Início Site Página 198

    CRÍTICA – Better Call Saul (6ª temporada, 2022, Netflix)

    Better Call Saul chegou ao final de sua sexta temporada. Recheada de momentos incríveis, a produção criou uma trajetória para o personagem secundário de Breaking Bad, enriquecendo ainda mais esse universo.

    Confira abaixo a nossa crítica da temporada.

    SINOPSE

    Depois do ataque a Lalo, Nacho foge. Jimmy e Kim bolam um plano para sabotar Howard. Mike questiona as intenções de Gus.

    ANÁLISE

    Better Call Saul, sem sombra dúvidas, é mais um marco da televisão que Vince Gilligan e Peter Gould realizaram com o mesmo brilhantismo de Breaking Bad. Neste último ano acompanhamos o final da odisseia tragicômica de Saul Goodman (Bob Odenkirk) que, ao longo dessas seis temporadas, teve todo o seu passado e presente desenvolvidos de forma única e mostrando o quão esse personagem foi incrível em Breaking Bad, mas que em sua série teve seu brilho elevado.

    A maneira como o enredo se desenvolve irá mudar completamente seu ponto de vista sobre Saul Goodman, e o fato de que toda a temporada foi resolvida de maneira efetiva é algo que será difícil de encontrarmos novamente na televisão. No final temos a redenção dos atos do passado, e apresentação do presente de Goodman. Além disso, vale ressaltar que foi fantástico como Kim Wexler (Rhea Seehorn) foi ganhando destaque e se tornando uma personagem tão importante para vida de Jimmy McGill até se tornar Saul Goodman.

    A forma que ela foi evoluindo ao longo de toda série foi realmente incrível, se tornando a cara metade de Saul Goodman, mas que infelizmente acabam encontrando um destino agridoce diante de alguns acontecimentos. Acontecimentos esses que acabam tornando a vida de ambos em um poço de culpa e ressentimentos.

    Contudo, esse passado obscuro acaba retornando para reunir Kim Wexler e Saul Goodman de uma maneira que eles nunca iriam imaginar, mas esse local foi o berço de aprendizagem de ambos.

    Better Call Saul

    A temática do último episódio foi sobre arrependimento. Com isso, Jimmy McGill/Saul Goodman tem importantes diálogos com personagens que foram de suma importância em Better Call Saul e Breaking Bad. Goodman questiona sobre seus arrependimentos e o que fariam se fosse possível voltar atrás e fazer diferente.

    Diante desse tema, temos um excelente final para Saul, que ao longo de toda a série foi um homem que apenas ligou para o dinheiro e nunca se preocupou de passar por cima de pessoas que fossem ameaça para seu sucesso. Porém, aqui, ele tem sua redenção.

    Em suma, Better Call Saul é um marco na carreira de todos os envolvidos e que certamente vai deixar saudades desse mundo tão obscuro do narcotráfico criado por Vincent Gillar e Peter Gould.

    VEREDITO

    Por fim, Better Call Saul certamente vai entrar para história da televisão e encerra com chave de ouro toda a história de Breaking Bad de forma única e avassaladora.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    REVIEW – Microfone PM471 USB (2022, Maono)

    O microfone PM471 USB é um modelo prático e versátil para podcasters, gamers e streamers. O equipamento faz parte da linha de microfones plug & play da Maono e já vem com um tripé de mesa e pop filter instalados, sendo um modelo pronto para uso desde o momento que é retirado da caixa.

    A Maono é uma empresa que tem como foco o desenvolvimento de aparelhagem de áudios profissionais. Desde microfones até acessórios, a marca possui uma grande variedade de produtos para todos os estilos e bolsos.

    Transparência: essa não é uma avaliação paga. A Maono nos enviou o produto para avaliação e, portanto, essa análise é imparcial e sem qualquer vínculo comercial com a empresa.

    Confira nosso review do PM471 USB.

    CARACTERÍSTICAS

    O microfone Maono PM471 USB é equipado com um chip de nível profissional, que possui uma taxa de amostragem de até 192kHz/24bit. Ele vem com um tripé de metal de alta qualidade e pop filter, sendo ambos à prova d’água e à prova de umidade, tornando o material mais durável. O tripé com almofada de silicone antiderrapante pode ser ajustado de forma flexível para garantir a estabilidade do microfone.

    Esse modelo da Maono é um microfone condensador ultracompacto que pode ser utilizado para transmissão ao vivo, jogos, podcast, reuniões e outros formatos digitais. Alimentado por uma cápsula condensadora cardioide (unidirecional), o PM471 se propõe a oferecer qualidade de áudio cristalina e profissional a um preço mais acessível.

    ANÁLISE DO MICROFONE PM471 USB

    Recentemente analisamos aqui no site o PM422 da Maono, um microfone profissional que possui uma série de acessórios em seu kit. O modelo anterior da Maono já havia me surpreendido bastante, principalmente com a potência do áudio e como ele consegue um áudio limpo e encorpado.

    O PM471 é um modelo mais acessível, custando em média US$ 39,99. Em comparação, o PM422 custa quase o dobro do valor, sendo um modelo bem mais premium, por assim dizer. Entretanto, mesmo o PM471 USB se tratando de uma linha visualmente mais simples, a qualidade do áudio segue ótima, o que é um grande ponto positivo.

