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    CRÍTICA – Sonic Frontiers (2022, SEGA)

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    Sonic Frontiers é o primeiro jogo de zonas abertas em 31 anos de história do ouriço azul mais famoso do mundo. O novo título da SEGA foi lançado em 8 de novembro de 2022 para PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X | S.

    A inédita aventura traz Sonic, Tails, Knuckles, Amy, Dr. Eggman e muitas surpresas nas Starfall Islands, em um constante ir e vir pelo ciberespaço.

    Confira o review sem spoilers de Sonic Frontiers para Nintendo Switch logo após a sinopse oficial.

    SINOPSE

    Mundos entram em rota de colisão na nova aventura em alta velocidade de Sonic the Hedgehog!

    Em meio à busca por Esmeraldas Chaos, Sonic fica à deriva em uma ilha antiga, repleta de criaturas exóticas. Enfrente hordas de poderosos inimigos ao explorar um empolgante mundo de ação, aventura e mistério.

    Acelere rumo a novos horizontes e vivencie a emoção da alta velocidade em plataformas de zonas abertas ao percorrer as cinco enormes Starfall Islands. Mergulhe na aventura, use o poder dos Anciões e lute para deter os novos e misteriosos inimigos.

    ANÁLISE DE SONIC FRONTIERS

    Sonic Frontiers iniciou sua ampla divulgação em junho deste ano com uma parceria com a IGN, que divulgou com exclusividade diversos vídeos sobre o grande lançamento da SEGA em 2022 durante o mês.

    De início, boa parte da comunidade demonstrou preocupação e fez críticas compreensíveis. A própria IGN destacou alguns problemas da versão jogada por eles em maio para fazer a série especial de conteúdos. Aos poucos, Sonic Frontiers ganhou tração e apresentou mais do que a experiência poderia entregar, e as opiniões começaram a mudar.

    Um dos grandes debates de 2022 é, portanto, este: Sonic Frontiers é bom e vale a pena?

    Sim, é bom e vale a pena. Inclusive no Nintendo Switch. Continue lendo e entenda por que Sonic Frontiers é um jogo que merece ser jogado.

    Após as cutscenes iniciais, o jogo coloca Sonic em seu lugar tradicional: uma fase plataforma no estilo clássico que vem desde os tempos de Mega Drive.

    Minha primeira impressão jogando em live na Twitch foi de que o ouriço estava rápido demais a ponto de ser ruim de controlá-lo. Felizmente, resolvi facilmente reduzindo a sensibilidade de 50 (padrão) para 40, e ficou ideal para o meu estilo de jogo. Então, se você passar por esse problema, experimente fazer o mesmo.

    Após terminar a fase, que contém os primeiros tutoriais básicos e rápidos, Sonic Frontiers começa a apresentar toda a sua inovação ao colocar o protagonista na primeira zona aberta. As zonas abertas estão repletas de atividades, entre elas:

    • Totens que transportam Sonic ao ciberespaço, onde jogamos as tradicionais fases plataforma;
    • Enfrentamento de adversários de diferentes portes, sendo os Guardiões os maiores e mais desafiadores;
    • Grinds e círculos para se transportar por toda a zona;
    • Encontros com personagens-chave para o avanço da história;
    • Desafios para liberar a visualização de novas áreas no mapa;
    • Coleta de Esmeraldas Chaos em cada ilha;
    • Pesca em pontos específicos com Big the Cat;
    • Busca por Kocos, personagens carismáticos que devem ser encontrados pelas vastas zonas e entregues aos Koco Ancestral e Koco Eremita de cada ilha, para aumentar habilidades de Sonic. A mecânica lembra o que é feito com Hestu e a necessidade de entregar a ele Korok Seeds, em The Legend of Zelda: Breath of the Wild (2017).

    Sonic Frontiers consegue inovar a gameplay com qualidade?

    O novo jogo do Sonic acerta em todas as inovações que se propõe. Primeiro, obviamente, pelas zonas abertas que são vastas e cheias de atividades. Depois, porque elas oferecem desafios muito diferentes entre si, de modo que o jogo nunca se torna monótono. Ao contrário: Andar por aí em cada ambiente é um verdadeiro prazer.

