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    CRÍTICA – Arquivo 81 (1ª temporada, 2022, Netflix)

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    Até onde ir à procura pela verdade? Arquivo 81 é a mais nova série de suspense da Netflix. A série que nos apresenta um mundo não tão diferente do nosso, nos leva por relações tão humanas e profundas quanto possível. E nos lança em meio à uma história que a cada episódio ganha cada vez mais camadas e se torna cada vez mais intensa e profunda.

    Tendo sido lançada no dia 14 de janeiro de 2022, a gigante do streaming vai precisar se esforçar muito a fim de apresentar pelo resto do ano uma narrativa que seja mais bem sucedida do que esta trama de apenas 8 episódios.

    SINOPSE

    Um arquivista é contratado para recuperar fitas de vídeo danificadas e fica obcecado em resolver um mistério envolvendo a diretora desaparecida e uma seita demoníaca.

    ANÁLISE

    Arquivo 81

    Arquivo 81 nos apresenta à história do jovem curador/restaurador de filmes antigos, Dan Turner (Mamoudou Athie), que é contratado para um serviço aparentemente sem muitos desafios, com uma recompensa boa demais para ser verdade. Repleto de traumas por um passado dolorido, que recentemente foram revividos, Dan precisa ficar isolado no que parece ser um antigo bunker a fim de restaurar as fitas de gravação que foram retiradas de um prédio após um misterioso incêndio.

    Ambientada em dois e até três períodos de tempo diferentes, a série nos lança por uma Nova York de 2022, 1994 e 1924. Sei que você pode estar imaginando algo parecido com Dark, mas Arquivo 81 se destaca e se distancia do drama alemão de viagem temporal, e nos lança junto de Dan no ano de 2022, em uma misteriosa trama a fim de descobrir mais sobre a história da aspirante a cineasta Melody Pendras (Dina Shihabi) em 1994 e o que causou o incêndio do Edifício Visser.

    Com uma narrativa concisa e que sabe exatamente onde quer chegar, a série coloca nos espectadores não apenas a semente de múltiplas possibilidades narrativas, mas nos faz questionar o que está diante dos nossos olhos. Fazendo-nos duvidar por vezes dos personagens que acompanhamos desde o primeiro episódio, e que vimos a trama se desenrolar por seus pontos de vistas.

    Vale lembrar, que a série que conta com a produção executiva de James Wan (Sobrenatural, Invocação do Mal, Aquaman), foi criada por Rebecca Sonnenshine (The Boys, Entre Dois Mundos, Outcast), tem todos seus episódios dirigidos por Rebecca Thomas. O mais brilhante elemento da série, não é ver como os protagonistas em épocas diferentes funcionam de forma coesa, mas ver como a trama consegue trabalhar imensamente bem todos seus arcos.

    A participação de Matt McGorry, Evan Jonigkeit e da jovem Ariana Neal dão aos mais diversos núcleos da série autonomia pela força e potência de suas atuações, podendo esses núcleos funcionar separadamente do todo. Mas a forma como a direção guia essas histórias, de maneira consistente e as une, dão a Arquivo 81 o que é necessário para que a trama se desenvolva de maneira condizente com a história que a série tem intenção de contar.

    VEREDITO

    Arquivo 81

    Os 8 episódios da primeira temporada de Arquivo 81 funcionam de forma coesa e levam a primeira temporada a um brilhante lugar. Tendo sido assistida por esse que vos escreve em apenas uma noite – o desenvolvimento da série nos faz não apenas ficar ansiosos com o que pode acontecer ao longo do episódio seguinte, mas nos faz questionar se o que vemos no canto de cada um dos frames – ou nas telas que Dan parece estudar minuciosamente – é real. Enquanto nos lança em uma espiral de intrigas e mistério junto de Dan, Melody e dos habitantes do Edifício Visser, explorando assim o passado, o presente e o futuro daquele mundo.

    Ao final da primeira temporada, a série nos leva por um caminho inesperado, e as possibilidades que o fim traz – de uma possível segunda temporada -, são incrivelmente inventivos e nos fazem questionar como aquele mundo funcionará daquele momento em diante.

