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    Deuses Egípcios: Do Egito Antigo à cultura pop

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    Muito provavelmente já deve ter ouvido falar de alguns deuses egípcios seja , Osíris e Anúbis; e nas últimas semanas com o lançamento da série Cavaleiro da Lua, do Disney+, já no primeiro episódio somos apresentados a enéade, Ammit e Khonshu, mas quem são esses deuses, suas origens e suas adaptações mais famosas na cultura popular?

    A ENÉADE DE HELIÓPOLIS

    Uma enéade era na mitologia egípcia um agrupamento de nove divindades, geralmente ligadas entre si por laços familiares. A palavra “enéade” é de origem grega; em egípcio usa-se a palavra “pesedjete“.

    Conhecem-se várias enéades, sendo a mais importante a da cidade de Heliópolis (Iunet Mehet, em egípcio antigo), que foi uma cidade do Baixo Egito, entre 13 mil e 10 mil anos a.C., e era localizada na região do delta do Rio Nilo, que estende-se da área entre o sul da atual Cairo ao Mar Mediterrâneo.

    De acordo com o mito elaborado pelos sacerdotes da cidade, no princípio existia apenas as águas de Nun, das quais emergiu a colina primordial e nesta colina o deus estava criando a si próprio tornando-se Atum-Rá. Através do sémen produzido pelo ato de masturbação do deus, nasceram outras divindades, Shu Téfnis. Deste casal surgem Geb Nut. Estes últimos geram quatro filhos: OsírisÍsisSet Néftis.

    Completando, assim, os nove principais deuses da mitologia egípcia.

    Entretanto, embora pareça estranho, nem todas as enéades egípcias eram constituídas por nove deuses. Diferente da Enéade de Heliópolis, a Enéade de Abidos era composta por sete deuses e a Enéade de Tebas por quinze. Isso acorreu devido a perda do sentido etimológico inicial da palavra “enéade” como um grupo de nove deuses; passando a ser um mero agrupamento de divindades.

    OS NOVE IMORTAIS

    Representados muitas vezes com cabeças de animal sobre corpos humanos, os antigos deuses egípcios faziam parte de todos os aspectos da vida no Egito, tanto da realeza quanto das pessoas comuns.

    ATUM-RÁ, O DEUS SOL

    No início havia apenas Nun (também conhecido como Nu ou Ny) – ou Neunet, sua contraparte feminina -, o deus que representa o líquido cósmico, ou Água Primordial, que deu origem ao universo. É o ser subjetivo, quando se transforma no ser objetivo, tornando-se Atum (também conhecido como Atom, Tem, Temu, Tum e Atem) e significa Abismo.

    Então Atum cria Nut (a Terra), Geb (o Céu) e (o Sol); e quando novamente “torna-se a si mesmo”, une-se a , e se transforma em único ser, que seria chamado de Atum-Rá.

    O Deus Sol é uma das mais importantes divindades egípcias e foi associado à construção de pirâmides e à ressurreição dos faraós, que o adoravam. Era reconhecido como um deus criador, responsável pela criação de todas as coisas, incluindo os seres vivos.

    Esse deus simbolicamente nascia todas as manhãs com o nascer do sol, e morria com cada pôr-do-sol, iniciando sua jornada para o submundo.

    Atum-Rá era muitas vezes associado a Hórus e, assim como ele, era geralmente retratado como um homem com cabeça de falcão. No entanto, em vez de uma coroa branca e vermelha, o Deus Sol possuía um disco solar em sua cabeça.

    SHU, O DEUS AR

    Shu (também conhecido como Chu) é o deus egípcio do ar, calor, luz e perfeição. Juntos, Shu e Téfnis geraram Geb e Nut. Os frutos gerados originados da relação dos irmãos não agradou seu pai, Atum-Rá que ordenou a Shu que ele separasse seus filhos.

    O Deus Ar empurrou Nut para cima e pressionou Geb para baixo; enquanto Nut se tornava o céu que cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos e Shu permaneceu entre os filhos, representando o ar que as pessoas respiram.

    Shu é normalmente representado como um homem usando uma grande pluma de avestruz na cabeça.

    TÉFNIS, A DEUSA NUVEM

    Téfnis (também conhecida como Tefenete ou Tefenute) é a deusa que personificava a umidade e as nuvens na mitologia egípcia. A Deusa Nuvem simbolizava generosidade e também as dádivas e enquanto seu irmão Shu afasta a fome dos mortos, ela afasta a sede.

