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    TBT #185 | O Resgate do Soldado Ryan (1999, Steven Spielberg)

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    Lançado em 1999, O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan) o filme é notável por seu retrato gráfico da guerra e principalmente pela intensidade de seus primeiros 27min, que inclui uma impressionante sequência retratando os desembarques dos Aliados na tomada da Praia de Omaha, na Normandia, das mãos dos alemães nazistas no Dia D.

    Muito bem recebido pela crítica e público, o longa com orçamento de US$ 70 milhões, arrecadou mundialmente uma bilheteria total de US$ 70 milhões; além de render a segunda estatueda do Oscar de Melhor Diretor para Steven Spielberg.

    O elenco conta com Tom Hanks, Edward Burns, Tom Sizemore, Adam Goldberg, Barry Pepper, Giovanni Ribisi, Vin Diesel, Jeremy Davies e Matt Damon; além de nomes como Ted Danson e Paul Giamatti.

    SINOPSE

    Ao desembarcar na Normandia, no dia 6 de junho de 1944, o capitão Miller (Tom Hanks) recebe a missão de comandar um grupo do segundo batalhão para o resgate do soldado James Ryan (Matt Damon), caçula de quatro irmãos, dentre os quais três morreram em combate. Por ordens do general George C. Marshall (Harve Presnell), eles precisam procurar o soldado e garantir o seu retorno, com vida, para casa.

    ANÁLISE

    Desde o seu lançamento, O Resgate do Soldado Ryan tem sido amplamente elogiado como um dos mais influentes filmes de guerra já feitos. Inclusive, o longa é creditado por renovar o interesse em antigos e novos filmes, videogames e romances da Segunda Guerra Mundial, algo parecido visto anteriormente apenas com Platoon (1986), de Oliver Stone.

    Em 2014, o filme foi selecionado para preservação no Registro Nacional de Filmes pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, sendo considerado “cultural, histórico ou esteticamente significativo”.

    Dentre os muitos filmes marcantes dirigidos por Steven Spielberg, o longa estrelado por Tom Hanks é tão devastador que seu impacto assemelhasse com A Lista de Schindler (1993), também de Spielberg. Entretanto, não há nada de especialmente complexo na estrutura de O Resgate do Soldado Ryan. O filme conta com duas grandes cenas de batalha, uma no início e outra no fim; e no meio, lutas menores se alternam com momentos tranquilos de construção de personagens que dão vida aos soldados, permitindo que eles escapem dos estereótipos. 

    Steven Spielberg, junto com o roteirista Robert Rodat e os atores, garante que todos no filme sejam desenvolvidos de forma que possamos lamentar se e quando morrerem. Eles são soldados, mas também homens comuns pegos nas garras de circunstâncias extraordinárias.

    John Miller por exemplo é a mistura perfeita de cansaço de guerra, resignação e devoção ao dever.

    VEREDITO

    Em tempos de guerra entre Rússia e Ucrânia, é bom lembrar que a violência não é algo bonito e não há grandeza em morrer pela pátria. O que realmente importa em meio ao caos destrutivo do combate, são os pequenos atos de decência. No cenário cruel da guerra, a bondade não é apenas um hábito do coração, mas a única graça salvadora.

    O Resgate do Soldado Ryan nos apresenta de forma brilhante diversos momentos que nos mostram a importância dessa fraca luz chamada bondade que resiste firme ao abraço selvagem da escuridão chamada morte.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Resident Evil: A Série (1ª temporada, 2022, Netflix)

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    Resident Evil: A Série é uma nova adaptação do famoso game homônimo que já conta com diversos filmes animados e live actions. A série é um produto original Netflix e conta com Ella Balinska (As Panteras) e Lance Reddick (John Wick) no elenco.

    SINOPSE DE RESIDENT EVIL: A SÉRIE

    Em 2036, o mundo foi devastado por um vírus mortal criado pela Corporação Umbrella, uma empresa poderosa do ramo farmacêutico. Jade Wesker (Ella Balinska) é uma cientista que tenta salvar a humanidade buscando realizar experiências no Reino Unido, todavia, ela está em uma jornada perigosa com a empresa maquiavélica como seu grande obstáculo.

