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    CRÍTICA – Deserto Particular (2021, Aly Muritiba)

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    Deserto Particular escrito e dirigido por Aly Muritiba (O Caso Evandro) foi o escolhido para representar o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2022. No elenco estão Antônio Saboia e Pedro Fasanaro.

    SINOPSE

    Daniel (Antônio Saboia) é um policial exemplar, mas acaba cometendo um erro que coloca em risco sua carreira e sua honra. Quando nada mais parece o prender a Curitiba, ele parte em busca de Sara (Pedro Fasanaro), uma mulher com quem se relaciona virtualmente. Ele então mergulha em um intenso processo interno para aprender a lidar melhor com seus próprios afetos.

    ANÁLISE

    O filme escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil no Oscar 2022 fala sobre uma relação intrínseca. Deserto Particular confronta duas realidades completamente diferentes que ao se encontrarem provocam o âmago de seus protagonistas. É um filme paciente que sabe como quer contar sua história, tanto narrativamente, como visualmente. 

    Deserto Particular

    Pode parecer que Deserto Particular demora para acontecer, afinal, seu título só sobe em tela após meia hora de filme, quando o policial Daniel (Antônio Saboia) decide ir em busca de sua paixão virtual. Porém, é nesse tempo que o espectador passa com Daniel que entende-se o quanto esse personagem vive em um mundo apático. 

    Os dias se tornam difíceis, entre os cuidados do pai e o afastamento da política devido a um excesso de violência. Sua única saída daquele universo tão sem cor, que fica expresso na escolha em representar uma Curitiba descolorida, é Sara, uma mulher com quem Daniel conversa virtualmente. 

    É na falta de Sara, que abruptamente para de responder Daniel, que o policial decide embarcar em uma viagem para o interior da Bahia atrás da amada. Dessa forma, Deserto Particular se inicia de forma despretensiosa e paciente, como roteirista Aly Muritiba apresenta personagens consistentes e transparentes. 

    Antônio Saboia como Daniel deixa de lado os estereótipos de policial, apesar do corpo másculo, apresenta um persona mais reservada, contida que sente dificuldades em se abrir completamente. Vide a cena, onde Daniel por não conseguir se expressar com seu pai acaba por quebrar o gesso do braço a duras batidas em uma pedra.

    Da mesma forma, o encontro com a mulher dos seus sonhos, Sara (Pedro Fasanaro), que é uma mulher transgênero, é um momento de desaprovação para os conceitos machistas de Daniel. Sara/Robson pergunta por vezes, “O que eu sou?” para Daniel, que mudo não consegue responder. É no silêncio e também na trilha sonora melancólica que Muritiba faz o espectador refletir sobre o impacto de diferentes vivências e especificamente, sobre os anseios dos indivíduos LGTBQIA+.

    Deserto Particular

    A estética queer aparece pouquíssimas vezes no longa, mais presentes nas boates que Daniel e Sara se encontram e dançam juntos. O que há de fato em Deserto Particular é a exploração dos tons típicos do deserto, como quem mostra uma realidade LGTBQIA+ muito diferente dos filmes coloridos, visto que, estamos no interior da Bahia. 

    Mas, de certa forma, Deserto Particular também quer atenuar a imagem de Daniel, o sensibilizá-lo e desfazer seu estereotipo de homem branco e hetero. Por isso, um breve deslumbre de uma cena de sexo entre dois homens, com a qual, o espectador pode finalmente se comover por Daniel.  

    Logo, o filme de Aly Muritiba é tão pouco objetivo, como subjetivo. Sua direção evidencia planos abertos de forma a complementar personagem e ambiente. Dessa maneira, existe em Deserto Particular uma singularidade difícil de desvendar, que por vezes pode incomodar por não evidenciar um rumo direito, mas que sem dúvida chega a sua totalidade. 

    VEREDITO

    Deserto Particular é um filme visualmente belo que sabe aproveitar bem seus personagens e não têm pressa em se desenvolver. É uma história de amor, mas com um certo drama que coloca o espectador para refletir sobre vivências, desventuras e o próprio indivíduo.