    O microfone PM471 vem integrado em um tripé de mesa já montado. Quando você abre a caixa, basicamente todos os itens estão prontos para uso, pois basta ligar o cabo USB no microfone e no computador e você estará preparado para gravar os seus áudios e fazer suas transmissões ao vivo. Não precisa gastar tempo com montagem, tampouco se preocupar com configurações do microfone.

    Por ser um modelo tão prático, é possível utilizá-lo tanto em casa, como também para coberturas de eventos. O tripé é pequeno, podendo ser segurado na mão dependendo da ocasião, tornando o aparelho uma opção versátil para diversas necessidades de gravação.

    Eu testei o microfone tanto em lives no YouTube, como em vídeos gravados. Em ambos os casos, o áudio fluiu muito bem e sem ruídos. Mesmo fazendo a gravação em um local com certo barulho externo (nada muito exagerado, mas ainda existente), o microfone foi capaz de isolar a minha voz de forma efetiva.

    Entretanto, por se tratar de um tripé com pouca altura, se você ficar muito longe do microfone é possível que você precise corrigir um pouco o áudio durante a edição. Caso você possua outro tripé em casa, um braço de microfone, ou uma estrutura um pouco mais alta de mesa que aproxime o microfone na hora da captação de áudio, você provavelmente não terá problemas com o volume.

    Durante a minha live, eu coloquei o PM471 em cima de uma estrutura mais alta, mantendo o microfone mais próximo ao meu rosto, o que trouxe um bom resultado de áudio. Uma regulagem no tripé seria um acréscimo interessante para os casos em que não há como manter o acessório próximo de você.

    Apesar de não possuir um botão de mutar nativo, o PM471 vem com botões de ganho de volume e também com uma entrada direta para o fone de ouvido, o que permite que você escute a sua gravação enquanto ela está acontecendo.

    Essa funcionalidade é ótima principalmente quando você está prestes a entrar em live e não tem certeza se o seu áudio está saindo corretamente no OBS ou no StreamYard. É uma das funcionalidades que eu acho extremamente úteis e já não consigo me ver sem.

    VEREDITO

    O PM471 da Maono é um modelo acessível e prático, ideal para quem quer iniciar um podcast, canal no YouTube e Twitch ou apenas participar de reuniões no Zoom e Meet. O microfone funciona com todos os softwares, é muito fácil de usar e não requer nenhum tipo de conhecimento técnico.

    Além de ser extremamente prático, possui ótima qualidade de áudio, sendo um custo-benefício justíssimo para quem quer melhorar suas produções sem gastar muito.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    Jenna Ortega: Conheça a atriz e seus melhores trabalhos

    Esta semana a Netflix liberou o primeiro trailer de Wandinha, série da macabra e icônica personagem da Família Addams; dessa vez interpretada por Jenna Ortega, uma jovem e promissora atriz que vem apresentando muita maturidade em seus trabalhos. Aos 19 anos, Jenna acumula 40 créditos de atuação no currículo e coleciona elogios da crítica.

    Confira agora como foi o início de sua carreira e alguns trabalhos dessa incrível atriz.

    História

    Filha de pais mistos mexicanos e porto-riquenhos, Jenna nasceu na Califórnia, EUA. A atriz deixa bem claro para seu público que está orgulhosa de sua herança e grata por ter a oportunidade de compartilhar sua cultura com o mundo.

    Jenna Ortega ficou conhecida devido ao seu papel como Harley, em Stuck in the Middle, uma série do Disney Channel.

    Início de carreira

    Jenna começou a atuar com apenas cinco anos de idade, embora, naquela época, sua mãe, Natalie Ortega, também achasse que era um interesse passageiro de criança. No entanto, quando seus pais viram que ela estava muito determinada em seguir em frente, eles fizeram contatos com agentes que a levaram a ter a chance de audições.

    Aos oito anos, com a ajuda de sua mãe e agentes, ela finalmente começou a receber testes e logo fez sua estreia como atriz em 2012 com uma participação especial em Rob, no episódio Baby Bug e também fez uma aparição em CSI: NY no episódio Unspoken.

    Em 2013, ela fez sua estreia no cinema no filme Homem de Ferro 3 como a filha do vice-presidente. Em seguida, Ortega estrelou o filme de terror Sobrenatural: Capítulo 2, o terceiro filme da franquia Sobrenatural, como Annie, um papel coadjuvante. Ambos os filmes tiveram sucesso de bilheteria.

    Em 2014, Jenna Ortega teve um papel recorrente na série Rake, interpretando Zoe Leon. No mesmo ano, ela foi escalada para interpretar a versão mais jovem de Jane na série Jane, A Virgem durante toda a exibição. Ainda em 2014, a atriz estrelou como Mary Ann no filme Os Batutinhas: Uma Nova Aventura.

    Pouco tempo depois, ela conseguiu o papel de Darcy na série Richie Rich (2015) da Netflix e, em 2016, foi escalada para um papel de protagonista como Harley Diaz na série de comédia do Disney Channel, A Irmã do Meio (2016-2018), sobre uma garota que é o meio de uma família de sete filhos. Seu trabalho no programa lhe rendeu três indicações ao Imagen Award (2016, 2018 e 2019), vencendo na categoria de Melhor Jovem Ator na Televisão em 2018.

