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    Ben Esposito: Entrevista exclusiva com o criador de Neon White

    Ben Esposito é um game designer e diretor criativo conhecido por atuar em renomados jogos indie. Ao longo da carreira, ele trabalhou em títulos premiados como The Unfinished Swan (vencedor nas categorias Jogo Estreante e Inovação do BAFTA Video Game Award 2013), What Remains of Edith Finch (eleito Melhor Jogo no BAFTA 2018 e Melhor Narrativa no The Game Awards 2017) e Donut County (Jogo do Ano para iPhone pela Apple em 2018).

    O portfólio de Ben conta com uma variedade significativa de estilos e propostas: desde jogos sentimentais e profundos como What Remains of Edith Finch (2017) e Unfinished Swan (2012), até títulos como Tattletail (2016) e Sonic Dreams Collection (2015), que aparentam ser o extremo o oposto.

    No entanto, o ponto que está presente em todas as produções é a veia artística que Ben Esposito sempre busca destacar. Seja através de músicas, cores, drama ou humor, é sempre possível identificar essa marca entre os variados trabalhos do artista que, além de game designer, também é músico. Seu trabalho musical conta com a composição da trilha sonora do desenho OK KO! Vamos Ser Heróis, do Cartoon Network.

    Agora em 2022, Ben trabalhou em parceria com a Angel Matrix, um pequeno grupo colaborativo de desenvolvedores independentes, para lançar Neon White, um game que pode ser considerado um misto de FPS, speedrunner, puzzle, simulador de parkour e também um jogo de plataforma.

    Neon White foi lançado pela Annapurna Interactive em 16 de junho de 2022 para PC e Nintendo Switch. O game conta com ótimas avaliações da crítica especializada, estando avaliado com nota 89 (PC) e 87 (Nintendo Switch) no Metacritic. Aqui no Feededigno não é diferente: eu avaliei Neon White com nota máxima. Confira a análise completa aqui.

    Tivemos a oportunidade de entrevistar Ben Esposito para saber mais sobre seu trabalho em Neon White, curiosidades a respeito do processo criativo e uma pitada de descontração que não poderia faltar num papo com ele.

    Protótipo e desafios no desenvolvimento de Neon White

    Iniciamos a entrevista perguntando sobre as origens do jogo e suas ambições. Esposito afirmou que o protótipo foi criado em 2017, como um jogo de plataforma em primeira pessoa que usava cartas. No entanto, ele cogitou desistir da ideia.

    Como um último esforço, o diretor decidiu revisar o projeto em 2018 e ele mudou alguns elementos, removendo principalmente a aleatoriedade que provinha de sacar cartas de um baralho.

    “Com essa mudança, percebi que o jogo se tornou um divertido time-attack puzzle”, ele relata contente por perceber que o esforço deu vida nova ao protótipo.

    Um time-attack puzzle pode ser entendido como um jogo que exige soluções criativas em um curto espaço de tempo. A partir dessa atualização no projeto, em 2019 ele começou a desenvolver o jogo a sério.

    Desafios não faltaram para Ben Esposito em Neon White. Afinal, um jogo tão complexo e frenético cheio de camadas de história e da própria gameplay não parece fácil de executar.

    Normalmente as apostas poderiam recair sobre as dificuldades com o level design. No entanto, Ben Esposito afirma que o maior desafio foi conseguir lançar o jogo para PC e Nintendo Switch rodando a 60 quadros por segundo (FPS).

    “Isso exigiu muito trabalho de todos os envolvidos: programadores, artistas e designers. Em um ponto, tivemos que refazer todos os nossos shaders de ambiente e materiais do zero. Valeu a pena garantir que o jogo funcionasse sem problemas tanto no Nintendo Switch, quanto em uma gama mais ampla de hardwares de PC”, relata o diretor criativo.

    Neon White: um jogo frenético ou uma graphic-novel em anime?

    Uma de nossas curiosidades era saber o que motivou a Angel Matrix a construir uma narrativa no formato graphic-novel dentro de um anime como pano de fundo de um jogo tão frenético.

    Ben Esposito explica que a pegada graphic-novel focada no protagonista do jogo foi planejada desde o início.

