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    Por trás do Escândalo, a história real de Bombshell

    Roger Ailes foi um case de sucesso como profissional: esteve nas campanhas vencedoras de Richard Nixon, Ronald Reagan, George W. Bush e Donald Trump, o último atual presidente dos Estados Unidos. Entretanto, sua Pietà foi a construção do império da Fox News, um dos maiores canais de notícias do mundo, um legado invejável de um homem com duas facetas: um empresário poderoso e ambicioso; e um monstro sem escrúpulos e ardiloso, que se aproveitava de sua posição para fazer chantagens com suas empregadas.

    Seu legado parecia intocável até 2014, quando Gabriel Sherman lançou o livro The Loudest Voice in the Room: How the Brilliant, Bombastic Roger Ailes Built Fox News – and Divided a Country, que acusava Roger Ailes de ter oferecido aumento a uma de suas empregadas se ela aceitasse realizar favores sexuais ao executivo; John Lithgow dá vida ao empresário no longa. O caso ocorrera na década de 80 e desde o lançamento do livro, vieram à tona diversos outros casos de assédio sexual, dentre eles, os de duas estrelas da Fox: Gretchen Carlson, vivida por Nicole Kidman no longa e Megyn Kelly, que é interpretada por Charlize Teron, que foram âncoras do canal.

    John Lithgow (esquerda) e Roger Ailes.

    Desde então, diversas batalhas judiciais foram travadas. Os advogados de Roger Ailes difamaram as vítimas, tentando coagi-las para que não dessem seguimento ao caso.

    Na obra de Sherman, Kelly detalhou como ocorreram os assédios com ela em 2006. Assim que Megyn Kelly ingressou na Fox News, Ailes realizou reuniões particulares onde diversas vezes o executivo tentou assedia-lá sexualmente. Além disso, ele também tentou beijá-la em muitas ocasiões em seu escritório.

    Em 2016, quando as acusações de Carlson vieram à tona, a Fox pressionou Kelly para que defendesse Roger Ailes, ao que ela negou com ênfase. As denúncias atingiram o canal em cheio, e os donos da emissora começaram a pressionar o conselho para que o presidente saísse e abrisse mão de seu contrato. Depois de sua renúncia, novas acusações foram feitas de dentro da própria companhia. Enfraquecido dentro do canal e trucidado pela opinião pública, Ailes deixa a Fox News e inicia seu último trabalho na campanha de Trump em 2017.

    Hemofílico, Roger Ailes morre no mesmo ano por complicações da doença.

    Gretchen Carlson escreveu um livro chamado Be Fierce em 2017. A ex-funcionária da Fox News virou palestrante do TED Talks e em 2018 foi convidada para participar da comissão do evento Miss America. Ela foi responsável pela exclusão da apresentação com trajes de banho, uma decisão considerada polêmica na época, mas que teve o endosso de diversos movimentos feministas como o #MeToo. Atualmente Gretchen capitaneia a competição.

    Megyn Kelly retomou sua carreira como jornalista e recebeu algumas premiações após o caso. foi considerada uma das 100 pessoas mais influentes pela revista Time em 2014. em 2015 entrou para o hall da fama da Bethlehem Central High School. Em 2016 Kelly foi para NBC e lá ficou por mais dois anos. Em 2018 se envolveu em uma polêmica defendendo o uso de blackface (pintar o rosto de preto para simbolizar a pele negra, ato considerado extremamente ofensivo e racista), se desculpando após o ocorrido. Megyn acabou saindo da NBC no mesmo ano.

    Em 2019, a jornalista anunciou sua volta para a emissora.

    A personagem de Margot Robbie é fictícia na trama. Ela será uma produtora que também estará envolvida no caso.

    O Escândalo estreia dia 16 de Janeiro nos cinemas brasileiros.



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    CRÍTICA – Skyward – Volume 1 (2019, Devir)

    Imagine um mundo em que nada mais é como costumava ser. Em que apenas uma pequena porção de gravidade impera sobre tudo e todos que habitam a Terra, e os que vivem presos ao chão são apenas os membros mais ricos da sociedade, que não querem aceitar que o mundo não mais é como fora certa vez. Esse é o panorama que nos é apresentado em Skyward.

