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    Os dragões mais poderosos da cultura pop

    Uma constante nas histórias de fantasia ao longo do tempo é que os heróis mais fortes devem enfrentar os dragões mais fortes; e essas criaturas incríveis já lutaram contra os nobres cavaleiros na tradição medieval e até contra os poderosos samurais nos contos folclóricos japoneses. 

    Eles estão entre os inimigos – ou amigos – mais temíveis e inteligentes que a humanidade já sonhou. 

    Os fãs dessas feras sabem onde podem encontrar os melhores dragões do cinema e da televisão. Mas uma coisa é sentar ao redor de uma fogueira e ouvir sobre dragões e outra completamente diferente é ver um dragão vindo em direção à tela com suas devastadoras baforadas de fogo. 

    Como podemos ver na mais recente adaptação dessas criaturas, A Casa do Dragão (House of the Dragon) já nos apresentou Caraxes, Syrax e Fumaresia; e graças aos avanços tecnológicos, estes seres deixaram de ser apenas lendas e pinturas rupestres e toraram-se criaturas cada vez mais realistas.

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    Mas qual desses poderosos dragões da cultura pop é o mais forte?

    DRAGONSTORM

    Acontece que o Rei Arthur não estava sozinho em sua luta contra os saxões. Para ajudar Arthur a vencer o conflito, um grupo de Transformers escondidos na Terra se uniram na poderosa forma de Dragonstorm e foi lutar pela Grã-Bretanha na Europa medieval.

    Por mais que a franquia da Hasbro, levada ao cinema por Michael Bay tenha sido cada vez mais megalomaníaca e desagradado os fãs, essa é basicamente a coisa mais legal que já aconteceu. Cavaleiros medievais nunca tiveram chance contra um dragão normal, muito menos um enorme dragão Transformer de três cabeças.

    Devido à sua construção de metal (e ao fato de ser um Transformer), dragões normais de outras franquias simplesmente não têm muita chance contra Dragonstorm.

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    HAKU

    Em A Viagem de Chihiro, o dragão Haku serve como guia para Chihiro. Ele garante que a jovem permaneça viva no mundo espiritual e a instrui a não cometer os mesmos erros que ele cometeu. Embora Haku apareça como um menino às vezes, ele é na verdade o espírito de um rio, como Chihiro eventualmente revela a ele, restaurando suas memórias.

    Haku é bem diferente da maioria dos dragões em outros filmes. Isso se deve principalmente ao fato de que ele não é tecnicamente um dragão, mas sim um espírito com a capacidade de se manifestar como um dragão. Suas habilidades espirituais lhe dão uma vantagem sobre outros dragões.

    Ele é incrivelmente sábio e conhecedor quando se trata de qualquer coisa relacionada ao mundo espiritual; Haku tem a capacidade de lançar feitiços e manipular o mundo ao seu redor de pequenas maneiras.

    SMAUG

    Saído da mente criativa de J.R.R. Tolkien direto para as páginas de O Hobbit; dizia-se que Smaug era o último grande dragão da Terra-Média. Ele era famoso por roubar o tesouro dos Anões e se esconder dentro da Montanha Solitária para admirar suas riquezas. Ele permaneceu entre sua riqueza por mais de 150 anos até ser interrompido por Thorin e companhia, que buscavam recuperar a riqueza e o lar dos Anões.

    Como retribuição por esta incursão em sua casa, Smaug bombardeou e dizimou a maior parte da vila próxima conhecida como Cidade do Lago. Ele acabou sendo derrubado por uma flecha incrível lançada por Bard, o Arqueiro, mas não antes que a maior parte da cidade fosse arrasada.

    Os poderes de Smaug eram típicos de um dragão. Ele era maciço, poderoso e forte o suficiente para romper a pedra. O fogo que ele respirava era mais forte quando comparado aos dragões em outras franquias, já que ele podia chover fogo em uma cidade a centenas de metros de altura. Suas escamas tornavam a maioria dos golpes completamente ineficazes contra ele, exceto por um ponto fraco em sua barriga.

    Como todos os dragões da Terra-Média, ele também era incrivelmente inteligente, o que lhe dava um passo à frente de outras feras voadoras.

    BORCH TRÊS GRALHAS

    Criado por Andrzej Sapkowski e pertencente ao mundo de The Witcher, o dragão dourado Villentretenmerth foi um dos dois dragões dourados conhecidos em toda a história do Continente. Como ele amava viver entre outras criaturas, e era um polimorfista altamente treinado, foi capaz de assumir muitas formas e viajar por todos os cantos.

    Uma das suas formas mais conhecidas é Borch Três Gralhas.

    Ele possui duas qualidades-chave que o separam dos dragões em outras mídias; Por um lado, ele é um metamorfo capaz de assumir várias formas diferentes. Além disso, Borch é altamente inteligente e mostrou ser um estrategista inteligente que manipula eventos para garantir que Geralt de Rívia pudesse proteger um grupo de dragões de seus pretensos caçadores.