    Arquivo 81 estreou na Netflix no dia 14 de Janeiro de 2022.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    10 casais mais fofos de Hollywood

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    Sabemos que Hollywood tem diversos casais que facilmente entrariam nessa lista de casais mais fofos, mas como essa semana surgiram rumores de que os atores Anna Kendrick (Scott Pilgrim Contra o Mundo) e Bill Hader (IT – A Coisa) estão namorando em segredo há mais de um ano, resolvi listar alguns casais de longa data.

    Kendrick de 36 anos e Harder de 43, que estrelaram o filme Noelle, se reuniram bem depois de filmar o longa do Disney+.

    O mais novo casal já se conheciam a algum tempo, a notícia do romance secreto do casal chega mais de um ano depois que Bill Harder e Rachel Bilson (The O.C.) terminaram. Bill e Rachel apareceram juntos na comédia romântica de O Diário de Uma Virgem (2013), dirigida pela então esposa de Bill, Maggie Carey, que foram casados de 2006 a 2018 e têm três filhos juntos.

    Seguindo o caminho oposto desse novo romance, conheça alguns casais mais fofos de Hollywood que contam com algumas décadas de relacionamento!

    Neil Patrick Harris e David Burtka (18 anos)

    Neil Patrick Harris (E) e David Burtka (D).

    Em entrevista para a revista Out, o casal de atores diz ter duas lembranças muito diferentes de seu encontro na 9ª Avenida entre as ruas 44 e 45 em Nova Iorque. Neil Patrick Harris (Matrix Resurrections) se lembra de conhecer um “tipo James Dean em uma jaqueta de couro” que mal lhe dava a hora do dia, enquanto David Burtka se lembra de ser amigável e vagamente familiarizado com o trabalho de Harris. 

    Mais tarde, eles foram a um encontro para ver o filme Roubando Vidas em 2004 e o resto é história. O casal deu as boas-vindas aos gêmeos Harper e Gideon em 2010 e se casaram em 2014.

    O primeiro dos casais mais fofos dessa lista mostrou um pouco do lar deles na série sobre organização, The Home Edit, da Netflix.

    Amy Adams e Darren Le Gallo (21 anos)

    O artista americano contemporâneo Darren Le Gallo é bem conhecido por suas pinturas oníricas que mergulham nos estados emocionais e na mente subconsciente, já a atriz Amy Adams dispensa apresentações.

    O casal se conheceu em 2001 e finalmente se casaram 15 anos depois.

    A Lois Lane do Universo Estendido DC comentou durante uma entrevista para a revista britânica The Times:

    Sempre tivemos o compromisso, mas agora ele está preso a mim e eu posso realmente agir [risos]. Estou brincando. A verdade é que sinto um senso de família mais forte, um senso maior de permanência, o que é bom para mim.” 

    Viola Davis e Julius Tennon (22 anos)

    A maravilhosa Viola Davis e Julius Tennon se conheceram no início dos anos 2000 e se casaram em 2003. Eles adotaram um filho juntos e são um casal poderoso. Ela é uma atriz vencedora do Oscar, e ele também atua. Na verdade, ele foi o primeiro estudante negro a se formar no programa de teatro da Universidade de Tulsa. 

    De acordo com uma entrevista para a Us Weekly, em 2013, Davis revelou que ela tem uma oração para agradecer por seu querido marido. 

    Eu era a mulher mais solitária do mundo, e alguém disse: ‘Você deveria orar por um marido’. Eu disse que queria um grande homem negro do Sul que parecesse um jogador de futebol, que já tivesse filhos, que talvez já tivesse se casado antes; e três semanas e meia depois, conheci meu marido.”

    Hugh Jackman e Deborra-Lee Furness (26 anos)

    O nosso eterno Logan/Wolverine, Hugh Jackman e sua esposa Deborra-Lee Furness, que é 13 anos mais velha do que ele, se conheceram no set de seu primeiro trabalho em 1995. Eles se casaram um ano depois e desde então não se desgrudaram mais. 

