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    CRÍTICA – Black Box (2020, Emmanuel Osei-Kuffour)

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    Black Box, filme dirigido pelo estreante Emmanuel Osei-Kuffour, faz parte do projeto de quatro longas da Blumhouse no serviço de streaming Amazon Prime Video.

    SINOPSE

    Nolan (Mamodou Athie) é um homem que sofreu um acidente grave e perdeu boa parte de sua memória. Entretanto, um tratamento experimental faz com que o jovem tenha suas memórias de volta, contudo, algumas coisas devem ficar no passado e ele saberá da pior forma possível.

    ANÁLISE – ABRINDO A BLACK BOX

    Black Mirror foi um grande precursor em questão do uso da tecnologia para assolar a humanidade, uma vez que apresenta os males dela. Black Box tem o mesmo intuito, pois aborda os malefícios dela em nossa vida.

    O longa é perturbador, pois o seu protagonista tem a angústia de não ter o controle de suas memórias, se sentindo um estranho para todos que amam. O peso da perda de sua amada e o não reconhecimento de tarefas básicas tornam Black Box um thriller psicológico interessante. O fato de Nolan não saber o que pode acontecer em seu cotidiano nos faz nos sentir da mesma forma que ele.

    A direção é competente em fazer a trama escalável, pois o suspense vai sendo gradual em diversos momentos. O grande destaque vai para Mamodou Athie (Loja de Unicórnios) que entrega uma atuação excelente.

    Entretanto, após o segundo arco, alguns recursos ficam repetitivos, tornando o filme cansativo. Há uma cena com um contorcionismo de um personagem que impressiona no primeiro momento, mas que acaba sendo usado em demasia.

    Além disso, sentimos que os roteiristas não tinha estrutura o suficiente para segurar a história até o final, algo que fica muito nítido nos minutos finais.

    VEREDITO – FECHANDO A BLACK BOX

    Com um longa irregular, Black Box traz uma boa premissa que acaba se desgastando ao longo de seus 01h40min. Com boas atuações, direção competente, mas roteiro escasso, a obra pode ser marcante para alguns, todavia, dispensável para muitos.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Confira o trailer de Black Box:

    E você, já assistiu ao filme? Deixe seus comentários e sua avaliação!

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    Genshin Impact: Dicas, truques e estratégias para novos jogadores

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    Pela primeira vez, um game free-to-play gatcha cativou o mundo. Genshin Impact ganhou o coração de muitos com incríveis cenários, combate divertido e personagens adoráveis. 

    Sendo assim, jgadores estão livres para explorar o expansivo mundo de Teyvat, enquanto constroem a equipe como quiserem.

    Apesar de Genshin Impact possuir um sistema gatcha, a decisão da miHoYo de não prender os personagens, fez o game ter elementos que o tornou muito mais viciante.

    Os jogadores criarão seus times com quatro personagens e ao desbloqueá-los, você precisará melhorá-los como achar melhor. Eles lutarão com criaturas em dungeons e quando chegar a hora, salvarão seu gêmeo do deus do mal que o capturou.

    Entretanto, por Genshin Impact ser tão vasto, ele pode surpreender os jogadores. Para ajudá-los, aqui estão algumas dicas e estratégias para fazer sucesso em Teyvat.

    NÃO GASTE DINHEIRO REAL

    Apesar disso ser fácil de esquecer, Genshin Impact é um game gatcha. Esse gênero faz sucesso ao fazer jogadores gastarem seu dinheiro a fim de garantir que receberão itens e personagens mais raros.

    Entretanto, a miHoYo tornou mais fácil para os jogadores conseguir personagens e itens que eles querem ao tornar o dinheiro do game facilmente acessível. 

    Ao completar missões, dungeons e eventos diários, os jogadores poderão coletar Primogens suficiente para comprar Orações, assim como outros loots valiosos.

    FUNÇÕES PRINCIPAIS ESTÃO LIGADAS AOS NÍVEIS DE AVENTURA

    Melhorar seu ranking de aventura, abre as funções principais de Genshin Impact, assim como as recompensas da Guilda dos Aventureiros.

    Ter um ranking de aventura baixo pode também ser um obstáculo para os jogadores que querem ir até o Domínio Abissal ou aumentar seu nível do mundo. Então, novamente, trabalhe para aumentar seu Nível de Aventura fazendo missões, resolvendo puzzles, abrindo baús e até mesmo desbloqueando pontos de teletransporte.

