Início Site Página 147

    CRÍTICA – Return to Monkey Island (2022, Devolver Digital)

    0

    Desenvolvido pelo estúdio Terrible Toybox, Return to Monkey Island é o mais novo jogo da Devolver Digital em parceria com a Lucasfilm Games. O game de aventura pirata chegou primeiro para PC e Nintendo Switch em 19 de setembro, e mais recentemente para PlayStation 5, Xbox Series X | S e Game Pass em 8 de novembro de 2022.

    Confira nosso review da versão de Return to Monkey Island para o PlayStation 5.

    SINOPSE

    Return to Monkey Island marca o regresso inesperado e emocionante do criador da série, Ron Gilbert, que continua a história dos lendários jogos de aventura The Secret of Monkey Island (1990) e Monkey Island 2: LeChuck’s Revenge (1991), desenvolvidos em colaboração com a Lucasfilm Games.

    Muitos anos se passaram desde o último confronto entre Guybrush Threepwood e seu arqui-inimigo, o pirata zumbi LeChuck. Elaine Marley, o amor de sua vida, não está mais interessada em governar, e Guybrush está perdido e insatisfeito, pois nunca encontrou o Segredo da Ilha dos Macacos. Jovens e modernos líderes piratas comandados pela Capitã Madison tiraram a velha guarda do poder, o que fez a Ilha Sopapo mudar para pior, e o famoso empresário Stan foi preso por “crimes de marketing”.

    ANÁLISE DE RETURN TO MONKEY ISLAND

    Return To Monkey Island é o sexto jogo da série Monkey Island e retorna repleta de saudosismo em mais uma nova aventura com o poderoso pirata Guybrush Threepwood. Nessa nova aventura, o jogo apresenta uma nova roupagem com um design gráfico refinado e impecável nos consoles da geração atual, sem perder a essência dos jogos clássicos da franquia.

    Essa foi minha primeira experiência com um jogo da série. E garanto que mesmo não tendo jogado os outros jogos, Return to Monkey Island apresenta logo no menu uma opção com recap de tudo o que aconteceu nos outros jogos. Gostei muito dessa opção, pois ela é fundamental para os novos jogadores que estão tendo primeiro contato com o universo da série se familiarizarem com esse mundo.

    Dito isso, Return To Monkey Island é um jogo narrativo de aventura point and click com mecânicas simples e que não apresentam nenhum grau de dificuldade aos jogadores. Dessa forma, o propósito do jogo gira em torno de sua interação com os personagens e com objetos do cenário.

    Além disso, também tem seu lado investigativo para solucionar os puzzles a cada novo capítulo. As missões são fáceis de cumprir e, caso você fique preso muito tempo em uma missão, terá o auxílio de um diário que vai te ajudar com dicas para resolver os desafios.

    Essa dinâmica do diário ficar dando dicas é bastante interessante para caso o jogador fique encalhado em uma fase. Por outro lado, esse diário pode acabar ajudando muito para quem não estiver interessado nos puzzles e quer apenas avançar no enredo sem ter nenhum esforço.

    Return to Monkey Island é um jogo de aventura point and click com elementos de puzzle e uma história envolvendo piratas
    Créditos: Divulgação / Devolver Digital

    Minha experiência com esse jogo da franquia foi ótima, pois o jogo tem protagonistas cativantes e diálogos bem engraçados. Além disso, os personagens secundários estão sempre lembrando a Guybrush Threepwood alguma situação que ocorreu nos outros jogos, dando assim um ar de nostalgia. Essas interações são bastante divertidas e dinâmicas, mas mesmo o jogo frisando o passado da série e tendo um recap, creio que minha experiência teria sido melhor se tivesse jogado os outros títulos.

    O grande destaque do jogo vai para sua ambientação e seus personagens carismáticos que são de fácil apego e trazem um humor único em seus diálogos, que são simplesmente sensacionais. Outro ponto que destaco é a trilha sonora, que é extraordinária.