    Irmã e esposa de Shu, formava com ele o primeiro casal de divindades da Enéade de Heliópolis.

    Sua forma mais comum era retratada como uma mulher, às vezes com cabeça de leoa que indicava poder, usando na cabeça o disco solar e a Serpente Ureu, o adorno em forma de serpente usado nas coroas de deuses e faraós do Egito Antigo como símbolo de soberania.

    GEB, DEUS DA TERRA

    Geb (também conhecido como Gebe) é o Deus Terra e foi pai de Osiris, Ísis, Set e Néftis e marido de Nut.

    É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas e estimula lhes assegura enterro no solo após a morte, umedecendo o corpo humano na terra e o selando para a eternidade no túmulo.

    Em pinturas e hieróglifos o Deus Terra é representado com um ganso sobre a cabeça.

    NUT, A DEUSA CÉU

    Nut (também conhecida como Neuth ou Nuit) é a deusa do céu na mitologia egípcia e simboliza toda a era tida como a mãe dos corpos celestes. Ela representava o céu; por isso seu corpo simbolizava a abóbada celeste, seu riso era o trovão e seu choro a chuva.

    Segundo a concepção mitológica, o corpo de Nut se estendia sobre a Terra para protegê-la; seus membros, que tocavam o solo, simbolizavam os quatro pontos cardeais.

    Uma das representações mais recorrentes mostra a deusa de perfil e nua, como se arqueasse seu corpo sobre o deus da terra, Gebe; às vezes ela aparece apoiada em seu pai, o deus do ar, Shu.

    Em pinturas e hieróglifos a Deusa Céu é representada usando o pote de água na cabeça.

    OSÍRIS, DEUS DOS MORTOS

    Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro faraó do Egito. Isso até ser assassinado por seu irmão Set. A partir daí, Osíris virou o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.

    De acordo com historiadores, primitivamente Osíris representava a da força do solo, que faz a vegetação crescer; o que o exaltam como o inventor da agricultura e consequentemente o propiciador da civilização, do qual tornou-se uma espécie de patrono. Mais tarde, seus mitos passaram a representá-lo como um mítico faraó que teria governado o Egito em tempos imemoriais, sendo traído por seu próprio irmão, Set, que o mata para obter o trono. Osíris, vencendo a morte, renasce no no submundo, tornando-se o Senhor da vida pós morte e juiz dos espíritos que lá chegam.

    Embora a trajetória de deus da vegetação para deus da vida após morte pareça desconexa e incoerente, o que há de comum nessas atribuições é o conceito de ciclos de vida e renascimento que tanto a vegetação quanto a passagem para o além carregam. Assim, pode-se dizer que, Osíris é o deus do renascimento.

    Osíris foi um dos deuses mais populares do Egito Antigo, cujo culto remontava às épocas remotas da história egípcia e que continuou até a Era Greco-Romana, quando o Egito perdeu a sua independência política.

    Sua representação mais comum é de um homem mumificado com uma barba postiça, com braços cruzados sob o peito segurando o cajado hekat e o açoite nekhakha. Na cabeça Osíris apresenta normalmente a coroa atef, uma coroa branca com duas plumas de avestruz.

    ÍSIS, DEUSA DA MAGIA

    Uma das principais divindades na religião do Egito Antigo cuja veneração espalhou-se também para a Era Greco-Romana, Ísis foi mencionada pela primeira vez no Império Antigo como uma das personagens principais do mito de Osíris, em que ressuscita seu marido, o rei Osíris e com ele gera e protege seu herdeiro, Hórus.

    A irmã-esposa de Osíris era tão popular que foi a última divindade egípcia a ser adorada na Europa antes da chegada do Cristianismo. De acordo com deus mitos, o rio Nilo nasceu das lágrimas que ela derramou quando Osíris morreu.

    Ísis era retratada artisticamente como uma mulher humana usando um hieróglifo no formato de trono em sua cabeça. Durante o Império Novo a deusa passou a ser retratada usando a touca da deusa Hator: um disco solar entre os chifres de uma vaca.

    A deusa continua a aparecer em crenças esotéricas modernas e neopagãs. O conceito de uma única divindade que encarna todos os poderes femininos, tornou-se um tema amplamente explorado na literatura do século XIX e início do XX. Grupos e figuras esotéricas influentes, como a Ordem Hermética da Aurora Dourada do final do século XIX e Dion Fortune na década de 1930, adotaram a deusa em seus sistemas de crenças.

