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    As Crônicas Vampirescas: Conheça os livros de Anne Rice

    Mesmo que na literatura gótica tenhamos outros autores que definiram as principais características dos Filhos das Trevas, temos em Bram Stoker a imagem de “pai dos vampiros” por seu centenário romance Drácula e Anne Rice que nos deixou em 11 de dezembro, aos 80 anos, é sem dúvidas a “mãe dos vampiros” para a cultura pop graças às suas muitas obras e principalmente As Crônicas Vampirescas (The Vampire Chronicles).

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    Por mais que a autora seja mundialmente conhecida por seus romances góticos desde sua estreia com a publicação de Entrevista com o Vampiro, em 1976, Rice atuou também na literatura erótica e na literatura cristã; criada desde criança por pais católicos praticantes, em meados de 2000, após retornar para a religião, a autora publicou os romances Cristo Senhor: Fora do Egito e Cristo Senhor: O Caminho para Caná, relatos ficcionalizados de certos incidentes na vida de Jesus.

    Mas durante toda sua carreira literária, os vampiros sempre foram “suas preciosidades”, e se você ainda não leu nenhum deles, veja abaixo a ordem de leitura de As Crônicas Vampirescas!

    Entrevista com o Vampiro (1976)

    As Crônicas Vampirescas: Conheça os livros de Anne Rice

    Uma história que começa com a ousadia de um jovem repórter ao entrevistar Louis de Pointe du Lac nascido em 1766 e transformado em vampiro pelo próprio Lestat figura apaixonante que terminará ao longo da série arrebatando multidões como cantor de rock.

    Quer dizer que ele sugou o seu sangue?”, perguntou o rapaz. Sim o vampiro sorriu.

    É assim que se faz.”; Louis, esse vampiro que se recusa a livrar-se das características humanas e aceitar a crueldade e a frieza que marcam os vampiros continua a contar a história desde o início:

    Escute mantenha os olhos abertos.”, murmurou Lestat com os lábios encostados em meu pescoço.

    Lembro-me que o movimento de seus lábios arrepiou todos os cabelos de meu corpo enviando uma corrente de sensações através de meu corpo que não me pareceu muito diferente do prazer da paixão.”.

    Entrevista com o Vampiro É um mundo de uma fantasia impressionante um mundo gótico romântico esse criado por Anne Rice e traduzido por Clarice Lispector. A obra que tornou-se um best-seller e iniciou As Crônicas Vampirescas foi adaptada para o cinema e estrelado por Tom Cruise, Brad Pitt, Antônio Banderas, Christian Slater e Kirsten Dunst.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA – TBT #88 | Entrevista com o Vampiro (1994, Neil Jordan)

    O Vampiro Lestat (1985)

    As Crônicas Vampirescas: Conheça os livros de Anne Rice

    Um clássico do horror moderno, O Vampiro Lestat é o aclamado segundo livro de As Crônicas Vampirescas, que recentemente foi eternizado em uma edição especial capa dura pela editora Rocco.

    No primeiro volume, o best-seller Entrevista com o Vampiro, Lestat é retratado como vilão pelo conturbado vampiro Louis. Neste romance, narrado em primeira pessoa, Lestat dá a sua versão dos fatos relatados na célebre entrevista e conta sua fascinante história, desde que era um simples mortal no interior da França pré-revolucionária.

    Para escapar da rotina da vida no campo, o jovem Lestat de Lioncourt, seduzido pela fulgurante Paris do século XVIII, abandona sua família e segue com uma trupe de atores para trabalhar no teatro. Em Paris, seu talento chama a atenção de Magnus, um vampiro secular que está decidido a dar fim à própria existência, e, para isso, transforma Lestat em vampiro, legando a ele sua fortuna e a missão de encontrar as origens de sua espécie.

    Em sua busca, Lestat desvela a fantástica mitologia vampiresca que remonta ao antigo Egito e, aos poucos, toma conhecimento de quem é quem na galeria de imortais que habitam os subterrâneos do mundo. Suas aventuras através dos tempos desembocam no século XX, quando o vampiro se torna um ídolo do rock, com uma verdadeira legião de fãs e clipes na MTV. Além de se integrar ao mundo dos vivos com sua música, Lestat pretende acordar vampiros ancestrais para tentar esclarecer os enigmas de sua misteriosa forma de existência.

    Com essa extravagância, no entanto, Lestat acaba quebrando o código de silêncio dos vampiros e provocando a ira de criaturas ainda mais poderosas do que ele. Assim, perseguido pelos imortais e pelos mortais que percebem sua natureza, Lestat percorre o mundo, experimentando os pesares, mas também todos os prazeres que a condição de vampiro pode lhe proporcionar.

    A Rainha dos Condenados (1988)

    Lestat, o roqueiro diabólico, o perversor apresentado em Entrevista com o Vampiro, lança sua autobiografia e um disco terrível. Pior, não contente, resolve ainda promover um show em que o tema principal é o proibido: a verdadeira origem dos vampiros e todo o peso da maldição que os acompanha.

    Em A Rainha dos Condenados, a escritora americana Anne Rice retoma os personagens que a tornaram famosa e faz o livro de maior suspense e densidade de As Crônicas Vampirescas. Aqui, há vampiros para todos os gostos. Jovens e delinquentes, como Baby Jenk, da Gangue das Garra, românticos como Armand e Daniel, estudiosos como Jesse, que investiga para a organização conhecida como Talamasca, a história desses seres estranhos, imortais misturados entre mortais, para quem sangue, sexo e morte são elementos indissolúveis do dia-a-dia.

    Reunidos em torno de Lestat, eles respondem ao chamado de sua música quase hipnótica e correm, ao longo da narrativa de Rice, um perigo difícil de evitar. É que o som de Lestat desperta Akasha, a mãe dos vampiros, a encarnação da força maléfica feminina, disposta a escolher os justos, entre os vampiros, através de um banho de sangue.

    O terceiro volume de As Crônicas Vampirescas também foi adaptado ao cinema, sendo lançado em 2002. O longa estrelado por Stuart Townsend e a finada modelo Aaliyah, infelizmente não teve uma boa recepção pelo público e crítica especializada.

    A História do Ladrão de Corpos (1992)

    As Crônicas Vampirescas: Conheça os livros de Anne Rice

    Cabelo louro caindo até os ombros, penetrantes olhos azuis, roupa extremamente elegante, um sorriso irresistível e um corpo bem-feito, com um metro e oitenta de altura que, a despeito dos seus duzentos anos de vida, parece o de um mortal de vinte anos.”

    Essa é a descrição do vampiro Lestat, feita por ele mesmo, mas e se agora ele puder mudar completamente?

    Um desconhecido que o persegue em vários lugares do mundo – Veneza, Hong Kong, Miami, Londres e Paris – propõe a troca de seu corpo com o do vampiro. É a oportunidade de Lestat sentir as sensações de um mortal. É a chance de Raglan James experimentar os poderes de um imortal.

    Esta é uma história contemporânea, passada no final dos anos 80, inclusive no Rio de Janeiro. Depois de alcançar o sucesso durante sua curta carreira de cantor de rock, Lestat se enfronha no candomblé e espiritismo, pelas mãos de David Talbot, um amigo mortal que recusa sua oferta de sangue negro. Torturado por seu amor, suas dúvidas e sua solidão secular, Lestat sonha ser humano outra vez. Ver o sol, beber e comer como qualquer outra pessoa.

    Mas uma coisa o perturba. E se o estranho não lhe devolver mais o corpo?

