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    CRÍTICA – Outer Banks (2ª temporada, 2021, Netflix)

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    A nova temporada de Outer Banks, sucesso da Netflix que estreou no ano passado, chegou hoje (30) ao catálogo da gigante do streaming. No retorno, encontraremos John B (Chase Stokes) e Sarah (Madelyn Cline) como fugitivos nas Bahamas, após escaparem por pouco da morte na temporada anterior. Enquanto isso, Kiara (Madison Bailey), Pope (Jonathan Daviss) e JJ (Rudy Pankow) encaram novos amigos e inimigos em casa.

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    SINOPSE

    Os US$ 400 milhões ainda estão em jogo, mas será que a revelação de um novo segredo vai reunir o grupo para mais uma missão? A aventura de uma vida os aguarda, mas navegar em novas águas leva os nossos Pogues a fazerem tudo o que podem para saírem vivos dessa.

    ANÁLISE

    Antes da estreia da segunda temporada, o trio Jonas PateJosh Pate e Shannon Burke, criadores da série, prometeram uma temporada que “traz mais um pouco de tudo o que os fãs amaram na primeira – mistério, romance e muitas aventuras arriscadas“.

    LEIA TAMBÉM:

    CRÍTICA – Outer Banks (1ª temporada, 2020, Netflix)

    Pois é, os criadores da série realmente cumprem o prometido e trazem para a segunda temporada mais um pouco de mistérios, romances e aventuras, mas infelizmente isso não é o suficiente para este que vos escreve.

    Alguns dos plot twists criados para fazer com que a trama avance são tão clichês que me fizeram revirar os olhos por me faltar paciência. Muitas situações beiram o absurdo e muitas que são tão simplórias que parecem tratar o espectador como bobo.

    VEREDITO

    Outer Banks acerta com a vibe de amizades adolescentes, mas falta muito para se tornar uma série cativante; vamos torcer para que a terceira temporada, se vier, não seja um martírio ao assisti-la.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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    Sanguinário: Conheça o vilão membro do Esquadrão Suicida

    Sanguinário (Bloodsport) é um vilão da DC Comics que teve sua estreia na HQ Superman – Vol. 2 em abril de 1987, o personagem foi criado pelo artista e também escritor John Byrne em parceria com o artista Karl Kessel.

    ORIGEM

    Robert DuBois era um homem normal com uma boa saúde mental, mas que tinha muito medo da morte. Ao ser convocado para a Guerra do Vietnã, ele fugiu para o Canadá e seu irmão mais novo, Michael DuBois, foi em seu lugar passando-se por Robert.

    Michael foi enviado para a guerra onde perdeu seus braços e as pernas. Robert enlouqueceu ao saber disso, pois pensava que a culpa da tragédia era sua.

    Depois de ouvir a história de Robert DuBois e suas habilidades, Lex Luthor decidiu tirar vantagem dele. Sendo assim, ele pôde usá-lo em sua tentativa de derrubar o Homem de Aço, equipando DuBois com um dispositivo que poderia teletransportar qualquer arma de sua escolha para sua mão em um instante.

    Capa da HQ em que o Sanguinário apareceu pela primeira vez
    Capa da HQ em que o Sanguinário apareceu pela primeira vez

    No entanto, Luthor não estava preparado para os perigos da instabilidade mental de Robert DuBois, e ficou assustado ao ver o Sanguinário tentar atrair Superman abrindo fogo contra civis inocentes em Metrópolis. Foi nessa ocasião em que ele se autoproclamou Sanguinário (Bloodsport).

    PODERES E HABILIDADES

    Sanguinário não tem poderes, mas demonstrou ser bastante habilidoso no combate corpo-a-corpo quando necessário por consequência de sua excelente condição física e sua coragem como lutador.

    Como já citado, Robert tem um dispositivo criado por Lex Luthor capaz de teletransportar qualquer arma avançada produzida pela LexCorp. Ele inclusive tinha uma arma que disparava agulhas feitas de kryptonita capazes de ferir Superman.

    O diretor James Gunn confirmou que se baseou neste acontecimento para o novo filme do Esquadrão Suicida
    O diretor James Gunn confirmou que se baseou neste acontecimento para o novo filme do Esquadrão Suicida

    DuBois é incrivelmente forte e mais durável do que um ser humano médio. Seus reflexos e sentidos são extraordinariamente aguçados e permitem que ele se equipare ao Pistoleiro.