    Lançada originalmente nos Estados Unidos em 2018, a HQ foi indicada ao prêmio Eisner em 2019. O quadrinho que chegou ao Brasil pelas nas mãos da editora Devir, conta com roteiro de Joe Henderson – o showrunner da série Lucifer -, e é ilustrado por Lee Garbett (responsável por Loki: Agente de Asgard) e Antonio Fabela (responsável por Thanos e A Vingança do Motoqueiro Fantasma Cósmico). Skyward nos faz sentir como um explorador no mundo repleto de mudanças, em que apenas a nossa imaginação fora capaz de teorizar/imaginar.

    Skyward

    Tendo como ponto de vista a vida da jovem Willa Fowler, somos apresentados brevemente ao evento que causou o cataclismo que fez a humanidade beirar sua extinção. Chamado de Dia G – o dia em que a gravidade praticamente deixou de existir -, o evento foi o responsável por mudar completamente a vida da protagonista, assim como de todos os habitantes do planeta Terra.

    As discussões acerca dos que adoram física e ciência em geral, surge a medida em que a leitura se inicia. Como os humanos acostumados à antiga gravidade foram capazes de se adaptar ao novo mundo? A fisiologia daqueles que aqui habitam, assim como toda a sustentabilidade da vida seja ela humana ou animal, na Terra, é baseada na gravidade.

    Sem revelar muito em seu primeiro volume, Skyward é responsável por nos incitar a querer saber mais daquele mundo e das tecnologias utilizadas a fim de garantir a sobrevivência daqueles que aqui permaneceram.

    Skyward

    O roteiro primoroso de Henderson, assim como as ilustrações de Garbett nos fazem sentir imersos naquele mundo, assim como nos fazem rapidamente prender o ar em algum momento de maior tensão.

    Willa Fowler é uma das personagens mais imponentes e fortes do mundo dos quadrinhos atualmente. Com apenas um volume lançado no Brasil, a personagem surge com um imenso potencial, e é a mais promissora no que tange um possível maior desenvolvimento de seu passado, e as escolhas futuras de restauração do que o mundo certa vez fora.

    Skyward foi lançado pela editora Devir no Brasil em Outubro de 2019, e é um dos quadrinhos que merecem ser acompanhados por sua história envolvente, que aborda questionamentos como a vida, medos mais profundos, culpa e até mesmo a liberdade como um dos maiores sentimentos que alguém pode vir a sentir.

    Nossa nota

    Você já deu uma chance para Skyward? O quadrinho vale muito a pena ser lido. Se você já leu o quadrinho, conta pra gente nos comentários o que achou e dê sua nota para ele!



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    Thor: Mjolnir ganha novo poder nas HQs

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    Esta publicação contém spoilers de Thor #1, de Donny Cates, Nic Klein, Matthew Wilson e Joe Sabino.

    Após os eventos da saga Guerra dos Reinos, Thor agora é o Rei de Asgard, assumindo os deveres de seu pai, Odin, e encarregado da liderança dos Dez Reinos. Ao assumir essa nova responsabilidade, Odinson recebe um novo conjunto de poderes que reflete seus importantes deveres e autoridade.

    E em Thor #1, o Deus do Trovão usa um desses dons para transmitir sua voz por todo o Reino através de seu martelo Mjolnir, o que lhe permite transmitir mensagens e discursos reais por todo o universo com um único movimento do pulso.

    Esse novo desenvolvimento tem implicações reconfortantes e aterrorizantes, dependendo de como Thor carregará seu novo fardo. As páginas iniciais de Thor #1 mostram o Mjolnir voando pelo espaço, pedindo que a guerra e o derramamento de sangue parem imediatamente para inaugurar uma nova era de paz. O martelo enche os aliados de Asgard, como os Anões e os Elfos da Luz, com alegria e esperança, enquanto para outros, como os Gigantes de Gelo e os Elfos Negros, traz uma sensação iminente de pavor.