    VEREDITO

    Return to Monkey Island é um ótimo jogo que se apega à nostalgia, mas também segue por novas ondas na atual geração de consoles sem perder a sua essência. O game mostra que o gênero point and click continua na crista da onda.

    Se você é marinheiro de primeira viagem com jogos da série Monkey Island, pode jogar despreocupado esse novo título, pois o mesmo abraça novos e velhos marinheiros da franquia de maneira divertida e única.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Return to Monkey Island:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    Porco-espinho: Quem é Alexander Gentry?

    Alexander Gentry, mais conhecido como Porco-espinho, é um personagem da Marvel Comics pouco conhecido nas HQs e que causou certo impacto na série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis.

    O personagem foi criado por Stan Lee e Don Heck. Sua primeira aparição foi na HQ Tales to Astonish #48, publicada em outubro de 1963.

    ORIGEM

    Alexander Gentry é um designer de armas do Exército dos Estados Unidos, que teve a grande ideia de projetar um traje de guerra imitando um porco-espinho. O tal traje seria coberto com projeções semelhantes a espinhos para defesa e seria capaz de atirar seus espinhos, gases e produtos químicos em um oponente; ele passou meses trabalhando em horas extras para criar seu traje de batalha porco-espinho. 

    Gentry ficou extremamente orgulhoso de sua conquista quando o traje foi concluído e acreditava que sua invenção valia uma fortuna. No entanto, ele também acreditava que o governo não pagaria a ele, como funcionário, não ganhando nada por sua criação. Então, ele decidiu manter o traje de batalha do porco-espinho e usá-lo para enriquecer com o crime. Assim, Gentry se tornou o Porco-espinho, um dos primeiros criminosos fantasiados de sua geração.

    PODERES E HABILIDADES

    Alexander Gentry não tem nenhum tipo de super poder, porém ele teve a grande capacidade de criar o seu traje do zero e muitas vezes foi considerado um designer de armas talentoso.

    O seu traje é feito de aço e plásticos avançados que aumentavam sua resistência e durabilidade. A armadura é equipada com uma grande variedade de armas ofensivas e defensivas embutidas. 

    A superfície externa da armadura é coberta com projeções de metal com pontas de navalha que podem ser disparadas contra os oponentes. As outras capacidades da armadura incluem raios laser, bombas concussivas, pequenos foguetes, gás lacrimogêneo, gás do sono, cortinas de fumaça, cimento líquido, rodas emitindo luzes hipnóticas e explosões de eletricidade de alta tensão. O traje de batalha incluía jatos no cinto que lhe permitiam voar por curtas distâncias. 

    Gentry era um mecânico automotivo qualificado e tinha Mestrado em Engenharia.

    EQUIPES

    Após muitos fracassos nas batalhas contra o Homem-Formiga, Estatura e a Vespa, o Porco-Espinho aceitou o convite do Conde Luchino Nefária, uma figura poderosa da organização criminosa Maggia, para se juntar ao seu grupo de agentes vilanescos. Entre os agentes de Nefária estavam: Enguia original, Homem-Planta, Unicórnio e Espantalho, com os quais o Porco-espinho também se aliaria no futuro. 

    Mais tarde eles se juntam a Brigada Armada de Batroc onde lutam sem sucesso contra o Capitão América e decidem formar o grupo chamado Onda de Crimes e foram trabalhar para o gênio do crime mascarado que se autodenominava Comandante Encapuzado.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Batroc: Conheça o inimigo francês do Capitão América

    CURIOSIDADES

    Roger Gocking é conhecido nos quadrinhos como uma segunda versão do Porco-espinho, essa versão faz parte dos Thunderbolts ao lado de Doutor Octopus e Boomerang.

    Durante a guerra do Doutor Destino com Wakanda por causa de seus suprimentos de vibranium, Porco-espinho é contratado pelo ex-trabalhador de Controle de Danos, Walter Declun, no México, para defender um dos postos avançados do Doutor Destino contra as Dora Milaje e o Quarteto Fantástico.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Doutor Destino: Conheça o Lorde da Latvéria

    OUTRAS MÍDIAS

    O Porco-espinho por enquanto teve apenas uma única adaptação fora das páginas dos quadrinhos. O vilão apareceu na série da Marvel Studios para o Disney+ na série She-Hulk: Defensora de Heróis no episódio “O Retiro” e foi interpretado pelo ator Jordan Aaron Ford.


