Início Site Página 435

    CRÍTICA – Bela Vingança (2021, Emerald Fennell)

    Bela Vingança (Promising Young Woman) é dirigido e roteirizado por Emerald Fennell (Killing Eve e The Crow), produzido por Margot Robbie e estrelado por Carey Mulligan.

    O longa está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Direção. Bela Vingança estreou mundialmente no Festival de Sundance em 2020 e chega ao Brasil dia 22 de abril.

    SINOPSE

    Em Bela Vingança, Cassie (Carey Mulligan) é uma mulher com muitos traumas do passado e que frequenta bares todas as noites fingindo estar bêbada. Quando homens mal-intencionados se aproximam dela com a desculpa de que vão ajudá-la, Cassie entra em ação e se vinga dos predadores que tiveram o azar de conhecê-la.

    ANÁLISE

    A diretora Emerald Fennell.

    É fato que os filmes provocam sensações inimagináveis e despertam sentimentos profundos. E quando uma obra faz tamanho barulho em nossas entranhas e pensamentos é hora de parar para analisar o que acabou de ser assistido. Bela Vingança de Emerald Fennell tem esse poder sobre o espectador e por isso, é tão complicado falar sobre esse longa.

    É importante compreender todo o contexto social, histórico e também político ao qual o longa está ligado. O filme é uma visão contemporânea e cínica sobre uma sociedade corrosiva. Dessa forma, Cassie interpretada incrivelmente por Carey Mulligan é um retrato do sentimento de urgência que ronda todas as mulheres.

    Isso porque, Cassie decide deixar o papel de vítima para buscar vingança em um sistema abusivo, injusto e corrupto. No longa, a melhor amiga de Cassie comete suicídio após ser abusada sexualmente na faculdade. A tragédia causa um profundo trauma na protagonista que começa a frequentar bares e festas fingindo estar bêbada até ser abordada por predadores sexuais, para amedrontá-los.

    Contudo, de início a narrativa apresentada pelo filme de Fennell não é nada expositiva. Logo, o filme se inicia com alguns homens em uma boate comentando sobre Cassie – aparentemente alcoolizada – “essas garotas se põem em perigo desse jeito“, “se ela não se cuidar, alguém vai tirar vantagem“, “isso é pedir para levar“.

    Os comentários grotescos exemplificam um tema constantemente abordado no longa, a cultura do estupro. Nesse sistema, a violação sexual é normalizada devido às atitudes sobre gênero e sexualidade. Nesse sentido, quando o filme aborda que a amiga de Cassie denunciou o abuso à faculdade, a justiça e as pessoas ao redor, mas não ganhou nenhum apoio, Emerald Fennell quer que olhemos no âmago da sociedade para entendermos que a cultura do estupro é tanto institucional, como estrutural.

    Dessa forma, é nítido o porquê de Bela Vingança preferir uma montagem confusa, o intuito é tirar variadas reações do espectador à medida que conhecemos as motivações de Cassie. E aqui, uma ressalva a composição visual do longa que apresenta uma paleta de cores ao melhor estilo candy combinado com tons pastéis para passar um “quê” de pragmatismo misturada a um humor ácido.

    Isso porque, o longa não foge às suas dualidades. Cassie age como uma anti-heroína ao desmascarar homens que minutos atrás estavam dispostos a lhe estuprarem, – as reações surpresas e apavoradas geram situações cômicas que deixam aquele gostinho de vingança. Por isso que Bela Vingança é um filme que foge do convencional ao tratar de assuntos sérios com uma narrativa tão afrontosa.

    Além do filme 

    Bela Vingança é fruto do seu tempo. Isso porque, o filme se junta a outros títulos, como A Assistente (2019), para denunciar através do cinema a cultura do estupro e como as mulheres estão desoladas.

    Dessa forma, o filme surge como uma catarse e dá voz a um grito de ódio e desespero. Isso porque, obras como Bela Vingança expurgam o sentimento de incapacitação que assombra as mulheres todos os dias. Logo, a revolta de Cassie se torna um momento de alívio.

    Contudo, não dá para negar que o longa mostra uma perspectiva fantástica a um contexto totalmente real e traumático. Visto que ao corroborar, em certa medida, com a retórica de que “homens ricos e brancos não estão acima da lei”, o filme se torna pretensioso.