    Quando A Irmã do Meio terminou após três temporadas de sucesso, Jenna passou a interpretar Dawn no filme Uma Grande Amizade (2018), que lhe rendeu uma indicação ao Southampton International Film Festival na categoria de Melhor Atriz em um Longa-Metragem.

    Ela também apareceu na segunda temporada de Você (2019), da Netflix como Ellie Alves e desempenhou um papel de protagonista no filme da Netflix A Babá: Rainha da Morte (2020). Jenna Ortega também emprestou sua voz ao dublar a personagem Brooklynn na série animada da Netflix, Jurassic World: Acampamento Jurássico (2020-2021).

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – Jurassic World: Acampamento Jurássico | Tudo sobre a série animada

    Em 2021 foram lançados dois longas com a participação de Jenna: Dia do Sim, da Netflix e A Vida Depois da HBO Max; interpretando Katie Torres e a protagonista Vada Cavell, respectivamente. Ela recebeu aclamação e elogios dos críticos.

    Neste ano, a atriz fez parte do elenco principal nos filmes Pânico e X: A Marca da Morte; por último e não menos importante, estrelará a série Wandinha que será lançada em algum momento de 2022.

    Curiosidade: Aos 18 anos, Jenna Ortega lançou um livro chamado It’s All Love: Reflections for Your Heart & Soul, uma compilação de citações motivacionais e histórias de sua vida.

    Os melhores trabalhos de Jenna Ortega

    CSI: NY (2012)

    Sinopse: A série é spin-off inspirado em CSI: Crime Scene Investigation, sobre um grupo de investigadores forenses que utilizam ciência de alta tecnologia para acompanhar as evidências e desvendar crimes em Nova Iorque. O discreto detetive Mac Taylor (Gary Sinise) é um dedicado investigador que acredita que tudo tem uma conexão e uma história. Ele e sua parceira, a detetive Stella Bonasera (Melina Kanakaredes), comandam a equipe de especialistas que soluciona os crimes ocorridos na cidade que nunca dorme.

    Homem de Ferro 3 (2013)

    Sinopse: Desde o ataque dos chitauri a Nova Iorque, Tony Stark (Robert Downey Jr.) vem enfrentando dificuldades para dormir e, quando consegue, tem terríveis pesadelos. Ele teme não conseguir proteger sua namorada Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) dos vários inimigos que passou a ter após vestir a armadura do Homem de Ferro. Um deles, o Mandarim (Ben Kingsley), decide atacá-lo com força total, destruindo sua mansão e colocando a vida de Pepper em risco. Para enfrentá-lo Stark precisará ressurgir do fundo do mar, para onde foi levado junto com os destroços da mansão, e superar seu maior medo: o de fracassar.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Mandarim: Conheça o vilão possuidor dos dez anéis

    Jane, a Virgem (2014 – 2019)

    Sinopse: Quando Jane (Gina Rodriguez) era mais nova, a avó dela a convenceu de duas coisas: telenovelas são a melhor forma de entretenimento, e mulheres devem proteger a virgindade a qualquer custo. Agora, aos 23 anos, a vida de Jane tornou-se tão dramática e complicada quanto as telenovelas que ela sempre amou, após uma série de surpreendentes eventos que fizeram com que ela fizesse, acidentalmente, uma inseminação artificial.

    Você (2018 – até o momento)

    Sinopse: A série conta a história de Guinevere Beck (Elizabeth Lail), uma aspirante a escritora, que vê sua vida mudar completamente ao entrar em uma livraria no East Village, onde conhece o charmoso gerente, Joe Goldberg (Penn Badgley). Assim que a conhece, Joe tem certeza de que ela é a garota dos seus sonhos, e fará de tudo para conquistá-la – usando a internet e as redes sociais para descobrir tudo sobre Beck. O que poderia ser visto como paixão se transforma em uma obsessão perigosa, uma vez que Joe não vai medir esforços para tirar de seu caminho tudo e todos que podem ameaçar seus objetivos. Joe manipula cada momento de seu relacionamento com Beck para que a mesma esteja sempre ao seu lado e se convence que os dois são almas gêmeas destinadas a ficar juntos. Ele fará de tudo para os dois ficarem juntos, incluindo assassinato.

    Jurassic World: Acampamento Jurássico (2020 – 2022)

    Sinopse: Em Jurassic World: Acampamento Jurássico, seis adolescentes são escolhidos para vivenciarem uma experiência única em um novo acampamento na Ilha Nublar. Mas, quando os dinossauros começam a destruir a ilha, os campistas ficam sem contato algum com o mundo exterior. Agora, para se manterem vivos, eles precisam se unir rapidamente.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Jurassic World: Acampamento Jurássico (4ª temporada, 2021, Netflix)

    Pânico (2022)

    Sinopse: A quinta parte da franquia clássica de terror iniciada nos anos 90, sendo uma sequência direta dos acontecimentos do filme de 2011, mostrará uma mulher voltando para sua cidade natal e tentando descobrir quem está cometendo os atuais crimes cruéis, vinte e cinco anos depois que uma série de assassinatos brutais chocou a pacata cidade de Woodsboro, na Califórnia. Agora um novo assassino veste a máscara do Ghostface e começa a mirar em um grupo de adolescentes, o que será capaz de ressuscitar segredos do passado mortal da cidade, além de reacender traumas nos sobreviventes, que, novamente, precisaram enfrentar essa ameaça obscura e violenta.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    Noites Sombrias #12 | Os 10 serial killers mais icônicos do cinema

