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    TBT #138 | O Homem Duplicado (2013, Denis Villeneuve)

    Na expectativa pelo lançamento do remake de Duna, sob a direção do gigante Denis Villeneuve, nosso TBT hoje traz O Homem Duplicado, um dos filmes que mais tem a cara do diretor.

    Com uma das parcerias que mais funcionam no cinema (segundo vozes da minha cabeça), o ator Jake Gyllenhaal faz uma de suas mais incríveis apresentações.

    SINOPSE

    Adam Bell é um professor de história entediado com sua rotina. A vida dele muda completamente quando ele assiste a um filme e descobre que tem um sósia. Em busca desse ator, Adam cria uma verdadeira obsessão e começa a perseguir o homem.

    ANÁLISE

    Repetindo a parceria de sucesso de Os Suspeitos (2013) Villeneuve e Gyllenhaal dão aula sobre o que fazem de melhor. É possível ver muitas influências de outros trabalhos do diretor aqui (como Sicario: Terra de Ninguém), e também podemos ver algumas características também identificadas em grandes obras mais atuais.

    “É tudo uma questão de controle. Toda ditadura tem uma obsessão”

    Em O Homem Duplicado (Enemy, no original), o diretor não poupa esforços em trazer, tanto na fotografia quanto na trama, a mais pura transcrição da obra de mesmo nome de José Saramago.

    A paleta de cores com seus tons sempre amarelados e com pouca iluminação, aliada às cenários que sempre mostram muitos prédios ou paredes, fortalecem o sentimento de aprisionamento.

    O sufoco, trazido pelos takes melancólicos e propositalmente demorados, só agrava este sentimento. Se o filme é difícil de entender, prestar atenção nestes detalhes explica muita coisa.

    “O caos é uma ordem ainda indecifrável”

    O Homem Duplicado

    Jake Gyllenhaal, talvez um dos melhores atores e mais subestimados (quase no nível Nicolas Cage) faz um trabalho absurdo vivendo dois personagens diferentes que são na verdade a mesma pessoa. A forma como ele incorpora trejeitos e facetas de personalidade em cada um permitem que o público entenda perfeitamente quem é quem (quando o roteiro tem esta intenção).

    VEREDITO

    Temos em O Homem Duplicado uma obra densa, que dificilmente será compreendida sendo assistida apenas uma vez. O desenvolvimento de certa forma arrastado e a conclusão abrupta deixam uma sensação de “mas e aí”. No entanto, as respostas estão desde o começo expostas. Nós só precisamos chegar ao fim para descobrir as perguntas certas.

    5,0 / 5,0

    O Homem Duplicado está disponível no MUBI.

    Assista ao trailer legendado:

    O Homem Duplicado não está atualmente em nenhum dos grandes streamings, mas pode ser assistido através do Net NOW, Vivo Play, Google Filmes e Apple iTunes.

    LEIA TAMBÉM:

    Denis Villeneuve: 5 filmes para conhecer o diretor de Duna

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    CRÍTICA – For Life (1ª temporada, 2020, ABC)

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    A série de drama jurídico, For Life, criada por Hank Steinberg que estreou na ABC em 11 de fevereiro de 2020. A série é baseada na história real de Isaac Wright Jr., que foi preso por um crime que não cometeu. Enquanto estava preso, ele se tornou advogado e ajudou a reverter as condenações errôneas de vinte de seus companheiros de prisão, antes de finalmente provar sua própria inocência.

    Em junho de 2020, a série foi renovada para uma segunda temporada, que estreou em novembro. Em maio de 2021, a série foi cancelada após duas temporadas, mas agora em agosto, chegou ao catálogo da Netflix.

    A primeira temporada é estrelada por Nicholas Pinnock, Indira Varma (Game of Thrones), Joy Bryant, Tyla Harris, Brandon J. Dirden, Dorian Missick (Luke Cage) e pelo rapper Curtis “50 Cent” Jackson.

    SINOPSE

    A jornada inspiradora de Aaron Wallace (Nicholas Pinnock), um ex-presidiário que se tornou advogado. Enquanto procura expor as falhas nos sistemas penal e legal americanos, ele se esforça para recuperar sua vida anterior a prisão.

    ANÁLISE

    Com 13 episódios de 43min a série inspirada na vida de Wright apresenta a história de Aaron, acusado injustamente de tráfico de drogas e condenado à prisão perpétua. Mas, contando com a ajuda da família, da diretora da prisão Safiya Masry (Indira Varma) e do defensor público Henry Roswell (Timothy Busfield) o detento lutará pela sua liberdade e absolvição.