    Veja bem, é possível que Emerald Fennell tenha pretendido esse clima “justiceiro” ao final no longa. Já que, por ter dado um final corajoso e extremamente inusitado a sua protagonista, deixaria um gosto agridoce que não seria bem-vindo. Talvez, por isso, seja necessário um final idealista no qual temos advogados arrependidos e homens brancos presos.

    Dessa forma, a dor da violência, da deslegitimação e do esquecimento ganha um sorriso amarelo. A vingança pode ser completa, mas sem floreios. Consequentemente, Bela Vingança atenta para o fato de que “o pleno” século XXI não sumiu com o abuso sexual contra as mulheres, apenas o atualizou para caber na culpa dos homens modernos.

    VEREDITO

    Bela Vingança tem uma narrativa inovadora que conversa com o atual para passar uma mensagem de posicionamento feminino. Dessa forma, o filme consegue ser transformador à medida que Cassie cresce em cena – amém, Carey Mulligan.

    Sem dúvidas o longa de Emerald Fennell é uma experiência que deve ser assistida por todos e discutida sempre que possível.

    4,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    Elijah Bradley: Conheça o segundo Patriota

    O Patriota não é um único herói da Marvel Comics, mas sim 3 heróis de épocas diferentes:

    • Jeffrey Mace é o mais famoso deles; o personagem que foi criado por Ray Gill e George Mandel teve sua primeira aparição em Tocha Humana #4, março de 1941;
    • Elijah Bradley, mais conhecido como “Eli” e atual membro dos Jovens Vingadores, foi criado por Allan Heinberg e Allan Cheung; tendo sua primeira aparição em Jovens Vingadora #1 em abril de 2005;
    • Rayshaun Lucas foi criado por Nick Spencer e Daniel Acuña, teve sua primeira aparição em Capitão América: Sam Wilson #18 em janeiro de 2017.

    Apesar das versões diferentes, nesse artigo vamos conhecer a história do Elijah Bradley, o segundo Patriota.

    ORIGEM

    Elijah Bradley é um jovem rapaz que foi procurado pelo Rapaz de Ferro em sua busca de encontrar jovens super dotados para fazer parte de uma missão em que ele derrotaria o seu alter ego do futuro, o maligno Kang, o Conquistador.

    O Rapaz de Ferro estava procurando pelo filho de Isaiah Bradley, Josiah, porém ele estava desaparecido na época e foi Elijah quem respondeu ao chamado. A Mãe de Eli achava que o mesmo não tinha superpoderes, por ter sido concebido antes de seu pai passar por todos os experimentos.

    Mais tarde, ele ganhou seus poderes artificialmente com o hormônio do crescimento mutante (MGH), uma droga ilegal de rua que causa breves períodos de habilidades sobre-humanas.

    Elijah Bradley queria honrar o legado de seu avô, por isso havia mentido sobre seus poderes e após tanto tempo escondendo a verdade e se tornando viciado, ele saiu da equipe. No entanto ele retornou – de forma “irônica” – após ser gravemente ferido em uma luta, recebeu uma transfusão de sangue de seu avô, logo herdando os poderes de Isaiah, que eram equivalentes aos de um Super Soldado.

    PODERES E HABILIDADES

    Quando fazia o uso da MGH, Elijah recebia agilidade, força, velocidade, resistência e tempo de reação superiores aos de Super Soldados normais como seu avô e o Capitão América, mas a um alto custo físico e mental.

    A droga só funciona por algum tempo e no final, Eli se sentia impotente, fraco e vazio.
    Após a transfusão de sangue ele desenvolveu as habilidades físicas de um verdadeiro Super Soldado, recebendo força sobre-humana, resistência, velocidade, reflexos, agilidade e sentidos.

    Elijah Bradley também possui um grau de resistência a lesões que torna sua pele à prova de balas, bem como um fator de cura.

    Elijah possui um escudo parecido com o do seu avô e com algumas semelhanças do escudo original de Steve Rogers; ele também carrega umas estrelas brancas feitas de metal que são usadas para arremesso com o padrão das estrelas da bandeira americana.

    EQUIPES

    Já fazendo parte dos Jovens Vingadores, Eli começou a ser chamado de Patriota e ajudou o Rapaz de Ferro a recrutar outros jovens como Wiccano e Hulkling.