    Memnoch (1995)

    As Crônicas Vampirescas: Conheça os livros de Anne Rice

    O vampiro Lestat está de volta. Desta vez, num romance fantástico, ele enfrenta a maior das tentações: Memnoch, que afirma ser o diabo em pessoa. Memnoch coloca o imortal diante da oportunidade de voltar no tempo, conhecer a criação, visitar o purgatório e escolher entre o céu ou se tornar um príncipe no inferno.

    Nessa viagem de extremos, a autora propõe algumas situações inéditas em As Crônicas Vampirescas que podem incomodar aos mais impressionáveis, mas que certamente tornam a leitura mais instigante. Memnoch conta a sua história: era um arcanjo escolhido por Deus para acompanhar o começo da criação mas cai em desgraça, quando se recusa a aceitar a indiferença divina com os homens, relegados aos mais diversos sofrimentos.

    Lestat se encontra diante do argumento de que um Deus misericordioso não permitiria que suas criaturas vivessem em meio a tanta crueldade e injustiça. E que afinal, o diabo seria o único tentando salvar as almas através do purgatório.

    Segundo Anne Rice, numa carta aberta aos seus fãs na Internet, o livro mexeu muito com ela:

    Usei muitas blasfêmias, mas você tem que amar muito a Deus para ser um verdadeiro herege.”

    Pandora (1998)

    Os personagens de Anne Rice jogam estrategicamente com a sedução e esbanjam sagacidade, atravessando séculos de romantismo e mistério, numa luta dramática entre razão, prazer e paixão.

    O narrador deste romance é o vampiro David Talbot. A história começa no século XXI, tendo como cenário um lotado café parisiense. Lá a belíssima jovem Pandora – de pele de porcelana, olhos topázio e de inteligência incomum – é convidada por David e escrever sua história. Ela nos leva a viajar no tempo e relata, relutante a princípio e depois com incrível paixão, uma vida de mais de 2.000 anos.

    Pandora volta à pré-adolescência, quando era uma simples mortal, filha de um rico senador do Império Romano. Nesta época, no palácio de seu pai, ela conhece e se apaixona pelo ainda mortal e extremamente charmoso Marius, numa Roma atemorizada, dominada por César e cercada de conspiradores e assassinos interessados em tomar a cidade.

    Vinte anos depois, Pandora foge de Roma e passa a ter sonhos frequentes com sangue jorrando. Busca um padre para esclarecer seus pesadelos. Numa nova cidade, encontra com Marius, o já poderoso e carismático vampiro. Juntos passam a viver um grande e turbulento amor. Durante séculos, numa intensa batalha entre razão e paixão, os dois travam um declarado e doloroso duelo, até se separarem tragicamente.

    O Vampiro Armand (1998)

    O sedutor Armand, que despontou em Entrevista com o Vampiro, hoje um clássico do horror gótico, retorna para contar sua fascinante trajetória de vida em mais um episódio de As Crônicas Vampirescas. Tudo começa onde o romance Memnoch termina. Vampiros do mundo inteiro estão reunidos em torno de Lestat, prostrado no chão de uma catedral, não se sabe se morto ou em coma.

    Enquanto reflete sobre a condição de Lestat, Armand é convidado pelo jornalista David Talbot para contar a sua vida. A narrativa passa então abruptamente para o século XV, em Kiev Rus – uma cidade em ruínas dominada pelos mongóis onde Armand vive a sua infância – e depois para Constantinopla, onde ele é vendido como escravo por caçadores tártaros. Seu comprador é um Marius, um misterioso pintor veneziano (também vampiro). Ele é quem dará a Armand o dom da imortalidade.

    A autora descreve em detalhes o sensual relacionamento do ainda mortal Armand com o seu mentor e a conseqüente transformação do pupilo em vampiro. Quando esta finalmente ocorre, as cenas fortes de sexo são substituídas pelo questionamento de Armand, forçado a escolher entre a imortalidade adquirida e a salvação de sua alma.

    O romance descreve cenas de luxo e elegância no suntuoso palácio renascentista de Marius, em Veneza, passa para mirabolantes aventuras e cultos diabólicos na Paris do século XIX, até chegar à Nova Orleans de hoje. Os capítulos finais relembram o significado profundo dos vampiros de Anne Rice: uma metáfora para os mais intensos e ocultos desejos do ser humano.

    Vittorio, o Vampiro (1999)

    Os brutos também amam? Os vampiros, muito mais. E há pessoas que os amam tanto que são capazes de entregar a alma às torturas eternas. Como é o caso de Vittorio, um garoto de 16 anos que caiu nesse tipo de armadilha, e hoje, meio milênio depois, vive com sua amada na cripta das ruínas do seu castelo, em Florença, Itália. Sem jamais dispensar as saídas noturnas em busca de tenros pescoços para cravar os dentes e beber sangue.

    A perdição (ou, segundo outros vampiros, a salvação) de Vittorio foi sua própria beleza. No romance, o próprio personagem se descreve:

    Não tenho um rosto infantil, mas quase angelical. Minhas sobrancelhas são espessas, escuras, bem acima dos meus olhos para não lhes roubar o brilho. Minha testa seria um pouco alta, não fosse tão reta, e se não tivesse cabelos castanhos tão abundantes, formando uma ondulada moldura para a pintura.”

    A Florença do século XV, em pleno esplendor da sua arte, vivia o pior dos seus infernos. Um bando de vampiros fez um pacto com a cidade de Santa Magdallana, para que deixasse seus cidadãos saudáveis em paz, desde que lhes desse todos os seus velhos, doentes, aleijados e crianças para terem seu sangue sugado. O bando tentou fazer o mesmo pacto nos domínios do ultranobre e super-rico pai de Vittorio. Recusado, matou todas as pessoas do castelo, mas uma vampira de colossal beleza apaixonou-se por Vittorio e o deixou com vida. O garoto, exímio espadachim, acabou descobrindo o castelo onde os vampiros se escondiam e o invadiu, com fome de vingança. Matou um deles, os demais o capturaram, mas a bela vampira, chamada Ursula, tornou a salvá-lo.

    Anne Rice escreve de um ponto de vista muito católico nesta obra. Há anjos, santos, Imaculada Conceição e tudo. Quatro anjos o ajudam a invadir o castelo dos vampiros, de dia, sem usar de violência, apenas abrindo caminhos. Vittorio parte para sua doce vingança. Mas… Bem, contar a história agora seria uma crueldade, não acham? O fato é que Vittorio, neste final de milênio, está em seu arruinado castelo cercado de mato por todos os lados. A bela Ursula continua com ele, e só quer saber de sexo e sangue. Sangue não falta. É aí que aquela velha frase dos contos de fadas se torna verdadeira: “e viveram felizes para sempre…” Neste caso, dizem os vampiros, o sempre é literal.

    Merrick (2000)

    David Talbot e Louis de Pointe du Lac conversam no velho salão da casa de Lestat, em Nova Orleans. O atormentado e belo Louis pede ao colega que acione a bruxa Merrick para que ela o ajude a estabelecer contato com Cláudia, a vingativa criança-vampiro. É a partir dessa cena que Anne Rice retoma os famosos personagens da bem-sucedida série de As Crônicas Vampirescas para discutir a imortalidade e os mistérios da existência.