    A história de Neon White é satisfatória e bem humorada, tornando gratificante a experiência de superar os desafios

    “Ao pesquisar jogos focados em speedrunning como esse, descobrimos que a intensidade é tão alta por tanto tempo que é exaustivo jogar por mais de uma hora de cada vez. As partes sobre a história do jogo destinam-se a criar mais momentos de inatividade na experiência e explorar o cenário estranho do Céu”, ele detalha, justificando a interdependência de ambos os pontos: história e gameplay.

    Como Ben Esposito e sua equipe fizeram um jogo frenético e leve ao mesmo tempo

    Por eu já ter experimentado o jogo Perfect Stride (2013), também criação de Ben Esposito, percebi algumas semelhanças como a velocidade e as mecânicas mais difíceis. Qual é o segredo de Ben e sua equipe para conseguir criar uma experiência leve e divertida mesmo como elementos frenéticos?

    Ele confessa que “assim como em Perfect Stride, Neon White foi criado na tentativa de tornar um estilo de jogo muito exigente e de nicho em uma experiência de jogo acessível para novos jogadores”.

    “Ambos os jogos têm suas raízes em mapas personalizados para jogos FPS como Quake, Team Fortress e Counter-Strike, e não sei se você ainda pode baixar os mapas que estávamos jogando há mais de uma década! O que sabemos é que esses estilos de jogo de movimento em primeira pessoa são muito divertidos e, com um pouco de design inteligente, podemos apresentar novos jogadores às alegrias do movimento”, complementa Esposito com empolgação.

    Inspirações para as personalidades em Neon White

    As divertidas e caricatas personalidades dos personagens de Neon White – tanto os Neons, quanto os Anjos – são características que se destacam no novo jogo de Ben Esposito com a Annapurna Interactive.

    Segundo o diretor, a ideia da Angel Matrix foi criar um elenco dinâmico de personagens que fossem divertidos e extremamente autoindulgentes. “Procuramos inspiração nos animes do final dos anos 90, mas em vez de nos inspirarmos em qualquer personagem específico, esperávamos criar novos personagens que parecessem exemplificar o estilo e arquétipos destilados desse período”, detalha.

    Aproveito ainda para perguntar se o conceito da Neon Violet tinha sido baseado em Tattletail (jogo de terror com um bichinho de pelúcia, também de autoria de Ben Esposito). Apesar da semelhança, ele comenta que “a conexão entre Violet e Tattletail foi um feliz acidente”.

    Neon White teve alguma influência do trabalho com o Arcane Kids?

    Ben Espositou trabalhou com o estúdio Arcane Kids em projetos feitos por fãs sem licenciamento, como Bubsy3D: Bubsy Visits the James Turrell Retrospective (2013) e Sonic Dreams Collection (2015). O grupo tem em seu DNA proposta de fazer algo pessoal, não focado no público em si, mas em expressar sua própria arte, principalmente através do humor.

    Pergunto a ele se Neon White foi o seu jogo em parceria com a Annapurna Interactive que mais pode ter se aproximado dessa proposta.

    Esposito afirma que identifica, sim, algumas semelhanças, mas que ainda assim um jogo com a cara do Arcane Kids “provavelmente seria ainda mais engraçado, mais inspirado e muito mais desequilibrado”. Ele ainda enfatiza: “Os jogos com o Arcane Kids são colaborações entre um punhado das pessoas mais engraçadas e talentosas que conheço”.

    Mas ele não descarta a possibilidade de executar uma ideia mais próxima desse estilo em um jogo com a essência Arcane Kids e a roupagem Annapurna: “Talvez um dia possamos fazer um!”.

    A fase favorita de Ben Esposito em Neon White

    Pergunto ao criador de Neon White qual nível do jogo foi o seu favorito em termos de criação e de diversão. Ele logo fez questão de dar créditos aos level designers do jogo, Carter Piccillo e Russell Honor, afirmando que ele trabalhou diretamente em apenas algumas lutas contra chefes que ele considerou difíceis de criar, e que por isso não poderia reivindicar a autoria da maioria dos layouts.

    No entanto, ele comenta que um dos níveis que achou mais divertido de jogar foi o Escalada (primeiro nível do nono cenário), desenvolvido por Carter Piccillo. “É um nível mais longo com bom flow e uma quantidade impressionante de oportunidades para melhorar seu tempo. Nós lutamos para decidir onde colocar a dica de atalho neste nível porque existem 3 atalhos principais que são igualmente inteligentes”, avalia.

