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    CRÍTICA – Atari Mania (2022, Atari)

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    Lançado no dia 13 de outubro de 2022, Atari Mania presta uma homenagem aos clássicos jogos da mais longeva empresa de games. A Atari, aos que não conhecem, foi fundada em 27 de junho de 1972. Ela está comemorando seus 50 anos em grande estilo com vários eventos, lançamentos e anúncios neste ano.

    Atari Mania conta uma história enquanto te convida a passear por vários clássicos conhecidos e alguns diferentes do que os mais antigos se lembram. O game desenvolvido pela iLLOGIKA Studios está disponível para Nintendo Switch, Steam, Epic e Atari VCS.

    SINOPSE

    Atari Mania é uma coleção de microjogos retrô envolta em uma narrativa hilária de exploração e surpresa.

    Você joga como o Zelador do Atari Vault, o depósito dos jogos clássicos da Atari. Uma noite, um pixel morto aparece e, logo, tudo se solta!

    Os jogos clássicos de culto começam a se distorcer, sofrer mutações e se combinar em uma série de desafios cada vez mais loucos. Cabe a você lutar contra os pixels e outros vilões surpreendentes e restaurar a ordem no Vault!

    ANÁLISE DE ATARI MANIA

    Quem teve a oportunidade de em sua infância, ou até posteriormente, experimentar algum clássico da Atari, consegue perceber a diferença destes jogos para os atuais.

    Não considero aqui as diferenças em relação à capacidade de hardware, mas sim as diferenças conceituais. Não fossem os manuais de instrução, não existia indicativo algum sobre o que fazer ou para onde ir. Ao mesmo tempo que era difícil, a conquista estava presente em mínimas coisas.

    E Atari Mania traz este sentimento em muitos pontos, ainda que até tenha a bondade de, em alguns momentos, nos dar dicas de como seguir em frente.

    História

    Ter uma história é justamente o que traz uma cara diferente para os clássicos da Atari. Ainda que ela não seja muito robusta. Aqui você é o Zelador do depósito de jogos da Atari e deve cuidar para que todos os personagens se mantenham em seus jogos. Lembra muito a animação do Detona Ralph.

    Conheça Atari Mania, uma história que nos convida a passear por vários clássicos na busca por devolver a ordem ao depósito da Atari

    O trabalho de resolver a confusão que se criou no depósito é cheio de puzzles, e a experiência de jogar clássicos mixados e de maneiras inimagináveis são um diferencial bastante interessante.

    Gráficos

    Clássicos são clássicos. E em Atari Mania, uma homenagem a eles, como os clássicos, o jogo se parece. Com uma pixelart muito bonita, a iLLOGIKA Studios conseguiu dar nova vida as jogos que habitam a memória de muitos.

    Com cores mais vivas e animações bem construídas, o jogo se mantém fiel ao passado, trazendo ainda assim ares mais modernos e agradáveis. É quase como tirar a poeira do velho Atari 2600.

    Mecânicas

    É interessante a forma como as mecânicas tenham me causado estranheza, apesar de eu ter familiaridade com a maioria dos clássicos presentes em Atari Mania.

    Num primeiro momento, foi incômodo. Não era o que eu esperava. A dificuldade, em jogos como este costumava crescer mais por uma questão de desempenho dos hardwares e menos pelo level design. As fases costumavam ser sempre as mesmas e podíamos decorar movimentos para superar desafios. Podemos entender melhor assistindo GDLK, na Netflix.

    Em Atari Mania, eles modificaram em partes o conceito, mas mantiveram sua essência. A curva de dificuldade cresce drasticamente em muito pouco tempo de jogo.

    Cada boss, para ser derrotado, oferece uma série de minigames a serem batidos. O Zelador tem um número limitado de chances para chegar ao fim do desafio. Se você perder, volta ao início.

    A interação com os desafios é complexa e dificilmente conseguiremos superá-los de primeira. Mas este era o conceito dos arcades. Volte várias vezes até entender a forma de vencer. E Atari Mania faz isto muito bem.

    VEREDITO

    Atari Mania é um convite a reviver clássicos e conhecer novas formas de explorá-los. Ter a oportunidade de interagir com personagens que, na época, eram apenas pixels projetados é bastante divertido.

    Ainda que a história seja um tanto simples, ela serve bem para o propósito de instigar a explorar todos os desafios, oferecendo missões secundárias que fomentam a curiosidade.

    A dificuldade em algumas das séries de minigames é bastante elevada, me fazendo cogitar que, na verdade, os clássicos de Atari são os verdadeiros precursores espirituais do gênero soulslike.

