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    CRÍTICA – Nocturnal (2023, Dear Villagers)

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    Nocturnal é um game platformer de ação sidescroller 2D com elementos de metroidvania desenvolvido pelo estúdio suíço Sunnyside Games, responsável por games como Towaga: Among Shadows e The Firm, publicado pela Dear Villagers. Ao longo das quase 3 horas de gameplay de Nocturnal, me vi imerso em sua história poderosa. Sobre um mundo tomado pela Névoa, que parece corromper tudo em que toca, e que apenas a Chama Perpétua é capaz de destruir.

    Quando Ardeshir retorna para casa após a guerra encontra seu país de origem Nahram completamente destruído. Com cidades pilhadas e grandes prédios demolidos, vemos que a escuridão gerada pela Névoa que tomou aquele povo e os lançou em uma profunda noite.

    SINOPSE

    Como um soldado milenar, você terá que descobrir o que aconteceu com seus irmãos para libertar sua ilha da névoa sombria. Uma neblina misteriosa cobre a ilha e te persegue assim que nota você. Abra caminho para dentro dela para descobrir sua fonte e dar um fim nisso.

    Combates desafiadores e vários inimigos estão entre você e seu objetivo. Opções de speedrun estão disponíveis. Você pode selecioná-las para aperfeiçoar seu tempo de conclusão.

    ANÁLISE

    Nocturnal

    Quando retorna à Nahram, Ardeshir tem um único objetivo, encontrar sua irmã Arsia. Mas para concluir seu objetivo, precisará passar por dificuldades impostas não apenas por soldados que chamam Ardeshir de “traidor,” e pela Névoa, mas também por perigos desconhecidos que assolam seu caminho.

    Com a progressão, Nocturnal se mostra por vezes como um game de exploração e se faz repleto de puzzles. Com uma gameplay marcada pelo combate, com movimentos rápidos fluídos, bem como sempre tentar manter a chama acesa (no sentido mais literal) podemos ver como o estúdio pôde criar do zero elementos únicos para sua história.

    Com uma combinação de elementos de movimentação e combate, é possível enfrentar desde precipícios, puzzles curiosos, até mesmo terríveis inimigos.

    Nocturnal

    Com adversários mais rápidos cuja movimentações se assemelham à de Ardeshir e outros mais fortes, com golpes pesados e mais lentos, os jogadores podem equiparar e adaptar sua maneira de jogar, nos apresentando sempre como uma ameaça aos que se interpõem entre nós e nosso objetivo.

    O que pode ser visto em Nocturnal para além de um game sidescroller, é uma história não apenas de fraternidade, como de avançar o tempo todo em direção de salvar quem precisamos salvar. Nosso protagonista não é um herói comum, que salvará o mundo em sua aventura. Ele quer apenas encontrar sua irmã, mas os perigos do mundo insistem em se colocar entre ele e seus objetivos, e isso será um problema. Com perigos e a dificuldade em manter acesa a chama perpétua, Ardeshir será guiado por um mundo conhecido por ele, mas inteiramente inédito para nós, os jogadores.

    VEREDITO

    Os caminhos criativos que Nocturnal optam por se enveredar são sempre satisfatórios. Com um estilo gráfico único, que mistura realismo com aquarela, sua gameplay 2D nos permite entender que para contar uma história forte e poderosa, não é necessário conter um gráfico megalomaníaco, ou algo do tipo.

    Como um game de curta duração, ele toma o tempo necessário para contar sua história, tudo isso enquanto deixa pistas da história do mundo pelos santuários da Fênix.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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    CRÍTICA – Ninguém Vai te Salvar (2023, Brian Duffield)

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    Ninguém Vai Te Salvar, atualmente disponível no Star+. O longa mergulha nas profundezas do terror, drama e ficção científica, dirigido por Brian Duffield e protagonizado pela talentosa Kaitlyn Dever que interpreta a personagem Brynn. O filme destaca-se ao provar que a simplicidade pode ser incrivelmente impactante, entregando uma narrativa envolvente sem depender de diálogos

    SINOPSE

    O longa apresenta Bryn,, uma jovem talentosa que vive isolada pela sua comunidade. Solitária, mas cheia de esperança, ela se refugia na casa onde cresceu, até o dia em que é despertada por barulhos estranhos que só podem ser oriundos de invasores alienígenas. O que se desenrola a partir daí é um duelo incessante entre Brynn e os seres extreterrestres que ameaçam seu futuro enquanto a obrigam a encarar seu passado.