    ANÁLISE

    As adaptações de games nunca foram uma unanimidade no que se refere a qualidade de narrativa, uma vez que a liberdade criativa e pouca expectativa de estúdios que colocam orçamentos modestos prejudicam e muito os projetos. Quando se trata de Resident Evil, é ainda pior, visto que os longas foram sempre de medianos para péssimos, com uma intragável e recente tentativa em Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City, filme horroroso de 2021.

    A Netflix comprou os direitos da franquia, criando uma série animada mediana e prometendo uma série live action, denominada Resident Evil: A Série, um produto completamente diferente dos demais por se tratar de uma nova página, com apenas um personagem conhecido do grande público: Albert Wesker, interpretado pelo bom ator Lance Reddick.

    Essa nova roupagem dá, de fato, um frescor para a já desgastada franquia, uma vez que traz novos elementos à trama, mesmo que tenhamos alguns easter eggs interessantes aqui. A mudança de perspectiva dá ineditismo, mesmo que a atmosfera com diversas teorias da conspiração e uma história que tem política, ação e muito sangue envolvidos, algo bem característico dos games.

    De positivo, temos uma violência gráfica bastante presente e uma ameaça bem real com monstros diversos e bem executados, mesclando o orgânico e digital de jeito honesto e bem dirigido. Os zumbis não estão apenas ali, eles são inimigos bastante letais, assim como os outros tantos monstrengos de Resident Evil como, por exemplo, lickers, aranhas gigantes, cães zumbis e tantos outros. Além disso, a ação é bem feita, com cenas frenéticas e com uma montagem legal.

    Contudo, a história das irmãs Jade e Billie Wesker é fraquíssima, num nível novelesco e completamente fora de tom. A história é dividida em duas linhas do tempo, uma em 2022, completamente desinteressante, e uma em 2036 que tem acertos, mas que conta também com muitos momentos exaustivos e pouco inspirados. A todo o momento há alguma facilitação de roteiro que tira o peso da protagonista, que em cada episódio é salva no último minuto por algum fator externo ou sorte, algo bem irritante. No que tange a parte das meninas na adolescência, temos apenas uma intriga boba de irmãs egoístas e um arco fraco de como a Umbrella funciona em Resident Evil: A Série. No futuro, pelo menos, ficamos com mais atenção pela agilidade do texto e das situações, sendo um competente entretenimento, mesmo que genérico.

    VEREDITO

    Resident Evil: A Série é mais do mesmo e pior, não é, nem de longe, algo que os fãs vão lembrar com carinho, mesmo que a proposta realmente não seja essa. Os elementos para agradar o fã raiz estão ali, contudo, se você não conhece nada sobre a franquia, talvez seja um bom divertimento. O produto com certeza funcionaria melhor como um filme, mas nos contentemos com isso mesmo.

    Nossa nota

    2,5/5,0

    Confira o trailer de Resident Evil: A Série:

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    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Black Bird (Minissérie, 2022, Apple TV+)

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    Black Bird é a nova minissérie semanal da Apple TV+ que adapta o livro autobiográfico de James Keene, In with the Devil: A Fallen Hero, a Serial Killer, and a Dangerous Bargain for Redemption (inédito no Brasil).  

    Baseado em fatos reais, a série é uma criação de Dennis Lehane e tem direção de Michaël R. Roskam. No elenco estão Taron Egerton, que também é produtor executivo, Paul Walter Hauser, Sepideh Moafi, Greg Kinnear e Ray Liotta.

    Os dois primeiros episódios já estão disponíveis. 

    SINOPSE

    Jimmy Keene (Taron Egerton), filho de um policial e um astro do time de futebol americano da escola, é condenado a dez anos de prisão por tráfico de drogas, ele então ganha uma oportunidade de se redimir. Jimmy deve escolher entre cumprir sua sentença sem chances de redução ou ir para uma prisão de segurança máxima e se aproximar de Larry Hall (Paul Walter Hauser), um suspeito de assassinatos em série. Para garantir sua liberdade, Jimmy precisa conseguir uma confissão de Larry e descobrir onde estão escondidos os corpos de diversas vítimas.