    Noites Sombrias #75 | As final girls mais icônicas do cinema

    Terror no Estúdio 666 (2022)

    Sinopse: O filme de terror estrelado pelos músicos da banda Foo Fighters, traz o grupo às voltas com a gravação de seu décimo álbum, Medicine at Midnight (2021), quando decide usar um antigo casarão como estúdio. Mergulhados em uma energia sinistra, os artistas só passam a questionar uma série de eventos bizarros quando o líder da banda, Dave Grohl é aparentemente possuído por uma entidade sombria. Inspirado em uma história escrita pelo próprio Dave Grohl.

    X: A Marca da Morte (2022)

    Sinopse: O novo filme de terror slasher do diretor Ti West, acompanha um grupo de cineastas pornográficos em sua gravação de um novo longa. Em 1979, Maxine (Mia Goth), uma atriz pornô, Wayne (Martin Henderson), seu namorado e produtor e mais um grupo de atores e pessoas vão para o Texas em uma fazenda, propriedade de Howard (Stephen Ure) e Pearl, um casal idoso, para gravar o novo filme pornográfico The Farmer’s Daughters. Quando o grupo chega na propriedade, são recebidos pelo casal – que apresenta estranhas características. Howard é temperamental com o grupo, sempre falando sobre sua espingarda, enquanto Pearl começa a perseguir Maxine silenciosamente. Com as gravações iniciando sem o conhecimento do proprietário do local, Pearl começa a agir estranhamente e pessoas passam a desaparecer. Howard acaba descobrindo o real motivo do filme e o elenco passa a ter que começar a lutar por suas vidas. No entanto, o idoso casal tem mais a esconder do que apenas não querer que sua pequena fazenda seja um cenário de filme adulto.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – Noites Sombrias #77 | X: A Marca da Morte (2022, Ti West)

    Wandinha (em breve)

    Sinopse: Baseada na clássica série A Família Addams, Wandinha acompanha a infame personagem enquanto ela investiga uma série de assassinatos sobrenaturais pela cidade. A trama explora a adolescência de Wandinha estudando na Academia Nevermore, uma escola onde ela aprende a dominar suas habilidades paranormais. A personagem passará por um processo de amadurecimento com a ajuda de sua mãe, Mortícia (Catherine Zeta-Jones).

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Wandinha: Conheça a Família Addams da Netflix

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Homem-Aranha: 60 anos do Amigão da Vizinhança

    Em agosto, o personagem criado por Stan Lee e Steve Ditko completa 60 anos! E nada melhor que relembrar a trajetória de um dos heróis mais carismáticos da Marvel: o Homem-Aranha.

    Com a criação de muitas versões do herói, obviamente iremos falar do Peter Parker original; que chegou na editora em um período que as HQs precisavam de algo novo, que as renovasse, já que só mostravam heróis adultos e perfeitos, sem problemas pessoais.

    A ideia original de Lee e Ditko era um herói mais jovem e com problemas comuns, iguais aos dos leitores.

    Hoje, um dos produtos mais identificáveis da Marvel, o Homem-Aranha conquistou uma legião de fãs, tornou-se o herói mais querido da editora e influenciou muitas gerações; e continua influenciando!

    Basicamente esse artigo é uma carta de amor ao personagem que gosto desde de criança (hoje tenho 38 anos) e que meu sobrinho (de 3 anos) – que mal consegue fazer a posição dos dedos para lançar teias – também ama.

    A PRIMEIRA HQ

    Em 1962, o editor da Marvel Comics e escritor-chefe Stan Lee estava procurando uma nova ideia de super-herói. Ele decidiu criar o Homem-Aranha como um personagem com o qual os adolescentes pudessem se identificar, pois havia um recente aumento na demanda adolescente por quadrinhos; e com isso as editoras na época tentavam introduzir diversos “aprendizes de herói” na esperança conquistarem esse novo público.

    Lee foi supostamente inspirado pelo conceito do Homem-Aranha depois de observar uma aranha escalar uma parede. Stan Lee teve que convencer o editor Martin Goodman a apresentar o Homem-Aranha na última edição da série cancelada Amazing Adult Fantasy, que foi renomeada para Amazing Fantasy para essa edição.

    Stan Lee então se aproximou do lendário artista Jack Kirby para um design de personagem inicial. No entanto, Lee ficou insatisfeito com a tentativa de Kirby, pois o personagem acabou sendo muito heroico e o Homem-Aranha deveria ser um adolescente.

    Lee então se voltou para Steve Ditko, que desenvolveu o visual do personagem que se tornou icônico.