    LEIA TAMBÉM:

    Marvel Comics: Conheça outros personagens da editora

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Harvestella (2022, Square Enix)

    0

    Harvestella é um híbrido de RPG com elementos de simulação que gerou bastante expectativa neste último trimestre de 2022. Lançado no dia 4 de novembro pela Square Enix, o jogo entra no rol dos AAA deste ano da gigante japonesa, ao lado de Valkyrie Elysium e Triangle Strategy.

    Esperado por muitos como sendo o Stardew Valley ou o Harvest Moon da Square Enix, Harvestella está disponível para Nintendo Switch e PC. Confira nosso review da versão para PC logo após a sinopse.

    SINOPSE

    Harvestella se passa em um mundo vibrante e colorido onde quatro cristais gigantes chamados Seaslight (algo como luzes das estações) criam uma mudança estável entre as quatro estações. A aventura começa quando anormalidades no Seaslight começam a aparecer, criando o Quietus, uma estação da morte que ocorre entre as quatro estações que ocorrem naturalmente. Durante o Quietus, as colheitas murcham e as pessoas não podem se aventurar do lado de fora e, preocupantemente, essas estações estão misteriosamente crescendo mais a cada ano.

    Neste RPG de simulação de vida, os jogadores crescerão e cuidarão das colheitas, usarão ingredientes para cozinhar e criar itens e se aventurarão no mundo superior, que muda vibrantemente com base na estação, para visitar diferentes cidades, interagir com os moradores, pescar e muito mais. Os jogadores podem escolher entre várias classes, como lutador, mago, caminhantes das sombras, entre outras, e se aventurar em masmorras com seu grupo para descobrir as origens do mundo, bem como a verdade por trás da calamidade ao longo do caminho.

    ANÁLISE DE HARVESTELLA

    Além de mim, muitas foram as pessoas que criaram uma expectativa com o teaser de que Harvestella fosse uma espécie de simulador rural com gráficos de Final Fantasy. E, desta forma, outros como eu tiveram um revés em suas primeiras impressões do jogo.

    Harvestella tem um forte apelo à gestão da sua fazenda, com características que lembram bastante o próprio Stardew Valley como o sistema de evolução, ferramentas e aprimoramentos para a fazenda. Mas apesar disto, o ritmo do jogo é muito mais ditado pela história do RPG do que pelas estações, fazendo com que o lifesim seja mais uma alternativa do que o foco do jogo.

    Harvestella é um RPG com elementos de lifesim que traz elementos de Stardew Valley para o universo de Final Fantasy. Leia o review
    Créditos: Divulgação / Square Enix

    História

    Num primeiro momento, um certo receio tomou conta de mim por perceber que Harvestella parte da premissa do herói com amnésia lançado em um mundo onde ninguém o conhece. A história demora um pouco a engrenar, mas apesar dos sustos a Square Enix tem habilidade para conduzir boas narrativas e consegue sair com um saldo positivo.

    O game possui alguns elementos em que indica que escolhas importam, dando sempre dois caminhos para o jogador. No entanto, a grande maioria destes momentos leva ao mesmo destino, perdendo um pouco o sentido.

    Mecânicas

    Por ser um híbrido de RPG e simulador de vida, como a própria Square indica, criou-se uma expectativa de que pudéssemos aproveitar uma espécie de Final Fantasy XIV com os elementos de simulação do Island Sanctuary potencializados em um nível similar a outros títulos do gênero.

    No entanto, a execução deste híbrido acaba sendo só isso. Um quase RPG e um quase simulador. As mecânicas de combate lembram um RPG de turnos ou um MMO, onde temos skills com uma animação pesada, pouca dinâmica de combate e ausência de esquivas.

