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    CRÍTICA – Arcane (1ª temporada, 2021, Netflix)

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    Arcane é uma série de animação da Netflix sobre o universo do jogo online League of Legends, a produção em parceria com a Riot Games é animada pelo estúdio Fortiche.

    SINOPSE

    Arcane reconta as histórias de origem dos personagens de Piltover e Zaun. A trama gira em torno de uma tecnologia mágica conhecida com hextec que dá a qualquer pessoa a habilidade de controlar energia mística e essa ferramenta acaba causando um desequilíbrio entre os reinos. 

    ANÁLISE

    É fato que Arcane poderia ser uma série feita somente para os fãs do game League of Legends, no entanto, a produção extrapola suas limitações e chega ao grande público de forma coesa e impressionante. Logo, Arcane se consagra por sua narrativa profunda que a todo momento diz algo e também por sua animação exuberante que mescla diversas técnicas para formar um belo visual. 

    Dessa forma, a animação da Netflix  em parceria com a Riot Games e animada pelo estúdio Fortiche mostra em nove episódios que qualquer um pode apreciar essa história. Um dos grandes feitos da Netflix com Arcane foi disponibilizar a série aos poucos, a cada semana, três episódios eram lançados, contabilizando ao final nove episódios. 

    Logo, a série animada dá o tempo necessário para que o espectador sinta seus acontecimentos e construa um imaginário muito além do que é apresentado em tela. Isto é, tendo em vista, que o que é exposto já é por si gigantesco. Parecer haver em Arcane sempre mais espaço para o descobrimento daquele mundo, e isso em aspectos de narrativa é incrível, pois se uma produção reverterá em nossos pensamentos após a muito subido os créditos, significa que cumpriu o seu papel. 

    Dessa forma, Arcane traz um mundo mágico e tecnológico, onde as diferenças de classes são o grande fervor da trama e é nessa semelhança com a realidade, que a produção cresce. As cidades de Piltover e Zaun evidenciam uma grande desigualdade social, se a primeira é a cidade do progresso, a segunda é a cidade da violência e da marginalização. 

    Todavia, são os personagens de Arcane que desarmam as aparências visuais entre as duas cidades. No primeiro episódio acompanhamos as irmãs protagonistas Vi e Powder e seus conflitos que a levam a uma separação abrupta. Cada uma segue seu caminho, mas são no encontro com outros personagens, tão importantes quanto, que percebe-se o texto exímio de Arcane.

    As decisões de Vi e Powder, esta que mais tarde se torna Jinx, feitas na subperiferia causam efeitos em outros personagens; como os cientistas Jayce e Viktor que estão em Piltover, e vice e versa.  Logo, Arcane constrói um universo, onde as ações realmente causam reações, sejam para o bem ou para o mal. Mais do que isso, é uma produção que apesar de ter em sua fórmula vilões e mocinhos, não os trata como meramente o bem contra o mal.

    A certa dualidade nas ações de Jinx, ao passo que suas escolhas elevam a trama da série, ao mesmo tempo que a opção de Jayce em continuar estudando a magia também é um fator decisório para a série. Da mesma forma que a relação entre Vi e Caitlyn não precisa de grandes explicações para deixar ótimas impressões. Muito de Arcane também está no subtexto, no que não é dito, mas é sentido pelos personagens e que de certa forma, faz o espectador sentir também. 

     Nesse sentido, Arcane conta uma história sobre o amor entre duas irmãs, sobre amizade, sobre poder, mas também muito sobre decisões e o que se faz por aqueles que amamos ou também para atingir objetivos pessoais. A discussão entre o novo e o velho, o medo do desconhecido também se revela na série para mostrar que nem tudo é preto, no branco.  

    E de nada disso adiantaria, se a produção não tivesse uma belíssima animação que mistura técnicas 3D e 2D com uma incrível direção. A maioria do cenário de Arcane é estático e se assemelha muito a um pintura, enquanto seus personagens ganham formas e dimensões realistas que lembram vagamente a técnica de rotoscopia. 

    Além disso, o design de produção mescla estilos diferentes que se encontram no steampunk, visto que, Piltover têm um ar aristocrata, enquanto Zeun carrega os detalhes do cyberpunk.  Esses dois lados formam uma experiência visual emocionante e cativante. Não à toa, Arcane sabe como conquistar os que não conhecem LoL, mas sem deixar de ser uma grande referência e carta aberta aos fãs do game.

