Início Site Página 210

    CRÍTICA – Neon White (2022, Annapurna Interactive)

    Mesmo depois de horas de experiência, ainda não sei ao certo como classificar Neon White. O trabalho do pequeno estúdio Angel Matrix, junto da Annapurna, pode ser chamado de um FPS, speedrunner, um simulador de parkour e também um jogo de plataforma.

    São tantas as características distintas que compõem este game que fica até difícil defini-lo em poucas palavras. E não, isto não é um depoimento de Orkut (peço perdão aos jovens que não entenderem a referência. A verdade é que Neon White tem elementos tão distintos que o fazem único ao seu modo.

    Lançado no dia 16 de junho de 2022 para PC e Nintendo Switch, esta talvez possa ser considerada mais uma obra-prima coproduzida por Ben Esposito, também responsável por títulos como What Remains of Edith Finch (2017) e Donut County (2018).

    SINOPSE

    Neon White é um jogo de ação em primeira pessoa incrivelmente rápido que coloca em suas mãos a tarefa de exterminar demônios infiltrados no Paraíso. Você é White, assassino escolhido a dedo das profundezas do Inferno para competir com outros assassinos de demônios por uma chance de viver permanentemente no Paraíso. Esses assassinos, porém, parecem familiares… teria você os conhecido numa vida passada?

    ANÁLISE DE NEON WHITE

    A dificuldade em determinar a principal classificação de Neon White se dá justamente por o game ser uma concatenação de elementos tão bem orquestrada que o combinado se torna muito mais representativo do que uma característica isolada.

    Falei muito e não falei nada, né? Veja qual não é minha dificuldade. Mas vou tentar optar pela simplicidade. Quem sabe ajude a entender.

    Basicamente, Neon White é um jogo onde temos que completar percursos eliminando demônios. Se conseguirmos completar as eliminações do percurso dentro de um determinado tempo, ganha-se uma medalha para poder acessar novos percursos.

    Ficou mais fácil, né? Agora, some a esta base uma trilha sonora muito empolgante, uma história simples que ganha muito por causa dos seus personagens e gráficos que cativam demais. Já tem uma fórmula pra pelo menos prender sua atenção? Então segue comigo.

    História

    Apesar de ser um jogo bastante focado em suas mecânicas e no desafio de fazer um menor tempo, podendo simplesmente pular o blá blá blá e ir direto para os desafios, a história de Neon White é bastante boa. Não é a maior história de todos os tempos, ok. Mas é muito boa e serve ao seu propósito.

    A história de Neon White é satisfatória e bem humorada, tornando gratificante a experiência de superar os desafios

    Partindo da base padrão de amnésia do protagonista, o Neon White, descobrimos que após a morte ele foi mandado ao inferno e agora está no paraíso, junto de outros Neons (como são chamados os assassinos) para participar de uma competição que dará direito ao vencedor de permanecer no paraíso.

    O grande ganho que temos aqui são os personagens que White vai encontrando pelo caminho. Aparentemente, todos se lembram dele da vida anterior, o que torna tudo mais intrigante. Por que só ele sofreu amnésia? O que é esta competição? A evolução do jogo e estes personagens extremamente cativantes vão ajudar a entender e se divertir.

    Mecânicas

    Como já mencionado, as mecânicas base são retiradas dos FPS antigos. Não significa que temos que surfar a cada centímetro – como em Perfect Stride (2013), mas alguns desafios exigirão algum domínio da técnica, pelo menos.

    O jogo, por ter velocidade como uma de suas principais características, é bastante difícil em um primeiro momento. Principalmente para jogadores mais casuais, entrar de cabeça em um speedrun não é tão simples. Mas como em tudo, a prática leva à perfeição (ou pelo menos ao tempo mínimo para passar de fase).

    O speedrun dirigido por Ben Esposito é inicialmente difícil

    A evolução de novos demônios, novas cartas arma e novas técnicas para superar desafios é muito bem cadenciada. Quando se acha que não tem como vir algo novo, o game surpreende e implementa mais um patamar na escala de aprendizado. Talvez este seja um dos principais fatores para me deixar viciado nesta progressão louca e frenética.