    Nossa nota

    4,0 /5,0

    Confira o trailer de Deserto Particular:

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    TBT #152 | A Hora do Espanto (1985, Tom Holland)

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    Poucos filmes foram tão eficientes ao condensar a mitologia dos vampiros quanto o primeiro A Hora do Espanto (1985). Fruto de um período em que o horror era um gênero bastante popular entre adolescentes, a obra de estreia do diretor Tom Holland atualiza a história de Drácula para uma deliciosa e ingênua trama sobre um garoto que descobre que o vizinho devora mulheres no interior de sua morada.

    O elenco conta com William Ragsdale, Roddy McDowall, Amanda Bearse, Jonathan Stark, Art Evans, Chris Sarandon e Stephen Geoffreys.

    SINOPSE

    Charley Brewster (William Ragsdale) é um adolescente obcecado por filmes de monstros, cujo programa favorito é A Hora do Espanto, uma sessão de clássicos do gênero apresentado por Peter Vincent (Roddy McDowall), um ator decadente conhecido pelos papéis similares a Van Helsing, famoso caçador de vampiros criado por Bram Stoker. Como o personagem de James Stewart em Janela Indiscreta (1954), o jovem percebe um comportamento estranho vindo da casa ao lado. Desesperado, ele pede ajuda para Vincent, que inicialmente o ridiculariza, mas acaba convencido de que a ameaça é real.

    ANÁLISE

    O que se segue é um raro exemplo onde elementos de humor e terror caminham em perfeita harmonia. O filme diverte, mas também assusta quando precisa. E enquanto cada cena parece ter sido calculada para ser inesquecível, a ótima trilha sonora embala tudo daquele jeitinho especial que os filmes da década de 1980 sabiam fazer tão bem.

    William Ragsdale e Amanda Bearse estão adoráveis no papel do casal Charley e Amy. Até mesmo coadjuvantes como Jonathan Stark, que interpreta Billy Cole, e Art Evans no papel do detetive Lennox, ganham momentos de destaque. Chris Sarandon entrega um dos vampiros mais marcantes do cinema, com uma atuação cheia de cinismo e trejeitos que homenageia os grandes clássicos do terror gótico da produtora inglesa Hammer.

    Roddy McDowall segue a mesma linha no papel do elegante matador de vampiros Peter Vincent; e Stephen Geoffreys protagoniza algumas das cenas mais impactantes do filme, como aquela em que tem a testa queimada por um crucifixo e uma outra em que se transforma em lobo. Aliás, esse momento chega a ser emocionante, tamanho o empenho do elenco e a criatividade dos efeitos práticos.

    A química entre Peter Vincent e Charley Brewster é tão boa que foi repetida em A Hora do Espanto – Parte 2 (1988), realizado sem a participação de Holland, que estava ocupado com Brinquedo Assassino (1988). A dupla ainda seria vista em uma série de histórias em quadrinhos, publicadas até o início da década seguinte. A popularidade do título ainda rendeu jogos de videogames e duas refilmagens (a sequência do filme de 2011 é, na verdade, uma nova interpretação do roteiro original de 1985).

    VEREDITO

    Mas ao contrário do que acontece com os filmes sobre vampiros atuais, o grande acerto de A Hora do Espanto é não tentar reinventar a roda. O roteiro do também diretor Tom Holland (que mais tarde nos entregaria outro clássico, Brinquedo Assassino) transporta o mito para os tempos modernos, mas mantém todas as suas características clássicas intactas. Eles se transformam em morcegos, em lobo e em névoa, eles dormem em caixões, têm medo de crucifixo e não têm reflexo no espelho.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer original (sem legenda):

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    CRÍTICA – Casa Gucci (2021, Ridley Scott)

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    Casa Gucci (House of Gucci) é um cinebiografia da família Gucci e sua famosa marca de acessórios de grife. O longa é baseado no livro The House of Gucci: A Sensational Story of Murder, Madness, Glamour, and Greed, escrito por Sara Gay Forden.