    Um dos pontos mais fortes de Sonic Frontiers é a boa diversidade de inimigos e como a progressão de habilidades de Sonic se conecta com os adversários apresentados ao longo da aventura. Os minions menores não impõem sérios riscos e, felizmente, eles são pontuais a cada zona.

    E para melhorar, você não precisa enfrentar os inimigos menores, pois a subida de nível dos atributos e das habilidades de Sonic ocorrem por meio da entrega dos Kocos. Ou seja: Você pode escolher quando deseja batalhar apenas para ganhar alguns itens e testar suas habilidades, e quando não estiver a fim pode simplesmente ignorá-los.

    Outro aspecto positivo de Sonic Frontiers são as fases plataforma. Elas são variadas entre si, sendo que algumas valorizam os primeiros jogos do ouriço ao oferecer uma experiência mais focada na tradicional rolagem horizontal 2D.

    O novo jogo do Sonic inova a franquia a acerta em dosar corretamente as fases plataformas em um jogo de zonas abertas
    Imagem conceitual de Sonic em fase plataforma. Créditos: SEGA / Divulgação

    Por falar em plataforma, é incrível como fluem bem os momentos de integração com o gênero durante as zonas abertas. Então além das várias atividades para se fazer nas ilhas, a naturalidade como ocorre a transição entre exploração e plataforma é outro motivo pelo qual você pode querer correr por aí mais um pouco antes de voltar aos trilhos da missão principal.

    SEGA e Sonic Team acertaram em não se apegar ao passado e dosar na medida certa as fases plataformas do ciberespaço. Isso mostra que não faltou coragem ao inovar, pois acertadamente escolheram que o novo título seja reconhecido como um jogo de zonas abertas, e não pelo que Sonic tradicionalmente foi conhecido até aqui.

    Os gráficos de Sonic Frontiers são bons?

    A qualidade gráfica de Sonic Frontiers é boa, mas poderia ser melhor. Claro, o jogo para Nintendo Switch exibe problemas mais nítidos do que se comparados aos consoles mais potentes como PlayStation 5 e Xbox Series X | S. No entanto, são problemas que a comunidade já está acostumada a ver na maioria dos títulos para o videogame híbrido da Nintendo.

    Na versão disponibilizada já no lançamento, não há nenhum problema grave em relação aos gráficos. O que se tem bastante são uso de blur em detalhes e texturas em baixa qualidade, para que o processamento não seja prejudicado. Algo que não há nas versões dos consoles mais potentes.

    A performance também não é comprometida. O que acontece com frequência é a renderização de elementos como plantas no chão enquanto você avança, mas nada que prejudique a gameplay. Eventualmente esse render atrasado também acontece em cutscenes.

    Esses problemas se acentuam levemente quando jogado no modo portátil do Nintendo Switch, mas no geral não atrapalham. O que notei que eventualmente dificulta no portátil é que a câmera costuma se perder quando você está muito rápido, fazendo com que Sonic entre em lugares que dificilmente entraria, sendo essa a grande diferença entre os modos TV e portátil.

    Para um jogo com muita exigência por conta da alta velocidade de Sonic e dos combates, é seguro dizer que a performance é satisfatória.

    Os pontos negativos

    Além das ressalvas sobre os gráficos, é importante destacar que o jogo não é 100% à prova de problemas. Os combates com alguns Guardiões, especialmente os mais altos como Asura, e os Titãs são o principal ponto fraco do jogo.

    No caso do Asura, a mecânica desse adversário não foi bem desenvolvida. Esse guardião possui três longos braços e, ao tentar destruir o terceiro, o adversário emite mais círculos vermelhos (que te impedem de avançar) entre os azuis (que dão impulso para que você suba ao topo do braço). Por serem vários em um combate que exige agilidade, a experiência por vezes é truncada porque a câmera se perde. Não recomendo que esse adversário seja enfrentado no modo portátil do Nintendo Switch, pois os problemas são mais intensos.