    Durante uma entrevista no programa Ellen DeGeneres, o ator comentou:

    Estou muito grato por tê-la conhecido antes de qualquer coisa acontecer. Tudo o que aconteceu na minha carreira, na tela e fora dela, sempre fizemos juntos.”

    Will Smith e Jada Pinkett Smith (27 anos)

    O ator Will Smith (King Richard: Criando Campeãs) e Jada Pinkett Smith (Matrix) se conheceram em 1995, quando ela fez um teste para interpretar uma das namoradas de Will na série Um Maluco no Pedaço. Eles se casaram em 1997 e são pais das estrelas adolescentes Jaden e Willow.

    Em 2020, os dois revelaram que, enquanto Pinkett Smith havia se envolvido em um relacionamento com August Alsina, eles resolveram seus problemas e estavam mais fortes do que nunca.

    Elizabeth Banks e Max Handelman (28 anos)

    O produtor Max Handelman e a atriz se conheceram no primeiro dia de Elizabeth Banks na Universidade da Pensilvânia em 1993, mas Banks disse à revista Allure:

    Eu não conheci meu marido e pensei: ‘Conheci o homem com quem vou me casar’. Eu estava tipo, ele é fofo. Eu vou transar com ele, porque eu tenho 18 anos e estou na faculdade.”

    Mas é claro que ela finalmente se casou, 10 anos depois, em 2003. Eles têm dois filhos juntos, Felix e Magnus

    Kevin Bacon e Kyra Sedgwick (34 anos)

    Pra mim esse é um dos casais mais fofos de todos!

    A atriz, produtora e diretora Kyra Sedgwick, também conhecida como a megera Madeline Wuntch de Brooklyn Nine-Nine e Kevin Bacon (Footloose: Ritmo Louco) se conheceram no set de Lemon Sky no final dos anos 80 e se casaram logo depois em 1988. Mais tarde, ele revelou que eles realmente se conheceram quando Kyra tinha 12 anos. 

    No The Late Late Show with Craig Ferguson, Bacon disse que tinha acabado de fazer uma apresentação de uma peça de matinê e estava em uma lanchonete quando se conheceram. 

    Tinha uma garotinha que tinha acabado de ver a matinê, e seu irmão disse: ‘Você gostou daquele ator, vá dizer a ele que gostou dele’, e era Kyra. Ela era uma garotinha, sim, ela tinha 12 anos.”

    Kavin Bacon, é sete anos mais velho que Kyra Sedgwick.

    Michael J. Fox e Tracy Pollan (34 anos)

    Michael J. Fox (De Volta Para o Futuro) e atriz Tracy Pollan se conheceram no set do seriado dos anos 80, Family Ties, no qual Fox interpretou o personagem Alex P. Keaton e Pollan se juntou ao programa para interpretar uma das namoradas de Alex, Ellen.

    Mas os dois não começaram a namorar imediatamente – na verdade, Tracy Pollan estava namorando outro ícone dos anos 80, Kevin Bacon, e Michael J. Fox estava namorando a estrela de Facts of Life, Nancy McKeon.

    Em entrevista para a revista People, Fox comentou:

    Eu sempre pensei que [Pollan] era legal, mas era como um casal de pessoas casadas que trabalhavam juntas e gostavam uma da outra.”

    Cada um tinha terminado com seus respectivos em 1987 – e Michel J. Fox fez o pedido depois de apenas sete meses de namoro, em dezembro daquele ano. Eles se casaram em julho de 1988 e têm quatro filhos juntos.

    Tom Hanks e Rita Wilson (34 anos)

    O vencedor do Oscar, Tom Hanks conheceu sua esposa em 1988 no set de Voluntários. Ele tinha acabado de se divorciar de sua primeira esposa quando eles se conheceram e levou apenas um ano para Rita Wilson dizer “sim”.

