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    CRÍTICA – Call of Duty: Modern Warfare II (2022, Activision)

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    A aquisição da Activision pela Blizzard e da Blizzard pela Microsoft fez com que muitos alertas se acendessem na cabeça dos fãs da franquia Call of Duty, com medo de que os jogos fossem se tornar exclusivos com o passar do tempo. Mas esse temor caiu por terra quando a Activision revelou que enquanto houver um PlayStation e Call of Duty, eles estarão no console da Sony, e assim foi com Modern Warfare II.

    Após ter sido anunciado em Fevereiro de 2022, a continuação da história iniciada pela Infinity Ward em 2019, nos apresenta à história que funciona como a introdução do arco dos Ghosts, a equipe que é uma lenda cuja habilidades são descritas quase como sobrenaturais.

    SINOPSE

    O Call of Duty: Modern Warfare II coloca os jogadores dentro de um conflito global sem precedentes que conta com o retorno dos Operadores icônicos da Força-Tarefa 141.

    ANÁLISE

    Modern Warfare II

    A Força-Tarefa 141 é conhecida ao longo de diversos games como uma equipe de operações especiais multinacionais, compostas por membros ingleses, australianos, mexicanos, canadenses e americanos. Já tendo atuado anteriormente como protagonistas do Call of Duty: Modern Warfare 2, que ganhou um remaster em 2020 – game no qual testemunhamos a equipe atuar em lugares como Moscou, Rio de Janeiro e até mesmo no Afeganistão. Algo que precisa ser entendido, é que Modern Warfare I e II é ambientado antes dos games nos quais a Força-Tarefa 141 e a equipe Ghost são apresentados.

    Enquanto mergulhamos na história reencontramos personagens que vimos pela última vez no game de 2020, como o Capitão Price, Ghost, Laswell e o game dá mais destaque à personagens como Gaz e Soap. No game, também somos apresentados à uma unidade inteiramente nova, Los Vaqueros – uma unidade das Forças Especiais Mexicanas -, liderada por Alejandro Vargas e Rodolfo Parra.

    Como uma forma de analisar o modo campanha, ouso dizer que o progresso da IW Engine da Infinity Ward muda completamente a experiência, principalmente se compararmos ao Black Ops Cold War, de 2020 que fazia uso de uma versão modificada da IW 3.0. Mas mesmo se compararmos Modern Warfare II com o Vanguard, que fazia uso da IW 8.0, a IW 9.0 de Modern Warfare II se mostra potente e robusta.

    Sem quedas de frames, mas com problemas de otimização nos menus, o game nos apresenta uma experiência narrativa que se expande por diversos lugares do mundo, mas nos apresenta uma história cuja ameaça parece ter nascido e crescido graças ao esforço americano.

    Com uma história concisa, que parece saber onde quer levar a franquia, o game se mostra muito feliz nas suas escolhas criativas e nos permite entender que a criação dos Ghosts se deu de maneira muito mais “por acaso”, do que uma reunião de motivos que fez nossos personagens se aliarem. O esquadrão mexicano de elite intitulado de “Los Vaqueros” é uma brilhante adição à franquia, e enquanto personagens conhecidos passam por momentos difíceis, cabe a esses novos parceiros apoiá-los e fazer da ameaça de Shepherd e Graves algo muito mais tranquilo, ainda que ameaças de escala global nos façam pensar por diversas vezes que tudo está perdido.

    MULTIPLAYER

    Modern Warfare II

    O modo multijogador é algo que merece ser destacado. Ainda que o menu conte com problemas e alguns modos passem por certa instabilidade no PlayStation 4, o game acaba por sempre dar crash quando optamos por jogar o modo cooperativo, com 3 fases diferentes, Na Surdina, Área Restrita e Monte Zaya – cada uma das missões com diferentes modos de jogo, mas todos eles baseado em infiltração com inimigos que colocarão suas habilidades à prova.

    Uma das maiores evoluções em relação aos games anteriores, é o armeiro, mas isso acaba não se mostrando tão inventivo e interessante como a Activision havia se proposto a fazer por causa do menu. Como grande parte do menu e de seus botões funcionam como os botões de um catálogo de streaming com seus grandes botões – em parte pelo fato da maior parte dos Designers de UX e UI da Activision terem vindo da Hulu – acaba por proporcionar ao armeiro um revés, tornando a experiência muito confusa. Segundo fontes apontaram antes mesmo do lançamento, os menus do game passarão por um redesign gradual. O que tornará o armeiro ainda mais interessante, de fato. E dará ao game um visual mais clean do que o atual.

    Um dos aspectos que mais me incomodaram na HUB do game, é o que está listado como o Call of Duty HQ ou Quartel General Call of Duty – que é a página inicial do game, e é o local onde os jogadores poderão acessar o Modern Warfare II, o Warzone 2, Vanguard e futuros lançamentos, tudo isso tendo sido revelado por um insider antes do lançamento do game.