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    SHENLONG

    Na franquia Dragon Ball, se você reunir as sete Esferas do Dragão você poderá convocar o mítico Shenlong e realizar o seu mais sonhado desejo através de um único e mágico pedido. Shenlong é uma criatura tão importante, seja nas telonas ou nas telinhas, que nem precisa aparecer para reafirmar sua relevância.

    Apesar de Shen Long não ser o mais poderoso dos dragões da franquia criada por Akira Toriyama, é certamente um dos principais personagens; mesmo que oculto nas esferas.

    Shenlong pode realizar qualquer desejo desde que ele não exceda o poder do criador das esferas, que também deve estar vivo (Kami-Sama ou Dende). Ele é incapaz de reviver aqueles que morreram de velhice (mas ele pode restaurar a juventude), doença ou qualquer tipo de morte natural. No começo de Dragon Ball Z, é revelado que Shenlong não pode realizar o mesmo desejo mais de uma vez (reviver aqueles que já foram mortos antes, etc) e ele não pode realizar um desejo de derrotar ou matar um ser vivo que ultrapassa o poder do criador das esferas.

    Apesar de inteligente como Smaug ou Borch Três Gralhas, Shenlong é mais parecido com Haku, que com os demais desta lista.

    FALKOR

    Falkor é um velho e sábio dragão da sorte. No filme A História Sem Fim (1984), ele é essencial para ajudar Atreyu (Noah Hathaway) e Bastian (Barret Oliver) a salvar Fantasia. Falkor é notável por sua constante atitude otimista e crença de que tudo dará certo no final.

    No que diz respeito ao poder, Falkor não é exatamente feroz, mas pode voar incrivelmente rápido e parece ter um poder de sorte semelhante ao da mutante Domino (Zazie Beetz) em Deadpool 2 (2018). Basicamente, como Falkor proclama, quando ele está por perto, coisas boas parecem segui-lo.

    Falkor também é incrivelmente inteligente. Embora ele possa não ser um dragão típico fera voadora cuspidor de fogo, ele pode se manter como um “general dragão”, especialmente se suas habilidades de sorte funcionarem em grande escala.

    BANGUELA

    Junto com o humano Soluço, o último dragão da espécie Fúria da Noite, Banguela, é a estrela da franquia Como Treinar o Seu Dragão. Esses dragões já foram considerados aterrorizantes e perigosos, e embora ele seja forte, Banguela é muito mais um cachorrinho crescido do que um caçador cruel.

    Enquanto Banguela não é tão inteligente quanto um dragão como Smaug, ele possui um intelecto muito maior do que o animal médio (ou mesmo outros dragões em sua franquia). Sua maior força é sua velocidade e agilidade, com sua velocidade máxima principalmente em queda livre. Banguela também possui a capacidade de entrar em um modo alfa, onde sua disposição amigável é completamente perdida. Neste modo, ele foi capaz de desafiar um enorme dragão alfa (literalmente centenas de vezes seu tamanho) e vencer a luta.

    Banguela se tornou o alfa de todos os dragões em seu universo, então é uma aposta decente que ele poderia se tornar o alfa de todos os dragões em todos os lugares.

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    DRACO

    Originado no filme Coração de Dragão (1996), estrelado por Dennis Quaid, o dragão Draco era um espécime adulto e brilhante cujo sacrifício acabou com o tirânico Rei Einon (David Thewlis), cuja vida estava intrinsecamente ligada à dele. Draco era claramente forte, mas era sua inteligência que o diferencia dos outros dragões do cinema.

    Ele tinha algumas habilidades únicas. Por um lado, Draco tinha uma habilidade de camuflagem que lhe permitia se misturar com o ambiente, por outro lado, sua força e inteligência combinadas permitiram que ele sobrevivesse como o último dragão vivo. Além de falar a língua dos homens, o dragão também era conhecedor de magia.

    DROGON

    Originado das páginas das Crônicas de Gelo e Fogo, do autor George R.R. Martin, Drogon é um dos três dragões nascidos de um dos três ovos dados a Daenerys Targaryen como presente de casamento. Após seu nascimento, eles se tornaram os únicos dragões conhecidos existentes. Mais tarde, após a morte de seus irmãos, Drogon se tornou o único dragão vivo remanescente.

    Se apenas um deles pudesse sobreviver, porém, ele era a escolha óbvia, visto que ele era maior e mais forte que seus irmãos. Com sua mãe, Daenerys, Drogon venceu muitas batalhas em sua jornada para Westeros. Durante a batalha de Porto Real, Drogon foi a chave para sua vitória. Ele eliminou uma frota de navios, o portão da cidade e, finalmente, o Trono de Ferro – tudo por conta própria.

    Como a maioria dos dragões, ele é enorme e incrivelmente forte, mas suas habilidades de cuspir fogo são onde ele brilha. Seu fogo não apenas incendeia objetos; isso os dizima completamente. Parece agir como uma explosão concussiva – semelhante ao feixe óptico de Ciclope, dos X-Men – e pode quebrar pedras.