    Apenas jogue o game, e seu Nível de Aventura eventualmente subirá.

    NÃO SE ESQUEÇA DE JOGAR COM OUTROS PERSONAGENS

    Em Genshin Impact, os jogadores poderão controlar qualquer membro de sua equipe. Primeiro, poderão controlar o protagonista Traveler, o que o faz ter certa familiaridade com ele e suas habilidades.

    Entretanto, o game tem sucesso ao permitir que os jogadores montem diferentes times, para causar a seus inimigos combos elementais devastadores.

    Apesar de levar um tempo para nos acostumarmos com a forma de jogar de cada personagem, isso é benéfico como um todo.

    AUMENTE O NÍVEL DE SEUS PERSONAGENS

    Os jogadores devem aumentar o nível de seus personagens igualmente a fim de evitar qualquer obstáculo desnecessário. Se não o fizerem, não apenas testemunharão confrontos mais difíceis como também não poderão acessar os Domínios Abissais, pois seu nível médio de equipe também deve ser levado em conta.

    Essas dungeons oferecem muitas recompensas valiosas para os jogadores e seus personagens. Seria uma pena se você fosse impedido de progredir só porque alguns personagens estão mais fracos do que outros.

    ENCONTRE TODAS AS ESTÁTUAS DOS SETE

    A Estátua dos Sete são estátuas altas facilmente visíveis por toda Teyvat. Os jogadores devem localizar todas as Estátuas dos Sete assim que possível, e quando ressoarem com elas, os jogadores desbloquearão o mapa e se tornarão pontos de teletransporte.

    Genshin Impact está disponível para PC, iOS/Android e PS4.

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    Super High: Andy Samberg e Craig Robinson serão super-heróis maconheiros

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    Quão alto pode voar um super-herói? Parece que descobriremos com o filme intitulado Super High que será estrelado por Andy Samberg e Craig Robinson. O filme acontecerá em um mundo onde fumar maconha dá super-habilidades.

    De acordo com o Deadline, Adam Mansbach vai escrever o filme da New Line.

    Como todo fã de The Office e Brooklyn 99 sabe, Samberg e Robinson têm uma química cômica muito boa e saber disso dá grandes esperanças para o filme junto a fanbase dos atores.

    Como uma divertida comédia doentia, claro; Esses são os dois caras que podem pegar uma premissa bastante simples e transformá-la em algo memorável.

    Como essa ideia não foi usada antes? Bem, de acordo com o Deadline, o enredo é muito semelhante a Dois Doidões em Harvard, o filme de 2001 que estrelou os rappers Method Man e Redman. O filme viu a dupla fumando algumas “ervas especiais” que os ajudaram a ser bem-sucedidos nos exames de admissão à faculdade e ir para Harvard.

    Não tenho certeza se concordo totalmente que os filmes são tão semelhantes. Se bem me lembro, o Method Man e Redman não receberam habilidades físicas aprimoradas por causa da erva.

    O filme liderado por Andy Samberg e Craig Robinson provavelmente mostrará os poderes mais tradicionais dos super-heróis.

    Até o momento ainda não temos outros integrantes do elenco confirmados nem uma data de lançamento.

    Será que Super High será como um filme que você gostaria ver? Deixe-nos saber sua opinião nos comentários abaixo! 

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    O Sangue de Zeus: Netflix libera primeiro trailer do anime de mitologia grega

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    A Powerhouse Animation, o estúdio de animação por trás da aclamada adaptação em anime da Netflix inspirada em Castlevania, estará de volta neste mês com uma nova série: O Sangue de Zeus, apresentando sua própria visão da mitologia grega clássica.

    A próxima série de animação, com lançamento previsto para 27 de Outubro, revelou seu trailer de estreia quando um jovem chamado Eivos descobre que é filho de Zeus.

    Com monstros ameaçando o Olimpo e o povo da Grécia Antiga para cumprir a vingança dos Titãs contra os deuses, Eivos terá que reivindicar seu destino divino para evitar que a terra mergulhe na escuridão.