    Isaac Wright Jr. e Curtis “50 Cent” Jackson.

    Curiosidade: Como advogado formado, Isaac Wright Jr. foi contatado pelo proprietário de um clube de luta ilegal no Bronx, que procurava legitimar o negócio. O dono era amigo de 50 Cent e queria que ele cantasse lá durante os intervalos das lutas, mas o rapper recusou até que o clube fosse licenciado; e foi o que Wright conseguiu.

    Esse encontro casual que levou 50 Cent a se interessar pela história de Isaac Wright Jr. e, imediatamente, comprar os direitos da série For Life, atuando diretamente como produtor.

    VEREDITO

    Muito provavelmente os fãs de Como Defender Um Assassino (How to Get Away With Murder) irão se interessar por se tratar de um drama jurídico, mas para quem busca uma série curta, com episódios cheios de dramaticidade, boas atuações e ritmo bem cadenciado, fique tranquilo pois estará muito bem servido.

    Apesar de contar com poucos nomes conhecidos, For Life tem excelentes atuações, um roteiro bem amarradinho, trilha sonora que caminha perfeitamente com os momentos dramáticos – que não são poucos – e ótimos personagens.

    Seja no tribunal, na prisão ou no lar dos parentes de Wallace a conexão com esses personagens é quase instantânea, tornando uma tarefa difícil definir qual é o ponto alto da série.

    5,0 / 5,0

    Assista ao trailer original:

    For Life está disponível também na Paramount+, o que causou surpresa já que acabou de chegar no catálogo da Netflix. Vamos torcer para que a série conquiste os assinantes da gigante do streaming, possibilitando assim – talvez – uma terceira temporada.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA | CRÍTICA – For Life (2ª temporada, 2020, ABC)

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    CRÍTICA – The Witcher: Lenda do Lobo (2021, Kwang-Il Han)

    The Witcher me fascinou desde os primeiros momentos em que pus os olhos na obra de Andrzej Sapkowski. Ainda que funcione como a primeira adaptação da história do jovem Vesemir, The Witcher: Lenda do Lobo nos apresenta elementos até então revelados apenas nas adaptações dos games.

    A narrativa apresentada pela animação da Netflix vai mais longe do que a série lançada em 2019 e aprofunda a história do rico mundo do escritor polonês, mesmo sendo uma adaptação livre.

    SINOPSE

    Ele escapou da pobreza para caçar monstros por dinheiro e glória, mas quando surge uma nova ameaça, Vesemir precisa enfrentar os demônios do passado.

    ANÁLISE

    The Witcher: Lenda do Lobo é a mais nova animação do estúdio de animação sul-coreano Studio Mir, responsável pela animação A Lenda de Korra. A adaptação conta a história do jovem Vesemir antes mesmo dos Testes das Ervas e muito antes dele se tornar o mestre de bruxos famosos como Geralt, Eskel e Lambert.

    A animação tem início quando Vesemir ainda era um jovem servente de uma família nobre. E após a visita de um Witcher, decide partir para se juntar ao grupo de mutantes a fim de ter uma vida melhor.

    Ainda que sempre tivesse uma língua afiada, Vesemir nos livros e games, sempre teve um papel de mentor, então a animação mostra uma faceta do personagem nunca antes vista.

    Lenda do Lobo

    Um dos mais brilhantes elementos do universo criado por Andrzej Sapkowski, e que torna plausível a existência dos Witchers, foi um evento ocorrido há cerca de 1.500 anos antes do período que vemos na história, que passou a ser conhecido como a Conjunção das Esferas.

    A Conjunção das Esferas foi um evento que trouxe ao Continente criaturas de um outro mundo. Basicamente, alinhando dois mundos diferentes, jogando na terra onde conhecemos criaturas místicas, fantásticas e assombrosas.

    PUBLICAÇÃO RELACIONADA: The Witcher: Lenda do Lobo | Criaturas que queremos ver no filme

    O desenvolvimento da trama se dá de maneira rápida, quase tudo é explicado no meio do caminho sem muitas delongas, ou pausas narrativas – e isso não torna A Lenda do Lobo fraca em nenhum aspecto.

    Ainda que didático, The Witcher: A Lenda do Lobo funciona também como um spin-off que aprofunda nosso conhecimento acerca do mundo de The Witcher, enquanto nos leva por caminhos completamente novos.

    VEREDITO

    Lenda do Lobo

    As histórias de The Witcher se destacam entre as produções atuais do mesmo gênero graças a elementos muito particulares do seu mundo fantástico.