    Ele pode não possuir a inteligência humana de alguns dos dragões em outras mídias, mas ele era poderoso o suficiente para mudar a maré de qualquer grande batalha.

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    RABO-CÓRNEO HÚNGARO

    Entre todas as raças de dragões do mundo de Harry Potter, o rabo-córneo húngaro é considerado o mais perigoso. Honestamente, parece um pouco absurdo que jovens estudantes bruxos tenham que lutar contra ele durante o Torneio Tribruxo, mas é exatamente isso que Harry tem que fazer.

    O rabo-córneo húngaro é animalesco e ágil. Embora seu fogo não pareça ser tão poderoso quanto alguns dragões em outras mídias, compensa com sua agressividade e capacidade de briga. Este dragão se sairia muito bem em um confronto garra a garra, mas os outros dragões desta lista certamente menosprezariam suas fracas chamas.


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    Não! Não Olhe! e a espetacularização dos dias de hoje

    E lançarei sobre ti coisas abomináveis, e envergonhar-te-ei, e pôr-te-ei como espetáculo.”

    Há pouco mais de duas semanas chegou aos cinemas brasileiros o filme Não! Não Olhe!, do diretor estadunidense Jordan Peele. O diretor conhecido por filmes como Corra! (2017) e Nós (2019), nos levou ao longo de sua carreira no assento do diretor a criticar a sociedade como parte realmente não-inclusiva e que tem um importante papel na marginalização de indivíduos considerados de segunda ou terceira classe.

    Daqui em diante, o texto conterá spoilers do filmes.

    Em seu terceiro filme, Peele faz uma ferrenha crítica à atual sociedade e o que parece ser o natural movimento de espetacularizar vivências cotidianas, ou fatos e aspectos terríveis do que é ser humano. Quando contrastamos o passado com o presente, entendemos que esse aspecto é um fator inerente aos dias de hoje, visto que as atitudes e ações de qualquer um – em um dia ruim – pode ser registrada após alguém sacar um smartphone do bolso. Mas não apenas isso, com redes sociais que bombam seja por dancinhas, e a desinformação que vídeos curtos passam, as “páginas de fofocas” e redes sociais de vídeos tendem à faturar cifras inacreditáveis em cima do espetáculo que é criado em cima dos mais diversos aspectos da vivência.

    Se você vai ao cinema esperando se deparar com profundos personagens no mais novo longa de Peele, engana-se, o personagem mais profundo e importante para a trama de Não! Não Olhe!, é o espetáculo. Isso mesmo, você não leu errado.

    Peele tende a brilhar fazendo uso de alegorias para passar suas mensagens, e ainda que alguns espectadores não entendam e vejam seus filmes meramente como filmes de horror ou terror, o diretor faz duras críticas ao racismo em seu Corra!, e aos indivíduos que são deixados à margem da sociedade, vivendo em condições sub-humana em Nós.

    A expressão que dá nome ao filme no original “Nope“, conta com alguns significados diferentes. Além do clássico “Não” – essa expressão é usada diversas vezes por OJ (Daniel Kaluuya) ao longo do filme -, NOPE também pode indicar “Not of Planet Earth“, em tradução literal, Não é do Planeta Terra. Como o jornalista Gabriel Perline apontou em seu texto sobre o longa, outra expressão que pode ser usada para NOPE é “Not Our Planet Earth“, em tradução livre, Não é o nosso Planeta Terra.

    Tenha em mente, que este texto é como esse que vos escreve entendeu o longa e resolveu numa manhã de segunda-feira exprimir os sentimentos que o mesmo me causou.

    GORDY, TRAUMAS E O ESPETÁCULO

    O longa tem início, nos apresentando uma das tramas que nele serão abordadas. Sem muitas explicações, vemos o set de gravação da série fictícia “Gordy’s Home“, no dia em que um incidente marcaria a vida de Jupe Park (Steven Yeun) para sempre. Mas não apenas isso. Desde seus primeiros minutos, o filme nos apresenta o indício de que existe uma força além do que entendemos naquele lugar. Vide, o sapato que para em pé, desafiando todas as leis da física.

    Os traumas presentes nos personagens do longa vão além de sua participação, ou do subliminar. O distanciamento de Emerald (Keke Palmer), as “obrigações” de OJ nos apresentam que a trama não é o que muitos pensam, mas enquanto o negócio da família parece afundar, conseguir uma filmagem que os deixarão famosos como Oprah, é tudo que eles podem tentar agora.

    O espetáculo do longa é o que nos permite entender que para alguns indivíduos, o espetáculo em si é a única saída. Mas tem também a função de nos fazer compreender a relação que cada um dos personagens do filme tem com espetáculos em si.

    Enquanto Jupe se aproveita de uma “força da natureza” que ao mesmo tempo nos é tão estranha para lucrar, a tão sonhadora Emerald vê naquela criatura não apenas a chance de salvar o negócio da família, mas também a sua verdadeira chance de se tornar famosa. O introspectivo OJ, que cresceu cuidando dos animais, e parece ter pouco ou quase nenhum traquejo social, em um impulso de desviar o olhar – que parece ser algo natural ao personagem – é o primeiro a notar que a única saída para encrenca pode ser a ação que dá nome ao filme, não olhar.