    Assista ao trailer oficial:

    Fiel ao seu título, o trailer mostra muita ação sangrenta enquanto Eivos destrói os monstros que cresceram após consumir a carne dos Titãs caídos. Enquanto isso, a esposa de Zeus, Hera, parece estar por trás de um complô para trair seus companheiros olímpicos, trabalhando com os Titãs para se vingar de seu marido infiel de uma vez por todas.

    Anunciada no ano passado sob o título original de Gods & Heroes, a série animada é dirigida por Shawn Nigoghossian, com a primeira temporada prevista para durar oito episódios.

    Estrelado por Jason O’Mara, Mamie Gummer, Chris Diamantopoulos, Derek Phillips e Jessica Henwick, O Sangue de Zeus estreia em 27 de Outubro no catálogo da Netflix.

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    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    O episódio 8 de Lovecraft Country, intitulado Jig-A-Bobo, estreou no dia 4 de Outubro na HBO. Um dos capítulos com mais ação desde Whitey’s On The Moon, o episódio conduziu a trama a passos largos para o final da temporada.

    O texto a seguir terá spoilers. Leia por sua conta e risco.

    SINOPSE

    Diana (Jada Harris) se encontra na mira do capitão Lancaster (Mac Brandt). Quando um visitante do passado retorna para suas vidas, Atticus (Jonathan Majors) e Leti (Jurnee Smollett) tomam medidas drásticas para proteger seu futuro.

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    Episódio 7 – I Am

    Episódio 6 – Meet Me In Daegu

    Episódio 5 – Strange Case

    Episódio 4 – A History of Violence

    Episódio 3 – Holy Ghost

    Episódio 2 – Whitey’s on the Moon

    Episódio 1 – Sundown

    ANÁLISE

    O novo episódio de Lovecraft Country se passa uma semana após os acontecimentos do episódio 7, I Am. Logo no início do capítulo, temos o desfecho da saga de Emmett Till, o menino apelidado de Bobo pela família e amigos.

    Nas nossas outras análises de Lovecraft Country nós já havíamos comentado sobre a origem da história de Bobo e todas as vezes que o personagem havia participado da narrativa da série.

    Ao longo dos episódios, vimos Bobo brincar com os amigos na mansão Winthrop e também na casa da Hippolyta (Aunjanue Ellis). No episódio 7, soubemos que ele havia seguido caminho para sua fatídica viagem ao Mississipi e, bom, já sabíamos o que esperar em decorrência dessa situação.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    Começamos o episódio Jig-A-Bobo com o enterro do menino no dia mais quente do ano. Diana, que perdeu seu pai há pouco tempo e está com sua mãe desaparecida há uma semana, está encarando a situação da forma que pode. Ela não parece ser prioridade para ninguém, o que a deixa com uma raiva enorme acumulada dentro de si.

    Após desaparecer durante o velório, Diana segue para uma das ruas do Sul de Chicago que está deserta devido ao acontecimento com Bobo. Lá, ela encontra Lancaster, que a amaldiçoa com um feitiço após conversarem sobre o desaparecimento de Hippolyta.

    Parte do feitiço proferido por Lancaster é o seguinte:

    “Embora os mortais não tenham o poder de controlar o tempo… Fazei-o para que o domínio seja meu. As areias do tempo revelaram-me a forma perfeita. Transformai noites desenfreadas em dias com limites. Desde a era da semente semeada com peixe à chegada da colheita e à migração das aves, Mostrai-me, agora, o que devo prever. Transformai noites desenfreadas em dias com limites. Revelai-me, agora, o que devo prever.”

    Ao longo do episódio, Diana passa a ser perseguida por duas criaturas sobrenaturais chamadas Topsy e Bobsy em uma clara inspiração em A Hora do Pesadelo.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    Procurando por Diana, o grupo se divide: Ruby (Wunmi Mosaku) vai até a casa de Christina (Abbey Lee) na esperança de encontrar consolo nos braços de William (Jordan Patrick Smith) – apesar deles serem a mesma pessoa, há uma diferenciação imaginária na cabeça de Ruby sobre com quem ela se relaciona. Leti (Jurnee Smollett) segue para a casa Winthrop, e Tic (Jonathan Majors) vai ao encontro de Christina em um mausoléu.

