Início Site Página 306

    Dragão Branco: Conheça Auggie Smith, o pai do Pacificador

    Dragão Branco é o pseudônimo de August “Auggie” Smith, o pai do Pacificador na série da DC Comics em parceria com o HBO Max e produzida por James Gunn (O Esquadrão Suicida). Veja mais informações do vilão neste artigo!

    A HISTÓRIA DE WOLFGANG SCHMIDT

    Para falar mais sobre Auggie Smith, temos que abordar a origem de três nomes importantes dos quadrinhos: Wolfgang Schmidt, William Heller e Daniel Ducannon.

    O personagem que é interpretado por Robert Patrick na série é uma mistura dos três, uma vez que o primeiro é o homem que casou com Elizabeth Lewis, uma escritora de livros infantis, e teve Chris Smith, o nosso anti-herói nas hqs.

    Schmidt era um dos responsáveis por um campo de concentração na Polônia e foi membro da Gestapo e após a Segunda Guerra Mundial, se estabeleceu como grande empresário do ramo da tecnologia. Sua fama e prestígio duraram pouco, visto que seu passado foi exposto. Quando seu filho completou cinco anos, o ex-membro do exército alemão se suicidou, com o pequeno Chris assistindo tudo. Desde então, o jovem começou a ter alucinações, enxergando o pai com as fardas antigas, o atormentando e criando um monstro matador de minorias “em busca da paz”.

    WILLIAM HELLER: O PRIMEIRO DRAGÃO BRANCO

    Wiliam Heller, esse é um dos nomes cruciais do nome Dragão Branco, um super vilão com ideais nazistas que deu muito trabalho para os membros dos Esquadrão Suicida e da Sociedade da Justiça da América.

    Assim como Christopher Smith, William Heller cresceu sendo criado por pessoas que praticavam o racismo e xenofobia, assim como eram de extrema direita. De família rica, Heller sempre viu as pessoas de cima e seu ódio por minorias foi só aumentando após a trágica morte de seus pais preconceituosos em um conflito racial, com eles sendo assassinados por pessoas negras. Revoltado, ele foi morar com o avô que ajudou os nazistas na Segunda Guerra e foi nutrindo esse ódio cada vez mais.

    Após a morte de seu avô, Heller recebeu uma fortuna gigantesca, usando esse dinheiro para criar uma armadura poderosa e criar uma célula neonazista conhecida como Império Ariano. O Dragão Branco matava e prendia minorias, enquanto recrutava criminosos brancos para seu clube.

    Depois de um tempo consolidado como antagonista, o Dragão Branco uniu forças com um grupo supremacista chamado Quarto Reich, com o objetivo de derrotar os descendentes da Sociedade da Justiça. Ele acabou sendo derrotado pelo Gavião Negro.

    Após perder a batalha, Heller foi preso e acabou sendo recrutado por Amanda Waller, servindo à Força Tarefa-X. O vilão não consegui seguir as ordens de Waller e o estopim foi quando ele traiu o Esquadrão Suicida, se juntando ao General Wade Eiling. O primeiro Dragão Branco teve seu fim decretado pela vilã Plastique que explodiu sua cabeça com uma bomba em combate.

    DANIEL DUCANNON: O SEGUNDO DRAGÃO BRANCO TENTA FAZER JUS AO NOME

    dragão branco

    Seguindo a linha sucessória do Dragão Branco, temos Daniel Ducannon, o primeiro meta-humano a trajar as cores branco e vermelho do personagem.

    Diferente de Wiliam Heller, Ducannon possui poderes de pirocinese, ou seja, ele consegue controlar o fogo, além de conseguir voar, o que o deixa ainda mais letal que seu antecessor.

    Daniel era um exímio manipulador, conseguindo se comunicar muito bem na construção da imagem irreal de herói que o povo precisava. Em um acesso de loucura em Chicago, o vilão incendiou diversos bairros pobres com pessoas negras, algo que chamou a atenção da Sociedade da Justiça da América. Mulher Gavião conseguiu desmascará-lo em um combate, derrotando o vilão e acabando de vez com o rastro de trevas deixado por ele.