    A relação desses três personagens nos apresenta três aspectos quase que primitivos da vivência humana, geralmente presentes em espetáculos.

    • Jupe Park representa a vaidade por trás dos espetáculos. Os dias atuais e a democratização do espaço de fala por todos os indivíduos trouxe grandes benefícios, mas também nos mostrou as terríveis facetas humanas, que anteriormente ficavam reservadas às pequenas relações, normalmente as mais íntimas. Em um mundo em que ninguém é bom o tempo todo, a trama exalta que essas relações e facetas geradas por vaidade tendem a ruir com o tempo. Podemos traçar as atitudes do personagem com as “ações de bondade” disfarçadas de palco para que as pessoas se sintam melhores com elas mesmas, a exemplo de “doações” para pessoas necessitadas que têm uma câmera em seus rostos;
    • Emerald Haywood representa a ganância por trás do espetáculo. Ainda que pareça ter boa intenção, Emerald se aproveita de todas as oportunidades para fazer seu sonho de ser famosa acontecer. Se aproveitando desde o negócio familiar para panfletar sobre suas habilidades, até mesmo uma oportunidade de fazer a gravação que os deixará famosos “tipo Oprah”;
    • Otis Jr. representa a esperança por trás dos espetáculos. Em uma tentativa de manter o negócio da família, Otis vende seus cavalos para Jupe Park na esperança de um dia comprá-los de volta – sem saber o fim que esses animais têm. Quando Emerald vê no Jean Jacket – o alien do filme – a oportunidade de lucrar, Otis logo embarca nessa aventura a fim de ganhar dinheiro e salvar o negócio da família de qualquer maneira. O personagem vê em suas ações uma importância para chegar a algum lugar.

    Aspectos alegóricos que já fazem parte das direções de Jordan Peele é o que costumam tornar o filme palatável para grande parte do público. Não fazendo apenas uma ambientação de mundo, mas também um aprofundamento da trama, Peele faz referência a OJ Simpson no filme e ao papel sensacionalista que a imprensa teve durante sua prisão em 1994.

    A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO

    Como explicitado no livro A Sociedade do Espetáculo de Guy Debord:

    O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens. O espetáculo não pode ser compreendido como abuso do mundo da visão ou produto de técnicas de difusão massiva de imagens. Ela é a materialmente traduzida como uma visão cristalizada do mundo.”

    Ou seja, o mundo que vemos a partir do espetáculo quase sempre é irreal, retratando normalmente um recorte sensacionalista de um mundo ou uma realidade que não necessariamente existe. O espetáculo que as redes sociais, os vídeos curtos e até mesmo jornais sensacionalistas eventualmente vinculam, normalmente não refletem uma realidade, costumando quase sempre apresentar apenas um lado da vivência cotidiana, sem representar todas as partes igualmente.

    O estrelado sonhado por grande parte dos influencers ou indivíduos que esperam e fazem a todo custo vídeos que explodam do dia para a noite, gerou um movimento que tende representar e estabelecer espetáculos relacionados à pequenos acontecimentos e fatos privados das vidas de indivíduos naturalmente famosos.

    A relação que esse espetáculo tem com a sociedade que é mediada e mediatizada por imagens que apresentam recortes, giram em torno também de indivíduos que não sabem viver em um mundo além das telas. O excesso de informação e selfies geralmente postadas por estes indivíduos apresentam uma relação duvidosa e conflituosa. Um estudo de 2021 apresentou que muito indivíduos narcisistas tem na realidade uma baixa autoestima, chegando a se odiar. E esse ódio, é o que os costuma mover.

    Não! Não Olhe! apresenta um aspecto importante da nossa relação com espetáculos. Os indivíduos que naturalmente olham para fora, não costumam olhar para si, e quando o fazem, sentem uma profunda aversão e repulsa. Esse aspecto é explicitado em alguns momentos ao longo do filme seja no reflexo que assusta o cavalo em uma das primeiras sequências, ou no repórter do TMZ com capacete espelhado. Esses arcos nos permitem entender que o longa de Peele vai muito além de um sci-fi com uma narrativa espetacular.

    Não! Não Olhe! está disponível nos cinemas de todo o Brasil. Confira nosso vídeo crítica do filme:

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    CRÍTICA – Kirby’s Dream Buffet (2022, Nintendo)

    O ano em que Kirby completa 30 anos de histórias e aventuras está cada vez mais cheio de surpresas. Em Kirby’s Dream Buffet, os personagens da clássica franquia da Nintendo com a HAL Laboratory trazem ao Nintendo Switch um multiplayer colorido num misto de Fall Guys e Mario Party.

    Kirby’s Dream Buffet foi lançado em 17 de agosto e está disponível em português brasileiro. Confira nosso review a seguir.