    Começando pelo arco de Tic, ele pede ajuda para Christina conjurar um feitiço de proteção. Em troca, ele deu a ela a chave do observatório Winthrop (que ele, inocentemente, acredita estar estragado). Ela explica a ele como fazer o símbolo do sol da Ordem do Antigo Alvorecer e diz que, para o feitiço dar certo, é necessário haver energia, intenção e um corpo – para manter o equilíbrio.

    Tic também questiona Christina sobre o equinócio de outono. Ela diz a ele que será o momento em que ela conseguirá o que Titus não conseguiu: a imortalidade.

    Os equinócios são momentos em que o dia e a noite possuem a mesma duração, deixando a luz e a escuridão em perfeito alinhamento, se tornando um momento propício para grandes rituais.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    Tic vai para a casa Winthrop e encontra Ji-Ah (Jamie Chung) sentada à mesa junto com Leti, ambas esperando a sua chegada. Ji-Ah explica tudo sobre ser uma kimiho e ter acontecido algo diferente na relação dos dois. Tic a pressiona por respostas, mas ela também não sabe o que pode acontecer. Leti percebe que Ji-Ah ainda o ama e, por isso, viajou da Coreia até os Estados Unidos apenas para tentar ajudá-lo.

    A participação de Ji-Ah nesse episódio ficou completamente fora de tom e deslocada, o que me faz pensar que ela poderia ser melhor utilizada em outro momento. A reação de Tic com ela, no auge de seu desespero por ela ter vindo ajudá-lo, só nos comprova o quão volátil é sua personalidade e o quão perigoso ele pode se tornar em certas situações.

    Após o “Casos de Família” na sala da casa, Leti e Tic se desentendem, e ele acaba indo ao encontro de Montrose (Michael Kenneth Williams), para conversar sobre o livro que ele encontrou em sua viagem ao futuro. Leti segue para uma igreja, onde marcou um encontro com Christina.

    Paralelamente a esses acontecimentos, Christina e Ruby tem uma conversa sobre o assassinato de Emmett Till. A conversa ressoa na consciência de Christina que, em ocasião posterior, pede a dois homens que a assassinem da mesma forma que Bobo fora assassinado na vida real. A escolha narrativa de Misha Green em mostrar o acontecimento em uma pessoa branca – em vez de simular a situação em um adolescente negro – foi muito interessante e bem pensada.

    Christina encontra Leti na igreja e, após conversarem um pouco sobre banalidades religiosas, Leti oferta as fotos que tirou das páginas de Titus Braithwhite em troca de proteção para Tic. Christina se recusa e oferece a proteção para Leti, que acaba aceitando por causa de seu filho.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    A opção que Christina dá a Leti é, basicamente, uma confirmação de que Tic já possui a marca de Caim em suas costas, não necessitando dela novamente. É também uma forma dela conseguir as páginas sem precisar se reencontrar com Tic – e manter seu sobrinho a salvo no corpo de Leti.

    Depois desses desdobramentos, nós temos a parte da ação desenfreada do episódio. Diana confronta Lancaster e seus policiais, dizendo que não vai ajudá-los a conseguir o planetário. No outro lado da cidade, Tic explica a Montrose que pegou um livro do futuro escrito por seu filho, George Freeman, e que conta a história da família deles.

    O encontro de Montrose e Tic é bem interessante, pois é a primeira vez que pai e filho conversam verdadeiramente como uma família. Montrose se sente mais confortável para falar sobre seus traumas, suas escolhas de vida e seu relacionamento com Dora (Erica Tazel). Após toda a conversa, Montrose pede para ajudar Tic com o feitiço de proteção, e ele aceita.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    No apartamento de Montrose, Tic desenha o sol protetor com seu sangue no chão da sala. Nessa hora, Montrose lê uma parte do feitiço e fala algumas palavras erradas. Tic o corrige e descobre que seu pai é disléxico. Essa informação pode ser apenas uma informação aleatória, mas o fato do feitiço “não ter funcionado” – até onde eles sabem – poderia ter a ver com o fato de Montrose ter errado algumas palavras.

    Parte desse mesmo feitiço é proferida por Christina antes dela apanhar dos dois homens durante a simulação da morte de Emmett. Teoricamente, Christina é invulnerável – Tic tentou atirar nela no episódio Holy Ghost e não conseguiu – então ela não poderia apanhar daqueles dois homens a menos que tivesse conjurado um feitiço para que isso acontecesse.

