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    CRÍTICA – A Vizinha da Mulher na Janela (1ª temporada, 2022, Netflix)

    A Vizinha da Mulher na Janela é a nova série original de comédia da Netflix. A produção utiliza os clichês de filmes como A Mulher na Janela (2021) e Paranoia (2007), para criar uma sátira obscura sobre os gêneros de investigação e suspense.

    Estrelada por Kristen Bell, o seriado também traz em seu elenco os atores Tom Riley, Cameron Britton, Mary Holland e Michael Ealy.

    SINOPSE DE A VIZINHA DA MULHER NA JANELA

    Quando um belo vizinho se muda do outro lado da rua, Anna (Kristen Bell), uma mulher de coração partido para quem todo dia é o mesmo, começa a ver uma luz no fim do túnel. Isso é até ela testemunhar um assassinato horrível – Ou ela não testemunhou?

    ANÁLISE

    A Vizinha da Mulher na Janela é uma produção satírica, que resgata muito do humor dos anos 2000 em sua concepção. Digo isso pois, inúmeras cenas remetem aos absurdos cômicos de Todo Mundo em Pânico, franquia que se tornou febre e utilizava enredo de filmes blockbusters famosos para construir seu humor escrachado.

    Apesar do seriado não pesar tanto a mão nas piadas, ele consegue abordar diversos clichês do filme A Mulher na Janela e subvertê-los, mostrando o quanto alguns elementos da história são, de fato, bobos.

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    Desde a fobia da personagem principal, até as reviravoltas da trama, tudo é revisitado no seriado com tons de zoação. A análise é válida, também, para o estereótipo das personagens femininas – normalmente criadas por autores masculinos – retratadas nesse tipo de obra.

    As frases de impacto dos investigadores, como a utilização do termo “bingo” quando encontram alguma pista; os personagens que surgem do nada, no meio de uma cena, para assustar a personagem principal; as motivações estapafúrdias e as frases poéticas (e ridículas) de Anna: A Vizinha da Mulher na Janela se sai muito bem em sua proposta de entreter e instigar.

    O elenco principal dá conta das cenas propostas e merece muitos elogios. As alterações feitas em alguns pontos da história original trazem mais dinâmica para o seriado, que possui episódios curtos e é facilmente maratonável. Há no final um caminho traçado para uma segunda temporada, que promete uma trama inspirada em um grande sucesso de suspense / thriller dos anos 2000.

    Entretanto, mesmo com a ótima Kristen Bell como protagonista e uma proposta interessante, A Vizinha da Mulher na Janela falha em trazer cenas que sejam, de fato, realmente engraçadas. Com uma trama envolvente e de fácil aproveitamento, falta algo que o tire da zona de conforto e crie situações que façam o espectador esboçar pelo menos algum sorriso.

    VEREDITO

    Subvertendo os gêneros de suspense e thriller com uma proposta satírica, A Vizinha da Mulher na Janela provavelmente vai chamar a atenção do público da Netflix, trazendo bons números de views. Com episódios de curta duração e extremamente maratonável, a nova produção original do streaming é uma escolha interessante de entretenimento.

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer da primeira temporada de A Vizinha da Mulher na Janela:

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    Dia da Visibilidade Trans: 6 produções que você precisa assistir

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    A comunidade LGBTQIA+ vem ganhando mais espaço nas produções cinematográficas gerando representatividade e criando verdadeiros debates sobre questões da causa. Ainda assim, a luta continua, visto que, uma parte dessa comunidade que são as pessoas trans e travesti ainda sofrem com estereótipos midiáticos. 

    Uma pesquisa realizada pela GLAAD, ONG americana que monitora a visibilidade de pessoas LGBTQIA+ na mídia, mostrou que em 2020-2021, foram 29 personagens transgeneros em séries – 15 mulheres, 12 homens e dois personagens não binários trans. Apenas 26 deles foram realmente interpretados por atores trans. 

    Se comparado com o ano anterior os números ainda são baixos, em 2019 foram 38 personagens mapeados. Isso revela a necessidade de mais pessoas trans por trás das produções também, como produtores, diretores e roteiristas que compreendam as vivências trans porque passam no dia a dia. 

