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    TBT #187 | Pequena Miss Sunshine (2006, Valerie Faris)

    Levante a mão todo mundo que se lembra de Pequena Miss Sunshine em alguma Sessão da Tarde ou em um domingo de férias! É simplesmente impossível que a maioria das pessoas não conheça esta grande obra da comédia dramática. Mas o mais incrível deste filme é que ele pode ser apreciado tanto como um longa divertido, ideal pra uma tarde chuvosa, quanto se debruçando sobre as sutis camadas que ele constrói.

    Além disso, o roteiro, obra de Michael Arndt, nome também responsável por Wall-E e Toy Story 3, recebeu prêmio de Melhor Roteiro Original no Oscar de 2007 e no BAFTA do mesmo ano. Estes eventos também premiaram Alan Arkin como Melhor Ator Coadjuvante.

    Nesse sentido, Pequena Miss Sunshine tem pontos que marcam muito, e são eles que vou tentar abordar na sequência, buscando não ser muito técnico ou me alongar muito. Desta forma, focaremos então no que, pra mim, mais se destaca nesta obra de 2006.

    SINOPSE

    O sonho da pequena Olive é participar do concurso de Pequena Miss Sunshine. Para isso, ela embarca em uma divertida e comovente viagem com o pai, o tio, o avô, o irmão e a mãe. A família precisa correr contra o tempo para que Olive chegue no horário e possa fazer a apresentação criada pelo seu avô.

    ANÁLISE

    Pequena Miss Sunshine

    Falo por mim quando digo que, muitas vezes, filmes que são rodados na Sessão da Tarde à exaustão não tem uma qualidade tão boa. Contudo, me repreendo em minha afirmação, já que esse rótulo não faz sentido algum. Se o filme é repetido, provavelmente é porque muitos o assistam.

    Pequena Miss Sunshine é excelente em muitos pontos, mas principalmente na sua capacidade de transmitir a sua essência de maneira quase imperceptível. A princípio, o que se destaca no filme é a característica disfuncional de uma família que parece não ter um pingo de afinidade. No entanto, as personalidades de cada um não são apresentadas, mas construídas, ao longo da trama.

    Personagens

    Poderia começar pela protagonista, mas vou me permitir deixá-la para o final; vocês vão entender o motivo. Curiosamente, após a primeira compra do roteiro pelo estúdio Focus Features, estes insistiram para que Arndt centrasse o filme no personagem do pai da família, Richard Hoover, interpretado por Greg Kinnear (Blackbird). Isto não foi levado à versão final, e isto provavelmente tenha sido essencial para o sucesso do longa, não por este ser um personagem desinteressante, mas porque permitiu ao resto do elenco brilhar.

    É nítido que no primeiro ato do filme, busca-se dar luz aos principais problemas de cada membro da família. Um pai coach de sucesso que não atingiu o sucesso, um avô ranzinza e drogado, um adolescente rebelde que odeia todo mundo e um tio que tentou suicídio devido a uma sequência de fracassos. Como tirar uma história bonita a partir desta catástrofe? Comecemos da superfície, e depois nos aprofundaremos.

    Fotografia e música: a arte de Pequena Miss Sunshine

    Mantendo nossa análise ainda no sensorial, facilmente conseguimos perceber os tons alegres e agradáveis com os quais a maioria do filme é pintado. Muitos tons de amarelo, laranja e verde nos ressaltam a simplicidade e alegria de uma criança que não se importa com “problemas de adulto”. O filme nos é transmitido pelos olhos de Olive (Abigail Breslin), a protagonista.

    Aos olhos de um adulto, tudo o que se dá na primeira hora de filme seriam tragédias atrás de tragédias. Primeiramente, uma família em total dissonância, depois a kombi com problemas no motor, pra falar apenas do início. No entanto, apesar de todos os revezes, aos olhos da pequena Olive, é tudo uma grande aventura que culminará na sua apresentação no concurso da Pequena Miss Sunshine.

    E assim, todo o filme nos conduz por uma paleta divertida, com uma kombi amarela quase como protagonista. Do mesmo modo, as melodias das serenatas francesas conduzindo com leveza toda a cena que deveria ter maior densidade, encerram o contraste entre drama e comédia.

    A filosofia intrínseca

    Pequena Miss Sunshine

    Não por acaso, dois pensadores e escritores são mencionados e lembrados no decorrer do filme. Friedrich Nietzsche como um ideal para o personagem de Paul Dano, o jovem Dwayne Hoover; por outro lado, Marcel Proust, o cerne do estudo do tio Frank, interpretado brilhantemente por Steve Carell.

