Início Site Página 167

    5 quadrinhos e mangás para ler no Halloween

    O Halloween está chegando e nada melhor que uma lista de quadrinhos e mangás para ser lido nessa data tão assustadora. Todas as obras citadas na lista são fáceis de serem encontradas, com exceção do mangá Uzumaki que está fora de catálogo e os exemplares que se encontram à venda estão sendo vendidos por uma fortuna.

    Vamos à lista de Halloween!

    Gideon Falls

    5 quadrinhos e mangás para ler no Halloween

    Todo mundo que acompanha o trabalho de Jeff Lemire sabe que o quadrinista é versátil a cada nova obra criada. Aqui o mesmo faz um brilhante suspense que tem um toque de Twin Peaks juntamente com o traço sombrio do Andrea Sorrentino que torna o quadrinho indispensável aos fãs do gênero.

    SINOPSE: Gideon Falls acompanha a vida de um jovem recluso que é obcecado por catar no lixo “artefatos” de uma conspiração que parece existir apenas na sua cabeça; e também apresenta a vida de um fracassado padre católico que chega numa pequena cidade cheia de segredos obscuros. As histórias de ambos vão se entrelaçar em torno de uma misteriosa lenda, trazendo a morte e a loucura em seu rastro.

    Autor: Jeff Lemire

    Editora: Mino

    Páginas: 160

    O encadernado em capa dura publicado pela editora Mino reúne 6 edições da série.

    Uzumaki

    Junji Ito sem sombra de dúvidas é o mangaká mais renomado quando o assunto é terror e bizarrice. Uzumaki é seu magnum opus e sendo também uma excelente porta de entrada para quem ainda não conhece o trabalho do mestre. Esse mangá é excelente e tenho certeza que após a leitura desta obra você ficará fã de Ito; então já aproveite o Halloween!

    O mangaká tem uma vasta bibliografia e outros trabalhos dele vêm sendo publicados no Brasil por diversas editoras.

    SINOPSE: Acontecimentos grotescos começam a surgir em Kurôzu, a pequena localidade onde Kirie Goshima nasceu e cresceu. O vento sopra em curvas, folhas e ramos se enrolam e a fumaça expelida do crematório sobe desenhando redemoinhos funestos. Logo os humanos também são afetados pelo fenômeno helicoidal. Cabelos se revolvem em círculos e corpos se retorcem… Kirie tenta escapar da cidade para fugir da maldição da espira.

    Autor: Junji Ito

    Editora: Devir

    Páginas: 668

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    CRÍTICA – Uzumaki (2020, Devir)

    Noites Sombrias #10 | Conheça a história de Junji Ito

    Black Hole

    5 quadrinhos e mangás para ler no Halloween

    Se Junji Ito é o mestre da bizarrice no Japão. Charles Burns acaba sendo o mestre dos quadrinhos bizarros na América. Black Hole é uma obra impressionante e foi ganhador do Eisner Award de 2006 e recebeu nove Harvey Awards. O clima de horror e insanidade dessa obra é surpreendente.

    Se lhe faltava oportunidade para ler, o Halloween é o momento!

    SINOPSE: Nos arredores de Seattle, extremo noroeste dos Estados Unidos, em meados da década de 1970, uma praga inominável e traiçoeira se alastra entre os adolescentes locais através do contato sexual e parece não poupar ninguém. Ela se manifesta de maneira diferente em cada um dos infectados – enquanto alguns apresentam apenas manchas na pele, algo sutil e fácil de ocultar, outros se transformam em grotescas aberrações, vagas lembranças do que foram um dia. E uma vez que você foi contaminado, não há mais volta. Para estes seres monstruosos, não há alternativa além do autoexílio em acampamentos precários, na floresta que circunda a região. Conforme vamos nos familiarizando com os diversos protagonistas da história – garotos e garotas que foram infectados, outros que não foram e aqueles que estão prestes a ser -, o clima de horror, delírio e insanidade toma conta dos adolescentes.

    Autor: Charles Burns

    Editora: Darkside

    Páginas: 385

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Black Hole (2017, Darkside Books)

    O Cão de Caça e Outras Histórias

    CRÍTICA | H.P. Lovecraft - O Cão de Caça e Outras Histórias (2015, JBC)

    Gou Tanabe é mais um japonês que também sabe narrar com maestria uma história de terror. O mesmo faz uma excelente adaptação de outro mestre do terror da literatura, H.P. Lovecraft. Infelizmente esse é o único trabalho do mangaká publicado no Brasil, mas que pode ser facilmente encontrado.