    Por isso, a importância de destacar o dia 29 de janeiro como o Dia da Visibilidade Trans, pois foi nesta data, em 2004, que ocorreu a primeira mobilização em Brasília para reivindicar os direitos das pessoas trans e travestis. Para comemorar, separamos algumas séries e filmes que têm em sua produção pessoas trans e que apresentam de fato como é estar inserida no letra T da comunidade. Confira:

    THE FORSTERS (2013, FREFORM)

    Dia da Visibilidade Trans

    The Fosters é uma série televisiva da emissora Freform (antiga ABC Family) que contou com dois personagens trans na trama. A série por si só já quebra vários estereótipos ao apresentar como foco uma família LGBTQIA+. E se tratando da população trans, aborda as vivências dos homens trans com Cole (Tom Phelan) e Aron (Elliot Fletcher), os personagens são também interpretados por atores transexuais.

    LAERTE-SE (2017, NETFLIX) 

    Dia da Visibilidade Trans

    A cartunista Laerte Coutinho assumiu sua identidade trans em 2009, o documentário acompanha sua vida profissional e a influência de suas charges no Brasil, enquanto debate sobre suas vivências como uma mulher trans. Através de um olhar intimista, o documentário conversa sobre gênero e arte de uma maneira única e reflexiva.  

    POSE (2018, FX)

    Dia da Visibilidade Trans

    Pose ficou famosa por apresentar um elenco e produção em sua maioria trans, inspirado no documentário Paris is Burning, essa série trata  da cultura dos bailes promovidos pela comunidade LGBT em Nova Iorque durante as décadas de 1980 e 1990, assim como a epidemia do HIV durante esse período. No elenco estão M.J. Rodriguez, Dominique Jackson, Angelica Ross e Indya Moore, atrizes transgêneros na vida real. 

    EUPHORIA (2019, HBO)

    Euphoria (screen grab) Season 1, Episode 8 CR: HBO

    A série de sucesso da HBO, Euphoria, apresenta um grupo de adolescentes lidando com diversos problemas sociais e apesar de não focar em questões trans, o assunto permeia toda a série. Jules é uma adolescente trans, interpretada pela atriz trans Hunter Schefer. O interessante em Euphoria é como Jules questiona suas interpretações de feminilidade e o que significa ser de fato uma mulher trans. 

    SEGUNDA CHAMADA (2019, GLOBOPLAY)

    Segunda Chamada do GloboPlay tem em seu elenco a artista Linn da Quebrada, que atualmente está participando do BBB22.  A trama da série  aborda uma turma da EJA (Educação de Jovens Adultos) de São Paulo e como professores e alunas resistem ao sucateamento das escolas para jovens e adultos. Linn interpreta Natasha é uma das estudantes da escola que sofre diariamente com o preconceito e humilhação por ser uma travesti, no entanto, seu desejo de estudar é maior. 

    REVELAÇÃO (2020, NETFLIX)

    Dia da Visibilidade Trans

    Esse documentário disponível na Netflix é fundamental para quem quer entender como os estereótipos trans e travesti foram sendo introduzidos no cinema e como a comunidade trans precisa lutar para vencer o preconceito. A partir de entrevistas com atrizes, atores, diretores, produtores e roteiristas trans, o documentário faz um recorte entre filmes e séries famosos que acabaram por naturalizar o discurso transfóbico. 

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    A Vizinha da Mulher na Janela: 5 filmes que inspiraram a série da Netflix

    Com um humor ácido, a produção original da gigante do streamingA Vizinha da Mulher na Janela (The Woman in the House Across the Street from the Girl in the Window) é uma sátira dos inúmeros filmes hollywoodianos com a temática “protagonista olhando pela janela presencia um assassinato”.

    O elenco conta com Kristen Bell, Michael Ealy, Mary Holland, Shelley Henning, Cameron Britton, Christina Anthony e Benjamin Levy Aguilar.

    A série chegou ao catálogo nesta sexta-feira (28).

    Assista ao trailer legendado:

    Veja abaixo os 5 filmes que inspiraram a produção:

    JANELA INDISCRETA (1954)

    Todas as produções deste gênero só foram possíveis graças ao mestre do suspense, Alfred Hitchcock, diretor de Janela Indiscreta. O clássico é considerado um dos melhores thrillers de todos os tempos, servindo de referência para inúmeros longas-metragens desde então.