    O roteiro é de Becky Johnston com direção e produção de Ridley Scott.

    No elenco estão Lady Gaga (Nasce Uma Estrela), Adam Driver (Star Wars), Al Pacino (Hunters), Jared Leto (Morbius) e Jeremy Irons (Watchmen).

    O longa chega aos cinemas amanhã (25).

    SINOPSE

    Casa Gucci é baseado na história de Patrizia Reggiani, ex-mulher de Maurizio Gucci, membro da família fundadora da marca italiana Gucci. Patrizia conspirou para matar o marido em 1995, contratando um matador de aluguel. Quase 3 décadas de amor, traição, decadência, vingança e assassinato, o filme revela a importância e poder que o nome Gucci carrega.

    ANÁLISE

    Não há nada mais catártico do que uma família rica que vira motivo de escárnio. Afinal, existe um certo prazer quando é revelado que os poderosos não passam de pessoas mesquinhas e ambiciosas demais (Succession da HBO que o diga). Dessa forma, Ridley Scott entende que as audaciosas intrigas familiares é fio condutor de Casa Gucci, pelo menos na primeira metade do filme. 

    Já nas primeiras cenas o espectador é apresentado a dinâmica do casal Patrizia Reggiani e Maurizio Gucci, interpretados respectivamente por Lady Gaga e Adam Driver. A dupla exala sintonia e Scott sabe que o melhor do seu filme está nessa relação. Por isso, a introdução do longa é praticamente envolta desse romance, a montagem dinâmica e embalada por um trilha sonora divertida dá o tom do que parece ser um casamento perfeito. 

    Patrizia Reggiani (Lady Gaga) e Maurizio Gucci (Adam Driver).

    Nem mesmo, as suspeitas do pai de Maurizio Gucci, Rodolfo Gucci interpretado impetuosamente por Jeremy Irons, de que Patrizia poderia estar apenas interessada no dinheiro da família dão um tom amargo a obra. A Patrizia de Gaga se configura como uma mulher fiel ao marido, mais especificamente fiel a Casa Gucci. E por ser uma mulher ambiciosa que Patrizia decide tomar decisões e arquitetar planos para que Maurizio seja o sócio majoritário da marca da família. 

    Dessa forma, o filme apresenta um primeiro ato irretocável, onde o público fica interessado na vida do casal e nas relações conturbadas da família rica. Porém, é quando o filme percebe seu curto tempo de tela que tem-se uma ruptura na essência de Casa Gucci. Já no meio, Ridley Scott abandona por completo a estética camp que vinha trazendo até o momento, os aspectos exagerados e exacerbados, típicos dos ricos, para dar lugar a um melodrama que parece se perder do meio para o seu fim. 

    Como a adaptação de um livro, a sensação que fica é que o longa tinha muito material para apresentar e na hora de concluir a história, faltou sutileza. Basta observar o desenvolvimento de personagens:

    • Patrizia pode não ser uma interesseira, mas sua pose de menina cai logo que ela se envolve nos negócios da família, dessa forma, há uma progressão da personagem;
    • Maurizio anda muito pouco na trama, a não ser pela caracterização de personagem, não há um momento significativo que vemos sua evolução. Este aparece em cena de forma abrupta e toma forma em roteiro, onde o personagem precisa verbalizar que está pedindo o divorcio para ser compreendido. Logo, com a separação do casal, Casa Gucci toma outros rumos que não são suficientes para convencer o espectador.

    Família Gucci 

    Além de Lady Gaga e Adam Driver, há em Casa Gucci outros astros do cinema que com algumas ressalvas cumprem seu papel. A começar por Al Pacino como Aldo Gucci, que entrega um personagem condizente com a trama. Dessa forma, os melhores momentos são quando o ator faz dupla com Jared Leto, interpretando seu filho Paolo Gucci. Leto está irreconhecível com tamanha maquiagem que junto do sotaque galhofa garante um bom alívio cômico. 