    Ele é um atirador rápido e preciso com uma grande variedade de armas de fogo, de revólveres a armas disparadas no ombro, é um atirador ambidestro e pode atirar sem qualquer perda de precisão ou velocidade.

    EQUIPES

    O Sanguinário teve um breve encontro com o Pistoleiro, que acabou sendo rompido rapidamente por Batman e Superman. Ele também apareceu em um crossover na HQ Liga da Justiça/Vingadores como um vilão que faz uma emboscada com o Visão e Aquaman, com um grupo de outros vilões. Mais tarde, ele luta contra o Homem de Ferro, mas é contido por Hal Jordan.

    Robert DuBois permaneceu na prisão por vários anos e eventualmente ganhou a inimizade de Alexander Trent, outro prisioneiro na Ilha de Stryker, que desde então também assumiu o nome, se tornando o segundo Sanguinário.

    Quando a tensão racial começou a dominar a Ilha, o diretor da prisão decidiu sediar uma luta de boxe entre DuBois e Trent. Ele acreditava que essa era a forma ideal de permitir que os internos expressassem suas frustrações sem incitar mais atos de violência.

    Luta entre dois Sanguinários é mostrada na HQ Adventures of Superman #526
    Luta entre dois Sanguinários é mostrada na HQ Adventures of Superman #526

    No entanto, um motim estourou, resultando em Robert DuBois colocando as mãos em uma das armas de Alexander Trent e usando-a para abrir um buraco na parede da prisão. DuBois correu para a liberdade, mas aparentemente foi morto a tiros por guardas armados na torre de vigia.

    CURIOSIDADES

    Robert DuBois vai estar presente no próximo filme do Esquadrão Suicida. O diretor James Gunn confirmou no Twitter que o personagem está preso por ter acertado uma bala de kryptonita no Superman. Em suas palavras:

    Ele o colocou [o Superman] na UTI, mas falhou em matá-lo“.

    É importante ressaltar que o próprio Homem de Aço já descreveu nos quadrinhos que o arsenal usado por Robert é extradimensional em quantidade e qualidade.

    O nome Sanguinário também foi utilizado por Alexander Trent. Alex Trent é um fanático racista membro de um grupo supremacista branco, e ironicamente adotou o nome originalmente usado por Robert DuBois, um homem negro.

    OUTRAS MÍDIAS

    Uma encarnação do personagem já apareceu no desenho animado Liga da Justiça: Sem Limites e outra encarnação dele aparece na série live action da Supergirl criada pelo canal The CW. No episódio “Garota de Aço“, ele é interpretado pelo ator David St. Louis.

    Ator David St. Louis interpretou o Sanguinário (Bloodsport) no seriado Supergirl
    David St. Louis como Sanguinário no seriado Supergirl (CW)

    O personagem terá sua primeira adaptação para as telonas no próximo filme da DC, O Esquadrão Suicida dirigido por James Gunn. Robert DuBois, o Sanguinário será interpretado pelo ator Idris Elba, também conhecido por ser Heimdall no Universo Cinematográfico Marvel.

    Força Tarefa X

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    Mostra Cinema em Movimento traz filmes com Direitos Humanos como temática

    Foi dada a largada para o Cinema em Movimento – Circuito Universitário Rio. Após uma semana de intensa capacitação, estudantes de nove municípios fluminenses deram início à produção da mostra de filmes, cujas exibições e debates serão realizados pelas redes sociais até o início de agosto, sob orientação do Instituto Cultura em Movimento (ICEM).

    A temática dos filmes é Direitos Humanos e o objetivo é fomentar a reflexão sobre questões de interesse nacional e histórico abordadas nas obras.

    Os quatro filmes selecionados para esta edição são:

    • Castanhal, de Marques CasaraRodrigo Simões Chagas;
    • Ilegal, de Raphael Erichsen e Tarso Araujo;
    • Prefiro Que Me Xinguem, de Marcos Warschauer e Levi Guimarães Luiz;
    • Sobre Sonhos e Liberdade, de Marcia Paraíso e Francisco Colombo.

