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    CRÍTICA – Chucky (2ª temporada, 2022, Star+)

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    Chucky chegou à sua segunda temporada com Don Mancini no comando novamente. A série está disponível de forma completa no Star+.

    SINOPSE DE CHUCKY

    Depois de ser sequestrado pelo exército de Chuckies, Andy (Alex Vincent) tenta escapara das garras do brinquedo assassino. Enquanto isso, Jake (Zackary Arthur), Devon (Björgvin Arnarson) e Lexy (Alyvia Alyn Lind) tentam superar seus traumas, mas algo inesperado acontece e agora eles estão presos em um internato.

    ANÁLISE

    Chucky chegou de mansinho em 2021 surpreendendo a todos com uma série que misturava elementos do cinema trash com todo o background construído por anos em diversos longas desde 1988.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Chucky (1ª temporada, 2021, Star+)

    Entretanto, se em seu primeiro ano, a produção foi consistente, abraçando o ridículo, mas de forma bem feita, criando uma atmosfera galhofa com qualidade, em seu segundo ato, parece que tudo foi por água abaixo.

    Na segunda temporada, Chucky tentou reinventar a roda e isso foi o motivo do colapso da série. Com um roteiro sem pé nem cabeça que focava demais no nonsense, destruindo todo o histórico do que foi feito nos filmes, a produção foi afundando de vez, deixando ainda mais claros os problemas.

    As atuações que outrora não incomodavam tanto por conta de um texto amarrado agora se sobressaem e atrapalham. Fora Alyvia Alyn Lind e Björgvin Arnarson que melhoraram bastante em relação a si mesmos, os demais continuam na mesma, o que gera um certo problema.

    Além disso, vários arcos estão completamente soltos e mesmo que existam boas participações especiais de personagens importantes da franquia muito bem representados aqui, de nada eles adicionam algo marcante.

    Um dos grandes desperdícios da segunda temporada sem dúvidas é o de Jennifer Tilly e Fiona Dourif, a segunda disparada a melhor atriz do elenco. Com uma trama completamente deslocada, elas não conseguem segurar suas histórias, o que nos faz perder o interesse.

    Contudo, há sim alguns acertos significantes. O primeiro deles é o excelente trabalho de Brad Dourif que dá voz ao Brinquedo Assassino. O dublador é o Chucky, com uma presença imponente. O texto do antagonista continua excelente, com piadas bem construídas e mudanças repentinas e completamente incríveis do vilão em suas características. Aqui temos todos os tipos de Chucky, desde o bombado até o Chucky calvo, o que traz cenas divertidas e completamente bizarras, oq eu condiz muito com o personagem. O gore é outro ponto alto, que aqui é muito bem trabalhado na estética trash.

    Outro ponto interessante é o peso da religião aqui. A constante discussão sobre o conservadorismo e o fanatismo é bem interessante, mostrando o quão prejudicial na vida de uma pessoa esses dois pilares podem ser. O fato de Mancini ser gay é bem relevante para a construção das analogias textuais, principalmente no que se refere à homofobia e a como combatemos vícios. O protagonista disso é Devon Sawa, que volta como um padre fanático que é a cereja do bolo desse arco e manda muito bem.

    VEREDITO

    Com uma falta de noção completa e acertos esporádicos, Chucky tenta criar algo novo, todavia, se perde demais nas invencionices que outrora não deram certo ao longo da franquia. Se tivesse jogado no simples e mantivesse a atmosfera tosca, homenageando tudo que foi feito e escalando o que funcionou, a série do Star Plus poderia ser melhor, mas ao que tudo indica, deve ser cancelada, pois seu final deixou portas abertas para isso.

    Nossa nota

    2,0/5,0

    Confira o trailer:

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    TBT #206 | Avatar (2009, James Cameron)

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    Com a proximidade do lançamento de Avatar: O Caminho da Água, nada melhor que relembrar do primeiro longa, lançado em 2009, onde James Cameron de forma magistral revolucionou o cinema.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Por que Avatar é considerado uma revolução do cinema?