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Al Pacino: 10 filmes com suas melhores atuações

    Dessa forma, para apreciar o longa é preciso deixar de lado algumas semelhanças com a realidade. O sotaque dos atores, por exemplo, caem no vale da estranheza à medida que cada um reproduz algo diferente. Dessa forma, os acontecimentos ao longo do filme que levam ao assassinato de Maurizio parecem forçados demais, a medida que não tem uma construção equivalente ao inicio do filme.

    Ridley Scott corre contra o tempo para contar o máximo de informações possíveis sobre o que parece ser três décadas da família Gucci. Isso também não está tão evidente, visto que, o filme não se esforça muito para datar seus acontecimentos. Logo, no meio para o final há uma sensação de perda de história, como se algo que mudasse o rumo do filme tivesse escapado ao espectador. Como por exemplo, a saída de Lady Gaga de cena; quando ela é quem deveria conduzir a trama. Desanimador. 

    Da mesma maneira, o interesse por apresentar o significado da marca Gucci, seus por menores e o que ela representa de fato para o mundo cai por terra e fica reservado a poucas passagens, onde se vê falsificações de bolsa e ações sendo vendidas e compradas.

    Casa Gucci se torna um filme apressado. Mas, ainda assim, muito potente e atraente a medida que se embarca nas tramas, dramas e traições dessa família rica.

    VEREDITO

    Por último, vale destacar, o design de produção de Casa Gucci e a caracterização dos personagens está incomparável. Ridley Scott aproveita muito bem os ambientes do longa, as grandes mansões, os acessórios Gucci e o estilo italiano para deixar o espectador vidrado e sem dúvida querendo mais. 

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    O longa chega aos cinemas amanhã (25).

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    A Roda do Tempo: Conheça os personagens da série

    A mais nova série da Amazon Prime Video chegou ao catálogo nesta sexta-feira (19); A Roda do Tempo (The Wheel of Time) que é estrelada por Rosamund Pike (Eu Me Importo) no papel principal é baseada na saga literária homônima escrita por Robert Jordan – e finalizada por Brandon Sanderson após a morte de Jordan.

    Ao todo, foram 14 livros publicados ao longo de 23 anos, são eles:

    1. A Roda do Tempo: O Olho do Mundo;
    2. A Roda do Tempo: A Grande Caçada;
    3. A Roda do Tempo: Dragão Renascido
    4. A Roda do Tempo: Ascensão da Sombra;
    5. A Roda do Tempo: As Chamas do Paraíso;
    6. A Roda do Tempo: O Senhor do Caos;
    7. A Roda do Tempo: A Coroa de Espadas
    8. A Roda do Tempo: O Caminho das Adagas (tradução livre); 
    9. A Roda do Tempo: O Coração do Inverno (tradução livre); 
    10. A Roda do Tempo: A Encruzilhada do Crepúsculo (tradução livre);
    11. A Roda do Tempo: Faca de Sonhos (tradução livre);
    12. A Roda do Tempo: A Tempestade Se Formando (tradução livre);
    13. A Roda do Tempo: As Torres da Meia Noite (tradução livre);
    14. A Roda do Tempo: Uma Memória da Luz.

    Com sua primeira temporada composta por oito episódios, a série teve seus três primeiros episódios lançados simultaneamente, porém os demais serão lançados semanalmente toda sexta-feira; veja as datas:

    • S1E1 – já disponível;
    • S1E2 – já disponível;
    • S1E3 – já disponível;
    • S1E4 – 26 de novembro;
    • S1E5 – 03 de dezembro;
    • S1E6 – 10 de dezembro;
    • S1E7 – 17 de dezembro;
    • S1E8 – 24 de dezembro.

    SINOPSE

    Moiraine (Rosamund Pike) é membro de uma organização extremamente poderosa de mulheres praticantes de magia conhecida como Aes Sedai e ela tem a importante missão de viajar junto com cinco jovens do vilarejo de Dois Rios em uma jornada perigosa e emocionante, pois a maga acredita que um dos cinco é a reencarnação do dragão milenar que tem como objetivo salvar o mundo das forças do mal.

    PERSONAGENS

    Atenção, as descrições de personagens listadas abaixo podem conter leves spoilers com base nos livros.