    Thor anuncia através de sua ferramenta mágica:

    O velho rei se foi; que haja paz … ou trovão.

    Esse decreto pode conter uma série de interpretações diferentes. Por um lado, o desejo do Rei Thor de acabar com a inundação de violência de uma vez por todas pode ser visto como nobre, uma extensão de suas sensibilidades heróicas decorrentes do tempo que passou como um dos mais poderosos heróis da Terra, ao lado dos Vingadores. Por outro lado, a segunda metade dessa afirmação carrega um tipo de tom autoritário que implica que Odinson fará qualquer coisa ao seu alcance para instalar a ordem. De fato, há um subtexto desconfortável de uma mensagem de paz universal sendo entregue com uma das armas mais poderosas do universo. Afinal, o martelo voa através de um monstro gigante que os Vingadores estão lutando na Terra, destruindo completamente sua cabeça.

    Anos de histórias de Thor mostraram que o Deus do Trovão é principalmente um indivíduo respeitável e de bom coração, mas ainda há indícios do potencial do Mjolnir e ele pode afetar negativamente seu governo. Um líder com esse poder, e agora a voz onipresente, pode ser facilmente persuadido a instituir uma regra autocrática em nome da paz e da ordem.

    Como esse é o começo da nova era do reinado de Thor, apenas o tempo dirá como Odinson escolherá exercer sua habilidade. É preciso se perguntar que outras capacidades o Mjolnir possui. Se o martelo pode irradiar a voz do Rei Thor, talvez também possa lhe conceder onisciência e permitir que ele veja ou ouça o que está acontecendo através do Reino Real, como Sif, a nova guardiã da Bifrost.



    E aí, o que achou do novo poder do Mjolnir? Será que iremos ser apresentados a outros novos? Leia também:

    Stormbreaker: Conheça a arma de Thor em Vingadores: Guerra Infinita

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    Oscar 2020: Confira os indicados a cada uma das categorias

    As indicações para o Oscar 2020 chegaram! E foi uma manhã incrível para O Irlandês de Martin Scorsese, Era Uma Vez em… Hollywood de Quentin Tarantino e Parasita de Bong Joon Ho.

    Ano passado, as indicações ao Oscar foram dominadas por Roma de Alfonso Cuarón, e A Favorita de Yorgos Lanthimos, cada um deles foram indicados 10 vezes. Roma levou para casa o Oscar de Melhor Diretor, Melhor Fotografia e Melhor Filme de Língua Estrangeira, mas foi derrotado por Green Book – O Guia na categoria Melhor Filme. Muitos críticos de cinema ficaram indignados e começaram a chamar Green Book de “O Pior Vencedor de Melhor Filme”, desde que Crash – No Limite levou o Oscar no mesmo ano em que O Segredo de Brokeback Mountain foi indicado.

    Muita da atenção ao redor do Oscar 2020, vinha da possibilidade da Academia “abraçar” ou não os filmes dirigido por mulheres. O Globo de Ouro e o prêmio do Sindicato de Diretores da América deixaram de fora os filmes dirigidos por mulheres, e escolheram filmes dirigidos por cinco homens, o que levou a uma grande repercussão por parte da indústria. E mais uma vez, em mais uma premiação, as mulheres foram ignoradas na categoria Melhor Diretor.

    Confira abaixo a lista de indicados:

    MELHOR FILME

    Ford vs Ferrari (Disney/Fox)

    O Irlandês (Netflix)

    Jojo Rabbit (Fox Searchlight)

    Coringa (Warner Bros.)