    Esta concepção de Ísis influenciou a Grande Deusa encontrada em muitas formas de bruxaria contemporânea. Atualmente, a Irmandade de Ísis, uma organização religiosa eclética focada em divindades femininas, tem esse nome pois, segundo sua sacerdotisa M. Isidora Forrest, Ísis pode ser uma “deusa universal para todas as pessoas”.

    SET, DEUS DO CAOS

    Set (também conhecido como Seth) é o Deus do Caos, mas também da guerra, da seca e do deserto. Matou o irmão, Osíris, mas perdeu a supremacia do Egito para o sobrinho Hórus. Resumidamente Set é um deus complexo; em mitos, ele é o deus da confusão, da desordem e da perturbação, que é enfatizada pela escrita hieroglífica como determinante para conceitos negativos como autoritarismo, fúria, crueldade, crise, tumulto, desastre, sofrimento, doença, tempestade, entre outros.

    Seu poder desordenado, no entanto, contribui para o equilíbrio cósmico e de acordo com a visão egípcia, as forças destrutivas estão em constante luta contra as forças positivas. Nesse sentido, Set se opõe a seu irmão Osiris, símbolo de terra fértil, nutritiva e ordem. Consequentemente, após o assassinato de Osíris, seu sobrinho Hórus tornou-se seu rival eterno.

    Normalmente é retratado com a forma do porco-formigueiro, animal raro da África, mas às vezes é retratado como outros animais que incluem o javali, o antílope, o crocodilo, o burro e até com animais venenosos, como cobras e escorpiões.

    NÉFTIS, GUARDIÃ DOS MORTOS

    Néftis (também conhecida como Nebthet e Nephthys) que significa “senhora da casa”, entendida no sentido físico. Porém é muito difícil diferenciar Néftis de sua irmã Ísis, pois ambas são chamadas de Deusa Mãe e Deusa dos Céus, e ambas usam como símbolo a cabeça de abutre e o disco solar; e ambas distribuem vida plena e felicidade.

    Diferente de outras deusas, Néftis nunca teve fama de má ou infiel e após o assassinato cometido por seu marido, Set, o Deus do Caos, ela lamentou o assassinato de Osíris e junto com Ísis ela zelou pelo corpo do deus morto. Assim, quando é denominada guardiã dos mortos, é com o significado positivo. Ela preside aos momentos finais da vida e é associada ao luto, à noite, ao serviço aos templos, ao parto, aos mortos, à proteção, à saúde e ao embalsamamento.

    Existem confusões a respeito dos maridos: Néftis às vezes é citada como esposa de Osíris, enquanto Ísis é mencionada como esposa de Set; sendo o par Osíris-Néftis citado como os pais de Anúbis.

    Sua representação mais comum é de uma mulher com asas de falcão, geralmente estendidas como um gesto de proteção.

    OUTROS DEUSES EGÍPCIOS

    Anúbis, Bastet, Hator e Hórus.

    De acordo com historiadores, esta mitologia conta com mais de 2000 deuses egípcios que, segundo a crença eles explicavam a criação do mundo, representavam as formas da natureza e exerciam influência decisiva no dia a dia das pessoas.

    Entre eles podemos citar Amnut, Anúbis, Bastet, Hator, Hórus, Khonshu e Taweret, por exemplo.

    SIMBOLOGIA

    Como toda mitologia, a egípcia também conta com diversos símbolos que perduraram ao tempo e são conhecidos até hoje, mesmo que seus significados tenham mudado ao longo dos anos.

    Entre os muitos símbolos que fazem referência aos deuses egípcios, talvez o mais comum em tatuagens, pinturas e outras formas artísticas seja o Olho de Hórus.

    O Olho de Hórus, também conhecido como udyat, é um símbolo que significa poder e proteção; e foi um dos amuletos mais importantes no Egito Antigo, sendo usado como representação de força, vigor, segurança e saúde.

    Atualmente, o símbolo também é utilizado contra a inveja e o mau-olhado, além de proteção, e por isso é bastante usado sua imagem para fazer tatuagens, em diversas partes do corpo.

    Existe uma lenda que conta que durante uma luta, Set arrancou o olho esquerdo de Hórus; que acabou sendo substituído por um amuleto, dando então origem ao que hoje é conhecido como o Olho de Hórus.