    Aqui, preciso destacar a boa execução, ainda que simples, da árvore de habilidades das classes que oferece tanto habilidades novas quanto upgrades para as mesmas. As habilidades no geral possuem boas animações e evoluem em sua usabilidade conforme o aumento de níveis.

    Novo RPG e lifesim da Square Enix oferece uma boa e objetiva árvore de habilidades
    Créditos: Divulgação / Square Enix

    Nas mecânicas de cultivo e gerenciamento de sua fazenda, temos o que eu ousaria chamar de uma versão demo de Stardew Valley: a mesma lógica, só que com menos variedade. As opções de ação parecem quase sempre “faltar algo”.

    Arte de Harvestella

    Graficamente, o jogo é uma montanha-russa. Harvestella nos oferece belos cenários e jogos de luz e sombra muito característicos de outros títulos da Square. A execução destes elementos é tranquilamente um dos pontos mais altos do jogo.

    No entanto, alguns modelos de monstros e vegetação parecem ter sofrido um downgrade considerável (se a opção por isto foi para manter um melhor desempenho, pelo menos funcionou). Outro ponto baixo são os itens invisíveis.

    Simplesmente quando algum NPC nos entrega algum item, suas mãos estão sempre vazias. Itens de inventário não possuem uma materialização gráfica no jogo. Não chega a ser um grave ponto, mas é estranho.

    Aparentemente o áudio não afeta o desempenho porque a trilha sonora do jogo é bastante agradável e, como é meu costume com trilhas da Square Enix, eu poderia deixar tocando enquanto trabalho. Ponto altíssimo do game como era de se esperar.

    Leia o review de Harvestella, novo jogo de RPG e simulação de vida da Square Enix, lançado para Nintendo Switch e PC
    Créditos: Divulgação / Square Enix

    VEREDITO

    Não quero ser injusto, mas esperava que a gigante Square Enix entregasse algo a mais em Harvestella. O jogo tem um ritmo bem lento, principalmente no primeiro capítulo, mas isto é muito mais uma característica da empresa do que um ponto negativo, apesar de não ser do meu gosto.

    Com suas mais de 50 horas de duração, Harvestella oferece um lifesim com forte foco no seu lado RPG que não extrapola seus padrões (e por vezes até corre o risco de ficar abaixo deles). A capacidade de personalização, que é também característica em ambos os gêneros que o jogo adota, é outro ponto que fica aquém do esperado.

    Harvestella se destaca como sendo uma história de Final Fantasy com alguns elementos de simulador. Fãs da Square buscando um “quase spinoff” de Final Fantasy XIV podem encontrar em Harvestella seu refúgio. A expectativa é que com alguns patches a desenvolvedora consiga dar mais textura ao jogo, pois o mesmo possui grande potencial.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Confira o trailer de Harvestella:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    TBT #203 | Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994, Robert Zemeckis)

    0

    Forrest Gump – O Contador de Histórias é uma obra de 1994 e que tem Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança) como protagonista. A direção está na conta de Robert Zemeckis.

    SINOPSE DE FORREST GUMP – O CONTADOR DE HISTÓRIAS

    Forrest Gump (Tom Hanks) é um homem que possui um problema de intelecto, mas que com seu bom coração, consegue participar d momentos marcantes da história, mudando a vida de muitas pessoas no caminho.

    ANÁLISE

    Forrest Gump – O Contador de Histórias é aquele tipo de filme que aquece nosso coração, pois por meio de diversas analogias, nos mostra que a simplicidade e pureza são o suficiente para vivermos de forma digna e plena, deixando a busca por um futuro melhor menos árdua.

    O roteiro é encaixado e sabe lidar bem com várias ideias como a de mostrar Forrest como o responsável por várias assinaturas de artistas como Elvis, ou participando de momentos históricos dos Estados Unidos sem ao menos ter noção da gravidade dos fatos, tampouco de sua influência.

    Os momentos são orgânicos e geram boas risadas, pois a peculiaridade de cada cena é incrível o que traz uma boa diversão. Além disso, mesmo quando há um peso dramático grande envolvendo o Tenente Dan (Garry Sinise) ou Jenny (Robin Wright), que possuem histórias de dor e que olham Forrest com amor e admiração, há uma leveza quando Hanks está em tela.