    VEREDITO

    Arcane

    Arcane se mostra uma incrível animação com um texto afiadíssimo que coloca o espectador no meio de uma batalha social, onde o certo e o errado é difícil de discernir. Além disso, os dilemas apresentados engrandecem os personagem e os faz amadurecerem em tela. Já a animação causa um verdadeiro impacto em todos os seus pequenos detalhes. 

    Nossa nota

    5,0/5,0 

    Confira o trailer de Arcane:

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    CRÍTICA – Cowboy Bebop (1ª temporada, 2021, Netflix)

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    A adaptação americana do famoso anime japonês Cowboy Bebop criado por Shinichiro Watanabe chegou à Netflix. A série tem como showrunner André Nemec (Missão Impossível: Protocolo Fantasma) e roteiro de Christopher Yost (The Mandalorian).

    No elenco estão John Cho, Mustafa Shakir e Daniella Pineda.

    SINOPSE

    Spike Spiegel (John Cho), Jet Black (Mustafa Shakir) e Faye Valentine (Daniella Pineda) formam um poderoso grupo de caçadores de recompensas aventurando pelo sistema solar atrás dos criminosos mais perigosos do universo. Um deles é Vicious (Alex Hassell), antigo amigo de Spike que agora se torna seu pior inimigo.

    ANÁLISE

    É inevitável a comparação entre o anime lançado em 1998 pelo genial Shinichiro Watanabe, e a série americana desenvolvida pela gigante do streaming. Se a primeira revolucionou o mundo dos animes ao apresentar uma história com incríveis referências musicais, cinematográficas e uma narrativa original, a segunda falha em todos esse aspectos que tornaram Cowboy Bebop o grande clássico que é hoje em dia.

    Logo, existe um sentido para os fãs de animes olharem torto sempre que se deparam com uma adaptação; e a série criada de André Nemec é um exemplo disso. Isso porque, o grande problema da produção americana é ser um live action, que ninguém pediu, de um anime já muito consagrado e que permanece vivo até hoje no coração dos fãs e nas memórias dos apreciadores de anime.

    Dessa forma, tudo que a série necessitava entregar era uma adaptação que fizesse jus ao seu antecessor, em vez disso o espectador assiste a uma história forçada com um visual que horas funciona, horas é extremamente de mal gosto. A começar que a produção corre contra o tempo e por mais que seus dez episódios tenham cerca de uma hora cada, o desenvolvimento da narrativa é muito apressado, sem que o espectador se importe de verdade com o que está acontecendo em tela.

    E esse nem é o único problema, como cada episódio apresenta um desafio diferente, como se fosse “o vilão da semana”, o método de lançar todos os episódios de uma só vez não funciona. Falta tempo para que os vilões façam impacto e mais tempo ainda para que a o público faça a digestão do que acabou de ver.

    Logo, a série Cowboy Bebop é o típico exemplo de que algumas produções devem permanecer únicas e irretocáveis. No anime de 26 episódios, Watanabe trás questões filosóficas sobre a vida, o espaço, o ser e o tempo de forma às vezes divertida, mas também muito melancólica e contemplativa. Já na série, toda essa narrativa é perdida se assemelhando em sua essência a uma série de comédia.

    Nem a construção do passado dos personagens, algo prometido pela produção, foi de fato satisfatório. Existe uma necessidade de mostrar demais e nos primeiros três episódios já se sabe tudo sobre os protagonistas e o vilão, muito diferente do anime que constrói suas histórias na medida que o espectador cria um vínculo com os personagens.

    E é nessa ânsia de querer ser revelador e por vezes querer contar melhor que o anime, que a série erra feio. Desde do começo, o público é familiarizado com o arco de Vicious e Julia (Elena Satine), o que torna as coisas massivas e nada surpreendentes. Além disso, Alex Hassell não consegue atingir o mesmo nível que sua versão original, aliás sua atuação é caricata para ruim e totalmente fora do ritmo que a série se propõe.

    Já na Bebop, temos um time que ganha em muito em carisma e dinâmica, mas que não chega a fazer grande efeito. John Cho como Spike Spiegel carrega bem o arquétipo do anti herói, mas perde total seu lado mais enigmático. Enquanto Mustafa Shakir como Jet Black se torna uma espécie de “pai” para tripulação e Daniella Pineda como Faye Valentine ganha um ar de alívio cômico nada parecido com sua personagem original.