    Lançado em 8 de novembro, Sonic Frontiers inova a franquia ao oferecer o primeiro jogo em zonas abertas de Sonic. Leia o review sem spoilers
    Imagem conceitual de Sonic contra Asura. Créditos: SEGA / Divulgação

    Por sua vez, no enfrentamento contra os Titãs é quando usamos o Super Sonic, após pegar as esmeraldas de cada ilha. Embora não apresente problemas técnicos como o citado acima, considero que esse combate épico é pouco empolgante e destoa da rapidez do restante do jogo.

    A experiência contra os Titãs poderia ser muito mais fluida, de modo que respeitasse o fato de que Super Sonic é um personagem poderoso e pequeno. Faltaram elementos mais próximos do hack ‘n’ slash nesses combates para que fosse mais dinâmico.

    Trilha sonora de Sonic Frontiers

    Por fim, mas não menos importante, é preciso enaltecer a excelente trilha sonora de Sonic Frontiers.

    A SEGA acertou em cheio ao escalar artistas como Merry Kirk-Holmes (da banda de metal To Octavia), Kellin Quinn (vocalista do post-hardcore Sleeping With Sirens) e o grupo de rock japonês One OK Rock, mesclando músicas pesadas com trilhas eletrônicas rápidas e sons tranquilos que constroem toda a atmosfera de solidão que permeia o jogo.

    É realmente lamentável que a trilha sonora de Sonic Frontiers não tenha sido indicada ao The Game Awards 2022.

    VEREDITO

    Sonic Frontiers é um passo consistente da SEGA rumo aos seus ousados planos de manter o ouriço relevante para o mundo por pelo menos mais 30 anos. O novo jogo encontrou a medida certa entre exploração em zonas abertas e manutenção da essência que fez Sonic ser tão popular desde a sua criação em 1991.

    A meu ver, Sonic Frontiers vive uma situação muito parecida com a de Pokémon Legends: Arceus (2022). Ambos acertaram na inovação a que se propuseram, mas apresentaram gráficos que mereciam ser melhores e alguns problemas que podem ser facilmente resolvidos. Não foram os jogos definitivos em zonas abertas, mas pavimentaram muito bem o caminho para que no futuro um jogo no mesmo estilo, ou até mesmo em mundo aberto, possa ser considerado como o supra sumo do que as franquias têm potencial para oferecer.

    Nossa nota

    4,2 / 5,0

    Assista ao trailer de Sonic Frontiers:

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    CRÍTICA – Os Odiados do Casamento (2022, Claire Scanlon)

    Baseado no livro escrito por Grant Ginder, Os Odiados do Casamento (The People We Hate At The Wedding) é dirigido por Claire Scanlon e traz em seu elenco principal Kristen Bell, Allison Janney, Cynthia Addai-Robinson e Ben Platt.

    O longa original do Prime Video estreia no dia 18 de novembro. Confira abaixo nossa crítica.

    SINOPSE DE OS ODIADOS DO CASAMENTO

    O filme segue os irmãos americanos Alice (Kristen Bell) e Paul (Ben Platt), que relutantemente concordam em comparecer ao casamento de sua meia-irmã rica e distante Eloise (Cynthia Addai-Robinson) no interior da Inglaterra ao lado de sua mãe, Donna (Allison Janey).

    ANÁLISE

    Os Odiados do Casamento é uma comédia que mostra os altos e baixos de uma família metade americana, metade britânica. Donna era casada com Henrique (Isaach De Bankolé), pai de Eloise. Entretanto, após o marido a abandonar, ela inicia um novo casamento com Bill (Andy Daly), tendo outros dois filhos: Alice e Paul.

    Após os filhos crescerem, Donna vê sua família cada vez mais afastada. A situação muda após Eloise convidá-los para seu luxuoso casamento em Londres, obrigando toda a turma a se encontrar e colocar o assunto em dia.