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    SINOPSE

    Em Greenwich Village, Nova Iorque, L.B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo profissional, está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.

    OS OUTROS (2001)

    Durante uma cena do primeiro episódio de A Vizinha da Mulher na Janela, Anna (Kristen Bell) é lembrada de que sua filha está morta, em um take onde a menina está brincando no chão do quarto. Propositalmente ou não, o momento é filmado exatamente como em Os Outros, quando a personagem de Nicole Kidman (Apresentando os Ricardos) pensa ver sua filha brincando no chão, mas na verdade é um fantasma.

    SINOPSE

    Durante a Segunda Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos seguindo religiosamente certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa eles terminam quebrando estas regras, fazendo com que imprevisíveis consequências ocorram.

    PARANÓIA (2007)

    Shia LaBeouf (Transformers) diz que falou com as pessoas em prisão domiciliar e se trancou em um quarto com a tornozeleira para sentir o que o confinamento de prisão domiciliar; o ator comentou em uma entrevista:

    Eu não vou dizer que é mais difícil do que a prisão, mas é difícil. Prisão domiciliar é difícil porque tudo está disponível e a tentação é uma merda. Essa é a tortura.”

    SINOPSE

    Kale (Shia LaBeouf) está sob prisão domiciliar por 3 meses, sendo que caso dê um passo além do perímetro de 30 metros irá para uma prisão de verdade. Desta forma ele vive em sua casa, jogando videogame, navegando pela internet, vendo TV e espionando as pessoas pela janela do seu quarto. Um dos seus alvos é Ashley (Sarah Roemer), sua linda vizinha que logo torna-se sua amiga e, para sua surpresa, também se interessa em espionar a vida alheia. Até que um dia eles passam a desconfiar que um dos vizinhos é na verdade um assassino.

    A GAROTA DO TREM (2016)

    Mais um filme que entra para o grupo das mulheres viciadas em bebida que presenciaram um assassinato pela janela, A Garota no Trem é baseado no livro de mesmo nome. Contando com atuações de Emily Blunt (Um Lugar Silencioso) e Rebecca Ferguson (Duna), o longa também acabou sendo destruído pela crítica especializada.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Emily Blunt: Conheça a atriz e seus 10 melhores filmes

    SINOPSE

    Rachel (Emily Blunt), uma alcoólatra desempregada e deprimida, sofre pelo seu divórcio recente. Todas as manhãs ela viaja de trem de Ashbury a Londres, fantasiando sobre a vida de um jovem casal que vigia pela janela. Certo dia ela testemunha uma cena chocante e mais tarde descobre que a mulher está desaparecida. Inquieta, Rachel recorre a polícia e se vê completamente envolvida no mistério.

    A MULHER NA JANELA (2021)

    Lançado em maio do ano passado pela Netflix, o longa-metragem A Mulher na Janela é a maior influência da série. O filme apostou em nomes conhecidos de Hollywood, como Amy Adams (a Lois Lane do Universo Estendido DC), Anthony Mackie (o Falcão do Universo Cinematográfico Marvel) e Wyatt Russell (o Agente Americano de Falcão e o Soldado Invernal), mas ainda assim não agradou a crítica especializada.

    A protagonista vivida por Amy Adams é a fonte de inspiração para a personagem de Kristen Bell, compartilhando, além do mesmo nome, o vício em bebidas e até fobias.

    SINOPSE

    Anna Fox (Amy Adams) é uma alcoólatra reclusa que passa os dias em seu apartamento em Nova Iorque, assistindo a filmes antigos e observando seus vizinhos. Quando a família Russell se muda para o prédio da frente, ela passa a espionar o que seria a família perfeita, até testemunhar uma cena chocante que muda sua vida.


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    Noites Sombrias #51 | PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Yellowjackets (2021, Paramount+)

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    As novidades do mundo do terror não param e a queridinha da vez é a série Yellowjackets da Showtime que chega no Brasil pela Paramount+. Por isso, o Noite Sombrias desta sexta traz as primeiras impressões dessa série de mistério e terror. 