    A princípio, ao nos depararmos com a grande tela de Nietzsche no quarto de Dwayne, somado ao comportamento hostil e introvertido do adolescente, somos levados a entender que o mesmo tomará uma abordagem cética e cartesiana. Em contrapartida, da parte de Frank, com Proust, poderíamos suspeitar que o ponto seja o bucolismo do francês, haja vista a tentativa de suicídio.

    Mas ao fim do filme, percebemos que não é nem uma, nem outra, a abordagem que se destaca, mas sim, a composição de ambas. Não é o niilismo que impera, mas a exploração da literatura como forma de libertação, acesso ao desconhecido e redenção. Neste caso, a literatura é o próprio romance escrito por Arndt, que enaltece a poesia das limitações humanas, mas que culmina na grande reflexão do filme, trazida ironicamente pelo sobrevivente de uma tentativa de suicídio, o tio Frank.

    Proust chegou no final de sua vida, olhou pra trás e percebeu que todos aqueles anos em que ele sofreu… aqueles foram os melhores anos de sua vida, porque o fizeram ser quem ele era. Todos os anos em que ele foi feliz? Sabe, total perda de tempo. Ele não aprendeu nada.

    VEREDITO

    Apesar de, sim, ser um pouco cética e não muito alegre a reflexão trazida, a verdadeira reflexão vem na sequência. Dwayne entende que o significado de tudo aquilo é que todos os percalços que acompanharam a família até lá, fizeram com que todos se unissem e ressignificassem alguns valores que traziam em seus laços.

    Pequena Miss Sunshine é uma aula de filosofia, fotografia, arte… e além de tudo isso, é simples, é engraçado e sutil. Como pelos olhos de uma criança. E é por isto que este longa foi trazido neste TBT. Para ser enaltecido por tudo o que faz, de maneira simples, mas marcante, como se construído sob os cuidados de uma criança.

    Você pode assistir Pequena Miss Sunshine através do Star+.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado de Pequena Miss Sunshine:

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    CRÍTICA – Stray (2022, BlueTwelve Studio)

    Stray é o primeiro game do estúdio francês BlueTwelve Studio. O game foi publicado pela Annapurna Interactive e lançado no dia 19 de Julho de 2022 para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC.

    Ambientado em um mundo distópico, com um robô como nosso fiel parceiro, o gatinho de rua laranja precisa perseverar para chegar até a superfície de um mundo futurista destruído.

    SINOPSE

    No game, o jogador é colocado na pele de um gato, que vaga por um mundo cyberpunk em busca de sua família perdida. Assim sendo, é possível miar, arranhar, pular, derrubar tudo que está ao alcance, tirar sonecas e mais, tal qual a vida intensa de muitos felinos.

    ANÁLISE

    Stray

    Stray foi feito com um claro intuito: contar uma história comovente e fazer “pessoas que amam cachorro” passarem a amar também os gatos. Ambientado em um mundo futurista com elementos cyberpunk, o game curto nos apresenta a história de um simpático gato, que após cair nas profundezas de uma cidade completamente isolada do mundo exterior, precisa encontrar sua saída ao lado do fiel companheiro, o desmemoriado robozinho B/12.

    A história de Stray é tão divertida quanto emocionante e tão bela, quanto cuidadosa. Em um mundo quase que inteiramente repleto de perigos, um gatinho laranja pode ser a última esperança de deixar o enclausuramento de uma sociedade aparentemente esquecida.

    Com elementos de exploração horizontal e ocasionalmente vertical, Stray nos coloca no controle de uma das menores criaturas presentes no mundo, mas aparentemente, a única capaz de mudá-lo.

    A atenção da BlueTwelve aos detalhes, e a forma única de entendermos como os gatos veem o mundo, é o que torna a gameplay de Stray única. Com incentivos para nos fazer “agir” como um verdadeiro gato, o game nos permite arranhar elementos em todos os níveis e seus 12 capítulos, miar, dormir, derrubar itens, entrar em caixas, e o melhor de tudo é a exploração.

    GAMEPLAY E EXPLORAÇÃO

    Um dos elementos mais polidos do game, é a nossa interação com aquele mundo. Seja nos movimentos, ou na nossa forma de explorar, escalar e interagir com aquele mundo, a beleza de Stray vem do fato de seu mundo ser vivo, mas com as devidas limitações.

    Os personagens presentes em cada um dos níveis tem uma função, seja nos apresentar a história daquele mundo, ou nos auxiliar em nossa empreitada para ir além dos muros que cercam e são objetivo da nossa missão, sua presença é sentida em cada uma das fases.