    Com roteiro escrito por Lizzie Molyneux-Logelin e Wendy Molyneux, Os Odiados do Casamento tenta adaptar o arco dos quatro personagens principais separadamente, explicando seus temperamentos e traumas. Alice e Paul, interpretados por Kristen Bell e Ben Platt, são os que mais possuem desenvolvimento. Donna e Eloise acabam ficando com o restante que sobra.

    Por Kristen e Ben terem mais tempo de tela, suas tramas conseguem ter início, meio e fim, mesmo que isso seja construído com diversas situações estapafúrdias e pouco inspiradas. Allison Janney é uma ótima atriz e acredito que sua personagem teria potencial para ser melhor explorada do que o que aparece no longa. Por fim, Eloise mal tem tempo para que a audiência consiga criar empatia por ela, o que é uma pena.

    Roteiros com inúmeros personagens envolvidos acabam se tornando algo complexo, principalmente quando a duração do filme é tão curta. Os Odiados do Casamento possui apenas 99 minutos para explicar o passado da família, apresentar os contextos atuais, desenrolar os traumas e criar as confusões esperadas de uma comédia desse estilo.

    A edição do filme consegue costurar os milhares de acontecimentos em um resultado regular, mas longe do ideal. A direção de Claire Scanlon funciona melhor quando os atores estão separados, mas falta algum fator para que as cenas em família realmente causem comoção.

    Para um filme com nomes tão conhecidos, Os Odiados do Casamento não consegue alcançar o resultado esperado, desperdiçando o carisma dos atores em um roteiro simples e vazio.

    VEREDITO

    Para um filme de comédia que se passa durante um casamento, Os Odiados do Casamento não consegue se igualar a outros ótimos clássicos do mesmo segmento. Sem nunca alcançar a emoção ou a graça esperada, a produção peca em sua construção e não entrega um resultado satisfatório.

    Nossa nota

    2,0 / 5,0

    Assista ao trailer:

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    CRÍTICA – Return to Monkey Island (2022, Devolver Digital)

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    Desenvolvido pelo estúdio Terrible Toybox, Return to Monkey Island é o mais novo jogo da Devolver Digital em parceria com a Lucasfilm Games. O game de aventura pirata chegou primeiro para PC e Nintendo Switch em 19 de setembro, e mais recentemente para PlayStation 5, Xbox Series X | S e Game Pass em 8 de novembro de 2022.

    Confira nosso review da versão de Return to Monkey Island para o PlayStation 5.

    SINOPSE

    Return to Monkey Island marca o regresso inesperado e emocionante do criador da série, Ron Gilbert, que continua a história dos lendários jogos de aventura The Secret of Monkey Island (1990) e Monkey Island 2: LeChuck’s Revenge (1991), desenvolvidos em colaboração com a Lucasfilm Games.

    Muitos anos se passaram desde o último confronto entre Guybrush Threepwood e seu arqui-inimigo, o pirata zumbi LeChuck. Elaine Marley, o amor de sua vida, não está mais interessada em governar, e Guybrush está perdido e insatisfeito, pois nunca encontrou o Segredo da Ilha dos Macacos. Jovens e modernos líderes piratas comandados pela Capitã Madison tiraram a velha guarda do poder, o que fez a Ilha Sopapo mudar para pior, e o famoso empresário Stan foi preso por “crimes de marketing”.

    ANÁLISE DE RETURN TO MONKEY ISLAND

    Return To Monkey Island é o sexto jogo da série Monkey Island e retorna repleta de saudosismo em mais uma nova aventura com o poderoso pirata Guybrush Threepwood. Nessa nova aventura, o jogo apresenta uma nova roupagem com um design gráfico refinado e impecável nos consoles da geração atual, sem perder a essência dos jogos clássicos da franquia.

    Essa foi minha primeira experiência com um jogo da série. E garanto que mesmo não tendo jogado os outros jogos, Return to Monkey Island apresenta logo no menu uma opção com recap de tudo o que aconteceu nos outros jogos. Gostei muito dessa opção, pois ela é fundamental para os novos jogadores que estão tendo primeiro contato com o universo da série se familiarizarem com esse mundo.