    Alguma chance de algum inimigo ser um guaxinim?

    Devido a uma particularidade da vida de Ben Esposito e sua relação, digamos, mais próxima com guaxinins, pergunto se ele cogitou criar algum dos demônios com a forma de um. O caso é que ele era diariamente importunado por guaxinins quando morou em seu primeiro apartamento em Los Angeles.

    A brincadeira pode ser melhor entendida através dos jogos Brooklyn Trash King (2013) e no premiado Donut County.

    Apesar da experiência complicada, ele afirma não guardar ressentimentos dos bichinhos e que “não faria um demônio que se parecesse com um guaxinim porque não gostaria de atirar em um com uma arma centenas de vezes”. Me pareceu um bom ponto.

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    Persuasão: Quem é o elenco do filme da Netflix?

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    Oito anos depois de romper seu noivado com o capitão Frederick Wentworth, a protagonista Anne Elliot ainda não o superou. A irmã do meio de três irmãs, a jovem de 27 anos está isolada e solitária em uma família que não a entende; mas quando seu passado de repente volta em sua vida, ela deve escolher entre o fechamento real ou uma segunda chance. Baseado no último romance de Jane Austen, o filme Persuasão está cheio de personagens peculiares e cativantes que compõem o círculo social de Anne.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – Persuasão (2022, Carrie Cracknell)

    Conheça alguns deles a seguir.

    DAKOTA JOHNSON como Anne Elliot

    Persuasão

    Sarcástica e espirituosa, Anne, de 27 anos, é a narradora às vezes imperfeita que leva o público de Persuasão através do colorido elenco de personagens que povoam seu mundo. Quando a conhecemos, ela estava morando com o pai e a irmã mais velha, tendo recusado sua grande chance de amor e felicidade quase uma década antes.

    Dakota Johnson vem roubando cenas desde sua curta, mas memorável aparição em A Rede Social (2010), de David Fincher. Catapultada para o estrelato depois de ser escalada como Anastasia Steele na franquia Cinquenta Tons de Cinza, a atriz já atuou em mais de 25 filmes.

    Além disso, ela está desenvolvendo suas habilidades atrás das câmeras; em 2019, Dakota co-fundou uma produtora, a TeaTime Pictures, com Ro Donnelly.

    COSMO JARVIS como Capitão Frederick Wentworth

    Depois de ser rejeitado por Anne a conselho de Lady Russell, o capitão Frederick Wentworth buscou uma vida de aventura na Marinha Britânica. Ele retorna à Inglaterra como um homem rico com perspectivas de casamento muito melhores. Mas ele esqueceu a mulher que partiu seu coração?

    O ator britânico nascido nos Estados Unidos – cujo nome completo é na verdade Harrison Cosmo Krikoryan Jarvis – estourou ao lado de Florence Pugh em Lady Macbeth (2016) e apareceu em Peaky Blinders e Raised by Wolves. Ele também é um músico que escreveu centenas de músicas originais e lançou vários álbuns.

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    NIKKI AMUKA-BIRD como Lady Russell

    Em Persuasão, Lady Russell era a melhor amiga da falecida mãe de Anne Elliot e, em sua ausência, atua como modelo, mentora e confidente. Ela se sente culpada por ter afastado Anne de Wentworth tantos anos atrás, e está constantemente tentando compensar isso. Viúva, ela tem pouco desejo de se casar novamente, em vez disso, faz longas viagens à Europa, onde pode ter assuntos sensuais sem julgamento dos outros.

    Nikki Amuka-Bird aparece em Old and The Personal History of David Copperfield. Em 2014, no teatro de Londres, ela também trabalhou anteriormente com a diretora Carrie Cracknell na produção de Birdland. Ela foi indicada ao BAFTA por sua atuação como Natalie na adaptação da BBC do romance de Zadie Smith, NW em 2016.

    HENRY GOLDING como William Elliot

    O primo rico e elegível de Anne, que uma vez esnobou sua irmã Elizabeth por se casar com um americano. Agora, ele está de volta à Inglaterra, solteiro mais uma vez, e à procura de uma nova esposa. É melhor Wentworth tomar cuidado.