    Tanto Montrose, quanto Christina, recitam o mesmo feitiço. Parte dele está aqui:

    “Na água da inundação, ele se libertará da morte. E, na batalha, desde a autoridade da lança… o seu poder, como um dia nascente, não deverá morrer. Circundai esse homem com um orbe favorável de proteção. Guardai este homem de todos os males. Os destruidores… visíveis e invisíveis.”

    De volta à casa Winthrop, Ruby conta a Leti que sabe tudo sobre magia e que está vivendo na casa de Christina. Antes que Leti possa realmente entrar em uma briga com sua irmã, os policiais de Lancaster cercam sua casa usando como desculpa que elas estariam abrigando um grupo terrorista.

    Com a casa protegida por magia, Lancaster não pôde entrar pela porta principal. Com isso, ele passa a fuzilar a casa junto com seus capangas. Leti percebe que o feitiço de Christina funcionou e ela está invulnerável, pois as balas passam a desviar dela.

    Tic, que estava voltando para a casa após a sessão (aparentemente) mal sucedida de seu feitiço, encontra a rua tomada por policiais. Um desses policiais acaba o atacando, o que resulta no momento mais legal do episódio: um enorme Shoggoth sai de baixo da terra e protege Tic. Ao que parece, o feitiço de Christina funcionou.

    O Shoggoth faz a sua destruição em massa, acabando com todos os policiais e dando tempo para Leti ajudar Tic a se esconder das balas. Após a batalha, Shoggoth e seu dono se tornam amigos.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    Do outro lado da cidade, Diana está à espera de Topsy e Bobsy para finalmente enfrentá-las. Durante o confronto, infelizmente, Montrose aparece e paralisa Diana, a tornando alvo fácil dos monstros. Ela está amaldiçoada, e o desenrolar de sua situação será conhecido no próximo episódio.

    Jig-A-Bobo é talvez um dos episódios com mais cenas de ação desde Whitey’s On The Moon, o segundo episódio da série. Como tivemos vários acontecimentos simultâneos, em diversos arcos, é necessário um trabalho muito maior para entregar um final com coerência e mantendo o espectador interessado nos próximos acontecimentos.

    Misha Green não só roteirizou, como também dirigiu esse episódio e merece todos os créditos por sua obra. Todos os detalhes, o tom e o desenrolar da história são méritos da showrunner, que tem feito grandes mudanças em relação à obra original e acoplado suas próprias referências em meio à história.

    Todo o arco de Bobo foi conduzido de forma magistral e, mesmo para aqueles que não estavam prestando atenção aos detalhes, é impossível ignorá-lo nesse novo episódio. A construção foi extremamente bem feita, criando a narrativa aos poucos e usando o gancho desse pesadelo para desenrolar o tom de terror que assombra Diana ao longo do episódio.

    Misha Green merece todos os méritos pelo ótimo trabalho feito ao longo desses 8 episódios de Lovecraft Country. Que tenhamos a oportunidade de consumir outros trabalhos da diretora e roteirista nos próximos anos.

    Os efeitos especiais desse episódio são outro ponto a ser destacado. A cena de transformação entre Ruby e Christina foi extremamente bem feita. Foi a primeira vez que vimos Ruby se transformar em Dell, e a cena não poderia ser mais impressionante e bem conduzida. Os efeitos durante a chegada do Shoggoth também foram incríveis!

    REFERÊNCIAS

    Uma das referências mais claras nesse episódio é ao livro A Cabana do Pai Tomás. A publicação foi escrita por Harriet Beecher Stowe entre 1851 e 1852.

    O livro chegou a ser o segundo mais vendido nos Estados Unidos – ficando atrás apenas da Bíblia – e, futuramente, ganhou uma adaptação em formato de novela.

    A Cabana do Pai Tomás narra os sofrimentos de Tomás, personagem principal da obra, após ser vendido a um traficante de escravos. O romance é considerado um marco na literatura por ser um texto contra a escravidão, impulsionando movimentos antiescravagistas.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    Quando Diana está delirando por causa do feitiço que Lancaster lançou nela, ela olha para o livro e vê Topsy – em uma releitura monstruosa – na capa da publicação.