    Arte

    Neon White, só com os fatores apresentados, já seria um jogo muito bom. Mas a Annapurna, não contente com o “muito bom”, mirou no excelente. O trabalho do Angel Matrix em criar um anime no formato de graphic novel, em paralelo a um speedrunner, foi incrível.

    Os gráficos de Neon White, seja durante as cutscenes e cenas de diálogos ou quando retratam as belas paisagens do paraíso (e outros lugares), são sensacionais. Sem tantos elementos, podemos nos concentrar no que importa e em suas cores vibrantes e divertidas.

    A trilha sonora é de responsabilidade do Machin3 Gir1, um projeto americano de música eletrônica que tem como proposta criar um som num estilo punk eletrônico (elevado à uma potência de hardcore). O resultado casa muito bem com os percursos frenéticos e velozes, contrastando com a graça e leveza dos belos cenários do paraíso. O jogo é uma obra de arte.

    Referências

    Seria leviano contar mais sobre a experiência de jogar Neon White sem trazer algumas informações que considero necessárias para a compreensão do tamanho deste jogo.

    O trabalho dos pouco menos de 20 membros do estúdio Angel Matrix passa por muitas referências. Até mesmo porque dele fazem parte alguns dos membros do Arcane Kids, um estúdio bastante… excêntrico. E desta correlação, conseguimos perceber algumas referências do passado de quem compôs esta obra.

    O estilo do jogo remete a simuladores de parkour; ainda assim, podemos cavar na história de dois de seus desenvolvedores uma nítida inspiração. Eu tranquilamente consigo dizer que Neon White é uma recriação do Perfect Stride, um game de skate, mas que tem como mecânicas básicas a inspiração na técnica de surf, desenvolvida nos jogos de Counter Strike.

    Além do estilo, alguns dos colecionáveis do jogo também fazem referência a outras obras. Umas pelúcias que encontramos e presenteamos uma das amigas do protagonista são provenientes do jogo Tattletail (2016), onde Ben Esposito e sua esposa, Geneva Hodgson, também trabalharam juntos.

    E estes são só alguns dos elementos, digamos, históricos, que ornam este relicário que é Neon White.

    VEREDITO

    Eu já havia experimentado a demo de Neon White na época em que esteve disponível no último Steam Vem Aí. Confesso que pelo primeiro capítulo disponibilizado naquela versão não criei grandes expectativas. Mas a versão completa me surpreendeu muito.

    Neon White é um incrível speedrunner FPS com elementos de plataforma desenvolvido pela Annapurna Interactive em parceria com o Angel Matrix.

    Neon White se provou um jogo completo, diverso e com elementos inovadores e muito bem equilibrados entre si. Nunca imaginei me divertir tanto com as personalidades bem elaboradas de cada personagem e com os desafios insanos ao som de um punk eletrônico muito divertido.

    O senhor Ben Esposito e a dona Annapurna estão de parabéns (como é costumeiro), pois não consegui identificar nenhum ponto negativo pesado o suficiente para desqualificar o jogo de forma alguma.

    As quase 20 horas que levei para completá-lo (sou meticuloso e não sou grande adepto aos speedrunners, então me custou um pouco mais a adaptação às mecânicas) foram totalmente compensadas pela história satisfatória, o humor da trama e a sensação gratificante de superar os desafios.

    O jogo possui valores bastante honestos. Considerando que poucos jogos são baratos no Brasil, atualmente, o game custa R$ 51 no Steam e R$ 100 no site da Nintendo. Para PC, eu pagaria tranquilamente (só não pagaria pra Switch porque não tenho um).

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer de Neon White:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    CRÍTICA – Quantum Break (2016, Remedy Entertainment)

    Quantum Break é um game produzido pela Remedy Entertainment. Lançado em 2016, o game conta a história de Jack Joyce em sua tentativa de impedir o fim do mundo. Estrelado por Shawn Ashmore, o game é ambientado no mundo de Alan Wake e Control.

    O game é um exclusivo Xbox e está disponível no serviço de assinatura Game Pass. O game conta com Aidan Gillen, Dominic Monaghan, Lance Reddick e muitos outros atores de peso no elenco.