    Atari Mania reúne diversos clássicos retrô e cria uma história única capaz de unir gerações de gamers

    Ainda que tenha sido lançado após o Dia das Crianças, Atari Mania é uma boa pedida para uma sessão de jogo em família, juntando gerações (de games e de gamers). Além disso, é uma boa pedida para os fãs dos clássicos.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer de Atari Mania:

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    CRÍTICA – O Clube da Meia-Noite (1ª temporada, 2022, Netflix)

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    O Clube da Meia-Noite é uma série original da Netflix e conta com Mike Flanagan como showrunner, famoso por títulos como A Maldição da Residência Hill, A Maldição da Mansão Bly e Missa da Meia-Noite.

    SINOPSE DE O CLUBE DA MEIA-NOITE

    Um grupo de jovens com doenças terminais vive em um local isolado para ter seus últimos momentos com conforto. Entretanto, esse lugar guarda grandes segredos que vão sendo desvendados pela nova moradora do local: Ilonka (Iman Benson).

    ANÁLISE

    O Clube da Meia-Noite

    Mike Flanagan possui uma confiança muito grande por parte da Netflix, uma vez que ele já realizou vários projetos muito bem sucedidos dentro da empresa. O diretor possui uma identidade bastante marcante e consegue imprimir isso de maneira assertiva em seus trabalhos.

    Contudo, em O Clube da Meia-Noite, há um certo desgaste da fórmula Flanagan, visto que a sua forma bastante lenta de contar histórias, baseado muito mais em relacionamentos do que, de fato, em construção de uma narrativa coesa, prejudica, e muito, a série, principalmente quando se trata de ritmo.

    O episódio piloto é cheio de energia, mistérios e apresenta uma protagonista interessante, assim como dá algumas pistas legais do que vem pela frente. Entretanto, ao longo dos demais capítulos, percebemos uma tendência anticlimática, que se confirma em uma season finale bem decepcionante que quer ser muito mais contemplativa, o que tira a urgência apresentada em momentos anteriores.

    Uma das falhas de O Clube da Meia-Noite é trazer contos desinteressantes quando a trama está evoluindo, assim como não os usa bem quando a história está desidratada. Um exemplo disso é o conto de Kevin (Igbey Rigney), que tem uma das histórias mais legais e que, por conta de uma escolha de Flanagan, se arrasta de forma bem desnecessária.

    Tecnicamente, O Clube da Meia-Noite é o trabalho menos inspirado do cineasta, embora os anteriores sejam com a régua lá em cima em questão de comparação. Flanagan usa de recursos interessantes num primeiro momento, como alucinações e volta no tempo, mas que vão ficando cansativas ao passo de que são usadas de forma bem recorrente. A duração dos episódios também vai de encontro com a qualidade da série, pois se fosse mais curtos, a experiência seria muito mais gratificante.

    O elenco é muito seguro e todos estão muito bem em seus papéis, com destaque para Iman Benson que dentro de sua timidez inicial consegue ir se soltando aos poucos, entregando grandes momentos. Aya Furukawa e William Chris Sumpter entregam excelentes cenas quando necessário, possuindo os arcos mais pesados e dramáticos de O Clube da Meia-Noite.

    VEREDITO

    Com um enfoque muito claro em desenvolvimento de personagem e com uma narrativa sonolenta em segundo plano, O Clube da Meia-Noite é o trabalho menos empolgante de Mike Flanagan, todavia, existem diversos méritos por parte do elenco que se esforça para entregar bons momentos.

    Se você busca sustos e uma trama envolvente, talvez não seja a série ideal, mas se quiser algo para uma boa reflexão sobre a vida e temáticas interessantes, ela certamente é fundamental.

    Nossa nota

    3,3/5,0

    Confira o trailer:

    Leia também:

    CRÍTICA – A Maldição da Mansão Bly (2020, Netflix)

    CRÍTICA – Missa da Meia-Noite (Minissérie, 2021, Netflix)

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    CRÍTICA – Gotham Knights (2022, WB Games)

    Já se passaram alguns anos desde a ultima aparição do universo do cruzado encapuzado no universo dos games com a o título Batman Arkham Knight (2015), finalizando a trilogia dos jogos como um sucesso. Este ano temos Gotham Knights, agora expandindo o protagonismo para a Bat-Família que deverá proteger a cidade de Gotham de seu caos natural além de diversos vilões.