    Curiosamente, foi em uma festa de casamento – atacada por vilões – que eles recrutaram duas jovens conhecidas: Cassie Lang (Estatura) e Kate Bishop (Gaviã Arqueira). Nessa época, o Patriota era o líder da equipe e sempre houve atrito com Kate, que não aprovava a liderança dele; eventualmente, os dois tiveram uma relação intensa, porém breve.

    Durante a Guerra Civil, Patriota se manteve ao lado de Steve Rogers, tendo inclusive se colocado na frente de uma bala para salvar a vida do Capitão América.

    CURIOSIDADES

    O escritor Allan Heinberg afirmou que o uso de drogas de Elijah Bradley é baseado em sua própria história:

    “Como eu tinha pessoalmente tido uma experiência recente (e lamentável) com esteróides , o uso deles era algo sobre o qual eu queria escrever. Para o bem ou para o mal, a raça de Elijah nunca foi um fator nas decisões de narrativa, e espero que, ao final deste arco, a história de Eli seja inspiradora para todos os nossos leitores.”

    OUTRAS MÍDIAS

    Elijah Richardson interpreta Elijah na série Falcão e o Soldado Invernal.

    GAMES

    O Patriota de Bradley aparece em Marvel Ultimate Alliance 2, dublado por Ogie Banks. Esta versão é apoiadora da campanha Anticristo e aparece como chefe da campanha Pró-Registro.

    CINEMA

    Já o Patriota de Rayshaun Lucas, aparece no filme de animação Marvel Rising: Secret Warriors, dublado por Kamil McFadden. Essa versão é um agente da S.H.I.E.L.D..

    Em Pantera Negra (2018), o diretor Ryan Coogler estava planejando introduzir Elijah Bradley no filme, mas o diretor afirmou que queria mostrar a história e cultura de Wakanda, deixando de lado esse planejamento.

    TV

    Na série Agents of S.H.I.E.L.D., Jason O’Mara interpreta uma versão do primeiro Patriota, Jeffrey Mace; estreando na quarta temporada como um ex-jornalista que é nomeado o rosto público e novo Diretor da S.H.I.E.L.D..

    Recentemente, em Falcão e o Soldado Invernal, Elijah Richardson interpreta Elijah. Esta versão vive com seu avô, Isaiah Bradley e não aparenta ter super poderes.

    Falcão e o Soldado Invernal terá seis episódios e todos eles terão crítica no nosso site e no canal do YouTube. Se inscreva clicando aqui e acompanhe também nossa página especial da serie da Disney+.

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    Fortnite: Como coletar barras de ouro rápido e completar o Desafio Lendário

    Um novo Desafio Lendário agora está disponível em Fortnite, e os jogadores que querem completar todos os estágios, precisarão coletar um total de 5.000 barras de ouro. Apesar disso parecer uma quantidade astronômica a princípio, é possível ganhar centenas de barras de ouro a cada partida sem muito esforço.

    Esse guia detalhará exatamente como é feito, e quem o seguir não deve ter problemas para ter êxito na 5ª semana da temporada 6 de Fortnite antes que ela passe.

    Para começar, os jogadores que procuram acumular rapidamente as Barras de Ouro em Fortnite, devem visitar Kyle, localizado entre o Pântano Glup e o Lago da Preguiça. Após encontrar esse NPC, os fãs devem aceitar a missão “Coletar Madeira”, e então quebrar madeira para coletar 120 barras de ouro rapidamente. Os jogadores devem então retornar para Kyle e completar a missão “Coletar Materiais de Construção” para ganhar 80 barras de ouro adicionais.

    Nesse momento, os jogadores devem ter aceitado a missão “Destruir Árvores” de Kyle, mas eles não devem completar ainda. Ao invés disso, os jogadores devem ir até o Sargento da Faixa, outro NPC do Fortnite que está localizado no Bosque Choroso, enquanto ele também oferece uma missão que é basicamente destruir árvores. Após aceitar ambas missões, os fãs precisam trabalhar nelas, e receberão um total de 240 Barras de Ouro, quando árvores o suficiente tiverem sido destruídas.