    Dessa forma, é um tanto decepcionante assistir a adaptação americana, não só por seu roteiro fraco, mas também por seu design de produção enfadonho. As coreografias de luta são péssimas e mostram o quanto a série pena para se assemelhar ao anime. Assim como, falta sutileza na produção estética dos personagens e no uso dos planos (sério, pra que tanto ângulo holandês?).

    Por último, Cowboy Bebop da Netflix não é um total desperdício, alguns momentos evocam uma certa diversão se for esquecido que se trata de uma adaptação de um dos animes mais relevantes dos últimos tempos. Outros momentos subestimam muito, tanto o fã da obra original como o público em geral.

    De qualquer forma, o gênero sci-fi está na série, mas é por vezes deixado de lado, assim como o cachorro Ein e a icônica hacker Ed. Logo, Cowboy Bebop não consegue ser um um terço da sua obra original, e nem precisaria, se fosse ao menos realizado de uma melhor forma.

    VEREDITO

    A adaptação de Cowboy Bebop pela Netflix revela ser mais um ganho comercial do que uma obra que tenta ser interessante aos espectadores. Ainda que o visual tente compensar as péssimas escolhas de roteiro, os defeitos são muito aparentes se comparado com anime. Por isso, vale assistir sem grandes expectativas ou para os mais fortes, ignorando totalmente o animação de 1998.

    Nossa nota

    3,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA | Dexter: New Blood – S1E3: Smoke Signals

    O terceiro episódio de Dexter: New Blood, intitulado Smoke Signals, já está disponível na Paramount+. Dirigido por Sanford Bookstaver e roteirizado por David McMillan, o novo capítulo da saga de Jim Lindsay (Michael C. Hall) amplia a narrativa da trama, explorando personagens e afunilando o drama vivido pelo personagem.

    O texto a seguir possui spoilers do episódio.

    SINOPSE

    A investigação que Dexter causou está tornando difícil para ele acertar as coisas com Harrison (Jack Alcott), que fez seu nome na escola como membro da equipe de luta livre.

    ANÁLISE

    Parece que voltamos para os trilhos com esse novo episódio de Dexter: New Blood. Se Storm of Fuck foi um capítulo de transição, repleto de diálogos e desenvolvimento de outros personagens, Smoke Signals foca sua atenção no personagem principal da trama.

    A investigação da morte de Matt Caldwell (Steve M. Robertson) está chegando cada vez mais perto de Dexter. Ao escolher uma vítima tão poderosa em uma cidade pequena, Dexter não contava com todos os recursos que Kurt Caldwell (Clancy Brown) possuía para encontrar o filho desaparecido.

    Com direito a trabalho de perícia de sangue, protagonizado pelo desajeitado Damian Church (Aaron Andrade), o seriado volta para às suas origens e estabelece um clima de tensão sobre os rumos da investigação. O roteiro de David McMillan cria, a todo momento, empecilhos para que Dexter não consiga se livrar do corpo de Matt, e entrega algumas das melhores cenas de Debra (Jennifer Carpenter) nessa temporada – até o momento.

    O relacionamento entre Dexter e Harrison segue sendo uma das melhores partes do seriado, apesar da trama paralela dificultar a aproximação dos personagens. Toda a cena entre Angela (Julia Jones), Audrey (Johnny Sequoyah), Harrison e Dexter na mesa do jantar é bem significativa, pois aborda um ambiente saudável e estável de uma família comum.

    Ainda há uma sensação de que alguns personagens de Dexter: New Blood não possuem nomes. Por não causarem grande impressão, mesmo tendo um certo desenvolvimento, é difícil lembrar o nome deles ao término dos episódios. Considero isso algo negativo, pois quando há muitas histórias a serem abordadas, pouco se foca no que é necessário.

    O trabalho de direção de Sanford Bookstaver nesse episódio é seguro, principalmente nas cenas que temos Dexter sozinho, tentando resolver seus problemas. A perspicácia no trabalho de perspectiva, que faz os atores Fredric Lehne e Clancy Brown parecerem ter a mesma altura, e os coloca como os possíveis assassinos da trama, é algo muito interessante. Entretanto, depois desse episódio, minha aposta é que Kurt é o assassino metódico da cabana.

    O roteiro de McMillan estabelece, também, mais dúvidas sobre o passado de Harrison. Além de um menino gênio, Harrison possui habilidades de autodefesa que ele delega ao fato de ter vivido em lares adotivos. Entretanto, junte isso ao fato de existir uma carta que nem Dexter lembra de ter escrito, e as teorias começam a se formar na mente das pessoas.