    Ainda que o menu seja confuso e complicado de nos mostrar modos de jogo – que quase sempre ficam escondidos -, acessar sua lista de amigos de maneira rápida pode ser um desafio.

    O modo multijogador conta com quatro novos modos, sendo o primeiro deles em Moshpit 3ª Pessoa, e o segundo intitulado “Resgate de Prisioneiros”, o terceiro Quartel-General e o quarto Nocaute. Antigos modos de jogo da franquia retornam, e alguns deles são muito mais dinâmicos do que no passado, como Mata-Mata em Equipe, Dominação, Localizar e Destruir, Baixa Confirmada e Zona de Conflito.

    Modern Warfare II

    Alguns novos elementos do armeiro funcionam muito bem na partida e mudam nossa dinâmica quando entrincheirados, encurralados ou até mesmo caso queiramos tomar uma zona de conflito rapidamente. A Mina de dispersão funciona muito bem quando o negócio é deixar um pequeno presente para seus inimigos. A Bomba Antibunker pode ser colocada em uma parede a fim de garantir que inimigos do outro lado da mesma serão moídos quando ela explodir, levando todos e limpando rapidamente uma área de maneira efetiva.

    A progressão ao longo desses dias antes do lançamento da season 1 tem sido rápidos. Esse que vos escreve atingiu o nível 30 sem muitas dificuldades, mesmo não sendo o melhor dos jogadores.

    Algo que me desanima é o fato de algumas armas estarem disponíveis em outros modos de jogo, como cooperativo, mas quando encaramos outros inimigos no multijogador, as mesmas deixam de ser uma opção. Mas um elemento interessante, é que mesmo que não possamos usá-las no multijogador, é possível upar armas de interesse no cooperativo a fim de tirar o melhor dela quando você a liberar ao atingir certo nível.

    Alguns elementos de gameplay como o matchmaking para jogadores não tão hard podem ser um ponto negativo. A definição de quem você enfrentará nas partidas é algo que não é feito de maneira tão justa, ou seja, é possível enfrentar inimigos do nível 30 mesmo estando no nível 1 – mas alguns jogadores apontam que isso melhorou com a atualização lançada na última quinta, dia 3 de Novembro.

    VEREDITO

    Modern Warfare II

    Assim como é natural, ao longo de suas duas primeiras semanas de lançamento Call of Duty: Modern Warfare II contou com alguns problemas no modo multijogador – mas o Modo Campanha ainda que difícil brilha no que se propõe. Com histórias que nos apresentam o início do Esquadrão Ghost, continuamos a história iniciada em Modern Warfare de 2020.

    Mas não apenas isso. Com insights do vindouro conflito entre os Ghosts e Makarov, entendemos como sua história nos leva até o confronto com entre os Ghosts e o grupo ultranacionalista.

    As surpresas e os temores de como a história pode se desenrolar no futuro aprofundando a forma como os Ghosts são mostrados, bem como sua formação pode mudar a forma como os jogadores entendem à lendária equipe. O cuidado da direção do game nos faz entender que muito além de entendermos os Ghosts como soldados quase que sobrenaturais, eles são indivíduos com histórias cujo destino está diretamente ligado à forma como seus países lidaram com ameaças quase sempre criadas por eles, como Zakhaev, Zyani, Shephered, Graves e muitos outros.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Call of Duty: Modern Warfare II está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC. O game foi lançado no dia 27 de outubro de 2022.

    Confira o trailer:

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    M’Baku: Conheça o Homem Gorila

    Líder da tribo Jabari, M’Baku é um adorador do sagrado Gorila Branco – um ritual sagrado lhe dá força, agilidade e resistência simiescas, ganhando o nome de Homem Gorila – e que foi exilado de Wakanda por causa de suas ações na liderança do culto e na traição ao Pantera Negra.

    Subversivos por natureza, a tribo Jabari constantemente questiona a soberania de T’Challa, instigados por seu líder a se superarem em seus momentos de fúria, sem nunca perder sua independência e sua presença intimidadora.

    M’Baku foi criado pelos quadrinistas Roy Thomas e John Buscema, aparecendo pela primeira vez na HQ The Avengers #62 – The Monarch And The Man-Ape!, publicada pela Marvel Comics em março de 1969.

    ORIGEM 

    M’Baku já foi um dos maiores guerreiros de Wakanda. No entanto, em sua primeira aparição, o líder dos Jabari estava encarregado do reino na ausência de T’Challa, que estava em missão com os Vingadores. Quando o Pantera Negra retornou à Wakanda, M’Baku, havia se auto-intitulado como Homem Gorila.

    Ao ver uma oportunidade, ele droga completamente a equipe em um jantar e quando T’Challa acorda, é desafiado para um duelo. Os dois lutam de igual para igual, mas M’Baku é derrotado por sua própria arrogância ao ser esmagado por uma estátua que planejava usar para acabar com seu rival.

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    O Pantera Negra, acreditando que o Homem Gorila havia sido esmagado, retornou a Nova York com os Vingadores. Mas o principal apoiador de M’Baku, N’gamo, reviveu o rebelde.