    Adoráveis Mulheres (Sony)

    História de Um Casamento (Netflix)

    1917 (Universal)

    Era Uma Vez em… Hollywood (Sony)

    Parasita (Neon)

    MELHOR DIRETOR

    Martin Scorsese (O Irlandês)

    Todd Phillips (Coringa)

    Sam Mendes (1917)

    Quentin Tarantino (Era Uma Vez em… Hollywood)

    Bong Joon Ho (Parasita)

    MELHOR ATOR

    Antonio Banderas (Dor e Glória)

    Leonardo DiCaprio (Era Uma Vez em… Hollywood)

    Adam Driver (História de Um Casamento)

    Joaquin Phoenix (Coringa)

    Jonathan Pryce (Dois papas)

    MELHOR ATRIZ

    Cynthia Erivo (Harriet)

    Scarlett Johansson (História de Um Casamento)

    Saorise Ronan (Adoráveis Mulheres)

    Charlize Theron (O Escândalo)

    Renée Zellweger (Judy)



    MELHOR ATOR COADJUVANTE

    Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança)

    Anthony Hopkins (Dois Papas)

    Al Pacino (O Irlandês)

    Joe Pesci (O Irlandês)

    Brad Pitt (Era Uma Vez em… Hollywood)

    MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

    Kathy Bates (O Caso Richard Jewell)

    Laura Dern (História de Um Casamento)

    Scarlett Johansson (Jojo Rabbit)

    Florence Pugh (Adoráveis Mulheres)

    Margot Robbie (O Escândalo)

    MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

    Taika Waititi (Jojo Rabbit)

    Steve Zaillian (O Irlandês)

    Anthony McCarten (Dois Papas)

    Greta Gerwig (Adoráveis Mulheres)

    Todd Phillips e Scott Silver (Coringa)

    MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

    Rian Johnson (Entre Facas e Segredos)

    Noah Baumbach (História de Um Casamento)

    Sam Mendes and Krysty Wilson-Cairns (1917)

    Quentin Tarantino (Era Uma Vez em… Hollywood)

    Bong Joon Ho e Han Jin Won (Parasita)

    MELHOR ANIMAÇÃO

    Como Treinar Seu Dragão: O Mundo Perdido

    Eu Perdi meu Corpo

    Klaus

    O Elo Perdido

    Toy Story 4



    MELHOR FILME ESTRANGEIRO

    Corpus Christi

    Honeyland

    Les Miserables

    Dor e Glória

    Parasita

    MELHOR DOCUMENTÁRIO

    American Factory

    The Cave

    Democracia em Vertigem

    For Sama

    Honeyland

    MELHOR FOTOGRAFIA

    O Irlandês

    Coringa

    O Farol

    1917

    Era Uma Vez em… Hollywood

    MELHOR DESIGN DE FIGURINO

    O Irlandês

    Jojo Rabbit

    Coringa

    Adoráveis Mulheres

    Era Uma Vez em… Hollywood

    MELHOR EDIÇÃO DE FILME

    Ford vs Ferrari

    O Irlandês

    Jojo Rabbit

    Coringa

    Parasita



    MELHOR MAQUIAGEM E CABELO

    O Escândalo

    Coringa

    Judy

    Malévola: Dona do Mal

    1917

    MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL

    Coringa

    Adoráveis Mulheres

    História de Um Casamento

    1917

    Star Wars: A Ascensão Skywalker

    MELHOR MÚSICA ORIGINAL

    I Can’t Let You Throw Yourself Away” (Toy Story 4)

    I’m Gonna Love Me Again” (Rocketman)

    I’m Standing With You” (Superação: O Milagre da Fé)

    Into the Unknown” (Frozen 2)

    Stand Up” (Harriet)

    MELHOR DESIGNER DE PRODUÇÃO

    O Irlandês

    Jojo Rabbit

    1917

    Era Uma Vez em… Hollywood

    Parasita

    MELHOR EDIÇÃO DE SOM

    Ford vs Ferrari

    Coringa

    1917

    Era Uma Vez em… Hollywood

    Star Wars: A Ascensão Skywalker



    MELHOR MIXAGEM DE SOM

    Ad Astra

    Ford vs Ferrari

    Coringa

    1917

    Era Uma Vez em… Hollywood

    MELHOR EFEITOS VISUAIS

    Vingadores: Ultimato

    O Irlandês

    O Rei Leão

    1917

    Star Wars: A Ascensão Skywalker

    MELHOR DOCUMENTÁRIO (CURTA)

    In the Absence

    Learning to Skateboard in a War Zone If You’re a Girl

    Life Overtakes Me

    St. Louis Superman

    Walk Run Cha-Cha

    MELHOR CURTA EM ANIMAÇÃO

    Daughter

    Hair Love

    Kitbull

    Memorable

    Sister

    MELHOR CURTA EM LIVE ACTION

    Brotherhood

    Nefta Football Club

    The Neighbor’s Window

    Saria

    A Sister



    Confira nossos vídeos sobre a corrida para o Oscar 2020:

    Quem você acha que devia ser indicado que não foi? Conta pra gente nos comentários!