    O projeto é produzido pelo ICEM e tem apoio do Fundo Nacional de Cultura, Secretaria Especial de Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

    SOBRE O CINEMA EM MOVIMENTO

    Criado em 2000 pela produtora MPC Filmes e executado em conjunto com o Instituto Cultura em Movimento, o Cinema em Movimento é hoje o maior projeto de difusão do cinema nacional no Brasil.

    Organiza circuitos de exibição gratuita de filmes de longa, média e curta-metragem da recente produção audiovisual brasileira nas 27 unidades da federação. Com sessões ao ar-livre  ou em espaços fechados, o projeto atua por meio de três circuitos: Circuito Praça, Circuito Escola e Circuito Universitário.

    LEIA TAMBÉM | Cinema Nacional: 25 filmes para você assistir e parar de criticar

    Mais do que uma simples exibição de filmes, o Cinema em Movimento é um espaço de ampla comunicabilidade, constituindo-se em um eficaz instrumento de divulgação e possibilitando agregar outras atividades culturais e sociais.

    A iniciativa promove capacitação profissional de produtores culturais para atuar em seus municípios, atua nas universidades estimulando o debate e realiza oficinas de iniciação à criação cinematográfica para jovens, com o intuito de despertar o interesse pela produção audiovisual.

    SINOPSE DOS FILMES SELECIONADOS

    Castanhal

    No Sul do estado do Amazonas, a coleta dos frutos das castanheiras perdura por gerações de extrativistas. A riqueza da floresta é também o sustento das famílias que habitam as margens dos seus rios.

    Assim, enquanto o progresso do agronegócio insiste em derrubar e queimar, quem cuida das árvores centenárias teme pelo futuro da Amazônia brasileira – e da própria vida.

    Direção: Marques Casara e Rodrigo Simões Chagas | Brasil | 2020 | 25 min

    Temática: Direito ao trabalho digno / Direito das populações tradicionais

    Ilegal

    Ilegal aborda a frustração e o desespero de mães que não conseguem tratar as raras e incuráveis doenças de seus filhos, como a epilepsia, uma vez que o remédio que aliviaria seus sintomas é derivado da Cannabis Sativa e, portanto, proibido no Brasil.

    O filme mostra a luta dessas famílias pela regulamentação da maconha medicinal no país e seu confronto com a burocracia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com o atraso social que o preconceito com a maconha causa.

    Contando com relatos de médicos, pacientes, políticos e cientistas, o filme traça os pequenos avanços que foram feitos no decorrer de alguns meses, porém também relata a triste realidade de grande parte dessas famílias: os pacientes têm pressa, e o sistema é – dolorosamente – lento.

    Direção: Raphael Erichsen e Tarso Araujo | Brasil | 2014 | 90 min

    Temática: Direito à Saúde

    Prefiro que me xinguem

    Quantas margens tem a sua cidade? “Eu sou Eric”: com essa assinatura nas mensagens escritas nos muros da cidade, o desenhista em situação de rua Eric Batista chama atenção para a vida com a arte nas ruas e nos faz refletir sobre a desigualdade, a invisibilidade e os preconceitos vividos pelas pessoas à margem da sociedade.

    O documentário Prefiro que me xinguem acompanha o artista nos faróis e revela um personagem rico e complexo.

    Direção: Marcos Warschauer e Levi Guimarães Luiz | Brasil | 2020 | 14 min

    Temática: Direito da população em situação de rua

    Sobre sonhos e liberdades

    O apagamento do protagonismo negro foi uma constante no processo que culminou com a canetada em 13 de maio de 1888, oficialmente a data de libertação dos escravizados no Brasil. Um ato de silenciamento que pôs fim aos projetos de liberdade de uma maioria da população brasileira – acesso à terra, à educação, ao trabalho, aos direitos civis. Passados mais de 100 anos, a luta pela igualdade e liberdade permanece a mesma.

