Titanic 666 é um filme original da plataforma Tubi, um novo serviço de streaming voltado principalmente para o lado B do terror. A crítica do longa é a escolha do Noites Sombrias de número 63.
SINOPSE DE TITANIC 666
Um grupo de passageiros se reúne para fazer um passeio turístico no Titanic III, uma atualização da embarcação que tragicamente teve um acidente em 1912 com dezenas de mortos. Uma misteriosa mulher acaba invadindo o barco e conjura os fantasmas dos que tiveram suas vidas perdidas, trazendo um rastro de mortes aos convidados.
ANÁLISE
Em 1997, James Cameron nos brindou com uma obra-prima do cinema que trouxe Leonardo DiCaprio e Kate Winslet para o estrelato, sendo um dos filmes mais premiados e memoráveis da história da sétima arte.
Desde então, o longa se tornou um marco para quem viu e teve até uma tentativa de nova roupagem em 2010 com uma continuação pavorosa chamada Titanic II, sendo um negócio completamente diferente do que Cameron realizou, já sendo um grande escárnio.
Entretanto, eis que chegamos em 2022 e temos em mãos a bizarrice Titanic 666 que, além de ser um completo desrespeito com toda a tragédia, ainda naufraga como sátira e crítica social, uma vez que falha miseravelmente em tudo que tenta fazer. A proposta é mostrar como as pessoas tentam lucrar com tragédias com uma mensagem entregue quase como a frase de fechamento dos episódios do He-Man, mas, todavia, a única coisa que Titanic 666 faz é justamente o que luta contra: usar o fato ocorrido nos anos 10 para ganhar dinheiro com um filme caça níquel de baixíssimo orçamento.
Titanic 666 é como se fosse mais uma sequência que não deveria existir do longa de 1997, com péssimos atores, um diretor que desconhece a profissão e um roteiro que não tem pé nem cabeça, se dirigindo para um iceberg de nonsense e cenas risíveis de tão patéticas que parecem oriundas de uma paródia pornô.
Os efeitos digitais parecem ter sido gerados em celulares com filtros de Instagram de tão toscas. Nem o recurso do jumpscare consegue se safar da proposta completamente mequetrefe da trama. Contudo, para quem ama porcarias trash como eu, é um prato cheio para se dar boas risadas e ainda ficam muito constrangido com tudo que está acontecendo.
VEREDITO
Tentando ser uma crítica social, Titanic 666 é um trash raiz que é uma bagunça do início ao fim. Com péssimo elenco, escolhas duvidosas e uma direção desastrosa, o longa entra para a lista de constrangimentos obrigatórios para quem busca uma porcaria nonsense de baixo orçamento para dar boas risadas.
Nossa nota
0,0/5,0
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The Sadness é um longa taiwanês dirigido pelo estreante Rob Jabbaz e tem chocado pela sua violência extrema. Confira nossa crítica do filme.
SINOPSE DE THE SADNESS
Um vírus está assolando a população de Taiwan e as coisas se complicam uma vez que ele desperta o lado mais primitivo e selvagem dos humanos, gerando uma onda de violência extrema no país.
ANÁLISE
The Sadness até o momento recebe um título importante aqui para este que vos escreve: é o filme mais violento da minha história! O longa do cineasta Rob Jabbaz é cruel e visceral, sendo um banho de sangue completo.
O roteiro é interessante no sentido de crítica, pois ataca a onda negacionista que vivemos de pessoas que negam a ciência e acham que existem diversas teorias da conspiração. A ignorância fez com que milhões pagassem com a vida e a escolha de trazer aspectos mais selvagens e a pura maldade deixam The Sadness urgente, com inimigos violentíssimos a cada esquina. As críticas são para governos e populações que preferem se ater apenas as suas verdades.
Os protagonistas até não são tão carismáticos, mas a sacada da direção de temer por todos os personagens por conta de cenas terríveis cria um ar muito intenso e que nos deixa perplexos a cada morte.
Entretanto, se por um lado o gore é um trunfo como característica do público que ama filmes de zumbis e pandemias, pelo outro há cenas desnecessárias de estupro e tortura que passam do ponto demais, sendo esticadas e servindo apenas para chocar.