    GAMES

    A mitologia egípcia antiga pode ser vista em todos os tipos de mídia, mas sem dúvidas os games são onde podemos visualizar o maior potencial para nos aprofundarmos na complexa temática do Egito Antigo e seus deuses.

    Muitas mitologias foram inspirações para games, mas a egípcia é uma fonte rica e atraente da qual muitos jogos se inspiram; e títulos como Smite, Lara Croft and the Temple of Osíris, Age of Mythology e Civilization 5 são obrigatórios para os fãs.

    Um título específico merece uma atenção especial: Assassin’s Creed Origins.

    No game da Ubisoft controlamos o protagonista Bayek pelas movimentadas vilas e mercados do Cairo, navegando pelo Nilo e descobrindo os mistérios das pirâmides e mitos esquecidos numa aventura de mundo aberto que transforma a gameplay em uma experiência extraordinária para jogadores e fãs de egiptologia.

    Assassin’s Creed Origins deu aos jogadores uma visão tão realista do Egito Antigo, que os egiptólogos até o usaram para ensinar história egípcia.

    QUADRINHOS

    DC COMICS

    Em 1945, surgia nas páginas da HQ The Marvel Family #1, o personagem Teth-Adam, o Adão Negro. O famoso vilão da DC Comics como o seu rival, Shazam, precisa dizer a mesma palavra para utilizar o poder dos deuses, porém diferente do herói que invoca os poderes de deuses gregos, Adão Negro invoca os poderes dos deuses egípcios, que são:

    • Resistência de Shu;
    • Velocidade de Hórus;
    • Força de Amon;
    • Sabedoria de Zehuti;
    • Poder de Aton;
    • Coragem de Mehen.

    MARVEL COMICS

    Já nas páginas da Marvel Comics, os deuses egípcios possuem mais espaço do que na editora rival. Apesar dos deuses nórdicos terem maior fama entre os fãs.

    Em 1966 quando surgiu o Pantera Negra temos a deusa Bast (uma versão de Bastet) que dá a força e agilidade a T’Challa; e em 1975 vimos Khenshu em Cavaleiro da Lua, utilizando Marc Spector como seu avatar na Terra.

    CINEMA

    O Egito Antigo teve diversas adaptações no cinema, desde Cleópatra (1963) até o esquecível Deuses do Egito (2016), que foi estrelado por Brenton Thwaites, Gerard Buttler, Nikolaj Coster-Waldau, Chadwick Boseman, Elodie Yung e Geoffrey Rush.


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    Shuma-Gorath: O Lorde do Caos da Marvel Comics

    Um Senhor do Caos e Mestre dos Deuses Extradimensionais conhecidos como os Antigos, Shuma-Gorath governa centenas de dimensões. Além de ser um dos adversários mais poderosos e aterrorizantes do Doutor Estranho.

    O personagem da Marvel Comics criado por Steve Englehart e Frank Brunner é classificado como um demônio e Senhor do Caos, a primeira aparição de Shuma-Gorath foi na HQ Marvel Premiere #10, em setembro de 1973.

    ORIGEM

    Durante a pré-história do planeta Terra, Shuma-Gorath governava o mundo e exigia de seus “seguidores” sacrifício humano até ser banido pelo feiticeiro e viajante do tempo Sise-Neg. Após ser banido, a entidade retorna na Era Hiboriana mas dessa vez é aprisionada pelo deus celta Crom em uma montanha e mais tarde retorna a sua dimensão natal forçado por Crom que o via como uma ameaça para a Terra.

    Na tentativa de retornar a Terra, Shuma-Gorath invade a mente do Ancião e como forma de prevenir seu retorno, Doutor Estranho é forçado a matar seu mestre para que a criatura não retornasse. Mais tarde, Stephen Strange luta contra o Senhor do Caos em sua dimensão natal e mesmo vencendo a luta, Strange acaba se tornando uma versão do vilão e comete suicídio para proteger a humanidade; posteriormente o Mago Supremo é ressuscitado por aliados.

    PODERES E HABILIDADES

    Shuma-Gorath é uma antiga força do caos, o governante imortal, quase invencível e é classificado como um Deus em quase uma centena de universos alternativos. Ele é capaz de fazer projeção de energia, mudar de forma, se teletransportar, levitar, alterar a realidade, entre muitas outras habilidades.

    O vilão é descrito como sendo muito mais poderoso do que outros poderosos inimigos demoníacos, como Satannish e Mefisto; e é capaz de destruir automaticamente várias galáxias apenas através da pressão de sua aura.