    Em uma conversava com a apresentadora da BBC Kirsty Young, em 2016, Hanks comentou:

    Acho que nunca mais me sentirei sozinho… foi assim que me senti quando conheci minha esposa.

    Meryl Streep e Don Gummer (44 anos)

    A diva Meryl Streep, a atriz mais indicada ao Oscar de todos os tempos, conheceu o escultor americano Don Gummer, em 1978, apenas seis meses depois que seu primeiro marido faleceu de câncer de pulmão.

    Streep e Gummer tiveram quatro filhos juntos. Eles não discutem seu casamento com muita frequência, mas ele recebeu uma mensagem especial quando Meryl levou para casa o Oscar de Melhor Atriz em 2012. 

    Primeiro vou agradecer a Don porque quando você agradece ao seu marido no final do discurso, eles nos cortam com a música… e eu quero que ele saiba que tudo o que eu mais valorizo ​​em nossas vidas, você me deu.”


    E para você, qual dos casais mais fofos de Hollywood já conhecia e acompanhava? Caso não esteja na lista, complemente através dos comentários!

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    CRÍTICA | O Livro de Boba Fett – S1E4 The Gathering Storm

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    Grande parte do hype de O Livro de Boba Fett, se dá em grande parte ao que foi criado em The Mandalorian. O quarto episódio da série, intitulado The Gathering Storm apresenta o início da relação entre Fett (Temuera Morrison) e Fennec Shand (Ming-Na Wen), pouco depois depois de seus caminhos cruzarem no ao longo da primeira temporada de The Mandalorian.

    Kevin Tancharoen, o diretor que é responsável pelo episódio dessa semana, e o da semana que vem, aprofunda a relação de Fennec e a aprofunda em relação à sua aparição na série e desenrola os eventos dos conflitos que ameaçam o controle do novo Daimyo de Mos Espa.

    SINOPSE

    Boba faz parceria com a Fennec Shand.

    ANÁLISE

    The Gathering Storm

    A brilhante ambientação do que foi escrito por Jon Favreau nos permite visitar não apenas Tatooine, como rever o ambiente que nos cativou desde a primeira vez que testemunhamos a história de Luke e o retorno ao adorado universo quando vimos The Mandalorian.

    A saída que o diretor encontrou ao nos lançar em meio ao retorno de Boba Fett, foi transformar os acontecimentos pontuais de The Mandalorian e pingos de história.

    Enquanto o crescente problema que circunda o planeta desértico se instaura, o cuidado tanto da direção como dos atores, permite que aqueles que estão envoltos na trama e no controle de Tatooine, nos façam perceber os mais diversos aspectos e diferentes lados de um vindouro conflito. Mas enquanto esses problemas demoram a se desenvolver a série insiste em focar no passado do personagem central da trama, e a falta de uma sensação de urgência pode ser sentida e faz falta.

    VEREDITO

    Enquanto move a história com passos de formiga para a frente, O Livro de Boba Fett parece residir no passado do universo de Star Wars e falta força para que a série mostre a que veio. Aos trancos e barrancos de areia pela desértica Tatooine, a história de Boba Fett parece não saber onde quer chegar, podendo ser apenas o que a trilogia de J.J. Abrams de Star Wars foi para o enorme universo criado por George Lucas – muito mais do mesmo, sem ter muito o que contar.

    Enquanto The Gathering Storm funciona como uma continuação de The Mandalorian, os diretores de cada um dos episódios parecem não saber ao certo por quais caminhos delimitar a história do ex-caçador de recompensas, agora Daimyo. Talvez a história vá mudar de rumo no quinto episódio, da próxima semana. Pois agora recuperado, Boba Fett passe a acreditar no medo como uma forma efetiva de controlar um dos mais perigosos entrepostos comerciais de Tatooine.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    CRÍTICA – Heavenly Bodies (2021, 2pt Interactive)

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    Ainda no fim do ano passado, no dia 7 de dezembro de 2021, chegava para PlayStation 4, PlayStation 5 e Windows o game Heavenly Bodies. Um ótimo game indie desenvolvido e distribuído pelo estúdio australiano 2pt Interactive. Com uma proposta relativamente inovadora, o game propõe uma simulação do trabalho em uma estação espacial.

