvez tenha sido o episódio mais frenético e cheio de ação de Pacificador, pois não faltou tiro, porrada e bomba, literalmente, nesse capítulo.
A velocidade do texto e dinamismo do texto deu uma urgência maior aos fatos, ainda mais que houve um desenvolvimento bastante interessante do grupo de personagens num todo. De fato, se nos primeiros episódios havia uma desconexão por ser um punhado de pessoas que não se gostam trabalhando juntas, agora Pacificador apresnta uma gangue de loucos que entica uns com os outros por meio de apelidos babacas e um humor na medida certa.
Mesmo que ainda a galhofice seja o centro, as formas como o roteiro aborda os traumas e traços de Chris (John Cena) são muito boas e sempre temos pílulas das personalidades dos demais anti-heróis. O Vigilante, por exemplo, se mostra cada vez mais psicótico, mesmo que o rosto ingênuo de Freddy Stroma nos traga um ar de bom mocismo. A ambiguidade de sentimentos é o maior trunfo de Pacificador e Suave Na Nave abordou isso de forma exemplar.
Por fim, mais uma vez tivemos uma trilha sonora impecável que nos deixa mega empolgados a cada momento, visto que a montagem é perfeita e as conexões se dão de várias formas na série.
VEREDITO
Com um roteiro divertido, mas cheio de conteúdo e boas cenas de ação, Pacificador mostra que é uma das séries mais legais dos últimos anos. Com uma produção de cinema e personagens espetaculares, ficamos ansiosos para o que vem pela frente. Estou torcendo muito para que tenhamos mais produções como essa na DC Comics!
Nossa nota
4,3/5,0
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Ozark está em seu quarto e último ano e é uma das séries mais bem avaliadas por crítica e público e deve vir forte nas premiações em 2022.
SINOPSE DE OZARK
Os Birdies estão com uma nova e tenebrosa missão: livrar Omar Navarro (Felix Solis) das garras do FBI enquanto Jonah (Skylar Gaertner) está cada vez mais revoltado após a morte de Ben (Tom Pelphrey).
Enquanto isso, alguns velhos inimigos começam a se juntar a ex-aliados, trazendo ainda mais problemas para Marty (Jason Bateman) e sua família.
ANÁLISE
Ozark é uma série que tem um ritmo desacelerado, mas que a qualquer momento pode nos surpreender. As viradas na trama são extremamente orgânicas e sempre ficamos vidrados no que pode acontecer. Essa premissa lembra muito Breaking Bad, pois as duas mostram de uma forma nada convencional a corrupção de pessoas que vão se acostumando com o poder e possibilidades de uma vida crimes.
Em seu quarto ano, Ozark traz um tom mais sarcástico, incluindo o excelente personagem Javi (Alfonso Herrera), primo de Navarro, que é mais ameaçador que o seu parente. Ele é responsável por cenas desconfortáveis e terrivelmente hilariantes. Contudo, por mais que haja aqui um humor extremamente brutal e maquiavélico, a tensão ainda se sobressai no que diz respeito à trama.
A crítica ao American Way é também muito forte aqui, pois a história do país mostra que se tiver sucesso, não importa se você sujou suas mãos de sangue alheio para chegar até lá. Marty e Wendy (Laura Linney) são vistos como salvadores de uma cidade pacata, mesmo que eles, no fundo, sejam o câncer.
Ainda que a direção seja magnífica e o texto quase impecável, existem algumas facilitações de roteiro que me incomodam desde os primórdios de Ozark. Entretanto, por mais que esses deslizes existam, a série continua incrível à sua maneira, algo que a torna muito relevante nos nossos tempos atuais de trevas e hipocrisia.
VEREDITO
Mantendo seu ritmo intenso e fazendo críticas pontuais, Ozark consegue entregar uma temporada divertida e mais dinâmica que as suas antecessoras. Se mantiver o ritmo, a quarta temporada tem tudo para ser uma das melhores, chegando no nível do magnífico terceiro ano.
Confira nosso resumo da terceira temporada de Ozark:
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Não apenas a minha fixação com ficção-científica, mas também minha paixão, me fizeram trazer ao TBT do Feededigno a trilogia de Star Trek que teve início em 2009 pelas mãos de J.J. Abrams. Essa trilogia fez com que muito do que é feito com a franquia hoje, seja possível. Em 2016, Star Trek: Sem Fronteiras foi lançado e nos apresenta o encerramento da trilogia de Abrams.
