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    TBT #181 | Valhalla: A Lenda de Thor (2019, Fenar Ahmad)

    Pode ser que alguns questionem minha decisão de escolher este filme, não proveniente de Hollywood, mas Valhalla: a Lenda de Thor merece destaque e vou explicar o motivo. O filme do TBT de hoje foi indicado a alguns prêmios do cinema europeu.

    O passo e a fotografia do cinema dinamarquês talvez não sejam tão costumeiros aos nossos olhos, mas existe aqui uma diferença além de características técnicas de cinema. A principal característica que enalteço é a representação das deidades nórdicas de forma mais acurada.

    Não espere ver a representação ocidental com deuses belos e com longas madeixas (sim, Marvel, estou falando com você). Aqui temos uma releitura gráfica das Eddas (prosaica e poética) e uma representação mais fiel ao estilo de vida e cultura da referida região e época.

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    SINOPSE

    As crianças vikings Røskva (Cecília Loffredo) e Tjalfe (Saxo Moltke-Leth) embarcam em uma aventura de Midgard a Valhalla com os deuses Thor (Roland Molner) e Loki (Dulfi Al-Jabouri). A vida em Asgard, no entanto, acaba sendo ameaçada pelo temido lobo Fenrir e pelos arqui-inimigos bárbaros dos deuses, os Jotnar. Agora, eles devem lutar juntos para salvar Valhalla do fim do mundo, o Ragnarok, como é conhecido.

    ANÁLISE

    Valhalla: a lenda de thor

    Ainda que perceba os méritos para destacar este filme, reconheço que Valhalla: a Lenda de Thor possui alguns deslizes. Primeiro de tudo, o Valhalla, o salão para onde vão os heróis mortos de forma honrada e escolhidos por Odin e levados pelas valquírias, não é retratado no filme.

    Segundo, apesar de apresentar uma das lendas em que temos Thor e Loki como protagonistas, o título “a lenda de Thor” não faz jus ao apresentado no filme, tendo inclusive uma variação no protagonismo no seu decorrer.

    Poxa Diego! Então o filme foi trazido pra um TBT só pra descascar ele? Claro que não. Valhalla: a lenda de Thor, apesar de ter alguns pontos negativos, é uma excelente representação de algumas das mais incríveis lendas nórdicas.

    A primeira, é a lenda que conta a história das cabras Rosnador e Rangedor, ou Tanngrisnir e Tanngnjostr, a qual acaba se cruzando com a história dos irmãos Tjalfi e Roskva. O filme mistura estas com a lenda de Fenrir, o lobo gigante filho de Loki, encarregado do Ragnarok. Eles ainda adicionam uma lenda da criança da luz que, sinceramente, desconheço. Talvez não seja parte da mitologia, mas sim uma licença poética.

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    Todas as histórias usadas não são necessariamente conexas, mas pra quem já viu um brucutu careca e de barba ruiva ser representado pelo belo Chris Hemsworth, eu saí bastante satisfeito com o que foi apresentado. A caracterização dos personagens é realmente um ponto alto.

    Na antiguidade, pouco se conhecia de outros povos e a dificuldade na comunicação tornava-os quase que imediatamente inimigos. Os jotun, ou gigantes de gelo, conhecidos pela arte da feitiçaria, poderiam muito bem equivaler aos muçulmanos, grandes viajantes do mundo antigo.

    O cuidado na composição do elenco com detalhes físicos e estéticos fez com que o filme ganhasse muito para mim. A trilha sonora também é densa e ajuda a quebrar o tom jocoso que a fantasia em excesso pode trazer. A composição de imagens escolhida é boa, sem excessos, mas sem prejudicar, também.

    VEREDITO

    Valhalla: a lenda de thor

    Como já comentado anteriormente, apesar de algumas limitações, este deve ser um dos filmes que mais fielmente representou as histórias e as características da cultura nórdica. O diretor, Fenar Ahmad, está de parabéns pela maioria das escolhas (exceto pelo título haha).

    Ainda que Valhalla: a Lenda de Thor não trate sobre o Valhalla de fato, ao assistirmos ao filme, podemos nos tornar um pouco mais dignos da honra de dividirmos os banquetes do grande salão dos mortos de Asgard.