    SINOPSE

    Role por um bufê de fases em quatro rodadas divertidas para quatro jogadores como Kirby… E ele parece mais redondinho do que o normal?! Corra em deliciosas fases com obstáculos para coletar morangos enquanto Kirby fica cada vez maior. Depois, vire a mesa na rodada final — uma batalha frutífera em uma plataforma flutuante.

    Sacie a sua fome em partidas locais sem fio ou online para até quatro jogadores. Com um extenso cardápio de poderes conhecidos como alimentos de cópia e várias oportunidades de coletar morangos espalhados em quatro rodadas, todo mundo pode encher a barriga neste jogo mamão com açúcar. Pessoas de qualquer idade podem saborear este frenesi de fofura e competitividade.

    Obs: Modo online disponível somente para assinantes do Nintendo Switch Online.

    ANÁLISE DE KIRBY’S DREAM BUFFET

    Kirby’s Dream Buffet foi anunciado de surpresa poucos dias antes de seu lançamento como parte das celebrações de 30 anos da bolinha rosa mais querida da Nintendo. Também em agosto, a franquia contou com uma apresentação sinfônica especial realizada no Japão.

    Desde o início da rápida divulgação ficou na dúvida se esse seria um jogo pago da Kirby, ou se estaria de graça no Nintendo eShop assim como Super Kirby Clash (2019). Isso porque o primeiro trailer não falava em pre-order ou purchase, e sim apenas mencionava a possibilidade de download.

    Mas sim, Kirby’s Dream Buffet é um jogo pago e custa R$ 77,00. Guarde essa informação.

    Dito isso, vamos para a análise.

    Kirby’s Dream Buffet é um spin-off com uma proposta divertida e bem executada em termos de gameplay. O jogo tem como foco principalmente crianças e é seguro dizer que os minijogos e a dinâmica competitiva das quatro fases em sequência funcionam bem e atingem seus objetivos. Cada estilo de minijogo também pode ser jogado individualmente.

    A gameplay diverte porque sabe misturar bem os elementos clássicos da franquia, como sugar habilidades e transformar Kirby em um personagem poderoso e versátil, enquanto corre freneticamente rumo à linha de chegada para comer o maior bolo, ou em disputa nas fases pequenas de embate direto contra os adversários.

    No entanto, a verdade é que as fases são parecidas entre si. De modo isolado, isso não chega a ser um problema, pois o ritmo e os recursos como empurrar os adversários e usar as habilidades são bem agradáveis.

    A progressão do jogo é subir o nível geral para desbloquear fantasias (skins, cores diferentes do Kirby, roupas de personagens, etc), trilhas sonoras de diferentes jogos da franquia e novas fases. Também é possível receber biscoitos para decorar um bolo acessível no lobby.

    Kirby's Dream Buffet é um game party multijogador lançado para Nintendo Switch em 17 de agosto de 2022. Confira nosso review.
    Créditos: Divulgação / Nintendo

    Acontece que o jogo é limitado e linear. Então mesmo que haja diferença entre as fases, e novas sejam desbloqueadas conforme você aumenta o nível, a experiência se torna repetitiva, pois não há algo que realmente motive a subir de nível depois de algumas partidas.

    Outro agravante é que não se pode escolher as fases, então mesmo as desbloqueando, não há um atrativo para querer liberar mais, pois não há um modo de jogo em que você possa escolher suas favoritas ou montar uma disputa customizada.

    O multiplayer online também oferece uma experiência bastante aleatória e sem critérios que estimulem uma longa jogatina. Nesse modo, você pode disputar partidas contra pessoas de qualquer lugar do mundo ou fechar salas com senha para partidas privadas.

    As vitórias dão experiência no game em geral e pontos de guloseima que, de alguma forma, servem para ranquear suas partidas. Ser derrotado ou se desconectar em meio às partidas faz você perder pontos. Acontece que não tem como entender para que essa pontuação serve e o quão grave é perder esses pontos.

    VEREDITO

    Kirby’s Dream Buffet diverte e é um bom atrativo para reunir crianças e adultos para um jogo casual. No entanto, a experiência limitada e com poucos atrativos não explora um potencial que poderia fazer do novo jogo do Kirby algo muito além do que apenas um game casual.

    Não costumo mencionar os preços nas minhas análises, mas nesse caso é inevitável comparar com Super Kirby Clash, um jogo disponível gratuitamente para o Nintendo Switch que possui diversos recursos que estimulam você a seguir jogando para progredir no game. Mesmo esse se tratando de uma adaptação de Team Kirby Clash Deluxe (2017), lançado para Nintendo 3DS, a experiência é muito mais completa e longeva do que a oferecida por Kirby’s Dream Buffet, pensado exclusivamente para o Switch.

    Faltou deixar a comunidade gamer com água na boca e aquele desejo de quero mais.

    Nossa nota

    2,8 / 5,0

    Assista ao trailer de Kirby’s Dream Buffet:

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    Batgirl: Conheça Barbara Gordon

    Barbara Gordon, mais conhecida como Batgirl, é uma personagem da DC Comics e membro da “Bat-Família”; a personagem criada por Gardner Fox e Carmine Infantino, teve sua primeira aparição na HQ Detective Comics #359, publicada em janeiro de 1967.