    Depois de Amazing Fantasy #15, o Homem-Aranha se tornou um dos primeiros personagens cujos problemas o fizeram ser mais real, pois as pessoas poderiam se relacionar mais com ele.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Conheça Peter Parker

    OS VILÕES

    Sexteto Sinistro: Conheça o grupo de vilões do Homem-Aranha

    O enorme número de vilões que o Amigão da Vizinhança já enfrentou – facilmente mais de mil personagens – abrange todo o Universo Marvel, mas o grupo de vilões que surgiram de suas páginas é tão extenso que pode ser comparado apenas ao grupo de vilões das HQs do Batman, herói da principal editora concorrente: a DC Comics.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Confira as 5 melhores histórias do Batman

    Com nomes memoráveis como Carnificina, Kraven, Morbius e Venom, a lista conta também com nomes menos famosos como El Muerto e Loxias Crown, consequentemente muitos deles se uniram formando também importantes grupos para a história do Homem-Aranha, como é o caso do Sexteto Sinistro.

    GRANDES ARCOS DO HOMEM-ARANHA

    Após 60 anos é fácil se perder nas muitas histórias do Cabeça de Teia. Poucos são os fãs que conseguiram acompanhar todas as sagas do herói e muito menos os que não se perderam.

    Logo, o objetivo aqui não é organizar cronologicamente, tampouco listar todas as sagas, mas mencionar algumas das mais importantes que pavimentaram o legado do Homem-Aranha até aqui.

    SAGA DOS CLONES

    As HQs Amazing Spider-Man #129 e #143 até 150 além de conter a estreia do anti-herói Justiceiro nos quadrinhos, contém também a famosa saga original do arco Saga dos Clones onde descobrimos que o vilão Chacal clonou tanto Peter Parker, quanto Gwen Stacy.

    Este arco é obrigatório para o entendimento da famosa Saga do Clone dos anos 90. A Mega Saga que durou anos é amada por muitos e odiada por outros, certamente divide opiniões até hoje.

    GUERRAS SECRETAS E O SIMBIONTE

    Embora não seja focado no Homem-Aranha, é aqui que o personagem tem o primeiro contato com o simbionte e seu uniforme se torna negro.

    Depois que o Beyonder transportou o Homem-Aranha junto com outros heróis e vilões para lutarem nas Guerras Secretas – uma batalha intergaláctica entre os maiores heróis e vilões do mundo -, o traje do Homem-Aranha foi seriamente danificado após alguns confrontos e ele precisava de um novo.

    Peter se deparou com uma estranha máquina que produzia uma substância negra que deslizou sobre ele e cobriu todo o seu corpo. Este novo traje preto e branco, substituiu seu traje antigo. Uma vez que os heróis venceram a batalha, todos foram transportados de volta para a Terra e Peter continuou vestindo o traje porque aumentava sua força, velocidade e agilidade. Mas, começou a sentir estranhos sinais de fadiga e ficou ainda mais preocupado quando descobriu que o traje produzia teias orgânicas.

    Reed Richards, que lhe disse que na verdade o uniforme era um simbionte alienígena vivo, que só pode sobreviver ligando-se a um hospedeiro e drenando sua força vital e usou um emissor sônico para separar Peter do traje. Admiranda com o design do traje preto, a então namorada do Homem-Aranha e parceira de combate ao crime, a Gata Negra, fez uma versão de pano do traje preto que ele começaria a usar por um tempo.

    O simbionte voltou para Peter Parker e tentou se relacionar permanentemente com ele, mas Peter usou os sons de um sino de igreja para aparentemente destruir o traje. Ele sobreviveu e encontrou um hospedeiro em Eddie Brock para se tornar um dos inimigos mais mortais e recorrentes do Homem-Aranha, o Venom.

    A ÚLTIMA CAÇADA DE KRAVEN

    Um dos maiores clássicos da Marvel e história imperdível do Homem-Aranha. Aqui, Kraven retorna para enfrentar de uma vez por todas sua presa mais odiada, o Homem-Aranha.

    A vida de Peter Parker não ficou mais fácil depois de seu casamento. Assim que voltou de sua lua de mel, ele foi atacado por Kraven, o Caçador, em um dos eventos mais traumatizantes na vida de Peter e Mary Jane. Kraven estava procurando recuperar a honra que sua família havia perdido e, para isso, ele deve provar sua superioridade sobre seu maior inimigo.

    Depois de emboscar o Amigão da Vizinhança, Kraven atirou em na cabeça de Peter com um rifle e o enterrou em seu terreno. Posteriormente, Kraven vestiu um traje preto do Homem-Aranha e se tornou um vigilante impiedoso. Ele até derrotou Rattus, um vilão que o Homem-Aranha não poderia derrotar sozinho.

    Depois de duas semanas, foi revelado que o Homem-Aranha não estava realmente morto e Kraven atirou nele com um tranquilizante. Peter finalmente chegou à propriedade de Kraven e espancou brutalmente o caçador; mas Kraven não se preocupou, pois provou sua superioridade sobre seu inimigo.

    O Cabeça de Teia possui diversas sagas icônicas, algumas que englobaram todo o universo Marvel; além das citadas anteriormente, temos também:

    • Crise de Identidade;
    • Carnificina Total;
    • Guerra Civil;
    • Um Dia a Mais;
    • A Ilha das Aranhas;
    • Homem-Aranha Superior;

    Entre outras.

    O ARANHAVERSO

    Definitivamente esta é a saga que mudou o mundo (ou os mundos) do Homem-Aranha para sempre. Um dos inimigos mais mortais que o Cabeça de Teia já enfrentou está de volta; mas ele não está sozinho. Os Herdeiros, a família de Morlun, estão avançando pelo multiverso e se alimentando da força vital de super-humanos com poderes aracnídeos – e eles não vão parar até consumirem cada ser-aranha que existe!