    SINOPSE

    Depois de uma destruição de uma fração de segundo que danificou a própria trama do tempo, duas pessoas descobrem que foram modificadas e ganharam habilidades extraordinárias. Uma delas viaja no tempo e começa a tentar a controlar este poder. A outra usa as novas habilidades para tentar derrotá-lo e consertar a trama do tempo antes que ela se torne irreparável. Ambos encaram missões difíceis e tomam decisões dramáticas que determinarão como será o futuro. Quantum Brake é uma experiência única, parte videogame de ação intensa, parte seriado de TV emocionante, trazendo um elenco estelar que inclui Shawn Ashmore como o herói Jack Joyce, Aidan Gillen como seu arqui-inimigo Paul Serene, e Dominic Monaghan como irmão superdotado de Jack, William.

    ANÁLISE

    Quantum Break

    No dia em que escrevo esse texto, quase 6 anos após o lançamento do game, ele conta com 77% no Metacritic. Entender o caminho que a Remedy percorreu e o momento em que o game foi publicado, é entender a história do estúdio. O estúdio que contou com seu Death Rally em seu jogo de estreia em 1996, lançou alguns anos depois, em 2001 um game que passaria a mudar os third person shooters. Max Payne não inventou a roda, mas revolucionou alguns elementos e transpôs aos games um elemento criado pelas Irmãs Wachowski em seu Matrix de 1999, o bullet time, e outros elementos cinematográficos.

    Alan Wake representou muito do que o vindouro futuro do estúdio viria a ser quando passou explorar conceitos com os aspectos mais obscuros dos indivíduos e seus medos. Em Control, a Remedy pulou na cabeça no misticismo e abraçou o que Alan Wake passou a apresentar em seu Remedy-verse.

    Ainda que não tenhamos uma prova concreta de que Quantum Break seja ambientado no Remedy-verse, um dos elementos que nos dão alguns indícios, são as referências a Alan Wake no mundo do game.

    Quantum Break nos apresenta uma história de ficção-científica imensamente interessante e nos coloca no controle do único indivíduo que pode impedir que a Fratura do espaço-tempo se espalhe e destrua todo o universo como o conhecemos.

    Após ser atingido por um acidente no laboratório de seu irmão William Joyce, por uma máquina do tempo com defeito, Jack Joyce ganha poderes baseados no controle e manipulação temporal. Para sua surpresa, Jack não é o único no alcance da explosão e seu antigo amigo Paul Serene é atingido – nem preciso dizer que o mesmo acontece com Paul.

    A forma como a Remedy encaminha a trama do game, pode ser encarada por vezes como uma preparação para a história muito maior que o estúdio queria contar em um game no escopo que Control viria a ter no futuro. Quantum Break conta com 5 diferentes atos. E cada um desses atos, conta com 3 diferentes capítulos. Ao fim de cada um dos atos, suas escolhas darão início à diferentes tramas com vídeos live-action.

    PODERES, O TEMPO E O FIM DO MUNDO

    Quantum Break

    Os poderes de Jack envolvem a Visão Temporal, a habilidade de parar o tempo, esquiva temporal, escudo temporal, estouro temporal e aceleração temporal.

    Conheça as habilidades de Jack:

    • Visão temporal: Essa habilidade dá a Jack o poder de ver os cenários em detalhes, destacando itens, inimigos e objetivos. Essa habilidade também permitem que os jogadores manipulem o tempo em determinadas áreas, construindo objetos destruídos, ou alterando elementos.
    • Parar o tempo: Em determinadas áreas de Quantum Break, você ficará rodeado de inimigos. Mas Jack possui a habilidade perfeita para impedi-los de obter êxito em sua empreitada. Quando parar o tempo, você pode paralizar seus inimigos por alguns segundos.
    • Esquiva Temporal: A esquiva temporal te permitirá desviar de inimigos que tentam te matar, permitindo que Jack se movimente rapidamente pelos cenários.
    • Escudo temporal: Outra forma de se defender seus inimigos é usando o Escudo temporal. Esse escudo evitará que qualquer dano o atinja por um curto período de tempo.
    • Estouro temporal: Essa habilidade é uma das mais poderosas de Jack. Essas habilidade te permite parar o tempo e ao mesmo tempo, é como se lançássemos uma granada que atinge uma grande área e múltiplos inimigos ao mesmo tempo.
    • Aceleração temporal: Essa é a ultima habilidade obtida por Jack e te permitirá enfrentar seus inimigos de maneira mais direta, ou mais discreta, variando ainda mais sua gameplay.