    M’Baku é retratado como um antagonista do Pantera Negra, pois odeia o Rei de Wakanda, não apenas por ser inferior a ele como guerreiro, mas também pelo fato do Pantera Negra – antes de T’Challa – ter proibido o Culto do Gorila Branco dentro do país.

    PODERES E HABILIDADES

    O Homem Gorila possui várias habilidades sobre-humanas como resultado de um ritual mágico no qual ele matou um gorila branco sagrado, banhou-se em seu sangue e consumiu sua carne.

    Sua agilidade, durabilidade, força, vigor e reflexos são muito além das capacidades de um atleta de alto desempenho, por exemplo., 

    EQUIPES

    Após ser derrotado, T’Challa decretou que M’Baku nunca mais poderia voltar à Wakanda, senão pagaria com a própria vida enfrentando a pena de morte. Humilhado, o vilão escolheu viver em lugares menos civilizados do mundo, realizando trabalhos como mercenário para sobreviver.

    Além disso, ele ainda fez parte de outros grupos de super-vilões, lutando novamente contra contra o Quarteto Fantástico e outros grupos de super-heróis, incluindo os Vingadores..

    M’Baku também foi convidado para se juntar à versão mais recente da equipe de vilões Mestres do Terror, mas logo depois, os planos finais do grupo foram frustrados pela equipe de heróis Thunderbolts.

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    Posteriormente o Homem Gorila se aliou ao Ceifador e sua Legião Letal, uma equipe de curta duração de inimigos dos Vingadores, incluindo o Laser Vivo, o Poderoso original e o Espadachim.

    CURIOSIDADES

    M’Baku morreu em batalha contra Morlun, o Devorador de Totens. Morlun ressurgiu em Wakanda e queria devorar o Totem da Pantera. Morlun entrou na terra do Rei M’Baku deixando nada além de um rastro de morte. O Homem Gorila lutou como o guerreiro que era enquanto protegia seu povo contra Morlun, mas sem sucesso. Morlun agarrou a garganta de M’Baku e sugou a vida dele até que o Homem Gorila foi reduzido a cinzas.

    O irmão mais novo de M’Baku, Mandala, assumiu o manto de Homem Gorila após a morte de seu irmão, consolidando o poder em sua casa, na região da Floresta de Cristal de Wakanda. O tempo de Mandala como o Homem Gorila foi extremamente curto, no entanto.

    Os ataques agressivos de seu Exército de Gorilas Brancos foram interrompidos pelo grupo de Dora Milaje conhecido como Anjos da Meia-Noite, que entregou o cadáver de Mandala ao seu povo com as palavras “Homem Ninguém” gravadas em seu peito.

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    OUTRAS MÍDIAS

    TV

    O Homem Gorila aparece em Os Vingadores: Os Super-Heróis mais Poderosos da Terra episódio “The Man in the Ant Hill” dublado por Kevin Michael Richardso e também em Avengers: Black Panther Quest, sendo dublado por Ike Amadi.

    GAMES

    Nos videogames M’Baku aparece em Marvel: Avengers Alliance, Marvel: Ultimate Alliance 2, LEGO Marvel Avengers e Marvel Heroes.

    CINEMA

    M’Baku teve sua primeira versão live action no filme Pantera Negra (2018), onde foi interpretado pelo ator Winston Duke que com sua postura imponente no filme, mostra-se respeitado ao liderar o clã da montanha, os Jabari. 

    O personagem que no cinema não é chamado de Homem Gorila por motivos óbvios, retorna em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, que chega aos cinemas no dia 10 de novembro de 2022.

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    Guillermo del Toro: Conheça o diretor e seus principais filmes

    Guillermo del Toro é um nome bastante conhecido dentre aqueles que apreciam uma boa mistura entre Contos de Fadas e Horror. Fascinado por monstros, del Toro sempre enxergou um beleza poética no que é considerado por muitos como grotesco. Conhecido por idealizar criaturas aterrorizantes, porém esteticamente deslumbrantes, o diretor, produtor e roteirista acumulou uma coleção impecável de longas-metragens com um estilo único.

    Filho de Guadalupe Gómez e do empresário Frederico del Toro Torres, Guillermo del Toro Gómez nasceu na cidade de Guadalajara, México, no dia 9 de outubro de 1964. Atualmente, seu trabalho acumula diversos elogios da crítica e um número maior ainda de seguidores.

    Confira abaixo uma breve história de sua carreira e suas principais obras.

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    UMA PAIXÃO DE INFÂNCIA

    Quando tinha apenas oito anos de idade, del Toro começou a experimentar com a câmera Super 8 de seu pai, criando curtas-metragens com bonecos de Planeta dos Macacos e outros objetos. Um de suas primeiras “produções” filmográficas foi um curta sobre uma “batata serial killer” que queria governar o mundo e matou a família inteira de Guillermo del Toro antes de sair ao ar livre e ser atropelada por um carro.