    Desenvolvido em conjunto pela Warner Bros. Games Montreal e QLOC, o game chega amanhã ao PlayStation 5, Xbox Series X | S e PC não sendo disponibilizado para a antiga geração.

    O jogo chega ao Brasil dublado por Bruna Matta (Batgirl), Lucas Gama (Robin), Heitor Assali (Asa Nortuna), Arthur Machado (Capuz Vermelho), Duda Ribeiro (Batman) e Ricardo Juarez (Pinguim).

    SINOPSE

    Batman está morto. Um novo e imenso submundo do crime tomou conta das ruas de Gotham. Agora depende da família Batman: Asa Noturna, Batgirl, Capuz Vermelho e Robin – proteger a cidade, trazer esperança para seus cidadãos, disciplina para seus policiais e medo para seus criminosos.

    Desde a resolução de mistérios, que conectam os capítulos mais sombrios da história da cidade, até a derrota de vilões notórios em confrontos épicos, você deve se tornar o novo Cavaleiro das Trevas e salvar as ruas do caos.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Capuz Vermelho: 15 motivos que o tornam o mais sanguinário da Bat-Família

    ANÁLISE

    Acredito que o contexto de jogo ideal para um tema como super heróis é um RPG de mundo aberto e isto funciona perfeitamente em Gotham Knights. Explorar a cidade e lutar contra o crime noite após noite é o mais próximo que se poderia ter da vivência deste universo heroico.

    Andar pela cidade em busca de pontos de interesse de cada personagem, salvar vítimas, proteger um cidadão abordado de forma suspeita pela policia de Gotham ou impedir um crime em tempo real são momentos divertidos para curtir neste novo título.

    A respeito da jogabilidade, o avanço de experiência é único; portanto, ao subir de nível todos crescem, mas o set de cada personagem só pode ser evoluído de forma individual, incentivando assim o player a jogar com todos os personagens proporcionando mais horas de gameplay.

    Mas não é apenas pelo motivo de evoluir cada personagem; você precisa ter cada um dos Cavaleiros de Gotham bem treinados. Cada missão exige as habilidades únicas de cada personagem para que a tarefa seja concluída com sucesso.

    Asa Noturna, Batgirl, Capuz Vermelho e Robin podem ser customizados através da montagem de equipamentos, existindo 15 estilos de uniformes diferentes com inúmeras opções de cor, que vale ressaltar, não sendo apenas itens cosméticos, já que cada servem para aumentar os seus atributos.

    Ainda na categoria de customização é possível utilizar diversos padrões de cor para o veículo da equipe, a Batmoto, um equipamento muito útil para se locomover rapidamente ao longo do extenso mapa da cidade Gotham que possuí diversos distritos conhecidos dos fãs de quadrinhos como Bludhaven.

    Em questões gráficas, um dos pontos mais polêmicos a serem discutidos antes do lançamento, se torna uma questão particular de cada player sentir a diferença, ou não, da qualidade em 30 FPS, porém não é um ponto de atenção tão significante  no contexto geral do jogo.

    Se tratando dos combates, lutar com cada um dos quatro protagonistas é um experiência de jogo diferente, apesar dos comandos serem iguais, cada personagem causa um efeito diferente em combate, assim como a sua resistência.

    Além de poder realizar a campanha offline é possível reunir um grupo de amigos online para realizar as missões, tarefas do jogo e desafios que podem ser acrescentados ao seu progresso individual caso não tenha concluído as atividades realizadas em party.

    Apesar de não ser um jogo diretamente sobre o Batman, a figura do cruzado encapuzado é sentida ao longo da história, seja como inspiração ou o ponto de vista que cada um dos personagens têm em relação ao Homem Morcego.

    Nesta história, tanto o Batman quanto o Comissário Gordon faleceram e a força policial se tornou muito mais intolerante com os vigilantes, mas Barbara Gordon, Dick Grayson, Jason Todd e Tim Drake assumem a responsabilidade de proteger a cidade dos antigos vilões e um grande mal que esta a espreita.

    Cada um dos quatro vigilantes tem uma perspectiva própria a respeito desta responsabilidade e como lidar com ela, porém trabalharem juntos e acertarem as diferenças é um obstáculo; mas nada como o lado paternal de Alfred para intermediar as situações proporcionando ótimos momentos de interação entre eles.

    O que acredito ser o maior ponto negativo deste jogo está relacionado a não ser lançado para a geração antiga, mesmo com todas as mecânicas diferentes não existe nada tão complexo em Gotham Knights que fosse um impedimento de ser lançado para o PlayStation 4 ou Xbox One.