    Aprofundando nossa noção de mundo, The Witcher: A Lenda do Lobo não se limita apenas em apresentar mais sobre o Continente, mas vai além.

    Ao nos fazer sentir familiarizados com determinadas histórias, a animação vai onde nem mesmo a série da própria Netflix foi. Mostrando elementos importantes para a história do Continente, como as mutações pelas quais os Witchers passam, e suas habilidades de luta, que vão muito mais além do que vemos Geralt mostrar na série estrelada por Henry Cavill.

    O desenvolvimento de personagens, suas tramas e seus elementos únicos fazem dessa a melhor época para se estar vivo se você é um fã de The Witcher.

    5,0 / 5,0

    The Witcher: Lenda do Lobo será lançado na Netflix no dia 23 de agosto de 2021.

    Confira o trailer da animação:

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    CRÍTICA – Hacks (1ª temporada, 2021, HBO Max)

    Hacks é uma série original da HBO Max, estrelada por Jean Smart (Mare of Easttown), que dá vida a lendária comediante Deborah Vance.

    SINOPSE

    Hacks explora uma mentoria sombria que se forma entre Deborah Vance (Jean Smart), uma lendária comediante de Las Vegas, e uma pária de 25 anos (Hannah Einbinder) que foi cancelada por tweets polêmicos.

    Agora elas devem se juntar para arrebatar novos públicos e colocar Vance novamente entre os maiores.

    ANÁLISE

    Qual é o preço da fama? O que define se você é uma lenda ou não no show business? Essas e outras questões são respondidas na temporada quase irretocável de Hacks.

    Jean Smart consegue dar vida a uma personagem que possui uma alta complexidade, uma vez que Deborah é uma mulher amargurada e que teve e se prova todos os dias por ser uma das primeiras comediantes em um mercado altamente machista e predatório. A atriz apresenta diversas facetas da protagonista, pois a todo o momento ela tem uma explosão de sentimentos por conta de sua vida conturbada, cercada de pessoas ora mesquinhas, ora doces e que querem apenas seu bem.

    O elenco de apoio funciona muito bem, pois os personagens são humanos e com temperamento peculiar. O choque de gerações é evidente e divertido, uma vez que apresenta visões muito diferentes de pautas importantes como o feminismo.

    O roteiro é excelente, visto que trata as questões de forma realista e exagera nos momentos certos para trazer situações constrangedoras e engraçadas no nosso cenário de hiper exposição.

    A série brilhantemente aproveita diversos aspectos da contemporaneidade e expõe feridas abertas do cenário artístico e que se vende como acolhedor, mas que na verdade é misógino e preconceituoso.

    VEREDITO

    Hacks é uma série poderosa e que traz em sua protagonista uma das maiores personalidades dos cenários fictícios de 2021.

    Com um texto ousado e um brilho gigantesco de Jean Smart, a série é um deleite para quem gosta de boas histórias e protagonistas fortes, pois conta com um elenco de primeira linha.

    4,5/5,0

    Confira o trailer de Hacks:

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    Call of Duty: Warzone | Conheça as novas vantagens: Temperado e Batedor de Combate

    Após muito tempo com especulações, anúncio desencontrados sobre novas Vantagens, Call of Duty: Warzone finalmente ganhou duas novas.

    As Vantagens chamadas de Temperado e Batedor de Combate, dará aos jogadores uma vantagem substancial, e possivelmente farão com que todos os jogadores as experimentem.

    A primeira vantagem intitulada Temperado, está no segundo slot de vantagens e chegou para competir com vantagens como Fantasma e Massacre – que são usadas hoje pela maioria dos jogadores.

    A segunda habilidade se encaixa no terceiro slot e pode ser usada dependendo do seu estilo de jogo. A vantagem Batedor de Combate competirá com vantagens como Amplificado e Rastreador.

    Abaixo compararemos as Vantagens de acordo com as da mesma categoria que elas pertencem a fim de ver quais são mais úteis de acordo com seu tipo de gameplay.

    O QUE A VANTAGEM TEMPERADO FAZ?

    Vantagens

    A descrição da habilidade in-game para Temperado é a seguinte:

    “Complete sua blindagem com duas placas ao invés de três. Reequipar essa vantagem restaura completamente sua blindagem.”

    A vantagem vai garantir que você tenha uma vantagem maior em relação a seus inimigos, precisando apenas de duas placas de blindagem ao invés de três para alcançar 250 de vida total.