    Dito isso, Return To Monkey Island é um jogo narrativo de aventura point and click com mecânicas simples e que não apresentam nenhum grau de dificuldade aos jogadores. Dessa forma, o propósito do jogo gira em torno de sua interação com os personagens e com objetos do cenário.

    Além disso, também tem seu lado investigativo para solucionar os puzzles a cada novo capítulo. As missões são fáceis de cumprir e, caso você fique preso muito tempo em uma missão, terá o auxílio de um diário que vai te ajudar com dicas para resolver os desafios.

    Essa dinâmica do diário ficar dando dicas é bastante interessante para caso o jogador fique encalhado em uma fase. Por outro lado, esse diário pode acabar ajudando muito para quem não estiver interessado nos puzzles e quer apenas avançar no enredo sem ter nenhum esforço.

    Return to Monkey Island é um jogo de aventura point and click com elementos de puzzle e uma história envolvendo piratas
    Créditos: Divulgação / Devolver Digital

    Minha experiência com esse jogo da franquia foi ótima, pois o jogo tem protagonistas cativantes e diálogos bem engraçados. Além disso, os personagens secundários estão sempre lembrando a Guybrush Threepwood alguma situação que ocorreu nos outros jogos, dando assim um ar de nostalgia. Essas interações são bastante divertidas e dinâmicas, mas mesmo o jogo frisando o passado da série e tendo um recap, creio que minha experiência teria sido melhor se tivesse jogado os outros títulos.

    O grande destaque do jogo vai para sua ambientação e seus personagens carismáticos que são de fácil apego e trazem um humor único em seus diálogos, que são simplesmente sensacionais. Outro ponto que destaco é a trilha sonora, que é extraordinária.

    VEREDITO

    Return to Monkey Island é um ótimo jogo que se apega à nostalgia, mas também segue por novas ondas na atual geração de consoles sem perder a sua essência. O game mostra que o gênero point and click continua na crista da onda.

    Se você é marinheiro de primeira viagem com jogos da série Monkey Island, pode jogar despreocupado esse novo título, pois o mesmo abraça novos e velhos marinheiros da franquia de maneira divertida e única.

    Nossa nota

    4,0 / 5,0

    Assista ao trailer de Return to Monkey Island:

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    Porco-espinho: Quem é Alexander Gentry?

    Alexander Gentry, mais conhecido como Porco-espinho, é um personagem da Marvel Comics pouco conhecido nas HQs e que causou certo impacto na série Mulher-Hulk: Defensora de Heróis.

    O personagem foi criado por Stan Lee e Don Heck. Sua primeira aparição foi na HQ Tales to Astonish #48, publicada em outubro de 1963.

    ORIGEM

    Alexander Gentry é um designer de armas do Exército dos Estados Unidos, que teve a grande ideia de projetar um traje de guerra imitando um porco-espinho. O tal traje seria coberto com projeções semelhantes a espinhos para defesa e seria capaz de atirar seus espinhos, gases e produtos químicos em um oponente; ele passou meses trabalhando em horas extras para criar seu traje de batalha porco-espinho. 

    Gentry ficou extremamente orgulhoso de sua conquista quando o traje foi concluído e acreditava que sua invenção valia uma fortuna. No entanto, ele também acreditava que o governo não pagaria a ele, como funcionário, não ganhando nada por sua criação. Então, ele decidiu manter o traje de batalha do porco-espinho e usá-lo para enriquecer com o crime. Assim, Gentry se tornou o Porco-espinho, um dos primeiros criminosos fantasiados de sua geração.

    PODERES E HABILIDADES

    Alexander Gentry não tem nenhum tipo de super poder, porém ele teve a grande capacidade de criar o seu traje do zero e muitas vezes foi considerado um designer de armas talentoso.

    O seu traje é feito de aço e plásticos avançados que aumentavam sua resistência e durabilidade. A armadura é equipada com uma grande variedade de armas ofensivas e defensivas embutidas. 