    Henry Golding é a realeza das comédias românticas, tendo estrelado como Nick Young em Crazy Rich Asians e ao lado de Emilia Clarke em Uma Segunda Chance para Amar (2019), de Paul Feig. O romance de férias, co-escrito por Emma Thompson, marca a segunda colaboração de Golding com Feig depois de Um Pequeno Favor (2018), no qual ele interpreta o marido aparentemente perfeito de Blake Lively.

    MIA MCKENNA-BRUCE como Mary Musgrove

    A irmã mais nova mimada e egoísta de Anne tem uma única prioridade: ela mesma. Casada com Charles Musgrove, ela trata o marido e os filhos como ela trata Anne – como criaturas descartáveis ​​abençoadas com a oportunidade de aumentar seu próprio conforto e felicidade.

    Mia McKenna-Bruce é mais conhecida por seu papel como Tee Taylor na série Tracy Beaker Returns e seu spin-off, The Dumping Ground. Em 2020, ela interpretou Bree Deringer na série britânica de suspense adolescente Get Even.

    YOLANDA KETTLE como Elizabeth Elliot

    Em Persuasão, Elizabeth é amplamente conhecida como a beleza do clã Elliot – embora seja perfeitamente possível que ela mesma tenha iniciado esse boato. Vaidosa e arrogante, ela é o orgulho e a alegria de seu pai Walter, e a única que viaja com ele para Bath em um esforço para escapar da falência.

    Você pode ter visto Yolanda Kettle como a amante de Tony Armstrong-Jones (Matthew Goode), Camilla Fry na segunda temporada de The Crown, ou ao lado de Matthew Macfadyen, Hayley Atwell e Alex Lawther em Howards End.

    RICHARD E. GRANT como Sir Walter Elliot

    Meu pai. Ele nunca encontrou uma superfície reflexiva que não gostasse“, diz Anne no início de Persuasão. Isso resume muito bem Sir Walter, um dândi perdulário cujo único instinto paternal é instruir seus filhos sobre como ser mais parecidos com ele.

    Aclamado ator de personagem, Richard E. Grant recebeu uma indicação ao Oscar em 2018 por sua atuação em Poderia Me Perdoar?, de Marielle Heller; – mas você também pode tê-lo visto em The Age of Innocence, Gosford Park, Girls, Game of Thrones, Downton Abbey ou Loki.


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    CRÍTICA – Persuasão (2022, Carrie Cracknell)

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    Persuasão é uma adaptação de uma obra homônima de Jane Austin, dirigida por Carrie Cracknell e protagonizada por Dakota Johnson.

    SINOPSE DE PERSUASÃO

    Anne (Dakota Johnson) é uma mulher que vem de uma família tradicional e muito rica. Ela tem um relacionamento com Wentworth (Cosmo Jarvis), um homem humilde que por conta disso acaba sendo rejeitado por ela por não ter títulos ou fortuna.

    Entretanto, oito anos depois, ele volta como capitão e rico, em busca de uma noiva. Será que Anne viverá novamente esta paixão?

    ANÁLISE

    Persuasão é mais um romance de época que faz parte de diversas obras de Jane Austin que foram para os cinemas ou TV. Logo de cara a ambientação chama bastante a atenção, principalmente com um bom trabalho de Dakota Johnson que é bastante interessante no papel de uma protagonista divertida e irreverente.
    Contudo, o longa carece de muitas coisas para funcionar e agora terei o papel de elencá-las. A primeira e bem marcante são os personagens insuportáveis e esteretipados da obra que prejudicam, e muito, o elenco. O destaque mais negativo é a da atriz Mia McKenna-Bruce que é tão detestável que não conseguia olhar para ela quando entrava em cena.

    Pior que o elenco de apoio é o par romântico de Johnson, Cosmo Jarvis, ator que dá vida ao capitão Wentworth, que tem zero carisma e atua no piloto automático em todo o filme, soltando algumas frases de efeito e tomando alguns cortes precisos de Anne a todo o momento. Vendo o mocinho em tela, é incompreensível que a protagonista em oito anos não tenha achado um pretendente melhor, pois se trata de uma mulher deveras interessante em vários aspectos.