    Com a Monarch Solutions colocando em xeque quase todas as ações de Joyce, o fim dos tempos parece inevitável. Com o aumento de fraturas temporais se sucedendo, a humanidade parece não ter salvação.

    A forma como entendemos o game, pode ser melhor compreendida apenas ao final do mesmo. Sua progressão e como o tempo se desenrola na trama é um dos aspectos mais interessantes, assim como as fraturas do tempo. Os esforços daquele que tem intuito de impedir a empreitada da Monarch é um desafio compreensível, e algo completamente palpável para os menos afortunados. Já a motivação do vilão é apenas “ter mais poder”.

    VEREDITO

    Quantum Break não é apenas um game palatável. Sua história se estende também a uma série live-action com 4 episódios de 20 minutos cada. Os desafios aos quais somos apresentados é compreensível e os últimos anos nos fazem acreditar o que as pessoas são capazes de fazer qualquer coisa para continuar com o mínimo de poder que elas tem. Ou no caso de Paul Serene, o poder de controlar o tempo.

    A jogabilidade do mesmo se assemelha à qualquer third person shooter, e vai muito além do bullet time de Max Payne. Ver rostos conhecidos na trama do game como Courtney Hope (que viria a dar vida à Jesse Faden) é interessante, assim como ver a qualidade do design e a otimização relacionada às físicas das partículas do game.

    Quantum Break é um game que parece ter passado abaixo do radar de muita gente, mas vale muito a pena ser revisitado, principalmente se você possui uma assinatura Game Pass.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do game:

    Acompanhe as lives do Feededigno na Twitch

    Estamos na Twitch transmitindo gameplays semanais de jogos para os principais consoles e PC. Por lá, você confere conteúdos sobre lançamentos, jogos populares e games clássicos todas as semanas.

    Curte os conteúdos e lives do Feededigno? Então considere ser um sub na nossa Twitch sem pagar nada por isso. Clique aqui e saiba como.

    Stranger Things: Veja as mortes mais marcantes da série

    Stranger Things é caracterizado por ter personagens marcantes e que fizeram história, mesmo que em breves momentos. Por conta disso, vamos te apresentar aqui as mortes mais impactantes da série por temporada. Lembrando que o texto abaixo contém muitos spoilers, leia por sua conta em risco! Confira:

    BARBARA “BARB” HOLLAND (1ª TEMPORADA)

    JUSTICE FOR BARB!

    Abrindo a lista de forma polêmica, temos Barbara Holland (Shannon Purser) era a melhor amiga de Nancy (Natalia Dyer) e foi a primeira vítima do Demogorgon na cidade de Hawkins.

    A personagem até não era tão relevante, e morreu segurando vela para a sua melhor amiga enquanto ela ficava com o namorado da época, Steve (Joe Keery). A comoção gigantesca foi até surpreendente, até mesmo para os showrunners que tiveram que dar um maior background para essa situação na segunda temporada, dando uma maior importância para a personagem que era bastante irrelevante.

    BOB NEWBY (2ª TEMPORADA)

    Essa aqui foi bastante dolorosa para os fãs de Stranger Things.

    Sean Astin era um grande fã do seriado e os Duffer não perderam tempo e deram um papel recorrente ao ator na segunda temporada, com ele dando vida ao simpático e divertido Bob Newby, o namorado de Joyce (Winona Ryder).

    O pobre homem morreu como um herói, se sacrificando para ganhar tempo e salvar sua amada dos Demodogs. Um ato que é lembrado até hoje pela matriarca da família Byers e que foi bastante emocionante para o público.

    DR. ALEXEI (3ª TEMPORADA)

    Stranger

    Uma das surpresas positivas da terceira temporada, o anti-herói Dr. Alexei (Alec Utgoff) foi um dos personagens queridinhos da trama dos soviéticos no terceiro ano de Stranger Things.