    Se você for fã da mitologia nórdica, ou simplesmente desejar conhecer uma versão alternativa ao que a cultura pop conta, mais próxima das histórias originais, Valhalla: a Lenda de Thor é uma boa pedida. O filme está disponível no Amazon Prime Video.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Assista ao trailer legendado de Valhalla: a Lenda de Thor:

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    Sparrow Academy: Ranking dos membros mais poderosos do grupo

    Sparrow Academy é o novo grupo rival de The Umbrella Academy e vai lutar de igual para igual com os nossos desajustados heróis.

    Nesta lista, vamos rankear os poderes de cada um dos membros, do mais fraco ao mais forte. Confira:

    7° LUGAR – ALPHONSO HARGREEVES (NÚMERO 4)

    Sparrow

    Em sétimo lugar temos Alphonso (Jake Epstein), um dos personagens mais bizarros do grupo e que tem um poder bastante peculiar: ele absorve os golpes dos seus adversários, devolvendo os ataques como se fosse um espelho.

    Por mais que suas habilidades sejam notáveis, Alphonso não é tão bom de briga, além de seus poderes funcionarem só quando convém, o que dificulta as chances do Numero 4 de ser uma grande ameaça.

    6° LUGAR – FEI HARGREEVES (NÚMERO 3)

    Em sexto lugar, temos Fei (Britne Oldford), que consegue soltar corvos ensandecidos de suas costas, muito mais fortes do que as aves normais.

    A Número 3 é bastante ameaçadora, mas os seus irmãos são ainda mais poderosos , por isso ela ocupa aqui apenas o penúltimo lugar, o que demonstra o nível dos inimigos da nova temporada.

    5° LUGAR – JAYME HARGREEVES (NÚMERO 6)

    Sparrow

    Em quinto temos Jayme (Cazzie David), a mais antipática do grupo The Sparrow Academy. Ela possui um poder bastante peculiar, com suas presas, a antagonista consegue cuspir um veneno que cria ilusões em seus adversários, deixando-os em uma espécie de transe, completamente indefesos.

    Somadas as suas habilidades de combate corpo a corpo, Jayme é uma inimiga sorrateira e que os nossos heróis devem abrir muito o olho para enfrentar.

    4º LUGAR – MARCUS HARGREEVES (NÚMERO 1)

    Sparrow

    O Número Um e líder da Sparrow Academy, Marcus (Justin Cornwell), tem os mesmos poderes de Luther (Tom Hopper), o Número Um da Umbrella Academy, ou seja, superforça.

    Entretanto, diferentemente do grupo dos mocinhos, Marcus tem uma inteligência ímpar, além de ser mais veloz e resistente que sua contraparte, subindo bastante no ranking como um dos membros mais poderosos do time de antagonistas.

    3° LUGAR – SLOANE HARGREEVES (NÚMERO 5)

    Sloane (Genesis Rodriguez) é a Número 5 e uma das mais doces da equipe, não sendo bem uma vilã. A membro da Sparrow Academy tem poderes de telecinese, conseguindo fazer qualquer um ser arremessado. Ainda não sabemos a extensão de seus poderes, mas ela lembra muito a Jean Grey nos X-Men.

    2° LUGAR – BEN HARGREEVES (NÚMERO 2)

    Sparrow

    Em segundo lugar o Número 2 que já foi Número 6 em outra realidade. Estamos falando de Ben Hargreeves (Justin H. Min), que se tornou um homem inescrupuloso na Sparrow Academy.

    Assim como sua contraparte, Ben consegue invocar tentáculos demoníacos de seu corpo, causando danos gigantescos por onde passa.

    1º LUGAR – CHRISTOPHER HARGREEVES (NÚMERO 7)

    Sparrow

    Por fim, o dono do pedaço e o cara mais esquisito de toda Sparrow Academy, Christopher, um cubo flutuante, que tem muito poder em suas mãos, ou quinas, não sabemos explicar.

    Ele consegue paralisar, soltar raios congelantes e de calor, além de ter muita resistência a ataques físicos, sendo o adversário mais implacável da equipe, causando temor até entre seus irmãos.