    O elenco de Avatar conta com Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Michelle Rodriguez, entre outros.

    SINOPSE

    Avatar nos leva para o mundo fantástico de Pandora, onde um homem embarca em uma aventura épica. Ele terá de lutar para salvar aqueles que ama e o lugar que passará a chamar de lar.

    ANÁLISE

    Jake Sully (Sam Worthington) ficou paraplégico após um combate na Terra. Ele é selecionado para participar do programa Avatar em substituição ao seu irmão gêmeo, falecido. Jake viaja a Pandora, uma lua extraterrestre, onde também é o lar dos Na’Vi. 

    Os humanos desejam explorar a lua, de forma a encontrar metais valiosos e como são incapazes de respirar o ar de Pandora, eles criaram seres híbridos controlados por pensamentos, chamados de Avatar. 

    Desta forma Jake pode novamente voltar à ativa, com seu Avatar percorrendo as florestas de Pandora e liderando soldados. Até conhecer Neytiri (Zoe Saldana), uma feroz Na’Vi que conhece acidentalmente e que serve de tutora para sua ambientação na civilização alienígena.

    Enquanto estava nos cinemas, Avatar faturou mais de 2 bilhões e 700 milhões de dólares, com a maior parte dos ingressos vendidos para sessões 3D, levando a ganhar o título de filme mais rentável da história, que ele manteve por quase 10 anos, até ser ultrapassado por Vingadores: Ultimato (2019).

    A produção de Cameron também foi indicado em nove categorias do Oscar, vencendo em três categorias: Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte e Melhores Efeitos Visuais.

    VEREDITO

    Inegavelmente, James Cameron nos apresenta uma experiência cinematográfica imersiva, com tecnologia revolucionária e personagens marcantes em uma história emocional e interpessoal. Eu assisti ao filme três vezes no cinema, então, nem preciso dizer o quanto gostei do longa.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Avatar está disponível no Disney+ e Avatar: O Caminho da Água chega aos cinemas no dia 15.


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    CRÍTICA – Ela Disse (2022, Maria Schrader)

    Ela Disse (She Said) é a adaptação de Maria Schrader e Rebecca Lenkiewicz do livro de mesmo nome escrito pelas jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey. O longa acompanha as duas repórteres durante a investigação dos crimes cometidos pelo produtor Harvey Weinstein.

    Confira nossa crítica sobre a produção que estreia nos cinemas do Brasil no dia 8 de dezembro.

    SINOPSE DE ELA DISSE

    As repórteres do The New York Times Megan Twohey (Carey Mulligan) e Jodi Kantor (Zoe Kazan) contam uma das histórias mais importantes de uma geração – uma história que ajudou a iniciar um movimento e quebrou décadas de silêncio sobre o assunto de agressão sexual em Hollywood.

    ANÁLISE

    Em outubro de 2017, o artigo escrito por Megan Twohey e Jodi Kantor foi o início de um efeito cascata em Hollywood. Junto ao artigo escrito por Ronan Farrow, e publicado no The New Yorker na semana seguinte ao das jornalistas, a investigação se tornou a peça principal para colocar atrás das grades um dos maiores produtores da história do cinema.

    Acontecimentos tão relevantes quanto esses acabam, eventualmente, se tornando livros e filmes. No caso de todos os jornalistas citados acima, o trabalho nessas matérias envolveu uma série de ameaças, perseguições e até ataques hackers. Apenas a ideia de investigar Weinstein já configurava um risco de vida para esses profissionais, que colocaram sua segurança em jogo para trazer a verdade à tona.

    Em Ela Disse, a roteirista Rebecca Lenkiewicz costura todos os acontecimentos da vida de Jodi e Megan antes e durante a investigação contra Weinstein. Além de apresentar as personagens e tudo o que envolve a vida profissional e pessoal delas, a trama ainda precisava apresentar todas as vítimas, suas histórias e o caminho percorrido pelas jornalistas para que a matéria finalmente fosse publicada.