    Através de mecânicas precisas e uma física incrível, o jogo em 2.5D traz desafios atrelados à rotina de um cosmonauta com um trabalho de arte muito bem entregue. Apesar dos puzzles às vezes complexos, a diversão é garantida, principalmente se jogado no seu modo cooperativo.

    SINOPSE

    Heavenly Bodies é um jogo sobre cosmonautas, o corpo e a ausência da gravidade.

    Descubra as nuances em constante mudança da movimentação sem peso neste jogo de gravidade desafiador. Domine o controle dos braços do seu cosmonauta com os botões esquerdo e direito para empurrar, puxar e escalar por cenários com gravidade completamente simulada a bordo de uma estação de pesquisa científica.

    Encarregaram você de colocar para funcionar a criação de engenharia de maior orgulho da Terra. Com apenas a ajuda de um contato por rádio para o controle de missões, você terá que usar sua mente sagaz e membros ágeis para montar telescópios espaciais, fazer a manutenção de matrizes solares delicadas e pesquisar a botânica cósmica. Mas sem gravidade, nada permanece imóvel. Nada é seguro. Nada é simples.

    ANÁLISE

    Heavenly Bodies

    Desde o anúncio de Heavenly Bodies eu já tinha criado uma alta expectativa pelo seu potencial. Mesmo que o mote do game seja totalmente voltado aos desafios do trabalho em uma estação espacial, era impossível para mim evitar de relacioná-lo à jogos como Fall Guys, Human Fall Flat e outros no estilo Goat Simulator.

    E as minhas expectativas foram totalmente atendidas. A amplitude de Heavenly Bodies é o que faz deste game algo tão incrível, mesmo que simples. Com apenas 7 níveis, muitos podem achar que o jogo não vale a pena, mas as aparências enganam. Eu entendo que este é um jogo que pode ser aproveitado em pelo menos três modos.

    Formas de aproveitar

    Pode optar por ser um jogador hardcore, se desafiando e aproveitando todo o desafio para reafirmar que você é o melhor solucionador de problemas. Ou de repente você quer trabalhar na NASA e gostaria de tirar a prova se é realmente esta a sua vocação. Neste caso, o jogo pode durar até 2 horas, para você.

    Outra possibilidade é jogar no modo relax. Coloque um bom fone de ouvido e curta a atmosfera do jogo. Com sua música suave e os sons quase inexistentes no espaço, deleite-se com belos visuais e descanse. Às vezes, só o que precisamos é um momento de descanso na solidão do espaço sideral pra nos recuperarmos de um dia cansativo: esta deve ser a forma mais acessível de conseguir isto.

    Ou então, opte apenas pela diversão. Chame alguém para ser sua dupla no modo cooperativo mais engraçado (ou estimulador de brigas) que pode existir. O trabalho no espaço com uma pessoa sem coordenação motora deve ser desastroso. Imagine então com duas dessas pessoas. As missões que já são difíceis podem ficar mais fáceis em dupla. Se não facilitar, vai ficar pelo menos muito mais engraçado. As possibilidades de dar errado são muitas. E aqui, nem o céu é o limite (literalmente).

    Detalhes que fazem a diferença

    O jogo inclusive permite que você defina sua experiência já no início. Pode escolher entre os modos Clássico, Assistido e Newtoniano. O clássico permite que você aproveite os detalhes do jogo sem ser em níveis absurdos. Curta a experiência de ter de aprender a se movimentar no espaço. Usando apenas os analógicos para controlar os braços individualmente, os gatilhos (L2 e R2) para segurar e os botões L1 e R1 para flexionar as pernas, leva um tempo até aprender.

    O assistido, como o próprio nome já sugere, facilita a sua vida auxiliando na movimentação e principalmente na função de impulsão. Vai por mim, ajuda bastante pra evitar que você fique à deriva caso solte o gatilho por 1 segundo.