    ANÁLISE

    Ninguém vai te salvar

    A trama se desenrola em meio a uma invasão alienígena, mas vai além dos tropos do gênero ao explorar temas como luto, trauma e autotransformação. A protagonista, interpretada com maestria por Kaitlyn Dever, é uma jovem assombrada por um passado traumático, lutando não apenas contra os invasores extraterrestres, mas também contra seus próprios medos e demônios internos.

    O título do filme ressoa como uma mensagem poderosa, indicando que a redenção e a superação devem vir de dentro. O enredo habilmente tece uma Jornada de Luto, mantendo o espectador em constante suspense. A atmosfera de horror é construída com maestria, mesmo durante as cenas diurnas, onde o medo permanece latente, preparando-nos para reviravoltas iminentes.

    A direção de Brian Duffield é notável na escolha de focalizar a protagonista, permitindo que o espectador absorva os detalhes ao fundo, criando um panorama que reflete as problemáticas de nossa protagonista. A câmera não se esquiva das criaturas alienígenas; ao contrário, encara-as de frente, intensificando o estado de alerta. Esse olhar direto cria uma conexão palpável entre o terror tangível das criaturas e o estado de confusão da protagonista, um espelho de seus próprios traumas

    O design das criaturas, embora tradicionais, é usado de forma astuta para simbolizar os perigos que ali existem, representando os medos e a confusão que assolam a personagem principal. A simetria entre as ações das criaturas e os conflitos internos da protagonista é muito bem explorada, proporcionando um elemento psicológico ao suspense, tento até cenas onde embarcamos no mundo onírico de Brynn .

    VEREDITO

    No âmbito sci-fi, “Ninguém Vai Te Salvar” transcende as expectativas ao usar a invasão alienígena como uma alegoria para questões internas. O filme desvela camadas sobre luto, resiliência e autodescoberta, tornando-se uma experiência que vai além do simples entretenimento

    Apesar de alguns momentos previsíveis e clichês, o filme se destaca pela abordagem criativa e pela profundidade com que explora os temas. Ninguém Vai Te Salvar não é apenas um filme, mas uma jornada emocional que certamente deixará sua marca na memória do espectador. Uma obra que não apenas assusta, mas também provoca reflexão, garantindo seu lugar nas discussões sobre cinema, e com certeza se tornará um novo cult.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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    TBT #256 | Wasabi (2001, Gérard Krawczyk)

    Wasabi é um condimento feito da planta japonesa wasabia da família brassicaceae, mesma que inclui o repolho, rúcula, brócolis, rabanete e mostarda sendo um acréscimo um tanto acalorado na degustação da culinária oriental ou a que for de preferência. Mas também é um título de uma excelente comédia francesa lançada no início dos anos 2000. 

    Wasabi de nome original “Wasabi – La petite moutarde qui monte au nez” é um filme dirigido por Gérard Krawczyk responsável por dirigir os títulos da franquia de sucesso Táxi com roteiro do renomado Luc Besson de produções famosas como Subway (1987), Joana D’Arc (1999), Lucy (2014) e o mais recente trabalho foi Dogman

    O elenco é liderado pelo astro francês Jean Reno, parceiro de longa data de Besson desde seu primeiro filme e conhecido por estrelar diversas produções como O Profissional, Rios Vermelhos e entre outros filmes. Completam o elenco Ryōko Hirosue, Yoshi Oida, Carole Bouquet, Yuki Sakai e Michel Muller.

    Wasabi é um filme que esta disponível Apple TV, mas pode ser encontrado gratuitamente no serviço de streaming Pluto TV tendo duração de 94 minutos.

    SINOPSE

    Após uma briga com o chefe de policia, Hubert Fiorentini (Jean Reno), um detetive policial, é obrigado a tirar férias. Poucos dias depois ele recebe um telefonema de um advogado do Japão avisando que Miko (Yuki Sakai), o grande amor de sua vida e que estava desaparecida há 20 anos, havia falecido recentemente. 

    Hubert parte imediatamente para Tóquio, onde descobre que Miko lhe deixou duzentos milhões de dólares e a posse de Yumi (Ryoko Hirosue), sua filha problemática. Desconfiado, Hubert procura Momo (Michel Muller), seu antigo parceiro na polícia, sendo que juntos descobrem a verdade em torno da misteriosa morte de Miko e seu envolvimento com a máfia japonesa.

    ANÁLISE

    Wasabi

    Uma comédia divertida e particularmente um dos meus filmes favoritos da filmografia de Jean Reno que como grande ator que é, mostrando versatilidade em seu trabalho também na comédia, gênero que visitaria novamente no remake de A Pantera Cor de Rosa.