    Antes mesmo de dirigir seu primeiro filme, Guillermo del Toro realizou cerca de dez curtas-metragens, porém apenas os dois últimos, Dona Lupe e Geometria, chegaram a ser lançados. Junto com os renomados diretores Emmanuel Lubezki e Alfonso Cuarón, ele co-escreveu quatro episódios e dirigiu cinco episódios da série cult mexicana La Hora Marcaida.

    INÍCIO DE CARREIRA

    Seu primeiro longa deveria ser um stop-motion, e ele e sua equipe construíram cenários e cerca de 100 bonecos. Mas vândalos assaltaram o estúdio uma noite e destruíram os bonecos e os cenários, o que pôs fim ao seu projeto.

    Del Toro estudou efeitos especiais e maquiagem com o artista de efeitos especiais Dick Smith. Ele passou 10 anos como designer de maquiagem de efeitos especiais e formou sua própria empresa, a Necropia. Em 1993 escreveu e dirigiu seu primeiro longa metragem independente, entitulado Cronos. O filme foi selecionado como a entrada mexicana para o Melhor Filme Estrangeiro no 66º Oscar, mas não chegou a ser aceito como indicado para a premiação.

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    Em 1997, aos 33 anos, Guillermo recebeu um orçamento de US$ 30 milhões da Miramax Films para filmar seu segundo filme, Mimic. Ele ficou insatisfeito com a maneira como a Miramax o tratou durante a produção, o que levou seu amigo James Cameron quase a brigar com o cofundador e proprietário do estúdio, Harvey Weinstein, durante o 70º Oscar.

    AS PRINCIPAIS OBRAS DE GUILLERMO DEL TORO

    Cronos (1993)

    Em 1536, um alquimista criou o Cronos, objeto que concede vida eterna a quem o detém. Séculos depois, o item chega às mãos de um vendedor (Federico Luppi), que dispara o mecanismo e causa uma grande transformação em sua vida.

    Enquanto funciona imensamente como um suspense de tirar o fôlego, o longa se mostra como um filme promissor da vindoura e brilhante carreira do diretor mexicano.

    A Espinha do Diabo (2001)

    Durante a Guerra Civil Espanhola, Carlos (Fernando Tielve) um garoto de 12 anos é abandonado em meio à um orfanato decadente no meio do nada, ele então passa a ser tratado com hostilidade pelas crianças do orfanato e por um cruel funcionário. Com o passar dos dias, Carlos passa a receber a visita de um fantasma de um menino que parece querer vingança e impedir que o mesmo que aconteceu com o menino se repita com Carlos e outras crianças.

    A Espinha do Diabo é um dos filmes mais brilhantes de Guillermo del Toro, não apenas por nos mostrar o tom que os filmes de terror do diretor viriam a tomar, como em A Colina Escarlate (2015).

    Blade II (2002)

    O primeiro blockbuster de Guillermo del Toro foi Blade II. Neste filme, o herói titular da Marvel tem que se unir aos vampiros que ele jurou destruir, pois existe uma nova raça de vampiros que está tão faminta por sangue que consome humanos e vampiros. Ainda que a crítica não reflita isso, a maioria dos fãs acha que este é o melhor filme da franquia Blade, superando inclusive seu antecessor.

    O estilo único de Guillermo del Toro brilha nesta sequência e não tem medo de abraçar todos os elementos que vêm com um filme inspirado em um história em quadrinhos.

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    Hellboy (2004)

    Perto do fim da Segunda Guerra Mundial, os nazistas se mostram dispostos a lançar mão de magia negra para derrotar seus inimigos. Um ritual para evocar essas forças ocultas é interrompido pelos aliados, que encontram um garoto com aparência de demônio e mão de pedra. Esse jovem passa a ser chamado de Hellboy e é levado pelas forças aliadas. Sessenta anos depois, Hellboy (Ron Perlman) está pronto para lutar e defender o bem.

    O Labirinto do Fauno (2006)

    Em 1944, na Espanha, a jovem Ofélia (Ivana Baquero) e sua mãe doente (Ariadna Gil) se mudam para a casa do novo marido de sua mãe, um sádico oficial do exército que está tentando reprimir uma guerrilheira. Enquanto explorava um labirinto antigo, Ofélia encontra um fauno, que diz que a menina é uma lendária princesa perdida e que ela precisa completar três tarefas perigosas a fim de se tornar imortal.

    O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2006, além de ter sido nomeado e premiado em diversas categorias de premiações consagradas do cinema, como British Academy Films Awards, Globo de Ouro, Goya, Festival de Cannes, entre outros.

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    Círculo de Fogo (2013)

    Quando Kaijus (monstros) gigantes chegam à Terra a partir de um portal no fundo do oceano, a humanidade precisa construir robôs gigantes chamados Jaegers para combatê-los. A última linha de defesa da humanidade é Gypsy Danger e seus pilotos, e se eles não conseguirem fechar a fenda, a humanidade não poderá sobreviver.