VEREDITO
Brutal, sanguinário e sem escrúpulos, The Sadness é para quem tem estômago e um mental fortes, pois tem momentos de crueldade exacerbada. O longa consegue criticar e chocar os espectadores e é uma parada obrigatória para quem ama a violência extrema.
“Eu sou um cara bem comum, com uma personalidade típica de Nova Jersey. Eu não exalo aristocracia ou intelectualismo, mas eu tento dar a esse cara comum alguma faceta extraordinária.” (Jack Nicholson)
Completando hoje seus 85 anos, Jack Nicholson não se limita à carreira de um grande ator, mas conjuga-se à própria história do cinema e do século XX. Figura de personalidade marcante, Nicholson colecionou prêmios e polêmicas em décadas de carreira, vivendo, por trás das câmeras, de maneira tão intensa quanto seus personagens que ele ajudou a trazer à luz.
Hoje vamos desvendar com fluidez esse ícone, que não apenas escreveu seu nome na célebre Calçada da Fama de Hollywood, mas deixou uma marca indelével em sua época.
Nascido em 22 de abril de 1937, em Neptune, Nova Jersey, filho de uma dançarina com um suposto artista do ramo. Devido à carreira da mãe, Jack foi criado pelos avós maternos John e Ethel.
REVELAÇÕES FAMILIARES
Nicholson cresceu acreditando que os avós eram, na realidade, seus pais. Quando bebê, a avó pediu para cuidar dele no lugar de June, de 17 anos, para ela continuar a carreira de dançarina. Com isso, o ator acreditava ser irmão mais novo da verdadeira mãe.
A revelação demorou muito e veio de maneira trágica. Jack Nicholson descobriu em 1974, por meio de um jornalista da Time, quem estava escrevendo uma matéria sobre ele devido ao lançamento de Chinatown. Na época, os verdadeiros avós e a mãe já haviam morrido, e o ator acabou não descobrindo quem era o próprio pai. Mesmo com o grande drama familiar, Jack nunca saiu dos holofotes ou se afastou da carreira.
INÍCIO DE CARREIRA
Na década de 50, ainda adolescente, ele conseguiu um trabalho de assistente no estúdio de animação de William Hanna e Joseph Barbera, a MGM, e chegou a receber uma oferta para crescer na área. No entanto, Nicholson preferiu seguir o sonho de ser ator, e em 1955, conquistou seu primeiro papel na série de televisão Tales of Wells Fargo. Depois disso, fez parte de um grupo de atores no teatro Players Ring, localizado em New Hampshire, um treinamento que garantiu trabalhos nos palcos e em novelas, até sua estreia no cinema como protagonista do filme The Cry Baby Killer(1958).
AS 10 MELHORES PERFORMANCES DE JACK NICHOLSON
Sem Destino (1969)
Wyatt (Peter Fonda) e Billy (Dennis Hopper) são motoqueiros que viajam pelo sul dos Estados Unidos. Após levarem drogas do México até Los Angeles, eles as negociam com um homem em um Rolls-Royce. Com o dinheiro a dupla parte rumo ao leste, na esperança de chegar a Nova Orleans a tempo para o Mardi Grass, um dos Carnavais mais famosos em todo o planeta.
Apesar do filme ter uma curta participação de Jack Nicholson, o seu personagem George Hanson, calmo, de sotaque e já com um humor espevitado, toma o filme pra si e domina a situação sempre que está em cena.
Chinatown (1974)
Jack Nicholson é o detetive Jake Gittes, sobrevivendo no clima ensolarado e de moral obscura, na Califórnia do período anterior à guerra. Contratado por uma bela socialite (Faye Dunaway) para investigar o caso extraconjugal de seu marido, Gittes é colhido num furacão de situações dúbias e tradições mortais, desvendando uma teia de escândalos políticos e pessoais, que se chocam em uma única e inesquecível noite em Chinatown.
A presença de Nicholson está em praticamente 100% do filme, dominando tudo. É uma aula, finalizada com toque de classe. O filme é sempre citado no topo das obras do gênero noir – o longa é um dos filmes preferidos do grande público no IMDb.