    O roteiro não tem uma grande complexidade mas consegue dar a profundidade necessária para que os personagens tenham sentido, o vilão ser credível e ter diálogos engraçados através da construção de situação mostrada desde o seu início. 

    O protagonista é divertido pela desproporção de suas ações tendo uma engraçada demonstração em suas primeiras cenas de Hubert pegando uma suspeita de um futuro roubo a banco culminando em uma grande confusão envolvendo o prefeito. 

    O contraste entre Hubert e Yumi é algo que vai além das questões culturais sendo um francês e uma japonesa, mas um policial antiquado que leva o trabalho muito a sério e uma adolescente que não tem a percepção do que está acontecendo a sua volta. Mas o luto pela mãe os conecta para a construção de uma nova família para Yumi mesmo inicialmente vendo-o como um protetor provisório.

    Mesmo com a comédia e a ação sendo o centro da narrativa ainda se permite o espaço para um pouco do drama familiar além do romance como um dos subtextos da história. 

    A trilha sonora é interessante pois se utiliza de títulos famosos do cenário musical da época, assim como outros grupos musicais como Gorillaz além de referências do período como o crescimento do entretenimento em games. As cenas de ação são excelentes combinando em diversos momentos com o tom cômico que o filme proporciona em seus diálogos e alguns clichês de filmes de ação que proporcionam um excelente entretenimento. 

    Ainda neste sentido é interessante a diferença da produção destas cenas para o cenário atual do gênero que foca no realismo com movimentos de treinamentos reais enquanto no passado a suspensão de crença permitia que se encarasse este tipo de situação como mágica ou algo que só aconteceria realmente em um filme.

    VEREDITO

    Wasabi é uma excelente opção para um momento que se deseja desconectar e divertir-se através do entretenimento único que um filme consegue proporcionar. 

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Confira o trailer:

    O longa está disponível na PlutoTV.

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    CRÍTICA – Digimon Adventure 02: The Beginning (2023, Toei Company)

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    Digimon Adventure 02: The Beginning é o mais novo filme da franquia Digimon. Ambientado cerca de 11 anos após os acontecimentos da segunda geração de Digiescolhidos, somos lançados ao ano de 2012. Quando uma Digitama aparece no topo de um prédio em Tóquio, um jovem surge tentando alcançar o gigantesco ovo. Quando ele diz ser o primeiro digiescolhido da história, tudo parece mudar.

    Ao longo dos 80 minutos da animação, acompanhamos Davis, Ken, Kari, TK, Inoue, Cody e seus Digimon testemunhando o mundo humano e o digimundo mudar para sempre.

    SINOPSE

    Daisuke, Miyako, Iori, Takeru, Takashi, Hikari e Ken devem conciliar novas responsabilidades com seus parceiros Digimon. Mas, Rui Owada, um jovem misterioso parecer afirmar ser o primeiro humano a fazer parceria com um Digimon.

    ANÁLISE

    The beginning

    O filme nos lança na história dos digiescolhidos em um dia comum, 11 anos após os acontecimentos de Digimon Adventures 02. Enquanto todos parecem levar uma vida comum, um digitama, ou digiovo surve no centro de Tóquio. Enquanto somos lançados ao passado não apenas dos digiescolhidos, como também o do mais novo personagem da franquia, Lui e Ukkomon, com uma história inteiramente nova, a curiosa jornada de Lui nos envereda pelo mundo em meio aos terrores da vida real.

    Como uma história de desenvolvimento e crescimento, mas também com novas regras sendo estabelecidas a partir deste ponto para todo o digiverso, The Beginning nos lança por uma história madura, potente e forte. Que sinceramente, não recomendamos para os públicos mais jovens.

    Distante do que foi visto até aqui, o novo longa dos digiescolhidos coloca em check a relação entre os monstrinhos digitais e seus parceiros humanos, questionando seus elos e como eles se formaram, se são reais, ou não.

    Assim, o longa assim, nos mostra seu alicerce. Nos lançando no passado do universo, em meio à rostos conhecidos e histórias poderosas vemos como a vida dura de alguns digiescolhidos o levaram até aquele ponto. A explicação para a aparição de Lui, o lança o mais perto possível do início do conceito que conhecemos estabelecidos junto dos primeiros digiescolhidos.

    Hoje, com 10 temporadas lançadas, 24 anos depois do lançamento original e diferentes formações de digiescolhidos, conhecemos como todos eles e seus digimon se desenvolveram e se tornaram mais do que as crianças que conhecemos no início de cada uma das temporadas.