Como citado anteriormente, nos meus textos, o que faz a franquia se destacar, é a forma brilhante como os diretores de Star Trek nos apresentam as mais humanas das emoções por meio dos mais diversos conflitos, até mesmo em meio à raças alienígenas.
SINOPSE
Em uma missão de resgate, a nave USS Enterprise é atacada por Krall (Idris Elba), um chefe militar que jurou vingança contra a Federação. Após uma aterrissagem forçada, a tripulação precisa deter uma raça alienígena hostil e o início de uma guerra galáctica.
ANÁLISE
Durante sua missão no Espaço Profundo, ao chegar na estação Yorktown, a Enterprise é enviada para auxiliar em um pedido de ajuda em uma nebulosa próxima. Ao longo da missão de resgate, as coisas não saem como esperado.
Ao sermos lançados em meio ao mundo de Star Trek em Sem Fronteiras, vemos o que uma longa viagem – em direção ao espaço profundo que já dura três anos e meio – causa aos tripulantes da Enterprise. Seja para o bem, como para o mal, o enclausuramento traz à tona os mais diversos sentimentos, muitos deles identificáveis em tempos de pandemia.
A USS Enterprise é uma das naves mais icônicas da cultura pop, e se você é um espectador cativo de Star Trek, vai se lembrar que ao longo das produções, filmes, séries, spin-offs e diferentes gerações, a nave foi destruída cerca de 18 vezes. E em Sem Fronteiras não é diferente.
Enquanto testemunhamos o ponto mais alto da trilogia, vemos como o peso do legado e como o passado podem influenciar nas histórias dos personagens e em suas decisões.
VEREDITO
A direção de Justin Lin – responsável em grande parte por filmes como Velozes e Furiosos – causa uma boa impressão e nos mostra que o diretor sabe criar sequência megalomaníacas, que nos fazem ter rapidamente noção do tamanho da ameaça que ronda o mundo de Sem Fronteiras, e independente do quão pequenas as ameaças possam ser, elas devem ser levadas a sério. Enquanto brinca com proporção desde sua primeira sequência, o diretor brilha ao nos mostrar sua visão do que é o universo criado por Gene Roddenberry.
“O espaço: a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise. E sua missão de cinco anos: para explorar novos mundos para pesquisar novas formas de vida e novas civilizações. audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve.”.
Nossa nota
5,0 / 5,0
Confira o trailer do filme:
A trilogia Star Trek de J.J. Abrams está disponível na Netflix.
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Como citado anteriormente por esse que vos escreve na nossa tag semanal, O Livro de Boba Fett é uma das séries de menor efeito do Disney+ até hoje. Independente do universo que está ambientado. Seja no de Star Wars, ou as séries do UCM, O Livro de Boba Fett não nos faz sentir a urgência necessária para mover a trama para frente. O episódio 5 intitulado apenas de “Chapter 5” nos leva não por uma viagem ao passado, como nos 4 primeiros episódios da série – em meio a um universo conhecido, mas traz de volta personagens que marcaram desde sua primeira aparição.
Chapter 5, nos faz tremer desde seus primeiros minutos, não por uma súbita urgência da trama, mas por trazer de volta um dos mais belos exemplos da revitalização de uma nova fase que o universo criado originalmente por George Lucas merece.
ESSE TEXTO POSSUI SPOILERS DE ENREDO DE THE MANDALORIAN E O LIVRO DE BOBA FETT.
SINOPSE
Um aliado inesperado aparece.
ANÁLISE
Tendo sido responsável por dois dos episódios mais marcantes de The Mandalorian, Bryce Dallas Howard retorna ao Universo Star Wars para a direção do 5º episódio de O Livro de Boba Fett. Aparentemente, por conhecer melhor o universo no qual está ambientada do que os outros diretores, Howard parece dançar por entre as mais diversas tramas que rodeiam não apenas Mos Espa, mas também os acontecimentos que sucedem os acontecimentos de The Mandalorian.
Ao testemunharmos o fim de algumas das tramas que eram o mote de algum dos arcos não finalizados de The Mandalorian, vemos a busca e o reencontro de Din Djarin com os últimos mandalorianos finalmente acontecer. Após um breve confronto, o personagem é lançado em direção à resolução de sua história.