David Locke (Jack Nicholson) é um jornalista em viagem ao Deserto do Saara para reportar sobre as guerrilhas que acontecem no local. No hotel, ele conhece um homem muito parecido com ele que morre repentinamente. Querendo livrar-se dos seus problemas e mudar sua vida, David resolve assumir a identidade do falecido na espera de levar uma vida mais interessante.
O longa foi um dos fatos que tornaram Nicholson em uma estrela já nos anos 70. À medida que David Locke explora sua nova identidade e o modo de vida à ela forjado, perpassa também cenários lindos, mais movimentados ou essencialmente pacatos, que rendem enquadramentos comoventes e reforçam a dimensão da solidão. A cena final é uma obra de arte à parte.
Um Estranho no Ninho (1975)
Randle McMurphy (Jack Nicholson), um prisioneiro, simula estar insano para não trabalhar e vai para uma instituição para doentes mentais, onde estimula os internos a se revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched (Louise Fletcher), mas ele não tem ideia do preço que irá pagar por desafiar uma clínica “especializada”.
A saga do McMurphy simboliza que a luta contra um sistema injusto muitas vezes custa caro, mas esse inconformismo é necessário e pode gerar uma semente de mudança nos que ficam.
O filme que deu o primeiro Oscar de Melhor Ator para Jack, e numa fase de sua vida em que ele estava no auge de sua forma, é definitivamente um dos trabalhos mais inesquecíveis e cativantes na história do cinema.
O Iluminado (1980)
Jack Torrance (Jack Nicholson) se torna caseiro de inverno do isolado Hotel Overlook, nas montanhas do Colorado, na esperança de curar seu bloqueio de escritor. Ele se instala com a esposa Wendy (Shelley Duvall) e o filho Danny (Danny Lloyd), que é atormentando por premonições. Jack não consegue escrever e as visões de Danny se tornam mais perturbadoras. O escritor descobre os segredos sombrios do hotel e começa a se transformar em um maníaco homicida, aterrorizando sua família.
O longa magistral de Stanley Kubrick que adapta o livro de Stephen King é considerado uma das melhores obras do horror. Muita gente reclama do exagero da atuação de Nicholson, seu histrionismo, suas caras e caretas. Reclamam que isso torna óbvio sua descida à loucura. No entanto, isso é em parte injustiça e em parte incompreensão sobre o que é O Iluminado. É um filme que desafia os sentidos, que nos faz mergulhar em mundo do qual temos até dificuldade de voltar tamanha é a imersão que a fita proporciona.
Francis Phelan (Jack Nicholson) e Helen Archer (Meryl Streep) são dois alcoólatras que têm a difícil missão de sobreviver ao próprio passado. Francis vive com o trauma de ter deixado o seu filho cair no chão 22 anos antes, enquanto Helen vive a depressão de ser uma antiga cantora de rádio sem sucesso.
O drama rendeu duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Ator para Nicholson e Melhor Atriz para Meryl Streep. A dupla consolidou um ótimo entrosamento, enquanto ele exibe no olhar marejado o eterno luto de vida; ela, quase sempre parece estar prestes a desfalecer – uma “morta-viva”, empurrada pelo destino.
Batman (1989)
Em Gotham City, um milionário (Michael Keaton), que quando jovem teve os pais assassinados por bandidos, resolve combater o crime como Batman, o Homem-Morcego. Mas o vilão Coringa (Jack Nicholson) decide dominar a cidade e se torna um grande desafio para o super-herói.
O prestígio Nicholson já tinha de trabalhos anteriores, então aqui ele simplesmente se diverte e, é claro, enriquece com um acordo que lhe garantia uma porcentagem da bilheteria. Batman foi um fenômeno sem precedentes e introduziu ao mundo os blockbusters, onde podemos afirmar que o longa de Tim Burton elevou o jogo a outro patamar (com uma das campanhas de marketing mais agressivas e pioneiras da história).
Questão de Honra (1992)
Após um soldado morrer acidentalmente em uma base militar, depois de ter sido atacado por dois colegas da corporação, surge a forte suspeita de ter existido um “alerta vermelho”, uma espécie de punição extraoficial na qual um oficial ordena a subordinados seus que castiguem um soldado que não tenha se comportado corretamente. Quando o caso chega aos tribunais, um jovem advogado (Tom Cruise) resolve não fazer nenhum tipo de acordo para tentar descobrir a verdade.