    No início, ele estava do lado dos bandidos, mas com seu coração mole, acabou indo para o lado dos mocinhos, sendo assassinado em um parque de diversões pela KGB. Uma cena bem triste na série.

    BILLY HARGROVE (3ª TEMPORADA)

    stranger things

    O irmão de Max (Sadie Sink) foi um dos grandes vilões da terceira temporada, sendo um receptáculo do Devorador de Mentes.

    Billy Hargrove (Dacre Montgomery) deu bastante trabalho para nossos heróis, sendo uma pedra no sapato de Max e companhia. Contudo, no capítulo final, o rapaz recobra seus sentidos e salva os garotos do fim derradeiro no shopping, derrotando o monstro gigante.

    EDDIE MUNSON (4ª TEMPORADA)

    Veja o Clube Hellfire jogando D&D de verdade

    Por fim, o melhor de todos, o maioral, o cara que carregou nas costas uma nação de nerds incompreendidos e que entregou tudo com sua guitarra ao som de Master of Puppets em cima de seu trailer no Mundo Invertido.

    Sim, estamos falando de Eddie Munson (Joseph Quinn), uma das melhores adições do quarto ano de Stranger Things, junto com Vecna (James Campbell-Bower) e Jason (Mason Dye) que teve uma morte catártica por parte do público também.

    Eddie, assim como Bob, se sacrificou para salvar seus amigos e como havia dito o seu “best” Dustin (Gaten Matarazzo) “ele se sacrificou para salvar uma cidade que tanto o odiava”.

    O metaleiro chama a atenção dos Morcegos do Vecna e acaba sendo devorado por eles no embate. Por mais que o plano tenha sido executado com algum sucesso pelos Steve e seus companheiros, Eddie não conseguiu se salvar, mas estará para sempre em nosso corações.

    Confira nossa live sobre a quarta temporada de Stranger Things:

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Iluminadas (1ª temporada, 2022, Apple TV+) 

    Iluminadas (Shining Girls no original) é uma série de suspense da Apple TV+; a produção é uma adaptação do livro de romance homônimo de Lauren Beukes

    A série conta com Silka Luis (Strange Angel) como showrunner, ela também atua como roteirista ao lado de Beukes e produtora junto com Elisabeth Moss (O Homem Invisível) e Leonardo DiCaprio. Na direção estão Daina Reid, Moss e Michelle MacLaren. Já o elenco principal apresenta Moss no papel principal, Wagner Moura, Jamie Bell e Phillipa Soo

    A 1ª temporada já está disponível no catálogo do serviço de streaming.

    SINOPSE

    Kirby (Elisabeth Moss) é uma jovem com um futuro promissor vivendo em Chicago, na década de 1980. Um dia, ela é atacada por Harper (Jamie Bell), um homem misterioso culpado pelo desaparecimento e morte de inúmeras mulheres. Diferente das outras vítimas, Kirby sobrevive e decide caçá-lo. Na busca por respostas, ela recebe a ajuda de Dan (Wagner Moura), um jornalista tentando desvendar o mistério por trás da morte das outras vítimas de Harper. 

    ANÁLISE

    É louvável quando uma série que se propõe a ter diferentes conceitos consegue se manter fiel a si mesma. Iluminadas da Apple TV+ é um desses raros casos, não somos bombardeados por inúmeras explicações em seu início e muito menos em seu final. De fato, aos poucos, os quebra cabeças vão sendo montados e perguntas vão sendo respondidas, mas de verdade, as explicações pouco importam porque estamos absortos em uma história fascinante.  

    No texto de primeiras impressões da série, comentei sobre a fórmula serial killer nas produções cinematográficas e como isso é reinterpretado em Iluminadas. Acontece que a produção não só reinterpreta como é inteligente o suficiente para trazer novos significados. Kirby consegue parar um assassino que viaja no tempo e ao perceber que não é mais uma vítima, ela deixa de fugir e passa a procurar por ele. 