    Já o modo newtoniano entrega o máximo da experiência. Aqui, ou você é muito bom no que faz, ou vai xingar o senhor Isaac Newton por ter inventado a gravidade (é brincadeira, tá, gente). No entanto, este modo busca simular com o máximo de fidelidade a experiência de gravidade zero. As leis da física estarão imperando em sua mais pura essência. Recorde o ensino médio e divirta-se – ou arrependa-se de não ter estudado tanto, sofrendo nas mãos da inércia.

    VEREDITO

    Heavenly Bodies

    Como já tinha dito, minhas expectativas para Heavenly Bodies foram totalmente atendidas. O jogo é realmente muito bom e permite que cada um aproveite ele como bem entender. Os visuais são muito bonitos e a perspectiva em 2.5D dá uma ótima noção de profundidade, ainda que não consigamos nos mover no terceiro eixo.

    Nossa gameplay foi realizada através do PlayStation 4, então não temos como opinar sobre a experiência com o DualSense (joystick de PS5). Os preços em suas plataformas, atualmente, são: R$ 37,99 via Steam e R$ 104,90 via PS Store.

    Como de costume, os valores para console são bastante descolados da realidade nacional, mas o valor para PC é bastante acessível e honesto, valendo bastante a recomendação.

    Nossa nota

    4,6 / 5,0

    Confira o trailer de Heavenly Bodies:

    E você, já jogou Heavenly Bodies? O que achou? Deixa sua nota e comenta sobre suas impressões.

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    CRÍTICA – The House (1ª temporada, 2022, Netflix)

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    The House é um especial original da Netflix, feito totalmente no formato stop-motion, abordando de uma forma bem inusitada três histórias em uma casa em épocas diferentes.

    SINOPSE

    Conforme a plataforma explica essa é uma comédia de animação de humor ácido, uma família humilde, um arquiteto ansioso e uma senhoria cansada ficam presos à mesma casa misteriosa em épocas diferentes.

    O que é stop-motion?

    Assim como qualquer outra animação esse modelo de produção também reúne vários frames (cortes de filmagem) e exibe de forma rápida, mas o que difere é o seu nível maior de complexidade.

    Animações em si já são muito trabalhosas e demoradas, portanto, é sempre importante estarmos atentos sobre os responsáveis por fazer esse tipo de obra de arte que tanto amamos, e reconhecermos a importância do seu árduo trabalho.

    Stop-motion não utiliza desenhos e sim fotos de fantoches ou bonecos feitos especialmente para aquela narrativa, por causa desse método tão artesanal, o processo é ainda mais lento e dificultoso.

    ANÁLISE

    E, de dentro, ouvia-se o tecer de uma mentira

    Nessa história acompanhamos uma família bem simples, que constantemente recebe críticas dos parentes por serem pobres e consequentemente viverem de forma humilde. Mas a vida prepara uma surpresa para esses familiares e assim, possuem a oportunidade de viver em uma mansão, e assim, passam a ter contato com um estilo de vida bem mais luxuoso.

    De forma bem lúdica, o filme pontua o quanto nós como integrantes da sociedade somos vaidosos com dinheiro e artigos caros a ponto de distanciarmos do que realmente somos, daqueles que amamos e que nos tornamos parte da futilidade.

    Perdida está a verdade que não pode ser conquistada

    Um rato arquiteto é extremamente focado em dar os toques finais na reforma de uma casa, para que assim, possa vendê-la e viver tranquilamente e com conforto.

    Ao longo desse processo, podemos observar um profissional perfeccionista, um rato ansioso, com indícios de certa quantidade de carência e necessidade constante de se provar ser útil.

    Dessa forma, fica bem fácil ser vítima de pequenos golpes e sujeitos nada bem intencionados, assim, a narrativa muda o tom, deixando mais sombrio enquanto faz nos sentirmos desconfortáveis até com a presença de visitas queridas.