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    Jurassic World Domínio: Curiosidades sobre os efeitos visuais do filme

    O último título da franquia Jurassic está entre nós! E em meio aos humanos e dinossauros nossos bravos personagem lutam para sobreviverem e encarar os desafios propostos em Jurassic World Domínio.

    O diretor de efeitos visuais, David Vickery, teve muito trabalho neste terceiro filme da segunda trilogia e depois de 5 filmes, muitos dinossauros e uma legião de fãs; é preciso se reinventar, mas também olhar para trás.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Jurassic World Domínio (2022, Colin Trevorrow)

    Veja algumas curiosidades sobre os efeitos visuais utilizados em Jurassic World Domínio!

    OS DINOSSAUROS

    A maneira mais simples de entender quando os efeitos visuais de animatrônica assumem o controle é o quanto um animal se move pelo terreno. Por exemplo, foi decidido que a velociraptor Blue, seria totalmente digital, porque está constantemente em movimento, mas sua filha Beta foi criada com animatrônica, fantoches e efeitos digitais.

    MALTA

    Para as sequências de ação em Valletta, Malta; toda a paisagem urbana foi documentada pela varredura do scanner LiDar, de modo que todo o ambiente pudesse ser recriado digitalmente em 3D e, depois, serem inseridos os dinossauros CGI.

    LINHA TÊNUE

    Há uma competição natural entre efeitos digitais e áreas de efeitos físicos visuais, mas o supervisor da efeitos visuais, David Vickery queria juntá-los: criar dinossauros animatrônicos tão convincentes que o público poderia pensar que são digitais, e dinossauros digitais tão realistas que as pessoas poderiam pensar que são animatrônicos.

    ORIGINAIS

    O diretor Colin Trevorrow queria garantir que as criaturas VFX (digitais) com as quais o público já estava familiarizado se parecessem o máximo possível com os dinossauros criados por Stan Winston e a equipe original do ILM há quase 30 anos.

    ARQUEOLOGIA CINEMATOGRÁFICA

    Uma das primeiras providências da equipe da VFX foi criar sua própria versão de arqueologia digital, voltando aos arquivos da Universal para trazer o maior número possível de modelos originais de filmes anteriores. Eles encontraram o T. Rex de Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1994), os modelos Pteranodonte de O Mundo Perdido: Jurassic Park (1997) e muito mais.

    LEIA TAMBÉM:

    Quais são os dinossauros de Jurassic World Domínio?

    Jurassic World Domínio: Quem é quem no novo filme?


    Jurassic World Domínio já está disponível nos cinemas.

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    As 10 melhores animações dos serviços de streaming

    Há muitos anos as animações pararam de ser produzidas apenas para os públicos infanto-juvenis. Com temas mais adultos e diálogos direcionados para o público mais velho, as animações têm tido mais vida do que as do passado. E além de remakes e re-runs, as animações têm tido um papel importante na cultura pop. Tanto que algumas das animações transcenderam a barreira de seus produto base, como é o caso de A Lenda de Vox Machina e até mesmo The Boys, que originalmente foi concebida como quadrinho e mais tarde ganhou uma versão live-action.

    Trazemos aqui algumas das animações mais importantes das plataformas de streaming nos dias de hoje. Fugindo apenas de séries originais das mesmas, como é o caso de Avatar. Confira nossa lista com nossas animações preferidas disponíveis nas plataformas.

    A Lenda de Vox Machina

    Animações

    Um grupo de mercenários completamente fora dos padrões é contratado para lidar com uma ameaça extremamente poderosa. Agora, eles devem unir forças e fazer algo que nunca conseguiram: serem heróis. A animação A Lenda de Vox Machina é baseada na campanha de RPG do canal Critical Role. A série animada foi criada após um financiamento coletivo para a produção de um curta. O financiamento mirava arrecadar US$ 75 mil dólares, mas ao fim da arrecadação, o valor já passava de US$ 11 milhões. O curta então passou a virar uma série. A animação está disponível no Prime Video.

    Arcane

    Arcane reconta as histórias de origem dos personagens de Piltover e Zaun. A trama gira em torno de uma tecnologia mágica conhecida com hextec que dá a qualquer pessoa a habilidade de controlar energia mística e essa ferramenta acaba causando um desequilíbrio entre os reinos. A animação é produzida pela Netflix é baseada nos games da Riot Games. A animação está disponível na Netflix.