    É de certa forma um alívio, Iluminadas é inteiramente tenso com Kirby e Dan tentando entender quem é o assassino e quem será a próxima vítima, literalmente, uma corrida contra o tempo. O jogo de perseguição é sucinto e interessante, ainda mais porque como espectador temos acesso ao assassino. Em alguns episódios, vemos o passado de Harper e sua pose amedrontadora vai se esvaindo, ele mais parece um hospedeiro que teve acesso a um poder indecifrável. 

    Do outro lado, Kirby se torna mais astuta na medida que compreende sua realidade caótica, e aqui é preciso ressaltar o incrível trabalho de Elisabeth Moss que consegue transpassar todos os sentimentos confusos e mais tarde, lúcidos de sua personagem. Dessa forma, também é preciso falar de Dan, um personagem extremamente atípico para ser o herói, mas é ele quem descobre a chave final do mistério que leva ao assassino – Wagner Moura entrega uma performance extremamente empática. 

    Nesse sentido, Iluminadas é uma série para se apreciar, sua singularidade está no poder de sua narrativa. Desde assuntos complexos, como feminicídio e alcoolismo ganhando um singelo destaque até a construção de relações entre os personagens e conceitos como viagem do tempo sendo explorados. Consequentemente, a primeira temporada de Iluminadas se garante como um arco fechado e uma continuação talvez descaracterize sua essência. Afinal, às vezes, as reflexões que acompanham as perguntas são suficientes para entregar uma ótima produção. 

    VEREDITO

    Com um final fechado, Iluminadas, da Apple TV+, é uma das melhores séries até agora no ano. Um roteiro que tem coragem para dispensar grandes explicações e reviravoltas e que assim, garante uma excelente história. Além disso, a direção acerta um tom extremamente imersivo em cada cena.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Iluminadas já está disponível no catálogo da Apple TV+.

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    Zeus: O Senhor dos deuses do Olimpo na Marvel Comics

    A cada dia que passa estamos mais próximos do lançamento de Thor: Amor e Trovão e é perto da data de lançamento que a Marvel Studios começa a divulgar trailers e teasers que nos mostram alguns personagens que estarão presentes no filme, nos deixando cada vez mais ansiosos para conhecê-los e saber um pouco mais dos seus papéis. Neste artigo vamos conhecer um pouco sobre Zeus, o Senhor do Olimpo adaptado para as páginas da Marvel Comics.

    A versão de Zeus nos quadrinhos da Marvel é baseada no personagem correspondente da mitologia grega e a primeira aparição do personagem nas HQs foi em Daring Mystery Comics #6 – Introducing Marvel Boy, publicada em setembro de 1940.

    ORIGEM

    A história do Zeus da Marvel não é muito diferente da sua história na Mitologia Grega e nas HQs ele também é o filho mais novo dos Titãs Cronos e Réia; que governavam a dimensão que mais tarde ficou conhecida como Olimpo, depois de derrotarem seu próprio pai, Urano. Enquanto estava morrendo, Urano profetizou que um dos filhos de Cronos o derrubaria, então o Titã comeu cada um de seus filhos após o nascimento.

    Quando o sexto filho de Cronos, Zeus, nasceu no Monte Liceu, na Arcádia; Réia enganou seu marido para que comesse uma pedra acreditando ser o bebê. Zeus foi secretamente confiado à sua avó Gaia para a custódia, e foi escondido nas Cavernas de Dicte, no Monte Egeu de Creta. Lá, o filho sobrevivente do Titã cresceu até a idade adulta e planejou sua vingança contra seu pai.

    Zeus desceu ao Tártaro e libertou seus irmãos agora adultos Hades, Héstia, Hera, Poseidon e Demeter, bem como os três Ciclopes e os três gigantes de cem mãos conhecidos como Hecatônquiros. E pela liberdade, os ciclopes presentearam os três deuses suas respectivas armas: o raio de Zeus, o tridente de Poseidon e o Elmo das Trevas de Hades; e ensinaram a Zeus como usar seus poderes de manipulação de energia.

    Zeus e seus aliados travaram uma guerra de dez anos com os Titãs que terminou com a vitória de Zeus, e assim a previsão de Urano se tornou realidade. Zeus aprisionou a maioria dos Titãs no Tártaro e se estabeleceu no Olimpo como governante supremo da raça olímpica.