    Com rotinas e ciclos desencadeados por nossas ações, em suas quase 6 horas de gameplay, Stray sabe onde nos arrebatar em cada uma de suas curvas narrativas. Com arcos e camadas de história que tem início com nossa interação, aquele mundo e seus personagens que parecem não ser nada otimistas – muito pelo contrário -, parecem ser arrebatado com a chegada do estranho e curioso extra-muro. Se você pensa que solidão é um importante aspecto dessa jornada, pense de novo.

    Stray

    Ao longo dos 12 capítulos de gameplay, ficamos sozinhos em pouquíssimos momentos. Seja com B/12 atuando como nosso intérprete, ou cercado por robôs, nosso adorável gatinho precisa impedir que os Zurks – uma força misteriosa que se multiplica e consome não apenas matéria orgânica, como também metal – atrapalhem sua empreitada de libertar os há muito tempo presos dentro das imperdoáveis muralhas.

    Sem saber muito bem sobre os perigos daquele mundo, desde seu primeiro episódio, enquanto controlamos o gatinho temos que fugir da ameaça que se estende para além dos primeiros capítulos, e se mostram como um verdadeiro perigo à nossa missão.

    A exploração de Stray tem um importante papel na história não apenas do game, mas também para nos fazer entender como os gatos são animais curiosos e exploradores por natureza – então faz sentido colocá-los como os protagonistas de uma trama que tem como início uma clássica exploração felina.

    Ainda que o fio narrativo da trama engendre nosso adorável protagonista em um enredo que envolve personagens que querem fugir daquele mundo, uma fábrica criada por robôs, e até mesmo robôs policiais, Stray arranha a superfície de uma narrativa cunhada no passado por Platão e seu Mito da Caverna.

    VEREDITO

    Stray

    Stray é divertido desde seus primeiros momentos. Os encantos de sua história e seu visual vão muito além do fato do game ser sobre um gatinho que quer voltar para casa. A narrativa que tem como plano de fundo um mundo cyberpunk se mostra muitíssimo feliz em suas escolhas narrativas e os caminhos no qual a história opta por tomar.

    Ao longo das quase 6 horas de gameplay, o game me causou um misto de sentimentos, e se tem algo que eu posso afirmar, é que nenhum destes sentimentos foi negativo.

    Com uma história grandiosa que pode ganhar uma continuação no futuro, Stray nos mostra que games indie merece o espaço que tem ganho com o passar dos anos – e na minha humilde opinião, o game estrelará como um dos grandes favoritos ao The Game Awards desse ano, ofuscando até mesmo grandes AAA.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    Mulher-Hulk: Defensora de Heróis | Conheça os personagens da série

    Mulher-Hulk: Defensora de Heróis chega dia 17 de agosto exclusivamente no Disney+. A nova série da Marvel Studios para a plataforma é estrelada por Tatiana Maslany como a Mulher-Hulk/Jennifer Walters, uma advogada que também é uma superpoderosa Hulk verde de 2 metros de altura.

    Conheça mais sobre ela e também sobre os outros personagens da produção:

    JENNIFER WALTERS (TATIANA MASLANY)

    Jennifer Walters é uma advogada, com um senso de humor único e que têm uma vida um tanto quanto complicada. No seu meio jurídico, ela é responsável por cuidar de uma divisão especializada em casos sobre-humanos. Fora dele, ela também é prima de Bruce Banner (Mark Rufallo), o Hulk. Com a ajuda de seu parente, Jennifer consegue se transformar na versão feminina do eterno vingador, a Mulher-Hulk.

    BRUCE BANNER (MARK RUFFALO)

    Um dos primeiros Vingadores da Marvel, Bruce Banner é um cientista que se transformou em um gigante verde assustador após uma experiência malsucedida. Conhecido como Hulk, esse gigante se tornou um dos grandes heróis do MCU, combatendo vilões em diversos filmes da franquia. Em Mulher-Hulk: Defensora de Heróis, Bruce retorna como primo de Jennifer Walters.

    WONG (BENEDICT WONG)

    Wong é outro personagem das produções Marvel Studios que aparece em Mulher-Hulk: Defensora de Heróis. Principal parceiro de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch), o Doutor Estranho, Wong é um mago poderoso que tem como objetivo proteger o sagrado Kamar-Taj e combater o universo de ameaças malignas.

    EMIL BLONSKY (TIM ROTH)

    O filme O Incrível Hulk (2008) apresentou ao público Emil Blonsky, o Abominável. O personagem que era um condecorado soldado de guerra, se tornou uma criatura tão poderosa quando Hulk no primeiro filme e retorna em “Mulher-Hulk: Defensora de Heróis” como um grande adversário do poderoso vingador.