    MOIRAINE DAMODRED (Rosamund Pike)

    Moiraine é uma Aes Sedai, que na língua antiga significa “servos de todos”, mas essa definição apenas se encaixa no contexto de uma época anterior, conhecida como a Idade das Lendas. Na Terceira Era, período em que a história se passa, as Aes Sedai são apresentadas como uma organização influente de mulheres, capaz de canalizar o Poder Único.

    Com um vasto conhecimento, elas são uma das forças mais respeitadas e importantes do mundo, embora também sejam frequentemente desprezadas e temidas.

    A função das Aes Sedai – após o evento conhecido como Desmembramento do Mundo, com o qual a Era da Lenda terminou – é impedir que algo semelhante aconteça novamente e manter sob controle os homens que, afetados pela corrupção do Saidin, podem canalizar o Poder Único para o Tenebroso.

    LAN MANDRAGORAN (Daniel Henney)

    Lan Mandragoran é o rei e único sobrevivente da linha real do reino caído de Malkier e é um Guardião inicialmente ligado a Moiraine Damodred.

    O Guardião é um homem ligado a uma Aes Sedai específica, incumbido de proteger sua vida.

    Ao se tornar o companheiro de aventura de Moiraine e ele parte com ela para ajudar a maga em sua busca por quem possui o poder do Escuro e pode ser o Dragão Renascido, se tornando assim o salvador da humanidade, ou o destruidor.

    RAND AL’THOR (Josha Stradowski)

    Um dos cinco jovens que se juntam à Moiraine em busca do Dragão Renascido junto com os seus outros amigos, Rand al’Thor é vivido pelo ator Josha Stradowski que nasceu na Holanda e já participou de algumas séries de TV menores antes se se juntar ao elenco de A Roda do Tempo.

    Na série, o título de Dragão é concedido ao Campeão da Luz após sua luta contra o Tenebroso, um confronto que, de acordo com a lenda, está destinado a ocorrer repetidamente enquanto a Roda do Tempo gira. Por esse motivo, o Dragão está fadado a renascer – e daí surge o conceito de Dragão Renascido. A figura tem como missão salvar e depois destruir o mundo.

    PERRIN AYBARA (Marcus Rutherford)

    O jovem Perrin Aybara também é um dos jovens que Moiraine desconfia ser o Dragão Renascido.

    Sua jornada começa após o ataque dos Trollocs em Dois Rios.

    Os Trollocs, que também não demoramos muito para ver, são criaturas que pertencem aos Amigos das Trevas e que constituem a maior parte dos exércitos do Tenebroso. São seres terríveis e brutais, dotados de uma certa inteligência, carnívoros e que costumam atacar em grupo.

    Marcus Rutherford dará vida ao personagem em A Roda do Tempo, sendo um dos seus primeiros papéis em seriados, apesar de já ter trabalhado em alguns filmes anteriormente.

    MAT CAUTHON (Barney Harris)

    O aldeão Matrim “Mat” Cauthon é um dos jovens de Dois Rios candidato à Dragão Renascido, segundo a intuição de Moiraine.

    Mat é o único filho e filho mais velho de Abell e Natti Cauthon. Ele tem duas irmãs mais novas, Bodewhin e Eldrin Cauthon.

    Amigo de Rand e Perrin, o jovem Mat é o mais malandro, imaturo, sem tato e atrevido do grupo. Ele não tem medo de desprezar toda e qualquer figura de autoridade ao seu redor e, normalmente, tenta tudo que pode para fugir da responsabilidade e do trabalho.

    O ator Barney Harris já havia trabalhado em algumas produções anteriormente e só fará parte da primeira temporada de A Roda do Tempo, não estando na continuação da série.

    EGWENE AL’VERE (Madeleine Madden)

    Egwene é uma recém iniciada no Círculo de Mulheres de Dois Rios e assim como Moiraine, tem a capacidade de canalizar magia e as duas se encontram na cidade de Dois Rios, quando Moiraine Damodred utilizar seu poder para combater as forças do mal.