    Talbot foi líder da Talamasca, uma organização secular para estudos de fenômenos psíquicos e paranormais. Frente ao pedido de invocação do espírito de Cláudia, carbonizada pela exposição ao Sol, ele conta que conheceu Merrick quando a criança, de apenas dez anos, descendente dos bruxos Mayfair, ficou órfã e passou a ser responsabilidade da Talamasca. A pequena bruxa tornou-se uma belíssima mulher, sensual, instruída e poderosa.

    A convivência com Merrick fez surgir em David uma paixão avassaladora, porém impossível. Primeiro pela considerável diferença de idade – ele tinha setenta anos, ela, 24 – e, segundo, pela sua condição de vampiro. Logo após ter sua alma transferida para o corpo de um rapaz, por obra do Ladrão de Corpos, recebeu contra a sua vontade o sangue negro e passou a ser autor das histórias que envolvem seres como ele. Seu mestre e criador, o sedutor Lestat, vive agora relegado a uma espécie de coma, após o encontro com o demônio Memnoch. David, portanto, não pode contar com sua ajuda na luta contra o desejo de imputar à Merrick o fardo da imortalidade. Por ter vivido como humano até a velhice, a sexualidade tem em David um outro significação.

    A Louis, cabe a obsessão e o sentimento de culpa na sua busca por Cláudia, menina cuja condição de mortal foi interrompida por ele, e cujo espírito pode vagar nos incertos caminhos de um sofrimento impensável.

    Anne Rice traz para o leitor a tradição dos Mayfair, os mistérios do vodu, do candomblé e de uma civilização cujos tesouros e artefatos mágicos escondem-se numa caverna na selva da Guatemala. Merrick, Louis, David e Lestat empreendem uma nova jornada rumo à compreensão da vida e da morte, preocupação não só dos humanos, mas também das criaturas sobrenaturais. Ao mesmo tempo, amam-se intensamente, e esforçam-se na manutenção e no exercício desse amor.

    Sangue e Ouro (2001)

    A mestra do terror gótico moderno, Anne Rice, ao dar sequência em As Crônicas Vampirescas, conta a história de dois de seus fascinantes e enigmáticos personagens, Marius e Thorne, poderosos Filhos das Trevas. O primeiro deseja vingança contra um antigo inimigo, enquanto o segundo anseia pelo reencontro com sua criadora. Revelando o sombrio mundo dos seres imortais, Sangue e Ouro aborda os sofrimentos inerentes à vida eterna.

    Marius carrega consigo mórbidos segredos. Durante séculos fiel guardião de Akasha e Enkil, criadores de todos os vampiros, exerce papel decisivo nos fatos narrados pela autora no clássico A Rainha dos Condenados. Ele foi um dos poucos vampiros capazes de aplacar a fúria da Mãe, desperta pelas peripécias de Lestat, e, assim, salvar os Filhos das Trevas da extinção.

    Thorne, o vampiro viking, decidido a viver adormecido numa caverna nas terras geladas do Norte, é atormentado com visões da rebelião descrita justamente em A Rainha dos Condenados e da qual tomou parte Marius. Em seu sono, vê Maharet, a criatura que o transformou em bebedor de sangue, e a luta desta com Akasha, de quem ela usurpou o Cerne Sagrado, energia máxima dos imortais. Acompanha Lestat, que revelou com sua música segredos proibidos e seculares. Fato que provocou a ira da Rainha e atingiu os vampiros, dizimando os jovens e enfraquecendo os velhos. Thorne não compreende os acontecimentos. Acorda do seu estado letárgico e parte para a cidade, onde ouve o chamado de Marius.

    O ex-mestre de Lestat leva Thorne para casa e o auxilia na sua reintegração ao mundo moderno. Apaixonado por sua criadora, o viking contará com a ajuda do amigo para reencontrá-la. Marius conta toda a sua história: foi senador imperial em Roma, um filósofo criador de leis, e tornou-se Deus do Sangue ao ser raptado pelos druidas. Marius esclarece a Thorne os incidentes que movimentaram as sintonias vampirescas. Por ter sido protetor de Akasha e Enkil, oferece um ponto de vista privilegiado dos fatos que envolveram Lestat e das turbulências sobrenaturais dos diversos conflitos do mundo dos vampiros.

    Anne Rice evoca a grandiosa história do império romano, sua derrocada, a mística cidade de Constantinopla, a experiência de beleza com a Renascença, o amor de Marius por Botticelli, sua paixão por Pandora e muitos outros feitos que cabem nos mais de dois mil anos de existência do personagem-narrador. Roma, Florença, Veneza, Dresden e Londres são cenários para a fantástica história, tendo como ponto culminante o confronto final com Akasha.

    O leitor é depois levado ao ápice: os tempos atuais, onde Marius, numa floresta fechada, busca um sentido de justiça por intermédio dos mais antigos vampiros do mundo.

    A Fazenda Blackwood (2002)

    Em A fazenda Blackwood, Anne Rice, a grande dama do gótico moderno, brinda seus leitores com mais um eletrizante capítulo de As Crônicas Vampirescas.

    Tarquinn Blackwood, um jovem sedutor e excêntrico, é o único herdeiro da imensa propriedade às margens do Pântano de Sugar Devil que leva o nome de sua família. Com suas imensas colunas de mármore, salas de estar ricamente mobiliadas e recantos sombrios, a Fazenda Blackwood esconde muito mais do que velhos segredos de uma dinastia agora decadente. Fantasmas e outras criaturas tão poderosas quanto antigas vagam pelos corredores sombrios da propriedade, interferindo nas vidas dos moradores e visitantes.

    Assim, Quinn, como é conhecido pelos mais próximos, é assombrado desde criança por um espírito a quem chama de Goblin. Único amigo do rapaz durante sua solitária infância, com o passar dos anos o espírito torna-se cada vez mais manipulador e poderoso, transformando a vida do já atormentado Quinn em uma jornada opressiva e aterradora. Porém, o pior acontece quando o jovem recebe o Dom das Trevas, sendo transformado em um vampiro. O poder e a fúria de Goblin se intensificam, transformando-o em uma ameaça não apenas para Quinn, como também para todos aqueles a quem ele mais ama.

    Abandonado por aquele que o transformou, possuidor de um dom o qual ainda não sabe como controlar e atormentado pelas ameaças constantes de Goblin, Quinn vê como única saída procurar o célebre vampiro Lestat em Nova Orleans e clamar por ajuda. Ele leva Lestat para a fazenda Blackwood e, lá, começa a narrar a história de sua família, que se confunde com sua própria história. A saga dos Blackwood levará o leitor da Nova Orleans dos dias de hoje até a antiga Pompéia, passando pela Nápoles do século XIX, em uma vertiginosa teia de traição, mistério e sangue.

    Em A fazenda Blackwood, Anne Rice reúne mais uma vez suas duas das séries de horror mais bem sucedidas de nossos tempos, As Crônicas Vampirescas e a saga das Bruxas Mayfair, através da figura da jovem e misteriosa Mona, herdeira da fortuna e dos poderes sobrenaturais da família Mayfair, que mantém uma relação voluptuosa e proibida com Quinn, o que faz com que ela se torne mais um dos alvos da fúria de Goblin.

    Uma história sobre jovens que se tornam adultos, a perda da inocência e a busca pelo amor, A fazenda Blackwood mostra Anne Rice em sua melhor forma. Mesclando banhos de sangue, cenas com alta carga de erotismo e a lascívia inerente às Crianças da Noite, a autora compõe a saga de um jovem em busca de sua verdadeira identidade, criando um inesquecível conto de mistério, luxúria e morte.