    VEREDITO

    Gotham Knights é um ótimo entretenimento para os fãs de jogos com a temática de histórias em quadrinhos, com diversas referências ao cânone destes personagens na nona arte, com uma jogabilidade dinâmica, um roteiro narrativo muito divertido e com a garantia de muitas horas de gameplay tanto solo como em equipe.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Gotham Knights chega amanhã ao PlayStation 5, Xbox Series X | S e PC.

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    CRÍTICA – Manifest (3ª temporada, 2021, NBC)

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    A 3ª temporada temporada de Manifest chegou à Netflix. Após a série ser cancelada pela NBC, ela foi comprada pela gigante do streaming a fim de encerrar a história da série, como a plataforma vermelha fez com Lúcifer após a série ser cancelada pela CW. O terceiro ano da série continua a trama dos passageiros do voo 828 enquanto percebem que seu retorno tem um fator muito mais fantástico e divino do que eles pensaram a princípio.

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    Com uma trama que finalmente deixa um pouco de lado os Stones, temos núcleos quase que inteiramente compostos por passageiros que podem “furar o bote” que pode evitar que o temido “Dia da Morte”, descoberto lá na primeira temporada.

    SINOPSE

    Após não ter mais objetos para estudar os acontecimentos do voo, o corpo científico do local decide começar os estudos com a própria cauda do avião. Mas isso faz com que alguns passageiros comecem a ter chamados sentindo seu corpo queimar, como se estivessem em chamas.

    ANÁLISE

    3ª Temporada

    Após passarem a acreditar que seu retorno se deu por algum tipo de intervenção divina, os Stone continuam tentando colocar os passageiros no caminho certo, a fim de evitar que o bote dos sobreviventes “fure” após alguns passageiros do voo 828 se recusarem a atender os chamados. Após encontrar uma nova forma de lidar com o retorno dele e dos outros passageiros, Ben Stone (Josh Dallas) vai até Cuba para recuperar a cauda do avião do voo 828, que ele descobriu ter sido retirada do fundo do mar. Isso mesmo, o mesmo avião que ele viu explodir diante de seus olhos ao fim do primeiro episódio da série.

    Enquanto a trama se desenrola, testemunhamos a participação de outros passageiros que veem a intervenção de Ben como algo que pode levar à morte de todos os outros, principalmente quando este passa a atuar ao lado da NSA e alguns dos sobreviventes passam a ter um chamado em que uma nuvem negra parece sair da instalação onde quase todo o avião é estudado.

    3ª Temporada

    Enquanto a série segue em frente e parece se apoiar quase que inteiramente em optar pro usar o divino como a explicação para seu retorno, ela deixa várias pontas soltas que provavelmente hão de voltar em alguma das duas partes da 4ª e última temporada da série.

    A presença de novos personagens coloca a urgência que a trama precisava ao longo da segunda temporada enquanto se apoiava quase que inteiramente em solucionar o dia da morte de Zeke, e enquanto falsos profetas e passageiros surgem, retornados que veem os Stone como uma ameaça podem colocar tudo a perder. Angelina (Holly Taylor) parece ter sido apresentada na temporada apenas para levar nossos personagens ao limite.

    Mas não apenas isso, uma maior participação de Eagan (Ali Lopez-Sohaili) serve quase sempre como um contraponto, mas sobretudo, funciona como um personagem cujo papel ainda vai crescer e talvez melhore em alguma das duas partes da 4ª temporada.

    VEREDITO

    Ainda que a 3ª temporada de Manifest se dê de maneira preguiçosa e lenta, a aparição de novos personagens causam uma aceleração à trama que era necessária, algo que faltava à história desde o fim da primeira temporada. O desenvolvimento da história ainda é algo precário para esse que vos escreve, pois após usarem a carta de que o “divino” os trouxe de volta me parece muito simplista.

    Lançar por sobre a trama elementos de que o inexplicável e um milagre se deu, fazem com que tudo possa ser dito e feito. O perigo disso vem do fato da série chegar ao fim de sua 4ª temporada sem resolver mistérios lançados pela trama desde seu primeiro episódio, algo similar à Lost – que teve um final horrível.

    Quando a 3ª temporada chega ao fim, todo o panorama para os Stone e para os sobreviventes parece ter mudado. Precisamos entender como esse arco narrativo se desenrolará ao longo da primeira parte da 4ª temporada. E pra ser sincero, a série precisa mudar ao longo de sua primeira parte caso queira reter os fãs dos últimos anos.