Aqui, Nicholson mostra mais uma vez do que é capaz. Mesmo com pouco tempo, ele rouba a cena total e tem de longe a melhor performance do filme, com sua interpretação de um coronel forte, intimidador e histérico, Jack conseguiu uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante.
Melhor é Impossível (1997)
Em Nova Iorque, um escritor grosseiro e sarcástico (Jack Nicholson) tem como alvos principais um artista homosexual (Greg Kinnear), que é seu vizinho, e uma garçonete (Helen Hunt) que enfrenta problemas por ser mãe solteira e ter que se desdobrar para cuidar de seu filho, que tem asma crônica. Mas o destino vai fazer com que eles fiquem muito mais próximos do que poderiam imaginar.
Nicholson, no auge de seus60 anos, termina a década de 90 com uma nota altíssima. Com Melvin Udall, seu personagem com TOC conquistou toda uma nova gama de fãs, demonstrando para uma geração mais recente quem era Jack Nicholson. O filme foi indicado para 7 Oscars, e levou os prêmios de Melhor Ator para Nicholson e Melhor Atriz para Helen Hunt, seu par no longa.
Os Infiltrados (2006)
A polícia trava uma verdadeira guerra contra o crime organizado em Boston. Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), um jovem policial, recebe a missão de se infiltrar na máfia, mais especificamente no grupo comandado por Frank Costello (Jack Nicholson). Aos poucos Billy conquista sua confiança, ao mesmo tempo em que Colin Sullivan (Matt Damon), um criminoso que foi infiltrado na polícia como informante de Costello, também ascende dentro da corporação.
Aqui, finalmente Jack Nicholson e Martin Scorsese conseguiram concretizar a tão aguardada parceria, com ambos já na terceira idade, em fases maduras de suas carreiras. Jack faz um arco de vilão muito coerente, com seus trejeitos clássicos/nostálgicos, que o torna quase impossível de ser odiado.
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A Netflix hoje se tornou sinônimo de entretenimento. Ponto de encontro do seu grupo de amigos no fim de semana ou noites na companhia do seu amado, assistir as produções disponíveis no catálogo da gigante do streaming é o programa perfeito para todos os tipos de ocasiões.
A plataforma adiciona novas séries, filmes e animações a cada semana, e ainda sim, na maioria das noites nós nos pegamos percorrendo o catálogo para cima e para baixo em busca de algo para assistir.
Pensando nisso, compilamos essa lista com as melhores séries originais da plataforma para você assistir. Para descobrir sua próxima série favorita basta ler a lista a seguir, mas antes disso…
Por que você deve considerar usar uma VPN ao assistir Netflix?
Em muitos casos o uso de uma Rede Virtual Privada (VPN) é necessário para manter seu computador protegido contra hackers e ladrões de dados.
Então, se você tiver problemas para encontrar alguma das séries que apresentaremos a seguir, considere utilizar uma VPN para manter sua segurança online e encontrar facilmente aquilo que deseja assistir. Dito isso, vamos a lista!
THE UMBRELLA ACADEMY
Uma das melhores séries originais da Netflix, The Umbrella Academy segue a história de sete crianças, todas nascidas no mesmo dia de mães que nem sabiam que estavam grávidas. Eles são adotados e treinados para usar seus poderes para combater o mal. Quando o adotante misterioso morre, os irmãos dispersos se reúnem e tentam impedir um apocalipse iminente.
A série The Witcher segue a vida de Geralt (Henry Cavill), um bruxo caçador de monstros. Acompanhe a sua jornada conhecendo pessoas que provam ser piores que os monstros que ele enfrenta enquanto tenta encontrar seu lugar no mundo.
O enredo é baseado na série de livros/jogos de mesmo nome. A série possui excelente classificação IMDb (8,2) e é uma das melhores séries originais da Netflix.
Um dos programas mais comentados da Netflix, a série Você (You) é estrelado por Penn Badgley.