    O longa acaba se apoiando muito em seu trabalho de montagem, pois as diversas pequenas cenas de contatos telefônicos, entrevistas e outras simulações que compõem os acontecimentos precisam ser construídas de forma a não tornar a produção chata e desgastante, evitando algo extremamente burocrático.

    Nesse sentido, Ela Disse consegue ter uma boa execução, encontrando alguns momentos importantes que conseguem emocionar a audiência. Poucas são as cenas que são inseridas apenas para confirmar um ponto ou reforçar um discurso, algo que parece estar ali gratuitamente. Quando acontecem, ficam deslocadas, e você é afastado da experiência num geral.

    O filme parece seguir uma cartilha minuciosa, como a própria investigação das jornalistas, para encontrar um resultado satisfatório. Não há nada muito ousado, ou que entregue alguma cena que você vá lembrar com grande empolgação após assistir. O ritmo é sempre o mesmo, sem altos e baixos, mas bem executado pela dupla de atrizes principais.

    Maria Schrader (Nada Ortodoxa) faz uma boa condução do seu elenco durante os 129 minutos de duração, ainda mais com uma atriz tão competente quanto Carey Mulligan (Bela Vingança) no núcleo principal. Mesmo com diálogos longos e cenas que poderiam ser entediantes em alguns momentos, Schrader tira o melhor das situações quando Mulligan e Zoe Kazan estão juntas.

    As cenas conduzidas com as atrizes que interpretam as vítimas Weinstein também são comoventes, e aqui a edição do longa também trabalha bastante para criar um senso de unidade entre simulação do passado e relatos do presente. O fato do longa não ter nenhuma cena de violência sexual é um grande acerto, bem como a escalação de Ashley Judd para interpretar ela própria, dando espaço para a atriz contar sobre sua própria experiência.

    Apesar de todo o sofrimento e angústia que essas as vítimas e os profissionais envolvidos nessa investigação sofreram, Ela Disse serve para nos lembrar que Hollywood segue a mesma. O fechamento do longa, que elenca algumas “vitórias” no caso Weinstein, deixa uma sensação amarga quando analisamos a indústria nos anos seguintes ao #MeToo.

    VEREDITO

    Ela Disse (She Said) é um filme lento e linear, que não apresenta cenas e atuações memoráveis, mas que cumpre o que se propõe a fazer. A direção e as escolhas criativas de Maria Schrader são interessantes, pois colocam o poder nas mãos das mulheres e fogem dos clichês de alguns filmes jornalísticos. Mesmo sem cenas marcantes, as atuações de Carey Mulligan e Zoe Kazan estão ótimas.

    Nossa nota

    3,7 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    Os 10 melhores filmes natalinos de terror

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    Os longas natalinos podem contar quase sempre uma narrativa feliz, de uma época tranquila, em que a união das famílias garantem incríveis reuniões para muitos. Mas essas reuniões também podem fazer com que as pessoas coloquem para fora o pior delas. Os longas de terror abordam neles quase sempre o horror do perigo que vem de onde menos se imagina.

    Com narrativas que podem nos servir como histórias de cautela, os longas tem um papel importante de nos chocar e nos apresentar realidades inteiramente surreais.

    Trazemos nesta lista, filmes difíceis de encontrar, filmes de fácil acesso, mas acima de tudo, filmes que darão um novo tom à época natalina e com certeza se tornarão clássicos para quem os assiste.

    Natal Sangrento (2019)

    Natalinos

    Em Natal Sangrento, enquanto o Natal se aproxima, o campus de uma universidade fica cada vez mais vazio, com muitos estudantes voltando para as suas famílias. No entanto, algumas garotas de uma irmandade começam a ser assassinadas, uma a uma, por uma figura misteriosa. Mas o matador não suspeitava da capacidade destas alunas em se unirem em busca de vingança.