    VEREDITO

    A animação nos apresenta novos conceitos. Conceitos esses, que tornam o mundo digital e o real mais estreitos. Distante de tudo que foi visto até aqui, o filme conta com uma história mais madura e dura. Enquanto tenta fugir do erro constante que é a busca por renovação, nos lança por caminhos inéditos até aqui. Com sequências de ação de tirar o fôlego e uma melhor fluidez da animação, podemos ver que a Toei Company e os diretores do longa optam por seguir um caminho sem volta.

    O longa estreia no dia 30 de novembro nos cinemas de todo o Brasil e conta com 88% de aprovação no Rotten Tomatoes. Digimon Adventures 02: The Beginning foi trazido para o Brasil pela Paris Filmes.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do longa:

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    CRÍTICA – My Daemon (1ª temporada, 2023, Netflix)

    My Daemon é um anime original Netflix. Ambientada em um mundo bem parecido com o nosso, acompanhamos a história de Kento Tachibana e seu Daemon, a pequena Anna. O roteiro é assinado por Hirotaka Adachi, e produzida pelo estúdio tailandês Igloo Studio. Quando testes nucleares passaram a espalhar pelo mundo partículas demoníacas, o mundo passou a ser tomado por criaturas com o potencial de destruir o mundo, mas não apenas isso.

    Facções passaram a surgir, com legalistas que buscam a destruição desses seres por assumirem ser uma corruptela de tudo de bom que há no mundo, mas também, indivíduos que fazem uso desses daemons para proteger o mundo, ou pelo menos reforçar as vontades da “Força de Pacificação.”

    Assim como na mitologia grega, os daemons são demônios, ou divindades menores. O mesmo pode ser observado na série da Netflix. A partir das partículas demoníacas, demônios se desenvolvem e podem vir a se tornar algo muito maior, mais poderoso, por assim dizer.

    SINOPSE

    Para salvar a mãe, um garoto bondoso embarca em uma jornada pelo Japão pós-apocalíptico, acompanhado por seu pequeno demônio de estimação.

    ANÁLISE

    My Daemon

    My Daemon nos apresenta um mundo relativamente bem estabelecido, mas não perde tempo explicando um pouco mais da história, que deixa desde seus primeiros minutos tudo bem claro. Há muitos anos, os daemons surgem, e com seu desenvolvimento desordenado, a humanidade vem perdendo espaço de convivência. Enquanto eles tomam cidades e grandes centros urbanos, diferentes tipos parecem apresentar poderes únicos.

    Um dia, o jovem Kento encontra um pequeno ponto vermelho e leva para sua casa. Ao acompanhar de perto o crescimento dessa partícula demoníaca, ele vê o pequeno daemon Anna crescer e se tornar um dos demônios mais poderosos da história.

    Conforme progredimos na história, vemos o quão brilhante é o enredo de My Daemon. Ao acompanhar as peculiaridades e particularidades de Kento, vemos que sua bondade inata o faz ver a fofura onde muitos vêem repulsa. Ao longo dos 13 episódios do anime, acompanhamos um mundo único, em que uma história de sinergia se desenvolve aos poucos e que por onde passa, o pequeno Kento faz história, libertanto daemons do controle de seus portadores e salvando humanos, fazendo-os ver a beleza de trabalhar juntos.

    Como uma história por vezes violenta, podemos ver que a sensibilidade do jovem Kento mesmo em meio ao caos, o permite ver a beleza.

    VEREDITO

    Ao longo dos 13 episódios de My Daemon, acompanhamos como o mundo do anime é violento e que mesmo apesar de todos os empecilhos, o jovem Kento fará tudo que estiver ao seu alcance para atingir seu objetivo: Salvar sua mãe. Enquanto enriquece a visão de mundo de todos que cruzam seu caminho, Kento nos leva por uma viagem emocionante, divertida e curiosa.

    A primeira temporada do anime está disponível na Netflix.

    Nossa nota

    3,5 / 5,0

    Confira o trailer do anime:

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    CRÍTICA – Naruto X Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections (2023, Bandai Namco)

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    Ainda que Naruto tenha feito parte da minha infância e adolescência, retornar aos games da franquia sempre me trouxeram um quentinho no coração. Não apenas por me lançar em um mundo conhecido, mas por rejogar as histórias repletas de coração que me acompanharam por alguns bons anos. Arcos emocionantes do anime e do mangá, e agora, uma história inteiramente nova, criada pelo próprio Masashi Kishimoto. Naruto X Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections faz com que a franquia de games ressurja enorme, após o fiasco que foi Naruto to Boruto: Shinobi Striker.

    Diferente de um game que nos apresentava em seu cerne elementos de gatcha, Naruto X Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections nos leva por divertidas, desafiadoras aventuras, que nos deixam com o coração na mão.