    Círculo de Fogo (Pacific Rim) é uma carta de amor aos monstro e mechs (robôs), apresentando diversas referências aos mangás. Com um ritmo um pouco mais acelerado, o longa está repleto de personagens únicos, cenários de ação e monstros.

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    A Colina Escarlate (2015)

    Edith (Mia Wasikowska) se casa com o sedutor Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston) e vai morar em uma remota mansão gótica. Lá, também vive a misteriosa Lady Lucille (Jessica Chastain), irmã de Thomas. A casa é assombrada e Edith decide investigar as aparições fantasmagóricas. À medida que se aproxima da verdade, a jovem percebe que os verdadeiros monstros são feitos de carne e osso.

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    A Forma da Água (2017)

    Em meio aos grandes conflitos políticos e transformações sociais dos Estados Unidos da Guerra Fria na década de 60, Elisa (Sally Hawkins), uma zeladora afônica em um laboratório experimental secreto do governo, se encanta com uma criatura fantástica mantida presa e maltratada no local. Para executar um arriscado e apaixonado resgate, ela recorre ao melhor amigo Giles (Richard Jenkins) e à colega de turno Zelda (Octavia Spencer), em uma aventura que pode custar muito mais do que o seu emprego.

    Além da produção ter ganhado a estatueta de Melhor Filme da Academia, Guillermo del Toro ganhou o Oscar de Melhor Diretor pela produção e também o Globo de Ouro, Critics’ Choice Awards e BAFTA.

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    O Beco do Pesadelo (2021)

    O segundo filme de Guillermo del Toro a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme, O Beco do Pesadelo segue Stanton (Bradley Cooper) quando ele se junta a um grupo itinerante. Ele aprende os truques do ofício para criar um ato próprio com as mulheres por quem se apaixona. Mas tudo dá errado quando ele se junta a uma psiquiatra que está executando o mesmo golpe.

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    BÔNUS: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS FILMES DE GUILLERMO DEL TORO

    Escolha de cores

    Muitos de seus filmes empregam a mesma aparência sombria, com tons de terra para seus personagens, criaturas, figurinos e designs. No entanto, apesar de adicionar um pouco de normalidade às suas criações fantásticas, ele ainda segue muitas das regras da teoria das cores, combinando uma variedade de cores associativas, cores complementares e cores triádicas em suas obras.

    Diferentes tipos de violência

    A violência, independente da forma, certamente desempenha um papel de destaque na abordagem para a narrativa de suas obras, especialmente como meio para demonstrar poder e maldade em alguns personagens, sempre com sofisticação e a serviço da história.

    Monstros e criaturas icônicas

    Os filmes de Guillermo del Toro são lendários por suas criaturas icônicas, monstros fantásticos e personagens misteriosos, desde a figura sem olhos (Pale Man) em O Labirinto do Fauno até o homem anfíbio em A Forma da Água. Mas é preciso mais do que uma arte conceitual atraente para dar vida a essas criaturas. Além do design, seus “monstros” evoluem ao longo da historia, enquanto elementos de produção como figurino, cor e ilupiminação existem como complementos aos seus personagens. Tais criaturas fantásticas funcionam principalmente por estarem entrelaçadas na história e nos temas de seus filmes.

    Uso de símbolos e objetos

    Qualquer que seja o objeto – uma chave, uma mala ou até mesmo um relógio – qualquer item carregado por um personagem de Guillermo del Toro é um vislumbre vital de como esse personagem opera interna e externamente. Mais precisamente, é a conexão do personagem com o item, não o item em si, que simboliza suas melhores e piores qualidades à medida que avançam em direção à libertação ou destruição.

    Um de seus maiores truques é fazer o público acreditar que certos artefatos são mais importantes do que parecem. Del Toro raramente apresenta símbolos e objetos sem desenvolver sua história de fundo e contribuição para a narrativa.

    Traumas

    Muitos dos temas que Guillermo del Toro explora em seus filmes estão de fato no centro de suas lembranças, experiências e sentimentos pessoais. Em particular, del Toro dedicou vários de seus filmes a explorar o trauma reprimido durante diferentes períodos de guerra, muitas vezes com foco particular na Guerra Civil Espanhola.


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    Cinema Russo: Conheça o movimento que emanou teor libertário

    Os russos se apaixonaram pela arte do cinema desde o início. O primeiro filme dramatizado russo foi feito por volta de 1908, tornando o cinema russo um dos mais antigos do mundo. Em 1913, a Rússia tinha mais de 1.300 salas de cinema e produziu mais de 100 filmes, exercendo forte influência no cinema europeu e americano.

    Como a revolução progrediu no início do século XX, muitos diretores russos emigraram, o que deixou o cinema russo em um estado de turbulência. Isso, no entanto, não durou por muito tempo. Lenin proclamou:

    O cinema, para nós, é o mais importante das artes.”

    O MOVIMENTO

    O cinema soviético despontou junto com a Revolução de outubro de 1917 na Rússia, território que então passou a se chamar União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O movimento trouxe conceitos revolucionários, em especial no que diz respeito à montagem cinematográfica, estendendo-se aproximadamente até os anos 1950 (período que também é referido como a Era Stalin).