    Esse passado obscuro é instigante, ainda mais quando consideramos a natureza de Dexter e também o trauma de Harrison com a morte de Rita (Julie Benz). Sua trama tem sido o que mais me agrada na nova temporada, além da ótima relação entre ele e Dexter.

    Para além de apenas uma construção de narrativa, Smoke Signals permite navegarmos ainda mais pelos pensamentos e ânsias de Dexter, aqui uma figura híbrida entre o assassino cruel e o pai obstinado a fazer o que é certo. Suas falhas e erros são um ponto de vista distinto e ainda inexplorado, que abrem diversas possibilidades.

    CRÍTICA | Dexter: New Blood – S1E3: Smoke Signals

    Confesso que a escolha de dar cabo do corpo de Matt daquele jeito foi um tanto duvidosa, visto que chama bastante a atenção e corre o risco de espalhar o DNA do morto por parte da cidade – que, até aquele momento, contava com cães farejadores. Ainda existem muitas surpresas para os próximos capítulos de Dexter: New Blood.

    Mesmo com esses desdobramentos, e uma certa corrida contra o tempo, Smoke Signals encontra espaço para explorar um pouco do modus operandi do assassino em série. Entretanto, sua forma de agir é um pouco… decepcionante. Após prender a vítima por dias em cativeiro, ele a soltou em local aberto e a abateu com um tiro. Nada além disso.

    Após a morte, o assassino em série limpa o corpo e parece embalsamar a vítima, como em um processo funerário. O que ele faz depois com os restos mortais, só saberemos no futuro. Entretanto, não é de se duvidar que ele guarde como prêmio – e por isso Angela não consegue encontrar os corpos das diversas vítimas feitas pelo serial killer.

    Dentre os três episódios lançados até agora, Smoke Signals foi o que teve o ritmo mais rápido, mas que explorou possibilidades concretas, largando pistas o tempo todo do que pode vir a acontecer em um futuro próximo. Afinal, se Kurt afirma que fez um FaceTime com seu filho, talvez uma nova trama precise tomar o lugar da investigação atual.

    VEREDITO

    Smoke Signals é um episódio de transição interessante e se sai melhor do que Storm of Fuck, tanto em execução, quanto em premissa. Mesmo não sendo tão bom quanto o primeiro episódio, é ainda assim uma ótima adição a temporada.

    3,9/5,0

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    CRÍTICA – Crysis Remastered Trilogy (2021, Crytek)

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    Ao final da década de 2000 surgia a franquia da Crytek que se tornaria referência em gráficos e exigência de hardware. Na época, exclusiva para PC, a trilogia Crysis Remastered Trilogy chegou agora para PC, PS4, Xbox One, Xbox Series X e S e Nintendo Switch.

    Na época do lançamento dos originais, poucas pessoas tiveram a oportunidade de jogar, visto que a exigência de hardware para se jogar em uma qualidade ao menos razoável era altíssima. Houve em 2011 o lançamento de uma port do primeiro jogo da franquia para Xbox 360 e PS3, porém foi considerado muito fraco pela comunidade, por não entregar toda a qualidade que era experimentada no PC.

    O primeiro remaster para a atual geração veio no ano passado (2020), e os outros 2 últimos jogos da franquia foram lançados no último dia 15 de outubro. A análise que faremos aqui será sobre a trilogia como um todo, jogada em um PS4, destacando algum dos jogos separadamente quando for pertinente.

    RODA CRYSIS?

    Crysis

    Eternizado como meme justamente por ser referência em exigência de hardware, no PC, uma das opções de qualidade é justamente “Can It Run Crysis?”. O meme que tornou famosa a franquia foi tão bem internalizado e aproveitado pela Crytek, que eles trabalharam para tentar otimizar os gráficos através de um rigoroso trabalho de luzes e sombras.

    Algumas texturas foram melhoradas, apesar de muitas parecerem ter sido simplesmente maquiadas pelo jogo de sombras, reduzindo a percepção de detalhes.

    Ainda assim, as armas e o nanosuit receberam um impressionante melhoramento em seu nível de detalhes. Além destes, soldados inimigos e outros NPCs também tiveram consideráveis otimizações, cumprindo bastante com o papel de um remaster.