    Direção: Marcia Paraiso e Francisco Colombo | Brasil | 2020 | 70 min

    Temática: Diversidade religiosa / Direitos da população afrodescendente

    Perfis onde serão exibidos os filmes e os debates, por região:

    • Amanda Naima Alli

    Estudante de Jornalismo (Unicarioca)

    Instagram: @dinhanaima

    • Ana Beatriz Rangel

    Estudante de Jornalismo (UVA)

    Instagram: @ana_rangell

    • Ana Maria Rocha

    Estudante de Direito (Cândido Mendes)

    Instagram: @anaalves_ss

    • Joyce Blois

    Estudante de Direito

    Instagram: @joyceblois

    • Laura Ludugerio

    Estudante de Direito (FEAP)

    Instagram: @lauraludugerio

    • Luis Fellipe Vieira

    Estudante de Direito na UFF – Macaé

    Instagram: @luiskuf

    • Marcelle de Araújo

    Estudante de Direito (Universidade Lusófona)

    Instagram: @marcelle03120

    • Melissa da Silveira

    Estudante de Direito (Unigranrio)

    Instagram: @melissasilveirw

    Estudante de Comunicação da UNIASSELVI

    Instagram: @sammymatheus

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    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Cruel Summer (1ª temporada, 2021, Amazon Prime Video)

    Cruel Summer é a nova série teen da Amazon Prime Video que estreia no dia 6 de agosto. Criada por Bert V. Royal, o seriado investigativo é protagonizado por Olivia Holt e Chiara Aurelia. Nós tivemos acesso aos três primeiros episódios da produção, que apresentam um thriller instigante.

    SINOPSE

    Em uma pequena cidade do Texas, a popular adolescente Kate (Olivia Holt) é sequestrada. Paralelamente, uma garota chamada Jeanette (Chiara Aurelia) deixa de ser doce e estranha para se tornar a garota mais popular da cidade. Entretanto, sua popularidade dura pouco, e ela se torna a pessoa mais desprezada da América.

    ANÁLISE

    Cruel Summer possui uma premissa pouco convencional: situada em três anos diferentes, a história aborda o desenrolar do desaparecimento de Kate, além da ascensão e declínio de Jeanette. A trama é situada, em um primeiro momento, no dia 21 de junho dos anos de 1993, 1994 e 1995.

    Conforme avançamos no tempo, percebemos como a vida de Jeanette é modificada por acontecimentos externos. O design de produção e a montagem do seriado refletem exatamente esses sentimentos, passando de um verão ensolarado e feliz de 1993 para um verão cinzento e obscuro em 1995.

    Cruel Summer possui quatro roteiristas e três diretores. Entretanto, os episódios conseguem manter uma unidade consistente, sem perder a identidade visual criada para retratar cada um desses períodos de tempo. Os três primeiros capítulos que tivemos acesso foram apresentados na perspectiva de personagens diferentes.

    Com cada personagem contando o seu lado da história, e como entenderam os acontecimentos fatídicos naqueles três verões, o espectador é desafiado a acreditar na palavra e nas memórias apresentadas em tela. É fácil contestar todos os envolvidos na trama, uma dinâmica bem comum em seriados de investigação.

    É um pouco difícil precisar se o seriado é bom ou não, pois até agora só pudemos assistir a três episódios. Entretanto, o que foi apresentado até aqui demonstra que as duas meninas principais conseguem atuar muito bem. Destaque para Chiara Aurelia, cuja personagem Jeanette transita entre ingenuidade e depressão sem parecer forçado.

    Apesar de tratar de assuntos sérios, Cruel Summer também abre espaço para alguns questionamentos, principalmente pelas motivações das duas personagens principais. Tratando de assuntos tão graves e sensíveis, como o que ocorre com Kate, é curioso termos umas motivações adolescentes tão banais em alguns momentos da trama.

    PRIMEIRAS IMPRESSÕES - Cruel Summer (1ª temporada, 2021, Amazon Prime Video)

    Os produtores de Cruel Summer são os mesmos de The Sinner, uma série bem popular da Netflix. Com uma ótima avaliação de público e crítica, The Sinner era uma antologia que se aprofundava em investigar homicídios.

    Pelo que pude avaliar nos três primeiros episódios de Cruel Summer, a série segue um ritmo bem instigante e inteligente, semelhante ao da produção da Netflix. Com a confirmação de que ela será renovada para uma segunda temporada pelo canal Freeform, sabemos que podemos esperar uma interessante condução dessa história.

    VEREDITO

    Os primeiros episódios de Cruel Summer são instigantes e muito bem produzidos, com destaque para as atuações de Olivia Holt e Chiara Aurelia. Estou ansiosa para assistir ao restante da temporada e acredito que vá agradar a audiência da Amazon Prime Video.