    MARY MACPHERRAN (JAMEELA JAMIL)

    Famosa personagem das HQ’s da Marvel, Mary Macpherran é a grande vilã Titânia. Interpretada por Jameela Jamil (The Good Place), a poderosa vai rivalizar com Jennifer Walters na nova série da Marvel Studios.

    Assista ao trailer:

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    Santa Evita: Conheça a história real de Eva Perón

    No dia 26 de julho é marcada como o aniversário de morte de Eva Perón, atriz e líder política argentina. Não à toa, no mesmo dia, o Star+ estreia com exclusividade a série Santa Evita.

    Baseada no best-seller homônimo do escritor argentino Tomás Eloy Martínez, a produção narra a misteriosa história por trás do corpo embalsamado de Eva Perón, que aguardou por três anos a construção de um monumento para seu sepultamento, o que nunca aconteceu. Em 1955, as forças militares da Argentina derrubaram o então presidente Juan Domingo Perón e esconderam o corpo de Evita durante 16 anos, com o intuito de evitar que ele se tornasse uma arma contra o regime.

    Mas quem foi Eva Perón? Confira um pouco mais sobre a história dessa mulher emblemática.

    Eva Perón

    Evita, como é conhecida, nasceu em 7 de maio de 1919 e foi fruto de uma relação extraconjugal de seu pai. Por serem considerados parentes ilegítimos, ela e seus irmãos cresceram em um ambiente muito pobre e isso a fez buscar oportunidades através da educação, especialmente, no teatro. Aos 15 anos, se mudou para Buenos Aires para seguir a carreira de atriz.

    Eva Perón participou de filmes de baixo orçamento e até chegou a fazer uma turnê com uma companhia de teatro, mas só alcançou estabilidade financeira ao se tornar narradora de radionovelas, o que a rendeu popularidade na capital Argentina.

    Romance com Juan Perón

    Aos 25 anos, em um evento beneficente em prol das vítimas de um terremoto que atingiu o país em 1944, Eva conheceu Juan Perón, na época secretário do Trabalho da Argentina. A partir desse encontro, eles iniciaram um romance e logo, ela passou a participar de sindicatos.

    No ano seguinte, em 1945, já como vice-presidente argentino, Juan foi preso devido à uma conspiração e Eva uniu sindicalistas e trabalhadores para uma grande mobilização. Os protestos deram certo e, no dia seguinte da soltura de Perón, os dois se casaram.

    A popularidade do casal era tanta que Juan se tornou presidente eleito com 52% dos votos e Eva se transformou em uma das mulheres mais importantes da história da Argentina. Ela ficou conhecida pelas lutas das minorias, por mobilizar e conseguir aprovação que desse direito de votos à homens e mulheres, e por ter uma grande relação com a população mais pobre.

    Morte e sequestro do corpo

    Em 26 de julho de 1952, aos 33 anos, Eva faleceu decorrente de um câncer no colo do útero. A notícia de sua morte causou comoção na nação sul-americana e seu velório se estendeu por quase 15 dias.

    O corpo de Evita foi embalsamado, mas um golpe de Estado fez com que ele fosse sequestrado, exilado e enterrado em um cemitério em Milão sem identificação, com o intuito de evitar que ele se tornasse uma arma contra o regime. Anos depois, na década de 1970, seu corpo foi entregue de volta à Juan, seu viúvo, que também estava exilado na Europa.

    Mais detalhes desse fato são apresentados na série Santa Evita, que estreia exclusivamente no Star+.

    Assista ao trailer:

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    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Rebelde (2ª temporada, 2022, Netflix)

    Não demorou nem um ano para a segunda temporada de Rebelde chegar à Netflix, confirmando o sucesso da série teen mexicana. A produção é uma criação de Santiago Limón, para a nova temporada voltam Azul Guaita, Giovanna Grigio, Franco Masini, Sergio Mayer Mori, Alejandro Puente, Jerónimo Cantillo, Lizeth Selene, Andrea Chaparro e Saak é o novo nome no elenco. A segunda temporada de Rebelde estreia dia 28 de julho. 

    SINOPSE

    Depois de chegarem à final da Batalha das Bandas e juntar provas contra os integrantes da Seita, os alunos da Elite Way embarcam em um novo ano cheio de novos dramas e ambições.

    ANÁLISE

    É impressionante como a continuação de Rebelde se tornou uma sensação entre as séries teen da Netflix levando apenas sete meses para uma nova temporada surgir no streaming. O que de certa forma evidencia que a comunidade RBD está mais viva do que nunca e também garante credibilidade à nova geração de rebeldes. 