    SINOPSE DE YELLOWJACKETS

    Talentosas jogadoras de futebol do ensino médio transformam-se em um clã de selvagens após seu avião cair em uma região inóspita. Anos depois, elas descobrem que o que começou na natureza selvagem está longe de acabar.

    ANÁLISE

    Yellowjackets

    Todo fã de horror gosta de um bom mistério que tenha segredos obscuros e personagens profundos. Logo, Yellowjackets é o tipo de série ideal para quem deseja mergulhar em um enredo enigmático com um pesado terror psicológico. Criada por Ashley Lyle e Bart Nickerson, produtores e roteiristas de Narcos e The Originals, Yellowjackets é inteligente e provocador ao subverter o gênero terror adolescente apresentando um thriller totalmente feminino. 

    Sendo assim, é apresentado a dinâmica do time feminino de futebol do ensino médio de Nova Jersey em 1996. As jovens que são a sensação na escola foram classificadas para as Nacionais e por isso irão jogar em Seattle . Porém, ao sobrevoar o Canadá, o avião acaba caindo no deserto de Ontário, o que faz com que essas jovens precisem sobreviver ao frio extremo e sem comida por quase dois anos. 

    Após 25 anos do resgate das sobreviventes, os traumas do passado voltam a perturbá-las e segredos do acidente estão prestes a serem revelados. Dessa forma, a série volta entre passado e presente para acompanhar as atletas isoladas e suas vidas atuais. Já no primeiro episódio tem-se a introdução de algumas personagens bem importantes, como: 

    Shauna Sheridan, interpretada por Sophie Nélisse na versão adolescente e por Melanie Lynskey na versão adulta, quando adolescente Shauna tem um jeito mais inseguro e é melhor amiga da popular e líder do time, Jackie (Ella Puernell). Quando adulta, Shauna se torna uma dona de casa solitária;  

    Taissa Turner, Tawny Cypress interpreta a versão adulta e Jasmin Savoy Brown retrata a versão adolescente, é uma jovem forte e determinada. Já adulta, ela vira uma importante senadora americana queer;

    Natalie, Juliette Lewis interpreta a versão adulta e Sophie Thatcher a versão adolescente, Nat é a rebelde do grupo e quando adulta acaba de sair da reabilitação e está prestes a rever as velhas amigas;

    Misty, Ricci Chistina interpreta a versão adulta Sammi Hanratty retrata a versão adolescente, Misty é a peculiar ajudante do time. Já adulta, ela se torna uma enfermeira em uma casa de passagem. 

    O primeiro episódio que foi dirigido por Karyn Kusama (Garota Infernal) apresenta uma estética sombria e uma paleta de cores geladas combinando com o clima tenso da série. As cenas do passado servem para contextualizar o presente e como essas personagens eram antes do acidente. Com um tom bem visceral, Yellowjackets não poupa o sangue em tela e não tem medo de ser grotesca, visto que existem cenas de canibalismo. 

    Além disso, o começo da série já dá algumas pistas da dinâmica do show, pretendendo mostrar como as personagens sobreviveram ao deserto gelado e como isso irá influenciar suas vidas no presente, visto que uma mulher misteriosa surge fazendo perguntas. Longe do que terror convencional adolescente, Yellowjackets trata-se de um série com grande convicções no feminino explorando o comportamento humano e o psicológico dessas adolescentes frente a uma terrível situação

    VEREDITO DE YELLOWJACKETS

    Com uma boa recepção na crítica, Yellowjackets cativa ao apresentar um elenco e produção em maioria feminina com roteiro e direção a altura de grandes produções de terror contemporâneas. O sucesso é tanto que uma segunda temporada já foi confirmada e mais mistérios estão por vir. Em breve analise da primeira temporada completa. 

    5,0/5,0

    Confira o trailer de Yellowjackets:

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    CRÍTICA | Pacificador – S1E5 Suave Na Nave (2022, HBO Max)

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    Pacificador está chegando perto de sua reta final e Suave Na Nave foi o quinto episódio do seriado da HBO Max em parceria com a DC Comics.