    O game foi lançado em 16 de novembro para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S e PC.

    SINOPSE

    Ninjas lendários se reúnem no próximo jogo da série STORM! NARUTO X BORUTO Ultimate Ninja STORM CONNECTIONS é um jogo de ação/luta com batalhas ninja frenéticas e dois modos história diferentes.

    ANÁLISE

    Ultimate Ninja Storm Connections

    Mesmo se mostrando desafiador, Ultimate Ninja Storm Connections nos faz sentir imersos desde seu primeiros minutos. Não apenas por nos lançar em uma história já conhecida pelos fãs da franquia, mas também por nos fazer testemunhar os acontecimentos ambientados na nova era da animação, com o jovem Uzumaki Boruto. Com dublagens em português, inglês, japonês e muitos outros idiomas, é possível ter a experiência do game no idioma em que a história te cativou no passado.

    Mesmo passando por escândalos nos últimos dias, que apontaram que a CyberConnect2 havia feito uso de IA para suas narrações e dublagens para barateamento da produção, sua gameplay nos lanças nos moldes mais antigos, com melhorias de acessibilidade e outros.

    No game, podemos jogar o modo História, História Especial (uma história original de Masashi Kishimoto, ambientado na época de Boruto: Naruto Next Generations), Batalha livre, Batalha Online e a coleção. Com mais de 130 personagens jogáveis, podemos desenvolver proficiência com jogadores e até mesmo realizar atividades semanais no modo online, que garantem diferentes recompensas.

    Com cerca de 20, 21 horas de gameplay, usufruí não apenas dos dois distintos modo história – que duraram em média 10 horas -, a partir daí, me lancei no modo online. Me divertindo como não pude em Naruto to Boruto: Shinobi Striker, dada sua estranha jogabilidade e seu extenso sistema de gatcha.

    GAMEPLAY, ACESSIBILIDADE E GRÁFICOS

    Ultimate Ninja

    A gameplay do game se assemelha à quase todos os games da franquia Storm, com pequenas modificações, que eu chamaria até de “elementos de acessibilidade.” Além do que foi visto até aqui, o game garante controles responsivos e até mesmo um combate para pessoas com baixa mobilidade ou baixa coordenação motora. Sendo possível colocar os controles de combate em meia dúzia de botões, a ativação de poderes e combate se tornaram muito mais intuitiva e mais rápida.

    Essa acessibilidade permite que jogadores com baixa coordenação possam jogar em nível competitivo com outros jogadores sem qualquer dificuldade. Podendo aceitar ou não assistência para Ninjutsu, ou de técnica secreta e também a assistência para despertar. No tempo que joguei online, pude testemunhar alguns combates desafiadores e outros nem tanto. Quando me vi lançado naquele mundo, não apenas os controles, quanto alguns elementos do passado logo retornaram e a memória muscular tomou conta.

    Ultimate Ninja

    Um elemento interessante do game, vem do fato da desenvolvedora ter optado por mudar os comandos para ativação das Técnicas Secretas. Diferente do passado, que ativávamos o chakra e depois atacávamos para ativar a técnica secreta, neste, apertamos o botão de chakra e o gatilho para ativar. E isso torna o game bem mais interessante. Pois assim, garante os botões da face do controle outras utilidades.

    Ao longo da minha gameplay, me diverti, me senti desafiado e pude perceber que a história inédita de Kishimoto é capaz de emocionar ao conta a história da tentativa de dominação mundial por meio da organização “Zero” e sua arma secreta.

    VEREDITO

    Ultimate Ninja

    Ver que no game Boruto possui um arco mais maduro e vê seu pai como o personagem merecedor de toda a glória que possui nos dias atuais – ao viajar para o passado -, é importante. Pois assim, mostra em que ponto da história do filho do 7º Hokage estamos. Após o confronto contra o Clã Ootsutsuki, uma nova ameaça surge, e a maturidade de Boruto, ou pelo menos os traços que o fazem se assemelhar a seu pai começam a aparecer.

    E neste ponto, o game brilha. Quando mostra que Boruto se afastou do que quando o vimos pelas primeiras vezes no mangá e no anime, como o jovem privilegiado e mimado, mas agora, ele se mostra como o jovem, poderoso e habilidoso ninja com potencial para mudar o mundo, como seu pai já o fez.

    Ainda em tempo, ouso dizer que Ultimate Ninja Storm Connections é o game de Naruto definitivo. Se mostrando muito melhor do que Shinobi Striker e qualquer outro game do passado.

    Nossa nota

    4,5 / 5,0

    Confira o trailer do game:

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