    Nos primeiros episódios já é possível ver que a maioria dos personagens ganhou mais profundidade e agora podem até mesmo amadurecer em frente as telas. Ainda que o clamor das séries adolescentes sejam o drama de forma forçada, é notável que Rebelde se esforça para trabalhar o gênero, o que contrasta muito bem com os personagens desajustados da trama. 

    A banda, formada por Jana Cohen (Azul Guaita), Esteban (Sergio Mayer Mori), M.J. (Andrea Chaparro), Dixon (Jeronimo Cantillo), Luka Colucci (Franco Masini) e Andi (Lizeth Selene), está passando por dificuldades que se agravam ainda mais com a saída de Luka e M.J. Do outro lado, novos personagens, como Okane (Saak), são ótimas adições à produção e podem render bons conflitos. 

    Rebelde também deixa seus personagens principais mais soltos e menos amarrados uns aos outros, cada qual parece explorar sua própria personalidade e descobrir quem se é de verdade é um dos temas da nova temporada. Até mesmo Sebastian (Alejandro Puente), abdicou do papel de vilão e surge de forma mais vulnerável na trama. As novas dinâmicas entre os personagens, como Esteban sendo filho de Marcelo Colucci e irmão de Luka, são pontos interessantes que devem ser explorados nos próximos episódios para provar que esses personagens podem se sustentar sozinhos.

    Chama atenção que ao menos nos primeiros episódios o ritmo da série tenha mudado, o que torna a produção até mesmo mais criativa. Com a utilização de recursos como as redes sociais, também existe uma atualização da cultura pop e Rebelde parece muito mais verossímil quando cita Harry Styles

    Por último, mesmo que as músicas sejam interessantes, o ritmo musical da série está um pouco perdido e isso até pode ser uma alegoria a trama da temporada, mas de fato soa estranho. Ainda assim, Rebelde mescla o tom de novela mexicana com o drama das séries teen americanas e o resultado é uma produção nostálgica e contemporânea.  

    VEREDITO

    Os primeiros episódios da segunda temporada de Rebelde entregam um início de trama mais interessante que a primeira. Resta saber se a série manterá o mesmo foco até o final. 

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Vidrados (3ª temporada, 2022, Netflix)

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    Vidrados (Blown Away) é um reality show de competição, onde dez artistas irão pôr à prova suas habilidades na arte de soprar vidros artesanalmente.

    Aqui, dez artesãos competem através de suas habilidades por um prêmio de 60 mil dólares e uma residência no Corning Museum of Glass, em Nova Iorque.

    O ex-Big Brother USA e YouTuber, Nick Uhas é o apresentador principal, enquanto a artista e professora na California State University, Katherine Gray é a jurada chefe.

    SINOPSE

    Dez mestres artesãos se preparam para uma competição de esculturas de vidro. O campeão receberá 60 mil dólares em prêmios.

    ANÁLISE

    Vidrados está de volta para a terceira temporada, com os competidores lutando pelo título de “O Maior dos Vidreiros”. Dez artistas do vidro chegam à maior loja dos EUA para testar os limites de sua criatividade. E em cada episódio, os sopradores de vidro terão que impressionar os avaliadores ou serão eliminados! E o prêmio poderá mudar suas carreiras para sempre.

    Os competidores desta temporada são formados por Brenna Baker, Claire KellyDaniel Joseph Friday, Grace Whiteside, John Moran, John Sharvin, Madeleine Hughes, Minhi Su England, Rob Stern e Trenton Quiocho.

    Com 10 episódio com média de 30min, a terceira temporada segue nos moldes de suas temporadas anteriores. Além da participação especial dos vencedores da 1ª e 2ª temporada: Deborah CzereskoElliot Walker, respectivamente.

    VEREDITO

    Com temas como o circo, os Sete Pecados Capitais, o espaço sideral e muito mais, a terceira temporada de Vidrados é como um grande forno de uma oficina de vidreiros, começa frio mas rapidamente esquenta a cada desafio. Mesmo que os desafios sejam diferentes das temporadas passadas e cada obra seja única, a sensação é de mais do mesmo. Felizmente a série mesmo que seja um reality de competição tem como ponto alto a camaradagem e senso de comunidade que é comum na profissão.

    E se você curte essa pegada de realities de competição e que aborde algum tipo de arte, o Tattoo Fail e Glow Up são boas opções disponíveis no catálogo da Netflix.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    LEIA TAMBÉM:

    CRÍTICA – Vidrados (2ª temporada, 2021, Netflix)

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