    Cântico de Sangue (2003)

    O vampiro Lestat volta à cena como narrador de mais um volume da coleção As Crônicas Vampirescas, de Anne Rice. Cântico de Sangue é uma história de amor e lealdade, que faz os leitores retornarem à Fazenda Blackwood e os coloca frente a frente com o universo do proprietário Quinn Blackwood, e sua amada, Mona Mayfair, que escapa da morte iminente ao receber o Dom das Trevas e se tornar uma vampira.

    Como consequência da metamorfose de Mona, Lestat passa a ser assombrado pelo fantasma de Julian Mayfair, um espírito que é guardião da família há anos. Paralelamente, o vampiro experimenta um sentimento até então desconhecido para ele: o amor puro e verdadeiro, descoberto na figura de Rowan Mayfair, médica brilhante que, além de bruxa, é prima de Mona e foi responsável por cuidar da jovem durante os anos em que ela esteve gravemente doente.

    Mas levar este romance adiante não será fácil: há várias barreiras a serem superadas, sendo a maior delas Michael Curry, marido de Rowan. A transformação de Mona em um ser imortal lhe dá forças para tentar solucionar um mistério: a localização de sua filha, Morrigan, levada pouco depois de nascer e cujo parto foi a causa da misteriosa doença da mãe. Durante a jornada em busca da desaparecida, Lestat, Mona e Quinn encontram uma ilha particular na costa do Haiti, dominada por traficantes de drogas e habitada por seres monstruosos e fascinantes: os Taltos, criaturas com as quais a família Mayfair tem uma ligação cheia de segredos, que remonta a gerações ancestrais. O destino de Morrigan é conhecido por três representantes da espécie: Oberon, Miravelle e Larkyn, filhos do milionário Ash Templeton, que, no anterior, fez amizade com Rowan e Michael.

    Ao longo das páginas, a autora nos mostra que Lestat, finalmente, atingiu a maturidade: mesmo atormentado pela ideia de se tornar santo e fazer somente o bem, ele entende que é um ser das trevas e não pode fugir da sua natureza. O personagem se supera, ao desistir da vontade de dominar e abrir mão do desejo por sangue pensando no benefício de outras pessoas. Neste processo de evolução moral, ele ajuda o fantasma de Patsy, mãe de Quinn, a deixar de vagar sobre a Terra e fazer a travessia para a luz.

    Em Cântico de Sangue, Anne Rice deixa seu vampiro mais famoso dividido entre os prazeres e as torturas existentes no território que separa a sombra da morte da imortalidade. Suas crias, Quinn e Mona, enfrentam o mesmo dilema. Como aproveitar as vantagens que o Dom das Trevas oferece quando a vontade de viver entre os humanos, como um deles, ainda é forte? O caminho do conhecimento é longo e tortuoso, mas eles vão descobrir que terão toda a eternidade para percorrê-lo.

    Príncipe Lestat (2014)

    Após um intervalo de mais de dez anos, o vampiro Lestat, astro maior de As Crônicas Vampirescas, está de volta com um mistério: uma voz em sua cabeça que o atormenta, incitando-o a fazer coisas que ele não deseja. Ao mesmo tempo, ao redor do mundo, se espalham relatos de que irmandades inteiras de mortos-vivos estão sendo aniquiladas.

    Essa mesma voz misteriosa vaga pelas mentes de outros imortais convencendo antiquíssimos bebedores de sangue, que repousam há séculos sob a terra, a se levantarem para destruir seus iguais. A voz joga os anciões contra os jovens e uns contra os outros, alimentando-se da paranoia. Mas quem é a voz? Quem está ameaçando todo o mundo dos vampiros? Por quê? E o que fazer a respeito dela? Essa é a questão que preocupa a todos os personagens e dá o rumo da história em Príncipe Lestat.

    De Nova Iorque o pequeno Benji Mahmoud, pertencente à mesma irmandade que Armand e Louis, transmite em seu programa de rádio, e pela internet, suas mensagens de alerta: “Fiquem longe dos anciões. Protejam-se dos anciões.”, ao mesmo tempo que pergunta: “Onde estão os anciões? Onde está Marius? Onde está Lestat? E Maharet? Por que não nos protegem?

    Reunindo todos os lendários personagens dos livros anteriores em uma amarração impressionante da trama, Príncipe Lestat traz uma ameaça tão grande quanto a que vimos em A Rainha dos Condenados, pondo em risco a própria existência dos vampiros. Assim como antes, todos colocam suas esperanças no príncipe moleque Lestat.

    Passando por Miami, Paris, Florença e cidades da Ásia, desta vez a autora trouxe partes importantes da narrativa para o Brasil, tornando o Rio de Janeiro e a Amazônia seus cenários. Anne Rice mantém-se fiel ao seu já conhecido estilo romântico e gótico e aproveita para elucidar vários aspectos de sua própria mitologia com explicações há muito aguardadas pelos leitores, como as verdadeiras origens da Talamasca e a história de Magnus, o criador de Lestat. Personagens que haviam sido apenas brevemente citados no passado recebem nomes e vida próprias nesta nova obra, tão esperada pelos amantes de vampiros do mundo todo.

    Príncipe Lestat, os Reinos de Atlântida (2016)

    O indomável anti-herói Lestat de Lioncourt está de volta neste novo e aguardado capítulo de As Crônicas Vampirescas, engajado em uma busca urgente e fundamental para entender as origens dos mortos-vivos e os significados mais profundos da existência, tanto para mortais como para imortais.

    Príncipe dos vampiros, Lestat agora se encontra em luta com uma forma estranha, antiquíssima e sobrenatural, que de algum modo tomou posse de seu corpo e espírito imortais; e é através desse conflito perigoso e profundo que acabamos conhecendo a história fascinante de uma grande potência marítima de outrora: um misterioso paraíso na Terra situado em um vasto continente no oceano Atlântico.

    À medida que aprendemos mais sobre os admiráveis e extensos poderes e perfeições do império perdido de Atalantaya, os reinos perdidos de Atlântida, passamos a entender por que o vampiro Lestat, como na realidade todos os vampiros, precisa enfrentar, depois de tantos milênios, a força aterrorizante desse espírito atemporal e todo-poderoso de Atalantaya.

    Sempre com o lirismo inconfundível e uma narrativa rica em detalhes, Anne Rice, criadora de tramas metafísicas, prova que ainda tem muito fôlego e aprofunda sua mitologia vampiresca ao reunir os mundos antiquíssimos e seres de As Crônicas Vampirescas, abrindo para nós um novo universo de personagens, histórias, contos e lendas.

    Comunhão do Sangue: Uma História do Príncipe Lestat (2018)

    O último livro da série As Crônicas Vampirescas segue a história de Lestat e de como ele se tornou o Rei dos Vampiros.

    Neste terceiro volume das histórias de Lestat, o Príncipe dos Vampiros, de forma íntima e direta, ele dirige-se à tribo dos vampiros para contar-lhes sobre sua origem – todo o seu caminho do começo ao fim –, sobre como foi criada a Comunhão do Sangue e como ele, se transformou no que ele é agora.

    Na história, Lestat trava uma batalha sangrenta contra o misterioso demônio Rhoshamandes, que ameaça destruir todo o mundo vampiro.

    De forma cativante, Lestat leva-nos das torres e ameias do castelo de seus antepassados nas montanhas nevadas da França até o interior da viçosa Louisiana, com suas fragrâncias marcantes de magnólias e jasmins-da-noite; dos locais mais remotos em ilhas intocadas no Pacífico até a cidade de São Petersburgo no século XVIII e a corte da Imperatriz Catarina.