    ANÁLISE DE SUAVE NA NAVE

    vigilante

    Suave Na Nave talvez tenha sido o episódio mais frenético e cheio de ação de Pacificador, pois não faltou tiro, porrada e bomba, literalmente, nesse capítulo.

    A velocidade do texto e dinamismo do texto deu uma urgência maior aos fatos, ainda mais que houve um desenvolvimento bastante interessante do grupo de personagens num todo. De fato, se nos primeiros episódios havia uma desconexão por ser um punhado de pessoas que não se gostam trabalhando juntas, agora Pacificador apresnta uma gangue de loucos que entica uns com os outros por meio de apelidos babacas e um humor na medida certa.

    Mesmo que ainda a galhofice seja o centro, as formas como o roteiro aborda os traumas e traços de Chris (John Cena) são muito boas e sempre temos pílulas das personalidades dos demais anti-heróis. O Vigilante, por exemplo, se mostra cada vez mais psicótico, mesmo que o rosto ingênuo de Freddy Stroma nos traga um ar de bom mocismo. A ambiguidade de sentimentos é o maior trunfo de Pacificador e Suave Na Nave abordou isso de forma exemplar.

    Por fim, mais uma vez tivemos uma trilha sonora impecável que nos deixa mega empolgados a cada momento, visto que a montagem é perfeita e as conexões se dão de várias formas na série.

    VEREDITO

    pacificador

    Com um roteiro divertido, mas cheio de conteúdo e boas cenas de ação, Pacificador mostra que é uma das séries mais legais dos últimos anos. Com uma produção de cinema e personagens espetaculares, ficamos ansiosos para o que vem pela frente. Estou torcendo muito para que tenhamos mais produções como essa na DC Comics!

    4,3/5,0

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    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Ozark (4ª temporada, 2022, Netflix)

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    Ozark está em seu quarto e último ano e é uma das séries mais bem avaliadas por crítica e público e deve vir forte nas premiações em 2022.

    SINOPSE DE OZARK

    Os Birdies estão com uma nova e tenebrosa missão: livrar Omar Navarro (Felix Solis) das garras do FBI enquanto Jonah (Skylar Gaertner) está cada vez mais revoltado após a morte de Ben (Tom Pelphrey).

    Enquanto isso, alguns velhos inimigos começam a se juntar a ex-aliados, trazendo ainda mais problemas para Marty (Jason Bateman) e sua família.

    ANÁLISE

    ozark

    Ozark é uma série que tem um ritmo desacelerado, mas que a qualquer momento pode nos surpreender. As viradas na trama são extremamente orgânicas e sempre ficamos vidrados no que pode acontecer. Essa premissa lembra muito Breaking Bad, pois as duas mostram de uma forma nada convencional a corrupção de pessoas que vão se acostumando com o poder e possibilidades de uma vida crimes.

    Em seu quarto ano, Ozark traz um tom mais sarcástico, incluindo o excelente personagem Javi (Alfonso Herrera), primo de Navarro, que é mais ameaçador que o seu parente. Ele é responsável por cenas desconfortáveis e terrivelmente hilariantes. Contudo, por mais que haja aqui um humor extremamente brutal e maquiavélico, a tensão ainda se sobressai no que diz respeito à trama.

    A crítica ao American Way é também muito forte aqui, pois a história do país mostra que se tiver sucesso, não importa se você sujou suas mãos de sangue alheio para chegar até lá. Marty e Wendy (Laura Linney) são vistos como salvadores de uma cidade pacata, mesmo que eles, no fundo, sejam o câncer.

    Ainda que a direção seja magnífica e o texto quase impecável, existem algumas facilitações de roteiro que me incomodam desde os primórdios de Ozark. Entretanto, por mais que esses deslizes existam, a série continua incrível à sua maneira, algo que a torna muito relevante nos nossos tempos atuais de trevas e hipocrisia.

    VEREDITO

    Mantendo seu ritmo intenso e fazendo críticas pontuais, Ozark consegue entregar uma temporada divertida e mais dinâmica que as suas antecessoras. Se mantiver o ritmo, a quarta temporada tem tudo para ser uma das melhores, chegando no nível do magnífico terceiro ano.

    Confira nosso resumo da terceira temporada de Ozark:

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