    Aparentemente é impossível destruir permanentemente este deus maligno.

    EQUIPES

    O feiticeiro Nicholas Scratch, filho da feiticeira Agatha Harkness, convoca a entidade para a Terra, mas o Senhor do Caos é repelido pelos esforços combinados do Doutor Estranho, do Quarteto Fantástico, dos Sete de Salém e do vilão Diablo. Em certo momento nas páginas dos quadrinhos da Marvel Comics é revelado que Shuma-Gorath faz parte de um grupo formado por quatro divindades imortais conhecidos como Os Muitos Ângulos, seres extradimensionais que guiam uma invasão metafísica de uma dimensão chamada “cancerverso”.

    CURIOSIDADES

    Durante uma invasão em Manhattan, Shuma-Gorath possui uma horda de civis, fazendo com que tentáculos saiam de suas bocas, mas é derrotado pelos Vingadores. Em outro momento o vilão também conseguiu possuir até mesmo heróis.

    Shuma-Gorath é um personagem muito parecido com Starro, da DC Comics, e assim como a estrela-do-mar-alienígena, quanto maior os seus poderes, maior fisicamente ele se torna.

    OUTRAS MÍDIAS

    É notável a presença de Shuma-Gorath nos games da Marvel; o personagem aparece em títulos como:

    • Marvel Super Heroes;
    • Marvel vs Capcom 2;
    • Marvel vs Capcom 3;
    • Marvel vs Street Fighter;
    • X-Men vs Street Fighter.

    No cinema o personagem será apresentado ao Universo Cinematográfico Marvel em Doutor Estranhos no Multiverso da Loucura, porém veremos uma adaptação do Mestre dos Deuses Extradimensionais e será rebatizado como Gargantos.

    Gargantos, que apareceu pela primeira vez na HQ Sub-Mariner #13, é um monstro marinho bem inferior a Shuma-Gorath e até um pouco diferente visualmente e por conta dos direitos autorais, infelizmente, o vilão bem conhecido dos fãs não poderá ter seu nome original no UCM.

    A nova produção da Marvel Studios tem data de lançamento para o dia 05 de maio.


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    House of the Dragon: Conheça Sor Criston Cole

    Sor Criston Cole era um cavaleiro da Casa Cole que se tornou Senhor Comandante da Guarda Real do Rei Viserys I Targaryen; seu relacionamento com a filha de Viserys I, a princesa e herdeira Rhaenyra Targaryen, foi primeiro amigável e depois contraditório já que Cole convenceu o filho de Viserys I, Príncipe Aegon, a reivindicar o domínio dos Sete Reinos após a morte de seu pai.

    Esta ação de Criston levou à Dança dos Dragões, uma guerra civil entre Aegon II e sua meia-irmã mais velha, Rhaenyra, que havia sido preparada para ser a sucessora de seu pai, como o falecido rei desejava.

    O cavaleiro ficou conhecido como Criston, o Fazedor de Reis.

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    RELACIONAMENTOS

    Criston Cole não teve relacionamentos dignos de nota, mas rumores dentro de Porto Real diziam que o jovem cavaleiro e a ainda criança, princesa Rhaenyra tinham um caso.

    FEITOS

    Filho de um mordomo de Lorde Dondarrion, Cole teve uma ascensão meteórica de plebeu à cavaleiro juramentado da Guarda Real e atingindo o segundo mais alto posto na corte, Mão do Rei.

    Em 104 d.C. (Depois da Conquista), Criston ganhou um combate corpo a corpo no torneio em Lagoa da Donzela para celebrar a ascensão do Rei Viserys I Targaryen ao Trono de Ferro, chamando a atenção da corte real ao derrubar a espada valiriana Irmã Negra das mãos do Príncipe Daemon Targaryen com sua espada Estrela da Manhã.

    Ele deu o louro do vencedor para a Princesa Rhaenyra, de sete anos, cujo favor ele usou enquanto desmontava Daemon nas justas, bem como os gêmeos Sor Arryk e Sor Erryk Cargyll, ambos da Guarda Real. Porém, Cole não foi páreo para Lorde Lymond Mallister.

    Ao final do torneio, o Rei Viserys I cedeu a Rhaenyra nomeando Criston Cole seu cavaleiro pessoal juramentado.