    Instigante e sedutor, Comunhão do Sangue é um romance surpreendente sobre o poder da ambição, assim como uma reflexão sobre a luta daqueles que tentam defender seu lugar no mundo.


    E você, é fã de Anne Rice? Conte nos comentários qual sua obra favorita da saudosa autora “mãe dos vampiros” e de As Crônicas Vampirescas!

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    CRÍTICA – Succession (3ª temporada, 2021, HBO)

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    A terceira temporada de Succession chegou ao fim com nove episódios, a produção é uma criação de Jesse Armstrong. Na produção executiva estão nomes como Will Ferrell (Eurovision) e Adam McKay (Não Olhe para Cima). Já no elenco estão Brian Cox, Kieran Culkin, Matthew Macfadyen, Alan Ruck, Nicholas Braun, Sarah Snook e Jeremy Strong.

    SINOPSE

    Kendall Roy (Jeremy Strong) acaba de jogar uma bomba sobre a dinastia de seu pai. Ao invés de assumir a culpa pelos crimes da Waystar Royco no setor de cruzeiros, Kendall trai Logan (Brian Cox) e anuncia publicamente que o magnata sabia de todo o esquema. A já disfuncional família Roy precisa, agora, encarar mais um escândalo, enquanto a disputa pela sucessão parece longe de um fim.

    ANÁLISE

    Com tantos conflitos e emoções à flor da pele, é fácil esquecer que a premissa da série é sobre a sucessão da empresa da família, a Waystar Royco. Essa é a base da série, que precisamente é lembrada por Logan ao público no final da terceira temporada. Suas últimas palavras no episódio nove – “Eu sempre venço” – tem o gosto amargo da realidade aos irmãos Roy. 

    É preciso dizer que tal como uma tragédia shakespeariana, Succession tem a dualidade do bem e do mal. São personagens imperfeitos, mas em certos momentos geram uma espécie de empatia. Seja no distúrbio emocional de Kendall, na incapacidade de se relacionar de Roman (Kieran Culkin) ou no leve cinismo de Shiv (Sarah Snook). Tudo mostra que os irmãos Roy são pessoas quebradas, graças ao seu pai que a vida inteira fez um jogo de poder com os filhos. 

    Durante a temporada inteira uma pergunta deve ter surgido ao espectador. Será que Logan Roy ama mesmo os seus filhos? O ator Brian Cox diz que sim. Mas é fato que, acima de tudo, Logan ama ganhar. E, em especial, na terceira temporada, ele quer provar que tem o controle da sua prole e que eles precisam aprender a se virarem sem a empresa. 

    Dessa maneira, reafirma-se que a produção é sobre sucessão, não necessariamente de Kendall, Roman e Shiv. O que gera um certo incômodo, tanto nos personagens, como no público. É fato que não existe nenhum apreço pelas atitudes desses personagens, mas não ver nenhum ganhar a empresa meio que é um balde de água fria. 

    Porém, é preciso levar em conta que Succession também é sobre abuso. O quanto Logan exauriu essas crianças, metade disso é contado na própria abertura da série e fica ainda mais evidente na segunda temporada quando Roman leva um tapa do pai e Kendall o defende. Já na terceira, no último episódio, temos Roman dizendo em meias palavras que foi deixado para trás pelos irmãos em uma pegadinha com o pai para sofrer as consequências. 

    Logo, é nos detalhes da série que se entende a dinâmica conturbada dessa família e em como todos estão rendidos por Logan. Não que os irmãos Roy sejam boas pessoas, Kendall finalmente confessa que matou o garçom para os irmãos que até tentam consolá-lo, mas também fazem piadas da tragédia. 

    Ainda assim, é o momento em que os três se unem e vão contra o pai – uma intenção que não era esperada pelos espectadores – que faz total sentido quando esses personagens têm desejos em comuns (também gosto de pensar que a união dos irmãos do Roy, em parte por dinheiro, tem um pouco a ver com irmandade). 

    Visto que, de certa maneira, eles perderam seus outros aliados por culpa própria. Kendall dispensou Greg (Nicholas Braun), e este voltou correndo para Tom (Matthew Macfadyen); Shiv manipulou Tom até o último momento e seu desafeto fez ele a trair; já Roman minou a relação com Gerri (J. Smith-Cameron) ao não parar com as fotos impróprias. Resta aos Roy, apenas uns aos outros. 

    O sucesso de Succession 

    O que faz Succession ser uma série excepcional e sem dúvida uma das melhores (se não a melhor da atualidade) é o quanto suas situações são surreais. O teor sensacionalista, debochado e cínico se acentua nessa terceira temporada e, ao mesclar com a estética corporativa, cria uma verdadeira ode ao escárnio. 

    Dessa forma, poderia ser muito simples assimilar a produção de Jesse Armstrong a uma série de comédia, afinal, todos os aspectos estão ali. No entanto, o drama familiar e pessoal desses personagens revelam que estamos rindo deles e não com eles. Por isso, é notável que nessa temporada, as ações da maioria dos personagens mostre suas verdadeiras faces.

    Sendo assim, além de um texto afiado, temos um elenco que entende e se doa completamente aos seus personagens. Jeremy Strong fez a sua melhor temporada apresentando as mudanças de estado de Kendall de uma forma profunda. 

    Logo, o sucesso da série está no conjunto da obra. Como a direção conduz as percepções e reações dos personagens sobre as situações e aos outros ao redor; a forma que o roteiro é dinâmico e cheio de malícia; e como esses personagens, tão fora do mundo real, são naturais.  

    Se existia uma preocupação geral com Succession ser uma produção que dá voltas em si mesmo, sem apresentar consequências, isso foi se desmistificando ao longo dessa temporada. Os resultados das ações de Kendall, Roman e Shiv estão na perda de seus aliados, pessoas que talvez eles consideravam mais que seus irmãos, na maior batalha. Já as consequências de Logan, por mais que ele sempre ganhe e ame suas crianças, estão na perda de sua empresa e na falta de afeto pelos próprios filhos.

    VEREDITO

    Nada mudou e tudo mudou na terceira temporada da série. Afinal, é uma produção imprevisível e tal como uma tragédia shakespeariana está disposta a exercer seu livre arbítrio. Não se sabe se as alianças feitas no final da temporada serão mantidas no próximo ano, mas uma coisa é certa: cada personagem buscará o que mais lhe favorece.

    Acredito que seja por isso que os fãs amam tanto a produção; Succession não tem amarras com “mocinhos e bandidos”. É a humanidade no seu mais puro cinismo.

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA | Dexter: New Blood – S1E8 Unfair Game

    O oitavo episódio de Dexter: New Blood, intitulado Unfair Game, já está disponível na Paramount+. O novo capítulo da saga de Jim Lindsay (Michael C Hall) é roteirizado por Tony Saltzman e David McMillan, e dirigido por Sanford Bookstaver.

    O texto a seguir terá spoilers do episódio

    SINOPSE

    Dexter luta por sua vida na floresta, levando a um confronto em um acampamento de verão abandonado. Harrison (Jack Alcott) se encontra dividido entre duas figuras paternas que podem conduzi-lo por dois caminhos diferentes. Angela (Julia Jones) faz algumas descobertas perturbadoras.

    ANÁLISE

    No oitavo episódio de Dexter: New Blood finalmente chegamos ao ponto de conflito da história. Após ser capturado no final do sétimo episódio, Dexter se torna a caça em um jogo de amador criado por Kurt (Clancy Brown).