    Falando em Jenny, talvez a personagem seja o calcanhar de Aquiles do filme, uma vez que sua trama fica tempo demais dentro da estrutura de Forrest Gump – O Contador de Histórias. A jovem poderia ter saído na virada do segundo para o terceiro ato de forma bastante satisfatória, todavia, Zemeckis não consegue abrir mão dela, criando um problema por conta do seu trabalho com personagens femininas que são bastante subaproveitadas. Por mais que as atuações de Wright e de Sally Field que faz a mãe de Gump, as duas só servem como alavanca ou como atraso do protagonista, sem uma história realmente rica e que nos faça torcer por elas.

    Por outro lado, tanto o Tenente Dan quanto Forrest são incríveis, se tornando um contraponto um do outro, pois lidam com os traumas e dificuldades de formas diferentes, servindo de escada para crescimento mútuo. As atuações de Sinise e Hanks são espetaculares, uma vez que seus personagens são difíceis e cheios de camadas. Não é à toa que Tom empilhou prêmios de melhor ator, ganhando o Oscar em 1995.

    Sobre a direção, Zemeckis consegue entregar excelentes momentos e produzir boas cenas em vários tons, passando pela comédia, drama, aventura e até mesmo ação. Ele tem um controle interessante de tudo e trabalha muito bem o elenco em sua condução, carregando muita emoção e entretenimento ao espectador. A trilha sonora emocionante traz um ar ainda mais aventuresco, o que nos empolga bastante quando estamos ouvindo as histórias do nosso herói sem capa.

    VEREDITO

    Com a emoção no topo e a simplicidade de contar uma história tão cheia de detalhes, Forrest Gump – O Contador de Histórias é uma aula de como fazer uma obra tocante e, ao mesmo tempo, divertida e leve. Por mais que diversos temas sejam pesados e complexos, o longa com Tom Hanks no comando é um dos mais importantes e lindos do cinema. Vale cada minuto de sua atenção!

    Nossa nota

    4,7/5,0

    Confira o trailer:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Bala Perdida 2 (2022, Guillaume Pierret)

    0

    Após um enorme sucesso na Netflix, Bala Perdida ganhou uma continuação. No longa, acompanhamos a continuação da história de Lino, que no primeiro filme, após se envolver em uma acusação de assassinato e precisar provar que é inocente. Em Bala Perdida 2, Lino entra para a unidade da polícia que atua próximo da fronteira, fazendo parte da equipe que anteriormente atuava como mecânico.

    Ambientado cerca de 1 ano e 6 meses antes do primeiro filme, Bala Perdida 2 nos apresenta uma história interessante, enquanto o filme faz uso de um mote de vingança, ele vai muito além do que o primeiro filme foi, se mostrando como uma feliz continuação da ação lançada em 2020.

    SINOPSE

    Depois de limpar seu nome, o mecânico Lino tem apenas um objetivo: se vingar dos policiais corruptos que mataram seu irmão e seu mentor.

    ANÁLISE

    Com sequências que levam a franquia à um novo lugar, o longa faz viagens de ida e volta com a fronteira com a Espanha sem medo. Enquanto nos lança em sequências de tirar o fôlego, o longa nos apresenta que a história de Lino e sua viagem com caminho para a vingança pode não ser tão recompensadora.

    O retorno de Alban Lenoir no papel principal é tão fluído quanto era de se esperar, mas a Julia de Stéfi Celma garante diversos contrapontos importantes para a trama.

    Após se recuperar dos acontecimentos do primeiro filme, Lino parece ter seguido em frente, mas um revés o coloca em rota de colisão com seu passado, ou melhor, os responsáveis por matar seu irmão Quentin (Rod Paradot) e seu mentor, Charas (Ramzy Bedia).