    Sobre a trama, ela é vazia e se resume a diálogos bobos e em algumas cenas constrangedoras como uma específica envolvendo o capitão e uma pretendente em uma escada. É tão bizarro que as sensações arrancadas são constrangimento e risadas, o que definitivamente não é a proposta de Persuasão. Além disso, a toda a hora vemos o elenco de apoio tecendo elogios forçados aos protagonistas, tentando mostrar que eles são interessantíssimos, o que não ocorre verdadeiramente, fora a quantidade absurda de facilitações para que tudo dê certo no final.

    No fim, nada acaba se destacando de fato, pois temos a sensação de estarmos vendo uma adaptação sem fôlego e desinteressante, uma pena, uma vez que Dakota Johnson é competente e tem um grande potencial a ser explorado com melhores trabalhos.

    VEREDITO

    Persuasão

    Persuasão é um longa sem força, que reforça estereótipos de que as mulheres buscam apenas um homem atraente e bem sucedido, mesmo que elas sejam extremamente interessantes em diversos aspectos. Com uma trama boba e fraca, no fim, o que fica apenas é a seguinte lição: se você ver um homem rico e bonito, case-se com ele logo.

    Nossa nota

    2,0/5,0

    Veja o trailer de Persuasão:

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    CRÍTICA – As Dusk Falls (2022, Xbox Game Studios)

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    As Dusk Falls é uma narrativa dramática interativa e original que explora as vidas entrelaçadas de duas famílias ao longo de trinta anos após os eventos de uma pequena cidade do Arizona. Após oito longos anos de desenvolvimento o game promete muito sangue, uma linguagem forte, temas sugestivos, uso de drogas, álcool, violência e traumas; tudo isso originado de cada uma de suas escolhas.

    Desenvolvido pela INTERIOR/NIGHT e publicado pela Xbox Game Studios, o game chega ao Xbox One, Xbox Series X | S e PC através do Xbox Game Pass no dia 19 de julho.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Xbox Game Pass: 9 jogos adicionados recentemente

    SINOPSE

    Começando em 1998 com um roubo malsucedido em uma pequena cidade do Arizona, suas escolhas têm um grande impacto na vida dos personagens desta história implacável de traição, sacrifício e resiliência. Controle as vidas e relações de diversos personagens em uma história de décadas, contada em dois livros intensos.

    ANÁLISE

    A INTERIOR/NIGHT é formada por veteranos da Quantic Dream e da Sony. O estúdio e o jogo de estreia são comandados por Caroline Marchal, que foi antiga designer-chefe de títulos como Heavy Rain e Beyond: Two Souls. Com temática e jogabilidade que remetem a Life is Strange, porém em As Dusk Falls o jogador tem a opção de gameplay em modo cooperativo com até oito jogadores, seja localmente ou online.

    Aqui nós conhecemos os Walker, uma família adorável com a cota de problemas dela; eles estão indo ao Missouri para recomeçar. Já os Holt, vêm de uma pequena cidade do Arizona, onde enfrentam dívidas devastadoras e são famosos por causarem problemas. Quando os caminhos dessas famílias se cruzam em um solitário hotel à beira da estrada, elas ficam em lados opostos de uma luta que desafiará tudo o que valorizam.

    GRÁFICO

    Com uma história cinematográfica que ganha vida por meio da performance de atores renderizados digitalmente em um lindo estilo de arte, As Dusk Falls cria uma experiência única, reproduzindo como uma verdadeira graphic novel em movimento. Aqui, acompanhamos essas duas famílias em uma verdadeira luta pela sobrevivência para se proteger e resistirem aos desafios da vida e outros enraizados pelas gerações passadas que tornam-se únicas principalmente pela beleza de cada quadro visto em tela.

    MODO COOPERATIVO

    As Dusk Falls pode ser jogado mais de uma vez, já que você pode repetir a história diversas vezes para descobrir mais sobre os personagens e conhecer os diferentes resultados narrativos levados por cada decisão do jogador. Revelando percepções sobre você e seus amigos enquanto descobrem os valores implícitos nas suas decisões no modo cooperativo com oito jogadores localmente ou online (ou os dois).