    Avatar a Lenda de Aang e Korra

    Animações

    O mundo de Avatar: A Lenda de Aang nos apresenta um mundo dividido entre 4 nações, a nação do Ar, do Fogo, da Água e da Terra. A animação nos lança na história de Aang, o Avatar e o único capaz de unificar esse mundo e trazer paz a este universo. Avatar é uma animação original da Nickelodeon lançada originalmente em 2005. A animação parece ter sido uma das poucas que ultrapassaram a barreira do tempo e vem criando cada vez mais fãs, por estar disponível na Netflix e ganhou um spin-off que conta a história da próxima Avatar, Korra. As duas animações estão disponíveis na Netflix.

    Bojack Horseman

    Animações

    BoJack Horseman, um cavalo humanoide, busca um retorno a Hollywood anos depois de sua fama como estrela de uma sitcom nos anos 1990. Com a ajuda de um amigo humano e sua ex-namorada felina, ele se esforça para recuperar sua carreira e sua dignidade. A animação foi uma das primeiras dos serviços de streaming e rapidamente conquistou fãs do mundo todo, pois apesar de ser uma animação, ela aboradava temas mais adultos e maduros. A animação chegou ao fim após sua sexta temporada. Todas as temporadas estão disponíveis na Netflix.

    Castlevania

    Um caçador de vampiros luta para salvar uma cidade sitiada por um exército de criaturas controladas pelo próprio Drácula. A animação baseada nos games da Konami, nos apresenta uma história tão sombria e mais profunda do que os games da franquia apresentavam no passado. A animação ganhará um spin-off intitulado Castlevania: Nocturne. As 4 temporadas de Castlevania estão disponíveis na Netflix.

    Invencível

    Animações

    O adolescente Mark Grayson é um jovem como qualquer outro, exceto que seu pai é o super-herói mais poderoso do planeta, Omni-Man. Conforme Mark desenvolve seus poderes, ele descobre que o legado de seu pai pode não ser tão heróico quanto parece. A animação baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman é uma das mais bem votadas nos agregadores de nota e ganhará uma segunda temporada em breve. Ainda que tenha um visual agradável aos olhos, a animação não hesitará em tirar seu sono com sua sanguinolência e brutalidade. A animação está disponível no Prime Video.

    Love, Death + Robots

    Animações

    Criaturas aterrorizantes, surpresas bizarras e humor ácido habitam e florescem de cada um dos vários universos únicos criados para essa coletânea de curtas de animação, em que cada episódio apresenta sua própria narrativa e estilo visual. A animação da Netflix conta com os mais diversos estilos visuais e se destaca por suas histórias que apresentam não apenas aspectos humanos, mas também faz uma crítica aos mais diversos caminhos que a humanidade poderia ter tomado e vem tomando. A animação está disponível na Netflix.

    Primal

    Na aurora da evolução, um homem das cavernas e um dinossauro fêmea, cuja espécie está à beira da extinção, formam um vínculo através de tragédias e se tornam a única esperança um do outro para sobreviverem em um mundo sombrio e traiçoeiro. Primal é a animação de Genndy Tartakovsky, criador de Samurai Jack e Laboratório de Dexter. Com histórias mais profundas e mais adultas, Primal nos apresenta a história de um homem capaz de tudo para sobreviver após uma grave tragédia. Primal está disponível na HBO Max.

    The Boys – Diabolical

    Animações

    The Boys – Diabolical nos apresenta animações de diferentes estilos ambientada no mundo da série The Boys. Não apenas por sua irreverência, a série não pestaneja em nos deixar desconfortáveis com as mortes mais absurdas e improváveis que só o mundo de The Boys é capaz de fazê-lo. The Boys – Diabolical está disponível no Prime Video.

    Young Justice

    Yount Justice conta a história do grupo de ajudantes de heróis da Liga da Justiça. Quando percebem que estão ficando mais velhos, eles precisam começar a atuar de acordo com os que foi ensinado, e precisam resolver assuntos que fogem da alçada da Liga, que sempre tem um fim do mundo iminente para resolver. A quarta temporada da animação chegou ao fim na HBO Max.