    Vale lembrar que não apenas isso, ao aplicar a blindagem, a animação conta um efeito bem mais rápido, não sendo necessário equipar uma terceira placa a fim de garantir vida máxima. Se um jogador tiver intenção de enfrentar diversos inimigos, a vantagem Temperado pode ser usada a seu favor.

    Quando testada, garantiu sucesso em diversas trocas de tiros, com a facilidade de completar nossa vida total com apenas duas placas, antes de derrotar inimigos já com pouca, ou nenhuma proteção.

    Essa vantagem não será tão importante para jogadores que tem um modo de gameplay mais lento, e pretendem avançar lentamente, já que você não necessitará tanto de tantas placas quanto um jogador que tem um modo de gameplay mais rápido, que costumam investir sobre seus inimigos.

    O QUE A VANTAGEM BATEDOR DE COMBATE FAZ?

    Vantagens

    A descrição da vantagem in-game de Batedor de Combate é a seguinte:

    “Causar dano a um inimigo brevemente o faz acender para você, e o marca para que todo o esquadrão o veja.”

    Basicamente, essa habilidade é perfeita para jogadores que tem o costuma de rushar dentro de prédios para derrotar inimigos que estão mais próximos de alguma proteção. Após causar dano a algum inimigo eles acenderão e brilharão de vermelho mesmo atrás de paredes.

    A habilidade pode ser usada junto de loadouts de curta-média distância, armas como submetralhadoras ou shotguns. Dessa forma, você pode rushar dentro de prédios, e ao acertar o primeiro tiro, terá plena certeza de onde seus inimigos estarão após eles correrem de você.

    VALE A PENA USAR A VANTAGEM TEMPERADO?

    A habilidade pode ser usada junto de loadouts de curta-média distância, armas como submetralhadoras ou shotguns. Dessa forma, você pode rushar dentro de prédios, e ao acertar o primeiro tiro, terá plena certeza de onde seus inimigos estarão após eles correrem de você.

    A resposta curta é: Não. A Vantagem não se sobressai em relação à vantagens como Fantasma ou Massacre. O problema é: apesar de prevenir que você seja morto em determinada ocasião, as outras duas vantagens da mesma categoria são muito mais práticas e te garantirão muito mais vantagens. Vale lembrar que a vantagem Fantasma impede que você apareça quando VANTS forem lançados e te protege de sensores de batimento cardíaco, o que é incrível. Você com certeza aproveitará mais das vantagens que Fantasma pode te oferecer, do que a habilidade Temperado.

    O mesmo pode ser dito da vantagem Massacre. Ter uma arma primária adicional é uma enorme vantagem e com certeza é bem mais útil do que ter um número máximo de placas de blindagem reduzido. Se Temperado não estivesse na Categoria 2, seria interessante usá-lo, mas como se encaixa na categoria, não recomendamos que você a use.

    VALE A PENA USAR A VANTAGEM BATEDOR DE COMBATE?

    Se a vantagem vale ser usada ou não, depende muito do seu estilo de gameplay, e se você tem intenção de se comunicar com seus parceiros de equipe enquanto jogam – o que é o ideal em todas as partidas do Battle Royale. Para aqueles que gostam de ser agressivos e rushar dentro de prédios, essa habilidade pode ser muito útil.

    A maior questão agora, é se você deve ou não trocar a habilidade Amplificado, que se tornou algo quase que essencial para os jogadores mais assíduos de Warzone. Amplificado permite que você troque de armas rapidamente, o que também é ideal para jogadores agressivos.

    Tendo isso em mente, Amplificado será muito mais útil, e é mais comum ter a habilidade de trocar de armas rapidamente, é bem mais útil, do que ver para onde seus inimigos correram depois de acertá-los.

    Tenha em mente, que o Feededigno recomenda que você experimente ambas as vantagens a fim de simplesmente testá-las.

    A 5ª temporada de Call of Duty: WarzoneBlack Ops Cold War foi ao ar na última quinta, dia 12 de agosto de 2021.

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    CRÍTICA – Mare of Easttown (2021, HBO Max)

    Mare of Easttown é uma minissérie de sete episódios original da HBO lançada em abril de 2021.  A série foi criada e escrita por Brad Ingelsby que também atua como produtor executivo. A direção é de Craig Zobel. A distribuição no Brasil é feita pela HBO Max

    Kate Winslet é a protagonista e também produtora executiva do show, somam-se a ela no elenco, Jean Smart, Evan Peters, Julianne Nicholson e Angourie Rice.