    Os jogadores podem controlar o jogo usando dispositivos Android ou iOS, contanto que estejam na mesma rede que o console ou PC. É só baixar e instalar o aplicativo complementar de As Dusk Falls. O sistema operacional do seu celular Android deve estar executando a versão 4.4 (Kitkat). Já os celulares com iOS precisarão do sistema operacional 12.0 ou superior.

    Neste modo, cada jogador pode escolher sua própria decisão; onde decisões diferentes serão escolhidas aleatoriamente ou um jogador pode vetar o outro, tornando sua escolha como a definitiva.

    VEREDITO

    É inegável a qualidade gráfica e narrativa de As Dusk Falls, fazem com que o game seja uma verdadeira obra de arte.

    Ao apresentar um roteiro envolvente – que falta em muitos filmes e séries atualmente – e uma variada opções de escolhas que moldam a narrativa, é fácil entender o motivo da demora de seu lançamento, mas finalmente o game está chegando aos players e promete conquistar público e crítica pela empatia.

    Cada situação, desde as mais triviais até as mais críticas, podem estar ao alcance de qualquer pessoa no mundo real. Cada escolha define nosso futuro, mas As Dusk Falls nos lembra que ainda são as nossas escolhas que fazem com que seja possível mudar esse mesmo futuro.

    Dividido em dois livros, de dois capítulos cada um; o game tem um ritmo lento com poucas cenas de ação e a impossibilidade de controlarmos os personagens – com exceção de quick time event – pode espantar alguns novos jogadores, mas se você jogar um capítulo por vez e deixar um tempo entre eles para absorver e pensar sobre os impactos que suas escolhas desencadearam na vida de nossos protagonistas, certamente o título se transformará em uma experiência muito positiva.

    As Dusk Falls chega ao Xbox One, Xbox Series X | S e PC através do Xbox Game Pass no dia 19 de julho.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de anúncio:

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    Lista: Os melhores jogos do segundo trimestre de 2022

    Metade do ano já passou e muitos jogos bons já foram lançados. O melhor de tudo é que ainda muito por vir. Aqui estão o que jogamos entre abril e junho e consideramos como melhores jogos do segundo trimestre de 2022!

    Os jogos indicados aqui são para você que não quer perder tempo se aventurando em algo duvidoso. Por isso, aqui estão listados games para PC e consoles atuais que foram avaliados pela nossa equipe com notas entre 4,5 e 5, nossa avaliação máxima por aqui.

    Essa lista foi feita com muita dedicação para você a partir das avaliações de pessoas com diferentes pontos de vista. É importante destacar também que nos melhores jogos do segundo trimestre de 2022 estão contemplados tanto games de grandes empresas, como jogos indie. Ou seja, é para todos os gostos, plataformas e estilos de gameplay!

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Lista: Os melhores jogos do primeiro trimestre de 2022

    Melhores jogos do segundo trimestre de 2022

    Weird West (Devolver Digital)

    Sobreviva e desvende os mistérios do Weird West através dos destinos entrelaçados de seus heróis incomuns em um simulador imersivo dos co-criadores de Dishonored e Prey.

    Descubra uma releitura de fantasia sombria do Velho Oeste, onde homens da lei e pistoleiros compartilham a fronteira com criaturas fantásticas.

    Viaje pela história de um grupo de heróis atípicos, transformados em lendas pelas decisões que você toma em uma terra implacável.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a crítica completa de Weird West

    LEGO Star Wars: The Skywalker Saga (WB Games)

    Vivencie os nove filmes da saga Star Wars em um novo jogo LEGO diferente de tudo o que você já viu! Divirta-se em aventuras épicas com humor fantástico e a liberdade de mergulhar totalmente na galáxia de LEGO Star Wars.

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui o review de LEGO Star Wars: The Skywalker Saga

    Songs of Conquest (Coffee Stain Publishing)

    Songs of Conquest é um jogo de estratégia em turnos, inspirado nos clássicos dos anos 1990. Comande poderosos feiticeiros chamados Portadores e se aventure em terras desconhecidas. Batalhe contra os exércitos que ousarem entrar em seu caminho e procure por poderosos artefatos. O mundo está pronto para ser tomado, então domine-o!