O brilhantismo de Howard na direção não está apenas em trazer de volta um persogem, mas também no cuidado em que ela dá em um episódio a urgência que faltou ao longo de quatro episódios.
Ao nos lançar em direção à um episódio que é a epítome de Star Wars, Bryce Dallas Howard faz Chapter 5 ser um divisor de águas, para o protagonismo de Boba Fett que têm sido colocado em segundo plano desde o primeiro episódio.
VEREDITO
Enquanto prepara as peças no tabuleiro a favor do novo daymio, Chapter 5 insere na trama o que era necessário a fim de nos dar um senso da direção que a série tem intenção de seguir, e coloca ao lado de Boba Fett um dos mais poderosos e pertinentes aliados para lutar contra o controle do Sindicato Pyke e seus aliados.
Nossa nota
4,5 /5,0
Confira o trailer da série:
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Dirigido pelo vencedor do Oscar Guillermo del Toro, o novo filme da Searchlight Pictures estreia dia 27 de janeiro nos cinemas. O Beco do Pesadelo se passa na década de 40 dos Estados Unidos e conta a história de Stanton Carlisle (Bradley Cooper), um homem ambicioso que aprende sobre truques de telepatia com um casal (Toni Collette e David Strathairn) em um parque de diversão itinerante.
Neste parque, Stanton conhece Molly (Rooney Mara) e se apaixona por ela. Juntos, eles partem para uma vida mais luxuosa onde irão enganar a elite de Nova York com os truques aprendidos. Em um de seus shows, Stanton conhece Lilith Ritter (Cate Blanchett), uma psiquiatra que o convence a se unir a ela para enganar pacientes e obter dinheiro deles. O que Stanton não imagina é que essa união ambiciosa causará problemas inimagináveis.
Repleto de estrelas de Hollywood, conheça o elenco e os personagens presentes em O Beco do Pesadelo. O texto contém spoilers sobre a história.
BRADLEY COOPER COMO STANTON CARLISLE
Bradley Cooper é um ator, cineasta e produtor estadunidense de 47 anos. Começou sua carreira em 1999 na série Sex and the City e já estrelou diversas produções de sucesso, tais como: Nasce uma Estrela (2018); O Lado Bom da Vida (2012); Sniper Americano (2014); Se Beber, Não Case (2009), entre muitos outros. Oito vezes indicado ao Oscar em diversas categorias, Cooper atua como protagonista e produtor de O Beco do Pesadelo, tornando-se próximo do diretor Guillermo del Toro e do produtor J. Miles Dale.
“Criamos todos os elementos ao redor de Cooper como seria feito com uma estrela do cinema na década de 1930 – o corte de cabelo, os figurinos, a iluminação, tudo foi feito sob medida para Bradley”, diz del Toro. “O que Bradley traz é muito comovente. Ele tem toda a bondade, a beleza física e uma elegância inata para mostrar o que Stanton poderia ser, mas, ao mesmo tempo, ele tem a habilidade de criar um personagem que apresenta um lado sombrio”.
Sobre o personagem principal, Staton Carlisle, del Toro o descreveu como “um homem machucado que aprendeu a mentir para conseguir as reações que quer das pessoas”. Segundo o diretor, Stanton Carlisle sempre está tentando não mostrar seu verdadeiro eu, sendo um personagem mercurial que se transforma de acordo com as circunstâncias.
CATE BLANCHETT COMO LILITH RITTLER
Cate Blanchett, duas vezes vencedora do Oscar e uma das atrizes contemporâneas com maior diversidade em seus papéis, interpretando vários ícones da vida real, como Katharine Hepburn e Rainha Elizabeth. Ela estrelou em Carol (2015), Blue Jasmine (2013), Elizabeth: A Era de Ouro (1998), Notas Sobre um Escândalo (2006), Não Estou Lá (2007) e O Aviador (2004), entre muitos outros.
Em O Beco Do Pesadelo, Blanchett surpreende com suas habilidades ao canalizar uma clássica energia femme fatale em sua personagem. A Dra. Lilith Ritter é uma afiada psicanalista freudiana, que avalia Stanton rapidamente como um homem com uma psique ferida, mas também como alguém muito perigoso que ela sabe como superar e derrubá-lo. “O choque de Stanton e Lilith é épico”, diz del Toro. “Ver Cate e Bradley trabalhando juntos como dois manipuladores igualmente brilhantes é presenciar um duelo de titãs”.