Badgley interpreta Joe Goldberg, um cara aparentemente doce que trabalha em uma livraria na cidade e desenvolve um interesse por Beck. Infelizmente, é aí que a parte romântica deste thriller termina.
Joe começa a persegui-la, invadindo seu apartamento, mantendo seu namorado como refém e espiando sua vida diária. As voltas e reviravoltas da série vão mantê-lo sempre na expectativa para o próximo episódio.
SEX EDUCATION
Esta série de comédia apresenta uma dupla de mãe e filho navegando pelas desconfortáveis “conversas sobre sexo”.
A mãe é a terapeuta sexual chamada Dra. Jean Milburn (Gillian Anderson) e seu filho, Otis (Asa Butterfield) suporta suas tendências arrogantes em casa enquanto dá seus próprios conselhos sexuais em um grupo de terapia sexual clandestino entre seus amigos na escola.
Sex Education é uma mina de ouro de comédia ao mesmo tempo em que fala sobre questões importantes.
Stranger Things segue a história de um menino que desapareceu e como sua mãe, um chefe de polícia e seus amigos enfrentam forças sobrenaturais para encontrá-lo. O programa tem uma das maiores bases de fãs na Netflix e atraí espectadores de todo o mundo.
Recentemente, a quarta temporada da série ganhou um trailer e aumentou ainda mais as expectativas dos fãs em relação ao desfecho da série – a previsão de estreia é ainda pra 2022.
Olivia Colman como a Rainha Elizabeth, na 3ª e 4ª temporada.
Uma das melhores séries originais da Netflix para acompanhar eventos que realmente aconteceram na vida real, The Crown tem sido tema de conversa desde sua estreia.
A trama segue a vida política e romântica do reinado da Rainha Elizabeth II – além de vários outros eventos de sua vida familiar. O programa é um grande sucesso e inicia várias conversas e debates acalorados online a cada episódio.
A série House of Cards foi um dos primeiros grandes sucessos da Netflix. O enredo apresenta um congressista que trabalha com sua esposa igualmente astuta em busca de poder.
A série tem um brilhante plano de fundo de sátira política e faz um excelente trabalho em cativar o público em todas as temporadas. A obra, já concluída, foi um sucesso entre fãs e críticos e, definitivamente, ainda merece ser assistida.
NARCOS
Desde a sua estreia, Narcos desenvolveu seguidores cult e foi visto e elogiado em todo o mundo. A série destaca as atividades criminosas do traficante colombiano Pablo Escobar (Wagner Moura) e outros chefões do narcotráfico do passado.
Seu cenário e roteiro grandiosos capturaram a imaginação de fãs ao redor do mundo e ganharam muitos prêmios, incluindo a indicação a três Emmys.
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Willow: Na Terra da Magia conta com o roteiro de Bob Dolman e produção de George Lucas, o longa de Ron Howard é um clássico da fantasia que apesar de ter atingido uma bilheteria total modesta, recebeu duas indicações ao Oscar nas categorias de Edição de Efeitos Sonoros e Efeitos Visuais.
O elenco é formado por Warwick Davis (Star Wars e Harry Potter), Val Kilmer (Top Gun), Joanne Whalley e Jean Marsh.
Atualmente, uma série derivada está em produção para o serviço de streamingDisney+.
SINOPSE
Willow Ufgood (Warwick Davis), um fazendeiro e aprendiz de feiticeiro, e Madmartigan (Val Kilmer), um guerreiro habilidoso mas de reputação duvidosa, saem em jornada numa terra devastada pela magia e monstros para salvar a vida de uma pequena princesa. De acordo com a profecia, essa bebê pode dar fim ao reinado sombrio da Rainha Bavmorda (Jean March) que assola o reino.
ANÁLISE
Pôster artístico de Willow: Na Terra da Magia. Característico do cinema na década de 80.
Uma profecia, um reino em terror, uma vila de Nelwyn (anões do campo) e um grupo improvável em uma jornada para destruir uma tirana. Ok, atualmente tudo isso se parece muito com O Senhor dos Anéis e visualmente também, incluindo cenas que usaram paisagens da Nova Zelândia como locações.