    SINOPSE: Três contos do grande mestre do terror, H.P. Lovecraft, são adaptados magistralmente para os mangás por Gou Tanabe. Maldições, estranhas criaturas, espíritos e lendas assombram os protagonistas de “O Templo”, “O Cão de Caça” e “A Cidade sem Nome”.

    Autor: H.P. Lovecraft; Gou Tanabe

    Editora: JBC

    Páginas: 172

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA | H.P. Lovecraft – O Cão de Caça e Outras Histórias (2015, JBC)

    Do Inferno

    5 quadrinhos e mangás para ler no Halloween

    O Mago do Quadrinhos é indispensável para sua apresentação. Em Do Inferno, Alan Moore faz um brilhante trabalho com a história do Jack Estripador. Essa obra é excepcional e mostra que não é atoa que ele é chamado de o Mago dos Quadrinhos.

    SINOPSE: Essa é a história de Jack Estripador, o mais misterioso e famoso assassino de todos os tempos. Escrita por Alan Moore, o criador de histórias em quadrinhos como Watchmen e V de Vingança, Do Inferno é uma reflexão a respeito da mente enlouquecida cuja violência e selvageria deu início ao século XX.

    Autor: Alan Moore

    Editora: Veneta

    Páginas: 592


    É fã de Halloween, leia outros conteúdos com a temática:

    13 jogos de terror para apavorar seu Halloween

    8 filmes (não tão) infantis para ver no Halloween

    TBT #146 | Halloween: A Noite do Terror (1978, John Carpenter)

    CRÍTICA – Halloween Ends (2022, David Gordon Green)

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Conheça Alejandro Montoya, o El Águila

    A série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis além de mistério e comédia trouxe para o Universo Cinematográfico Marvel vários personagens que só tiveram oportunidade de aparecer nos quadrinhos, um deles é Alejandro Montoya, mais conhecido como El Águila.

    Criado por Mary Jo Duffy, Trevor Von Eeden e Dave Cockrum, o personagem teve sua primeira aparição na HQ Power Man and Iron Fist #58, publicada em agosto de 1979.

    ORIGEM

    Alejandro Montoya nasceu em Madrid, na Espanha e depois se mudou para os Estados Unidos; foi lá que ele descobriu seus poderes mutantes, mas antes disso ele usava as suas habilidades únicas de fanfarrão e combatente de crime mascarado se tornando El Aguila, uma identidade passada de geração em geração por seus ancestrais.

    Como El Aguila, prendeu vários criminosos e traficantes que tiravam vantagem de pessoas pobres e necessitadas. Suas façanhas o colocaram em conflito com a polícia, bem como com os famosos Heróis de Aluguel: Luke Cage e Punho de Ferro; sendo procurado por muitos anos por causa de suas atividades fora da lei.

    Não se sabe quando ou onde Montoya empreendeu a arte da esgrima ou se adotou a identidade de El Águila antes de vir para a América.

    PODERES E HABILIDADES

    El Águila tinha o gene mutante, mas antes mesmo de descobrir seus poderes utilizava a sua fantasia e uma espada de dois gumes feita de aço e seu todo o seu visual lembram bastante o Zorro. Com a descoberta de seus poderes, ele viu que tinha a habilidade de gerar cargas de eletricidade através de seu próprio corpo e era capaz de descarregar até 100.000 volts através de um metal condutor. 

    Vale lembrar também que ele tem grandes habilidades de esgrima, um ótimo combatente corpo a corpo e um excelente acrobata.

    EQUIPES

    El Águila ajudou Luke Cage e o Punho de Ferro contra assassinos que queriam matar Jeryn Hogarth, uma advogada muito importante que esteve presente em várias histórias da Jessica Jones. Alejandro Montoya também ajudou o Gavião Arqueiro a investigar a Cross Technological Enterprises quando trabalhava lá como chefe de segurança da empresa.

    CURIOSIDADES

    Foi confirmado após os acontecimentos da Saga Dinastia M que Alejandro não tinha mais seus poderes e não era mais considerado um mutante, porém por ser considerado um recruta com grande potencial em combate singular e expertise com espadas, foi recrutado para o programa A Iniciativa.

    A Iniciativa é uma ideia de Tony Stark (Homem de Ferro), Hank Pym (Jaqueta Amarela) e Reed Richards (Senhor Fantástico), que delega um supergrupo para cada estado da América. Para isso é necessário criar novos heróis, além dos já existentes, e treiná-los para que possam servir os Estados Unidos de uma maneira mais segura.