Blanchett queria interpretar Lilith como um enigma que Stanton não consegue resolver, apesar de seus estudos sobre a natureza humana. “Tanto Guillermo como eu queríamos que Lilith fosse incognoscível e misteriosa. Ao mesmo tempo, Guillermo estava procurando por aqueles pequenos buracos por onde você pode ver através das muitas camadas de Lilith até o que está por baixo – tanto física como psicologicamente”, conta a atriz.
ROONEY MARA COMO MOLLY CAHILL
Molly é uma bela artista do parque que tem um número como Elektra, “a moça que consegue absorver qualquer quantidade de voltagem”. Interpretando a personagem está Rooney Mara, duas vezes indicada ao Oscar, por Millennium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (2011) e Carol (2015), filme no qual ela atuou junto de Cate Blanchett.
Embora seja uma pessoa que não se abala com a opinião dos outros e que tem a resiliência de uma jovem que foi criada no mundo carnavalesco itinerante, Molly ganha a atenção de Stanton devido seu afeto e personalidade esperançosa. É ela quem acredita que ele pode ser uma pessoa grandiosa. Essa sua fé é o suficiente para deixar a comunidade que ela ama e seguir junto com Stanton rumo à fama.
“De certa forma, Molly é a consciência do filme. Ela se esforça muito para manter Stan no caminho certo”, diz Dale. “Guillermo sempre acreditou que atores podem se expressar com seus olhos, e Rooney tem esta habilidade. Ela traz para Molly uma inocência, mas também uma força crescente à medida que ela também cresce. Além disso, a personagem faz o contraste moral com Stanton, como leal, espiritual e humana”.
TONI COLLETTE COMO ZEENA ‘A VIDENTE’ KRUMBEIN
Quando Stanton chega ao parque, seu primeiro relacionamento real é com Zeena, uma veterana e especialista em leitura de tarô com um popular número de clarividência. A personagem é interpretada pela indicada ao Oscar Toni Collette, de Hereditário (2018) e Entre Facas e Segredos (2019).
Zeena conhece as regras melhor do que ninguém. Casada com seu adorável e brilhante ex-colega de ato (David Strathairn como Pete), agora um alcoólatra, ela é atraída por Stanton, mas sente que ele está indo em direção a um caminho difícil. “Toni foi a única pessoa de quem falamos para interpretar Zeena”, diz Dale. “Stan entra na vida de Zeena e basicamente se aproveita dela para chegar até Pete e aprender seu número. Então, assim que pode, ele a abandona para ficar com Molly”.
Collette e del Toro conversaram sobre levar o papel em direções inesperadas. Zeena pode não ter verdadeiramente o dom da clarividência, mas ela tem instintos muito bem afiados sobre as pessoas, e ela não tolera idiotas. A atriz conta: “Existem certas conotações que muitas vezes acompanham o ‘ser vidente’ e eu amo fazer algo que vá contra elas. Esta foi a orientação que Guillermo me deu”.
Quanto ao porquê de Zeena se tornar mais vulnerável do que o normal quando está com Stanton, Collette diz: “Ela é o tipo de pessoa que está constantemente querendo curar, ajudar e consertar. E também acho que ela foi pega de surpresa por ele… ela é uma pessoa intuitiva, mas ele é tão bom que, no início, consegue passar despercebido”.
Em relação a del Toro, ela diz: “A maior surpresa para mim é o quão incrivelmente entusiasmado ele é. Honestamente, ele é uma alma tão generosa. No final das tomadas que ele ama, Guillermo apenas fica sentado aplaudindo. É como se ele fosse um público de uma só pessoa”.
WILLEM DAFOE COMO CLEM HOATLEY, O ORADOR DO PARQUE
O administrador do parque, Clem, também é um carnavalesco das antigas com uma rigidez intimidante, mas disposto a dar uma chance a qualquer um. Impossível de não ser notado, Clem é um dos personagens mais importantes do parque – e um dos mais imprevisíveis. O homem que acolhe Stanton quando ele está em seu maior desespero é interpretado por Willem Dafoe, ator quatro vezes indicado ao Oscar pelos filmes No Portal da Eternidade (2018), Projeto Flórida (2017), A Sombra do Vampiro (2000) e Platoon (1986).