A propósito, vale lembrar que a obra de J.R.R. Tolkien começou como uma sequência do livro infantil O Hobbit (1937), mas acabou se desenvolvendo em um trabalho muito maior culminando em O Senhor dos Anéis, que foi publicado separadamente: A Sociedade do Anel (julho de 1954), As Duas Torres (novembro de 1954) e O Retorno do Rei (outubro de 1955); logo, é perceptível a influência tolkina em Willow.
É importante mencionar que na década de 80 o gênero de fantasia era um grande risco para os estúdios, em grande parte por prejuízos de bilheterias com filmes como O Dragão e o Feiticeiro (1981), Krull (1983), A Lenda (1985), e Labirinto (1986), mesmo que alguns deles estejam gravados em nossas memórias como uma lembrança afetiva.
Com um roteiro simplório Willow: Na Terra da Magia infelizmente trilhou o caminho de seus colegas de gênero de sua década e hoje é uma boa memória para os que o assistiram nos anos 80. Assisti-lo agora, quando convivemos na era do CGI em alta resolução e filmes feitos completamente em computador é quase angustiante, mas, ao deixarmos de trazer a produção para nossa realidade de hoje e voltarmos para a realidade do longa podemos perceber que Willow se esforça e dá o seu melhor.
Em uma época em que efeitos visuais ainda engatinhavam e era algo extremamente oneroso para produções de orçamentos modestos, era necessário muito mais trabalho braçal com efeitos práticos e maquiagem; e precisamos aplaudir o esforço empreendido para que nós como público possamos ter a experiência do entretenimento e da magia do cinema.
VEREDITO
Willow: Na Terra da Magia é um dos muitos filmes oitentista que estão guardados em minha memória afetiva do cinema, assim como O Feitiço de Áquila(1985) e muitos outros que também já passaram pelo TBT do Feededigno.
O longa de Ron Howard pode não ser lembrado por muitos, mas fez parte de um seleto grupo de filmes do gênero de fantasia que pavimentou o início da trajetória do gênero na importância para a cultura pop nos dias de hoje.
E como a nova série do Dinsey+ trazendo Willow para a nova geração, estou curioso para ver o potencial que este mundo pode alcançar com o poder da tecnologia ao seu lado. Espero que seja mágico!
Nossa nota
3,0 / 5,0
Assista ao trailer legendado:
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Heartstopper é a nova série adolescente e LGBTQIA+ da Netflix baseada na web HQ homônima da escritora britânica Alice Oseman. A autora também é roteirista e produtora da série, já a direção fica por conta de Euros Lyn. No elenco estão Joe Locke, Kit Connor, William Gao e Yasmin Finney.
SINOPSE DE HEARTSTOPPER
Charlie (Joe Locke) é um aluno muito dedicado, mas que tem sofrido bullying na escola de forma constante desde que se assumiu gay. Já Nick (Kit Connor), é super popular e querido por ser um excelente jogador de rugby. Quando os dois começam a sentar próximos todas as manhãs, eles desenvolvem uma amizade intensa e imprevisível, se aproximando mais a cada dia.
ANÁLISE
É gratificante e até mesmo aliviante assistir a uma produção LGBTQIA+ que traga aspectos saudáveis e positivos. Em meio a tantas séries adolescentes que forçam a imagem do adolescente contemporâneo, Heartstopper se destaca justamente por ser autêntica e sincera. Certamente, os dramas da fase juvenil ainda existem, mas são tangíveis e mostram que de uma maneira ou de outra, têm solução.
É fácil gostar de Heartstopper e provavelmente é a série mais amigável até esse momento de 2021. Se em produções como Euphoria, Elite e até mesmo Sex Education, os adolescentes são na maioria das vezes uma caricatura da Geração Z e as escolas de ensino médio estranhamente carregam um tom sombrio; Heartstopper evidencia uma geração que está em busca de si mesmo, sendo convidativo, gentil e multicolorido.