    Disponível na Netflix.

    Noite do Terror (1974)

    Chegou o Natal! As garotas de uma fraternidade fazem planos para o feriado, mas estranhas ligações anônimas começam a incomodá-las. Quando Clare desaparece, elas ligam para a polícia, que não dá muita bola. Enquanto isso, Jess está planejando um aborto, mas seu namorado Peter é radicalmente contra. A polícia finalmente começa a se preocupar quando uma garota de 13 anos é encontrada morta no parque. Eles grampeiam o telefone da fraternidade, mas será que isso será suficiente para impedir a morte das garotas da fraternidade?

    Natal Diabólico (1980)

    Natalinos

    O filme conta a história de Harry, um garoto que amava o Natal, mas ficou traumatizado quando flagrou seu pai fazendo sexo com sua mãe vestido como Papai Noel. Anos depois, já adulto, Harry começa a trabalhar numa fábrica de brinquedos enquanto tenta a todo custo resgatar o espírito natalino. Mas o comportamento das crianças, o cinismo e a hipocrisia da data acabam enlouquecendo o homem e trazendo de volta aquele trauma de infância. Quando chega a “noite feliz”, ele decide dar início a uma vingança sangrenta.

    A Última Noite (2021)

    Natalinos

    Em A Última Noite, acompanhamos a história de Nell (Keira Knightley), Simon (Matthew Goode) e seu filho Art (Roman Griffin Davis), uma família que está se preparando para receber amigos e familiares em um banquete de natal. Entretanto, tudo muda quando descobrem que todos vão morrer. Após uma nuvem venenosa chegar sobre o Reino Unido, a extinção é iminente. No YouTube, já é possível ver pessoas sangrando pelos olhos e ouvidos. No entanto, mesmo nesta hora de pavor final, anúncios felizes são feitos, desentendimentos surgem, pessoas dançam e ocorrem fraquezas comuns.

    Disponível no Prime Video.

    P2 – Sem Saída (2007)

    Angela (Rachel Nichols) é uma executiva determinada e ambiciosa. Na noite de Natal permanece até bem tarde no escritório e ao ir embora percebe que seu carro não funciona. Presa na garagem, ela é surpreendida pelo segurança, Thomas (Wes Bentley), que a convida para acompanhá-lo na ceia preparada em seu escritório. Angela ri, sem saber que o convite é irrecusável.

    Disponível on demand.

    Perigo Próximo (2016)

    Uma noite antes do Natal, Deandra (Virginia Madsen) e Robert (Patrick Warburton) saem e deixam seu filho de 12 anos, Luke (Levi Miller), com a jovem babá Ashley (Olivia DeJonge), afinal a casa da família fica numa rua calma de subúrbio, num bairro considerado seguro. O menino logo tenta conquistar o amor da babá até que eles se deparam com estranhos invadindo a casa. O acontecimento está longe de ser uma invasão de domicílio normal.

    Disponível na AppleTV+.

    O Chalé (2019)

    Natalinos

    Um filme perturbador para dizer o mínimo. Prestes a se tornar oficialmente madrasta, Grace (Riley Keough) acaba ficando perdida ao realizar uma viagem de férias com os dois filhos de seu noivo. Tentando aproveitar a situação para realizar uma maior aproximação, ela percebe que terá problemas quando uma criatura sobrenatural deslancha diversos eventos atípicos e bizarros que começam a tomar conta do local.

    Disponível no Prime Video.

    Krampus: O Terror do Natal (2015)

    Uma família se prepara para as festas de Natal, mas o pequeno Max não está contente de ver seus familiares brigando o tempo inteiro. Irritado, ele acaba despertando uma força maligna chamada Krampus, que nada mais é do que a sombra do Papai Noel. Este monstro ataca principalmente pessoas que não acreditam no Natal, e coloca em risco Max e toda a sua família.

    Disponível no Prime Video.