    AUGGIE SMITH: O NOVO DONO DO MANTO

    Na série do Pacificador, James Gunn pegou um pouco de cada personagem, criando uma espécie de amálgama ambulante. Auggie Smith, ao que tudo indica, será um pouco de cada um dos três nomes citados acima, sendo três vezes mais cruel e sombrio que os demais. Basta esperar os próximos episódios para que isso seja confirmado, entretanto, pelo pouco que vimos, o pai de Chris será uma grande pedra no sapato do Pacificador e para a força tarefa que auxilia o nosso anti-herói.

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – As Fotos Vazadas (2022, Wregas Bhanuteja)

    As Fotos Vazadas, é o novo filme original da Netflix, que tem ganhado tanta notoriedade que chegou na lista de top 10 da plataforma.

    Pode-se dizer com segurança que a Netflix é o streaming atualmente que mais investe em produções que fogem da centralização estadunidense, com isso, As Fotos Vazadas, é uma produção da Indonésia. 

    SINOPSE DE AS FOTOS VAZADAS

    Suryane (Shenina Syawalita Cinnamon) é uma jovem comum de família pobre que precisa estudar e trabalhar muito para garantir sua bolsa de estudos, e ainda precisa ter tempo para ajudar seus pais. 

    Mas, a reitoria da faculdade decide ignorar toda a dedicação e trabalho notório que a protagonista tem, e retirar o investimento por causa de fotos publicadas em redes sociais. Agora ela decide investigar o ocorrido, indo atrás dos responsáveis pelo crime.

    ANÁLISE

    Mesmo sendo um filme de um país do sudeste Asiático, o que para nós como brasileiros seria do outro lado do mundo, temos familiaridades com o que vemos com frequência em nosso país.

    O primeiro é a desigualdade social que não é jogada na cara, como uma bomba, mas sim, abordada aos poucos com o cotidiano dos personagens.

    Com direção e roteiro de  Wregas Bhanuteja, As Fotos Vazadas aborda o quanto a sociedade é formada por pessoas que fazem questão de dizer que tudo é possível se trabalharmos e estudarmos muito e, ao mesmo tempo, esse discurso cai por terra na hora de apontar o dedo para o outro.

    Ou seja, a meritocracia funciona? É para todos? 

    Com poucas pessoas apoiando sua decisão e sem muitos recursos, Sur decide investigar por conta própria que fotos são essas, quem tirou? Foi ela? Quem publicou?

    Através de um longa-metragem com tempo certo para abordar cada “porém” da trama e tão bem definido que não abre espaços para furos no roteiro, somos levados pela busca sem descanso da personagem principal, enquanto duvidamos das narrativas e questionamentos da mesma.

    O trabalho minuciosamente bem feito continua ao fazer quem está assistindo montar o quebra cabeça enquanto o roteiro nos passa várias críticas pontuais.

    VEREDITO

    As Fotos Vazadas já possui várias indicações para o Citra Awards, o que é totalmente justificável, pois se trata de uma excelente produção de suspense que utiliza dos desdobramentos de um tema bastante polêmico.

    Apesar de o filme conter 2 horas e 10 minutos de duração, ele é fácil de ser consumido, pois não dá para sentir o tempo passar em frente a tela, pelo poder que a trama tem de prender o espectador.

    Não tem cenas em excesso, informações faltantes e muito menos furos, cada ponto é extremamente importante e preciso.

    Wregas Bhanuteja, precisa ser reconhecido por esse feito, assim, como aconteceu quando ganhou a premiação de melhor curta no Festival de Cinema de Cannes, sendo a primeira produção da Indonésia.

    Portanto, com toda a certeza a minha nota será máxima.

    5,0/5,0

    Confira o trailer de As Fotos Vazadas:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA | Euphoria – S2E2 Out of Touch

    0

    A segunda temporada de Euphoria é transmitida semanalmente na HBO e HBO Max. O segundo episódio, chamado de Out of Touch, é dirigido e escrito pelo criador da série Sam Levinson

    Confira nossa análise sobre o episódio!

    SINOPSE

    Quando o novo semestre começa, Jules (Hunter Schafer) questiona a nova amizade de Rue (Zendaya) e Elliot (Dominic Fike) enquanto Cal procura por respostas (Eric Dane).

    ANÁLISE

    O segundo episódio da nova temporada de Euphoria deixa evidente, de uma vez por todas, que a série deseja explorar novos núcleos de personagens. Não é como se estivéssemos fugindo da base da série, que seria o relacionamento de Jules e Rue, mas Sam Levinson mostra que existe muito mais em Euphoria.