Um fã de longa data de Del Toro, Dafoe foi atraído pela chance de ser o empresário do parque itinerante. “Eu amo este mundo. É tão teatral, cheio de cores e drama, e é um material perfeito para um filme”, diz. O ator também ficou intrigado com as sombras de Clem, um homem que é simultaneamente insensível e inabalavelmente leal com os seus. “Nele também há um pouco de um homem vigarista, ele quer ganhar dinheiro. Mas há um lado meigo, o qual ele se sente responsável pela família que tem neste parque itinerante”, diz Dafoe.
Clem se identifica com Stanton quando o conhece, vendo-o como alguém que parece perdido e ainda assim cheio de potencial. “Acho que ele se vê também no Stanton”, aponta Dafoe. “Um homem como Clem tem experiência, provavelmente já cumpriu pena, teve que se esforçar para sobreviver, e ele sabe o que é passar por isso, então, está disposto a ajudar o protagonista desta história”.
RICHARD JENKINS COMO EZRA GRINDLE
Quando Stanton e Molly se mudam para Buffalo, na época que a guerra e a depressão assolam a nação, Stanton foca em um objetivo muito nobre. Ele pretende conquistar a confiança do magnata industrial mais rico da cidade, Ezra Grindle, um homem assombrado pela perda de sua amada e disposto a fazer qualquer coisa para obter respostas. Para interpretar o personagem, Del Toro escalou o duas vezes indicado ao Oscar e a estrela de A Forma da Água (2017), Richard Jenkins, como o homem que inspira o maior golpe de Stanton.
O produtor Dale diz que “Richard foi tão fantástico em A Forma da Água, e Guillermo sempre foi um grande admirador do seu trabalho. Mas Grindle tem um caminho diferente. Guillermo viu que ele poderia fazer isso e Richard ficou animado com a ideia”. Jenkins descreve Grindle como “um homem com muito dinheiro, mas pouca felicidade. Ele vive com culpa e dor constantes, e está a procura por alguém que possa lhe dizer que está tudo bem, e que ele está perdoado”.
No início, Grindle é intensamente e ameaçadoramente cético em relação a Stanton. Ele contratou muitas pessoas que leem pensamentos e espiritualistas, e todos foram expostos como fraudes, o que Grindle não perdoa. Mas Stanton passa em todos os testes e Grindle, tão necessitado, finalmente se permite acreditar. Jenkins observa que seu personagem fica mudando de ideia em relação a Stanton. “Se Grindle fosse descrever Stanton, diria que ele é angelical, brilhante, uma dádiva de Deus ou um cretino e traidor. O relacionamento deles muda a cada hora”.
DAVID STRATHAIRN COMO PETE KRUMBEIN
O integrante do parque que mais muda a vida de Stanton é o marido de Zeena, Pete, uma estrela em declínio que afoga suas autorrecriminações em bebidas alcoólicas. Em um tempo passado, Pete era o criador de um número de leitura de pensamento de sucesso baseado em um código engenhoso que ele criou, que impressionava o público a ponto de pagar para vê-lo.
Agora, isolado e culpado, Pete fica momentaneamente animado pela ideia de acolher Stanton. Ele se aproxima do protagonista com um orgulho paternalista e ingênuo e, mesmo que Pete avise Stanton para nunca abusar do número de forma que possa tirar vantagem do público, é exatamente isto que ele faz.
“Pete tem a melancolia de um homem que uma vez foi dono do show, mas que se tornou vítima do álcool e perdeu tudo. David interpreta seu arrependimento de uma forma tão comovente. Você sente sua história e tudo o que ele desperdiçou”, diz Dale. Além disso, Stanton dá à Pete um renascimento temporário quando entra em cena, desperando o artista dentro dele. “Pete quer compartilhar o que sabe com Stan, mas o aconselha sobre os perigos que existem se ele for longe demais”, descreve Strathairn.
David Strathairn é um ator estadunidense que já foi indicado a diversos prêmios, como o Oscar®, Emmy®, BAFTA®, Critics Choice Award®, entre outros. Ele já participou de produções como Nomadland (2020), O Ultimato Bourne (2007), Boa Noite e Boa Sorte (2005), entre muitos outros.
O Beco do Pesadelo estreia exclusivamente nos cinemas nacionais em 27 de janeiro.