    Barbara foi a primeira Batgirl da Era Moderna até ser brutalmente baleada pelo Coringa, deixando-a paralisada da cintura para baixo. Mas ela se reinventou como Oráculo, fornecendo inteligência aos heróis e liderando as Aves de Rapina.

    ORIGEM

    Barbara era uma bibliotecária e filha do Comissário James “Jim” Gordon, da polícia de Gotham. A caminho de uma festa à fantasias e vestida como uma contraparte feminina do Batman, Barbara testemunha – e interfere – o sequestro de Bruce Wayne pelo do super vilão Mariposa Assassina.

    Este evento inicia o caminho de Barbara Gordon no combate ao crime.

    E foi assim que Barbara chamou a atenção do Batman e começou a sua carreira como heroína no combate ao crime, porém, não foi fácil seguir nesse caminho. O próprio Cavaleiro das Trevas apresentou várias objeções contra a Batgirl, mas ela ignorou tudo isso e continuou insistindo em se tornar uma heroína.

    PODERES E HABILIDADES

    Infelizmente, Barbara como muitos outros heróis de Gotham não tem super poderes, entretanto, a personagem é considerada muito inteligente, possui grande habilidade nas artes marciais e conta com vários equipamentos que a permite enfrentar vários vilões perigosos.

    Barbara Gordon é apresentada como uma personagem muito atlética e por intermédio de seu pai, foi treinada desde sua infância a se defender. Ela também possui muito talento para lidar com tecnologia, sendo inclusive uma excelente hacker. Além de ter conhecimento de diversos idiomas, possui memória fotográfica que permite que ela se lembre de qualquer coisa que veja.

    Por último e não menos importante, ela possui ótimas habilidades como investigadora; sendo até formada em algumas versões em Direito e Psicologia Forense.

    EQUIPES

    A Batgirl lutou várias vezes ao lado de Robin (Dick Grayson) por quem tinha certo interesse amoroso e claro, ao lado de seu mentor, o Batman; mas também já lutou lado a lado com o Superman, Supergil e até a Liga da Justiça.

    Durante a Era Moderna dos Quadrinhos, Barbara Gordon ainda seria Batgirl por algum tempo, porém ela começou a se sentir inadequada em um mundo que tinha heróis como Mulher-Maravilha, Capitã Marvel e Zatanna. O que a fez se aposentar de sua carreira como Batgirl, mas isso não impediu que a violência entrasse em sua vida.

    Foi durante os eventos de Piada Mortal que a DC tentou colocar a personagem na geladeira. Na trama, o Coringa comete atos violentos contra a personagem em uma tentativa de levar seu pai à loucura e provar ao Batman que qualquer um pode perder a cabeça com apenas um dia ruim. E assim, o vilão atira em Barbara e a deixa paraplégica, o que devasta Jim Gordon, Dick Grayson – agora o Asa Noturna – e até o próprio Batman; além fazer com que Barbara entrasse em depressão.

    Ao decidir utilizar sua incrível inteligência e memória fotográfica, juntamente com sua capacidade de usar computadores de uma maneira que a maioria dos heróis não conseguem, Barbara cria uma nova persona: a Oráculo.

    Como Oráculo, Barbara agora atua como suporte de informações, primeiro para o Esquadrão Suicida, depois tornando-se uma peça-chave para o Batman e depois fundando uma equipe de heroínas que ela emprega e envia como agentes em sua luta contra o crime: as Aves de Rapina.

    CURIOSIDADES

    Antes de Barbara se tornar a Batgirl, Betty Kane também utilizou o manto da heroína mas foi apagada da continuidade. 

    Após Barbara se tornar a Oráculo, Helena Bertinelli, mais conhecida como a Caçadora, brevemente ocupou a posição de Batgirl, mas logo foi forçada a deixar o manto. Em seguida, veio Cassandra Cain, que utilizou o traje mas teve que deixar a Bat-Família e retornou como Morcega Negra, Cain passou o manto para Stephanie Brown, que já havia tido as identidades de Spoiler e Robin.

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    OUTRAS MÍDIAS

    TV

    Barbara Gordon já apareceu em vários desenhos animados ligados ao Batman e a Bat-Família como:

    • Batman do Futuro (1999);
    • Batman: Bravos e Destemidos (2008);
    • Batman: A série Animada (1992).

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    Ela também aparece em DC Super Hero Girls, na webserie da Harley Quinn e em breves aparições de Justiça Jovem.

    GAMES

    Nos jogos é possível ver a Batgirl em:

    • Injustice: Gods Among Us;
    • LEGO Batman;
    • Batman Arkham Origins;
    • Batman Arkham Knight.

    CINEMA

    Já nos cinemas, Barbara aparece em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) sendo interpretada por Hannah Gunn, é uma das personagens principais na animação Batman: A Piada Mortal (2016) e LEGO Batman Movie (2017).