    O clima de desse pequeno horror utiliza-se de gatilhos que incomodam o nosso conforto, passando a ser acompanhado de um toque mais niilista, onde mostra que podemos ser levados para o nosso instinto mais primitivo, que não cria expectativas ou procura realizar sonhos, mas sim, só deixa a vida guiar e atender as necessidades mais básicas e simples.

    Ouça novamente e busque o Sol

    Uma gata idosa e cansada de tantas adversidades, busca constantemente superar os empecilhos da falta de recursos e reformar a sua mansão tão antiga e querida, e assim, realizar todos os projetos que tem para ela.

    Porém, a estar tão focada no que quer, ignora a situação da cidade, e os vínculos que adquiriu com seus atuais inquilinos, que mesmo não cumprindo com todo acordo, se tornaram amigo, ou quem sabe pode-se chamar família.

    Como o próprio nome, essa história também é extremamente poética e tocante.

    VEREDITO

    Com roteiro de Enda Walsh e uma equipe de diretores formado por: Emma de Sweif, Marc James Roels, Niki Lindroth von Bahr e Paloma Baeza, essa produção é divida em três histórias.

    The House é descrito como um trabalho de comédia ácida, mas, o tom de humor em si ficou bem perdido tanto na primeira quanto na segunda animação; onde só podemos ver o humor na última, na qual abandona o clima sombrio das outras, e aborda uma mensagem mais positiva.

    A qualidade do stop-motion é indescritível de tão boa; em tantos momentos é tão fiel às sensações que querem transmitir, as emoções praticamente humanas, e na última narrativa e de uma beleza tão ímpar devido à fotografia, que fecha com chave de ouro.

    Porém, a falta de humor foi responsável por retirar alguns pontinhos dessa obra.

    Nossa nota

    3,8 / 5,0

    Assista ao trailer original de The House:

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    CRÍTICA – A Mão de Deus (2021, Paolo Sorrentino)

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    The Hand of God – A Mão de Deus (È stata la mano di Dio, no idioma original), ou simplesmente A Mão de Deus, é um filme original da Netflix dirigido por Paolo Sorrentino (A Grande Beleza) e lançado no serviço de streaming em 15 de dezembro de 2021. Protagonizada por Filippo Scotti, a obra do gênero coming-of-age também tem em seu elenco Toni Servillo, Teresa Saponangelo, Renato Carpentieri, Luisa Ranieri e Betty Pedrazzi.

    A produção italiana está entre as 15 semifinalistas em busca de uma nomeação à categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar 2022. Os indicados deverão ser conhecidos em 8 de fevereiro de 2022.

    SINOPSE DE A MÃO DE DEUS

    Na Nápoles dos anos 80, um jovem louco por futebol se vê diante de uma tragédia familiar que define seu futuro incerto, porém promissor, como cineasta.

    ANÁLISE

    A Mão de Deus é um filme que facilmente pode ser analisado por duas perspectivas separadamente: atributos técnicos e roteiro. Isso faz ainda sentido se você não é um ávido conhecedor da filmografia e da história pessoal de Paolo Sorrentino. Esse é o meu caso, e seguirei essa lógica.

    Primeiramente, os pontos técnicos. A direção de Sorrentino é muito competente, tanto pela condução da grande variedade de personagens apresentados na trama, como pela fotografia da produção, que destaca muito bem as belezas naturais e estruturais de Nápoles. Chega a ser tentador viajar para a Itália, conhecer a bela cidade e ainda mergulhar pelas calmas águas que banham o local.

    Sorrentino também extrai o melhor de seu vasto elenco. Destaque para o ator principal, Filippo Scotti, que interpreta Fabietto Schisa; e aos intérpretes das personagens Maria Schisa (Teresa Saponangelo), Patrizia (Luisa Ranieri), Baronessa Focale (Betty Pedrazzi) e Saverio Schisa (Toni Servillo). A verdade é que todos atores e todas atrizes de A Mão de Deus estão muito bem em seus papéis, mas essas personagens são as que mais se destacam na história e também por suas atuações.