    A cerimônia de entrega do Oscar 2020 acontecerá no dia 9 de Fevereiro de 2020 nos Estados Unidos. E o Feededigno cobrirá o evento em suas redes sociais!

    CRÍTICA – The Witcher (1ª temporada, 2019, Netflix)

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    Desde o seu anúncio ao final de 2018, The Witcher tem sido um dos maiores tópicos discutidos aqui no Feededigno, gerando artigos, listas e até mesmo um editorial intitulado Bestiário, em que revelamos um pouco mais sobre o mundo em que a série é ambientada e os monstros e criaturas que nele vivem.

    Criada pelo escritor polonês Andrzej Sapkowski, a história gira em torno de um caçador de monstros em um mundo repleto de intrigas políticas, preconceitos e desigualdades. A série se tornou imensamente popular após o estúdio polonês CD Projekt Red desenvolver no começo dos anos 2000 uma série de games baseados nesse mundo fantástico e tão rico de contos e histórias do folclore polonês e eslavo.

    The WItcher

    A primeira temporada de The Witcher, da Netflix, estreou no último dia 20 de Dezembro e instantaneamente virou uma sensação por todas as redes sociais, gerando memes, e se tornou também responsável por fazer algumas músicas ficarem grudadas em nossa cabeça.

    Pouco tempo depois do anúncio da série, o querido ator Henry Cavill – que em uma entrevista recente apontou ser um gamer – revelou que adoraria viver o personagem. Tão logo quanto a produção da série se seguiu, foi anunciado que o mesmo viveria na versão live-action, o que parece ser um misto entre o Geralt dos games e dos livros. Sendo ele por vezes tão coração mole quanto bruto, mostrando demasiadamente o quão cativante e profundo personagem pode ser, assim como ele é mostrado nos livros.

    O vento está sibilando”

    The Witcher

    The Witcher conta com um tempo único para ambientar seus acontecimentos, e em pouco mais de uma hora em cada episódio, é de se esperar que haja um pouco de barriga em alguns dos arcos, mas felizmente isso não acontece. Com eventos que entrelaçam três núcleos diferentes em períodos de tempo diferente, tomamos ciência dos mais diversos pontos de vistas sobre as ideias e pensamentos daqueles que cruzam o caminho dos personagens centrais. Geralt luta para aceitar quem é, e o seu destino. Ciri (Freya Allan) luta para sobreviver. Yennefer (Anya Chalotra) luta por si mesma, a fim de prosperar naquilo que mais ambiciona.

    A adaptação que a showrunner Lauren S. Hissrich almejou e anunciou ao longo dos meses de produção parece ter excedido suas expectativas, pois apesar da nota relativamente baixa pela crítica no Rotten Tomatoes com 64% da crítica especializada, a série é considerada um sucesso com 93% de nota do público.

    A adaptação que é focada nos livros da série, de certa forma nos transporta para os ambientes e lugares parecidos com o que vimos nos games da CD Projekt Red. Com elementos da história de certa forma “deficientes” no tocante à computação gráfica, causado pelo que parece ter sido um baixo orçamento para uma primeira temporada, a série se supera no que se refere ao incrível elenco, ambientação e adaptação. 

    Não deixando a desejar quando o ponto é adaptação, Hissrich muda alguns dos elementos presentes no livro, mas sem descaracterizar a história como um todo, dando uma origem a Yennefer, e fazendo-a ser a personagem forte que os iniciados à história pelo mundo dos games a conhecem. Ao dar um imenso peso à sua história de origem, Yennefer se prova como um dos mais interessantes elementos de roteiro, assim como o cativante e por vezes cansativo, Jaskier (Joey Batey).