    A 1ª Parte da 4ª temporada chega à Netflix no dia 4 de novembro.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer da 3ª temporada de Manifest:

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    CRÍTICA – Sorria (2022, Parker Finn)

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    Sorria ou Smile, no original, é um longa estadunidense que tem sido bastante elogiado pela crítica especializada e pelo público. O longa é dirigido pelo estreante Parker Finn e conta com Sosie Bacon e Jessie T. Usher no elenco.

    SINOPSE DE SORRIA

    Uma maldição está se espalhando por um grupo de pessoas, fazendo com que elas se matem com um sorriso no rosto. A psiquiatra Rose Cotter (Sosie Bacon) acaba se deparando com um desses casos e agora deve luta por sua sobrevivência tentando derrotar esse mal.

    ANÁLISE

    Sorria é uma obra que tem muitos acertos e erros em sua estrutura, o que me fez refletir bastante a respeito da análise do filme. Há méritos inquestionáveis do roteiro e direção, assim como eles também são o calcanhar de Aquiles do longa.

    Começando pela parte boa, Sorria tem uma alegoria extremamente interessante sobre como a depressão atinge as pessoas e um dos méritos é justamente ter uma profissional que lida com saúde mental diariamente como protagonista, reforça que qualquer pessoa pode estar enfrentando graves problemas em sua vida. Há um trabalho bastante intenso de Sosie Bacon nesse sentido, com algumas cenas bem tocantes e que devem, inclusive, gerar gatilhos em alguns espectadores. Bacon consegue passar a dor de ter um trauma pesado nas costas e que fez parte de todas as escolhas de Rose na vida.

    De positivo na direção, a atmosfera bastante sombria com auxílio de uma sonoplastia impecável na construção dos sustos e da tensão são fundamentais para que Sorria funcione muito bem, assustando até quem está acostumado com filmes de terror. Por mais que sua trama seja bem batida, o clima soturno é quase que uma presença constante, nos colocando dentro do filme assim como a sua protagonista.

    Outro ponto importante é que mesmo os fatos clichês como os entes queridos da pessoa que está com problemas agirem das forma mais artificiais possíveis, em vários momentos isso funciona, pois pessoas com depressão não conseguem passar o que estão sentindo para quem amam, o que faz com que fiquemos aflitos por Rose.

    Contudo, se por um lado os clichês funcionam, por outro, deixam Sorria extremamente previsível. De cara sabemos o que vai acontecer no final e mesmo que o roteiro mascare com escolhas baratas como alucinações, que funcionam aqui, a gente sabe como será o apagar das luzes do longa.

    E como relatei anteriormente, a direção acerta em alguns pontos, mas em outros, não conseguimos sacar as ideias de Parker Finn.

    O cineasta usa e abusa de jump scares desnecessários, é quase literal em cenas que poderiam ser mais sugestivas, além de filmar com firulas que são mera exibição estética, sem nenhuma serventia. Em vários momentos ficava sem entender o por quê o diretor fazia planos longos, giros de câmera ou filmagens bem do alto. O CGI também é uma falha de Sorria, pois além de desnecessário, é mal realizado, deixando as cenas bem artificiais. O uso de maquiagem seria bem mais interessante para o longa.

    Sobre o roteiro, ele percorre todas as fórmulas, desde a vítima desacreditada a investigação incessante em busca de uma solução para a problemática. Em dado momento, Sorria fica monótono e vai atrás de momentos forçados para gerar movimento à trama, já que se fosse mais natural, perderia tranquilamente uns 20 minutos de sua duração.

    VEREDITO

    Trazendo temas pertinentes e contando com boas sacadas, Sorria falha em justamente o que não deveria que é usar todas as muletas possíveis de terror de shopping center. O longa funciona para reflexão sobre saúde mental, ao passo que nos aspectos técnicos deixa a desejar por se ater muito a todo o formulismo de filmes do gênero.

    Nossa nota

    3,5/5,0

    Confira o trailer:

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    TBT #199 | Os Fantasmas Se Divertem (1988, Tim Burton)

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    Os Fantasmas se Divertem (Beetlejuice), um clássico do renomado diretor Tim Burton, completou 30 anos de lançamento em 2018. O filme estreou nos cinemas americanos no dia 30 de março de 1988 e, desde então, tornou-se uma referência dentre as inúmeras obras de Burton.

    O elenco conta com nomes como Geena Davis, Alec Baldwin, Jeffrey Jones, Catherine O’Hara, Winona Ryder e Michael Keaton.