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    Entre as contribuições dos cineastas soviéticos estão não apenas filmes inovadores que ajudaram a estabelecer a própria linguagem do cinema, com técnicas de edição que permanecem atuais até os dias de hoje, como valiosos escritos que fundamentam as teorias e práticas cinematográficas – já que muitos dos realizadores soviéticos eram também teóricos.

    CARACTERÍSTICAS DO CINEMA RUSSO

    ADAPTAÇÃO SOCIOCULTURAL

    A etapa do desenvolvimento social, histórico e político da Rússia caracteriza-se pela atualização do papel do mundo russo, que subentende os conceitos de preservação da identidade cultural e de desenvolvimento sociocultural do povo, com o surgimento, após a dissolução da União Soviética, da comunidade transcontinental supranacional formada ainda no século X para unificar a língua e a cultura russas.

    POLITIZADO

    Com enorme reconhecimento para a vertente política devido ao regime soviético, a Rússia constantemente produziu filmes que trouxeram mensagem pacifista ou de franca harmonia entre personagens centrais. Os cineastas da geração contemporânea à Revolução Russa também foram, após a destituição dos Czares, protagonistas das transformações políticas, econômicas e culturais da recém-criada URSS. Envolvidos com propaganda do projeto político socialista e pelos interesses e experimentações das vanguardas artísticas, enfrentaram os desafios de conciliar política e liberdade artística.

    PROBLEMÁTICAS PATERNAS

    Um dos pontos fortes da filmografia russa, como comprovam os longas O Ladrão (1997), criado por Pavel Chukhrai e que mostra um órfão de soldado narrando a capacidade persuasiva do padrasto e O Prisioneiro das Montanhas (1996), em que, durante a guerra nas montanhas do Cáucaso, uma dupla militar de russos é feita refém por checheno interessado em negociar a vida do filho (preso), com o exército russo.

    5 FILMES QUE DEFINEM O CINEMA RUSSO

    Depois de conhecer e entender melhor o cinema russo, veja cinco produções icônicas que marcaram a sétima arte desse movimento cinematográfio:

    O Encouraçado Potemkin (1925)

    Esse é o filme que simplesmente não pode faltar quando se fala de cinema soviético ou russo. O longa silencioso de Sergei Eisenstein é considerado, ainda hoje, como um dos mais arrebatadores da história do cinema. A história retrata o trágico motim dos marinheiros do navio Potemkin contra os soldados czaristas, um levante que culminaria na Revolução de 1917.

    Repleto de tensão e de momentos extremamente dramáticos, inclusive a famosa sequência da “escadaria de Odessa”, é um dos filmes mais memoráveis do movimento; que aplicou, na prática, as teorias da montagem de Eisenstein.

    Um Homem com uma Câmera (1929)

    Dziga Vertov começou a trabalhar em 1918, ano da Revolução Russa que colocou Lenin no poder. Especializou-se no registro documental daquele novo período histórico que se iniciava, criando o conceito conhecido como kino-pravda (cinema-verdade) ou kino-glaz (cinema-olho). Com essa captação da realidade, o diretor estabeleceu uma linguagem visual inovadora, que atingiu seu ápice em Um Homem com uma Câmera.

    Trata-se um filme-ensaio que apresenta situações do cotidiano filmadas por seu câmera.

    Guerra e Paz (1965)

    O monumento literário de Tolstói ganhou em sua própria casa a adaptação para o cinema que é considerada a mais digna de comparação com o original – Hollywood fez a sua em 1956, assinada por King Vidor, com Audrey Hepburn e Henry Fonda.

    O Guerra e Paz de Sergei Bondarchuk ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de filme estrangeiro. A produção da estatal Mosfilm, o maior e mais antigo estúdio da Europa, foi anunciada à época como resultado de um fabuloso investimento de US$ 100 milhões, com 120 mil figurantes usados nas grandiosas encenações de batalhas das guerras napoleônicas.

    Solaris (1972)

    Um dos gigantes do cinema soviético, o russo Andrei Tarkovsky poderia figurar aqui com outros de seus grandes e premiados filmes. Solaris foi recebido, no clima da Guerra Fria, como a resposta russa a 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick.

    De comum a esses dois grandes filmes, porém, apenas a profunda experiência sensorial que apresenta ao espectador. A jornada aqui é de um psiquiatra enviado a uma estação espacial na órbita do planeta Solaris, com o objetivo de investigar fenômenos relacionados a existência de uma vida extraterrestre inteligente.

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    Vá e Veja (1985)

    Um dos mais potentes e comoventes filmes de guerra já feitos. A representação da violência e selvageria que marcaram os confrontos entre soviéticos e nazistas tem como personagem central um jovem camponês da Bielorrússia que, em 1943, junta-se a um grupo de milicianos que enfrentam os alemães. Em meio aos confrontos, o jovem se desgarra do grupo e passa a vagar sem rumo testemunhando horrores que a câmera de Elem Klimov torna dolorosamente palpáveis. 