    As diferenças podem ser observadas neste vídeo oficial da Crysis Remastered Trilogy. Um dos pontos em que o jogo perde um pouco é no detalhamento do ambiente, onde a Crytek optou por tornar bem mais iluminado e colorido, tornando talvez menos real do que a aparência do original. Ainda assim, a renderização à distância está muito melhor, permitindo observar e identificar pontos bem mais distantes com mais facilidade do que no original.

    GAMEPLAY

    Crysis

    As mecânicas, no geral, foram otimizadas e permitem um conforto durante a jogatina. Todos os comandos oferecidos tem uma resposta adequada e permitem que se sinta o jogo, tanto por vibrações de tela quanto de controle. Infelizmente no primeiro jogo as qualidades destacas não foram tão bem trabalhadas, tornando por vezes desconfortável a movimentação e mira.

    Outro detalhe negativo relevante sobre o primeiro jogo da Crysis Remastered Trilogy são as hitboxes dos NPCs. Muitas vezes um tiro bem mirado na cabeça não acerta, independente da distância, acontecendo com mais frequência nos tiros à distância.

    No entanto, nos outros dois jogos, estas falhas não foram percebidas, tornando toda a experiência de controle e resposta muito agradável.

    A inteligência artificial também foi otimizada e no geral entrega um bom desafio, apesar de alguns momentos existirem alguns bugs bastante dicotômicos. Por vezes existe uma total falta de percepção de proximidade mesmo sem recursos stealth. Em outras, por mais escondido que esteja o protagonista, os NPCs conseguem enxergar através de paredes e perceber coisas que nem você percebeu.

    VEREDITO

    Por se tratar de um remaster, não fizemos a análise da história, mas vale o destaque de que ela se manteve a mesma, entregando um excelente enredo que prende o jogador até o fim da campanha.

    No geral, todos os jogos apresentam visíveis melhoras, permitindo também uma percepção de evolução na qualidade a cada jogo. Jogando o primeiro, como já destacado, foi onde tive a pior experiência, já nos demais, a percepção de qualidade cresceu bastante.

    Um ponto negativo para nós aqui no Brasil é não haver nenhuma opção de idioma em português, seja de dublagem, legendas ou nos menus, o que limita um pouco a acesso pela comunidade que não domina outro idioma.

    Ainda que tenha algumas imperfeições, de forma alguma estes pontos elencados aqui desabonam a grande qualidade presente em Crysis Remastered Trilogy. A recomendação é feita com facilidade. Se você jogou os originais, é uma ótima oportunidade de revisitar um grande jogo com boas melhorias. Se nunca teve a oportunidade, aproveite, porque este é um clássico muito bem envelhecido. Vale a pena.

    Uma pena é apenas o valor para brasileiros neste atual momento. Com o dólar bastante alto, um jogo com um valor até honesto na gringa (US$ 39,99 na promoção atual) se torna quase que inviável para nós, custando em torno de R$ 211,92.

    Valores foram baseados na Playstation Store.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer de Crysis Remastered Trilogy:

    E você, já jogou Crysis Remastered Trilogy? O que achou? Deixa sua nota e comenta sobre suas impressões.

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    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Pokémon Shining Pearl (2021, Nintendo)

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    Os primeiros remakes da franquia Pokémon para o Nintendo Switch chegaram na última sexta-feira, 19 de novembro. Pokémon Shining Pearl é a atualização da versão Pearl, lançada em 2006 para Nintendo DS. O jogo foi lançado junto com Brilliant Diamond, que traz para o console híbrido da Big N a reimaginação de Pokémon Diamond, também original do Nintendo DS.

    Aqui neste texto de primeiras impressões focaremos na experiência jogando Shining Pearl. No entanto, há diversas similaridades entre as versões, então essa análise pode valer também para Brilliant Diamond.

    Se desejar conhecer o que há de diferente entre ambas, confira no fim do artigo as diferenças entre Pokémon Brilliant Diamond (BD) e Shining Pearl (SP) – combo também conhecido como Pokémon BDSP.

    E por falar em diferenças, os remakes foram desenvolvidos pela empresa ILCA, fugindo do tradicional desenvolvimento por parte da Game Freak. Apesar disso, o trabalho foi supervisionado por Junichi Masuda (Game Freak) e por representantes de Nintendo e The Pokémon Company.