    Os jogadores então devem retornar até o Sargento Faixa a fim de começar sua missão de “Pilhagem de Cogumelos”, e os fungos podem ser encontrados mais a oeste do Bosque Choroso. Os jogadores ganharão cerca de 120 barras de ouro ao completar a tarefa, e isso dará aos jogadores um total de 560 barras de ouro. Isso indubitavelmente te dará uma boa vantagem, e os jogadores poderão sempre repetir esse processo no começo das partidas, avançando rapidamente assim no Desafio Semanal Lendário da 5ª semana da 6ª Temporada.

    Vale lembrar, é possível ganhar muito mais que 560 barras de ouro por partida ao navegar na tempestade após terminar as missões de Kyle e do Sargento Faixa ao procurar por outros NPCs na área. De fato, há personagens espalhados por todo o mapa de Fortnite e muitos deles oferecem missões que são rápidas e fáceis, e estão detalhadas acima.

    Enquanto os fãs podem acumular barras de ouro o suficiente para o desafio sem perseguir qualquer dessas oportunidades adicionais, os jogadores que querem acelerar o processo podem considerar realizar essas missões de novo e de novo.

    Fortnite está disponível para PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One e Xbox Series X|S.

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    Noites Sombrias #10 | Conheça a história de Junji Ito

    Como um protético dentário se torna mangaká? Provavelmente, apenas, Junji Ito consiga explicar, já que os mangás do ex-protético são feitos com inegável maestria. 

    Se você tem o costume de passar bastante tempo na internet, provavelmente, já ouviu falar desse nome. Apesar, de Ito não ser considerado ainda um artista mainstream, o japonês possui fãs que são completamente obcecados por suas obras.

    Seria isso um ótimo enredo para mais um conto de terror? Talvez, porém a certeza que temos hoje é que você saberá muito mais sobre esse homem, que ultimamente está causando tanto burburinho mesmo não sendo do BTS.

    BIOGRAFIA

    Nosso artista em questão nasceu no dia 31 de julho de 1963, em Gifu, no Japão. Desde criança foi influenciado pelas suas irmãs desenhistas, como também por Kazuo Umezu, Shinichi Koga e H. P. Lovecraft, porém, sempre considerou seus desenhos como um passatempo.

    Por volta, de 1987, Junji Ito que até então trabalhava como protético dentário, resolveu mostrar sua obra mais famosa, Tomie, em um concurso onde Kazuo Umezu era um dos jurados.

    Assim, passou a ganhar bastante notoriedade no Japão, sendo considerado o escritor e desenhista especialista no gênero terror.

    Obras como Gyo, Mimi no Kaidan, Black Paradox e Voices in The Dark, por exemplo, foram criados pelo grande autor.

    O NOVO MESTRE DO MEDO

    Particularmente, tenho preferência por obras japonesas ou coreanas quando o assunto é causar medo. Mas, a habilidade do Junji Ito vai além, já que o autor consegue trabalhar perfeitamente com o terror e o horror. 

    Oh! Feededigno, qual é a diferença? Não é tudo a mesma coisa?” Ah, não! Terror é quando a obra cria um medo imaginário utilizando de gatilhos nas narrativas ou pequenas tensões visuais, portanto, o medo é criado através da ansiedade que o autor plantou em você.

    Quando falamos em horror, trata-se de algo totalmente grotesco e nojento, lida com a repulsa, causando um desconforto tão grande que quem lê ou assiste não aguenta mais olhar.

    Um exemplo disso é no conto The Enigma of Amigara Fault, em que conta sobre buracos que surgem na montanha Amigara. O que é bastante comum, porém, essas deformações possuem o formato de corpos humanos, então causam tanto estranhamento, que pessoas viajam milhas e milhas para irem até o local.

    E aqueles que encontram a forma dos seus próprios corpos na montanha,  ficam totalmente obcecadas. 

    Pronto, o terror já está instalado. Como assim em um lugar qualquer tem uma cratera com as exatas proporções do seu corpo? A partir desse ponto, a história evolui para cenas grotescas dignas do horror.

    O NOME DELA É TOMIE

    Todo artista possui sua musa, certo? Assim, como Leonardo da Vinci criou Monalisa, Ito fez Tomie, sua musa, a personagem que aparece em diversas histórias. 