    Com sequências que nos remetem por vezes à Velozes e Furiosos, Bala Perdida 2 se mostra como uma continuação digna do primeiro filme, e nos faz entender a razão do filme existir, e deixa uma pulga atrás da orelha por uma continuação que em algum momento há de chegar.

    VEREDITO

    Com a chegada de novos personagens e o retorno de antigos, Bala Perdida 2 funciona muito bem como uma sequência de ação. Gerando mais buzz acerca de suas cenas de tirar o fôlego e de seus momentos que nos fazem arregalar os olhos incrédulos.

    Se no primeiro filme houve uma sequência em que Lino derrubou sozinho 10 policiais, espere para ver o que ele será capaz de fazer para se vingar dos policiais corruptos que mataram seus amigos.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer de Bala Perdida 2:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Efeitos especiais ótimos em filmes ruins

    0

    Avatar: O Caminho da Água está chegando e com a perfeição do primeiro Avatar (2009) de James Cameron, também nos faz lembrar que: às vezes, um filme com efeitos especiais lindo é simplesmente ruim. E isso é ate comum no mundo do cinema. Existem tantas partes móveis na produção de filmes, onde centenas e centenas de pessoas podem trabalhar no mesmo projeto por vários anos, que o produto final vira uma verdadeira colcha de retalhos. Ou apenas um diretor que não sabe quando é hora de parar.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Avatar: Por que o filme é considerado uma revolução do cinema?

    E pensando nisso, nada melhor que relembrar alguns dos piores filmes mais visualmente bonitos que já tivemos o a tristeza de assistir, ou não.

    John Carter: Entre Dois Mundos (2012)

    O filme pode ter se saído mal pela simples premissa de mostrar pessoas habitando um planeta que não pode sustentar qualquer tipo de vida, que era o plot original do livro escrito por Edgar Rice Burroughs. Porém, John Carter: Entre Dois Mundos se provou como um dos mais notórios fracassos de Hollywood de todos os tempos.

    Seu orçamento astronômico de mais de US$ 300 milhões significava que estava basicamente condenado desde o início, a menos que acabasse se tornando um dos filmes de maior bilheteria já feitos, o que não aconteceu. Ele vive até hoje como uma bomba infame, mas esse status esconde o fato de que John Carter não é um filme de todo ruim.

    Na verdade, o longa tornou-se um sucesso cult na década desde seu lançamento inicial. Não é um cinema inovador nem nada, mas é uma espécie de retrocesso bem feito, divertido da maneira certa e tem mais tomadas de efeitos especiais do que você pode imaginar.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | 10 filmes sci-fi ruins e com ótimas histórias que merecem um reboot

    Elysium (2013)

    Considerando tudo, você poderia escolher filmes muito piores para assistir do que Elysium. O thriller de ficção científica de 2013 não é um triunfo completo, mas faz o que está fazendo bem o suficiente. Ganhou dinheiro nas bilheterias e as críticas foram, na pior das hipóteses, mistas. 

    A segunda vez de Neill Blomkamp na cadeira do diretor só começa a realmente decepcionar quando você a compara com a primeira – Distrito 9 (2009). Feito com quase US$ 100 milhões a menos que Elysium, Distrito 9 supera o segundo longa de Blomkamp em quase todas as formas concebíveis.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | TBT #166 | Distrito 9 (2009, Neill Blomkamp)

    Mesmo que Elysium conte com grandes nomes como Matt Damon, Sharlto Copley, Alice Braga, William Fichtner, Diego Luna, Wagner Moura, entre outros, o que realmente consegue brilhar é o departamento de efeitos. Os anos passados ​​trabalhando com publicidade deram a Blomkamp um talento visual distinto, aprimorado pelo orçamento gigantesco para o novo longa.

    Oblivion (2013)

    Muito provavelmente mais lembrado como “o filme de ficção científica de Tom Cruise de meados de 2010 que não é No Limite do Amanhã (2014)” do que por Oblivion. O longa é pouco mais do que um filme de aparência deslumbrante feito de partes de ficção científica e claramente não é páreo para o outro filme do diretor Joseph Kosinski estrelado por Cruise, Top Gun: Maverick (2022), com certeza.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Top Gun: Maverick (2022, Joseph Kosinski)

    Se você conseguir olhar além da mediocridade narrativa de Oblivion, porém, será presenteado com um delicioso banquete visual. Qualquer fã do primeiro esforço de direção de Kosinski, Tron: O Legado (2010), pode dizer que o diretor tem um olho clínico para as escolhas de design.