    SINOPSE

    Vivencie a história nostálgica do jogo Pokémon Pearl Version em uma aventura reimaginada, Pokémon Shining Pearl, agora disponível no console Nintendo Switch!

    As aventuras no jogo Pokémon Shining Pearl acontecerão na conhecida região de Sinnoh. Rica em natureza e com o poderoso Mount Coronet em seu núcleo, Sinnoh é uma terra de muitos mitos passados de geração em geração. Você poderá escolher Turtwig, Chimchar ou Piplup para ser seu primeiro parceiro Pokémon e, em seguida, partirá em sua jornada para se tornar o campeão da Pokémon League.

    Ao longo do caminho, você irá se deparar com a misteriosa organização Team Galactic e poderá encontrar o Pokémon Lendário Palkia.

    ANÁLISE DE POKÉMON SHINING PEARL

    A estreia de remakes de Pokémon desenvolvidos para Nintendo Switch está repleta de mudanças. As alterações vão muito além da relação entre a Game Freak com a franquia, sendo inicialmente perceptível por conta dos gráficos. O estilo Chibi trazido ao universo Pokémon em um console de última geração da Nintendo também remete ao clássico Animal Crossing.

    Por si, isso já é uma relevante quebra de paradigma. É natural que muitos tenham discordado dessa escolha, mas a mim agradou. Ao menos no que diz respeito aos personagens.

    No entanto, há pontos negativos no estilo gráfico de Pokémon Brilliant, e eles são perceptíveis já no começo da jornada.

    Excesso de blur prejudica a experiência gráfica pensada para Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl
    Travessia em dupla na Eterna Forest

    O uso de blur é excessivo em diversos momentos do jogo, especialmente em ambientes claros ao ar livre, em cavernas e florestas. Há cenários em que o game força você a olhar somente ao personagem, pois o entorno embaçado exige que sua atenção esteja ali, causando um incômodo visual.

    Pokémon Shining Pearl é um jogo com cores vivas e bonitas, que poderiam ser muito satisfatórios de jogar apreciando a beleza dos cenários coloridos. No entanto, o blur combinado com a luminosidade e a saturação muitas vezes atrapalha.

    Apesar disso, é preciso enaltecer a ambientação das batalhas. Tanto as partidas convencionais nas rotas, como as temáticas contra líderes de ginásio e outros adversários imponentes são maravilhosas. Os encontros com o Team Galactic são um dos meus favoritos.

    A ambientação das batalhas com o Team Galactic é uma das melhores em Pokémon BDSP
    Batalha contra a Commander Mars, do Team Galactic

    Outro ponto de ruptura entre Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl quando comparado à maioria dos jogos da franquia é o Exp. Share ativado em tempo integral para compartilhar experiências entre os Pokémon utilizados na batalha e os demais que estão na sua equipe. Eu entendo a utilidade da mecânica no sentido de facilitar a jornada, acredito que é interessante, mas não ter a liberdade de desligá-la é algo negativo.

    Quanto mais Pokémon seu adversário usa, mais a batalha se torna truncada, especialmente se dois ou mais monstrinhos da sua equipe passam de nível. A situação piora se esse contexto envolver aprendizado de novos ataques.

    Por que digo isso?

    Porque a cada Pokémon vencido a tela exibe a experiência conquistada por todos da equipe. Os jogos de Pokémon sempre foram assim, mesmo quando usando o Exp. Share, mas a diferença está justamente na capacidade de decidir usá-lo ou não.

    Cabe destacar também o fim dos Hidden Moves (HMs), que agora fazem parte de um app integrado ao relógio inteligente Pokétch. Ou seja, você não precisa mais escolher um Pokémon específico para aprender determinados ataques como Cut e Rock Smash, bastando apenas usá-los no app para que um monstrinho selvagem o ajude.

    Muitas horas de diversão com POKÉMON BDSP

    As jornadas para se tornar um Mestre Pokémon nas diferentes regiões da franquia são tradicionalmente longas. Isso é ainda mais certo se você deseja completar as respectivas Pokédex ou atingir objetivos ainda mais desafiadores, como ter todos os shinies disponíveis.

    A duração de Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl é um trunfo importante de ser destacado. Ambos jogos garantem muitas horas de aventuras pela região de Sinnoh, o que é sempre um fator relevante na hora de decidir comprar um jogo ou não.