    Nota: 4,5 / 5,0

    Leia aqui a análise completa de Songs of Conquest

    Fire Emblem Warriors: Three Hopes (Nintendo)

    Assuma o papel de Shez, enquanto conhece EdelgardDimitriClaude e outros personagens de Fire Emblem: Three Houses (2019) e luta pelo futuro de Fóblan. Tenha um líder como aliado para construir e comandar um exército em batalhas estratégicas de 1 contra 1.000.

    A casa que escolher levará você a uma das três histórias emocionantes, cada uma com um final diferente. Cada personagem de Fire Emblem: Three Houses (2019) que você recrutar nessas jornadas tem um conjunto distinto de combos impressionantes e poderosos capazes de atravessar hordas de inimigos.

    Leia a crítica de Fire Emblem Warriors: Three Hopes

    B.I.O.T.A. (Retrovibe Games)

    Um metroidvania de plataforma 2D repleto de ação ambientado em uma colônia de mineração infectada por uma praga alienígena. Em B.I.O.T.A. você estará inserido em um selvagem e perigoso ambiente sci-fi desenvolvido em uma bela pixel-art. Você pode escolher seu herói entre 8 opções desbloqueáveis, lutar contra monstros horrorosos e customizar sua experiência em 8 bits com quatro paletas de cores diferentes.

    Leia a crítica de B.I.O.T.A.

    Sonic Origins (Sega)

    Tenha uma nova experiência das aventuras clássicas de Sonic The Hedgehog, Sonic The Hedgehog 2, Sonic 3 & Knuckles e Sonic CD no Sonic Origins remasterizado! Da emblemática Zona Green Hill ao traiçoeiro Robô Death Egg, você vai percorrer uma infinidade de momentos memoráveis na sua missão para frustrar os planos do Dr. Robotnik em alta definição! Esta versão atualizada contém áreas inéditas, animações adicionais e um novo Modo Aniversário!

    Leia o review de Sonic Origins

    Forgive Me Father (Byte Barrel)

    Escolha entre um Sacerdote ou um Jornalista e torne-se a única pessoa sã que resta em um mundo enlouquecido. Embarque numa viagem em busca de respostas e alívio e explore este mundo inspirado em Lovecraft, cheio de áreas escondidas e de difícil acesso, no qual você descobre toda a história para resolver o mistério deste lugar louco.

    Durante esta viagem, você atualizará seu personagem e armas, usando suas muitas habilidades e até mesmo a própria loucura rastejante para derrotar hordas de monstruosidades que desafiam o juízo.

    Leia a crítica completa de Forgive Me Father

    The Stanley Parable: Ultra Deluxe (Crows Crows Crows)

    The Stanley Parable: Ultra Deluxe é um jogo de aventura em primeira pessoa. Você jogará como Stanley e não jogará como Stanley. Você fará uma escolha e terá suas escolhas tiradas de você. O jogo vai acabar, o jogo nunca vai acabar. Contradição segue contradição, as regras de como os jogos devem funcionar são quebradas, depois quebradas novamente. Você não está aqui para vencer.

    The Stanley Parable: Ultra Deluxe é uma releitura expandida do jogo indie premiado e aclamado pela crítica The Stanley Parable de 2013.

    Leia a crítica de The Stanley Parable: Ultra Deluxe

    Neon White (Annapurna Interactive)

    Neon White é um jogo de ação em primeira pessoa incrivelmente rápido que coloca em suas mãos a tarefa de exterminar demônios infiltrados no Paraíso. Você é White, assassino escolhido a dedo das profundezas do Inferno para competir com outros assassinos de demônios por uma chance de viver permanentemente no Paraíso. Esses assassinos, porém, parecem familiares… teria você os conhecido numa vida passada?

    Leia o review de Neon White

    Veja também:

    Melhores filmes do segundo trimestre de 2022

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    REVIEW – Thunderobot G25 (2022, Thunderobot)

    Como uma opção acessível de controle para games, recebemos recentemente para avaliação o Thunderobot G25. A Thunderobot é uma das maiores empresas chinesas no mercado gamer, atuante desde 2014 neste cenário.

    Com a proposta de ser inspirada por gamers e construir designs para este público, a Thunderobot oferece opções não só de controles, mas também de outros periféricos como fones de ouvido, teclados, mouses, além de hardware como laptops e tablets.

    Esse review foi possível graças à nossa parceira, Thunderobot, que enviou o Thunderobot G25 para analisarmos.