    Gremlins (1984)

    Natalinos

    Rand Peltzer (Hoyt Axton) é um “inventor” que, ao tentar dar um presente natalino único para seu filho, Billy Peltzer (Zach Galligan), compra em Chinatown um Mogwai, um ser aparentemente gracioso. Após Rand ouvir um aviso, não dá a devida importância e leva o Mogwai para sua casa em Kingston Falls, uma pequena cidade. Paralelamente, Billy trabalha como caixa de banco e sofre com as exigências de Ruby Deagle (Polly Holiday), uma cliente igualmente rica e antipática. Quando Billy recebe o presente fica maravilhado, mas as regras não são respeitadas. Assim, quando é molhado o Mogwai se multiplica assustadoramente e, alimentados após a meia-noite, se tornam criaturas más, que aterrorizam a cidade.

    Disponível no HBO Max.

    O Estranho Mundo de Jack (1993)

    Jack Skellington (Chris Sarandon) é um ser fantástico que vive na Cidade do Halloween, um local cercado por criaturas fantásticas. Lá todos passam o ano organizando o Halloween do ano seguinte mas, após mais um Halloween, Jack se mostra cansado de fazer aquilo todos os anos. Assim ele deixa os limites da Cidade do Halloween e vagueia pela floresta. Por acaso acha alguns portais, sendo que cada um leva até um tipo festividade. Jack acaba atravessando o portal do Natal, onde vê demonstrações do espírito natalino. Ao retornar para a Cidade do Halloween, sem ter compreendido o que viu, ele começa a convencer os cidadãos a sequestrarem o Papai Noel (Edward Ivory) e fazerem seu próprio Natal. Apesar de argumentos fortes de sua leal namorada Sally (Catherine O’Hara) contra o projeto, o Papai Noel é capturado. Mas os fatos mostrarão que Sally estava totalmente certa.

    Disponível no Disney+.


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    CRÍTICA – Amsterdam (2022, David O. Russell)

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    Uma história a princípio desconexa, se desenvolve e acaba por ser tornar uma trama intensa, cujos rumos não dependem de forma alguma de nossos protagonistas. Em Amsterdam, o diretor David O. Russell, se aproveita de um importante acontecimento histórico que pouquíssimas pessoas conhecem para apresentar uma trama contundente nesta incrível tragicomédia.

    Com John David Washington, Christian Bale, Margot Robbie e grande elenco, Amsterdam nos apresenta uma trama irregular que funciona como uma crítica e uma história de cautela a respeito de movimentos fascistas que aos poucos tentam tomar força dentro de governos legítimos, fazendo quase sempre a velha máxima soar em nossa cabeça “Quem não conhece a história está condenado a repeti-la”.

    SINOPSE

    Amsterdam é ambientado na década de 1930 e conta a história de uma grande amizade e um assassinato que pode ameaçar a vida dos protagonistas e abalar toda uma sociedade. A trama policial segue três amigos íntimos: dois soldados e uma enfermeira (John David Washington, Christian Bale e Margot Robbie), que fizeram um pacto no passado, de sempre se protegerem enquanto trio, não importa o que aconteça.

    Mas, eles se perdem no centro do caso de um assassinato, do qual se tornam os principais suspeitos. Para provar que não estão envolvidos na morte, o grupo contará com a ajuda de aliados para tentar investigar o crime, e assim se proteger e enfrentar o verdadeiro assassino.

    ANÁLISE

    Amsterdam

    O que David O. Russel faz ao dar palco para Robbie, John David e Bale, é dar espaço para que eles possam brilhar. Quando o Burt de Bale entra em cena antes e depois da guerra o diretor nos permite entender a complexidade do modo de atuação do ator, com diferentes posturas, e trejeitos ao nos apresentar um veterano da guerra marcado para sempre. O longa nos causa incômodo, quando percebemos que não apenas Harold (John David Washington), como Burt (Christian Bale) e Valerie (Margot Robbie) são meros espectadores e ainda que possuam muitas camadas e diferentes vivências, não estão prontos para a trama que vão enfrentar.