    Por isso, Out of Touch é sobre o que esses personagens dizem que querem versus o que eles realmente querem. Logo, muitos desses desejos estão fora de alcance para alguns. É o caso de Nate (Jacob Elordi), após se recuperar da agressão de Fezco (Angus Cloud), ele imagina como seria sua relação com Cassie (Sydney Sweeney) e como poderia ser o relacionamento ideal. No entanto, o relacionamento conturbado com seu pai empurra Nate para um ciclo de micro agressões. 

    Ainda assim, o envolvimento de Nate e Cassie será algo importante nessa temporada. Cassie é uma personagem extremamente vulnerável que pode ser facilmente manipulada por Nate ou trazer uma certa redenção ao rapaz. 

    Outro personagem explorado no episódio foi Maddy (Alexa Demie), agora sem Nate, a personagem passa a ter novas percepções sobre sua própria vida. Com um  trabalho de babá, Maddy visualiza uma vida que ela sempre quis, mas sua carência emocional ainda é bastante forte para lhe aproximar de Nate. 

    Com uma imagética visual, Levinson traz cenas do que seria o relacionamento perfeito entre Nate e Cassie, ao mesmo tempo que aborda a personalidade de Maddy. Há um teor de fantasia em ambas as partes que, com a narração de Rue, torna tudo ainda mais intenso. 

    Já a relação entre Fezco e Lexi (Maude Apatow) é contida e caminha sem pressa. Na cena em que Cal, o pai de Nate, vai à mercearia de Fezco, a tensão é gigante com cores saturadas contrastando com uma iluminação forte. Novamente, o tema do episódio vem à tona, Lexi não consegue dizer o que deseja a Fezco. Certamente, alguns acontecimentos aproximaram ainda mais esse casal.  

    CRÍTICA | Euphoria – S2E2 Out of Touch

    Um dos melhores momentos do episódio fica por conta de Kat (Barbie Ferreira). Sem entender o porquê não consegue gostar de seu namorado, Kat volta ao seu mundo de fantasia. O interessante aqui é o quanto esse personagem é imagética e consegue trazer um sentimento de irreal a série, sendo também os momentos que mais temos referência a cultura pop (o guerreiro que entra em seu quarto lembra o Khal Drogo de Game of Thrones). 

    Para Kat é fácil fugir de sua realidade, mas também é extremamente dolorido. A cena com as blogueiras dizendo que ela precisa “amar a si própria” critica o discurso maçante de positividade das redes sociais. Ainda que Kat verbalize que odeia a si mesma, a pressão para que ela seja perfeita e não só de corpo, como mentalmente saudável, é gigante. É sem dúvida, a melhor cena do episódio, o diretor constrói um ambiente sufocante e aterrador. 

    Como dito no começo dessa análise, Jules e Rue pouco aparecem nesse episódio. Jules ainda não sabe que Rue voltou com as drogas, já Rue continua a frequentar as reuniões de reabilitação. No próximo episódio, provavelmente veremos mais de Elliot (Dominic Fike) e também como sua presença pode interferir na relação das protagonistas.

    Por último, a dinâmica entre Rue e Ali (Colman Domingo), introduzida no especial de Natal, é um dos momentos mais sinceros e fortes que existem na série. Por isso, é mais uma apelo que a série continue a trazer essa dupla, visto que Ali pode ser fundamental para reabilitação de Rue. 

    VEREDITO

    Out of Tough buscou firmar algumas relações da série e explorar o âmago de alguns personagens. Com uma  tema sobre realidade versus desejo de um boa dimensão do quanto a série pode ser além de suas protagonistas.

     A estética continua impecável, a série trabalha bastante com a teoria das cores, dando a cada personagem e cena uma cor ou luz que transmite o que aquele momento significa. 

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer da segunda temporada

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    House of the Dragon: Conheça Blackfyre, a espada Targaryen

    Blackfyre é a lendária espada de aço valiriano empunhada por Aegon I Targaryen, que ele empunhou durante a conquista dos Sete Reinos. Depois, tornou-se a preciosa lâmina ancestral da Casa Targaryen, empunhada por reis e príncipes; se tornando assim a mais famosa das várias espadas valirianas que pertenceu à Casa Targaryen, posteriormente dando o nome à Casa Blackfyre.