    Dirigido por Paolo Sorrentino, The Hand of God - A Mão de Deus é um filme italiano coming-of-age original da Netflix lançado em 15/12/2021.

    O jovem Scotti, de apenas 22 anos, dá vida a um personagem desafiador: Fabietto, a personificação da juventude do diretor. O ator conduz bem uma trama que tem seus problemas de roteiro, que explicarei em seguida. No entanto, não há o que retocar na atuação do rapaz, que transita muito bem entre cenas de mais atividade – especialmente as relacionadas à sua paixão por futebol – e momentos de drama e introspecção.

    Luisa Ranieri também merece importante reconhecimento. A história começa por Patrizia e, embora não seja a principal, a personagem cumpre funções importantes para o desenvolver da trama, e entrega uma personagem audaciosa e corajosa, tanto em momentos em que usufrui plenamente sua liberdade, como em situações de brigas e de dúvidas sobre sua sanidade mental.

    Apesar dos méritos de direção e fotografia, o roteiro é uma miscelânea que, provavelmente, somente fará sentido para quem conhece bem a filmografia e a vida de Paolo Sorrentino.

    O roteiro inchado de A Mão de Deus

    Não quero dar spoilers, mas é curioso notar que a tragédia familiar mencionada na sinopse oficial da Netflix demora muito para acontecer. O filme possui 2h10min de duração, e até que o fato ocorra muitas outras situações acontecem tanto com o personagem principal, como com seus familiares. Essas situações se desenrolam quase sempre pela visão de terceiros, e não de Fabietto, mas sempre tentando criar um contexto de como o protagonista percebe os acontecimentos.

    Por ser um filme coming-of-age, é natural que a confusão do amadurecimento da adolescência para a vida adulta seja retratada em tela. No entanto, em A Mão de Deus me parece que Sorrentino se baseou muito na sua própria experiência em Nápoles e como fã de futebol (e de Maradona), mas agregou elementos um tanto bizarros que tornam a narrativa enrolada e pouco atrativa. Há também o uso de CGI em cenas pontuais que, no meu ponto de vista, traduzem bem esse excesso de informações que incham o filme.

    Mesmo com problemas que deixam a narrativa arrastada e pouco interessante, A Mão de Deus pode gerar alguma reflexão, especialmente sobre temas como autoconhecimento e liberdade individual.

    Recomendo que você assista ao especial de 8 minutos The Hand of God: Pelos Olhos de Sorrentino, que reproduz na Netflix após o encerramento do filme, para poder desenvolver melhor e desatar, de certa forma, os nós que o diretor deu e truncou a experiência. No curta é possível perceber que Paolo Sorrentino se encantou pelo retorno a Nápoles, cidade onde morou por 37 anos, e se deixou levar pelo que viveu (e pelo que queria ter vivido, talvez), dando asas à imaginação de modo que o diretor alçou voos para rumos distantes que não agregaram pontos positivos à história.

    VEREDITO

    Com um título que remete ao lendário Maradona, The Hand of God: A Mão de Deus é um filme tecnicamente cheio de méritos, especialmente em relação à fotografia e à direção do elenco, mas que peca em seu roteiro. A narrativa possui diversos acontecimentos que pouco acrescentam à ambientação desse coming-of-age italiano. Apesar disso, é um entretenimento interessante, principalmente para fãs do cinema europeu e quem deseja conhecer a filmografia de Paolo Sorrentino.

    Infelizmente para o Brasil o filme Deserto Particular (Aly Muritiba) não passou para a seleção de 15 semifinalistas para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar 2022. Também para o azar do público brasileiro o indicado do país não foi 7 Prisioneiros (Alexandre Moratto), também da Netflix, produção estrelada por Rodrigo Santoro e Christian Malheiros. Ambos poderiam se sair melhor na temporada de premiações em comparação ao que A Mão de Deus entrega, especialmente 7 Prisioneiros, por conta da excelente história provocativa criada por Alexandre Moratto.

    Nossa nota

    3,2 / 5,0

    Assista ao trailer de The Hand of God – A Mão de Deus:

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