    Mare of Easttown concorre em 16 categorias do Emmy 2021, competindo os prêmios de Melhor Série Limitada, Melhor Atriz em Série Limitada para Kate Winslet, Melhor Atriz Coadjuvante em Série Limitada para Jean Smart e Julianne Nicholson e Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada para Evan Peters.

    SINOPSE

    Em Mare of Easttown, a detetive Mare Sheehan (Kate Winslet), de uma pequena cidade da Pensilvânia, decide investigar o assassinato de um cidadão local, enquanto tenta de tudo para não deixar que seus problemas pessoais façam sua vida desmoronar ao seu redor.

    ANÁLISE

    As requintadas produções de crimes investigativos já se tornaram a marca registrada das minisséries da HBO. A cada ano, a emissora lança alguma pequena grande produção que cativa o público por seu brilhantismo. O peixe da vez é Mare of Easttown, a minissérie com Kate Winslet pesca todos os excelentes aspectos de seus antecessores e cria uma trama digna de Oscar. 

    Não é preciso ir longe para entender o sucesso de Mare of Easttown. Big Little Lies e Sharp Objects construíram muito bem o terreno para que a história de Mare Sheehan, uma detetive de uma pequena e fria cidade da Pensilvânia , fosse fatídica o bastante para chamar a atenção do público. 

    Isso deve-se, em parte, pelo exímio trabalho de Kate Winslet que muito bem poderia ganhar seu segundo Oscar por Mare of Easttown. Porém, ao menos ela com certeza terá o Emmy deste ano. Sua Mare é uma mulher penetrante que não se deixa enganar pela vida ou as pessoas ao seu redor. De semblante fechado e até mesmo frio, Mare se assemelha a própria cidade que protege, cheia de feridas profundas. 

    Mas Mare também é a pessoa com a qual a cidade conta para resolver alguns problemas mesquinhos e outros sombrios. Para isso, ela assume um olhar totalmente confiável e além disso, Mare também é filha, mãe e avó. A sobrecarga da personagem é sentida a cada episódio e não menos do que isso, Kate Winslet faz o papel de uma vida. 

    Assim, Mare of Easttown não apenas carrega uma personagem forte em todos os sentidos, mas um texto afiado que pressiona o espectador a ir além dos sete episódios. Na trama, Mare precisa lidar com um novo assassinato de uma adolescente da região, enquanto, um caso sem solução completa um ano. A pressão novamente se faz presente, ela é uma excelente detetive, mas Mare of Easttown deixa claro que nem tudo está a favor da personagem principal. 

    Nesse mesmo sentido, Mare precisa lidar com seus conflitos familiares, o suicídio do filho e a dificuldade de tocar no assunto deixa sua família refém de um sentimento de angústia. Para trazer mais peso à trama familiar surge Jean Smart como Helen, mãe de Mare, que eleva ainda mais a produção. Helen trás a culpa de ser uma mãe “imperfeita”, um sentimento que passa de geração para geração. 

    Easttown 

    E se Kate Winslet soube dar o tom exato de sua personagem, Brad Ingelsby como criador da série construiu uma cidade que vive fora de seus personagens. Logo, é sempre bem vindo quando um lugar consegue ganhar espaço para ser auto suficiente em uma trama. 

    Easttown se assemelha a muitas cidadezinhas americanas, mas é em seu profundo cinismo entre os moradores que o lugar ganha um tom sério. Todos os personagens estão ligado de alguma forma, seja por amizade ou parentesco, o que cria uma espécie de desconfiança no ar quando jovens começam a desaparecer e morrer na cidade. Em um local onde todos podem ser suspeitos, até mesmo o ex-marido de Mare, é indiscutível que o lema de “boa cidade” fique para trás.

    Para além disso, Mare of Easttown é também sobre o quanto as mulheres precisam ser fortes e condizentes pela família, pelos amigos, pelos maridos. O que trás mais uma vez o algoz da pressão para ser “perfeita” em todos os aspectos. Porém, Mare quebra o paradigma, ela não é a detetive, a mãe, a filha, a avó perfeita. Mas, faz o que considera certo para todos, ainda que precise erguer muros entre ela e os outros. 

    VEREDITO

    Mare of Easttown é uma obra prima da HBO que transborda mais drama do que mistério, mas que no fim mescla ambos os aspectos perfeitamente. Kate Winslet dá um show de atuação do que pode ser considerado uma dos melhores trabalhos de sua carreira. 

    5,0/5,0

    Confira o trailer de Mare of Easttown:

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