    Leslie Grace estava escalada para interpretar Barbara Gordon no filme solo da Batgirl dirigido por Bilall Fallah e Adil El Arbi, mas infelizmente o filme foi cancelado pela Warner Bros. que em comunicado disse:

    A decisão de não lançar Batgirl reflete a mudança de estratégia da nossa liderança em relação ao universo DC e ao HBO Max. Leslie Grace é uma atriz incrivelmente talentosa e essa medida não é um reflexo da atuação dela. Somos muito gratos aos artistas e cineastas! Esperamos colaborar com todos eles novamente no futuro próximo.”

    O filme estava previsto para ser lançado no final de 2022.


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    CRÍTICA – A Rainha do Sul (5ª temporada, 2021, USA Network)

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    A quinta – e última – temporada de A Rainha do Sul (Queen of the South) foi lançada originalmente em 2021, no canal USA Network e chegou ao catálogo da Netflix na última quinta-feira (01). A série é baseada no romance La Reina Del Surbest-seller de Arturo Pérez-Reverte, que também inspirou uma telenovela com o mesmo nome transmitida pela rede hispânica Telemundo, em 2011.

    Estrelada por Alice Braga, o elenco conta também com nomes como Hemky MaderaRyan O’NanJT Campos, Molly Burnett, Peter Gadiot, entre outros.

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    SINOPSE

    O retorno de um velho conhecido faz Teresa Mendoza (Alice Braga) reconsiderar seu reinado no tráfico e tentar se manter um passo à frente dos bandidos e da CIA.

    ANÁLISE

    Partindo exatamente de onde a quarta temporada terminou, vemos nesta temporada final Teresa solidificar seu Império em Nova Iorque e retornar os negócios na Europa, porém seu sonho de se tornar ‘grande demais para falir’ e de se tornar legítima é interrompido por um velho inimigo da CIA, cuja agência tem outros planos para ela há muito tempo. 

    Infelizmente a mexicana, que coloca o coração e sua própria conduta moral antes das tomadas de decisões, perde mais membros de sua família e finalmente se entrega ao amor. Mas para sair vida do narcotráfico para sempre ela precisará deixar de ser um peão da CIA e ainda mais.

    Com uma evolução gradual temporada após temporada, Alice Braga com sua protagonista já demonstrava sua inteligência, perspicácia e noção de negócios, mas relutava ao abraçar seu lado gângster e como toda ação gera uma reação, aqui finalmente ela se entrega e vemos a Rainha do Tráfico em seu auge: completa, feroz e implacável.

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    VEREDITO

    Com 10 episódios de 40min, a última temporada de A Rainha do Sul entrega tudo que promete: um ritmo frenético, ação, violência, jogos de poder e um final redondinho que certamente agradará aos fãs da série.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer legendado:

    Todas as temporadas de A Rainha do Sul estão disponíveis na Netflix.

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    Noites Sombrias #82 | Silent Hill, a cidade mais sombria dos games

    Silent Hill é uma franquia de terror de sobrevivência que realmente apostava no medo, sendo a ação uma mera consequência de toda a tensão crescente em torno de um mistério onde um pai que tenta encontrar a sua filha na cidade de neblina e fuligem que dá nome à franquia; e como se fosse esta noite, me recordo dos sobressaltos e sustos que a jogatina noturna (o que era altamente não recomendado) naquele oásis de medo, sofrimento e punição.

    Toda cidade tem seus segredos. Alguns são apenas mais nefastos do que outros.”

    A TRAMA

    O primeiro jogo, lançado em 1999 para a primeira versão do PlayStation, trouxe um elemento que outras franquias da época não abordavam tanto: a perspectiva do terror e um protagonista comum, um homem sem poderes especiais, exceto o desespero por encontrar a sua filha perdida.

    Além de uma gameplay que não era rica em armamentos, onde até um simples pedaço de madeira era uma ferramenta de sobrevivência, o game apostou no medo que todos nós temos em algum momento ao longo da nossa existência: o medo do oculto; independente de sua crença religiosa ou não de ter religião.

    O título original aborda este medo do mal essencial, como o demônio Samael utilizado como figura de culto por parte dos seguidores da seita que existia na cidade e este mal consumindo a figura da inocência simbolizada na criança Alessa Gillespie, que se entregou ao ódio e condenou a cidade inteira ao tormento com os monstros representados pelos seus medos.

    Quando ouvirem a sirene corram!

    Aqui, o protagonista Harry Mason e sua filha Cherry, estão a caminho da cidade que dá nome à franquia, o lugar de nascimento da menina, quando se envolvem em um acidente de carro ao avistarem uma garota na estrada, após Harry recobrar a consciência, percebe que sua filha não está no local do acidente.

    Harry Mason chega a uma cidade completamente obscura sendo atacado por monstros até desmaiar e acordar em uma cafeteria da cidade, na companhia de Cybil Bennett, uma policial que o ultrapassou na estrada a caminho de Sillent Hill, e também se perdeu na cidade que aparentemente esta vazia e coberta de uma neblina espessa. Mas o que ambos percebem é que a cada vez que se ouvia a sirene da fábrica, o mundo se remodelava em um dimensão sombria e muito violenta.