    A superfície externa da armadura é coberta com projeções de metal com pontas de navalha que podem ser disparadas contra os oponentes. As outras capacidades da armadura incluem raios laser, bombas concussivas, pequenos foguetes, gás lacrimogêneo, gás do sono, cortinas de fumaça, cimento líquido, rodas emitindo luzes hipnóticas e explosões de eletricidade de alta tensão. O traje de batalha incluía jatos no cinto que lhe permitiam voar por curtas distâncias. 

    Gentry era um mecânico automotivo qualificado e tinha Mestrado em Engenharia.

    EQUIPES

    Após muitos fracassos nas batalhas contra o Homem-Formiga, Estatura e a Vespa, o Porco-Espinho aceitou o convite do Conde Luchino Nefária, uma figura poderosa da organização criminosa Maggia, para se juntar ao seu grupo de agentes vilanescos. Entre os agentes de Nefária estavam: Enguia original, Homem-Planta, Unicórnio e Espantalho, com os quais o Porco-espinho também se aliaria no futuro. 

    Mais tarde eles se juntam a Brigada Armada de Batroc onde lutam sem sucesso contra o Capitão América e decidem formar o grupo chamado Onda de Crimes e foram trabalhar para o gênio do crime mascarado que se autodenominava Comandante Encapuzado.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Batroc: Conheça o inimigo francês do Capitão América

    CURIOSIDADES

    Roger Gocking é conhecido nos quadrinhos como uma segunda versão do Porco-espinho, essa versão faz parte dos Thunderbolts ao lado de Doutor Octopus e Boomerang.

    Durante a guerra do Doutor Destino com Wakanda por causa de seus suprimentos de vibranium, Porco-espinho é contratado pelo ex-trabalhador de Controle de Danos, Walter Declun, no México, para defender um dos postos avançados do Doutor Destino contra as Dora Milaje e o Quarteto Fantástico.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | Doutor Destino: Conheça o Lorde da Latvéria

    OUTRAS MÍDIAS

    O Porco-espinho por enquanto teve apenas uma única adaptação fora das páginas dos quadrinhos. O vilão apareceu na série da Marvel Studios para o Disney+ na série She-Hulk: Defensora de Heróis no episódio “O Retiro” e foi interpretado pelo ator Jordan Aaron Ford.


    LEIA TAMBÉM:

    Marvel Comics: Conheça outros personagens da editora

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    CRÍTICA – Harvestella (2022, Square Enix)

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    Harvestella é um híbrido de RPG com elementos de simulação que gerou bastante expectativa neste último trimestre de 2022. Lançado no dia 4 de novembro pela Square Enix, o jogo entra no rol dos AAA deste ano da gigante japonesa, ao lado de Valkyrie Elysium e Triangle Strategy.

    Esperado por muitos como sendo o Stardew Valley ou o Harvest Moon da Square Enix, Harvestella está disponível para Nintendo Switch e PC. Confira nosso review da versão para PC logo após a sinopse.

    SINOPSE

    Harvestella se passa em um mundo vibrante e colorido onde quatro cristais gigantes chamados Seaslight (algo como luzes das estações) criam uma mudança estável entre as quatro estações. A aventura começa quando anormalidades no Seaslight começam a aparecer, criando o Quietus, uma estação da morte que ocorre entre as quatro estações que ocorrem naturalmente. Durante o Quietus, as colheitas murcham e as pessoas não podem se aventurar do lado de fora e, preocupantemente, essas estações estão misteriosamente crescendo mais a cada ano.

    Neste RPG de simulação de vida, os jogadores crescerão e cuidarão das colheitas, usarão ingredientes para cozinhar e criar itens e se aventurarão no mundo superior, que muda vibrantemente com base na estação, para visitar diferentes cidades, interagir com os moradores, pescar e muito mais. Os jogadores podem escolher entre várias classes, como lutador, mago, caminhantes das sombras, entre outras, e se aventurar em masmorras com seu grupo para descobrir as origens do mundo, bem como a verdade por trás da calamidade ao longo do caminho.

    ANÁLISE DE HARVESTELLA

    Além de mim, muitas foram as pessoas que criaram uma expectativa com o teaser de que Harvestella fosse uma espécie de simulador rural com gráficos de Final Fantasy. E, desta forma, outros como eu tiveram um revés em suas primeiras impressões do jogo.