    Nossa nota

    4,0/5,0

    Assista ao trailer de Cruel Summer:

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    TBT #135 | As Patricinhas de Beverly Hills (1995, Amy Heckerling)

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    O TBT dessa semana relembra um clássico dos anos 90 e da famosa Sessão da Tarde. As Patricinhas de Beverly Hills moldou as adolescentes da época e inspirou clássicos contemporâneos como Meninas Malvadas (2004). Seu legado ajudou a criar as comédias românticas para adolescentes que tanto amamos.

    O longa dirigido e roteirizado por Amy Heckerling e, estrelado por Alicia Silverstone e Paul Rudd ganhou até mesmo uma adaptação em musical para a Broadway. As Patricinhas de Beverly Hills está disponível no Telecine.

    SINOPSE

    As Patricinhas de Beverly Hills

    Em Beverly Hills, a adolescente Cher (Alicia Silverstone), filha de um advogado (Dan Hedaya) muito rico, passa seu tempo em conversas fúteis e fazendo compras com amigas totalmente alienadas como ela. Mas a chegada do enteado de seu pai, Josh (Paul Rudd), muda tudo.

    ANÁLISE

    Os anos 90 foram essenciais para acrescentarem os adolescentes as tramas cinematográficas, tanto em filmes de terror como em filmes de comédias, os jovens passaram a estar nas telas. Logo, Hollywood conquistou um público fiel que adorou ver suas atitudes e estilos sendo retratadas nas mais diferentes formas.

    Em As Patricinhas de Beverly Hills não poderia ser diferente, fruto de sua época, o longa carrega todo o significado do que é ser adolescente em um bairro rico nos anos 90. Mais do isso, o que é ser uma garota adolescente. Todo o drama que gira em torno de Cher é bem simples e certamente já vimos um milhão de vezes, mas o interessante é o quanto esse filme consegue ser emblemático.

    Seja no figurino dos personagens, na trilha sonora ou até mesmo nas falas, As Patricinhas de Beverly Hills se tornou um símbolo ao longo de gerações. A começar pela personagem Cher, interpretada incrivelmente por Alicia Silverstone, é impossível imaginar outra atriz para a garota apaixonada por moda. Cher tem tudo para ser uma personagem detestável e fútil, mas é extremamente divertida e generosa.

    Já Paul Rudd como Josh é impetuoso tanto com as palavras como com os olhares. A relação entre Cher e Josh é provocativa, o que leva a tirar o melhor de ambos os personagens em cada cena conjunta.

    Do mesmo modo que o roteiro de Amy Heckerling é simples e leve. A diretora se inspirou no romance Emma de Jane Austen para criar As Patricinhas de Beverly Hills. Uma adaptação mais contemporânea que carrega todos os ótimos aspectos do romance afim de criar uma história para adolescentes. Os grandes feitos do longa não param por aí, já que mais tarde, o próprio filme inspirou Meninas Malvadas de Tina Fey.

    Mas, as diferenças são grandes. Enquanto em Meninas Malvadas as garotas populares são más, em As Patricinhas de Beverly Hills o interesse é contar como uma garota rica que sempre foi cupido dos outros acaba em uma positiva história de romance. É a principal e mais interessante trama do longa, ainda que vacile quando Cher descobre do nada que está apaixonada por Josh.

    As Patricinhas de Beverly Hills

    Nesse mesmo sentido, a narrativa em voice over é muito bem utilizada no filme para entendermos quem de fato é Cher, ainda que alguns personagens ao seu redor não saibam. É um elemento necessário para o filme e que combina com a proposta de focar cem por cento na personagem.

    O que evidencia outros pontos negativos, como o filme tem bastante personagens, a maioria entra em cena quando Cher necessita deles. O que falta é um melhor desenvolvimento de suas próprias amigas, Dionne (Stacey Dash) e Tai (Brittany Murphy), que tal como Cher são cheias de carisma. Outro ponto, é o quanto o filme se torna repetitivo em certos momentos, ainda que seja um filme curto, por vezes perde sua força.

    Porém, ainda assim, é um clássico ideal para reviver os anos 90 trazendo todos os aspectos da época. Além disso, As Patricinhas de Beverly Hills apresenta ótimas sacadas no quesito comédia e um encantador romance. A comédia romântica para adolescente têm muito a agradecer a esse filme que  virou livros, peça musical, série e até mesmo inspirou moda.