    O Círculo de Mulheres é uma outra organização de Dois Rios, que se encarrega de governar e tomar decisões importantes – tanto em relação às mulheres quanto em relação a assuntos diversos. Sua líder é nomeada como Sabedoria, que concentra poderes como cura ou previsões ao longo do tempo.

    A atriz australiana Madeleine Madden já trabalhou em alguns filmes e programas do seu país e essa é a sua estreia internacional.

    NYNAEVE AL’MEARA (Zoe Robins)

    Nynaeve é uma das participantes da do Círculo de Mulheres e é a Sabedoria de Dois Rios; e possui habilidades que são bastante úteis para Moiraine em sua jornada.

    Nas aldeias, a Sabedoria é a mulher escolhida pelo Círculo de Mulheres para assumir sua liderança, por sua sabedoria, seu conhecimento como curandeira e sua habilidade de prever o tempo. É um título designado para toda a vida.

    A atriz Zoe Robins já participou de alguns seriados e filmes anteriormente.

    LIANDRIN GUIRALE (Kate Fleetwood)

    Liandrin é mais uma das participantes da Aes Sedai e, como as outras da organização, possui habilidades incríveis, mas não se dá muito bem com Moiraine.

    A atriz Kate Fleetwood já trabalhou nos teatros da Broadway anteriormente e também fez parte de Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1.

    TENEBROSO

    Seu nome verdadeiro é Shai’tan. Ele é a fonte e o mal mais poderoso de todo o universo. Aparentemente, seu objetivo é quebrar a Roda do Tempo e refazer o mundo a seu serviço. Ao contrário de seus seguidores – humanos ou não –, ele nunca foi visto.


    Assista ao trailer dublado:

    A Roda do Tempo já foi oficialmente renovada para a sua 2ª temporada. O anúncio aconteceu há meses, sendo até mesmo divulgado através das contas oficiais da série em suas redes sociais. Entretanto, até o momento não há uma data de estreia.

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    CRÍTICA – Arcane (1ª temporada, 2021, Netflix)

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    Arcane é uma série de animação da Netflix sobre o universo do jogo online League of Legends, a produção em parceria com a Riot Games é animada pelo estúdio Fortiche.

    SINOPSE

    Arcane reconta as histórias de origem dos personagens de Piltover e Zaun. A trama gira em torno de uma tecnologia mágica conhecida com hextec que dá a qualquer pessoa a habilidade de controlar energia mística e essa ferramenta acaba causando um desequilíbrio entre os reinos. 

    ANÁLISE

    É fato que Arcane poderia ser uma série feita somente para os fãs do game League of Legends, no entanto, a produção extrapola suas limitações e chega ao grande público de forma coesa e impressionante. Logo, Arcane se consagra por sua narrativa profunda que a todo momento diz algo e também por sua animação exuberante que mescla diversas técnicas para formar um belo visual. 

    Dessa forma, a animação da Netflix  em parceria com a Riot Games e animada pelo estúdio Fortiche mostra em nove episódios que qualquer um pode apreciar essa história. Um dos grandes feitos da Netflix com Arcane foi disponibilizar a série aos poucos, a cada semana, três episódios eram lançados, contabilizando ao final nove episódios. 

    Logo, a série animada dá o tempo necessário para que o espectador sinta seus acontecimentos e construa um imaginário muito além do que é apresentado em tela. Isto é, tendo em vista, que o que é exposto já é por si gigantesco. Parecer haver em Arcane sempre mais espaço para o descobrimento daquele mundo, e isso em aspectos de narrativa é incrível, pois se uma produção reverterá em nossos pensamentos após a muito subido os créditos, significa que cumpriu o seu papel. 

    Dessa forma, Arcane traz um mundo mágico e tecnológico, onde as diferenças de classes são o grande fervor da trama e é nessa semelhança com a realidade, que a produção cresce. As cidades de Piltover e Zaun evidenciam uma grande desigualdade social, se a primeira é a cidade do progresso, a segunda é a cidade da violência e da marginalização. 