    Jogue uma moeda para seu Bruxo, ó vale abundante”

    A série adapta alguns dos arcos mais interessantes da saga The Witcher quando nos mostra a incrível relação entre o cavaleiro Dunny e Pavetta. Uma relação com sentimentos verdadeiros surgiu entre um amaldiçoado e uma pessoa com sangue Ancião, assim como o arco do Carniceiro de Blaviken; a história do Lobo Branco é imensamente rica e cuidadosa. Ela nos apresenta as mais diferentes facetas do personagem de uma “raça” que é conhecida e criada para não ter sentimentos como o medo, amor ou empatia, simplesmente pelo fato dos Bruxos não poderem tomar lados em uma guerra.

    Veredito

    Quando lançados ao mundo de The Witcher pela tela da TV, vemos que os personagens estão envolvidos em uma trama que transcende suas compreensões e vêem que seu próprio destino está para ser decidido por uma força maior que está fora de qualquer controle dela.

    Lauren S. Hissrich acerta ao nos apresentar ao Continente e por entrelaçar tão bem os arcos que se desenrolam em diferentes períodos de tempo – apesar de alguns espectadores não notarem isso, cada episódio se desenrola em um período de tempo diferente, explicamos nesse artigo o momento em que cada um deles se passa.

    As atuações dos personagens centrais da trama nos levam a acreditar que a série tem um imenso futuro à sua frente e possivelmente um maior orçamento em suas próximas temporadas, visto que a showrunner revelou que possui história para pelo menos 7 temporadas.

    Esperamos que a longa jornada de Geralt, Ciri e Yennefer se desenrole e tenha o fim que merece.

    Nossa nota

    Confira o trailer da série:

    Você já assistiu a série The Witcher? Dê sua nota e conta pra gente nos comentários o que achou e qual foi o episódio que você mais curtiu!



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    CRÍTICA – Titãs (2ª temporada, 2019, DC Universe)

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    Sabe aquele emaranhado de fios da sua árvore de Natal que você tira do armário para decorar a sua casa e tem uma dificuldade imensa de desenrolá-los? Essa é a premissa da trama de Titãs na segunda temporada, uma trama cheia de subtramas que se atrapalham e deixam a história confusa e perdida.

    O texto a seguir pode conter alguns spoilers, pois temos alguns pontos muito importantes para explicar o porquê de tudo ter sido tão abaixo das expectativas.

    O primeiro episódio inicia diretamente do cliffhanger estabelecido na season finale da primeira temporada: Trigon (Seamus Dever) aprisionou Dick Grayson (Brenton Thwaites), Garfield “Gar”/Mutano (Ryan Potter) e Rachel/Ravena (Teagan Croft) na casa da mãe da Titã. Dois dos maiores problemas já aparecem de cara no primeiro episódio: CGI mal-feito e resoluções mágicas e extremamente rápidas para conflitos que duraram a temporada inteira para se resolver. Em um piscar de olhos, Ravena derrota Trigon sem nenhuma dificuldade ao final do episódio, sendo extremamente anticlimático por toda a construção da chegada de um dos vilões mais poderosos da DC Comics.

    A transformação do personagem em sua versão demoníaca é constrangedora, o CGI deixa ele quase que flutuando em tela, parecendo mais um cutscene de algum jogo de videogame do que um vilão ameaçador. Isso acontece mais algumas vezes, principalmente quando Superboy/Conner (Joshua Orpin) aparece em cena, com balas que não furam as camisetas, parecendo faíscas de filtros de Instagram. Krypto atacando os vilões também é totalmente bizarro pela plástica dos movimentos.

    Titãs: Trailer da 2ª temporada revela Superboy, Exterminador e muito mais

    Citando Superboy e Krypto, os dois foram boas adições ao elenco, sendo protagonistas do melhor episódio, no qual somos apresentados ao Cadmus e a toda a mitologia do Superman. A luta na casa de Lionel Luthor é o melhor momento de toda a temporada.