    Nenhum herói solitário tem chance de sobreviver; a única esperança dos aracnídeos – sejam eles Espetaculares, Ultimate, Superiores, 2099, 1602 ou até mesmo cartoons – é se unir!

    Enquanto se ajustava ao seu novo status quo, especialmente sua posição como CEO de sua própria empresa, Peter Parker soube da existência de Cindy Moon, uma segunda pessoa que foi mordida pela mesma aranha radioativa que concedeu a Peter seus poderes. O Homem-Aranha a localizou e a libertou de um bunker de propriedade do falecido Ezekiel Simms, onde Cindy passou mais de uma década em confinamento voluntário logo após obter seus poderes, a fim de evitar chamar a atenção.

    Não muito tempo depois de resgatar Cindy, que passou a adotar sua própria identidade super-heroica como Silk, o Homem-Aranha foi abordado por um contingente de pessoas-aranha de todo o Multiverso que se uniram para lutar contra Os Herdeiros, que começaram a caçá-los em outras realidades. Durante uma missão para reunir mais recrutas em 2099 d.C., o Exército-Aranha tropeçou em outro grupo de pessoas-aranha lideradas por Otto Octavius, ou melhor, uma versão dele do passado recente que havia sido arrancada do tempo.

    O Exército-Aranha combinado foi forçado a recuar para a Terra-3145 depois que sua zona segura na Terra-13 foi comprometida pelos Herdeiros, ou seja, Morlun, seu irmão Jennix e seu pai e líder dos Herdeiros, Solus. Com a ajuda da Mulher-Aranha, que já havia se infiltrado na base dos Herdeiros na Terra-001, o Exército-Aranha soube de uma profecia na qual os Herdeiros planejavam sacrificar três aranhas-chave: o Outro, a Noiva e o Scion. Esses indivíduos eram Kaine Parker, Cindy Moon e Benjy Parker, respectivamente.

    Com a ajuda de ainda mais recrutas de outras realidades e até mesmo um Herdeiro desertor chamado Karn, o Exército-Aranha, incluindo uma versão de Gwen Stacy com poderes de aranha conhecido como Spider-Gwen, lançou um ataque final na casa dos Herdeiros da Terra-001; o ritual foi interrompido e os Herdeiros foram exilados sem meios de voltar para casa no deserto radioativo que se tornou o mundo da Terra-3145.

    Sem mais problemas para enfrentar, o Homem-Aranha e o resto dos aracnídeos foram enviados de volta para casa.

    PUBLICAÇÕES RELACIONADAS:

    Conheça Miguel O’Hara, o Homem-Aranha 2099

    Conheça Miles Morales, o segundo Homem-Aranha

    UM HERÓI MULTIMÍDIA

    Em seus 60 anos o Amigão da Vizinhança já foi adaptado para várias mídias como livros, videogames, teatro, televisão e cinema.

    Nos games, o primeiro título foi lançado em 1982 para Atari 2600 e Odyssey 2 e hoje já conta com mais de 20 títulos próprios, incluindo Marvel’s Spider-Man (PlayStation 4) e dezenas de participações em outros jogos.

    Já no teatro, a primeira adaptação do personagem foi com Spider-Man Live! – A Stunt Spectacular, lançada em 2002, nos EUA. O show combina efeitos visuais de última geração, ilusões de ótica, acrobacias, malabarismo em trapézios, pirotecnia e multimídia.

    Na TV, a primeira aparição de Homem-Aranha para foi em sua série animada, Spider-Man que foi ao ar entre 1967 e 1970. Com diversas animações, o Amigão da Vizinhança estrelou as inesquecíveis:

    • Homem-Aranha e seus Incríveis Amigos (1981);
    • Homem-Aranha: A Série Animada (1994);
    • O Espetacular Homem-Aranha (2008);
    • Ultimate Homem-Aranha (2012);

    Entre outras.

    No cinema, os direitos de adaptação do Homem-Aranha pertencem à Sony Pictures Entertainment, divisão do conglomerado Sony encabeçada pelo estúdio Columbia Pictures, que as adquiriu da Metro-Goldwyn-Mayer no fim dos anos 90.

    Então o Amigão da Vizinhança foi adaptado para a tela grande em três filmes dirigidos por Sam Raimi e protagonizados por Tobey Maguire que formam a Primeira Trilogia do Homem-Aranha (2002, 2004 e 2007); com a ameaça dos direitos do personagem reverterem para a Marvel, que já tinha criado a divisão de cinema Marvel Studios para fazer as próprias adaptações, e Raimi não conseguido colocar um quarto filme em produção a tempo, em 2010 a Sony cancelou o projeto e anunciou um novo filme recontando as origens do herói; dirigido por Marc Webb e estrelando Andrew Garfield, surgiu o Reboot O Espetacular Homem-Aranha (2012 e 2014).

    Em 2015, a Sony decidiu firmar um acordo com a Marvel Studios para introduzir o Homem-Aranha no Universo Marvel Cinematográfico. Interpretado por Tom Holland, o herói teve sua primeira aparição em Capitão América: Guerra Civil (2016), além de ser um dos heróis em Vingadores: Guerra Infinita (2018) e Vingadores: Ultimato (2019).