    ANÁLISE

    É indiscutível que o gênero de true crime está na moda e com tantas produções surfando nessa onda é difícil saber o que de verdade vale a pena. Black Bird não é exceção, mas sua narrativa nada contra a maré e se destaca já nos primeiros dois episódios ao criar uma história inesperada. Os elementos que o leva ao gênero de true crime até estão presentes, mas de uma forma nada convencional. 

    Todo fã de true crime vibra quando a produção diz ser baseada em fatos reais, ainda mais se for uma história fora da curva. Os eventos que levaram a minissérie são no mínimo intrigantes, Jimmy Keene era um traficante de drogas em uma prisão de segurança mínima que para reduzir sua pena topou se infiltrar em uma instituição de segurança máxima com criminosos insanos para se aproximar de Larry Hall, um serial killer que havia matado cerca de 12 garotas. A aproximação tinha um único objetivo: fazer Hall confessar os assassinatos e onde estavam os corpos, visto que ele seria solto em breve por falta de provas. 

    É uma história trágica, mas digna de cinema que nas mãos de Dennis Lehane se tornou uma série extremamente cativante e inquietante. Lehane tem por merecer; escritor de romances policiais, é o autor de Ilha do Medo, que mais tarde se tornou um filme dirigido por Martin Scorsese. Dessa forma, Black Bird apresenta um enredo totalmente viciante com uma atmosfera que brinca o tempo todo com a confiança e desconfiança entre os personagens. 

    Ray Liotta em seu último papel.

    Taron Egerton faz um ótimo Jimmy Keene, um jovem com uma vida fácil que utiliza de seu charme para se salvar das situações, mas que também é bastante arrogante e convencido. Ele deseja sair da prisão, pois seu pai, interpretado por Ray Liotta em seu último papel póstumo, está doente. Já, Paul Walter Hauser utiliza de expressões corporais para se tornar praticamente irreconhecível como Larry Hall, considerado apenas um homem peculiar, mas inocente demais para cometer assassinatos. Ambos não se encontram ainda nos primeiros episódios, a série faz questão de traçar suas personalidades e apresentá-los ao público como dois lados de uma mesma moeda.

    O lado investigativo de Black Bird corre lateralmente com seus personagens principais, Brian Miller (Greg Kinnear), um detetive local que parece ser o único a acreditar que Larry seja culpado e Lauren MCauley (Sepideh Moafi), uma agente que introduz Jimmy como infiltrado na prisão, são personagens compenetrantes e servem a narrativa. Dessa forma, a produção da Apple TV+ se apega bastante aos diálogos interpessoais e a falta de muita ação, pode tornar a série um pouco cansativa para alguns. 

    Contudo, ainda que o começo de Black Bird tenha um tom bastante similar a Mindhunter, com perfis de assassinos sendo feitos e corpos sendo achados, não parece que a produção seguirá por esse caminho. Visto que, a relação entre Jimmy e Larry é um grande destaque para tornar essa série incrivelmente tensa do começo ao fim.

    VEREDITO

    Black Bird é uma minissérie de seis capítulos e que logo em seu início surpreende por sua narrativa direta. Com um roteiro convincente e boas atuações é um ótimo pedido para fugir das produções mais do mesmo de true crime.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado de Black Bird:

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    Black Noir: Conheça a história do “Batman” dos Sete

    Black Noir ou Sombra Negra é um personagem bastante misterioso e que é uma espécie de cópia do Batman, sendo um ninja com poderes e extremamente letal. Conheça saiba mais sobre personagem de The Boys!

    ORIGEM DO BLACK NOIR

    Assim como os demais membros dos Sete, o Black Noir ou Sombra Negra foi criado pela Vought com o se corpo recebendo altas dosagens do Composto V. Por conta de suas habilidades essenciais de ninja e ser um homem sem escrúpulos, ele é uma espécie de homem dos trabalhos sujos da empresa, tendo o trabalho de aniquilar os adversários do Conglomerado e acobertar possíveis crises que possam afetar a reputação da poderosa empresa de The Boys.

    Na hierarquia, o Black Noir é um membro muito importante, sendo o braço direito do Capitão Pátria/Homelander, assim como é o único que tem a confiança do vilão mais diabólico e mortal dos Sete.