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    Noites Sombrias #90 | Convite Maldito (2022, Jessica M. Thompson)

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    Convite Maldito é um longa dirigido por Jessica M. Thompson e conta com Nathalie Emmanuel (Game of Thrones) como protagonista.

    SINOPSE DE CONVITE MALDITO

    Evie (Nathalie Emmanuel) descobre que é parente de uma família rica do Reino Unido e acaba recebendo um convite para um casamento luxuoso dos seus novos familiares. Entretanto, as coisas ficam tensas quando fatos esquisitos começam a acontecer.

    ANÁLISE

    Convite Maldito chama a atenção por uma premissa que apesar de muito simples, cativa pela questão da estranheza e também de identificação da protagonista com conosco, pelo menos o público menos abastado.

    Contudo, mesmo com seus primeiros minutos intrigantes, o longa dirigido por Jessica M. Thompson vai se esvaziando conforme o tempo vai passando.

    A quantidade de sustos baratos, texto clichê, que vai levando a trama para lados completamente óbvios, pouca inspiração do elenco e direção deixam o filme murcho e completamente esquecível, o que dificulta e muito a nossa atenção. As cenas são escuras e a todo o momento temos aquele personagem que se teletransporta de um lugar a outro com o som sendo retirado para termos o impacto. O roteiro apresenta rapidamente os seus atores para ali na frente correr com a história para que vire um jogo de gato e rato, sem aproveitar o mistério inicial que poderia ter uma escalada interessante como, por exemplo, Corra! (2017) de Jordan Peele que vai criando uma atmosfera completamente tensa até entregar a catarse no terceiro ato.

    Aliás, Convite Maldito tenta copiar descaradamente Corra! em vários aspectos como uma protagonista negra indo parar em um local de brancos ricos e ser tratada como uma estranha, mas especial. Além disso, temos uma amiga que serve de alívio cômico e uma situação quase impossível a ser resolvida por Evie.

    Todavia, apenas essas são as semelhanças, já que falta um texto mais provocante e que faça alguma crítica ou que até mesmo entregue um entretenimento puro, já que não precisamos sempre ter uma mensagem, mas a diversão deve sempre prevalecer.

    VEREDITO

    convite

    Com potencial bastante desperdiçado, Convite Maldito poderia ser muito mais, porém, ao jogar demais no seguro, o longa se torna apenas esquecível, uma pena, pois existiam grandes chances de ser um filme bastante marcante.

    Nossa nota

    2,0/5,0

    Confira o trailer:

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    CRÍTICA – Bayonetta 3 (2022, Nintendo)

    0

    Bayonetta 3, o terceiro jogo da série Bayonetta, foi lançado exclusivamente para Nintendo Switch em 28 de outubro de 2022. Desenvolvido pela PlatinumGames, o game é publicado pela Nintendo em parceria com a SEGA.

    A franquia Bayonetta estreou em 2009 e teve seu segundo título lançado em 2014, ambos disponibilizados para mais plataformas além dos consoles da Nintendo.

    Confira o review de Bayonetta 3 sem spoilers logo após a sinopse.

    SINOPSE

    A bruxa está de volta e mais poderosa do que nunca.

    Percorra vários lugares em um jogo de ação com clímax totalmente novo e espetacular! Bayonetta deve enfrentar um mal misterioso, causado pelo homem, usando suas armas distintas e a habilidade Witch Time, além de queridinhos demoníacos. Atire, pise, abra caminhos e encontre outras bruxas mais ao longo de sua jornada.

    ANÁLISE DE BAYONETTA 3

    A aventura em Bayonetta 3 inicia em clima de encerramento. A batalha que introduz alguns comandos básicos tem proporções dignas do fim da história, embora facilitadas por serem parte do tutorial.

    Essa etapa inicial não deixa dúvidas de que Bayonetta 3 se trata de uma sequência das histórias anteriores. E desde já destaco que esse foi o meu primeiro contato com a franquia Bayonetta.

    Digo isso porque diferente do que experienciei em Xenoblade Chronicles 3 e Nier:Automata (também da PlatinumGames), jogos em que a história funciona bem mesmo que você não tenha contato com os títulos anteriores, em Bayonetta 3 a conexão com a narrativa e com alguns personagens não é plena se você não tiver esse background. A trama não é restritiva, mas acredito que o roteiro seja muito mais atrativo para quem tem esse contato prévio do que para quem não tem.

    Sem entrar em detalhes para não dar spoilers, sobre a narrativa o que tenho para destacar é: trata-se de uma boa história com mistérios interessantes a respeito do multiverso da franquia e de seus personagens. O progresso trazendo novos protagonistas à aventura é um ponto forte, mas é também o quesito em que acredito que o background possa fazer mais falta para a experiência plena.

    Entretanto, confio que Bayonetta 3 será capaz de angariar novos fãs para os títulos anteriores que tiveram o primeiro contato com a série a partir de agora.