    SINOPSE

    Após morrerem quando o carro deles cai em um rio, Barbara Maitland (Geena Davis) e Adam Maitland (Alec Baldwin) se veem como fantasmas que não podem sair da sua casa de campo na Nova Inglaterra, pois antes que possam ganhar suas asas têm que ocupar a casa como fantasmas pelos próximos cinquenta anos. A paz é rompida quando Charles (Jeffrey Jones) e Delia Deetz (Catherine O’Hara), um casal de novos-ricos, compra a casa. Mas os Maitland são inofensivos como fantasmas e os esforços para espantar os compradores acaba em fracasso. E se o casal não fica apavorado, Lydia Deitz (Winona Ryder), a excêntrica e dark filha deles, pode ver e falar com Barbara e Adam, que contratam os serviços de um Beetlejuice (Michael Keaton), um “bio-exorcista”, para apavorar os moradores, apesar de sentirem simpatia por Lydia. Mas logo a situação foge do controle.

    ANÁLISE

    Tim Burton dirige seu primeiro filme relevante para a indústria, que o cacifou a alçar grandes voos (Batman veio logo após). O elenco está em estado de graça (Alec Baldwin e Geena Davis estão perfeitos como o casal de fantasmas apalermado, enquanto que Jeffrey Jones e Catherine O’Hara encontraram o timing perfeito de comédia como os novos donos da casa). Contudo, o destaque vai para a jovem Winona Ryder como a filha gótica que é a única que vê os fantasmas e faz amizade com eles. Depois desse filme Winona se tornou uma atriz requisitada estrelando vários filmes de destaque como Edward Mãos de Tesoura (1990), Drácula de Bram Stoker (1992), Garota Interrompida (1999) e, mais recentemente, sucesso no streaming com Stranger Things (2016 – até o momento).

    O horror lúdico e as críticas sociais abraçam tudo ao seu redor, construindo dinâmicas interessantes que nunca cruzam a linha do grotesco, mas atinge em cheio o imaginativo do público. A trilha sonora, brilhantemente encabeçada por Danny Elfman, transborda com a figurativa excentricidade imaginada por Burton, trazendo uma mistura eclética que nos conquista a cada novo ritmo inserido.

    Mas, o brilhantismo audiovisual parece não se estender a seu roteiro, trazendo uma crise existencial que é duramente sentida no segundo ato da trama. Se o primeiro ato consegue definir uma casa assombrada às avessas, partindo do ponto de vista dos recém-falecidos ao serem confrontados com a soberba dos novos inquilinos, o segundo larga a mão desse trunfo para dar voz aos Deetz, mudando assim o protagonismo do filme enquanto deixa os Maitland estranhamente ausentes de sua própria história.

    Beetlejuice

    Agora, não podemos deixar de mencionar a performance histriônica de Michel Keaton como Beetlejuice. Apesar de criticada por alguns na época, Beetlejuice é a alma (isso não é uma piada…) do filme. Quando ele aparece, o que já era ótimo se torna perfeito, tornando clássico um personagem detestável, mas tragicamente cômico.

    Com uma passagem musical brilhante, muita comédia e alguns sustos no meio do caminho, fica praticamente impossível não se afeiçoar a todos esses personagens, incluindo até os funcionários públicos do além, cuja admissão ao cargo é uma das muitas piadas que fizeram a história desse filme.

    O brilhante longa concorreu ao Oscar de 1989 na categoria Melhor Maquiagem e levou a estatueta. Também recebeu indicação ao BAFTA nas categorias de Melhor Maquiagem e Caracterização e também de Melhores Efeitos Visuais, mas perdeu na disputa. Já no Saturno totalizou sete indicações, mas ganhou o prêmio nas categorias Melhor Maquiagem, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Filme de Terror.

    Outra conquista de Beetlejuice foi na televisão, pois ganhou uma animação de mesmo nome com quatro temporadas de 1989 até 1991 e Tim Burton como diretor executivo. O desonesto do mundo dos mortos também chegou nos games e ganhou até musical na Broadway. Em contrapartida, muito foi especulada uma continuação do filme, mas as reescrituras dos roteiros sempre são arquivadas.

    VEREDITO

    Repleto de bizarrices e cenas memoráveis, o longa extrapola o nonsense e conquista o público com seu carisma palpável, trazendo um clássico instantâneo que combina com a morbidez lúdica de seu diretor, nos convidando a abraçar o diferente e tomar cuidado com certas palavras repetidas três vezes.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer original:

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