    OUTRAS MÍDIAS

    El Águila não teve adaptações em outras mídias além de a sua participação na série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis lançada no Disney+, na produção o personagem é interpretado pelo ator Joseph Castillo-Midyett e pode ser visto no episódio “O Retiro”.

    LEIA TAMBÉM:

    Marvel Comics: Conheça outros personagens da editora


    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    OPINIÃO – Personagens pretos da cultura pop e o merecimento

    0

    Olá meu caro leitor do Feededigno, desde minha chegada por aqui estava entre os meus planos estava realizar esta reflexão sobre personagens pretos. Mas seja obra do destino ou o inconformismo de mais um daqueles casos isolados que acontecem todo dia, decidi trazer este conteúdo e já começo com a seguinte pergunta:

    O que Sam Wilson, Corlys Velarion, Arondir, Carter Hall, Barbara Gordon e Ariel têm em comum?

    A resposta mais óbvia: sua etnia; mas para ser mais preciso, a quebra do padrão social que o sucesso, poder ou qualquer posição de destaque atribuía apenas a etnia branca nas obras ficcionais.

    A reação de estranhamento incomodo ou repúdio seja em redes sociais e, até mesmo, na crítica especializada mostra o quanto estes padrões estão enraizados no inconsciente coletivo, porém estas narrativas não só merecem como são vitais ganharem espaço.

    Talvez a nota mais triste deste nicho da indústria cultural é o preconceito que vem de todas as formas, como as reações ao cancelamento de Batgirl determinando o filme uma “bomba” pela interprete ser a atriz Leslie Grace, uma mulher preta; o repúdio com a série O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder pela existência do Elfo-Silvestre Arondir, muito bem retratado pelo porto-riquenho Ismael Cruz Córdova ou as críticas ao imponente Corlys Velaryon, o Serpente Marinha, interpretado por Steve Toussaint na série A Casa do Dragão.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder | Quem são os personagens?

    A Casa do Dragão: Conheça Corlys Velaryon

    Assim como as manifestações racistas direcionadas para Halle Bailey que será a nova Ariel na futura adaptação de A Pequena Sereia e lembrando que esta versão que as pessoas dizem como “correta” é só mais uma versão dentre tantas.

    Termos como “lacração”, “estragou a minha infância”, “me soa errado determinado personagem ter ou ser” são reflexos destes padrões além de uma das pautas sociais que mais ganham força nos últimos anos, a luta contra o racismo.

    OPINIÃO - Personagens pretos da cultura pop e o merecimento

    Primeiramente se um personagem ser preto ou qualquer figura não branca estragou a sua infância, procure terapia isso não é algo esperado dentro do seu desenvolvimento. É importante ressaltar que o Capitão América, Sam Wilson (Anthony Mackie) é o verdadeiro Capitão América, assim como Corlys é um verdadeiro valiriano e Arondir um Elfo, sendo estes personagens pretos figuras inspiradoras e formadores de subjetividade.

    Sempre existe o questionamento sobre a originalidade deles, o que pode ser facilmente refutado, pois são originais pelo simples fato de existirem, dada a sua identificação com uma etnia ou grupo; o que me leva ao cerne desta reflexão.

    Por que incomoda o poder seja ele aquisitivo ou político estar nas mãos de uma pessoa preta?

    Infelizmente a resposta está na questão social do racismo, assim como nós lutamos para ter espaço e voz na sociedade estas representações também, tendo uma resistência de uma ala conservadora, mas todos merecem um exemplo inspirador para chamar de seu e por isso continuamos lutando.

    Dentre tantas inspirações que vieram da minha infância uma delas é John Stewart, uma versão negra do herói Lanterna Verde, que se estabeleceu de tal forma no imaginário comum a ponto de Hal Jordan ser lembrado para o público geral como “o outro Lanterna Verde”, mas isto só se torna possível quando estas figuras podem se estabelecer.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    Lanternas Verdes: Conheça os mais famosos da Terra

    Saiba tudo sobre John Stewart, um dos mais poderosos Lanternas Verdes!

    Eu não me tornei arquiteto, mas a existência de um personagem que me inspirou a algo maior foi uma contribuição para a formação da minha personalidade, pois o que consumimos também mostra muito sobre nós.