    PODERES E HABILIDADES

    Como Senhor do Olimpo, ele tem uma grande variedade de habilidades, incluindo seu raio que também é uma das armas mais poderosas. Ele não é onipotente porém é capaz de manipular energia cósmica, além de ter grande força bruta e ser considerado um personagem com grande agilidade ao voar ou correr e é capaz de viajar na velocidade da luz ou até mais rápido.

    Zeus é o deus olímpico mais poderoso com poderes quase ilimitados que rivaliza com o deus asgardiano Odin. O Senhor do Olimpo também pode aumentar suas habilidades físicas para muito além do nível de Hércules e suportar um golpe direto desse nível de força sem se mover.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Hércules: O Príncipe do Poder na Marvel Comics

    EQUIPES

    O Senhor dos deuses do Olimpo lidera o Monte Olimpo com punho firme que com ajuda de outros deuses: Hera, Poseidon, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dionísio. Além de seu conselho de deuses olímpicos, o Deus do Trovão que outrora foi cultuado pelos gregos e romanos também já atuou também no Conselho de Divindades, um comitê dos líderes dos panteões de deuses da Terra, projetado para reunir informações e compartilhar informações sobre ameaças que nenhum panteão de deuses não pode lidar sozinho.

    CURIOSIDADES

    Após a Era Hiboriana, a antiga civilização grega começou a surgir, então Zeus fez com que os deuses do Olimpo fossem conhecidos por eles para ganhar sua adoração. Ele descobriu que o principal nexo entre a dimensão olímpica e a Grécia estava no topo do Monte Olimpo, perto de Olímpia, a principal cidade dos Eternos da Terra. Zeus e sua filha Atena se encontraram com Zuras, o líder dos Eternos, e sua filha Azura.

    A semelhança física entre os Eternos e os Olimpianos era tão grande que ambas as partes formaram uma aliança, com os Eternos representando os deuses na Terra. Foi aí que Zuras decretou que sua filha passaria a ser chamada de Thena. No entanto, os humanos começaram a pensar nos Eternos como os próprios deuses do Olimpo e não apenas seus representantes, levando a um crescente ressentimento dos deuses em relação aos Eternos, que eventualmente entraram em guerra por um tempo.

    OUTRAS MÍDIAS

    Zeus por ser uma propriedade pública possui diversas adaptações na cultura pop, seja em filmes, séries, games, livros, etc, porém a versão da Marvel só foi visto até o momento no game Marvel Super Hero Squad.

    CINEMA

    Este ano a Marvel Studios introduzirá o personagem em seu Universo Cinematográfico Marvel em Thor: Amor e Trovão onde Zeus é interpretado pelo ator Russell Crowe muito conhecido por Gladiador (2000), Robin Hood (2010) e Noé (2014).

    Após os trailers do filme, especula-se que Hércules e outros deuses do Olimpo vão estar presentes no longa, já que o próprio Thor aparece em um local que aparenta ser o Monte Olimpo.

    Thor: Amor e Trovão chega aos cinemas no dia 07 de julho de 2022.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Thor: Amor & Trovão (2022, Taika Waititi)


    LEIA TAMBÉM:

    Marvel Comics: Conheça outros personagens da editora

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!

    CRÍTICA – Thor: Amor & Trovão (2022, Taika Waititi)

    Thor: Amor e Trovão é o 4º filme solo do deus do trovão e o segundo dirigido por Taika Waititi (Jojo Rabbit). O filme nos apresenta uma das facetas mais importantes do deus do trovão, e o estabelece como um dos heróis mais poderosos da Marvel e prepara o terreno para a Fase 5.

    Estrelado por Chris Hemswoth, Natalie Portman, Tessa Thompson e Christian Bale, Thor: Amor e Trovão chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 7 de julho.

    SINOPSE

    Thor: Amor e Trovão é quarto filme solo de Thor (Chris Hemsworth), personagem da Marvel. O próximo filme do super-herói pretende ser a sequência direta de Thor: Ragnarok e o 29º filme do Universo Cinematográfico Marvel. O longa, além de representar os acontecimentos de Thor: Ragnarok, promove a volta de Jane Foster (Natalie Portman), que se transforma na Poderosa Thor. Os Guardiões da Galáxia terão papel importante na história, trazendo aventuras que podem fazer o filho de Odin questionar seu papel enquanto Deus do Trovão, precisando contar com o apoio de grandes aliados como Valquíria (Tessa Thompson) e Korg (Taika Waititi) para enfrentar suas lutas.