    Em 105 d.C., Criston, de 23 anos, tornou-se membro da Guarda Real, tomando o lugar do lendário Sor Ryam Redwyne.

    A DANÇA DOS DRAGÕES

    Em 129 d.C., o Rei Viserys I Targaryen morreu e Cole junto da Rainha Alicent Hightower reuniram o pequeno conselho para discutir a sucessão, mantendo a morte do rei em segredo do público. Criston Cole se opôs a Rhaenyra Targaryen, Princesa de Pedra do Dragão, ou seu marido, o Príncipe Daemon Targaryen e também repetiu o boato de que os filhos do primeiro casamento de Rhaenyra com Sor Laenor Velaryon eram bastardos.

    Com isso, o pequeno grupo em Porto Real queriam coroar o meio-irmão mais novo de Rhaenyra, o Príncipe Aegon, indo contra os desejos do recém finado Rei Viserys I.

    Todos na corte que se opuseram e declararam apoio para Rhaenyra foram levados sob custódia. Quando Criston foi até Aegon para convencer o príncipe a subir ao Trono de Ferro, o principal argumento era de que ele e seus irmãos seriam mortos por Rhaenyra se ele não reivindicasse o Trono de Ferro.

    Durante a coroação de Aegon no Fosso dos Dragões, Cole colocou a antiga coroa de Aegon, o Conquistador, na cabeça do jovem rei. Criston Cole nomeou Aegon com Aegon II e ficou conhecido como o Fazedor de Reis após o golpe da coroação.

    Rhaenyra Targaryen, que estava em Pedra do Dragão na época da coroação de Aegon II Targaryen, ao descobrir o golpe recusou-se a apoiar seu meio-irmão, iniciando o grande conflito armado que engoliu os Sete Reinos e ficou conhecido como a Dança dos Dragões. Muitos dos lordes dos Sete Reinos estavam cientes do desejo do Rei Viserys I de que Rhaenyra a sucedesse como a primeira rainha governante da Casa Targaryen, e deram seu apoio à princesa.

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    MORTE

    Após muitas batalhas sangrentas entre os Negros e Verdes, Sor Criston Cole marchou para o sul com seu exército de Verdes, apoiadores do Rei Aegon II, encontrando apenas morte e o fogo diante de si. Seus batedores encontraram cadáveres pendurados em árvores e espalhados por todo o caminho, além de contaminando poços com água potável.

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    Os Negros finalmente se reuniram sob a liderança de Lorde Roderick Dustin e enfrentaram Criston, que desafiou os líderes do exército Negro a enfrentá-lo em combate singular, mas isso lhe foi negado.

    Numa das batalhas mais decisivas da Dança dos Dragões, após a morte de Cole, os homens do exército Verde começaram a fugir e consequentemente foram assassinados aos montes.

    O massacre se tornou conhecido como Baile dos Carniceiros.

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    A Casa do Dragãospin-off de Game of Thrones, chegará ao HBO Max no dia 21 de agosto de 2022 e Sor Criston Cole será vivido pelo ator Fabien Frankel.

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    CRÍTICA – Metal Lords (2022, Peter Sollett)

    Metal Lords é a mais nova produção adolescente da Netflix. Dirigido por Peter Sollett e roteirizado por D.B Weiss, o longa traz no elenco principal os atores Jaeden Martell, Adrian Greensmith e Isis Hainsworth.

    O filme conta com produção executiva musical de Tom Morello, lenda do rock e integrante dos grupos Rage Against the Machine e Prophets of Rage.

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    SINOPSE DE METAL LORDS

    Dois amigos tentam formar uma banda de heavy metal com um violoncelista para uma Batalha de Bandas.

    ANÁLISE

    Metal Lords é um projeto que possui uma equipe de peso. Na produção temos os premiados D.B Weiss (Game of Thrones), Greg Shapiro (A Hora mais Escura), e Tom Morello. No elenco, os conhecidos Jaeden Martell (Em Defesa de Jacob), Brett Gelman (Stranger Things) e Joe Manganiello (Liga da Justiça).

    O filme conta a história de dois amigos de infância que sofrem bullying na escola. Hunter (Adrian Greensmith) entende que o metal é a única salvação para ambos, sendo o caminho para eles se tornarem populares e respeitados. Kevin (Jaeden Martell), por outro lado, só quer ser um garoto comum e conseguir uma namorada.