    O Cabeça de Teia do UCM também ganhou uma trilogia de filmes próprios dirigida por Jon Watts (2017, 2019 e 2021).

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Homem-Aranha: Ranking de filmes do Teioso

    Obviamente, o personagem vai muito além do multimídia, sendo um dos maiores merchandising da Marvel, rendendo grandes lucros em vendas de vão desde roupas, acessórios, brinquedos e muitos outros produtos para todas as idades.

    LEIA TAMBÉM:

    OPINIÃO | Por que amamos tanto o Homem-Aranha?

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Akira Kurosawa: O impacto de Os Sete Samurais no cinema

    O cinema oriental é uma referência rica para diversos gêneros e dentre tantos cineastas da terra do sol nascente, Akira Kurosawa (março de 1910 – setembro de 1998) se destaca por ser uma influência para as gerações posteriores da sua cultura assim como influenciou todo um gênero que marcou época no cinema ocidental. O diretor que possui muitas características marcantes como o estilo em preto e branco – que posteriormente passou as cores -, tinha predileção por adaptar contos ocidentais como os do autor Fyodor Dostoevsky que inspirou o filme Hakuchi (1951) ou Shakespeare para o filme Ran (1985).

    Dentre as 35 obras do genial cineasta como Stray Dog (1949), Rashomon (1950), Ikiru (1952), Red Beard (1965), Dersu Uzala (1975), Dreams (1990) e tantos outros trabalhos, gostaria de destacar o primeiro filme sobre samurais desenvolvido no período pós guerra: Os Sete Samurais (1954) que renovou o gênero e estabeleceu uma nova forma de trabalhar a figura heroica do samurai.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – TBT #159 | Rashomon (1950, Akira Kurosawa)

    O longa metragem tem uma grande importância pela retomada do gênero chanbara que teve a sua origem em outro gênero chamado jidaigeki, filme de época caracterizado por qualquer período do início da história até o século XIX. As produções chanbara haviam sido censuradas durante a Segunda Guerra Mundial por ser consideradas um conteúdo mais depressivo, porém retorna na década de 50 com a produção de Akira Kurosawa que marcou uma nova era do gênero com a mistura da linguagem que combina um filme de época adaptado no século XVI com um conto envolvendo um sabre.

    SINOPSE DE OS SETE SAMURAIS

    Kambei Shimada (Takashi Shimura) é um velho samurai contratado para defender uma vila dos constantes ataques realizados por bandidos e reunindo outros seis guerreiros, os treina para se tornarem uma força a resistir a um próximo ataque eminente. O grupo de Kambei é formado por Katayama Gorobei (Yoshio Inaba), Shichiroji (Daisuke Kato), Heihachi Hayashida (Minoru Chaki,) Kyūzō (Seiji Miyaguchi) e Kikuchiyo (Toshiro Mifune) cujo ator ainda participou de diversas produções do cineasta ao longo de sua carreira.

    MUITO MAIS QUE SAMURAIS

    Apesar de ser uma sinopse aparentemente descompromissada com a profundidade, o filme possui camadas a respeito de contextos sociais, valores característicos da cultura japonesa neste período e se torna uma jornada de aprendizado tanto para os habitantes do vilarejo como para o grupo de samurais, que possuem suas próprias jornadas, anseios e expectativas individuais; como Kikuchiyo, o mais jovem do grupo, que tinha origens em comum com os habitantes do vilarejo.

    Estes subtextos tornam a narrativa de Os Sete Samurais muito mais rica no aspecto cinematográfico por ter a sua construção como um filme de época, mas ainda ter a intensidade de uma jornada heroica da figura histórica do samurai que possui um código de conduta característico e marcante.

    Com 3h27min, é interessante como Akira Kurosawa aproveita o contexto de época para explorar de forma ampla as artes marciais, como as cenas dos samurais ensinando os habitantes da aldeia a utilizarem armas como o arco e flecha; e utilizar a linguagem cinematográfica para que possamos ter a experiência da forma como se praticava tais artes neste recorte histórico, além do estilo em preto e branco que tornam as cenas mais glamorosas.

    Impossível não elogiar a genialidade do diretor como cineasta ao recriar momentos incríveis para o cinema como podem ser vistos em Os Sete Samurais.

    RECONHECIMENTO

    George Lucas (esquerda), Akira Kurosawa e Steven Spielberg (direita) na entrega do prêmio honorário da Academia.

    O sucesso do longa cruzou o oceano, rendendo em indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte em Preto e Branco e também Melhor Figurino; no BAFTA indicações para Melhor Filme Internacional e Melhor Ator Estrangeiro para Takashi Shimura e Toshiro Mifune que trabalhou com o diretor em diversas outras produções posteriormente e premiado merecidamente com o Leão de Prata no Festival de Veneza na categoria de Melhor Direção.

    O legado de Os Sete Samurais segue o fluxo oposto do trabalho de seu diretor, que gostava de adaptar obras ocidentais para a sua cultura, recebendo a sua própria versão hollywoodiana intitulada de Sete Homens e um Destino (1960) para o gênero western, que também marcou época, contou com nomes como Charles Bronson, Steve McQueen, James Coburn e foi dirigido por John Sturges e décadas mais tarde, em 2016, recebe uma nova adaptação agora pelas mãos de Antoine Fuqua com um elenco de nomes tão famosos quanto os interpretes da versão anterior: Denzel Washington, Chris Pratt, Vincent D’OnofrioPeter Sarsgaard, Lee Byung Hun, Ethan Hawke e Matt Boomer.