    É curioso pensar que um serial killer que faz vítimas há muitos anos, tenha terceirizado a caça de um assassino para um capanga amador. Afinal, se o próprio Kurt já teve problemas com suas vítimas, seria muito mais fácil entregar Harrison para o capanga sequestrar. De qualquer forma, este foi o plano pensado pelo roteiro pouco espirituoso de Saltzman e McMillan.

    É difícil, no entanto, jogar a culpa para as saídas insossas do roteiro nas costas dos dois profissionais, já que Dexter: New Blood vem derrapando em suas escolhas desde o episódio Too Many Tuna Sandwiches. Uma sequência de saídas fáceis, com soluções estapafúrdias, tem resultado em uma trama pobre.

    CRÍTICA | Dexter: New Blood – S1E8 Unfair Game

    Em Unfair Game temos dois arcos bem desenvolvidos: o que envolve Kurt e Harrison e a caçada a Dexter. Por fora, acompanhamos os avanços de Angela e suas habilidades milagrosas de espionagem. O vai e vem de cenas, montados de forma a justificar a passagem do tempo entre os acontecimentos, passa uma sensação de trama bagunçada. Entretanto, em determinado momento do episódio, as situações acabam funcionando e a tensão se torna real.

    Os pontos fortes de Dexter: New Blood estão todos concentrados em torno de Michael C. Hall, pois ele é o único elemento que nos traz alguma motivação para acompanhar o desenrolar da história. Sua relação com Harrison, que deveria ser o foco do seriado, começa a dar sinais de reestruturação, mas é difícil imaginar que irá ganhar força em apenas dois episódios.

    Mesmo com a ótima cena de abertura, com Harrison e suas vítimas (perfeitamente conduzida por Sanford Bookstaver), além da ótima inversão de lógica com Dexter como a caça, Unfair Game se torna uma lambança em seus minutos finais. A pobre decisão criativa de colocar Angela pesquisando no Google sobre o Bay Harbor Butcher engoliu todo o avanço feito na narrativa até aquele momento.

    CRÍTICA | Dexter: New Blood – S1E8 Unfair Game

    Podemos elencar inúmeros momentos interessantes do episódio, mas infelizmente todos perderam força graças a péssima escolha criativa em seu encerramento. Inclusive o abraço entre Dexter e Harrison se tornou básico com uma decisão tão preguiçosa quanto aquela.

    Portanto, mesmo Unfair Game sendo um episódio superior a Skin of Her Teeth, ainda assim seu roteiro simplista e decisões equivocadas o torna um capítulo básico.

    VEREDITO

    Unfair Game é um episódio que cria bons arcos, mas não consegue estabelecer uma trama relevante e bem conduzida. Mesmo com a segurança de Sanford Bookstaver na direção, as péssimas escolhas criativas conduzem Dexter: New Blood para um final duvidoso.

    3,0/5,0

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    CRÍTICA – Não Olhe Para Cima (2021, Adam McKay)

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    Não Olhe Para Cima é um mais novo filme da Netflix que tem a direção de Adam McKay (Os Outros Caras) e conta com um elenco recheado de estrelas de Hollywood.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Oscar 2022: Onde assistir aos principais filmes da premiação?

    SINOPSE DE NÃO OLHE PARA CIMA

    Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) e Randall Mindy (Leonardo DiCaprio) são dois cientistas que descobrem uma catástrofe: um cometa irá destruir a humanidade em seis meses. Os dois tentam provar à presidente dos Estados Unidos, Senhora Orlean (Meryl Streep), que refuta a tese e agora eles devem lutar contra uma onda negacionista que assola a população.

    ANÁLISE

    Não Olhe Para Cima

    Não Olhe Para Cima deveria ser um recorte bastante caricato da sociedade atual, uma vez que beira o absurdo em diversos momentos. Todavia, a verossimilhança com o pensamento coletivo contemporâneo faz com que tenhamos um filme bizarramente real, algo que é assustador e cômico ao mesmo tempo.

    A forma com que McKay lida com a questão das fake news, negacionismo e a manipulação midiática é notável, visto que ele consegue passar exatamente como há uma nova tendência de deturpar a realidade por meio de crenças, sejam elas de esquerda ou direita.

    Mesmo que o longa tenha um posicionamento muito claro, há uma crítica aos dois lados, pois a vaidade aparece como a principal problemática aqui. O longa basicamente diz para não acreditarmos em tudo aquilo que vemos, além de criticar duramente aqueles que refutam o óbvio, mesmo que esteja bem na frente deles.

    Sobre as questões técnicas, Não Olhe Para Cima tem uma direção bastante competente, que sabe utilizar seus recursos narrativos para instigar o espectador. Contudo, as personagens femininas são estereotipadas de forma negativa, o que é um erro por parte de Adam McKay. Algumas cenas são desnecessárias e aleatórias dentro do contexto da trama, que se enrola em demasia em seu segundo ato, perdendo tempo com futilidades.

    As atuações são de primeira de um elenco mais que talentoso. Os destaques estão para Leonardo DiCaprio, com seu protagonista vaidoso e inseguro que se deslumbra com um mundo de possibilidades, sendo bastante hipócrita. Jennifer Lawrence é uma mistura de cinismo com indiferença, característica de uma geração quebrada pela ansiedade e depressão. Meryl Streep é um Trump de saias, sendo perfeita em sua interpretação ousada.

    VEREDITO

    Com um texto sarcástico de delicioso, Não Olhe Para Cima é um recorte formidável de uma realidade absurda. Mesmo com alguns problemas de sua direção, o longa nos entretém, mas faz refletir o rumo de nossa sociedade cada vez mais maluca, sedo uma das excelentes opções do catálogo da Netflix.

    4,2/5,0

    Confira o trailer de Não Olhe Para Cima:

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    Feededigno recomenda: Melhores séries de 2021

    O que assistir agora na virada do ano? Ou no começo de 2022? Olhar para trás e ver o que rolou de melhor recentemente é sempre uma ótima pedida! É por isso que nós do Feededigno preparamos uma grande lista com as melhores séries de 2021 com base nas centenas de resenhas que fizemos no ano!

    Nossas recomendações são especialmente para você que não quer perder tempo se aventurando em produções duvidosas. Por isso, aqui estão listadas os seriados lançados em 2021 e que foram avaliados pela nossa equipe com notas entre 4,5 e 5, a nota máxima do site.

    Esta lista de melhores séries de 2021 contempla produções disponíveis em diferentes serviços de streaming. Também vale destacar que foi feita a partir de análises de pessoas com diferentes pontos de vista. Ou seja, é para ser acessível para todo mundo e agradar a todos os estilos e preferências!

    No fim deste texto você também pode conferir as listas de melhores filmes, jogos e documentários de 2021. Se preferir, clique aqui agora mesmo e acesse a tag de melhores do ano!

    Dito isso, vamos para a lista de melhores séries de 2021!

    Melhores séries de 2021 de acordo com o Feededigno

    Lupin (Parte 1 – Netflix)

    Sinopse: Inspirado pelas aventuras de Arsène Lupin, o ladrão gentil Assane Diop (Omar Sy) quer se vingar de uma família rica por uma injustiça cometida contra seu pai, Babakar Diop.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Lupin (Parte 1)

    Cidade Invisível (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Em Cidade Invisível, um mundo subterrâneo é habitado por criaturas míticas evoluídas de uma linhagem profunda do folclore brasileiro. Em um período conturbado, o detetive Eric (Marco Pigossi) se encontra preso em uma investigação de assassinato que o coloca no meio de uma batalha entre esses dois mundos.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Cidade Invisível (1ª temporada)

    Expresso do Amanhã (2ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Joseph Wilford (Sean Bean) e Alex (Rowan Blanchard) estão vivos e agora buscam vingança contra a nova sociedade do Snowpiercer, liderada por Layton (Daveed Diggs) e Melanie (Jeniffer Conelly).