    O aspecto mais incrível dos efeitos especiais do filme foram aqueles que lidam com o cenário da Sky Tower, a maioria dos quais foram feitos na câmera. Não há nada como efeitos engenhosos e práticos que permitem aos atores representar algo além de uma tela azul ou verde.

    Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível (2015)

    Dê uma olhada na filmografia estelar de direção de Brad Bird e é apenas sucesso após sucesso. O Gigante de Ferro (1999), Os Incríveis (2004), Ratatouille (2007), Missão: Impossível – Protocolo Fantasma (2011) e até Os Incríveis 2 (2018), uma sequência que veio 14 anos depois do amado original e não deveria ter funcionado, foi um grande sucesso.

    O homem aparentemente não erra! E aí você lembra que existe Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível. Porque, veja, quase todo mundo na face do planeta se esqueceu do desastre de bilheteria que fez a Disney perder uma montanha de dinheiro.

    Não é que este seja um filme tão ruim, é que é completamente e totalmente esquecível em praticamente todos os sentidos. Dito isto, a aventura de ação familiar tem alguns efeitos especiais surpreendentes. A cena de quatro minutos em que o personagem principal Casey (Britt Robertson), está explorando Tomorrowland pela primeira vez é um destaque especial do que o design de produção incrível e a magia técnica podem fazer juntos. Se ao menos estivesse a serviço de um filme melhor, obviamente.

    Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017)

    Como sabem os fãs de filmes de Luc Besson como O Quinto Elemento (1997) e Lucy (2014), o diretor francês não tem medo de estranhar a ficção científica. Embora sua sensibilidade exagerada possam levar à disfunção narrativa, mesmo nos melhores momentos, também podem levar a alguns visuais absolutamente deslumbrantes. Embora seja um fracasso crítico e comercial, Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é tudo menos chato de se ver.

    Valerian custou cerca de US$ 200 milhões. Alpha, a titular “cidade dos mil planetas”, tem tanta coisa acontecendo que pode ser difícil ver tudo em uma única observação. O filme está quase a rebentar pelas costuras com um design incrível e um trabalho de efeitos.

    A qualidade geral do filme certamente está em debate, mas quem argumenta que não parece incrível não está sendo honesto.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | TBT #48 | Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017, Luc Besson)

    Círculo de Fogo: A Revolta (2018)

    O original Círculo de Fogo (2013) provou ser um sucesso relativo para Guillermo del Toro, montando uma onda de hype na China de volta à relevância de bilheteria depois que o público americano basicamente o rejeitou desde o início. Isso foi na época em que Hollywood estava cortejando o público chinês, o que significa que uma sequência acabou recebendo sinal verde devido ao sucesso assumido naquele mercado.

    Armado com um novo diretor, Steven S. DeKnight, e um elenco principalmente novo, Círculo de Fogo: A Revolta foi feito para provar que a franquia poderia se tornar um investimento de longa data para a Legendary Pictures.

    Infelizmente para todos os envolvidos, o longa recebeu duras críticas e arrecadou menos dinheiro do que seu antecessor. Claro, a equipe de produção gastou mais de US$ 150 milhões fazendo o filme, então os efeitos especiais são excelentes.

    A continuação do filme de luta dos Jagers (robôs gigantes) contra os Kaiju (monstros gigantes) pode não ser tão cativante quanto seu filme anterior, mas há algo simplesmente emocionante em assisti-los lutando.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICA – Círculo de Fogo: A Revolta (2018, Steven S. DeKinght)

    Círculo de Fogo: A Revolta | Conheça os novos Jaegers

    Projeto Gemini (2019)

    Você pode tentar fazer com que o público aceite filmes com alta taxa de quadros em vez do padrão tradicional de 24 quadros por segundo que Hollywood usa há mais de um século. Você pode tentar fazer com que o público aceite um Will Smith normal e um Will Smith rejuvenescido agindo um contra o outro como se fosse uma coisa normal. Mas você certamente não pode tentar fazer essas duas coisas ao mesmo tempo.