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    PRIMEIRAS IMPRESSÕES – Maldivas (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Maldivas é a nova série brasileira da Netflix. A produção é protagonizada por Manu Gavassi, Bruna Marquezine, Sheron Menezzes, Carol Castro e Natalia Klen, e usa da narrativa whodunit para desenvolver a sua história.

    Nós tivemos a oportunidade de assistir aos três primeiros episódios do seriado. Confira o que achamos.

    SINOPSE

    Tentando desvendar um mistério, uma jovem se muda para um condomínio de luxo, cheio de moradores peculiares e muito suspeitos.

    ANÁLISE

    Criada por Natalia Klen, Maldivas é uma série no moldes whodunit que bebe bastante de referências clássicas, como as histórias de Agatha Christie. Sua história se assemelha, em alguns momentos, a outro hit de comédia lançado no ano passado: Only Murders in the Building, série do Hulu disponível na Star+.

    Liz (Bruna Marquezine) está em busca de respostas sobre sua mãe, mas acaba chegando até ela no momento exato de sua morte. Vivendo no condomínio Maldivas, um complexo de luxo na Barra da Tijuca, sua mãe não era uma pessoa bem quista pelas “rainhas” do condomínio: Milene (Manu Gavassi), Kat (Carol Castro) e Rayssa (Sheron Menezzes).

    LEIA TAMBÉM | Maldivas: Quem é quem na série brasileira da Netflix?

    Mesmo com episódios com média de 30 minutos de duração, o roteiro toma o tempo necessário para apresentar as personagens principais, elencando suas qualidades e defeitos. Toda a apresentação é feita com um grande apelo visual, que talvez seja uma das grandes marcas de Maldivas, pois constrói um contexto atrelado a referências da cultura brasileira.

    Há um grande cuidado na questão visual e design de produção, seja pela ambientação do condomínio que possui uma estética instagramável e condizente com a personalidade de Milene; ou por elementos da nossa cultura popular apresentados nos arcos de Rayssa e Liz.

    Maldivas é uma série que possui grande personalidade, mesmo que explore elementos investigativos já muito conhecidos. O carisma das personagens principais ajuda a conduzir a trama, explorando um estilo Meninas Malvadas (2004) de relacionamento.

    PRIMEIRAS IMPRESSÕES - Maldivas (1ª temporada, 2022, Netflix)

    Apesar dos aspectos técnicos terem me chamado mais a atenção nesses três primeiros episódios, o roteiro de Klen funciona muito bem. Há indiretas muito pontuais, principalmente nos diálogos de Manu Gavassi, que utiliza seus trejeitos já tão conhecidos para compor sua personagem.

    É claro que, até o episódio em que eu assisti, Maldivas não reinventa a roda em tramas de investigação. Existem algumas facilitadas no roteiro que muito remetem aos anos 1990, quando os personagens exibiam qualificações específicas para que determinada situação pudesse seguir em frente. Atrelado ao elemento de narração explorado por Klen, esses detalhes tornam tudo mais camp e engraçado.

    Por trás das personalidades de Mulheres Ricas, as personagens possuem seus próprios demônios, e os episódios conseguem dividir momentos específicos para que cada uma delas explique essas situações. Até o momento, acho que Gavassi e Marquezine são as que mais possuem tempo de tela, mas Menezzes e Castro também tem bastante espaço para se desenvolver.

    VEREDITO

    Com três episódios interessantes, Maldivas começa com o pé direito como uma ótima produção nacional. Descontraída, engraçada e tecnicamente sólida, o seriado tem tudo para aparecer no top 10 da Netflix em sua estreia. Se a produção seguir com boas decisões criativas, os próximos episódios tem potencial de desenvolver uma ótima trama de investigação.

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Lightyear (2022, Angus MacLane)

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    Para a alegria dos fãs da franquia Toy Story chega este mês às salas de cinema a animação Lightyear, entretanto, apesar da ligação com Andy, a produção não é uma continuação da franquia que foi encerrada em 2019.