    Algo interessante neste filme, é o número de arquétipos presentes na trama. Mas esses arquétipos não ficam em tela como meros enfeites. O longa explora ao máximo seus personagens, enquanto os permite ser o que precisam ser e quando precisam ser.

    Amsterdam dá uma aula de desenvolvimento de personagem, sensibilidade e atuações. Em um mundo em que longas lançados tentam transformar seus personagens em imagem e semelhança de semideuses perfeitos, ver que em Amsterdam todos personagens são falhos, é brilhante.

    VEREDITO

    Amsterdam aborda os mais diversos aspectos da vivência humana na iminência do perigo, que pode assolar qualquer um do dia para a noite. Enquanto romantiza tudo que vemos no primeiro plano da trama, o longa é pontual ao levantar o assunto de como é necessário viver em constante vigilância de que o perigo – vindo das grandes corporações, não querem cuidar de nada além de seus próprios interesses, e para isso, farão qualquer coisa – pode vir de onde menos se espera.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    CRÍTICA – Swordship (2022, Thunderful)

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    Desenvolvido pelo estúdio Digital Kingdom, o dodge ‘em up Swordship é uma das diversas novidades da Thunderful Publishing neste fim de 2022. Lançado neste dia 5 de dezembro, o game está disponível para PC via Steam (R$ 59,99), Nintendo Switch (R$ 59,99), PlayStation 4 e PlayStation 5 (R$ 104,90), Xbox One e Xbox Series X | S (lançamento em 06/12, R$ 74,95).

    O jogo está disponível em português brasileiro em todas as plataformas. Confira nosso review de Swordship para Nintendo Switch.

    SINOPSE

    Swordship é um dodge ‘em up futurista e acelerado que vira a página dos jogos de fliperama tradicionais. Mude o rumo da batalha e vire seus inimigos uns contra os outros, desviando e traçando seu caminho em meio a investidas de inimigos determinados a destruir você.

    Esse roguelike viciante de ação exige que você tome decisões rápidas para conquistar vitórias gloriosas sobre a tirania e a injustiça. Você se tornará um símbolo de esperança para um grupo de renegados, ou verá seus feitos heroicos naufragarem no mar. O jogo, repleto de adrenalina e intensificado por uma trilha sonora com potencial para se tornar um clássico moderno, vai transportar você para um futuro aquático e sombrio.

    História de Swordship

    No mundo pós-aquecimento global, a humanidade se refugiou em três grandes cidades subaquáticas no leito do oceano.

    Por falta de espaço, algumas pessoas são banidas das cidades, e mal conseguem sobreviver na terra devastada. Enquanto isso, as megacidades trocam milhões de contêineres cheios de mercadorias todos os dias.

    No comando de embarcações ultrarrápidas, alguns habitantes dessas megacidades começaram a roubar esses contêineres para suprir os renegados.

    Alguns têm mais sucesso do que outros.

    ANÁLISE DE SWORDSHIP

    A sinopse dos jogos serve para enaltecer os melhores atributos na visão da equipe de desenvolvimento e de quem o publica. Acontece que em Swordship a sinopse é honesta e certeira.

    Roguelike viciante. Jogo repleto de adrenalina. Intensificado por uma trilha sonora com potencial para se tornar um clássico moderno.

    Essas são frases-chave que descrevem muito bem a incrível experiência de Swordship.

    A mistura de dodge ‘em up com roguelike exige que você seja estratégico e tenha reflexos rápidos. À medida que você joga, essas exigências se tornam mais intensas, pois por se tratar de um roguelike, toda vez que perdemos todas as vidas somos obrigados a recomeçar do zero.