    Como de costume, essa análise é imparcial e sem qualquer vínculo comercial com a empresa, apenas como um parceiro de imprensa.

    CARACTERÍSTICAS

    Plataformas: PC (Windows 7,8, 10 e 11), Android OS (versão 5.0 ou superior), iOS e Nintendo Switch

    Dimensões: 155mm x 103mm x 65mm

    Peso: Aproximadamente 190g

    Bateria: 450mAh

    Tempo de carga: 3h

    Duração da bateria: 15h

    Distância sem fio: Até 10m

    Conexão: Cabeado (USB-C), Bluetooth e Adaptador Wireless

    ANÁLISE DO THUNDEROBOT G25

    O controle Thunderobot G25 possui características físicas muito similares aos controles de Xbox One, tanto no design quanto na disposição dos botões.

    Ele conta com dois direcionais analógicos, um d-pad, botões X, A, B e Y, botões select e start, um botão turbo, um botão de função (com o logotipo da Thunderobot), dois botões superiores (bumpers) e dois gatilhos (triggers) texturizados. Os botões de interação possuem uma resposta tátil adequada e são confortáveis. Ambos os direcionais analógicos são macios, leves e possuem maior aderência graças às bordas pontilhadas.

    O equipamento, por ser bastante leve, colabora para longas sessões de jogo. O design ainda conta com uma pegada texturizada, permitindo maior firmeza ao segurar o controle mantendo o conforto.

    O Thunderobot G25 ainda possui um motor duplo assimétrico de vibração com 4 opções de intensidade (100%, 70%, 30% e 0%) permitindo ao jogador a escolha de como prefere jogar. O motor é bastante potente e em 100% pode até mesmo atrapalhar a gameplay, mas pode ser interessante para quem preferir uma imersão maior.

    Dos três modos de conexão permitidos, o melhor é certamente o cabeado. Através do cabo USB-C conectado ao PC, a conexão e reconhecimento do controle são automáticas e o tempo de resposta é mínimo. Em jogos que exigem mais precisão e timing dos movimentos, tive a impressão de ter uma resposta ainda mais rápida do que no meu DualShock 4.

    Conexões

    Nas conexões por adaptador (dongle) ou Bluetooth, percebi eventuais atrasos no tempo de resposta e também algumas perdas de sinal, ocasionando a não recepção de alguns comandos.

    Vale ressaltar que a conexão por Bluetooth não é “nativa” do controle, e precisa ser ativada mediante uma combinação de botões. Com o controle desligado, deve-se segurar o botão Y e o botão de função por 3 segundos. Caso seja necessário o adaptador, o mesmo deve ser conectado no PC ou TV após o procedimento mencionado, e aí então pressionado o seu botão de ativação.

    Outro ponto a se destacar é que o manual de utilização do Thunderobot G25 é todo em chinês. Como minha fluência no idioma está um pouco defasada, acabei tendo que adivinhar e buscar em fóruns algumas especificações para seu uso (principalmente o pareamento com Bluetooth recém mencionado). Fica a sugestão de criar um manual (pode até ser digital) que seja pelo menos em inglês pra facilitar o acesso de outros mercados.

    VEREDITO

    Por ser um controle de entrada, o Thunderobot G25 apresenta ótimas características, tendo melhor desempenho quando conectado via cabo. Com um preço base de US$ 29,99 (R$ 172,18 na conversão do dia em que a análise foi escrita) ele apresenta um custo melhor do que muitos controles originais e até alguns alternativos.

    O Thunderobot G25 é uma opção de entrada para controles que funcionam com sistemas de PC e Android em modos cabeados ou wireless.

    No entanto, em jogos que exigem o uso de gatilhos, senti algum desconforto ergonômico, tendo que pausar frequentemente para alongar meu pulso. Isto não necessariamente é um problema do controle, podendo ser muito mais relacionado ao meu tipo de pegada, mas foi pra mim um motivo de não prolongar tanto seu uso neste tipo de jogos.

    Ainda assim, sua leveza e bom tempo de resposta o destacam e sua opção de conexão tanto com PC quanto com Android o tornam bastante versátil. Em jogos que utilizam botões básicos (direcional e os quatro botões de interação), o Thunderobot G25 se prova um ótimo controle – principalmente em jogos para Android.

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