    Topsy é uma personagem do livro que possuía características indisciplinadas como consequência à brutalidade da escravidão. Devido a algumas adaptações da obra, na época de Jim Crow, durante muitos anos Topy foi considerada um “alívio cômico”.

    Entretanto, o entendimento sobre a personagem foi ressignificado com os avanços e debates sobre a obra, sendo hoje considerado um terrível estereótipo das jovens negras. Essa ideia estereotipada se encaixa também com o termo “pickaninny“, que é um conceito caricato das crianças negras.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    Logo quando Diana é enfeitiçada, ela olha a propaganda de um cereal colada na parede. Os olhos dele se mexem, acompanhando enquanto ela foge dos policiais. Esse homem era o rosto da marca de cereal Cream of Wheat e seu nome era Rastus.

    A propaganda, extremamente popular em 1921, trazia um homem branco com blackface e utilizava de uma linguagem “ignorante” para criar um estereótipo sobre o população negra.

    A mensagem que ele traz nas mãos na propaganda é a seguinte:

    “Talvez o Cream of Wheat não tenha vitaminas. Eu não sei o que essas coisas são. Se forem insetos, não têm creme de trigo, mas é bom de comer e barato. Custa cerca de 1 centavo para uma grande porção.”

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    No momento que vemos Diana enfrentando Lancaster e indo embora da hospedaria, um voiceover é utilizado como plano de fundo para a sua fuga. A voz que escutamos é de Naomi Wadler, uma jovem de 11 anos de idade em seu discurso no “March for our Lives“.

    O protesto surgiu em resposta ao massacre ocorrido na escola Marjory Stoneman Douglas em Fevereiro de 2018.

    A expressão “Jig-A-Bobo” é uma referência ao termo pejorativo “jigaboo“. A palavra está atrelada aos termos manso ou serviçal, o que casa com as expectativas dos donos de escravos. O jogo de palavras utilizado nesse episódio é bem inteligente, pois pode remeter também à história do personagem Bobo – que foi assassinado por Roy Bryant e J.W. Milam em 1955.

    Lovecraft Country: Episódio 8 – Jig-A-Bobo | Análise e referências

    Quando Christina comenta que Hiram perdeu o próprio braço tentando decifrar as páginas de Braithwhite, somos remetidos à lembrança daquele braço preso nas profundezas da casa Winthrop – antes dos nossos heróis abrirem o alçapão e encontrarem as páginas.

    VEREDITO

    Com um episódio repleto de ação e terror, Jig-A-Bobo é mais um grande acerto de Lovecraft Country nessa temporada. Mesmo não sendo o meu favorito, é um episódio de grande qualidade e atento aos detalhes, que cria uma impecável atmosfera lovecraftiana.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0



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    Genshin Impact: Limitações da conta do game no PS4

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    O jogo Genshin Impact, free-to-play que é febre do momento, tem conquistado muitos fãs desde a data do seu lançamento. Em muitos aspectos, uma réplica do Zelda Breath of the Wild, da Nintendo, os desenvolvedores não fizeram questão alguma de esconder as inspirações e semelhanças.

    No entanto, o trabalho de criação do game ficou muito mais em tornar a experiência dos jogadores não só muito bonita como também acessível à grande maioria das plataformas.

    Com características de crossplay, o jogador pode conectar através do seu PC, aparelho iOS ou Android, e até mesmo do PS4. Até agora, o game não foi anunciado para os consoles da Microsoft Xbox ou da Nintendo.

    Posso criar minha conta em um aparelho e seguir jogando em outro?

    Esta funcionalidade está liberada para jogadores de PC e mobile. Basta que suas contas nos aparelhos estejam conectadas para que seu progresso seja armazenado online e você possa seguir evoluindo em sua campanha usando o sistema que preferir.

    Ainda assim, o seu progresso no PS4 (ainda) não pode ser linkado ao obtido nas demais plataformas.

    Isso ocorre porque o sistema de login no console da Sony é diferente dos demais, não oferecendo a opção de logar em uma conta da miHoYo, mas sim em uma nativa da própria PSN.

    Não existem notícias sobre um possível intercâmbio de contas. Ainda assim, a possibilidade de crossplay, onde o jogador participe de eventos multiplayer junto de outros jogadores de PC, mobile ou PS4 é uma realidade e pode ser bastante aproveitada.

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