    Assim como o meu exemplo, acho fundamental a existência destes personagens como uma fonte de valores que eles carregam para o futuro e principalmente por suas personalidades marcantes.

    A ficção ou os universos fantásticos também devem refletir o que existe na realidade, pois independente de qual seja a mídia, não se deve apenas refletir as regras heteronormativas e assim como o mundo é de todos a cultura pop também é.

    E acredito que haverá no futuro não haverá um retrocesso deste movimento, assim como a luta contra o racismo na vida real, esses personagens pretos ficcionais, ricos e poderosos vieram para ficar e estabelecerem-se como inspirações para as gerações futuras.

    LEIA TAMBÉM:

    10 filmes marcantes sobre o racismo

    OPINIÃO – Sobre negros que se enxergaram no Rei de Wakanda

    Os 5 super-heróis negros mais marcantes da história!

    Vidas Negras Importam: 10 filmes com protagonismo negro


    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – A Escola do Bem e do Mal (2022, Paul Feig)

    0

    A Escola do Bem e do Mal é uma adaptação dos bests-sellers de Soman Chainani e conta com Kerry Washington, Charlize Theron e Lawrence Fishburne no elenco. Paul Feig dirige o longa.

    Artigo relacionado – A Escola do Bem e do Mal: Quem é quem no filme da Netflix?

    SINOPSE DE A ESCOLA DO BEM E DO MAL

    Sophie (Sophia Anne Caruso) é uma jovem sonhadora que quer se tornar uma princesa. Sua melhor amiga, Agatha ou Aggie (Sofia Wylie) é considerada uma bruxa e não quer que Sophie vá para a Escola do Bem e do Mal. Ao tentar impedí-la, as duas acabam sendo convocadas para fazer parte das turmas, mas não da forma que elas gostariam…

    ANÁLISE

    A Escola do Bem e do Mal: Quem é quem na série da Netflix?

    Adaptações de obras literárias são um tipo de projeto que podem consagrar ou destruir a vida de um cineasta, pois contam sempre com um fandom considerável e personagens amados por parte de um público que anseia em ver seus heróis e vilões preferidos em tela.

    O conceito de A Escola do Bem e do Mal é muito simples, uma vez que são apresentados dois lados muito claros de personagens e a dicotomia que deixa o mundo quase preto e branco é básica para um universo bastante vasto. O fato de Sophie e Aggie existirem para quebrar esses estereótipos dos mocinhos e antagonistas é um dos poucos pontos positivos do longa que deixa muito a desejar em diversos aspectos.

    O primeiro deles é da expositividade do roteiro que é demasiada. Por mais que o longa seja mais voltado para o público juvenil, não há a necessidade de diálogos tão óbvios e que ficam rodando em círculos para falar sobre o mesmo assunto incessantemente, tornando o filme cansativo pelas suas longas 02h36min. Não há o porquê de A Escola do Bem e do Mal ter uma duração tão grande já que não avança a história ou trabalha todo seu universo que parece bem rico, assim como não desenvolve seus personagens a ponto de justificar tal decisão.

    Sobre a direção, as lutas não são bem coreografadas, salve algumas exceções. O uso exagerado de um CGI plastificado prejudicam e muito Paul Feig e as atuações estão medianas ou caricatas demais, com destaque bastante negativo para Kerry Washington, que dá vida a uma tutora irritante e Kit Young que faz dois papeis de gêmeos e manda mal nas duas funções, mais por culpa dos roteiristas do que de fato pelo seu trabalho.

    Nada flui naturalmente e mesmo que a obra tente satirizar várias adaptações da Disney como A Pequena Sereia, Cinderela, Rapunzel e tantas outras, o texto ácido fica apenas como um pequeno alívio dentro da canastrice do roteiro.

    Os figurinos são bonitos e os cenários enchem os olhos, mostrando que pelo menos algumas coisas funcionam em A Escola do Bem e do Mal, todavia, é pouco para uma construção de franquia que a Netflix certamente deve tentar realizar no futuro, pois há grandes possibilidades para pelo menos mais um longa.

    VEREDITO

    A Escola do Bem e do Mal

    Tentando ser Harry Potter, A Escola do Bem e do Mal parece ser mais uma paródia que tenta tirar sarro dos contos de fadas produzidos por outros estúdios. Com algumas ideias boas, o filme poderia ser muito melhor, mas com escolhas equivocadas, desde a sua duração até o uso exagerado de CGI, atrapalham e muito a experiência de quem assiste.