    Gráficos e jogabilidade de Bayonetta 3

    Bayonetta 3 é mais um jogo que pauta o debate sobre gráfico ser o ponto central da diversão e das análises. Digo isso porque o jogo começa com belas cutscenes que me lembraram GTA V, especialmente por causa da irreverência dos personagens. Entretanto, também cedo já é perceptível que muitos elementos não possuem um bom refinamento.

    É importante salientar que o mais importante da maioria das situações em todo o jogo possui ótima qualidade gráfica e refinamento. Por exemplo, os personagens e os monstros que enfrentamos são sempre muito bem feitos. A movimentação de Bayonetta e demais protagonistas são muito boas.

    Apesar disso, muitos cenários são escuros e com texturas em baixa qualidade. Esse contraste ocorre tanto na TV, quanto no modo portátil, e na maioria das zonas – com exceção das fases no Egito, que para mim são as melhores. Então isso mostra que o jogo é inconsistente quando o assunto é qualidade gráfica.

    Mas aí entramos no quesito jogabilidade. E é aqui que se acirra o debate: gráfico é tudo?

    A jogabilidade de Bayonetta 3 é incrível. Em geral, o jogo é bastante rápido, e o hardware do Nintendo Switch aguenta firme sem prejuízo aparente. O jogo também é bastante didático, pouco punitivo e oferece uma agradável exploração a cada zona, visto que nem todas as fases disponíveis são óbvias de se encontrar. Isso tudo pode atrair players casuais ou que não estão acostumados com hack’n’slash.

    Há também uma constante alternância entre o embate contra adversários do tamanho de Bayonetta e monstros imensamente maiores que ela, com os quais você tem a oportunidade de enfrentar de igual para igual com os demônios (Infernal Demons) que podemos invocar com a nova habilidade Demon Masquerade.

    Apesar de visualmente bem feito, Gomorrah é o Infernal Demon que oferece uma experiência ruim para controlá-lo em Bayonetta 3
    Créditos: Divulgação / Nintendo

    Isso tudo acontece com uma boa fluidez. O único ponto negativo diz respeito ao demônio Gomorrah. Por se tratar de um monstro gigantesco parecido com Godzilla, sua mobilidade é extremamente lenta. Isso até pode ser compreensível, mas some isso ao fato de que o tempo de resposta dos Infernal Demons são mais lentos que o combate das personagens jogáveis e você tem uma quebra muito grande no ritmo.

    Os Infernal Demons podem ser usados também fora dos combates. E é por isso que Gomorrah se destaca negativamente, pois essa lentidão quebra o ritmo em todas as situações do jogo em que temos que utilizá-lo. Os demais demônios possuem uma cadência muito melhor.

    Um outro ponto negativo de Bayonetta 3 é a ausência de algum botão que permita usar um item rapidamente. Esse recurso é bastante importante em diversos jogos de aventura e hack’n’slash, inclusive no Nier:Automata da própria PlatinumGames, e aqui faz falta. Poderia unificar os dois menus existentes (que se abrem ao pressionar + ou -) e liberar um desses botões para que fosse possível usar um item de batalha rapidamente.

    Os diferentes estilos de jogo em Bayonetta 3

    A alternância entre estilos de jogo é algo que a PlatinumGames faz muito bem. Já havia destacado isso na crítica de Nier:Automata para o Nintendo Switch, pois é algo que me surpreendeu muito nesse jogo, e também preciso mencionar isso sobre Bayonetta 3.

    No novo jogo da bruxona a experiência não é tão incrível quanto no Nier, mas é inegável que a alternância é muito bem feita, especialmente nas fases onde jogamos com Jeanne. Nelas, o game se transforma no que há de melhor no gênero plataforma, e é impossível não se lembrar de franquias como Sonic.

    Bayonetta 3 cadencia o progresso da aventura também com momentos em que a experiência migra para um shoot’em up e dodge’em up e luta entre titãs gigantescos fora do gênero hack’n’slash. À exceção do dodge’em up com Gomorrah no começo do jogo, todos os outros são ótimos.

    Bayonetta 3 é o novo título da série de hack'n'slash lançado em 28 de outubro de 2022 exclusivamente para Nintendo Switch. Review sem spoilers
    Créditos: Divulgação / Nintendo

    A irreverência de Bayonetta 3 se completa com sua excelente trilha sonora. Desde um agradável jazz para a loja que se chama The Gates of Hell, até as épicas faixas dignas dos melhores animes, toda a sonoridade complementa muito bem a experiência em cada modo de jogo, especialmente quando a trilha destoa completamente do que está acontecendo em tela.

    VEREDITO

    Bayonetta 3 traz novos recursos à franquia e potencializa mecânicas tradicionais do gênero hack’n’slash. Ao mesmo tempo, mescla muito bem outros gêneros em meio à gameplay, oferecendo uma experiência marcante para os fãs e bastante positiva para jogadores casuais ou, até mesmo, para quem não está acostumado com os combates ágeis do estilo.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer de Bayonetta 3:

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