    ORIGEM

    É sabido que a espada foi forjada em Valíria, antes da Perdição de Valíria, mas a data é incerta.

    PORTADORES CONHECIDOS

    • Rei Aegon I Targaryen;
    • Rei Aenys I Targaryen;
    • Rei Maegor I Targaryen;
    • Rei Jaehaerys I Targaryen;
    • Sor Alfred Broome (brevemente);
    • Rei Daeron I Targaryen;
    • Sor Daemon I Blackfyre;
    • Aemon Blackfyre (brevemente);
    • Sor Aegor Rivers.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | House of the Dragon: Conheça a linha de sucessão Targaryen

    AEGON, O CONQUISTADOR

    Após a Conquista de Aegon, o Rei Aegon I Targaryen usou Blackfyre para matar Qhorin Volmark durante a invasão das Ilhas de Ferro; e durante a Primeira Guerra Dornesa, Aegon matou o campeão da Casa Toland com sua espada.

    Embora Aegon, o Conquistador, em posse de sua espada Blackfyre fosse um guerreiro formidável, sua irmã-esposa Visenya Targaryen, temia que a lâmina não fosse suficiente para proteger o novo rei do perigo. 

    Em 10 d.C. (Depois da Conquista), o Rei Aegon I Targaryen foi então convencido a permitir a formação da Guarda Real.

    Em 28 d.C., durante um torneio em Correrio, o Rei Aegon I concedeu o título de cavaleiro a seu filho mais novo, Maegor Targaryen e o presenteou com a espada ancestral da família. Apesar do filho  mais velho do rei, Aenys Targaryen, ter empunhando a Blackfyre algumas vezes, o príncipe não era mais do que um espadachim mediano. 

    Em 37 d.C., o Rei Aegon I TArgaryen morreu em Pedra do Dragão. Seu corpo foi queimado em uma pira funerária com as mãos cruzadas sobre o punho de Blackfyre; após os ritos, o príncipe Maegor recuperou a espada, que havia ficado mais escura pelas chamas, mas estava continuava intacta.

    MAEGOR, O CRUEL

    Após a morte de seu irmão mais velho, o Rei Aenys I, em 42 d.C., Maegor ascendeu ao Trono de Ferro à frente do filho mais velho de seu irmão e herdeiro, Aegon II. Ele foi coroado em Pedra do Dragão, usando a coroa valiriana de aço de seu pai, em vez da coroa ornamentada de Aenys I.

    Quando o Grande Meistre Gawen insistiu que o Trono de Ferro passasse para o filho de Aenys, Príncipe Aegon, Maegor decapitou Gawen com Blackfyre. Maegor empunhou sua espada ancestral de aço valiriano durante seu julgamento de sete contra os Filhos do Guerreiro, com o novo rei matando Sor Damon Morrigen e Sor Willam, o Andarilho

    Mais tarde, o então Rei Maegor I Targaryen usou Blackfyre para matar o Grande Meistre Myros quando este falou contra Maegor se casar com Tyanna, de Pentos. Entre as muitas vidas que a lendária espada ceifou, talvez a de Tyanna tenha sido a mais brutal; após confessar ter envenenado os filhos das outras rainhas de Maegor, o rei usou Blackfyre para arrancar o coração da rainha e deu para seus cães.

    AEGON II

    Durante a guerra civil conhecida como Dança dos Dragões, muito provavelmente a legitimidade de Aegon II Targaryen contra sua rival e primogênita do rei anterior, Rhaenyra Targaryen, tenha aumentado justamente por ele ter a posse da lendária espada.

    Quando Aegon II retomou Porto Real perto do fim da guerra civil Targaryen, ele permitiu que o condenado Trystane Truefyre recebesse o título de cavaleiro antes de sua morte; Sor Marston Waters apelidou o jovem de Sor Trystane Fyre, e Sor Alfred Broome então decapitou o cavaleiro recém-formado com Blackfyre.

    A CASA BLACKFYRE

    Em 182 d.C.,o Rei Aegon IV Targaryen escolheu conceder a espada Blackfyre para seu filho bastardo Daemon, um guerreiro nato, em vez de seu filho legítimo e erudito, o futuro Rei Daeron II Targaryen. Sor Daemon, que era conhecido pelo sobrenome bastardo Waters até então, tomou o nome de “Blackfyre” depois disso, criando a Casa Blackfyre. Alguns achavam que a espada do Conquistador simbolizava a monarquia, então o presente foi uma das sementes da rebelião.