    Junte tudo isso a um roteiro verdadeiramente sem inspiração e você terá uma receita para o desastre. Também é uma pena, porque os efeitos de rejuvenescimento parecem notáveis ​​e teriam sido um verdadeiro destaque em um filme normal. Devido à filmagem de 120 quadros por segundo, mesmo os cortes do filme que são reduzidos para taxas de quadros mais lentas parecem chocantes ao olho humano.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Projeto Gemini (2019, Ang Lee)

    O Homem Sem Sombra (2000)

    Aqui temos um thriller de Hollywood claramente inspirado em O Homem Invisível, de H.G. Wells, que até tem algumas coisas a seu favor que o destacam de outros filmes do gênero:

    1. Dirigido por Paul Verhoeven de RoboCop (1987), O Vingador do Futuro (1990) e Instinto Selvagem (1992);
    2. Tem um elenco estelar com nomes como Elisabeth Shue, Kevin Bacon e Josh Brolin;
    3. Tinha efeitos especiais incríveis para a época.

    Eles parecem relativamente comuns para os padrões modernos, mas suas tomadas com CGI eram absolutamente de ponta na virada do século. Compare sua péssima audiência e críticas com o fato de ter recebido uma indicação ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Visuais. Claro, perdeu para o infinitamente melhor Gladiador (2000), mas ser indicado significa que as pessoas reconheceram a arte em exibição, apesar da recepção abaixo do esperado.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    O Homem Invisível: Conheça as principais adaptações do personagem

    TBT #45 | Gladiador (2000, Ridley Scott)

    Eternos (2021)

    O notável recorde da Marvel Studios de criar filmes medíocres a ótimos de forma consistente chegaria ao fim em algum momento. A produção estelar do Universo Cinematográfico Marvel na tela grande finalmente teve um defeito genuíno com Eternos.

    O épico de super-herói da diretora Chloé Zhao está repleto de muitos personagens, muitos pontos da trama e muitos momentos de revirar os olhos. Como resultado, o longa se tornaram algo mais parecido com a série de TV Inumanos, do que um filme dos Vingadores, por exemplo.

    Você tem que dar crédito a Zhao e sua equipe de produção por pelo menos uma coisa: Eternos parece muito bom. Não apenas a cinematografia está acima do padrão da Marvel, mas quando você mistura o bombástico CGI, você obtém algo especial.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Eternos (2021, Chloé Zhao)

    BÔNUS | Transformers: A Vingança dos Derrotados (2009) – até o atual

    Não há problema em ser honesto sobre isso: a franquia de filmes Transformers simplesmente não é boa. E você sabe. Nós sabemos. Todo mundo sabe disso.

    No entanto, o primeiro Transformers (2007), honestamente não é tão terrível, e Bumblebee (2018) foi realmente um filme muito bom que surpreendeu a todos. Infelizmente, os quatro filmes entre esses dois – lançados entre 2009 e 2017 – são assuntos bastante sombrios. Todos os quatro foram dirigidos pelo extraordinário Michael Bay, e digamos que a qualidade do roteiro não era o foco quando ele era o homem por trás da câmera.

    Como é de se esperar em todos os filmes do diretor, o visual dos filmes dos Transformers realmente falam por si só. Afinal, esses filmes arrecadaram mais de US$ 4 bilhões em todo o mundo por um único motivo: Efeitos especiais alucinantes que dão vida aos amados ícones dos anos 80.

    Às vezes você só quer ver os carros se transformarem em robôs gigantes. Ninguém vai confundir a série Transformers com o auge do cinema, mas receber sete indicações ao Oscar já é praticamente uma loucura.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | TBT #112 | Transformers (2007, Michael Bay)


    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!