    Nossa nota

    1,7/5,0

    Confira o trailer:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Batora: Lost Haven (2022, Team17)

    0

    Figurinha já conhecida de quem acompanha o trabalho do Feededigno, Batora: Lost Haven foi lançado no dia 20/10/2022. Quem quiser acompanhar nossa expectativa por este game, pode conferir o vídeo onde cobrimos algumas demos do Steam Vem Aí de fevereiro deste ano e o texto com nossas primeiras impressões a respeito da versão beta distribuída para a imprensa.

    Batora: Lost Haven é um RPG de ação no estilo hack and slash do estúdio Stormwind Games em parceria com a Team17 e está disponível para Nintendo Switch, PC, PlayStation 4 e 5, Xbox One e Xbox Series X | S.

    SINOPSE

    Batora: Lost Haven é um RPG de ação e aventura interplanetário com uma história rica à base de escolhas.

    Avril nunca pensou ter de assumir o papel de heroína, mas, após um episódio misterioso e devastador, o seu mundo ficou do avesso. Com o seu planeta natal à beira da destruição, Avril foi dotada de poderes extraordinários e terá de viajar o universo para desvendar segredos ancestrais e tomar uma série de decisões determinantes.

    ANÁLISE DE BATORA: LOST HAVEN

    Batora

    Minha primeira curiosidade ao ter acesso à versão completa do game foi buscar os pontos em que os desenvolvedores tinham trabalhado para alteração e melhoramento. Identifiquei consideráveis aprimoramentos em alguns aspectos que tratei no decorrer deste texto, destacando pontos positivos e negativos durante a experiência.

    História

    Num primeiro momento, senti que estava jogando ainda a demo. O início do jogo não introduz muito a história, simplesmente lançando o jogador em um cenário de uma cidade devastada onde Avril e Mila se encontram. A história vai sendo contada aos poucos através de flashbacks e da lore de cada personagem que é introduzido.

    Apesar de uma falta de “liga” na história, ela não chega a ser um grande ponto negativo. Os arcos que são criados e a simpatia dos personagens suprem as carências recém mencionadas, equilibrando bem a história como um todo.

    O jogo ainda oferece uma camada de escolhas que afetam o jogo (aquele famoso choices matter). Este sistema, inclusive, é um tanto interessante. As escolhas muitas vezes não afetam tanto a história em si, mas sim a forma como Avril se põe em relação a ela. E isto influencia nas mecânicas de combate da mesma.

    Um ponto da história que me impressionou foi que, apesar de achar que a história acaba sendo rasa, os debates e discussões são de uma profundidade muito bacana. A tomada de decisões, em si, convida a refletir sobre liberdade e consequências, dando um peso inesperado à obra.

    Mecânicas

    Batora

    Assim como mencionado no texto anterior, o jogo oferece mecânicas que variam conforme os poderes da Lua e do Sol. Estes dois são entidades que dão poderes à Avril, e seguem a linha dual: um oferecendo habilidades físicas e o outro, mentais.

    Tanto adversários quanto quebra-cabeças possuem suas próprias naturezas, obrigando Avril a fluir entre as duas formas para poder suplantar os desafios. O conceito é em geral bem executado, não trazendo dificuldade muito alta mas também garantindo um bom desafio.

    Notei também alguns aprimoramentos no uso de algumas habilidades, na mira e nos cooldowns. É perceptível que foi adicionado algum tipo de assistência na mira, tornando os combates e puzzles mais fluidos. Este aspecto auxiliou também no uso mais preciso das habilidades. Falando nelas, percebe-se melhor agora o impacto de cada uma, ficando mais visual o atordoamento ou não de adversários.

    Os cooldowns, tempo de espera para reutilizar a habilidade, ficaram mais confortáveis, evitando que se use apenas uma habilidade mas não restringindo por muito tempo o uso da preferida. Falando também sobre conforto, apesar do jogo ser indicado para utilização de “Controle com Alavanca Dupla”, senti que a otimização está melhor feita para o jogo através do teclado e mouse.

    Gráficos

    As criações que misturam fantasia e ficção científica de Batora: Lost Haven possuem traços pintados a mão e com cores alegres. O jogo oferece gráficos bem trabalhados e um 3D isométrico bem desenvolvido. Percebi pontuais melhoras em detalhes e serrilhados que deram um ganho grande na experiência.

    O design dos personagens também é muito bem feito. Os traços traduzir bem elementos de hostilidade e fofura, com mesclas bem empregadas, compondo também com as reflexões que a trama oferece.