    Daemon I Blackfyre empunhou a espada durante a Primeira Rebelião Blackfyre em 196 d.C. e travou um duelo épico com Sor Gwayne Corbray da Guarda Real no Campo de Grama Vermelha, enfrentando a própria lâmina valiriana de Gwayne.

    Após Daemon I perecer em batalha, o meio-irmão de Daemon, Aegor Rivers, conhecido como Bittersteel, tentou reunir os rebeldes com a lendária espada em mãos, mas Aegor Bittersteel se retirou após duelar com outro meio-irmão, Brynden Rivers, um rival chamado Bloodraven.

    PARADEIRO DA BLACKFYRE

    Com Daemon I Blackfyre e seus filhos gêmeos mortos, Bittersteel levou Blackfyre com ele para o exílio nas Cidades Livres, onde fundou a Companhia Dourada. A posse da espada após Bittersteel é desconhecida.


    LEIA TAMBÉM:

    House of the Dragon: Conheça os dragões Targaryen

    A Casa do Dragãospin-off de Game of Thrones, chegará ao HBO Max em 2022, ainda sem data definida. Quais suas expectativas para a série? Deixe seus comentários abaixo!

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Por dentro da Série Round 6: Livro revela bastidores da produção

    Lançada em setembro de 2021, Round 6 emplacou recordes de audiência e se tornou a série mais assistida da história da plataforma de streaming Netflix, vista por nada menos que 142 milhões de assinantes. O estrondoso sucesso é seguido por uma legião de pessoas sedentas por mais informações acerca de todo o universo da série, seus personagens e histórias de bastidores.

    É voltado a esse público o conteúdo de “Por dentro da Série Round 6”, livro da editora Citadel lançado em 22 de dezembro de 2021.

    A perturbadora mescla de jogos infantis, sangue, luta por sobrevivência e crítica social se inspira em Battle Royale e no universo dos mangás. Carregado de detalhes, “Por Dentro da Série Round 6” mostra, por exemplo, quem são os sete personagens principais e como cada um deles votou no jogo.

    Escrito pelo sul-coreano Park Mijoon, o livro é uma espécie de guia não-oficial da série e oferece um olhar muito aprofundado e detalhista, revelando pequenos segredos e curiosidades escondidas, como algumas dicas para os jogos que acontecem em cada episódio ou um olhar mais analítico sobre cada personagem que aparece na série.

    Sobre o autor

    Park Minjoon é roteirista e crítico de televisão. Nasceu em Ssangmun-dong, um bairro de Seul, e estudou cinema na Universidade Nacional de Seul. Desde pequeno jogava bolinha de gude, cabo de guerra e o squid game (que deu nome à série ao redor do mundo, mas aqui no Brasil intitulou-se Round 6).

    Sinopse

    O manual de instruções não oficial para descobrir todos os segredos, antecedentes e curiosidades da série e se aventurar no mundo K, o fantástico universo cultural coreano. Prepare-se para se tornar o jogador número 457. O que você está disposto a fazer para pagar suas dívidas? 456 jogadores com dívidas a pagar envolvem-se em vários jogos para crianças que, no entanto, envolvem peões (mortais). Não pode ser abandonado, quem perde a vida. Uma perturbadora mistura de jogos para crianças, sangue, luta pela sobrevivência e crítica de sistema que tem as suas origens em Battle Royale e no universo mangá. Um sucesso que em muito pouco tempo se estende muito além da própria série de TV, tornando-se um fenômeno social de alcance global.

    Ficha Técnica

    Editora: ‎ Citadel Editora; 1ª edição (13 dezembro 2021)
    Idioma: ‎ Português
    Capa comum: ‎ 176 páginas
    ISBN-10: ‎ 6550471273
    ISBN-13: ‎ 978-6550471279
    Dimensões: ‎ 16 x 1 x 23 cm

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Benedetta (2022, Paul Verhoeven)

    0

    O filme francês Benedetta do diretor Paul Verhoeven (Robocop) chegou aos cinemas. Com roteiro de David Birke e do próprio diretor, o longa é uma adaptação do livro Atos Impuros da historiadora inglesa Judith C. Brown

    No elenco estão Virginie Efira, Charlotte Rampling e Daphne Patakia.