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Expresso do Amanhã (2ª temporada)

    Falcão e o Soldado Invernal (1ª temporada, Disney+)

    Sinopse: Sam Wilson (Anthony Mackie) recebe o legado de ser o dono do escudo do Capitão América, pois Steve o escolhe ao invés de Bucky (Sebastian Stan). Entretanto, o Falcão abdica do símbolo, mas o governo dos Estados Unidos não vai ficar sem um Sentinela da Liberdade.

    Enquanto isso, um grupo denominado Apátridas se forma para derrubar as fronteiras das nações, buscando unir o mundo e criar um povo.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Falcão e o Soldado Invernal (1ª temporada)

    Love, Death and Robots (2ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Seriado com oito episódios na segunda temporada, cada um com curta duração entre 7 e 18 minutos.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Love, Death and Robots (2ª temporada)

    The Underground Railroad (Minissérie – Amazon Prime Video)

    Sinopse: Uma jovem chamada Cora (Thuso Mbedu) faz uma descoberta surpreendente durante sua tentativa de se libertar da escravidão no extremo sul dos Estados Unidos.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de The Underground Railroad

    Master of None (3ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Denise (Lena Waithe) se torna uma escritora de sucesso e vive uma vida pacata no campo com sua esposa, Alicia (Naomi Ackie). As duas vão ter que tomar uma decisão que pode afetar o seu relacionamento e agora tudo vai ser posto em xeque. Será que o amor delas vai durar?

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Master of None (3ª temporada)

    O Método Kominsky (3ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Com a morte de Norman (Alan Arkin), Sandy (Michael Douglas) deve lidar com o legado de seu amigo, o luto e o seu principal fardo: a velhice.

    Velhos conhecidos voltarão para a vida de Sandy, assim como novos rumos estão por vir em sua jornada, será o momento dele curar as mágoas e brilhar novamente?

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de O Método Kominsky (3ª temporada)

    Sweet Tooth (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Há dez anos, o Flagelo causou estragos no mundo e levou ao misterioso surgimento de híbridos: bebês nascidos parte humanos, parte animais. Sem saber se os híbridos são a causa ou o resultado do vírus, muitos humanos os temem e os caçam.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Sweet Tooth (1ª temporada)

    Mestres do Universo: Salvando Eternia (Parte 1 – Netflix)

    Sinopse: Mais de 35 anos depois do término da série original He-Man e os Defensores do Universo, Mestres do Universo: Salvando Eternia traz de volta os icônicos heróis guardiões do Castelo de Grayskull e os temíveis vilões da Montanha da Serpente. Depois que uma batalha catastrófica divide Eternia, Teela (Sarah Michelle Gellar) e uma aliança improvável precisam evitar o fim do Universo e finalmente descobrir os segredos de Grayskull.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Mestres do Universo: Salvando Eternia (Parte 1)

    Como Vender Drogas Online (Rápido) [3ª temporada – Netflix]

    Sinopse: A saúde de Lenny piora, e os amigos deixam as diferenças de lado para tentar conseguir dinheiro para o tratamento. Tudo isso enquanto enfrentam novas ameaças.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Como Vender Drogas Online (Rápido) [3ª temporada]

    Tattoo Fail (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Estes talentosos artistas consertam tatuagens malfeitas com trabalhos surpreendentes, mas quem escolhe o desenho são os acompanhantes dos clientes!

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Tattoo Fail (1ª temporada)

    Hacks (1ª temporada – HBO Max)

    Sinopse: Hacks explora uma mentoria sombria que se forma entre Deborah Vance (Jean Smart), uma lendária comediante de Las Vegas, e uma pária de 25 anos (Hannah Einbinder) que foi cancelada por tweets polêmicos.

    Agora elas devem se juntar para arrebatar novos públicos e colocar Vance novamente entre os maiores.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Hacks (1ª temporada)

    Round 6 (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Um grupo de pessoas em situação complicada financeiramente é convidada para participar de um jogo que dá uma bolada em dinheiro de premiação.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Round 6 (1ª temporada)

    Maid (Minissérie – Netflix)

    Sinopse: A história de Alex (Margaret Qualley), uma mulher que trabalha como empregada doméstica para (mal e mal) pagar as contas, sempre lutando contra a pobreza, a falta de moradia e a burocracia para tentar dar uma vida melhor à filha, Maddy (Rylea Nevaeh Whittet).

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Maid

    Chucky (1ª temporada – Star+)

    Sinopse: Jake (Zackary Arthur) é um adolescente homossexual e sofre bullying por ser diferente. Entretanto, as coisas começam a mudar quando o jovem compra um boneco Chucky (Brad Dourif) que inicia uma carnificina na cidade de Hackensack.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Chucky (1ª temporada)

    Ted Lasso (2ª temporada – Apple TV+)

    Sinopse: Ted Lasso encara o desafio de trazer o AFC Richmond de volta à Premier League, a primeira divisão do campeonato inglês.

    Após o complicado divórcio à distância, Ted também precisa lidar com a tristeza que tenta esconder, ao mesmo tempo em que procura construir relacionamentos mais sólidos com as pessoas de seu círculo.

    Nota: 4,8 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Ted Lasso (2ª temporada)

    Melhores seriados de 2021: séries com nota máxima!

    Cidade de Fantasmas (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Uma mistura de animação e documentário, Cidade de Fantasmas acompanha um grupo de crianças nipo-americanas que nota sinais de atividade paranormal em sua vizinhança e decide rastreá-las. Até que suas suspeitas se confirmam: existem fantasmas que vivem pacificamente em Los Angeles, escondidos entre os demais habitantes.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Cidade de Fantasmas (1ª temporada)

    Gokushufudou: Tatsu Imortal (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: O perigoso integrante da máfia Yakuza que derrubou diversos inimigos, muito conhecido como Tatsu Imortal, resolve largar sua trajetória de crime para lidar com missões muito mais arriscadas: aquelas de dono de casa.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Gokushufudou: Tatsu Imortal (1ª temporada)

    Invencível (1ª temporada – Amazon Prime Video)

    Sinopse: Invencível é uma série animada com conteúdo para adultos, baseada nas histórias em quadrinhos homônimas da Skybound / Image Comics, e conta a história de um adolescente cujo pai é o super-herói mais poderoso do planeta.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Invencível (1ª temporada)

    O Inocente (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Uma morte acidental lança um homem em uma espiral de intrigas e assassinato. Ele encontra o amor e recupera a liberdade, mas um telefonema traz de volta o seu passado.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de O Inocente (1ª temporada)

    Sem Maturidade Para Isso (2ª temporada – HBO Max e Netflix)

    Sinopse: Josh e Emilly são um jovem casal na casa dos 30 anos que tem sua filhinha Candice para cuidar. Os dois tem que viver as agruras da vida adulta, pois já não são mais tão jovens e descolados como antigamente.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Sem Maturidade Para Isso (2ª temporada)

    Atypical (4ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Casey e Sam estão prestes a sair de casa, e a família Gardner precisa tomar decisões importantes.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Atypical (4ª temporada)

    Eu Nunca… (2ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Novos amores e amizades, além de mais motivos para brigar com a mãe. Devi toma atitudes corajosas… e decisões polêmicas!