    VEREDITO

    As Patricinhas de Beverly Hills é um clássico dos anos 90 ajudando a formar um gênero que se mantém até hoje. A diretora e roteirista Amy Heckerling construiu um longa leve e divertido, tudo que uma garota precisa naqueles dias de cão.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer:

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    CRÍTICA – Sky Rojo (2ª temporada, 2021, Netflix)

    Para quem estava com saudades das três amigas pode comemorar! A segunda temporada de Sky Rojo, série original da Netflix, já está disponível em seu catálogo.

    SINOPSE

    A série acompanha a fuga de Wendy (Lali Espósito), Gina (Yany Prado) e Coral (Verónica Sánchez). Cansadas da opressão do mundo da prostituição, elas rebelam contra seu cafetão Romeo (Asier Etxeandia).

    Desesperadas pela liberdade e com desejo de vingança, Coral, Wendy e Gina continuam a enfrentar seus inimigos, que começam a se voltar uns contra os outros.

    ANÁLISE DE SKY ROJO

    Com o formato de 8 episódios com cerca de 30 minutos cada, a primeira temporada de Sky Rojo foi mais introdutória, mostrando a história de cada um e explicando o motivo que levaram as três amigas a se prostituírem.

    Esse formato foi uma sacada de mestre e se repetiu nesta segunda temporada, que está muito mais agitada.

    Quem acompanhou a primeira temporada e ficou com o coração na boca de ansiedade e felicidade, acreditando que a Coral conseguiria resolver tudo com o cafetão Romeo, agora viverá um novo turbilão de emoções. Isso porque a perseguição frenética de Romeo contra Coral e suas amigas se estende aos irmãos Moisés (Miguel Ángel Silvestre) e Christian (Enric Auquer).

    Eles continuam acatando as ordens do Romeo, enquanto se questionam se tudo não faz mais parte da gratidão, e sim de ser capacho de um homem mais louco e ganancioso que eles.

    A dualidade dos irmãos Moisés e Christian, por vezes, é favorável às ex-prostitutas, o que dá um toque a mais à trama, porque nunca sabemos até que ponto essa violência desenfreada pode chegar.

    Não podemos esquecer que Coral está viciada em drogas e homens não aceitam perder, não é mesmo?

    Assim, a dúvida se estende em Coral, que tenta jogar com sua inteligência e com a fraqueza que Moisés sente por ela. Apesar de tomar atitudes erradas devido ao seu vício, ela mostra que continua conseguindo persuadir.

    A 2ª temporada de Sky Rojo continua a contar a história de Coral, Wendy e Gina, que enfrentam inimigos em busca de liberdade e vingança

    Porém, apesar de ser ótimo assistir à genialidade de Coral e a capacidade que Wendy tem de se controlar mesmo com tantos traumas, Gina fica totalmente apagada nessa temporada. Sua personagem fica mais de apoio caso as outras precisem de cuidados.

    Enquanto a segunda temporada de Sky Rojo não se preocupa em trabalhar com todo o potencial que Gina tem, a trama acaba focando muito em um antigo cliente da Wendy. Em alguns momentos, a narrativa fica entre mostrar que ele é um abusador, e em outros tenta apelar para o emocional, como uma tentativa de justificar suas atitudes.

    Apesar de Sky Rojo não ter bem definidos os arcos de seus personagens, o seriado faz questão de seguir no foco dos perigos da prostituição, indo contra a recente maré de glamourização e expressando que não há justificativas para que homens considerem mulheres como produtos.

    VEREDITO

    O primeiro ano de Sky Rojo foi excelente, pois teve o perfeito equilíbrio de drama e ação. Isso não aconteceu agora na segunda temporada, que está mais centrada em cenas eletrizantes de perseguição.

    Portanto, não é ruim, mas não possui a mesma maestria na direção que a primeira temporada teve. Mesmo assim, deixo aqui meus parabéns por ter um bom ritmo ao longo da temporada, não permitindo que Sky Rojo seja entediante e repetitiva.

    E, claro, Sky Rojo conseguiu obter a minha curiosidade para saber se, enfim, as meninas serão riquíssimas e livres.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

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