    Sua origem começa quando um professor reconforta seus alunos, após a morte brutal de uma jovem que foi morta e esquartejada, no mesmo momento, é interrompido pela garota em questão. 

    Seu nome é Tomie Kawakami, e está vivíssima na porta da sala pedindo desculpas pelo atraso, como se nada tivesse acontecido.

    Além, da trama de sua origem ela aparece em outras obras do autor; a mais conhecida conta sobre um pintor que conhece uma garota e fica totalmente obcecado, que sente a necessidade incontrolável de pintá-la.

    Portanto, Tomie é a figura enigmática que sempre aparece para os homens. Com assuntos e sensações cada vez mais comuns do dia-a-dia como obsessão, inveja, luxúria, ciúmes, etc.

    ESTÁ TUDO NA SUA CABEÇA

    A maior ferramenta do Junji Ito é saber pegar um trauma, sentimento ou alguma tensão psicológica para trazer o medo a superfície e torná-lo palpável.

    Todas as suas obras são com base em sensações comuns que estão na mente de qualquer um, como obsessão, o que é o caso de Uzumaki, ciúmes quando novamente Tomie aparece, depressão que está presente em Black Paradox entre muitos outros.

    Então, quem lê só consegue pensar o quanto aquilo poderia acontecer, quando o leitor está com essa ideia fixa na mente, Ito com uma enorme habilidade desenhista coloca cenas totalmente nojentas e repulsivas.

    Portanto, se você ama obras tanto de terror quanto de horror, precisa ler os contos de Junji Ito, mas aconselho fazê-lo de dia e com companhia. Depois não diga que não avisei.

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    Love, Death & Robots: Unreal Engine da Epic está sendo usada para episódio!

    A série de Tim Miller e David Fincher, Love, Death & Robots, foi uma antologia sci-fi extremamente intrigante, que levou os limites da criatividade e a simples função de contar histórias e técnicas de animação a um novo limite, agora com a Unreal Engine da Epic.

    A Netflix renovou a série para uma segunda temporada ainda em 2019, mas infelizmente, desde então, não se sabe muito sobre os episódios.

    Entretanto, a indústria recebeu uma incrível notícia a respeito de um dos episódios da segunda temporada. Ela vem da Animation World Network, que publicou uma entrevista do Supervisor de VFX Sênior, Jerome Chan da Sony Pictures Imageworks. A entrevista é focada principalmente nas formas revolucionárias que a Unreal Engine está sendo usada também em filmes e séries de TV.

    Apesar da Unreal Engine ser usada principalmente para o desenvolvimento de games, o sistema de produção em tempo-real está sendo integrado à filmes e TV. E o site aponta:

    Para Jerome Chen, o supervisor sênior de VFX da Sony Pictures Imageworks, a Unreal Engine se tornou uma ferramenta inestimável, permitindo produção de animação em tempo real, e as análises mudaram fundamentalmente o nosso processo criativo.

    Um lugar onde você verá a Unreal Engine ser usada é na segunda temporada de Love, Death & Robots. Chen revelou que ele tem usado a Unreal Engine em um novo episódio da vindoura temporada. Ele não revelou nenhum detalhe específico sobre o episódio, mas revelou que é:

    “Detalhamento de computação gráfica que nos lembra cinemáticas de games de ponta com personagens humanos e criaturas. Nosso trabalho conta também com Maya, ZBrush e Houdini, mas o compromisso é tentar nos manter na Unreal Engine o quanto for possível, e sair onde fizer sentido. Essa é nossa primeira incursão no Unreal e estamos muito animados com as possibilidades.”

    Grande parte da entrevista, conta com Chen elogiando a Unreal Engine que abriu as portas para ele animar de um modo diferente. Se você ainda não assistiu, dê uma chance à Love, Death & Robots.

    CRÍTICA – Love, Death and Robots (1ª temporada, 2019, Netflix)

    Assista ao trailer da segunda temporada, que chega dia 14 de maio; e a terceira em 2022:

     

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.

    CRÍTICA – Radioactive (2019, Marjane Satrapi)

    Radioactive é o novo filme estrelado por Rosamund Pike e que está disponível na Netflix. Lançado originalmente em 2019 nos Estados Unidos, o longa dirigido por Marjane Satrapi é uma cinebiografia sobre a polonesa Marie Curie, cientista que ganhou o Prêmio Nobel duas vezes por suas descobertas nos campos da física e da química.