    ANÁLISE

    Thor: Amor e Trovão

    O talento de Taiki Waititi é inegável em suas mais diversas facetas. A capacidade do diretor e seu timing cômico é onde o diretor dá a seus atores espaço para brilhar. Dividido em três arcos muito bem definidos, o filme se mostra como uma das mais imponentes aventuras do deus do trovão, quiçá, a melhor aventura do Universo Marvel. Mas não se engane, o filme é a melhor aventura e não o melhor filme.

    Em sua turnê para promover Amor & Trovão, Taika revelou que tem sua forma de fazer as coisas, se distanciando do material fonte e os adaptando livremente. A forma que o diretor adapta Amor & Trovão é um dos mais belos exemplos disso.

    Ambientado alguns meses após Vingadores: Ultimato, Thor ainda vaga pela galáxia junto dos Guardiões salvando quem precisa de ajuda. E preciso te dizer: a galáxia está um caos.

    Thor: Amor e Trovão

    Após uma viagem pela história do deus do trovão, nosso herói testemunha uma recorrência nas mortes de divindades. Thor então decide investigar o que está causando o fim dos mais diversos deuses. Para sua surpresa, e para a nossa, ainda que o Gorr tenha parecido caricato nos trailers, acredito que a presença do ator inglês é a única parte séria do longa.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Conheça Gorr, o Carniceiro dos Deuses

    Ao longo de seus 159 minutos, Thor conta com a ascensão da Poderosa Thor, uma crescente ameaça, e incríveis momentos que arrancarão risadas sem pestanejar. O longa se estabelece de fato como uma história de Amor e Trovão, a participação de Jane Foster no longa compensa sua ausência de filmes anteriores e até mesmo o fato da personagem nunca ter estrelado em um Vingadores.

    Ainda que esse que vos escreve saiba que já falou demais da direção, preciso abordar que o longa trata sobre assuntos sérios, de maneira respeitosa e sem perder seu ritmo. Enquanto quebras na narrativa e na expectativa acontecem, somos lançados pelos mais diversos núcleos da trama. Essas quebram funcionam muito bem quando encaramos a história de Amor e Trovão, e aliado às suas rimas visuais, é como se déssemos um passo atrás para entender a história do herói como um todo. E ah, a transição de Jane Foster para Poderosa Thor é uma das coisas mais satisfatórias do filme.

    VEREDITO

    Thor: Amor e Trovão

    A presença de Odinson, a Poderosa Thor, Valquíria e Korg, dão ao filme um tom leve. Já a presença do Gorr, de Christian Bale, dão à trama o imediatismo necessário para empurrar a trama para a frente. Como Thor é um personagem que nunca parece ter sido levado à sério – e com razão -, após Ragnarok, Thor: Amor e Trovão é um ótimo divertimento, com momentos marcantes e sequências que parecem colocar o herói no palco que ele merece: um filme em que podemos ver seu verdadeiro poder.

    A diversão de Thor: Amor e Trovão se dá não apenas em seus momentos cômicos, mas também quando vemos a Dra. Jane Foster – personagem vivida por Natalie Portman encarnar um dos seus personagens mais descontraídos da carreira – encontrando seu lugar naquele mundo, com uma vocação recém-adquirida, ainda que subaproveitada.

    Taika Waititi faz de Amor & Trovão o palco central para diferentes loucuras e referências que apenas fãs hardcore da Marvel podem entender. Com estátuas e segredos contidos em escrituras, o filme nos lança pelo que parece ser uma viagem dinâmica com Guns N’ Roses de fundo.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

    Thor: Amor e Trovão chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 7 de julho.

    Inscreva-se no YouTube do Feededigno

    Assista às nossas análises de filmes, séries, games e livros em nosso canal no YouTubeClique aqui e inscreva-se para acompanhar todas as semanas nossos conteúdos também por lá!