    Em meio ao turbilhão de dúvidas e sofrimentos providos pela adolescência, os dois precisam superar seus problemas para tornarem a SkullFucker uma banda conhecida. Em sua busca por um baixista, eles conhecem Emily (Isis Hainsworth), uma menina muito talentosa e que arrasa tocando violoncelo.

    Metal Lords tem apenas uma hora e 38 minutos, mas parece durar muito mais do que o tempo previsto. A sensação se deve ao fato do roteiro de Weiss se perder no segundo ato da história, tornando a trama arrastada e pouco criativa. Entretanto, o longa retoma o gás em seu último arco, entregando um final interessante.

    O ponto central da trama é a amizade entre Kevin e Hunter, mas é difícil comprar o laço que teoricamente deveria existir entre os dois. Os debates em torno dessa relação estranha, entretanto, são o que movimenta a trama. Os assuntos abordados perpassam não só os problemas da juventude como, também, as causas que levam bandas de rock a terminarem prematuramente. O roteiro de Weiss busca navegar por esses tópicos, ao mesmo tempo em que tenta construir um background interessante para os personagens principais.

    O grande destaque de Metal Lords são as atuações. Jaeden, mesmo que extremamente jovem, é um ator com grande currículo em Hollywood. Seu talento é notável e ele é a grande estrela “guia” desse filme. Adrian Greensmith, mesmo sendo um iniciante, rouba a cena e entrega os momentos mais divertidos e inspirados da produção.

    A trilha sonora é um elemento vivo e pulsante em Metal Lords. Músicas de grandes nomes do cenário do rock e do metal embalam cada acontecimento da história, tornando a produção extremamente viva e um pouco nostálgica. Iron Maiden, Megadeth, Judas Priest, Metallica, Black Sabbath e até Avenged Sevenfold: a trilha de Metal Lords é uma série extraordinária de hits.

    Assim como Fita Cassete e Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta, Metal Lords é mais uma produção que tenta mostrar a importância do rock para movimentos sociais e revolucionários, aproximando as músicas de uma geração que há muito não se conecta com esse estilo. Mesmo sendo muito mais nostálgico para os adultos, o filme é uma comédia leve e divertida para o público adolescente.

    VEREDITO

    Com uma excelente trilha sonora e ótimas atuações, Metal Lords é mais uma interessante adição ao catálogo da Netflix.

    Nossa nota

    3,0/5,0

    Assista ao trailer

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    CRÍTICA – Secrets of Great British Castles (1ª temporada, 2015, Channel 5)

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    A série documental Secrets of Great British Castles, produzida pela Sideline Productions, mergulha fundo na história britânica, onde em seus 12 episódios (6 por temporada) o historiador Dan Jones explora cada história por trás dos castelos mais famosos da Grã-Bretanha.

    Transmitida originalmente pelo Channel 5, em 2015; a série chegou recentemente ao catálogo da Netflix.

    SINOPSE

    Viaje no tempo com o historiador Dan Jones e explore o apogeu das mais famosas construções britânicas e o dia a dia de seus ilustres moradores. 

    ANÁLISE

    Castelo de Warwick com sua beleza singular.

    Do Castelo de Dover, porta de entrada da Inglaterra ao Castelo de Carrickfergus na Irlanda do Norte, a série Secrets of Great British Castles não poderia ter um título mais apropriado; onde Dan Jones esmiúça diversas histórias surpreendentes de algumas das construções mais famosas do Reino Unido. 

    Essas icônicas construções que contaram com uma engenharia a frente de seu tempo, foram palco de desgraças familiares, ruínas financeiras, artimanhas, escândalos e assassinatos; e ao vencerem os séculos, os castelos britânicos enfrentaram batalhas entre os povos britânicos (ingleses, galeses, irlandeses e escoceses), além de franceses, holandeses, alemães e até americanos.

    Um conjunto de ilhas tão antigas com tantas histórias que datam do Império Romano (sim, ainda há vestígios da presença das legiões de Júlio César), não é surpresa que seus castelos foram peças-chave em grandes batalhas internas nos séculos passados e até nas guerras mais recentes; aqui viajamos no passado e descobrimos muito dos conflitos internos em uma das monarquias mais complexas da história até partes importantes no desenrolar de conflitos nas Guerras Napoleônicas, na Segunda Guerra Mundial e na Guerra Fria.

    Com 6 episódios com duração de 44min, a primeira temporada apresenta as seguintes construções:

    • Castelo de Dover;
    • Torre de Londres;
    • Castelo de Warwick;
    • Castelo de Caernarfon;
    • Castelo de Stirling;
    • Castelo de Carrickfergus.