    HABILIDADES

    Black Noir é um exímio lutador, além de ser um espadachim muito bom. Seus poderes são super força e regeneração, se curando muito rápido, quase que instantaneamente. Ele também possui muita destreza como espião, sendo um pé muito grande no sapato dos Rapazes na trama, perseguindo-os sempre que possível.

    AS DIFERENÇAS DA HQ PARA A SÉRIE

    A série de The Boys já mudou muita coisa em relação aos quadrinhos e o principal plot-twist foi retirado, uma vez que Black Noir é fundamental na maior virada de trama na história de Darick Robertson e Garth Ennis nas páginas das hqs.

    Na série, o vilão inicialmente fazia parte da Liga da Revanche, sendo uma voz representativa, pois era um “herói” negro em um grupo que contava apenas com brancos. Depois de uma emboscada, Noir ficou gravemente ferido, tendo que usar máscara e perdendo a fala por conta de danos irreversíveis em seu cérebro. Na season finale da terceira temporada, Homelander (Antony Starr) arranca suas vísceras, matando-o na sala da Vought.

    Já nos quadrinhos, Black Noir é um clone do Superman do Conglomerado, com a missão de ser um antídoto caso Homelander enlouquecesse e se virasse contra a empresa. Entretanto, o feitiço virou contra o feiticeiro, com Noir realizando diversas crueldades como, por exemplo, molestar Hughie no Herogasm, estuprar a esposa de Billy Butcher, assassinar civis e cometer atos terríveis como canibalismo, necrofilia e tantas outras coisas deploráveis, se tornando o maior vilão da história por causar os principais problemas dos dois grupos antagonistas dos Sete e dos Rapazes, ou seja, um completo psicopata!

    Confira nossa live sobre a terceira temporada de The Boys:

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    CRÍTICA – Ms. Marvel (1ª temporada, 2022, Disney+)

    Ms. Marvel chegou no streaming da Disney como um respiro em relação às suas séries mais sérias. A série que apresenta Iman Vellani no papel da incrível Kamala Khan, nos apresenta uma personagem regular em uma história irregular com altos e baixos que precisam ser levados em conta.

    Em sua primeira história no Universo Cinematográfico Marvel, a série do Disney+ apresenta a Ms. Marvel em uma história muito conveniente, na qual muitos de seus elementos são ignorados apenas para seguir em frente.

    ESTE TEXTO POSSUI SPOILERS DE ENREDO DE MS. MARVEL

    SINOPSE

    Ms. Marvel apresenta Kamala Khan, uma americana paquistanesa de 16 anos de Jersey City. Aspirante a artista, ávida gamer e uma voraz escritora, ela é uma grande fã dos Vingadores – Capitã Marvel em particular. Mas Kamala sempre lutou para encontrar seu lugar no mundo.

    ANÁLISE

    Ms. Marvel

    Com uma história potente sobre pertencimento, a série tem início ao nos apresentar Kamala Khan e sua família. Como uma aficcionada em super-heróis, Kamala descobre ter poderes a partir de uma herança familiar.

    Abordando assuntos como pertencimento, a série nos leva por uma viagem histórica não apenas de Kamala, mas também do Universo Marvel e da Partição da Índia. Com um ponto em comum entre todas as séries da Marvel – que são viagens ao passado -, a única diferenciação de Ms. Marvel em relação às outras séries, é a sua irregularidade.

    Ainda que Iman Vellani seja muito carismática, a série não se sustenta apenas nisso.

    Ms. Marvel

    Com episódios que variam entre sequências maçantes e histórias cansativas, Ms. Marvel parece saber onde quer chegar, mas aos trancos e barrancos narrativos a série parece fazê-lo de maneira livre, sem levar tanto em conta seus personagens.

    Apesar de sua história ser profunda, a série que se sustenta em seus dois primeiros episódios parece encontrar seu caminho apenas em seu episódio final. Ao se recordar que uma história de herói principalmente da Marvel precisa de fato abraçar sua história e ser divertida, Ms. Marvel conclui sua história de maneira satisfatória, preparando a personagem para um futuro brilhante ao lado de Carol Danvers e Monica Rambeau no filme The Marvels.