    VEREDITO

    Fiquei feliz em ver o crescimento e acompanhar o desenvolvimento deste trabalho do Stormwind Games com a Team17. Grata foi a minha surpresa ao ver que eles souberam trabalhar sobre vários pontos assinalados nas versões anteriores, dando melhor forma à Batora: Lost Haven.

    O storytelling, como um todo, acaba tendo alguns pontos baixos que quebram a fluidez do progresso da história. Em um hack and slash, acompanhar a história acaba por vezes se tornando fundamental para dar um sentido à toda a “pancadaria”. Mais ainda em um jogo onde suas escolhas influenciam no andamento do game.

    Ainda que com estas carências, o jogo consegue dar a carga de pertencimento e o devido peso nas escolhas, superando a consequência imediata do problema.

    Batora: Lost Haven, em aproximadamente 8 horas de gameplay de seu modo história (quem acompanha o site sabe que eu jogo no modo slow, curtindo cada pedacinho do game), oferece uma agradável experiência e divertidos desafios.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer de Batora: Lost Haven

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    CRÍTICA – Esperando Bojangles (2022, Régis Roinsard)

    0

    Esperando Bojangles (En Attendant Bojangles) é um filme francês estrelado por Virginie Efira e Roman Duris. Ambientado na segunda metade do Século XX, somos lançados à história de amor arrebatadora de Camille e Georges. Após se apaixonarem, os dois dançam toda noite ao som de sua música favorita Mr. Bojangles.

    Em uma história que parece fantasiosa demais, somos lançados por uma trama de amor, de perseverança, de abnegação e doença mentais, como elas nascem, se desenvolvem e como eram tratadas no passado.

    SINOPSE

    Em Esperando Bojangles, na frente de seu filho, Camille e Georges dançam sua música favorita “Mr Bojangles”. Com eles, só há lugar para diversão e fantasia. Quem guia o caminho é a mãe, que os leva a um turbilhão de poesia e amor, para que a festa continue de novo e de novo, não importa o que aconteça. Até que um dia, a imprevisível Camille desce mais fundo em sua própria mente, e Georges e o pequeno Gary precisam mantê-la segura.

    ANÁLISE

    Esperando Bojangles

    Em uma história que se estende pela França e Espanha, conhecemos a história de amor de um casal de tirar o fôlego, mas como nem tudo são flores, conhecemos também o lado mais obscuro dos dois. Ainda que a trama aborde uma história de uma maneira unilateral, a partir do ponto de vista de Georges, enquanto sua esposa Camille parece ter uma oscilação de humor constante, a levando próximo de um rompimento com a realidade em diversos momentos.

    Enquanto se assemelha à uma espécie de bipolaridade de Camille e sua instabilidade, somos ambientados no filme à uma época em que os tratamentos manicomiais e as instituições baseavam sua atuação quase que inteiramente na brutalidade, normalizando banhos de gelo e eletrochoques como tratamento. Ainda que a lobotomia tenha sido proibida nos anos 40, cádmio, mercúrio e chumbo – metais tóxicos – costumavam ser usados como remédio, sem qualquer tipo de comprovação de sua eficácia. Com comportamentos abusivos, “tratamentos” sem comprovação e agressividade, a forma destes institutos tratarem seus pacientes muda a vida de Camille, Georges e do pequeno Gary para sempre.

    O longa é dirigido de maneira poética, e mesmo em meio às suas crises, Camille e seu marido Georges levam a vida de maneira leve, e essa é a beleza do longa. O cuidado do diretor Régis Roinsard, diretor de Os Tradutores (2019) nos provoca o tempo todo, mas subverte nossas expectativas, nos lançando à todo tempo por sequências de tirar o fôlego.

    VEREDITO

    Assim como a letra Mr. Bojangles da Nitty Gritty Dirt Band, a história de amor de Georges e Camille nos apresenta seu amor e sua liberdade. Em grande parte caracterizada pelos desafios da relação e como os dois precisam abrir mão da normalidade a fim de garantir a leveza em suas vidas. A interação do casal principal com o mundo que os rodeia, nos permite entender que ainda que a relação dos dois não seja ideal, é a forma dos dois serem felizes juntos.

    Em uma história caracterizada pela abnegação e uma tentativa incessante de manter os pés de sua família no chão, seus personagens farão de tudo para preservar seu amor e sua família unida.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer:

    Esperando Bojangles foi lançado nos cinemas brasileiros no dia 20 de outubro.

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!