    Em 1990, Akira Kurosawa recebeu o prêmio honorário da Academia por realizações cinematográficas que inspiraram, encantaram, enriqueceram e divertiram o público mundial e influenciaram cineastas em todo o mundo.

    O prêmio foi entregue a Kurosawa no 62º Oscar por George Lucas e Steven Spielberg, ambos trabalharam com Kurosawa na última década e que foram, sem dúvida, fundamentais para que a Academia homenageasse o diretor japonês com seu prêmio.

    Mas não foi apenas na tela grande que Akira Kurusawa foi homenageado com uma adaptação ou referência, mas também nos jogos como Ghost of Tsushima que permite ao jogador utilizar uma configuração gráfica denominada de “Modo Akira Kurosawa” utilizando a estética preto e branco marcante do diretor ao longo de suas cinco décadas de trabalhos que marcaram a história do cinema.

    PUBLICAÇÃO RELACIONDA | CRÍTICA – Ghost of Tsushima (2020, Sucker Punch)

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Marte Um (2022, Gabriel Martins)

    Marte Um é um filme de ficção dramático que conta a história de uma família da periferia de Contagem, Minas Gerais. O longa que fala sobre a importância de sonhar e nunca desistir foi exibido pela primeira vez em janeiro, no Festival Sundance, onde foi aplaudido de pé pelos espectadores.

    Ainda que muitos críticos especializados tentem categorizar o longa como “estética de quintal”, ou uma espécie de “cinema proletário”, a produção foge de qualquer caixa que os críticos mais tradicionais o tente encaixar e brilha ao exprimir pequenas angústias diárias e temores que uma grande parte da sociedade vive e ajudam a compor o incômodo que se instala em grande parte dos habitantes das regiões periféricas.

    O longa independente foi produzido pela Filmes de Plástico, de Contagem, e ganhou 4 prêmios no 50º Festival de Gramado. Ainda que faça diversas críticas ao atual sistema capitalista que se sustenta em um tardio resultado da escravidão, Marte Um é um filme sobre esperança e sonhos.

    SINOPSE

    Uma família negra da periferia de Contagem, Minas Gerais, busca seguir seus sonhos em um país que acaba de eleger como presidente um homem de extrema-direita, que representa o contrário de tudo que eles são.

    ANÁLISE

    Marte Um

    Marte Um pegou esse que vos escreve de surpresa, com a guarda baixa, por assim dizer. Enquanto esperava um filme otimista, e leve, fui arrebatado com o peso de uma trama identificável para qualquer habitante de uma região periférica brasileira. Ainda que aborde temas diretamente ligados às mais diferentes vivências, o filme faz uma crítica contundente enquanto prioriza em sua trama a força dos personagens que precisaram se encaixar em um mundo que o tempo todo parecem não pertencer.

    As angústias alimentadas pelo roteiro do filme, nos fazem viajar pelos diversos núcleos da trama, enquanto o personagem mais jovem daquela família, parece ser ambientado à apenas seu núcleo familiar, ou seja, enquanto a mãe Tércia (Rejane Faria), o pai Wellington (Carlos Francisco) e a irmã mais velha de Deivinho (Cícero Lucas), Eunice (Camilla Damião) tem funções à desempenhar para a manutenção daquele núcleo, Deivid só precisa jogar bola e “cumprir” o sonho de seu pai.

    Marte Um

    Enquanto entram em uma espiral de acontecimentos e crescimento que mudam completamente o panorama daquela família, Marte Um fala em seus momentos mais profundos sobre abnegação, egoísmo, sofrimento e traumas. Em seus momentos mais leves, sopra vento por debaixo das asas de seus protagonistas e os lançam em cenas cotidianas com um ar de tirar o fôlego.

    O papel de Marte Um diante do atual cenário audiovisual brasileiro é jogar luz por sobre a falta de programas de incentivo, e não negar que existem tramas reais, dificuldades diárias e histórias a serem contadas. O que é ser humano e a condição de ser humano é um dos elementos que mais se destacam em longa-metragens, e o atual cenário cultural brasileiro ainda possui muitas histórias a contar, principalmente depois de tanto tempo sem espaço e sem voz.

    VEREDITO

    Marte Um

    Marte Um é um filme contundente e que vai te emocionar. Ambientado nos últimos meses de 2018, embarcamos em uma viagem a um Brasil prestes a se tornar o que é hoje, com a subida do neofacismo ao poder, o filme se espalha pelas camadas que deve se espalhar, e enquanto a fina linha separar os problemas da trama do mundo real se misturam, o filme cresce e não há nada que o faça se tornar diminuto e tímido como em seu início.

    Marte Um é o segundo filme dirigido por Gabriel Martins, tendo sido o primeiro No Coração do Mundo (2018), o diretor apresenta problemas cotidianos, relativos à vivência e à rotina de Contagem.

    Marte Um estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 25 de agosto e merece ser assistido no primeiro final de semana.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!