    SINOPSE

    Movida por uma mente brilhante e uma grande paixão, Marie Curie (Rosamund Pike) embarca em uma jornada científica com o marido, Pierre (Sam Riley). Suas descobertas vão mudar o mundo.

    ANÁLISE

    Radioactive acompanha a história de Marie Curie desde a sua infância até a sua morte. Com uma montagem que mescla acontecimentos de sua vida com as consequências de suas descobertas no futuro, o longa busca apresentar a história de uma das maiores cientistas que o mundo já viu.

    Além de sua carreira, o roteiro de Jack Thorne traz também o lado pessoal da vida de Marie. Perseguida e massacrada pela mídia e opinião pública, a cientista duas vezes vencedora do Prêmio Nobel sofreu diversos preconceitos ao longo de sua jornada. Mesmo sendo excluída, minimizada e agredida, Marie doou sua vida em prol da ciência, construindo um legado que perdura até os dias atuais.

    A cinebiografia é interessante e busca caminhos pouco óbvios na condução de sua trama. Apesar de ter um ritmo acelerado e não se aprofundar em quase nenhuma fase da vida de Marie, a produção consegue contemplar todas as descobertas de sua carreira e também suas crises.

    Por se tratar de uma adaptação de uma pessoa histórica, há também espaço para dramatização em alguns momentos, humanizando a figura aos olhos do público. Sua relação com as filhas e o amor por seu marido Pierre são os pontos que mais trazem momentos dramáticos.

    CRÍTICA – Radioactive (2019, Marjane Satrapi)

    São nessas cenas que a atuação de Rosamund Pike cresce. A atriz, que já foi indicada ao Oscar por seu papel em Garota Exemplar, raramente peca em suas atuações, entregando ótimas cenas e se adequando a cada personagem que interpreta. Sua Marie Curie é tímida, mas ao mesmo tempo destemida, sempre mantendo um balanço entre a raiva e a satisfação a cada desafio ultrapassado.

    Sam Riley e Anya Taylor-Joy também se saem bem dentro do que é proposto pelo roteiro. Apesar de Anya ter menos tempo de tela que Riley, conseguimos entender um pouco sobre a vida de Irene (uma das filhas de Marie Curie) e como aquela família carregou o legado de estudar e aperfeiçoar o entendimento sobre a radioatividade.

    Outro ponto interessante é como a montagem traz elementos do futuro para o mesmo contexto em que a obra se situa. É o caso da catástrofe na usina de Chernobyl e a bomba atômica que devastou Hiroshima. Ao mesmo tempo em que vamos aprendendo sobre os elementos descobertos por Marie e Pierre, e como a humanidade testou essas substâncias até entender realmente suas consequências; as cenas das catástrofes são apresentadas, bem como as conquistas da ciência em tratamentos contra diversas doenças.

    Mesmo que esse seja um trunfo interessante do longa, ele também acaba causando uma sensação de confusão. Como há um vai e vem de períodos históricos, em alguns momentos é difícil entender quanto tempo se passou entre um acontecimento e outro na vida de Marie Curie.

    A ambientação de cenários, roupas e objetos de época é bem produzida, apesar de não ser um grande destaque do filme. A iluminação verde, combinando com o elemento químico Rádio, está presente em vários momentos da trama. A iluminação, na verdade, é quase um elemento vivo de Radioactive, sendo usada como forma de destacar tanto os momentos de genialidade de Marie, como também suas quedas e lutos.

    VEREDITO

    Radioactive é uma boa cinebiografia sobre esse grande ícone da história mundial. Apesar de ter um roteiro corrido e com pouco aprofundamento da personagem, a atuação de Rosamund Pike e o legado de Marie Curie valem o seu stream.

    3,5/5,0

    Assista ao trailer:

    Curte nosso trabalho? Que tal nos ajudar a mantê-lo?

    Ser um site independente no Brasil não é fácil. Nossa equipe que trabalha – de forma colaborativa e com muito amor – para trazer conteúdos para você todos os dias, será imensamente grata pela sua colaboração. Conheça mais da nossa campanha no Apoia.se e nos ajude com sua contribuição.