    VEREDITO

    Com um final divertido a série parece se embrenhar no que foi apresentado de melhor desde seu primeiro episódio, o visual e o dinamismo de uma série produzida para a geração Z, mas não apenas isso. Após os eventos de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura que nos apresentou o Professor Xavier, Ms. Marvel dá os primeiros sinais de que os mutantes estão prontos para chegar ao Universo Cinematográfico Marvel, e Kamala talvez seja a primeira mutante.

    Ms. Marvel está disponível no Disney+.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Confira o trailer da série:

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    CRÍTICA – Uncharted: Fora do Mapa (2022, Ruben Fleischer)

    Uncharted: Fora do Mapa é a versão live-action da franquia de games da Naughty Dog estrelado por Tom Holland e Mark Wahlberg. O filme conta a história de Nathan Drake (Tom Holland) que sobrevive por pequenos golpes que aplica enquanto trabalha como bartender. Sua vida muda quando ele conhece o também golpista Victor Sully (Mark Wahlberg). Após um enorme atraso em seu lançamento, Uncharted: Fora do Mapa foi lançado em 2022 nos cinemas de todo o mundo.

    Mesmo que não tenha sido bem recebido, o filme conta com sequências de tirar o fôlego enquanto tenta fazer jus à contraparte de Nathan Drake que viríamos a conhecer na história dos games, ou seja, Fora do Mapa funciona como uma prequela dos games.

    SINOPSE

    Nathan Drake e seu parceiro canastrão Victor “Sully” Sullivan embarcam em uma perigosa busca para encontrar o maior tesouro jamais encontrado. Enquanto isso, eles também rastreiam pistas que podem levar ao irmão perdido de Nathan.

    ANÁLISE

    Uncharted: Fora do Mapa

    Enquanto se distancia bastante do material fonte, o filme já nos apresenta já em seu começo um retcon que foi feito na história de Nathan Drake apenas no quarto game da franquia, em que somos apresentado à Sam Drake. O filme nos leva até a história de Nathan anos antes de o acompanharmos em suas histórias nos games. Com momentos de tirar o fôlego, descobrimos a história de Nathan e Sully enquanto são encarregados de uma missão que não parece nada fácil, e descobrimos também que a história dos dois personagens centrais da trama, se diferem bastante de suas contrapartes dos games.

    Ainda que tenha assistido à contragosto, preciso admitir que ver Tom Holland como Nathan é satisfatório. E por mais que distancie de sua contraparte do material fonte, o filme nos deixa curiosos à cada uma de suas curvas.

    Quando nos deparamos com o vilão de Antonio Banderas, que por algum motivo acha que o tesouro de Fernão de Magalhães o pertence, vemos que Santiago Moncada é apenas um vilão com boas motivações mas péssimos arcos em filmes que adaptam games.

    Tendo tirado em grande parte inspiração do plot de Uncharted 4: A Thief’s End, Uncharted: Fora do Mapa muda imensos detalhes, bem como as lendas que giram em torno da vida de Drake e suas motivações. Ao dar vida à uma versão mais ingênua e jovem de Drake, Tom Holland dá espaço para que a marca registrada de Nathan Drake se destaque no longa.

    E agora, com Sam presente na trama desde seus primeiros minutos, seu desaparecimento é o mcguffin necessário para mover a trama para a frente, bem como motivar as ações de Nathan Drake.

    VEREDITO

    Uncharted: Fora do Mapa

    Por mais que Fora do Mapa nos apresente novos elementos da vida de Drake, o primeiro filme da PlayStation Studios nos apresenta um futuro promissor em relação às suas produções. Ver a história de Drake e entender a importância do material fonte do filme, é entender que ele se distancia do filme original por um motivo. Ao entregar aspectos do grandioso A Thief’s End em seu primeiro filme, o próximo filme precisa alçar o sarrafo à uma nova altura.

    O Nathan Drake de Tom Holland merece ser assistido e pode servir como um elemento que vai despertar a curiosidade de futuros jogadores da franquia. O filme é um belo divertimento que nos permite entender e mergulhar de cabeça à uma aventura Fora do Mapa.

    Uncharted: Fora do Mapa está disponível no HBO Max.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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