    Swordship é um desafiador dodge 'em up com elementos de roguelike lançado para PC, Nintendo Switch, PlayStation e Xbox. Confira o review
    Print in-game no Nintendo Switch / Feededigno

    Entretanto, esse não é um zero absoluto. Isso porque a pontuação obtida serve para desbloquear conquistas, que podem ser tanto recursos para calibrar sua nave, como também novos desafios e inimigos que irão tentar acabar com os planos de furtar contêineres.

    Os adversários são variados e atacam de maneiras bem diversas, outro aspecto muito positivo de Swordship. Some a isso o fato de que as fases são geradas aleatoriamente e você tem sempre um desafio inédito à sua frente.

    Não há como decorar os padrões dos inimigos e das fases (que às vezes atuam como verdadeiros adversários), e esse é o maior acerto da Digital Kingdom e da Thunderful. Esse é o principal ingrediente que torna Swordship viciante.

    É muito desafiador e, ao mesmo tempo, prazeroso avançar o jogo sabendo que, assim que perdermos, teremos que recomeçar desde a primeira rota com novos recursos para a nave e/ou novos desafios para dificultar a jornada.

    A mecânica dos contêineres é muito interessante porque você precisa pegar eles em cada fase (rota). No entanto, você pode concluir a rota sem pegar nenhum, pois o importante é sair ileso, visto que cada contato com o adversário significa explodir sua nave.

    Só que se você conseguir pegar contêineres e depositá-los nas áreas que surgem pontualmente na trajetória, ao final da fase você escolhe entre aumentar sua pontuação ou garantir vidas extras para não ter que voltar do zero caso exploda. Essa é outra tomada de decisão que Swordship exige e você precisa ser estratégico conforme o contexto.

    O novo dodge 'em up com elementos de roguelike do Digital Kingdom com a Thunderful Games é essencial para amantes de um bom desafio
    Print in-game no Nintendo Switch / Feededigno

    É um misto bem interessante entre dificuldade e progressão de recursos, diferente do que se vê habitualmente nos jogos, principalmente em games de naves.

    Outro fator que merece destaque é a alta precisão dos movimentos. Todo detalhe conta em um jogo muito veloz e que exige que nosso posicionamento seja milimétrico para que um adversário destrua o outro, e Swordship proporciona isso com maestria.

    Ainda sobre a velocidade, é importante enaltecer o ótimo trabalho dos desenvolvedores para que Swordship rode liso no Nintendo Switch. Não senti nenhuma queda de FPS e não encontrei nenhum bug. E olha que não faltaram oportunidades em que a rapidez poderia causar perda de performance.

    Aliás, eu acredito que a experiência no Nintendo Switch possa ser a melhor entre todas as plataformas, pois o jogo é muito bom de curtir no modo portátil. É como nos velhos tempos jogando um Space Invaders da vida em um celular antigo, mas com elementos modernos e muito mais velocidade numa experiência diferenciada.

    Um último ponto que preciso mencionar é a trilha sonora muito bem feita, capaz de aumentar a adrenalina e fazer com que o jogo seja ainda mais rápido, ao mesmo tempo em que traz elementos eletrônicos que podem te fazer pensar: será que eu conheço essa música? Esse fator faz a experiência ser ainda mais imersiva.

    No fim das contas, Swordship é um jogo difícil, mas o maior desafio é você contra você mesmo: Escolher a melhor combinação para elevar sua pontuação e desbloquear conquistas, recomeçar, decidir se o que vale mais é ter vidas extras ou pontuação, voltar para novas tentativas estando com reflexos mais ágeis…

    Swordship é um desafiador dodge 'em up com elementos de roguelike lançado para PC, Nintendo Switch, PlayStation e Xbox. Confira o review
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    VEREDITO

    Swordship inova o gênero dodge ‘em up de naves ao misturar elementos roguelike para entregar uma obra-prima de alta performance e precisão. Com certeza esse é um jogo essencial para amantes de jogos indie e de um bom desafio. A experiência é ainda melhor no Nintendo Switch por conta da possibilidade de alternar entre modo TV e portátil.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Swordship:

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