    Medo da abertura ao fime além

    Quando me recordo do primeiro contato com o jogo lembro-me claramente como ele incomodava desde a abertura (saudades de jogos com cenas de abertura), a trilha marcante tocada com bandolim e guitarra em um conjunto de cenas que contextualizavam o início da história, alguns personagens que seria importantes como Michael Kauffman, Dahlia Gillespie e a sua filha Alessa, cuja a conexão com Cherry faz parte dos eventos que culminaram no looping demoníaco.

    Sobre os inimigos que encontramos ao longo desta busca, seria impossível não citar as Puppet Nurses e Puppet Doctor do Alchemilla Hospital, os Air Screamers, o boss Twinfeeler na forma larva e posteriormente se torna Floatistinger, os Larval Stalkers que simbolizam os medos e aflições de Alessa, como as crianças que riam dela na escola, os médicos e enfermeiras enquanto isolada no hospital, até mesmo os medos de criaturas que lhe davam medo em histórias e contos de fadas.

    A franquia também trouxe monstros icônicos, como o assustador e inesquecível Pyramid Head, apresentado em sua sequência.

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    Além dos monstros na névoa, na dimensão sombria, o game ainda contava com puzzles para poder acessar determinadas áreas do jogo e dentre alguns destes quebra-cabeças o famoso puzzle do piano na escola, um dos mais difíceis do jogo, que envolvia um piano cuja as teclas não funcionam e a única dica que temos é a respeito de um rouxinol que não consegue cantar.

    A criação destes dois universos como o mundo de névoa e a dimensão demoníaca coberta de sangue e ferrugem surge a partir do aumento dos poderes de Alessa, após ser queimada viva em sacrifício para Samael pela seita denominada A Ordem e ser a incubadora de uma forma humana deste ser.

    Ao longo dos anos foram lançados os títulos da franquia:

    • Silent Hill 2 (2001);
    • Silent Hill 3 (2003);
    • Silent Hill 4: The Room (2004);
    • Silent Hill: Origins (2007);
    • Silent Hill: Homecoming (2008);
    • Silent Hill: Shattered Memories (2010);
    • Silent Hill: Downpour (2012).

    Além do cancelado Silent Hills que seria produzido por nada menos que Hideo Kojima, responsável pela franquia de sucesso Metal Gear e Death Stranding, lançado pela sua própria produtora Kojima Productions.

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    Durante o período dos jogos de console ainda surgem outros jogos paralelos para diferentes mídias como:

    • Silent Hill: Play Novel (2001);
    • Art of Silent Hill (2002);
    • Lost Memories: The Art and Music of Silent Hill (2003);
    • Inescapable Rain in Yoshiwara (2004);
    • Silent Hill Collection (2006);
    • The Silent Hill: Cage of Cradle (2006);
    • The Silent Hill Experience (2006);
    • Silent Hill: Double Under Dusk (2007);
    • Silent Hill: The Arcade (2007);
    • Silent Hill: Orphan (2008);
    • Silent Hill Chapter 1 (2009);
    • Silent Hill Mobile 2 (2009);
    • Silent Hill Book of Memories (2012).

    A franquia também alcançou as mídias escritas com os livros que, infelizmente, foram lançados apenas no Japão como:

    • Lost Memories (2003);
    • Drawing Block: Silent Hill 3 Program (2003);
    • Silent Hill (2006).

    Além de uma série de quadrinhos publicada pela IDW Publishing e escrita por Scott Ciencin.

    Nos cinemas foram lançados dois filmes, sendo:

    Terror em Silent Hill (2006): Que recebeu diversos extras, contou com um elenco formado por Rada Mitchell, Sean Bean, Jodelle Ferland, Laurie Holden, Debora Karen Unger, entre outros; e possui algumas diferenças em relação ao primeiro game da franquia.

    Aqui, temos a existência do icônico Pyramid Head como um executor deste mundo da Alessa sombria indicando que o diretor Christophe Gans utilizou como o material base os jogos 1, 2 e Origins. Apesar de não ter uma recepção tão positiva da crítica, o longa agradou o publico por ser um filme que abraça de forma ampla a essência da história dos jogos a ponto de influenciar o cânone da franquia nos games.

    Silent Hill: Revelação (2013): O segundo filme contou com os retornos de Rada Mitchell, Sean Bean, Debora Karene Unger e a chegada de Kit Harington e Carrie-Anne Moss como a vilã principal e Malcom McDowell, além de Adelaide Clemens como Heather Mason, a protagonista do filme.

    A FANBASE

    A Konami, detentora dos direitos da franquia, infelizmente não lança nenhum novo produto desde o cancelamento da produção que seria realizada por Hideo Kojima, mas o que já foi produzido e lançado até o momento criou uma mitologia sólida no universo de terror; tanto nos games como em outras mídias e conquistou uma base de fãs muito fiel.

    E para você que ainda não é fã, lembrem-se: Quando a névoa chegar e a sirene tocar, se escondam pois as criaturas de Alessa estão saindo para brincar.


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