    Conner e Krypto são carismáticos e funcionam muito bem em tela, assim como Conner fez uma dupla interessante com Gar, algo que gostaríamos muito que fosse mais explorado na eventual terceira temporada.



    Outro destaque é Hank Hall/Rapina (Alan Ritchson) o antigo Titã tem uma boa história de redenção e queda na história, nos aproximando muito dele em diversos momentos. A atuação de Alan é excelente, uma vez que ele é um dos poucos que se entrega e entendeu muito bem o seu personagem: um homem que tem uma casca de durão e canalha, só que por dentro é frágil e cheio de problemas para consertar, é um dos poucos acertos do time antigo, junto com Brenton Thwaites e sua transformação, uma vez que o antigo Robin carrega a culpa e seus demônios, tendo dilemas que dão bons contornos ao personagem. A sua transformação em Asa Noturna é memorável, mesmo que tenha sido por pouco tempo de tela.

    Os trajes estão perfeitos e o de Asa Noturna é o mais legal junto com o do Robin/Jason Todd (Curran Walters).

    Ainda sobre personagens, vamos falar de Estelar (Anna Diop), Jason Todd e Bruce Wayne/Batman (Ian Glein), que grande desperdício de talento! Toda a construção de Estelar e Jason Todd foi por água abaixo aqui!

    Os excelentes Anna Diop e Curran Walters sofreram muito no segundo ano de Titãs! A primeira pela unidimensionalidade da princesa de Tamaran, que está novamente perdida e sem um lugar no mundo. O segundo por se tornar um bebê chorão que vive com raiva de tudo. As tramas dos dois são interessantes, contudo, a forma com que os são tratados pelo roteiro é de dar dó.4



    Estelar deixou de ser uma mulher forte, decidida e poderosa para se tornar problemática e sem rumo. Todd continuou marrento, mas o trauma inexplicável do personagem que se arrisca para lutar contra os vilões mais lunáticos de Gotham não é fácil de engolir para os fãs como eu da Batfamília.

    O Batman de Ian Glein merece um capítulo à parte em nossa crítica. O ator é muito talentoso e merece uma nota dez pelo esforço. O problema é o que os roteiristas fizeram com o Homem-Morcego em Titãs. Bruce é um homem comum, que usa de frases baratas que qualquer um acha na internet quando quer impressionar alguém. Sem imponência, sem o ar sombrio e sem a frieza característica de um dos heróis mais icônicos e amados de todos os tempos, tornando-o uma mistura das versões de Val Killmer, Adam West e George Clooney, algo que não é nem de perto um elogio.

    Sobre os vilões, Doutor Luz (Michael Mosley) serve apenas como condutor da trama, uma espécie de capanga inútil de Slade Wilson/Exterminador (Esai Morales), o verdadeiro antagonista do grupo de heróis, principalmente de Dick, no qual possui um desejo de vingança.

    Infelizmente, por mais que haja um esforço muito grande por parte de Esai Morales que consegue dar um ar ameaçador ao Exterminador, sendo muito bom em sua atuação, o roteiro não o ajuda, criando um personagem inconsistente, uma vez que na hora de concluir seus objetivos é letal, mas a sua premissa se resume apenas em não deixar os Titãs existirem, algo muito pequeno para um vilão tão mortal.

    O único destaque positivo é Mercy Graves (Natalie Gumede), o braço direito de Lex Luthor que é eficiente, ambiciosa e uma real ameaça, caso o Cadmus tenha mais destaque no futuro, com certeza Mercy possa ser interessante com um novo arco no caso de não utilização do principal rival do Homem de Aço.

    Com uma história inconsistente, atuações e efeitos ruins e resoluções mágicas que irritam até o mais desatento espectador, a segunda temporada de Titãs falha miseravelmente em retomar o que foi muito bem construído no seu primeiro ano, uma lástima para uma série que tinha um imenso potencial em suas mãos.

    Assista ao trailer da nova temporada:

    Nossa nota

    E vocês? Amaram ou detestaram Titãs? Comentem e deixem sua nota! O segundo ano da série já está disponível no catálogo da Netflix!

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