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a critica completa de Eu Nunca… (2ª temporada)

    Glow Up (3ª temporada – BBC / Netflix)

    Sinopse: A série apresenta oito capítulos com maquiadores variados em busca de uma oportunidade de entrar, trabalhar e permanecer no mundo da beleza.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Glow Up (3ª temporada)

    Mare of Easttown (Minissérie – HBO Max)

    Sinopse: Em Mare of Easttown, a detetive Mare Sheehan (Kate Winslet), de uma pequena cidade da Pensilvânia, decide investigar o assassinato de um cidadão local, enquanto tenta de tudo para não deixar que seus problemas pessoais façam sua vida desmoronar ao seu redor.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Mare of Easttown

    A Magia do Dia a Dia com Marie Kondo (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Depois de Ordem na Casa, a escritora Marie Kondo está de volta para ensinar a novos convidados sua famosa técnica de arrumação. Mas no novo programa, ao invés de colocar em ordem apenas residências, Kondo percorrerá várias cidades ajudando a “trazer alegria” a inúmeros espaços diferentes.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de A Magia do Dia a Dia com Marie Kondo (1ª temporada)

    Sex Education (3ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Com a descoberta inesperada da gravidez de Jean (Gillian Anderson), há muitas incertezas sobre seu relacionamento com Jakob (Mikael Persbrandt). Paralelamente a todas essas questões; há ainda a chegada de Hope (Jemima Kirke), a nova diretora de Moordale, que resolve instituir políticas mais rígidas no colégio que afetará a vida de alunos e professores.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Sex Education (3ª temporada)

    DP Dog Day (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Um soldado tem a difícil missão de capturar desertores do exército, revelando a dolorosa realidade dos jovens diante do alistamento militar obrigatório.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de DP Dog Day (1ª temporada)

    Aluga-se Um Paraíso (2ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Eles rodam o mundo visitando imóveis de aluguel para temporada e revelam dicas e truques preciosos com opções para todos os bolsos!

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Aluga-se Um Paraíso (2ª temporada)

    My Name (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Depois do assassinato do pai, uma mulher com sede de vingança deposita a confiança em um chefão do crime — e acaba entrando para a polícia sob seu comando.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de My Name (1ª temporada)

    Arcane (1ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Arcane reconta as histórias de origem dos personagens de Piltover e Zaun. A trama gira em torno de uma tecnologia mágica conhecida como hextec que dá a qualquer pessoa a habilidade de controlar energia mística e essa ferramenta acaba causando um desequilíbrio entre os reinos.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Arcane (1ª temporada)

    Mestres do Universo: Salvando Eternia (Parte 2 – Netflix)

    Sinopse: Depois que uma batalha catastrófica divide Eternia, Teela e uma aliança improvável precisam evitar o fim do universo nesta sequência do clássico dos anos 80.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Mestres do Universo: Salvando Eternia (Parte 2)

    La Casa de Papel (Parte 5 – Vol. 2 | Netflix)

    Sinopse: Tóquio está morta. O inimigo ainda está à espreita no Banco Central da Espanha, ferido, mas tão perigoso quanto sempre. Chegou o momento de enfrentar o maior desafio até então. A gangue trama um plano ousado para retirar o ouro sem que ninguém perceba. Para piorar as coisas, o Professor comete o maior erro de sua vida.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de La Casa de Papel (Parte 5 – Vol. 2)

    The Witcher (2ª temporada – Netflix)

    Sinopse: Enquanto os reis do Continente, elfos, humanos e demônios lutam pela supremacia fora das muralhas, ele precisa proteger a garota de algo muito mais perigoso: o misterioso poder dentro dela.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de The Witcher (2ª temporada)

    Succession (3ª temporada, HBO Max)

    Sinopse: Kendall Roy (Jeremy Strong) acaba de jogar uma bomba sobre a dinastia de seu pai. Ao invés de assumir a culpa pelos crimes da Waystar Royco no setor de cruzeiros, Kendall trai Logan (Brian Cox) e anuncia publicamente que o magnata sabia de todo o esquema. A já disfuncional família Roy precisa, agora, encarar mais um escândalo, enquanto a disputa pela sucessão parece longe de um fim.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Succession (3ª temporada)

    Além da lista de melhores séries de 2021, você também pode gostar dos conteúdos a seguir:

    Melhores filmes de 2021

    Melhores jogos de 2021

    Melhores documentários de 2021

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    Feededigno recomenda: Melhores documentários de 2021

    Produções documentais também têm espaço nas listas de destaques do ano! Aqui no Feededigno isso não é exceção. Embora mais curta que as demais recomendações, selecionamos aqui os melhores documentários de 2021 com base nas análise que fizemos neste ano.

    As recomendações aqui são para você que não quer perder tempo se aventurando em algo duvidoso. Por isso, aqui estão listados os documentários e séries documentais lançados em 2021 e que foram avaliados pela nossa equipe com notas entre 4,5 e 5, a nota máxima aqui no site.

    Melhores documentários de 2021 de acordo com o Feededigno

    Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime (Netflix)

    Sinopse: Em um crime que chocou o Brasil, Elize Matsunaga mata e esquarteja o marido. Agora, ela dá sua primeira entrevista nesta série documental que explora o caso.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime

    14 montanhas, 8 mil metros e 7 meses (Netflix)

    Sinopse: Nimsdai “Nims” Purja, um destemido montanhista nepalês, embarca numa jornada aparentemente impossível: conquistar, em sete meses, todos os 14 picos de 8.000 metros do mundo.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de 14 montanhas, 8 mil metros e 7 meses

    Melhores documentários de 2021: Produções com nota máxima!

    Minimalismo Já (Netflix)

    Sinopse: Eles fizeram do minimalismo um movimento. Os amigos Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus mostram como nossas vidas podem ser melhores com menos.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Minimalismo Já

    Truth to Power (VoD)

    Sinopse: Milhões lotam estádios em todo o mundo ao som de Serj Tankian, vocalista vencedor do Grammy pelo System of a Down. Com entrevistas exclusivas, aventuras e filmagens originais feitas pessoalmente por Serj, Truth to Power permite ao público acessar os bastidores de uma estrela do rock internacional cuja fé na música não só revolucionou o heavy metal, mas também eventos mundiais.

    Ao longo de sua vida, o músico buscou justiça social, aproveitando o poder de suas canções e de ser uma celebridade para promover uma mudança política real. Os governos o odeiam. As pessoas o amam.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Truth to Power

    João de Deus – Cura e Crime (Netflix)

    Sinopse: Nesta série documental, vamos mergulhar, por meio de entrevistas exclusivas e materiais inéditos, na tenebrosa trajetória de João de Deus, o líder de cirurgias espirituais e dono de um império econômico que se tornou protagonista do maior escândalo de assédio sexual do Brasil.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de João de Deus – Cura e Crime

    Colin em Preto e Branco (Netflix)

    Sinopse: A minissérie conta a história real de Colin Kaepernick (Jaden Michael), ex-jogador de futebol americano que atuou no San Francisco 49ers. Narrada pelo próprio atleta, a produção acompanha sua adolescência e seus anos de ensino médio, bem como o início de sua carreira esportiva na Califórnia. Adotado pelo casal Teresa (Mary-Louise Parker) e Rick Kaepernick (Nick Offerman), Colin encara uma jornada nada fácil como uma criança negra que cresce no seio de uma família branca.

    Nota: 5,0 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Colin em Preto e Branco

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