    Todavia, são os personagens de Arcane que desarmam as aparências visuais entre as duas cidades. No primeiro episódio acompanhamos as irmãs protagonistas Vi e Powder e seus conflitos que a levam a uma separação abrupta. Cada uma segue seu caminho, mas são no encontro com outros personagens, tão importantes quanto, que percebe-se o texto exímio de Arcane.

    As decisões de Vi e Powder, esta que mais tarde se torna Jinx, feitas na subperiferia causam efeitos em outros personagens; como os cientistas Jayce e Viktor que estão em Piltover, e vice e versa.  Logo, Arcane constrói um universo, onde as ações realmente causam reações, sejam para o bem ou para o mal. Mais do que isso, é uma produção que apesar de ter em sua fórmula vilões e mocinhos, não os trata como meramente o bem contra o mal.

    A certa dualidade nas ações de Jinx, ao passo que suas escolhas elevam a trama da série, ao mesmo tempo que a opção de Jayce em continuar estudando a magia também é um fator decisório para a série. Da mesma forma que a relação entre Vi e Caitlyn não precisa de grandes explicações para deixar ótimas impressões. Muito de Arcane também está no subtexto, no que não é dito, mas é sentido pelos personagens e que de certa forma, faz o espectador sentir também. 

     Nesse sentido, Arcane conta uma história sobre o amor entre duas irmãs, sobre amizade, sobre poder, mas também muito sobre decisões e o que se faz por aqueles que amamos ou também para atingir objetivos pessoais. A discussão entre o novo e o velho, o medo do desconhecido também se revela na série para mostrar que nem tudo é preto, no branco.  

    E de nada disso adiantaria, se a produção não tivesse uma belíssima animação que mistura técnicas 3D e 2D com uma incrível direção. A maioria do cenário de Arcane é estático e se assemelha muito a um pintura, enquanto seus personagens ganham formas e dimensões realistas que lembram vagamente a técnica de rotoscopia. 

    Além disso, o design de produção mescla estilos diferentes que se encontram no steampunk, visto que, Piltover têm um ar aristocrata, enquanto Zeun carrega os detalhes do cyberpunk.  Esses dois lados formam uma experiência visual emocionante e cativante. Não à toa, Arcane sabe como conquistar os que não conhecem LoL, mas sem deixar de ser uma grande referência e carta aberta aos fãs do game.

    VEREDITO

    Arcane

    Arcane se mostra uma incrível animação com um texto afiadíssimo que coloca o espectador no meio de uma batalha social, onde o certo e o errado é difícil de discernir. Além disso, os dilemas apresentados engrandecem os personagem e os faz amadurecerem em tela. Já a animação causa um verdadeiro impacto em todos os seus pequenos detalhes. 

    Nossa nota

    5,0/5,0 

    Confira o trailer de Arcane:

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    CRÍTICA – Cowboy Bebop (1ª temporada, 2021, Netflix)

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    A adaptação americana do famoso anime japonês Cowboy Bebop criado por Shinichiro Watanabe chegou à Netflix. A série tem como showrunner André Nemec (Missão Impossível: Protocolo Fantasma) e roteiro de Christopher Yost (The Mandalorian).

    No elenco estão John Cho, Mustafa Shakir e Daniella Pineda.

    SINOPSE

    Spike Spiegel (John Cho), Jet Black (Mustafa Shakir) e Faye Valentine (Daniella Pineda) formam um poderoso grupo de caçadores de recompensas aventurando pelo sistema solar atrás dos criminosos mais perigosos do universo. Um deles é Vicious (Alex Hassell), antigo amigo de Spike que agora se torna seu pior inimigo.

    ANÁLISE

    É inevitável a comparação entre o anime lançado em 1998 pelo genial Shinichiro Watanabe, e a série americana desenvolvida pela gigante do streaming. Se a primeira revolucionou o mundo dos animes ao apresentar uma história com incríveis referências musicais, cinematográficas e uma narrativa original, a segunda falha em todos esse aspectos que tornaram Cowboy Bebop o grande clássico que é hoje em dia.