Na trama, Charlie, interpretado por Joe Locke, é um adolescente assumidamente gay que começa o ensino médio após um último ano escolar difícil devido ao bullying. Em sua primeira aula, ele faz amizade com Nick, vivido por Kit Connor, que está no segundo ano do ensino médio sendo um garoto popular e jogador de rúgbi. Os dois desenvolvem um romance, enquanto Charlie está passando por uma jornada difícil sendo o único garoto abertamente gay em uma escola só para meninos e Nick começa a questionar a sua sexualidade e entender quem ele realmente é.
A relação entre Charlie e Nick é extremamente fofa, gentil e bonita. Ambos se sentem confortáveis um com o outro para se abrir e tratar sobre seus problemas, medos e ensaios. Logo, em um primeiro momento existe um receio entre os jovens e dúvidas sobre se a coisa certa ou não começa a surgir. Isso porque Heartstopper trabalha bastante com o medo adolescente: medo de que as pessoas não o aceitem; medo de ser desapontado; medo de gostar de alguém que não gosta de você.
E isso não se aplica apenas a Charlie e Nick. Outros personagens como Tao (William Gao), Elle (Yasmin Finney), Tara (Corinna Brown) e Darcy (Kizzy Edgell), amigos dos protagonistas, também passam por provações da idade. Se já é extremamente difícil ser um adolescente, imagina ser um jovem queer? Felizmente, eles criam uma rede de amigos extremamente empática e segura.
Isso evidencia que Heartstopper está mais empenhada em fazer uma diálogo sincero sobre a comunidade LGBTQIA + na adolescência do que criar tramas que coloquem essas pessoas para sofrer sem motivos. Ainda assim, o bullying é evidente em Heartstopper, de forma que nos perguntamos se os adolescentes já não superaram essas visões preconceituosas? Ao que parece nem todos e nem em todos os lugares, mas nem de longe isso se torna um protagonista da série e uma justificativa para criar cenas de violências desnecessárias.
Uma produção britânica
A escritora da HQ de Heartstopper que deu origem a série, Alice Oseman, esteve por dentro dos mínimos detalhes da produção, desde o elenco ao figurino. Para Oseman, a produção precisaria ser 100% britânica para funcionar e sem dúvida esse é um dos pontos mais importantes da série. A essência da Grã Bretanha permeia toda a série, sendo o que da similaridade entre adaptação e o conteúdo original criado por Oseman.
Além disso, o fato de Heartstopper usar atores com idades em fase adolescente dá um tom mais realístico. Todo o elenco está muito bem, criando individualidade em suas interpretações e destacando seus personagens. William Gao tem uma ótima expressão corporal, assim como Yasmin Finney cria uma atuação mais contida que aos poucos começa a ganhar mais movimento, sendo ideal para o momento que sua personagem vive.
Mas, sem dúvida, Heartstopper é a série de Joe Locke e Kit Connor. Quando aparecem juntos, ambos vibram em tela mostrando uma ótima dinâmica. Locke consegue passar toda timidez e insegurança de Charlie em meios sorrisos, enquanto Connor têm uma emoção fluida e uma incrível presença de cena.
Já em aspectos cinematográficos chama muito a atenção que Heartstopper traga das HQs alguns recursos para mostrar como os personagens estão se sentindo. Como faíscas e pequenas flores subindo a tela toda vez que as mãos de Charlie e Nick se tocam ou vidros quebrados quando Charlie se sente triste ou imagina algo ruim. São adicionais que fazem o espectador entrar ainda mais no mundo de Heartstopper.
Já a ambientação ressalta cores alegres e uma iluminação suave dando um tom entusiástico à produção. A utilização de celulares para mostrar boa parte dos diálogos entre os personagens até poderia ser um recurso entediante, mas se mostra divertido e interessante na medida que também é possível ver o que os personagens escrevem e o que eles realmente querem dizer.
Dessa forma, Heartstopper se mostra uma incrível produção televisiva. Nos importamos realmente com os personagens e queremos que eles fiquem bem. Criar esse sentimento em oito episódios é um grande feito que deve ser apreciado, além disso, ressalto que é muito importante ver produções positivas sobre a comunidade LGBTQIA+ adolescente.
VEREDITO
Heartstopper é uma boa surpresa de 2022 da Netflix. Com um roteiro simples, mas cheio de nuances e uma produção que sabe valorizar seu material original é certamente uma das melhores produções televisivas até agora.