    É por causa da longa jornada que decidi fazer esse texto de primeiras impressões ao invés de uma crítica definitiva. No momento que escrevo este texto estou recém no segundo ginásio de Shining Pearl, em Eterna City. No entanto, já farmei muito na Eterna Forest e iniciei a aventura na grande novidade dos remakes: o Grand Underground.

    Antes de falar do Grand Underground, é fundamental destacar que ainda há outros recursos além da jornada tradicional. As batalhas e o sistema de trocas pela internet (disponíveis para assinantes do Nintendo Switch Online) e local agregam muito. Também há outros elementos que garantem lazer e desafios mais leves para a jornada, como o Super Contest Show.

    Customização do avatar com diferentes tons de pele e cabelos é um ponto importante em Pokémon BDSP
    Customização do avatar com diferentes tons de pele e cabelos é um ponto importante em Pokémon BDSP

    Falando no Super Contest Show, a customização para seu próprio avatar também é um ponto positivo, especialmente por ser mais inclusivo, tanto nas caracterizações masculinas, como nas femininas.

    Grand Underground é a melhor adição aos remakes

    Todo o subterrâneo de Sinnoh é jogável em Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl. O novo Grand Underground tem como diferencial ser uma gigantesca região com biomas e mini-jogos em seus caminhos abaixo da terra.

    Nos biomas é possível encontrar diversos Pokémon de gerações diferentes, elevando a experiência a um nível mais interessante. Mas não apenas isso: os monstrinhos são visíveis nas áreas, o que torna tudo muito, muito, muito mais atraente e divertido.

    Grand Underground é a melhor adição aos remakes Pokémon BDSP
    Bioma de fogo no Grand Underground

    Imagine vasculhar uma área vendo perto de você um Pokémon que você deseja? Ou se surpreender ao encontrar um baby como Togepi? É essa experiência incrível que o Grand Underground oferece, ampliando muito as possibilidades de montar equipes em Pokémon BDSP.

    Além disso, o mini-jogo de quebrar diversas paredes para encontrar recompensas é desafiador e divertido. Também é uma forma de receber itens importantes, como pedras de evolução. Há ainda a caçada a 40 Digglet, que possibilita encontrar prêmios melhores nas escavações pelas paredes.

    Ou seja: se ao natural Pokémon Brilliant Diamond e Pokémon Shining Pearl já são jogos extensos, imagine tendo uma Sinnoh subterrânea inteira para explorar? Com certeza Grand Underground é a melhor adição aos remakes!

    VEREDITO

    Pokémon Shining Pearl, assim como seu parceiro de combo Brilliant Diamond, é um jogo que traz rupturas relevantes ao que existia nas versões originais de 2006 e ao universo Pokémon em geral. As principais mudanças dizem respeito a escolhas gráficas, que possuem pontos positivos no estilo Chibi, mas negativos no que deveria complementar bem a experiência fofa.

    O grande trunfo dos remakes de Pokémon Pearl e Diamond é a adição do Grand Underground que é, basicamente, um mundo à parte, mas interligado com a aventura principal de modo que faz total sentido. Em um contexto que já era positivo por conta das boas experiências com os títulos originais, a região subterrânea de Sinnoh é uma criação que, por si, já vale conhecer as versões exclusivas para Nintendo Switch.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Pokémon BDSP: Diferenças entre as duas versões

    A principal diferença entre os jogos diz respeito aos Pokémon que estampam as capas. Em Brilliant Diamond, Team Galactic está em busca de conquistar Dialga e, portanto, esse é o lendário que você irá capturar. Por sua vez, em Shining Pearl, o lendário destacado é Palkia.

    No entanto, há outras diferenças entre Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl, também relacionadas a monstrinhos exclusivos – inclusive lendários! Confira a seguir.

    Exclusivos Pokémon Brilliant Diamond:

    • Caterpie
    • Metapod
    • Butterfree
    • Ekans
    • Arbok
    • Growlithe
    • Arcanine
    • Seel
    • Dewgong
    • Scyther
    • Scizor
    • Elekid
    • Electabuzz
    • Electivire
    • Murkrow
    • Honchkrow
    • Gligar
    • Gliscor
    • Entei
    • Raikou
    • Suicune
    • Larvitar
    • Pupitar
    • Tyranitar
    • Ho-oh
    • Seedot
    • Nuzleaf
    • Shiftry
    • Mawile
    • Zangoose
    • Solrock
    • Kecleon
    • Cranidos (via Skull Fossil)
    • Rampardos
    • Stunky
    • Skuntank
    • Dialga