    Logo, existe um sentido para os fãs de animes olharem torto sempre que se deparam com uma adaptação; e a série criada de André Nemec é um exemplo disso. Isso porque, o grande problema da produção americana é ser um live action, que ninguém pediu, de um anime já muito consagrado e que permanece vivo até hoje no coração dos fãs e nas memórias dos apreciadores de anime.

    Dessa forma, tudo que a série necessitava entregar era uma adaptação que fizesse jus ao seu antecessor, em vez disso o espectador assiste a uma história forçada com um visual que horas funciona, horas é extremamente de mal gosto. A começar que a produção corre contra o tempo e por mais que seus dez episódios tenham cerca de uma hora cada, o desenvolvimento da narrativa é muito apressado, sem que o espectador se importe de verdade com o que está acontecendo em tela.

    E esse nem é o único problema, como cada episódio apresenta um desafio diferente, como se fosse “o vilão da semana”, o método de lançar todos os episódios de uma só vez não funciona. Falta tempo para que os vilões façam impacto e mais tempo ainda para que a o público faça a digestão do que acabou de ver.

    Logo, a série Cowboy Bebop é o típico exemplo de que algumas produções devem permanecer únicas e irretocáveis. No anime de 26 episódios, Watanabe trás questões filosóficas sobre a vida, o espaço, o ser e o tempo de forma às vezes divertida, mas também muito melancólica e contemplativa. Já na série, toda essa narrativa é perdida se assemelhando em sua essência a uma série de comédia.

    Nem a construção do passado dos personagens, algo prometido pela produção, foi de fato satisfatório. Existe uma necessidade de mostrar demais e nos primeiros três episódios já se sabe tudo sobre os protagonistas e o vilão, muito diferente do anime que constrói suas histórias na medida que o espectador cria um vínculo com os personagens.

    E é nessa ânsia de querer ser revelador e por vezes querer contar melhor que o anime, que a série erra feio. Desde do começo, o público é familiarizado com o arco de Vicious e Julia (Elena Satine), o que torna as coisas massivas e nada surpreendentes. Além disso, Alex Hassell não consegue atingir o mesmo nível que sua versão original, aliás sua atuação é caricata para ruim e totalmente fora do ritmo que a série se propõe.

    Já na Bebop, temos um time que ganha em muito em carisma e dinâmica, mas que não chega a fazer grande efeito. John Cho como Spike Spiegel carrega bem o arquétipo do anti herói, mas perde total seu lado mais enigmático. Enquanto Mustafa Shakir como Jet Black se torna uma espécie de “pai” para tripulação e Daniella Pineda como Faye Valentine ganha um ar de alívio cômico nada parecido com sua personagem original.

    Dessa forma, é um tanto decepcionante assistir a adaptação americana, não só por seu roteiro fraco, mas também por seu design de produção enfadonho. As coreografias de luta são péssimas e mostram o quanto a série pena para se assemelhar ao anime. Assim como, falta sutileza na produção estética dos personagens e no uso dos planos (sério, pra que tanto ângulo holandês?).

    Por último, Cowboy Bebop da Netflix não é um total desperdício, alguns momentos evocam uma certa diversão se for esquecido que se trata de uma adaptação de um dos animes mais relevantes dos últimos tempos. Outros momentos subestimam muito, tanto o fã da obra original como o público em geral.

    De qualquer forma, o gênero sci-fi está na série, mas é por vezes deixado de lado, assim como o cachorro Ein e a icônica hacker Ed. Logo, Cowboy Bebop não consegue ser um um terço da sua obra original, e nem precisaria, se fosse ao menos realizado de uma melhor forma.

    VEREDITO

    A adaptação de Cowboy Bebop pela Netflix revela ser mais um ganho comercial do que uma obra que tenta ser interessante aos espectadores. Ainda que o visual tente compensar as péssimas escolhas de roteiro, os defeitos são muito aparentes se comparado com anime. Por isso, vale assistir sem grandes expectativas ou para os mais fortes, ignorando totalmente o animação de 1998.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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