    No elenco de dublagem original temos: Chris Evans, Taika Waititi, Keke Palmer, Uzo Aduba, Dale Soules, James Brolin, Peter Sohn, entre outros. Já na dublagem nacional temos Marcos Mion, Flora Paulita, Adriana Pissardini, César Marchetti, entre outros.

    Lightyear estreia dia 16 de junho.

    SINOPSE

    Depois que em um teste de voo da nave espacial faz com que ele vá para um planeta hostil e fique abandonado a 4,2 milhões de anos-luz da Terra ao lado de sua comandante e sua tripulação, o Patrulheiro Espacial Buzz (Chris Evans/Marcos Mion) tenta encontrar um caminho de volta para casa através do espaço e do tempo, ele descobre que já se passaram muitos anos desde seu teste de voo e que os descendentes de seus amigos, um grupo de recrutas ambiciosos, e seu charmoso gato companheiro robô, Sox (Peter Sohn/César Marchetti). Para complicar as coisas, uma presença alienígena imponente com um exército de robôs implacáveis surge ameaçando a missão.

    ANÁLISE

    A animação Lightyear é uma aventura de ação de ficção científica e a história de origem definitiva de Buzz Lightyear, o herói que inspirou o brinquedo em Toy Story (1995). Apesar da origem do personagem na famosa franquia de animação dos brinquedos que possuem vida, aqui a produção se desprende de suas raízes e alça voo solo.

    O primeiro ponto que chama atenção é a mudança na dublagem nacional. Para os que acompanharam toda a franquia Toy Story, Guilherme Briggs é a voz do Buzz Lightyear e nem em nossos piores pesadelos os fãs imaginariam uma mudança na dublagem, mas Marcos Mion faz um excelente trabalho e a estranheza dura apenas breves minutos iniciais; para rapidamente tornar-se natural ao icônico Patrulheiro Espacial.

    Da esquerda para a direita: Izzy, Buzz, Sox, Mo e Darby.

    Com um estratégia ousada de se desvincular de Toy Story, a Pixar precisava apresentar toda uma base de novos personagens para orbitarem ao redor do protagonista e aqui conhecemos figuras como: Alicia Hawthorne, Izzy Hawthorne, Darby, Mo Morrison, o gatinho robô Sox; e claro, seu arqui-inimigo Zurg.

    Todos funcionam muito bem, com exceção de Mo que demora um pouco mais para superar suas dificuldade, mas nada que impeça o bom desenvolvimento do longa como um todo; e destaque para Darby, uma senhorinha divertidíssima que é “apaixonada por violência”.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Lightyear: Conheça os personagens do filme

    Lightyear é uma animação bem equilibrada e que preenche todos os quesitos do “check list de animações Disney”:

    • Boas piadas? Tem;
    • Boas cenas de ação? Tem;
    • Personagens distintos e carismáticos? Tem;
    • Equilíbrio entre ação, humor e mensagem de moral da história? Tem;
    • Momentos sensíveis para dar nó na garganta e segurarmos as lágrimas? Tem.

    Além disso, é muito importante ressaltar que a produção dirigida por Angus MacLane é um marco entre as animações da Disney por ser a primeira a apresentar para o público infantil um casal gay. Podemos ver aqui a história sendo feita e a delicadeza de como isso é mostrado é algo a ser aplaudido.

    Ver o desenvolvimento da amizade de Buzz e Alicia é algo divertido, porém com o passar do tempo e o amadurecimento dessa amizade é natural que o melhor amigo conheça muito bem sua amiga; e sua orientação sexual – não precisa palavras. Consequentemente, quando a amiga conta para Buzz sobre estar em um relacionamento, a reação de Buzz é a melhor que poderíamos esperar.

    Toda a sequência pode ser extremamente natural e passar despercebida por olhos desatentos, mas esse é o objetivo da empatia. Ser natural. Amor é amor.

    VEREDITO

    Buzz em Toy Story, de 1995 (esquerda) e em Lightyear, de 2022 (direita).

    Com um visual muito superior e se desprendendo completamente da franquia Toy Story, a produção é um filme de origem completo e que chega com força suficiente para ir ao infinito e além.

    Lightyear até o momento voa na velocidade da luz como a melhor animação do ano.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

    Lightyear chega aos cinemas no dia 16 de junho.

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