    Exclusivos Pokémon Shining Pearl:

    • Weedle
    • Kakuna
    • Beedrill
    • Sandshrew
    • Sandslash
    • Vulpix
    • Ninetales
    • Slowpoke
    • Slowbro
    • Slowking
    • Magby
    • Magmar
    • Magmortar
    • Pinsir
    • Articuno
    • Zapdos
    • Moltres
    • Misdreavus
    • Mismagius
    • Teddiursa
    • Ursaring
    • Stantler
    • Lugia
    • Lotad
    • Lombre
    • Ludicolo
    • Sableye
    • Seviper
    • Lunatone
    • Bagon
    • Shelgon
    • Salamence
    • Shieldon (via Armor Fossil)
    • Bastiodon
    • Glameow
    • Purugly
    • Palkia

    Assista ao trailer de Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl:

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    House of the Dragon: Conheça Meleys, a Rainha Vermelha

    Meleys, também conhecida como Rainha Vermelha, foi uma dragoa montada pela Princesa Alyssa Targaryen e posteriormente pela Princesa Rhaenys Targaryen.

    Em 75 d.C. (Depois da Conquista), Meleys foi considerada um dos dragões mais velozes de Westeros, ultrapassando facilmente  CaraxesVhagar.

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    ORIGEM

    Nas páginas escritas por George R. R. Martin não está claro o local exato de nascimento da dragoa Meleys, a Rainha Vermelha.

    APARÊNCIA

    Meleys tinha escamas escarlates e membranas rosa em suas asas, pelas quais ela recebeu seu apelido de Rainha Vermelha. Já sua crista, chifres e garras eram brilhantes como cobre.

    Por volta de 129 d.C., a dragoa tinha se tornado preguiçosa, mas ainda era temível quando enfurecida. A dragoa era velha, astuta e conhecedora de batalha.

    CAVALEIROS

    As únicas pessoas que montaram Meleys foram:

    • Princesa Alyssa Targaryen;
    • Princesa Rhaenys Targaryen.

    FEITOS

    Por volta de 75 d.C., Meleys residia no Fosso dos Dragões em Porto Real, nunca sido montada antes. Ela foi reivindicada naquele ano pela princesa Alyssa Targaryen. Dois anos depois, Alyssa amarrou seu filho Viserys de nove dias de idade ao peito e o levou para voar na Rainha Vermelha. Ela fez o mesmo em 81 d.C. com seu segundo filho, Daemon, quinze dias após o nascimento dele. 

    Três anos depois, Meleys ficou sem sua montadora quando a Princesa Alyssa morreu no parto de seu terceiro filho.

    Em 87 d.C., a Rainha Vermelha foi reivindicada pela Princesa Rhaenys Targaryen. Em 89 d.C., Rhaenys voou em Meleys para Jardim de Cima, para acompanhar o Rei Jaehaerys I Targaryen. No ano seguinte, quando Rhaenys se casou com Lorde Corlys Velaryon, ela insistiu em chegar ao casamento voando em sua dragoa.

    Rhaenys montou Meleys durante a Dança dos Dragões. Quando a cidade costeira Resto de Torre foi sitiado pelo exército de Sor Criston Cole em 129 d.C., Rhaenys Targaryen, agora uma Velaryon, voou com sua dragoa para ajudar os sitiados. Na chegada ao local a Rainha Vermelha foi atacada pelo exército de Cole com escorpiões – grandes bestas de ferro -, o que a irritou, mas não lhe fez mal. Em resposta, ela cuspiu fogo nos sitiantes abaixo. 

    Quando Vhagar e Sunfyre apareceram, Meleys lutou contra eles no ar. De acordo com o Arquimeistre Gyldayn, a Rainha Vermelha poderia ter tido uma chance contra o Vhagar, que era mais velho e se este estivesse sozinho; mas não contra Vhagar e Sunfyre juntos.

    MORTE

    Durante o combate nos céus, a Rainha Vermelha conseguiu fechar sua mandíbula ao redor do pescoço de Sunfyre, até que Vhagar caiu sobre eles, fazendo com que os três dragões caíssem no chão nas redondezas da cidade sitiada.

    Meleys não sobreviveu à queda e seu corpo foi feito em pedaços.

    A cabeça da Rainha Vermelha foi levada de volta à Porto Real pelas forças do Rei Aegon II Targaryen puxada em uma carroça através da capital, deixando os plebeus em silêncio.

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