    VEREDITO

    Para os fãs de história e principalmente Idade Média, Secrets of Great British Castles é uma obra-prima de conhecimento! Além de todas as informações relevantes sobre as técnicas de construção utilizada em cada castelo, Dan Jones nos guia de forma clara e objetiva nos eventos mais importantes na histórica britânica onde cada castelo esteve inserido, fazendo um recorte magistral de uma complexa linha do tempo, bem como nos presenteia com ângulos dificilmente vistos por turistas, mesmo que através de uma visita com um guia turístico local.

    Dan Jones mostra o funcionamento do Lobo da Guerra, a maior catapulta já construída, exibe uma demonstração de um canhão à pólvora e até entra e nos mostra como é a possivelmente mais cruel das masmorras.

    É difícil dizer qual a melhor parte de Secrets of Great British Castles; seria a engenharia? Os fatos históricos? As imagens que visitantes comuns jamais veriam? As demonstrações de situações da Idade Média? Definitivamente, não tenho essa resposta.

    As duas temporadas estão disponíveis na Netflix com dublagem e legenda em português.

    Nossa nota

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer original (sem legenda):

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    CRÍTICA – Ainda Estou Aqui (2022, Netflix)

    Ainda Estou Aqui é o mais novo drama romântico da Netflix. O filme é estrelado por Joey King (A Barraca do Beijo) e Kyle Allen (O Mapa das Pequenas Coisas). O filme comovente e dramático nos leva por lugares obscuros enquanto aborda assuntos como luto e o pesar diante de uma grande perda.

    O filme que flerta em diversos momentos entre fortes cargas emocionais e o pesar, nos leva por lugares otimistas a seu fim, mas até chegar lá, se preparem para uma longa jornada.

    SINOPSE

    Uma adolescente perde o amor de sua vida em um trágico acidente. Após acordar sem memória do acontecido e arrasada, a jovem começa a achar que ele está tentando se comunicar com ela do além.

    ANÁLISE

    Ainda Estou Aqui

    Ainda Estou Aqui é um filme teen que nos lança em uma leve viagem sobrenatural dramática que não parece brilhar em nenhum de seus aspectos, enquanto nos lança por entre os mais diversos passos do luto de uma jovem com um brilhante futuro.

    Com viagens entre o passado e o presente, o esquema de cores e saturação do filme nos lança e esclarece em seus primeiros momentos onde estamos localizados. Seja entre os dias que antecedem o acidente ou os dias após o acidente e a forma como Tessa (Joey King) lida com a morte de Skylar (Kyle Allen), o filme se aprofunda e enriquece o mundo no qual estamos ambientados.

    Ao contar uma história tão emocionante e contundente, como cuidadosa, a Netflix nos apresenta uma história sobrenatural, enquanto questionamos o que está diante dos nossos olhos.

    Joey King, que com apenas 22 anos conta com um currículo invejável é capaz de explorar suas habilidades e nos apresenta uma faceta não tão presente em romances estrelados pela atriz da locadora vermelha. Mas que já despontaram no passado – se você assistiu The Act e Mentira Incondicional, verá que as habilidades da atriz não se limitam apenas à comédias românticas.

    O que pode ser visto em Ainda Estou Aqui é uma história de amor que transcende a vida. A capacidade do roteiro ainda que pudesse nos levar por caminhos ainda mais dramáticos, escolhe por não dar à Kyle Allen o papel e a profundidade que seu personagem pedia na ocasião – se você já se deparou com O Mapa das Pequenas Coisas, entenderá onde eu quero chegar, se ainda não, não perca tempo e assista o filme na Amazon.

    VEREDITO

    Ainda Estou Aqui

    Por mais que Ainda Estou Aqui nos apresente uma relação improvável, o fato do filme se ambientar quase que inteiramente no passado, faz com que o mesmo perca um pouco do que daria um maior brilho à história e a relação de Tessa e Skylar – fazendo-nos entender que a relação dos dois é mais do que algumas interações pós-morte.

    Após ter bebido claramente da fonte de filmes como Ghost e E Se Fosse Verdade, Ainda Estou Aqui perde uma oportunidade de se distanciar do que já foi feito e ser mais um filme de destaque da carreira de Joey King.

    Nossa nota

    2,5 / 5,0

    Confira o trailer do filme:

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