    Harvestella tem um forte apelo à gestão da sua fazenda, com características que lembram bastante o próprio Stardew Valley como o sistema de evolução, ferramentas e aprimoramentos para a fazenda. Mas apesar disto, o ritmo do jogo é muito mais ditado pela história do RPG do que pelas estações, fazendo com que o lifesim seja mais uma alternativa do que o foco do jogo.

    Harvestella é um RPG com elementos de lifesim que traz elementos de Stardew Valley para o universo de Final Fantasy. Leia o review
    Créditos: Divulgação / Square Enix

    História

    Num primeiro momento, um certo receio tomou conta de mim por perceber que Harvestella parte da premissa do herói com amnésia lançado em um mundo onde ninguém o conhece. A história demora um pouco a engrenar, mas apesar dos sustos a Square Enix tem habilidade para conduzir boas narrativas e consegue sair com um saldo positivo.

    O game possui alguns elementos em que indica que escolhas importam, dando sempre dois caminhos para o jogador. No entanto, a grande maioria destes momentos leva ao mesmo destino, perdendo um pouco o sentido.

    Mecânicas

    Por ser um híbrido de RPG e simulador de vida, como a própria Square indica, criou-se uma expectativa de que pudéssemos aproveitar uma espécie de Final Fantasy XIV com os elementos de simulação do Island Sanctuary potencializados em um nível similar a outros títulos do gênero.

    No entanto, a execução deste híbrido acaba sendo só isso. Um quase RPG e um quase simulador. As mecânicas de combate lembram um RPG de turnos ou um MMO, onde temos skills com uma animação pesada, pouca dinâmica de combate e ausência de esquivas.

    Aqui, preciso destacar a boa execução, ainda que simples, da árvore de habilidades das classes que oferece tanto habilidades novas quanto upgrades para as mesmas. As habilidades no geral possuem boas animações e evoluem em sua usabilidade conforme o aumento de níveis.

    Novo RPG e lifesim da Square Enix oferece uma boa e objetiva árvore de habilidades
    Créditos: Divulgação / Square Enix

    Nas mecânicas de cultivo e gerenciamento de sua fazenda, temos o que eu ousaria chamar de uma versão demo de Stardew Valley: a mesma lógica, só que com menos variedade. As opções de ação parecem quase sempre “faltar algo”.

    Arte de Harvestella

    Graficamente, o jogo é uma montanha-russa. Harvestella nos oferece belos cenários e jogos de luz e sombra muito característicos de outros títulos da Square. A execução destes elementos é tranquilamente um dos pontos mais altos do jogo.

    No entanto, alguns modelos de monstros e vegetação parecem ter sofrido um downgrade considerável (se a opção por isto foi para manter um melhor desempenho, pelo menos funcionou). Outro ponto baixo são os itens invisíveis.

    Simplesmente quando algum NPC nos entrega algum item, suas mãos estão sempre vazias. Itens de inventário não possuem uma materialização gráfica no jogo. Não chega a ser um grave ponto, mas é estranho.

    Aparentemente o áudio não afeta o desempenho porque a trilha sonora do jogo é bastante agradável e, como é meu costume com trilhas da Square Enix, eu poderia deixar tocando enquanto trabalho. Ponto altíssimo do game como era de se esperar.

    Leia o review de Harvestella, novo jogo de RPG e simulação de vida da Square Enix, lançado para Nintendo Switch e PC
    Créditos: Divulgação / Square Enix

    VEREDITO

    Não quero ser injusto, mas esperava que a gigante Square Enix entregasse algo a mais em Harvestella. O jogo tem um ritmo bem lento, principalmente no primeiro capítulo, mas isto é muito mais uma característica da empresa do que um ponto negativo, apesar de não ser do meu gosto.

    Com suas mais de 50 horas de duração, Harvestella oferece um lifesim com forte foco no seu lado RPG que não extrapola seus padrões (e por vezes até corre o risco de ficar abaixo deles). A capacidade de personalização, que é também característica em ambos os gêneros que o jogo adota, é outro ponto que fica aquém do esperado.