    SINOPSE

    No século XVII, a jovem Benedetta Carlini (Virginie Efira) é enviada a um convento italiano, crescendo com devoção completa a Deus. Quando a instituição acolhe uma jovem agredida pelo pai, as duas mulheres se aproximam e iniciam um relacionamento proibido. Enquanto isso, Benedetta passa a ter visões, logo alguns enxergam na mulher uma mensageira divina, mas outros a consideram uma farsante perigosa.

    ANÁLISE

    Considerado um dos filmes mais polêmicos do ano, Benedetta traz o teor provocativo e crítico, a marca característica do diretor Paul Verhoeven. Famoso por filmes que discutem tabus da sociedade, Verhoeven faz de Benedetta talvez sua obra mais importante ao debater religião e sexo de uma forma única. 

    O longa, como o livro, se baseia em fatos reais. A freira existiu no início do século XVII em Pescia, uma pequena vila no norte da Itália e teria tido um relacionamento com uma de suas freiras enquanto ela era abadessa do Convento da Mãe de Deus. 

    Logo, Benedetta foi destituída de seu posto e presa quando o Papado descobriu sobre o caso. Ela também relatou ter visões e até recebeu os estigmas. Em 1619, ela afirmou ter sido visitada pelo próprio Jesus, que disse a Benedetta que ela deveria se casar com ele. As pessoas começaram a questionar as declarações de Benedetta, e a investigação que se seguiu revelou o relacionamento proibido.

    O filme de Verhoeven se assemelha em muito aos relatos dos fatos, no entanto, se tratando de uma obra cinematográfica também imagina como foram as visões de Benedetta e tenta dar sentido às suas ações. Dessa maneira, o diretor tem o cuidado de nunca colocar a freira sob um olhar crítico, o que está em jogo é a relação da Igreja para com a sociedade e como esta pode ser hipócrita. 

    Em Benedetta, o corpo feminino é visto como pecaminoso sendo uma construção da visão da Igreja sobre as mulheres. Consequentemente, o filme brinca com esses conceitos, visto que, as visões da protagonista com Jesus são acompanhadas de tensão sexual. Mais do que chocar, o diretor deseja passar uma mensagem, ainda que sem efeito em seu final.

    Isso porque, existe um certo ar de mistério se as visões de Benedetta são reais ou não, mas que aos poucos vai sendo deixado de lado para dar espaço a outras tramas. O impacto que as manifestações de Jesus causam em Benedetta poderia ser maior explorado, mas é nítido que o diretor está mais interessado no impacto que esses acontecimentos causam naquela sociedade.

    Por isso, a personagem tão intensamente vivida por Virginie Efira carrega uma forte convicção de seus atos que surpreende até mesmo a noviça Bartolomea (Daphne Patakia), seu interesse amoroso. O filme até demora para tratar dessa relação vista como pecaminosa, o encontro entre ambas acontece sem pressa por parte do diretor, para depois explodir em cenas íntimas.

    Longe de ser um filme feminista, afinal temos um diretor, Benedetta explora as questões da fé em contato com a atração carnal. Para isso, o extremo físico é abordado de diferentes maneiras em cenas como quando Benedetta obriga Bartolomea a queimar a mão para provar sua devoção ou aquela em que a estátua da Virgem Maria se torna um objeto para penetração. 

    Depois que Benetta dá um novo significado a seu desejo sexual como algo divino, é fácil para a freira se desprender do pecaminoso e afirmar repetidamente que a relação faz parte do “compartilhamento do amor de Cristo”, ainda que mais ninguém ali veja dessa forma. 

    Da metade para o final, quando o filme introduz a Peste e a passagem de um cometa como sinais da ira de Deus, segundo aquela sociedade, o filme começa a perder sua potência. Logo, não é difícil que Benedetta caia em um área de estranhamento, onde não se sabe se o diretor deseja fazer uma sátira da Igreja ou um filme mais sério. Afinal, podem ser ambos ou nenhum. 

    VEREDITO

    Benedetta é um filme intenso que parte de uma história real sobre o primeiro caso lésbico entre freiras reconhecido pela Igreja Católica, onde o diretor conduz veemente a primeira metade do filme propondo verdadeiras discussões sobre fé e desejo sexual. Porém o longa se perde no seu final, querendo fazer realmente um espetáculo, o que parece ser a real intenção do diretor. Ainda que não agrade a todos.

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!