    Harvestella se destaca como sendo uma história de Final Fantasy com alguns elementos de simulador. Fãs da Square buscando um “quase spinoff” de Final Fantasy XIV podem encontrar em Harvestella seu refúgio. A expectativa é que com alguns patches a desenvolvedora consiga dar mais textura ao jogo, pois o mesmo possui grande potencial.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Confira o trailer de Harvestella:

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    TBT #203 | Forrest Gump – O Contador de Histórias (1994, Robert Zemeckis)

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    Forrest Gump – O Contador de Histórias é uma obra de 1994 e que tem Tom Hanks (Um Lindo Dia na Vizinhança) como protagonista. A direção está na conta de Robert Zemeckis.

    SINOPSE DE FORREST GUMP – O CONTADOR DE HISTÓRIAS

    Forrest Gump (Tom Hanks) é um homem que possui um problema de intelecto, mas que com seu bom coração, consegue participar d momentos marcantes da história, mudando a vida de muitas pessoas no caminho.

    ANÁLISE

    Forrest Gump – O Contador de Histórias é aquele tipo de filme que aquece nosso coração, pois por meio de diversas analogias, nos mostra que a simplicidade e pureza são o suficiente para vivermos de forma digna e plena, deixando a busca por um futuro melhor menos árdua.

    O roteiro é encaixado e sabe lidar bem com várias ideias como a de mostrar Forrest como o responsável por várias assinaturas de artistas como Elvis, ou participando de momentos históricos dos Estados Unidos sem ao menos ter noção da gravidade dos fatos, tampouco de sua influência.

    Os momentos são orgânicos e geram boas risadas, pois a peculiaridade de cada cena é incrível o que traz uma boa diversão. Além disso, mesmo quando há um peso dramático grande envolvendo o Tenente Dan (Garry Sinise) ou Jenny (Robin Wright), que possuem histórias de dor e que olham Forrest com amor e admiração, há uma leveza quando Hanks está em tela.

    Falando em Jenny, talvez a personagem seja o calcanhar de Aquiles do filme, uma vez que sua trama fica tempo demais dentro da estrutura de Forrest Gump – O Contador de Histórias. A jovem poderia ter saído na virada do segundo para o terceiro ato de forma bastante satisfatória, todavia, Zemeckis não consegue abrir mão dela, criando um problema por conta do seu trabalho com personagens femininas que são bastante subaproveitadas. Por mais que as atuações de Wright e de Sally Field que faz a mãe de Gump, as duas só servem como alavanca ou como atraso do protagonista, sem uma história realmente rica e que nos faça torcer por elas.

    Por outro lado, tanto o Tenente Dan quanto Forrest são incríveis, se tornando um contraponto um do outro, pois lidam com os traumas e dificuldades de formas diferentes, servindo de escada para crescimento mútuo. As atuações de Sinise e Hanks são espetaculares, uma vez que seus personagens são difíceis e cheios de camadas. Não é à toa que Tom empilhou prêmios de melhor ator, ganhando o Oscar em 1995.

    Sobre a direção, Zemeckis consegue entregar excelentes momentos e produzir boas cenas em vários tons, passando pela comédia, drama, aventura e até mesmo ação. Ele tem um controle interessante de tudo e trabalha muito bem o elenco em sua condução, carregando muita emoção e entretenimento ao espectador. A trilha sonora emocionante traz um ar ainda mais aventuresco, o que nos empolga bastante quando estamos ouvindo as histórias do nosso herói sem capa.

    VEREDITO

    Com a emoção no topo e a simplicidade de contar uma história tão cheia de detalhes, Forrest Gump – O Contador de Histórias é uma aula de como fazer uma obra tocante e, ao mesmo tempo, divertida e leve. Por mais que diversos temas sejam pesados e complexos, o longa com Tom Hanks no comando é um dos mais importantes e lindos do cinema. Vale cada minuto de sua atenção!

    Nossa nota

    4,7/5,0

    Confira o trailer:

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